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NATUREZA E APLICABILIDADE DOS ENSINAMENTOS ROSACRUZES

Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis, AMORC, como o próprio nome o diz, Antiga, porque
perpetua uma sabedoria milenar, oriunda originalmente de muitos mestres e sábios e Mística, porque propõe
através de seus ensinamentos uma gnose superior, pela intima percepção de Deus e do Cósmico, através do Eu,
ou seja, através do reino subconsciente. O ideal do misticismo é a consecução final da união consciente com o
absoluto, ou o Cósmico. O misticismo ensina as leis e os princípios Cósmicos, pelos quais o homem é levado a
uma consciência mais íntima de seu divino poder. Para tanto a Ordem oferece através da metodologia Rosacruz,
ensinamentos que têm natureza dual: teoria e prática. De um lado, há o trabalho intelectual para a compreensão
dos princípios e das leis naturais, bem como da filosofia Rosacruz. O objetivo é a adoção pelo estudante de uma
visão ou um ponto de vista mais amplo, correto e profundo sobre a vida, como base para ele viver melhor e para
a parte prática de seu estudo na AMORC. Paralelamente, há a prática dos experimentos e exercícios, visando ao
despertar e gradativo desenvolvimento das faculdades psíquicas. Com isto o estudante vai se tornando capaz de
utilizar de modo mais completo e eficaz as funções ou potencialidades do seu ser. No primeiro caso há o
emprego da mente objetiva, com suas funções de percepção sensorial, raciocínio, recordações etc. No segundo,
exatamente essas funções devem ser postas de lado, por assim dizer, a fim de que se possam manifestar as
funções psíquicas ou interiores, mais profundas do ser, ou seja, as faculdades superiores da mente.

Por isso os objetivos práticos da afiliação Rosacruz dependem do desenvolvimento GRADATIVO e


necessariamente lento dessas faculdades latentes ou potencialidades, conforme o programa Rosacruz de ensino.

A verdade é o fruto da árvore do conhecimento, e não a árvore em si mesma ou, muito menos, sua
semente. Não se planta uma semente pela manhã para colher os frutos da árvore à tarde. Entre uma lição e outra
torna-se necessário que decorra algum tempo, para o desenvolvimento gradativo das faculdades psíquicas e para
que o estudante tenha oportunidade de REFLETIR E MEDITAR. O trabalho de reflexão e meditação, em
combinação com as experiências pessoais na vida é que fará germinarem as sementes oferecidas, para que cada
estudante plante em sua mente. Os frutos da árvore que conseguirem cultivar serão um grande poder criador à
sua disposição.

A Ordem Rosacruz, AMORC com seus ensinamentos voltados para o bem da humanidade, apresenta um
vasto currículo de temas fundamentais para o autodesenvolvimento e domínio das faculdades inerentes ao ser
humano. Entretanto, o que se percebe é que alguns estudantes rosacruzes encontram dificuldade em introduzir
os princípios aprendidos nas monografias em seu viver diário; ou seja, aprendem os princípios e leis, concordam
teoricamente com os mesmos, porém nem sempre se compenetram de sua aplicabilidade , por isso, conservam
os mesmos reflexos de sempre.

Isso pode ser mudado pela devida conscientização e disciplina na aplicação dos ensinamentos,
lembrando aqui, de modo sintético, os inúmeros tópicos abordados ao longo da senda rosacruz, quando nos
Mandamentos Privados e nas monografias da seção dos graus de atria encontramos uma abordagem inicial de
importantes temas com experimentos práticos, como a elevação ao Sanctum Celestial, Tempo e Espaço, Aura
Humana, Telepatia, Vibroturgia, Cura Metafísica, Sons Místicos, Percepção Intuitiva, Meditação,
Concentração, Dualidade da Consciência, Visualização Criadora, Arte Mística da Respiração, Sono e Repouso,
Natureza da Alma, Arquivos Acásicos, Lei do Carma, Lei do Triângulo, Prevenção de Doenças, Energia
Nervosa, Alquimia do Fogo, Energia Espírito, Força Vital.

Naturalmente a lista desses assuntos é extensa já na seção de neófito, como preparação para os graus de
templo, que aprofundarão todos os temas principais acima destacados.

Num sentido mais prático, lembramos e destacamos algumas indicações sobre a aplicabilidade desses
ensinamentos, como exemplos:

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CONCENTRAÇÃO E VISUALIZAÇÃO:

a) Emprego na criação mental, para a resolução de problemas e concretização dos desejos meritórios.

b) Emprego para a assimilação do estudo, através da memória, com o consequente aperfeiçoamento e


desenvolvimento desta última.

c) Utilização como técnica para encontrar algo que se tenha perdido.

d) Na prestação de serviços práticos ao semelhante - cura a distância, por exemplo.

Relativamente ao poder de concentração, é oportuno lembrar que o desenvolvimento da capacidade de


concentração é uma questão individual, visto que depende precipuamente da experiência pessoal. Neste
particular, nosso melhor mestre será sempre a prática persistente. A cada tentativa, aprenderemos e nos
desenvolveremos um pouco mais. Assim, a concentração irá se tornando progressivamente mais fácil, até que
será praticada com naturalidade. Cada tentativa é importante, independentemente do resultado alcançado.

Há um experimento envolvendo a respiração e a concentração em todas as partes do corpo,


ensinado atualmente no Segundo Atrium, que é de grande utilidade como exercício para o desenvolvimento do
poder de concentração. Também podemos utilizar nossas atividades normais ou rotineiras para aumentar nossa
capacidade de concentração. Para isto, devemos cultivar o hábito de focalizar toda a nossa atenção, todo o nosso
poder mental, naquilo que estivermos fazendo. Nossa mente deverá estar relaxada e isenta de pensamentos
estranhos à atividade do momento. Com isto, poderemos dar um importante passo para a verdadeira
concentração Rosacruz, que implica na passagem da mente a um estado de consciência intermediário ou
subjetivo.

Já no que tange à visualização criadora, é importante considerarmos que a visualização é uma arte.
Como tal, requer a aprendizagem de uma técnica e o desenvolvimento de uma habilidade natural. As
monografias ensinam a técnica, cabendo-nos desenvolver a habilidade pela prática persistente. O exercício é a
condição necessária à aprendizagem completa e ao desenvolvimento desta capacidade.

Ao praticarmos a visualização, devemos relaxar completamente, fechar os olhos ou fixá-los num ponto
qualquer, como a chama de uma vela, e evocar ou provocar a sensação mental de ver aquilo que desejamos
visualizar. Visualizar é criar ou reproduzir mentalmente, o que inclui a percepção mental de sons e odores, por
exemplo, além de cores e formas. A visualização pressupõe um estado de concentração, ou seja, um estado de
consciência subjetivo, introvertido. Portanto, visualizar é “sentir” e ter a “percepção completa”, onde todos os
sentidos participam (visão, audição, gustação, tato e olfato, além do extra-sensorial).

A prática aqui também será o nosso melhor mestre no desenvolvimento desta arte. Fazendo exercícios de
concentração aprenderemos a nos concentrar. Pelos exercícios de visualização aprenderemos a visualizar.
Devemos revisar esses assuntos nas monografias e TRABALHARMOS, pois seremos recompensados na
medida dos nossos esforços.

Voltando ainda ao experimento de concentração em todas as partes do corpo e respiração profunda,


devemos entender que estas duas práticas, principalmente se combinadas, poderão ser eficazmente empregadas
para a correção de qualquer condição inarmônica no corpo, um poderoso recurso para a cura pessoal. Além
disso, empregadas habitualmente, constituirão um simples e eficiente meio de se evitar a doença e o mal-estar.
Podemos acrescentar-lhes a ingestão de água magnetizada, diariamente, em especial pela manhã, em jejum, e à
noite, antes de deitar-se.

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Outro experimento importante é o da Intuição, sendo um dos primeiros recomendados nas monografias,
tem sua importância destacada no dia-a-dia. Nossas monografias ressaltam a precariedade dos nossos sentidos
físicos e do nosso raciocínio objetivo. O emprego dos processos intuitivos da mente poderá fazer mais pela
nossa felicidade e o nosso progresso que quaisquer simples meios objetivos conhecidos.

O desenvolvimento da intuição é muito importante. A intuição é o conhecimento da verdade, transmitido


do subconsciente para o consciente. Facilmente se infere daí o seu inestimável valor.

O discernimento da intuição depende igualmente de prática. É necessário que persistamos nos exercícios
que já nos foram ensinados, continuamente.

E para recebermos uma intuição, em qualquer momento, devemos introverter a consciência, pondo nossa
mente num estado subjetivo e passivo, receptivo. Não devemos forçar a nossa atitude mental ou o nosso
pensamento, em qualquer sentido, mantendo-nos numa atitude mental de calma e expectativa, por alguns
segundos. Poderá auxiliar-nos o apertar um pouco os olhos e fixá-los num ponto qualquer, vagamente, sem nos
concentrarmos objetivamente nesse ponto. A intuição ocorre como uma sensação mental sutil e repentina,
constituindo a resposta perfeita à nossa dúvida ou questão. Não decorre de um raciocínio que é um
desenvolvimento progressivo. A intuição ocorre como uma certeza; sentimo-nos seguros de que ela é
verdadeira.

Citamos até aqui então algumas técnicas e princípios que podem ser aplicados com grande eficiência
para uma vida melhor e mais harmoniosa, dentro da filosofia que adotamos como estudantes rosacruzes,
trabalhando para o nosso fortalecimento e concomitantemente o de nossa Egrégora.

Todos os dias, em todos os momentos de nossa vida, devemos tornar úteis e aplicáveis os recursos
aprendidos, para que não sejamos apenas teóricos em nossas concepções de vida, pois conhecimento sem
aplicação pode tornar-se mera divagação, sem resultados efetivos. Somente aliando-se a teoria à prática é que se
consubstanciam os ideais para uma vida melhor.

Além da fase do neófito, com duração aproximada de um ano e meio, cujos tópicos principais já
citamos e que também voltam a ser apresentados e aprofundados, como já foi dito, ao longo da Senda
Rosacruz, seguem-se, em síntese, uma sinopse dos ensinamentos dos graus de templo, cujas monografias
cobrem doze graus, tratando cada grau de um tema da Ontologia rosacruz, conforme explicitado no livro “A
Ordem Rosacruz em Perguntas e Respostas”, que transcrevemos, à guisa de lembrança, ou destaque:

“O primeiro Grau é dedicado ao estudo da matéria, conforme tratada pelos filósofos gregos, em
particular Pitágoras, Tales e Demócrito, mas também conforme é hoje abordada pelos físicos atuais. A priori,
pode parecer surpreendente abordar um tema como esse em uma Ordem místico-filosófica, mas acreditamos ser
impossível compreender o mundo metafísico se não se tem um conhecimento básico do mundo físico. Além
disso, os rosacruzes se definem como pessoas que têm a cabeça no céu e os pés bem firmes na terra.

No segundo Grau, estudam-se diversas fases da consciência humana e as faculdades que dela
dependem, como a memória, o raciocínio, a visualização, a autossugestão, a criação mental etc. Além disso,
sugerem-se exercícios que têm por objetivo desenvolver essas faculdades e torná-las úteis à vida cotidiana, pois
a filosofia rosacruz é sobretudo pragmática. Em outras palavras, ela é aplicável aos problemas da vida cotidiana.

O terceiro Grau é dedicado às leis da vida, conforme esta se manifesta através dos diversos reinos da
natureza. Para sermos mais exatos, estuda-se a maneira como ela opera nos mundos mineral, vegetal, animal,
humano e mesmo supra-humano.

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O quarto Grau é uma síntese das leis e dos princípios ensinados nos três precedentes, através do estudo
de um Manuscrito muito antigo da Ordem, que data da época de Carlos Magno.

No quinto Grau estudam-se a vida e a obra dos maiores filósofos da Grécia antiga. Ressaltamos que o
que é dito nesse Grau provém dos arquivos da Ordem e traz detalhes e histórias desconhecidos dos próprios
historiadores.

O sexto Grau trata da terapêutica rosacruz, isto é, da maneira como os rosacruzes tratam, por si
mesmos, algumas das doenças. Essa terapêutica é uma herança dos essênios que, aliás, eram chamados de
terapeutas, na Grécia, o que é muito significativo. Entretanto, a Ordem nunca teve a intenção de transformar
seus membros em curadores. E é claro que os métodos rosacruzes de cura não constituem de modo algum um
substituto da medicina oficial.

O sétimo Grau é dedicado ao estudo dos centros psíquicos do ser humano. Trata da natureza e das
propriedades da aura, bem como dos efeitos físicos e metafísicos dos sons vocálicos. Esse sétimo Grau é
eminentemente prático, pois, considerando apenas o caso dos centros psíquicos, salientamos que é o
desenvolvimento dos mesmos que está na base daquilo que se chama comumente de percepção extra-sensorial.

O oitavo Grau trata de todos os temas ligados à dimensão espiritual do mundo e do ser humano.
Estudam-se, por exemplo, o conceito de Deus, a Alma Universal, a Consciência Cósmica, a alma humana, os
fundamentos da evolução, o mistério do nascimento, o mistério da morte, as etapas da morte, a vida póstuma, a
reencarnação, o carma, o livre-arbítrio etc.

O nono Grau é dedicado ao estudo do simbolismo universal e ao desenvolvimento de faculdades que


transcendem nossas possibilidades puramente mentais e psíquicas. Trata-se, portanto, de um Grau de grande
vivência mística.

Seguem-se os graus da Seção Illuminati (10º, 11º e 12º), coroando o idealismo filosófico e místico
rosacruz.

Evidentemente que todos esses graus se encadeiam dentro de uma metodologia que abrange todas as leis
e princípios Cósmicos inerentes à vida de um modo global e por consequência ao ser humano nas dimensões
física, psíquica e anímica ou espiritual.

Dessas leis citamos, por exemplo, a lei do hábito, tendo em vista seus princípios para a promoção dos
valores superiores da consciência. O conhecimento da lei do hábito dota o estudante da possibilidade de
trabalhar conscientemente, de acordo com um plano inteligentemente traçado, pela sua transformação na pessoa
que almeja ser.

Com relação à lei do hábito, as monografias de nossa Ordem fornecem todos os elementos necessários,
em teoria, para que se possa trabalhar com a máxima eficiência. Naturalmente, na prática, tudo há de depender
de experiência e poder, a serem alcançados pelo exercício persistente e bem dirigido. Instruções detalhadas
estão contidas nas monografias, especialmente nas do Segundo Grau de Templo, que tratam especificamente
dessa Lei. Esta é uma das mais importantes leis que regem nossa vida. Por seu emprego consciente, podemos
realmente forjar o nosso destino dentro dos limites impostos pela nossa capacidade individual.

Nesse sentido, lembramos aqui algumas indicações gerais, para reflexão e experimentação.
Naturalmente, aprenderemos mais pela prática do que qualquer literatura ou pessoa poderá nos ensinar.

O hábito assenta em três pontos ou estágios fundamentais:

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1. A Motivação - conjunto de razões para a realização habitual e um impulso emocional no mesmo
sentido.

2. A Determinação - emprego da vontade para a ação que venha caracterizar o hábito.

3. O Condicionamento - processo de formação do hábito, propriamente dito, que consiste na repetição


sistemática da ação a se tornar habitual.

Portanto, a formação ou a eliminação de um hábito qualquer exige forte e autêntica motivação, em


primeiro lugar. A lei de eliminação é a mesma de formação, apenas aplicada em sentido inverso. Com
motivação suficiente, é possível empregar-se a determinação no processo de condicionamento. Aqui, o
poder da vontade do indivíduo tem importante papel a desempenhar e este poder depende de quanto o tenha
exercitado o indivíduo anteriormente. O processo de condicionamento em si é simples, caracterizando-se pela
repetição sistemática daquilo que se deseja estabelecer como realização habitual. Uma motivação insuficiente
enfraquece o poder da vontade. Este, se fraco, dificulta o processo de condicionamento.

Diversas conclusões podem ser tiradas do que já dissemos. Por isto, recomendamos o estudo desta
explicação. Isto é, a leitura de cada frase e, depois, relaxando e abandonando-se a um breve período de
contemplação, permitir que o processo natural de associação de ideias nos traga todas as conclusões possíveis.

Desejamos ainda destacar o fato de que a vontade não deve ser o fator primordial e decisivo da
eliminação de um hábito qualquer. Caso contrário persistirá uma tensão que poderá ser tão deletéria quanto o
próprio hábito pernicioso. Por isto o processo de condicionamento deve ser perfeito. Nossas monografias, além
disto, ensinam recursos extremamente valiosos para a extirpação de um desejo provocador de hábito. Por
exemplo, a visualização criadora e a autossugestão.

Quem realmente deseja libertar-se de um hábito que considera pernicioso, não deve desanimar ante os
fracassos de várias ou muitas tentativas, servindo-se de cada tentativa para aprender um pouco mais e se
desenvolver. Isto é, cada tentativa sincera tornará a pessoa mais forte e preparada para a seguinte. É importante
contudo que não forcemos, a fim de não trocarmos o hábito por um problema psicológico mais grave.

Outro tópico importante e de grande interesse é a questão da cura baseada nos princípios rosacruzes,
principalmente do sexto grau de templo. A propósito, ressaltamos que a energia irradiada da ponta dos dedos
tem propriedades curativas maravilhosas. Em princípio, nosso estado psíquico, ao realizar qualquer tentativa de
auxílio no campo da saúde, deverá ser de calma e confiança no poder divino que nos foi legado e que estamos
utilizando com o coração voltado para o bem nosso ou de um semelhante. Conforme as instruções, devemos
fazer um breve exercício de respiração profunda e iniciar o tratamento. Os detalhes nas monografias são
claros e precisos.

Conforme a terapêutica Rosacruz, a Dor é um sinal de alerta: precisamos descobrir a causa e eliminá-
la.

No processo de Cura certos passos devem ser seguidos:

a) Cortarmos a causa.

b) Restaurarmos as energias perdidas pelo próprio organismo através do repouso.

c) Fornecermos os elementos que estejam definidos como deficitários, ou cortarmos os elementos que
estejam em excesso para restabelecimento da harmonia: respiração em lugares oxigenados e com profundidade,
alimentação adequada e exercício.
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Tudo que fizermos de acordo com o nosso conhecimento, nossa necessidade e sem exageros nos leva a
uma harmonia e bem-estar para com nosso corpo e nossa mente. Mesmo no que diz respeito à dieta, hábitos de
limpeza e cuidados com o corpo, devem estar em harmonia com nossas aspirações e expectativas de evolução
interior, sem radicalismos, tudo na medida certa.

Etapas para um bem-estar:

a) Ingerirmos os alimentos com prazer e sabedoria. Fazermos de nossas refeições um ritual de saúde.

b) Ingestão de líquidos - muita água, nosso último ato antes de dormir - um copo de água fresca com
pensamentos positivos. Respirações neutras para o relaxamento físico e mental. Fazermos também do ato de
respirar um exercício de despertar matinal do corpo e da mente, como um recurso revitalizante para os centros
psíquicos e o sistema nervoso.

Por último, citamos a Criação Mental, pois ela é inerente a todo o processo criador. A criação mental se
constitui no uso dirigido de certas funções mentais, objetivando desencadear o processo cósmico de
manifestações que permite a obtenção de coisas ou situações desejadas.

Como todas as consciências existentes na terra estão, de algum modo, a certo grau, ligadas à Mente
Cósmica Universal, uma vez devidamente preparados, podemos propagar nossos anseios pelo espaço utilizando
esse recurso. Quando o nosso desejo é justo e está em consonância com as leis da natureza, e pautado pela
determinação da razão e da viabilidade, há muita chance de que ele venha a se concretizar.

A criação mental é possível porque a nossa mente é manifestação de funções da Mente Cósmica e o ser
Cósmico é criativo por natureza.

Devemos procurar sempre nos utilizarmos desse recurso para atingir nossos mais justos objetivos.

O setor de Suprimentos coloca à disposição dos interessados o “Curso Rosacruz de Criação Mental”, em
três módulos. Esta obra se constitui na matéria mais completa que dispomos sobre o assunto, inclusive com
vários exemplos práticos.

Na Criação Mental fatores psicológicos, místicos e pragmáticos, estão constantemente se inteirando.


Nesse trabalho utilizamos processos objetivos e subconscientes de nossa mente. Antes de realizar esse
exercício, é bom fazer alguns períodos de meditação refletindo sobre alguns elementos com os quais vamos
trabalhar nessa realização. Temas como: o conceito do Cosmos; o Mundo Material; a Mente Cósmica; a Mente
Humana; Realidade e Atualidade, são muito oportunos.

Existem 4 passos básicos na realização da Criação Mental.

1.) Estabelecer o objetivo;

2.) Visualização - Criação Mental propriamente dita;

3.) Liberação;

4.) Ação;

Primeiro passo:
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Deve haver clareza no objetivo a ser alcançado, ele será o componente motivador e de síntese que atrairá
ideias correlatas que ajudarão a concretizar o intento. Esse objetivo se constituirá numa espécie de símbolo.

A vontade é uma função da Mente Consciente, a qual temos a possibilidade de dirigir, ela participa na
escolha do objetivo. Devemos avaliar objetivamente se o nosso propósito é digno de concretização.

Devemos fazer uma autoanálise, comparando nossa condição atual, com os requisitos necessários à
obtenção do nosso objetivo, procurando coletar fatos, casos e exemplos que se relacionem com o fim almejado.

Tenhamos em mente um só desejo a cada trabalho realizado, o qual deve ser construtivo, moral e
eticamente correto, razoavelmente altruístico, viável e realístico.

A imaginação é uma importante aliada nos exercícios de visualização.

Pela imaginação podemos ser levados a sentir a beleza de universos nunca antes navegados e a mais
facilmente nos harmonizar com a vida terrena e espiritual. Ela é um subsídio importante, mas precisa ser
controlada e selecionada.

Segundo passo:

A visualização se constitui no segundo passo e no fator primordial na execução de exercícios de criação


mental, pois é nessa fase que o ato criativo é realizado. Visualizar é criar mentalmente, como já indicamos
anteriormente. Não basta recriarmos as imagens mentalmente, temos que viver mentalmente a “situação
objetivo”, com tudo o que faz parte dela quando concreta - significa ver o que há para ver nessa situação, ouvir
o que há para ouvir, sentir ao tato, ao paladar e ao olfato, o que há para sentir. Deste modo, pensar e sentir as
Emoções e os Sentimentos próprios da situação concretamente real. O acervo de conhecimentos, experiências e
imagens armazenadas na nossa memória, corroboram bastante para aumentar a nossa capacidade de criar
imagens mentais, aliados naturalmente a nossa criatividade e ao raciocínio individual.

Nessa fase lidamos com aspectos objetivos e subjetivos da nossa mente.

Exercícios de Visualização devem ser intensificados antes de realizar a Criação Mental, a fim de
que tenhamos um razoável domínio dessa arte.

Terceiro passo:

A Liberação é o terceiro passo da Criação Mental; devemos conceber a nossa criação como uma
realidade em nossa consciência, e ao sentir o impulso de encerrar a criação, inalar fundo e exalar liberando a
criação num “FIAT”, também instantâneo, com absoluta confiança. Nessa fase fazemos a transferência da
situação objetivo para a Mente Subconsciente.

Quarto passo:

A ação é o quarto passo da Criação Mental: O fato de simplesmente imaginar a realização de nossos
desejos, reunir e organizar adequadamente os elementos necessários em nossa tela mental, e confiantemente
liberar esse desejo ao Cósmico, sem nada fazer no nosso campo de atuação objetivo, isso não cumpre qualquer
finalidade construtiva.

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Nessa fase entra em jogo a determinação, a perseverança, a predisposição para mudar hábitos rotineiros,
que sejam contrários a meta almejada; isso naturalmente poderá trazer alguns incômodos e sacrifícios pessoais.

Busquemos enriquecer nosso intelecto acerca de assuntos que se relacionem com o nosso objetivo, dessa
forma intensificaremos nosso poder de observação e visão analítica, trabalhando inteligentemente para canalizar
os recursos necessários, a fim de que o nosso objetivo se realize.

IDEALMENTE, em cada ocasião devemos projetar ao Cósmico um apelo, solicitação ou desejo, para
fins de criação mental. É importante que visualizemos uma “criação” de cada vez, a fim de que o seu “pedido”,
bem trabalhado e determinado na nossa consciência, seja projetado ao Cósmico. Isso também é esclarecido nas
lições de Atrium, Seção de neófitos, que convém revisarmos.

Se quisermos projetar muitos desejos, num só ato de criação mental, correremos o risco de não sermos
bem-sucedidos, devido a interferência de pensamentos e ideias, que poderão atrapalhar, tanto à nível consciente
como inconsciente.

Enfim, o “ideal” é que visualizemos um “quadro” de cada vez, nele se concentrando exclusivamente,
uma vez que tenhamos nos colocado em estado de harmonização.

Empregando os componentes importantes acima sugeridos, descobriremos o modo pelo qual nossas
características psíquicas e racionais reagem, assim desenvolvendo um método próprio, que produza os melhores
resultados para cada um de nós.

Estejamos atentos às oportunidades, e acreditemos no trabalho, na iniciativa, na força de vontade, no


entusiasmo motivador e na ação construtiva. Eliminemos a ansiedade e sigamos tranquilamente, com otimismo,
determinação e perseverança, em busca de nossa meta. Confiemos na nossa Criação Mental e em nós
mesmos, lembrando que tudo o que nós queremos, nós podemos!

Poderíamos continuar citando e enumerando muitos tópicos da filosofia rosacruz, mas isso é assunto
para maior estudo e reflexão através das monografias rosacruzes, instrumentos apropriados para o
desenvolvimento do estudante realmente interessado na conquista do autodomínio, para uma vida mais plena de
realizações para si mesmo, e consequentemente, podendo levar mais discernimento ao próximo, servindo a toda
a humanidade, como um canal de muita luz e irradiação positiva.

Aqui, portanto, enunciamos de um modo geral uma relação dos principais temas da Ontologia
Rosacruz e citamos também apenas alguns aspectos mais simples da aplicabilidade dos ensinamentos da
AMORC. Diariamente, surgem na vida dos estudantes muitas oportunidades de se exercitarem nessas práticas.
O exercício, e somente o exercício, poderá conduzi-los à perícia na aplicação desses recursos maravilhosos, aos
quais acrescentamos um período diário de harmonização com os níveis mais elevados de consciência do
universo, através da técnica do Sanctum Celestial. Neste aspecto recomendamos diariamente a elevação ao
Sanctum, através das instruções dos Líber 777 e 888, que o estudante rosacruz recebe junto com o primeiro lote
de monografias.

Divisão de Ensino e Instrução.

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