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18/06/2021 · Processo Judicial Eletrônico - TRF3 - 1º Grau

 
MANDADO DE SEGURANÇA (120) Nº 5002951-79.2017.4.03.6105 / 2ª Vara Federal de Campinas
IMPETRANTE: AVERY DENNISON DO BRASIL LTDA
Advogados do(a) IMPETRANTE: MARIANA NEVES DE VITO - SP158516, LUCIANA SIMOES DE SOUZA -
SP272318, PAULO ROGERIO SEHN - SP109361-B
IMPETRADO: UNIAO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL, DELEGADO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL EM
CAMPINAS - SP, SERVICO DE APOIO AS MICRO E PEQ EMPRESAS DE SAO PAULO, SERVICO NACIONAL DE
APRENDIZAGEM INDUSTRIAL, SERVICO SOCIAL DA INDUSTRIA - SESI, INSTITUTO NACIONAL DE
COLONIZACAO E REFORMA AGRARIA INCRA, FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCACAO -
FNDE
Advogado do(a) IMPETRADO: CRISTIANO VALENTE FERNANDES BUSTO - SP211043
 
 

 
    S E N T E N Ç A (TIPO A) 
Vistos.

Trata-se de mandado de segurança impetrado por AVERY


DENNISON DO BRASIL LTDA., (matriz e filiais), qualificadas na inicial, em
face do Delegado da Receita Federal do Brasil em Campinas-SP,
SEBRAE, SENAI, SESI, INCRA e FNDE, objetivando, em síntese, o direito
de não ser compelida ao recolhimento de contribuições previdenciárias
(contribuição patronal e contribuição do SAT/RAT) e contribuições
destinadas aos terceiros supostamente incidentes sobre valores recebidos
por seus empregados em razão do exercício de Stock Options e Restricted
Stock Units constante do Plano de Incentivo implementado pela matriz da
impetrante. Requer que seja reconhecido o direito à restituição ou
compensação, na esfera administrativa, das contribuições sobre as verbas
referidas desde os últimos cinco anos, acrescidos de juros Selic, com
valores vincendos desses mesmos tributos, respeitando o art. 170-A do
CTN.

Alega, em apertada síntese, que os valores pagos aos


empregados decorrentes dos “Planos de Stock Options e Restricted Spock
Units” não possuem caráter salarial, por se tratar de operação de aquisições

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de ações que consiste num ato jurídico de natureza mercantil, ou seja,


argumenta que é um contrato de natureza exclusivamente civil, embora
ofertado somente a pessoas contratadas pelas empresas.

Sustenta, especificamente, quanto aos planos de ações objeto


deste feito que: são discricionários e ocasionais; a participação é voluntária;
o futuro valor da recompensa é incerto e indeterminado; não estão atrelados
a performance individual de cada empregado; o risco mercantil é evidente
em razão do potencial de risco inerentes às ações; os direitos atrelados às
ações serão adquiridos/cedidos de empresa não sediada no Brasil (Avery
Dennison Corporation), a quem caberá a realização dos pagamentos.

Conclui que eventuais rendimentos auferidos pelos


empregados da impetrante em razão da adesão decorrem do sucesso do
empreendimento e não em função dos serviços por eles prestados à
impetrante, sendo que a concessão de direitos relacionados a ações não é
feita de forma habitual, restando afastada a natureza salarial e, portanto,
não devem compor a base de cálculo das contribuições em questão.

Junta documentos.

O pedido de liminar foi indeferido.

Houve determinação de emenda da inicial para que a parte


impetrante incluísse no polo passivo as entidades as quais destinam as
contribuições a terceiros contempladas na inicial (ID 1781446).

A impetrante emendou a inicial e interpôs agravo de


instrumento.

Notificado, o Delegado da Receita Federal prestou


informações, alegando sua ilegitimidade passiva em relação às
contribuições destinadas a terceiros. No mérito, em suma, argumenta o art.
28 da Lei nº 8.212/1991 é taxativo e não exclui da incidência da contribuição
previdenciária os valores questionados. Sustenta a impossibilidade de
compensação com outros tributos administrados pela RFB, e, por fim, requer
a denegação da segurança (ID 2364266).

A União requer o seu ingresso no feito como assistente


processual.

O Ministério Público Federal peticionou, deixando de opinar


sobre o mérito.
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Houve conversão em diligência (ID 2545607), inclusive para


determinar a citação do SEBRAE, SENAI, SESI, INCRA e FNDE.

O INCRA afirmou que a representação judicial pela


Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional afigurava-se suficiente e adequada
à defesa de seus interesses em juízo.

O SEBRAE-SP invocou sua ilegitimidade passiva ad causam


e, subsidiariamente, a necessidade de sua substituição pelo SEBRA-
Nacional. No mérito, pugnou pela decretação da improcedência do pedido.

O SESI e SENAI apresentaram em conjunto


informações/contestação, sem arguir preliminares. No mérito,  pugnam pela
denegação da segurança.

O Ministério Público Federal reiterou o parecer pela não


intervenção nos presentes autos.

A impetrante apresentou petição requerendo a concessão de


medida liminar ou o imediato julgamento, instruindo com
documentos/precedentes jurisprudenciais, tendo este Juízo proferido o
despacho de ID 14436971.

O INCRA e FNDE afirmaram que a representação judicial pela


Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional afigurava-se suficiente e adequada
à defesa de seus interesses em juízo.

Nada mais sendo requerido, os autos retornaram à conclusão.

É o relatório.

DECIDO.

Sentencio nos termos do artigo 355, inciso I, do Código de


Processo Civil.

De início, rejeito a preliminar invocada pelo Delegado da


Receita Federal do Brasil em Campinas, visto ser ele o responsável pela
fiscalização e cobrança das contribuições em questão, inclusive das
destinadas a terceiros.

Rejeito, igualmente, as preliminares invocadas pelo SEBRAE-


SP, adotando, neste ponto, as seguintes razões de decidir:

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“Embora o SEBRAE-SP tenha estatuto social distinto daquele sediado no


Distrito Federal, na verdade cuida-se de entidade que integra o Sistema
Nacional do próprio SEBRAE, existindo um sistema integrado entre as
unidades. Destarte, o SEBRAE-SP é parte legítima para figurar no pólo
passivo da demanda, juntamente com o INSS, na qualidade de
litisconsorte passivo necessário. Por outro lado, não há falar-se na
necessidade da citação dos demais SEBRAE das unidades da
federação, assim como, do SEBRAE nacional, na condição de
litisconsortes necessários, vez que a situação não se subsume à
hipótese do art. 47, caput, do CPC. De fato, a eficácia da decisão de
mérito não está a depender da citação de todos os SEBRAE, haja vista
que se trata de um Sistema composto por diversas unidades vinculadas,
dentre as quais a de São Paulo (art. 10 do respectivo Estatuto Social),
beneficiária, ademais, de parte da arrecadação da Contribuição em tela.
Exigir-se a presença de todas as unidades vinculadas ao Sistema, por
sua vez, implicaria em medida inútil à solução da lide, bem como
tumultuária do andamento do feito. Dessa forma, o SEBRAE-SP pode
figurar na lide na qualidade de litisconsorte passivo necessário,  ao lado
do INSS, sem que disso resulte nulidade alguma. (Apelação Cível -
797797/SP, Relator Desembargador Federal Lazarano Neto, Sexta
Turma, Data do Julgamento 26/06/2008, DJF3 - 04/08/2008)”

No mais, embora entenda que não é caso de litisconsórcio


necessário, a inclusão das entidades terceiras decorreram de determinação
deste Juízo e a questão deve ser dirimida em sede de mérito.

Pois bem. De encontro com o mandamento constitucional, o


artigo 22, I, da Lei nº 8.212/1991 estabelece como base de cálculo da
contribuição previdenciária nele prevista apenas as verbas de natureza
salarial, na medida em que faz menção a "remunerações" e "retribuir o
trabalho".

Desta forma, resta claro que, na ordem jurídica vigente, as


contribuições previdenciárias devem incidir apenas sobre as verbas
recebidas pelo empregado que possuam natureza salarial.

Portanto, não há que se falar em incidência de tal exação


sobre verbas de natureza diversa, conquanto não autorizada pela legislação
vigente.

No que concerne à questão posta nos autos, a parte


impetrante pretende afastar a exigibilidade da contribuição previdenciária
patronal, SAT/RAT e a destinada aos terceiros, em relação aos valores

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pagos decorrentes do denominado “Plano de Incentivo de Longo Prazo”,


criado desde 2012, segundo a impetrante “com o objetivo de atrair e reter
talentos mediante recebimento de ações da matriz pelos empregados da
empresa brasileira (ora impetrante).”

Segundo a impetrante, o plano de incentivo possui duas


modalidades de planos de ações assim definidos:
“Stock Option (SOP): hipótese em que os empregados elegíveis recebem
o direito de comprar ações da Avery Dennison Corporation por um preço e durante um
prazo predeterminado;

“Restricted Share Units (RSU): hipótese em que os empregados


elegíveis recebem, sem desembolso, o valor do mercado atribuído às ações após o
período de carência (vesting period).” 

Pois bem, o plano de opção de compra de ações pode ser


entendido como um programa de longo prazo que faculta aos empregados
adquirirem ações da empresa onde trabalham, no caso aqui da corporação
e suas subsidiárias, por um preço prefixado e geralmente inferior ao valor do
mercado.

Embora tal plano de incentivo seja acessado em decorrência


do vínculo existente entre empregador e empregados, não indica que a
opção de compra de ações da empresa pressupõe benefício
contraprestativo, de modo que a relação jurídica é de natureza mercantil,
remete a uma operação de risco, sendo variável o valor obtido com a
operação. Vale dizer, o empregado pode obter lucro ou não, assim entendo
que os valores obtidos em decorrência dos planos indicados na inicial não
traduzem em remuneração, e, dada a natureza não salarial, não há que se
falar em incidência das contribuições.

Nesse sentido, seguem os excertos de julgados:


PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO. CPC, ART.
1.021. DECISÃO MONOCRÁTICA. NULIDADE. AUSÊNCIA DE
PREJUÍZO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PLANO DE OPÇÃO
DE COMPRA DE AÇÕES (STOCK OPITIONS). NÃO INCIDÊNCIA. 1.
Não há a alegada nulidade à míngua de demonstração de prejuízo. A
decisão monocrática negou provimento à apelação, com fundamento em
jurisprudência que admite tal pronunciamento do relator. Ademais, o
agravo interno interposto devolve as alegações deduzidas na apelação
para apreciação do órgão colegiado. 2. O Programa de Opção de
Compra de Ações (stock options) praticado pela parte autora constitui
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relação jurídica distinta da relação de emprego, cuja adesão depende da


voluntariedade dos empregados interessados em assumir o risco do
mercado financeiro, não se traduzindo em espécie de contraprestação
laboral. 3. Agravo interno não provido.

(TRF da 3ª Região, 5ª Turma, AC 1955449, Rel. Des. Federal André


Nekatschalow, e-DJF3 Judicial 1 27/10/2016)

PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA.


CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA VALE TRANSPORTE PAGO EM
PECÚNIA. PRIMEIRA QUINZENA DO AUXÍLIO-ACIDENTE. TERÇO
CONSTITUCIONAL DE FÉRIAS. AVISO PRÉVIO INDENIZADO.
PRÊMIO POR DISPENSA INCENTIVADA. PAGAMENTOS FEITOS A
COOPERATIVAS. ABONO ASSIDUIDADE. ABONO COMPENSATÓRIO.
HORAS-PRÊMIO. BONIFICAÇÕES. LICENÇA-PRÊMIO NÃO GOZADA.
AUXÍLIO-EDUCAÇÃO. AUXÍLIO-QUILOMETRAGEM. ABONO
SALARIAL DECORRENTE DE AORDO COLETIVO. STOCK OPTIONS.
PLANO DE COMPLEMENTAÇÃO DO AUXÍLIO-DOENÇA. NATUREZA
INDENIZATÓRIA. NÃO-INCIDÊNCIA DAS CONTRIBUIÇÕES.
ADICIONAL DE HORAS EXTRAS. FÉRIAS GOZADAS. SALÁRIO-
MATERNIDADE. SALÁRIO-PATERNIDADE. ADICIONAIS: NOTURNO,
INSALUBRIDADE, PERICULOSIDADE E TRANSFERÊNCIA. FALTAS
ABONADAS. QUEBRA DE CAIXA. NATUREZA REMUNERATÓRIA.
INCIDÊNCIA. COMISSÕES E ABONO ÚNICO PREVITO EM
CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO: INADEQUAÇÃO DA VIA
ELEITA.

(...)

XI - Stock options correspondem a opção de compra futura de ações da


empresa pelo empregado, por valor prefixado, em geral abaixo do preço
de mercado, após período de carência previamente estipulado. O
acréscimo patrimonial percebido a final decorre do contrato mercantil e
não da remuneração pela força de trabalho do empregado, o que afasta
a incidência da contribuição previdenciária estabelecida pelo art. 22, I, da
Lei nº 8.212/91.

(...)

(TRF 3ª Região, 1ª Turma, Ap 360597, Rel. Des. Federal Wilson Zauhy,


e-DJF3 Judicial 1 28/07/2016)

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Portanto, os valores pagos aos seus empregados em razão do


exercício do direito previsto nos planos de incentivo Stock Options e
Restricted Stock Units objeto dos autos, não representam rendimentos do
trabalho e por isso não possuem natureza salarial, pelo que devem ser
excluídos da base de cálculo das contribuições previdenciárias em questão.

No que tange às contribuições devidas ao RAT/SAT e aos


terceiros, tendo em vista que possuem a mesma base de cálculo da
contribuição previdenciária tratada no inciso I do artigo 22 da Lei nº
8.212/1991, aplicam-se as mesmas regras e limites constitucionais expostos
na fundamentação supra.

Quanto aos valores indevidamente recolhidos pela parte


impetrante, como consequência, há de se autorizar a compensação das
contribuições em questão, desde os cinco anos anteriores ao ajuizamento
do presente feito, restando englobado os valores eventualmente pagos
durante a tramitação do presente mandado de segurança, nos termos da
legislação de regência, observando-se sempre o trânsito em julgado,
conforme disposto no art. 170-A do CTN. 

DIANTE DO EXPOSTO, julgo procedentes os pedidos,


resolvendo-os no mérito, na forma do artigo 487, inciso I, do CPC, para os
fins de: (a) declarar a inexistência de relação jurídico-tributária que obrigue a
parte impetrante (matriz e filiais) a recolher a contribuição previdenciária
patronal e as contribuições devidas ao RAT/SAT e aos terceiros elencadas
na inicial (SEBRAE, SENAI, SESI, INCRA e FNDE), no que apuradas sobre
os valores pagos por ela a seus empregados em razão da adesão aos
planos atrelados a ações (Stock Options e Restricted Stock Units); (b)
declarar o direito da parte impetrante de restituir ou compensar na esfera
administrativa o correspondente indébito tributário, na extensão dos valores
reconhecidos no item “a”, recolhidos desde os cinco anos anteriores ao
ajuizamento desta ação, inclusive eventuais valores recolhidos
indevidamente durante a tramitação deste feito, nos termos da legislação de
regência, devidamente atualizados pela taxa Selic, a partir do trânsito em
julgado da sentença (art. 170-A do CTN).

Sem condenação em honorários advocatícios (artigo 25 da Lei


nº 12.016/2009).

Custas na forma da lei.

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Sentença sujeita ao duplo grau de jurisdição, nos termos do


artigo 14, § 1º, da Lei nº 12.016/2009.

Comunique-se o teor da presente sentença ao Exmo. Relator


Desembargador Federal nos autos do agravo de instrumento noticiado
nestes autos.

Com o trânsito em julgado, arquivem-se os autos, com as


cautelas de praxe.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Oficie-se.


 

CAMPINAS, 29 de maio de 2019.

 
Assinado eletronicamente por:
JOSE LUIZ PALUDETTO
29/05/2019 11:05:14

https://pje1g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
ID do documento:
17813279

1905291105145480000001639845
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