Você está na página 1de 18

Entrevista

“Entrevistas são conversas com agenda” (Daly, 2007)


Entrevista Semi-Estruturada

 Seguem-se linhas de orientação que dão à entrevista alguma


estrutura, embora flexível e susceptível de mudanças.
 Principal vantagem – ajudar a manter o foco nas questões-chave.
 Questões semi-abertas, permitindo que o participante direccione a
resposta, relate experiências e vivências pessoais; e que o
entrevistador introduza questões não planeadas.

2
Etapas da Entrevista
1. Socialização – “conversa social” para pôr os entrevistados à vontade,
confortáveis e familiarizados com os equipamentos técnicos.
2. Introdução – reafirmar objectivos da entrevista, confidencialidade e
anonimato, pedir autorização para a gravação.
3. Começo – informação sobre aspectos demográficos e contextuais
relevantes, e passagem para questões gerais.
4. Exploração – questões-chave sobre a temática; questões para
aprofundar as respostas; explorar com detalhe ideias que vão emergindo
e que parecem relevantes.
5. Final – mostrar aos entrevistados que a entrevista se aproxima do fim;
dar oportunidade para expressarem ideias/comentários que queiram
acrescentar.
6. Despedida – agradecer a participação e o contributo para o trabalho;
voltar à “conversa social”.

3
Exemplo de Guião de Entrevista a Casal
(Formação do Casal)

4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
EXERCÍCIO

Construção do esboço do guião de entrevista a


uma família.

14
COMO ANALISAR A ENTREVISTA?

Análise Temática
(Boyatzis, 1998; Braun & Clarke, 2006)

15
 Método que permite identificar, analisar e reportar
padrões (temas) nos dados qualitativos

 “Processo de codificação de informação qualitativa”

 Codificação: “Operações pelas quais os dados são


divididos, conceptualizados e reagrupados de forma
diferente. É o processo nuclear de construção das teorias
a partir dos dados.” (Strauss & Corbin, 1990, p.57)

16
 Identificação dos temas ao nível semântico (conteúdo
manifesto) vs latente (identificação de ideias ou
conceptualizações subjacentes; trabalho interpretativo –
conteúdo latente).
 Análise temática indutiva (temas identificados
fortemente relacionados com os dados) vs teórica
(processo de codificação conduzido pelo interesse
teórico ou de análise do investigador).
 Processo recursivo: não é um processo linear step-by-
step, exige flexibilidade e alternância entre fases (estas
não são regras, apenas guidelines).
17
Fases da análise temática
(apesar de ser um processo recursivo…)
1. Familiarização com os dados
Transcrição dados, leitura, releitura, anotações de ideias iniciais
2. Gerar códigos iniciais
Codificar todo(s) o(s) documento(s) de forma sistemática, reunindo dados relevantes em
cada categoria
3. Procurar temas
Juntar categorias em potenciais temas (categorias de nível superior); “mapa temático”
4. Rever os temas
Verificar adequação dos temas em relação aos excertos codificados (nível 1) e aos dados
como um todo (nível 2); revisão do “mapa temático”

5. Definir e nomear os temas


Aperfeiçoar cada tema, definindo-os claramente e (re)nomeando-os
6. Produção do relatório
Última oportunidade de análise; seleção de excertos; relação com questões de investigação
e literatura

18

Você também pode gostar