Você está na página 1de 11

GESTÃO DE EMPRESA FAMILIAR

1
Priscila dos Santos Rocha
Orientador: Cristina Fogaça Rocha²

RESUMO

Gestão empresarial é uma estratégia de condução de negócios a melhores resultados, partindo de ações que envolvem a organização de processos, o controle das finanças, a
administração dos recursos humanos e materiais e tudo aquilo que é essencial para a sua manutenção. Nesse contexto, a gestão financeira é o centro de uma empresa
ou startup, pois ela é a área responsável por fornecer recursos para que toda a operação possa existir como um todo, e de forma eficiente. Os profissionais que lidam com a
gestão financeira têm o importante dever de cuidar da entrada de caixa do negócio, quitar as contas e, ainda, trabalhar para identificar gastos desnecessários.
Independentemente do tamanho da companhia, é preciso investir em uma boa gestão financeira para administrar corretamente o capital da empresa. Assim, torna-se possível
fortalecer sua presença no mercado, apostar em novos investimentos e expandir suas operações. Um dos primeiros passos é contar com uma plataforma profissional para
cobrar os clientes. A presente produção científica tem como principal objetivo abordar acerca de como é feita e quais os principais cuidados que se deve ter no processo de
gestão de uma empresa familiar. A metodologia utilizada foi a de revisão de literatura, de caráter descritivo e exploratório.
 
Palavras chave: Empresa. Família. Finanças. Gestão.

ABSTRACT

Business management is a strategy of conducting business with better results, starting from actions that involve the organization of processes, the control of finances, the
administration of human and material resources and everything that is essential for its maintenance. In this context, financial management is the center of a company or startup,
as it is the area responsible for providing resources so that the entire operation can exist as a whole, and efficiently. The professionals who deal with financial management have
an important duty to take care of the cash flow of the business, settle the accounts and, also, work to identify unnecessary expenses. Regardless of the size of the company, it is
necessary to invest in good financial management to correctly manage the company's capital. Thus, it becomes possible to strengthen its presence in the market, invest in new
investments and expand its operations. One of the first steps is to have a professional platform to charge customers. The present scientific production has as main objective to
approach about how it is done and what are the main care that must be taken in the management process of a family business. The methodology used was that of literature
review, of a descriptive and exploratory nature.

Keyswork: Entrepreneurship. Company. Family. Finance. Management.

1. INTRODUÇÃO

Este artigo científico cujo tema é o processo de gestão financeira em uma microempresa familiar do ramo de prestação de serviços. Nesse estudo

de caso, é importante enfatizar os desacertos de gestão, principalmente no longo prazo, que podem causar danos à marca ou mesmo encerrar as

operações.

Gestão é o conjunto de ações necessárias para se administrar uma organização em todas as suas áreas, promovendo a integração entre elas e a

melhor utilização dos recursos disponíveis, com o objetivo de atingir os objetivos planejados. Por isso, toda empresa, ao ser iniciada, deve ter um

planejamento.

A gestão financeira é um conjunto de ações e processos administrativos que envolvem a análise, o planejamento e o controle das atividades

financeiras de uma organização. Portanto, qualquer empresa precisa adotar a gestão financeira. É através dela que é possível fazer análises de

cenários, estabelecer metas, prazos e acompanhar os resultados corporativos. 

1
Priscila dos Santos Rocha, Acadêmica do Curso Superior em Tecnologia em Gestão de Processos da Faculdade Global.

2 Cristina Fogaça Rocha, Professora orientadora do Superior em Tecnologia em Gestão de Processos da Faculdade Global.
.
Ou seja, com uma gestão financeira eficaz, a empresa consegue entender quanto ela tem a receber, o que tem para pagar e como está o

equilíbrio entre essas duas variáveis.

A gestão é um meio de organização e administração. Ela pode ser de diversas áreas e ajudar nas mais variadas formas. A aplicação da gestão

em uma empresa é de suma importância, uma vez que essa controla tais áreas.

Ela funciona identificando as falhas cometidas na gestão até então ou que ainda podem ser cometidas, onde se quer chegar, como chegar e

direcionar. Os responsáveis pelo gerenciamento têm como tarefa guiar setores para que estes alcancem o máximo que podem, sem desperdícios

Sem um sistema de gestão, as desorganizações se repetem e isso pode fazer com que um negócio ou uma empresa fique para trás. Ao

empreendedor/empresário é importante que ela identifique quais áreas de gestão podem ajudar a sua empresa a otimizar tempo e recursos!

A gestão da parte financeira da sua empresa tem como intuito identificar gastos excessivos, enganos cometidos e, assim, entender como corrigi-

los. Mas também encontrar onde a empresa pode lucrar mais, quando se utiliza as ferramentas adequadas e cria-se um planejamento estratégico

cujo principal objetivo é potencializar cada vez mais os serviços e/ou produtos ofertados.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Uma empresa familiar é vínculo de dois sistemas de gestão independentes (família e empresa) conectados entre si. Uma empresa

familiar pode incluir vários membros da família e membros da diretoria tanto nas áreas administrativa como operacional do Sebrae, (2019). O

trabalho de gestão é feito inteiramente pelos próprios familiares, normalmente há mais direitos de controle, inclusive direitos de controle financeiro,

e o capital é fechado. Posto isto, a gestão da empresa familiar deve seguir algumas recomendações, tais como a definição de um plano

estratégico, um plano de negócios, um propósito e objetivos bem estruturados e critérios de herança. Além disso, é essencial desenvolver um

processo de tomada de decisão. (SBC,2019)

2.1 MICROEMPRESA FAMILIAR – CONCEITO

Após a constituição e registro de uma empresa deverá o empresário/empreendedor atentar para o tipo de porte da empresa. O porte se refere ao

seu faturamento, e existem três tipos que podem servir para a sua empresa: microempresa (ME), empresa de pequeno porte (EPP) e

microempresa individual (MEI). É essencial conhecer cada um desses portes para entender as particularidades e características específicas para

poder aplicar o melhor para a empresa (SEBRAE, 2016).

Após o plano de negócio demonstrar viabilidade, o próximo passo do empreendedor é abrir a sua empresa. No entanto, é necessário analisar qual

tipo mais adequado, muitos empreendedores possuem dúvidas sobre qual empresa abrir e cada uma tem seus direitos e deveres (EUGÊNIO,

2017).

Nesse contexto, é importante conhecer os tipos de empresas de acordo com a legislação brasileira.

Convém destacar que MEI é a sigla para Microempreendedor Individual, ou seja, trata-se de uma microempresa individual. O MEI surgiu para

acabar com a informalidade de pessoas que trabalham por conta própria. Portanto, sua criação tem a ver com formalização de autônomos e

profissionais liberais que atendem às exigências do programa.


Um negócio familiar é a interação de dois sistemas separados, a família e o negócio, que estão conectados. As empresas familiares podem incluir

diversos membros da família, tanto na parte administrativa quanto como acionistas e membros da diretoria. Além disso, a gestão da empresa pode

ser feita por uma pessoa de fora da família (e não por isso ela deixará de estar enquadrada como um negócio familiar), apenas precisando ter

figuras familiares no quadro de diretores ou acionistas (SEBRAE, 2018).

É de extrema importância planejar antecipadamente a sucessão de pessoas na empresa familiar, para que, quando for necessário realizar a troca,

esteja tudo documentado e com os demais membros do negócio e da família cientes. O processo sucessório deve ser iniciado com a presença do

fundador da empresa e a participação ou aval de todos os envolvidos. É preciso que exista, durante toda a ação, um clima de diálogo para tratar

dos conflitos já existentes e dos que podem surgir.

Os herdeiros devem ser conscientizados de que não vão herdar uma empresa, mas uma sociedade composta por pessoas que não se

escolheram. Logo, é preciso separar claramente os conceitos de família, propriedade e empresa.

As micro e pequenas empresas são as principais geradoras de riqueza no Comércio no Brasil, já que respondem por 53,4% do PIB deste setor.

No PIB da Indústria, a participação das micro e pequenas (22,5%) já se aproxima das médias empresas (24,5%). E no setor de Serviços, mais de

um terço da produção nacional (36,3%) têm origem nos pequenos negócios (SEBRAE, 2006).

O Brasil é um país de empreendedores. Muitos brasileiros têm ideias de novos negócios e as concretizam sob a forma de micro e pequenas

empresas.

Aproveitando as vantagens que o setor proporciona. Como a desburocratização administrativa e jurídica, simplificação dos tributos (sobretudo com

o enquadramento no SIMPLES – Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições de Microempresas e das Empresas de Pequeno

Porte) e acessos facilitados a determinadas linhas de crédito, devido ao graças ao apoio de entidades oficiais, como SEBRAE e BNDES

(CABRAL, 2015).

Segundo informações do SEBRAE (2006), o número de empresas do Simples Nacional já chegou a cerca de  12,4 milhões de micro e pequenas

empresas. Só o MEI – Microempreendedor Individual ultrapassou o número dos 7 milhões de empreendedores individuais em 2017. Além disso,

de acordo com o IBGE tais empresas representam cerca de 27% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.

Ao contrário do que muitos pensam, as micro e pequenas empresas têm sim um papel fundamental para promover o crescimento econômico do

país. Em primeiro lugar, esses negócios ajudam a criar empregos e renda para a população, sendo uma das principais causas da redução das

desigualdades sociais. Segundo dados recentes do IBGE, as empresas de pequeno porte representam 20% do Produto Interno Bruto (PIB)

brasileiro. E, são responsáveis por pelo menos 60% dos quase 100 milhões de empregos no país (GUIMARÃES, 2018).

2.2 GESTÃO DE MICROEMPRESAS

Deslindar sobre gestão da qualidade é um dos conceitos mais cruciais no mundo dos negócios-corporativos, atualmente. Sua relevância reside no

fato de que no mundo globalizado todo e qualquer produto ou serviço precisa ser fiscalizado em suas funções e cadeira produtiva: fabricação e

distribuição. Um alimento estragado, por exemplo, pode causar uma doença ou levar alguém a óbito, num caso extremo, e destruir a reputação da

empresa responsável. O controle da qualidade é essencial para evitar esse tipo de incidente e garantir a satisfação do cliente.

Gestão da qualidade inclui planejamento estratégico, alocação de recursos e outras atividades sistemáticas para a qualidade, tais como o

planejamento para a qualidade, operações e avaliações.


Assim na perspectiva de Longo, podemos conceituar gestão da qualidade como:

A Gestão da Qualidade Total (GQT) é uma opção para a reorientação gerencial das organizações. Tem como pontos básicos: foco no cliente; trabalho em equipe permeando
toda a organização; decisões baseadas em fatos e dados; e a busca constante da solução de problemas e da diminuição de erros. (LONGO, 1996, p. 10).

Ao fazer referência à gestão de processos o pesquisador Oliveira:

A gestão por processos refere-se a um conjunto de funções de planejamento, direção e avaliação das atividades sequenciais, com a finalidade de minimizar os conflitos
interpessoais e atender as necessidades e expectativas dos clientes externos e internos das empresas. (OLIVEIRA, 2014, p. 24).

O conceito de gestão possui ligação direta com a administração dos recursos disponíveis na organização. Esses recursos podem ser tanto

materiais e financeiros como humanos, tecnológicos ou de informação.

Qualidade, segundo a ISO (International Standardization Organization), “é a adequação e conformidade dos requisitos que a própria norma e os

clientes estabelecem”. Assim, podemos entender Qualidade como sendo o nível de perfeição de um processo, serviço ou produto entregue pela

sua empresa, de maneira que atenda às exigências definidas pela ISO e, é claro, pelos seus clientes.

Na visão de Cordeiro a gestão da qualidade pode ser entendida como:

A gestão da qualidade é total por dois principais motivos: primeiro porque não devem existir lacunas, ou seja, o cliente-alvo da empresa deve estar totalmente satisfeito, e
segundo porque todos os departamentos e funcionários da empresa devem trabalhar de forma integrada no sentido de preencher essas lacunas ao longo do tempo.
(CORDEIRO, 2004, p. 26)

Do ponto de vista empresarial e corporativo, é salutar afirmar que qualidade pode ser entendida como um conjunto de características que faz

referência ao atendimento das necessidades dos clientes e ao padrão de produtos e serviços oferecidos por uma empresa.

Nessa perspectiva Bittencourt nos lembra que:

Qualidade é função derivada da integração e intensificação da atividade econômica do ser humano e ter qualidade é ter confiança, durabilidade e segurança. É ter tranquilidade
no ambiente de negócios, melhor ambiente e maior incremento da atividade econômica. Vemos, portanto, que Gestão da Qualidade é essencial para o gerenciamento de um
projeto, o que gera discussões a respeito de princípios e processos, uma vez que a falta da qualidade é um grande entrave no avanço tecnológico e organizacional.
(BITTENCOURT, 2010, p. 31)

Produzir com foco na qualidade é primordial para manter a essência do negócio à qual se propõe. Nessa perspectiva cabe-nos entender como a

gestão da qualidade pode ser aplicada no processo de compras, vendas, aplicação de estratégia e análise de resultados de uma microempresa.

Pois, como corrobora Ferreira:

Para garantir que o Sistema de Gestão da Qualidade esteja em conformidade e adequado com as necessidades do empreendimento, no setor privado, a distribuição de papéis
e responsabilidades. (FERREIRA, 2016, p. 6)

A garantia de qualidade é uma maneira de ter a certeza que os padrões e requisitos de qualidade operacionais previamente estabelecidos sejam

utilizados em todos os processos futuros de desenvolvimento, seja de um produto ou serviço, contribuindo assim para a segurança do cliente.

De maneira concomitante à gestão e à qualidade é de fundamental importância que seja atentado para o controle de qualidade, este deve ser

direcionado de modo a assegurar o cumprimento de requisito de qualidade e é realizado, principalmente, através de uma inspeção. A inspeção de

qualidade é um procedimento que analisa e avalia se os atributos de um produto ou serviço estão de acordo com os requisitos especificados para

definir se há ocorrência de não conformidade.

Analisando o exposto acima fica claro e evidente que ambas precisam ser empregadas para que haja o melhor aproveitamento do potencial

produtivo da microempresa.
É evidente que os tipos de manutenção não se limitam às expostas acima, existem outras não menos importantes que precisam ser feitas,

principalmente a manutenção planejada, essa é essencial para garantir o fluxo de produção.

2.3 PLANO DE NEGÓCIOS

O plano de negócio é um ótimo parceiro para ajudar os empreendedores no início da sua jornada. Com ele, é possível definir metas e prever

alguns dos desafios que virão pela frente, é preciso pensar muito antes de investir seu precioso dinheiro em uma ideia um bom plano de negócio é

aquele que fica registrado, ele pode ser guardado em arquivos ou no computador.

Segundo o consultor de negócios Roderic Ken Miyoshi ( PEGN, Sebrae 2019) . O consultor dá uma recomendação para os microempreendedores

individuais (MEI) montarem seu plano de negócio. É importante analisar bem os seus concorrentes. Descobrir quem são, onde estão fixados e

como eles se destacam no mercado. Com essas informações em mãos, é possível definir em qual nicho vale a pena investir. É preciso saber

como os clientes pagam seus produtos e qual é a frequência de consumo deles.

Conhecer seu fornecedor é uma parte fundamental para obter uma boa margem de lucro. Por meio de uma boa pesquisa de mercado, você pode

saber onde encontrar produtos mais baratos sem afetar a qualidade dos produtos. Além disso, deve-se considerar a quantidade a ser adquirida e

o prazo de entrega, bem como a importância da análise da forma de pagamento do produto.

Os microempresários geralmente obtêm pequenos lucros quando o negócio começa. Para evitar perdas, geralmente é necessário reduzir o

impacto de certos custos. O consultor disse que uma das estratégias é abandonar os pontos comerciais, “começando em casa pode reduzir

gastos com aluguel, água e luz”.Estar atento ao capital de giro também é importante. Muitas vezes, as empresas fecham os primeiros meses no

“vermelho”. O plano de negócio ajuda a definir quanto tempo é possível se sustentar no mercado.

A falta de controle financeiro também é um dos fatores pela falta de organização da empresa. Muitos empresários misturam suas contas pessoais

com as de pessoas jurídicas, o que não é recomendado. De acordo com o consultor de negócios Roderic Ken Miyoshi (PEGN, Sebrae 2019)

O plano de negócios também melhora bastante o controle financeiro da empresa. Isso porque contém um plano financeiro no qual são planejados

o investimento inicial, as despesas operacionais, fluxo de caixa e o capital de giro para que a empresa possa conduzir os negócios até o retorno.

O planejamento financeiro também é essencial para acessar dados importantes como retorno sobre o investimento.

Fazer um plano de negócios com o plano financeiro de uma empresa é diferente do momento de planejar orçamentos e monitorar todas as contas

da empresa para promover a vida dos empresários. Planejar as finanças antes mesmo da abertura da empresa pode ajudar a definir os melhores

investimentos a serem feitos no início do negócio e as despesas que podem ser cortadas sem comprometer as operações. ( Serasa

Empreendedor,2020)

2.4 GESTÃO FINANCEIRA PARA UMA MICROEMPRESA FAMILIAR

A capilaridade dos pequenos negócios e a necessidade de gerar mais dinâmica à economia faz com que eles estejam presentes desde os

pequenos municípios até os diversos bairros das grandes metrópoles. O que permite uma enorme abrangência para o segmento (ALVES, 2017).

Justamente por isso, é capaz de absorver a mão de obra mais facilmente. Inclusive daqueles profissionais e trabalhadores que o mercado

embaraça a recolocação. Como as pessoas que têm mais de 40 ou 50 anos, ou aqueles que ainda são inexperientes e têm dificuldade para
conseguir o primeiro emprego, como os que têm formação parcialmente completa ou os recém-formados em áreas mais técnicas e graduações

(MORAES, 2011).

Essa enorme capacidade de empregar e sua desconcentração geográfica fazem com que as micro e pequenas empresas cheguem a 99% dos 6

milhões de estabelecimentos formais existentes no país (HOJI, 2009).

O conceito da gestão de finanças é absolutamente tudo que envolve o planejamento, a análise e o controle das atividades financeiras da empresa.

O objetivo é melhorar os resultados alcançados, gerando uma melhor margem líquida e, consequentemente, lucros mais consistentes (SILVA,

2020).

Quando uma empresa promove uma boa gestão, consegue visualizar sua verdadeira situação e, assim, se planejar e operar mais

adequadamente. Acompanhar os números bem de perto garante seu melhor uso em prol da empresa. Uma visão distorcida da realidade dos

recursos da empresa explica o mal resultado, o prejuízo, o desperdício e a baixa competitividade de um negócio (MORAES, 2011).

Se a saúde financeira de uma empresa não vai bem, e isso se perdurar por algum tempo relevante, as consequências podem ser nefastas. O

desequilíbrio financeiro pode provocar o endividamento da empresa, um buraco na liquidez do capital, necessidade de uma tomada de

empréstimo, o atraso nas contas a pagar, enfim, as perdas podem ser irreparáveis, prejudicar o negócio e até mesmo provocar o seu fim

(KIMURA, 2002).

É claro que não é isso que a gente quer, não é verdade? Então, a primeira pergunta que devemos fazer é: por que a saúde financeira da empresa

não vai bem? Muitas vezes, as vendas estão acontecendo em um bom ritmo e, ainda assim, os resultados não aparecem. Não há dúvidas de que

o problema, nesse caso, está na gestão financeira da empresa. Mais especificamente, na má gestão (MORAES, 2011).

Uma boa gestão é fundamental para a saúde de qualquer empresa, seja ela do tamanho que for. Um  microempreendedor individual (MEI), uma

microempresa (ME) e mesmo uma grande corporação precisam igualmente de controles sobre as atividades financeiras. Isso garante um fluxo

financeiro e administrativo saudável. Mais do que isso, trabalha a favor da sua empresa, na direção dos resultados (SILVA, 2020).

Essa atividade precisa receber toda a atenção do empreendedor, por um motivo muito simples: cuidar da área financeira é imprescindível para a

saúde da própria empresa.

2.5 FLUXO DE CAIXA

Frezatti (1997) acredita que quando é necessário certos recursos da empresa, que são os ativos mais líquidos, nunca devem ter um grande

excedente, portanto não podem conter falhas. Com isso, se evidencia a necessidade de um controle para obter informações necessárias e para a

utilização do caixa de forma correta.

O fluxo de caixa nada mais é do que a sintetização dos movimentos monetários realizados por uma empresa em um determinado período. É o

registro de despesas e receitas. Tratamos aqui do fluxo de caixa diário, de forma simples, pois existem várias maneiras de se aplicar o fluxo de

caixa.

A importância da gestão financeira corporativa. 54 UNAR (ISSN 1982-4920), Araras (SP), v. 5. n. 1 página, por exemplo, 51 a 58 de maio de 2011.
O fluxo de caixa que cobre todas as transações da empresa. Isso pode parecer simples, mas para construir fluxo de caixa, disciplina e método são
necessários. Cada empresa tem suas particularidades, portanto, o fluxo de caixa é diferente e deve ser adaptado a cada modelo de fluxo de caixa.
Ou seja, a construção do fluxo de caixa é propriedade da empresa, e tem que atender as necessidades da empresa, não sendo ideal pegar
modelos prontos. Segundo o SEBRAE (2009), muitas Microempresas colocam as operações diárias como produzir e vender em primeiro plano, e
esquecem que também é necessário para organizar e controlar essas operações. É comum encontrar empresas que não saibam os valores
exatos de contas a receber e contas a pagar e não especificaram o controle de caixa efetivo. O SEBRAE (2009) afirma ainda que é impossível
sobreviver sem empresa O administrador conhece pelo menos as informações básicas de gestão do negócio. Aqui estão algumas de suas
sugestões:

Seguem abaixo algumas dicas do Sebrae (2006).


1. A aplicação do conceito do "fluxo de caixa" é a mesma indiferente do ramo ou tamanho da empresa.
2. Mais do que recursos de informática e tecnologia é preciso ter disciplina.
3. Faça os lançamentos diariamente.
4. Acompanhe o extrato do banco também diariamente.
5. Não adianta fazer cursos e não praticar, por isso exercite o aprendizado dia-a-dia.
6. Transforme o fluxo de caixa em uma rotina da empresa.
7. Registre sempre a saída do pró-labore, ele faz parte do balanço da empresa.
8. Se não tiver tempo para fazer o fluxo de caixa você mesmo, contrate alguém que possa ficar responsável por essa função.
9. No caso de contratar um funcionário, acompanhe o trabalho executado por ele.
10.Implantar um sistema de controle financeiro informatizado;
11. Estabelecer rotinas diárias para lançamento de informações;
12. Atualizar os dados financeiros rigorosamente
13. Conferir os controles periodicamente
14. Arquivar os documentos de forma organizada.

"Muitas empresas vão à falência porque não sabem como administrar o fluxo de caixa" (MATARAZZO, 2003, p. 363). O autor prossegue

salientando que “quase sempre falência ou liquidez insuficiente devido à falta de gestão de liquidez adequada'' A caixa é, portanto, importante

para a análise. ”. O fluxo de caixa pode ajudar as empresas a identificar e reagir rapidamente a condições financeiras adversas. Ele percebeu que

sua receita estava diminuindo, então procurou estabelecer alternativas para reduzir gastos para que sua renda mensal não fosse ultrapassada.

Até em casos de fechamento da empresa o fluxo de caixa auxilia, pois é possível encerrar as atividades dentro de um planejamento, sem ficar

com nome sujo na praça. Assim, quando o empreendedor desejar voltar a abrir um negócio não estará com o nome sujo na praça.

3. METODOLOGIA

O método utilizado é uma pesquisa bibliográfica no modelo qualitativo Baseada num estudo de caso. O estudo de caso é um método de

investigação especialmente adequado quando estamos tentando entender, explorar ou descrever acontecimentos quais fatores estão envolvidos

ao mesmo tempo (ORRIS 2017).

A coleta de dados se deu por meio de entrevista aplicada ao proprietário da empresa, complementadas por dados bibliográficos em livros,

revistas, jornais, redes eletrônicas, ou seja, materiais acessíveis ao público de um modo geral. Segundo Gil (1999), as vantagens da pesquisa

bibliográfica são relevantes. Ele fornece aos pesquisadores fatos que cobrem uma variedade de fenômenos mais extensos do que o que você

pesquisa diretamente.

O sujeito da pesquisa foi o proprietário/gestor da empresa. Foi realizada uma entrevista individual, que se deu numa forma de diálogo assimétrico,

buscando a coleta de dados. Vergara (2004).

A adoção desse compreender as questões que envolvem o processo de gestão financeira de uma microempresa familiar.

Determinando o conhecimento atual sobre uma temática específica, já que é conduzida de modo a identificar, analisar e sintetizar resultados de

estudos independentes sobre o mesmo assunto. (SOUZA, et al. 2010).


Foram elencadas e analisadas as publicações acerca do tema, a fim de compreender as dificuldades que envolvem a gestão de uma empresa

familiar.

4. ANÁLISE DE DADOS

A coleta de dados aconteceu de 02 (duas) formas, por questionário com perguntas fechadas e entrevista aberta diretamente ao gestor. A

realização das visitas, foram feitas durante os meses de janeiro e fevereiro de 2021. Cada entrevista teve duração média de 20 minutos e foram

do tipo semiestruturadas. Durante as entrevistas foram coletadas outras informações relevantes que foram resumidas e discutidas. Para manter a

confidencialidade, o entrevistado será identificado como proprietário. Após entrevista com o proprietário, descobriu-se que o atual modelo de

gestão do seu negócio apresenta algumas deficiências na gestão financeira. De acordo com as palavras do proprietário (2021):

(...) Se você não se impõe autolimites e restrições ao controle financeiro da empresa, Eu ou meus parentes corremos o risco de confundir o caixa da empresa com a carteira
pessoal. (...)

A organização de transações financeiras básicas evita que a empresa se perca em um caos de números e documentos. O responsável pela área

— ou qualquer pessoa que precisar ter acesso aos dados — deve ser capaz de encontrar qualquer informação sem maiores dificuldades.

O gestor financeiro exerce um papel importantíssimo no aspecto organização, pois é ele o responsável por controlar e acompanhar todas as

atividades financeiras da empresa e garantir a organização das finanças.

Recomenda-se contar com uma ferramenta fácil e simples para esse controle. Ela tem que responder a questões sobre o que a empresa pagou e

recebeu, que recebimentos e pagamentos ela tem para o próximo período e a localização dos comprovantes de pagamentos efetuados.

Se a empresa puder adotar um sistema especializado, ela terá informações sempre à mão. Dessa forma ela evitará perder prazos de cumprimento

tanto de obrigações financeiras como de tributárias e fiscais. Esse tipo de ferramenta conta com funcionalidades proativas que contribuem para

uma gestão financeira eficiente.

Gestão financeira é um conjunto de ações e procedimentos administrativos que envolvem o planejamento, a análise e o controle das atividades

financeiras da empresa. O objetivo da gestão financeira é melhorar os resultados apresentados pela empresa e aumentar o valor do patrimônio

por meio da geração de lucro líquido proveniente das atividades operacionais. O departamento de folha de pagamento e lucro deve ser separado

do fluxo de caixa e do capital da empresa. Para proprietários com dificuldades de manuseio, contratar um contador ou gerente financeiro é a

escolha ideal

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo deste projeto foi analisar os desafios na gestão familiar, que atualmente, influencia grande parte da economia brasileira. Foi percebido

pela pesquisa que a administração de microempresas familiares em geral apresenta os mesmos desafios quando se refere à gestão.

Os pontos mais importantes das dificuldades ocorrem no momento de separar o lado profissional do lado pessoal, e é necessário introduzir cada

membro da organização no seu lugar na empresa. Outro ponto do conflito é a preparação para gestão financeira, é neste momento que algumas

Empresas perdem o foco e vão à falência. Também quando você muda as origens de Fundador da empresa sucessor da empresa e também a
administração, a falta de conhecimento teórico e prático acaba prejudicando a empresa. As dificuldades que ocorrem dependem dos recursos

internos para corrigi-los.

Começando com o compromisso de pessoas envolvidas, observado e dando valor as inovações e a aplicação de recursos no treinamento e

inovação de uma equipe coerente. Quando os administradores estão se preparando para a administração de desafios e conhecimento dos

propósitos, podem resolver qualquer problema. Também é importante notar que o fator que impede algumas empresas a fim de alcançar mais

sucesso é o seu tradicionalismo para aceitar a dificuldade dos membros e a mudanças a novas ideias.

No entanto, existem vantagens e desvantagens de trabalhar com a Família, empresas familiares podem trazer diferentes vantagens quando for

gerida do jeito certo se alcança o caminho certo.

Podemos concluir que esta pesquisa mostrou que há muito Trabalho a ser realizado, especialmente no campo da administração. Foi notado

também que existem muito na organização a ser investido na gestão financeira, independentemente de serem tecnologias ou cursos de gestão.

No entanto, foi claramente visto com a pesquisa que antes que o proprietário não conseguia notar e que não dava devida atenção, como exemplo

a dificuldade do proprietário em gerir seu negócio e alavancar a empresa, a falta de conhecimento, e principalmente falta de funcionários para

desempenhar tarefas que são sobrecarregadas pelo gestor.

Portanto, as empresas devem separar as relações familiares das profissionais que acabam se misturando em algumas empresas, com o objetivo

de prosperar a organização, o que fatalmente levará a melhoria pessoal de cada colaborador familiar.

Ao analisar o modelo de gestão da empresa pesquisada, podemos tirar conclusões que uma boa gestão é fundamental para a saúde de qualquer

empresa, seja ela do tamanho que for. um microempreendedor individual (MEI), uma microempresa (me) e mesmo uma grande corporação

precisam igualmente de controles sobre as atividades para garantir a estabilidade da empresa no mercado, e que é necessário buscar qualificação

profissional a fim de aprender técnicas de administração e planejamentos financeiros auxiliarão na administração e planejamento da empresa.

Então esperamos que este estudo de caso, serve como exemplo de outras empresas familiares que a  gestão administrativa e financeira

serve para fazer toda a análise dos indicadores financeiros de uma empresa. E entender quanto pode ser investido em novas áreas,

equipamentos e softwares, além de quais as ações precisam ser tomadas para melhorar o financeiro da empresa, em casos de prejuízos.

REFERÊNCIAS

ALVES, Maitê Farias Castro. Gestão financeira e sua importância para as empresas. Disponível em:

<https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/administracao/gestao-financeira-e-sua-importancia-para-as-empresas.htm> Acesso em 03 de Fev.

2021.

BITTENCOURT, Rubens M. Gestão da Qualidade em microempresas. Ano: 2010. Disponível:

<http://www.ibracon.org.br/eventos/52cbc/RUBENS.pdf>. Acesso em 06 Fev. 2021.


CORDEIRO, José Vicente B. de Mello. Reflexões sobre a Gestão da Qualidade Total: fim de mais um modismo ou incorporação do

conceito por meio de novas ferramentas de gestão? Revista da FAE, v. 7, n. 1, 2004. Disponível em:

<https://revistafae.fae.edu/revistafae/article/view/431/327> Acesso em 27 de Jan. 2021.

EUGÊNIO, A. H. Empresas: breve contextualização histórica e tipologia. Disponível em:

<https://revistacientifica.facmais.com.br/wp-content/uploads/2017/09/3.-EMPRESAS-BREVE-CONTEXTUALIZA%C3%87%C3%83O-HIST

%C3%93RICA-E-TIPOLOGIA.pdf> Acesso em 29 de Jan. 2021.

FERREIRA, Nicole Sieiro. Importância da gestão da qualidade em um empreendimento hidrelétrico – Usina Hidrelétrica de Santo Antônio.

Congresso Nacional de Excelência e Gestão. Ano: 2016. Disponível: <http://www.inovarse.org/sites/default/files/T16_M_010.pdf>. Acesso em 27

de Jan. 2021.

GUIMARÃES, Yuri. O tratamento diferenciado das micro e pequenas empresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) no certame

licitatório. Disponível em: <https://menezeseguimaraesadvocacia.jusbrasil.com.br/artigos/116490691/o-tratamento-diferenciado-das-micro-e-

pequenas-empresas-me-e-empresas-de-pequeno-porte-epp-no-certame-licitatorio> Acesso em 30 de Jan. 2021.

GERENCIANET, A importância da gestão financeira em PMEs

Disponível em: https://gerencianet.com.br/blog/importancia-da-gestao-financeira-em-pmes/ > Acesso em 9 de fev. 2021.

HOJI, Masakazu. Administração financeira e orçamentária: matemática financeira aplicada, estratégias financeiras, orçamento

empresarial. São Paulo: Atlas, 2009.

H.ANZINI. Negócios familiares: Entenda como eles funcionam. Disponível em: https://www.anzini.adv.br/post/neg%C3%B3cios-familiares-

entenda-como-eles-funcionam > Acesso em: 09 de Fev. 2021.

KIMURA, Herbert. Ferramentas de análise de riscos em estratégias empresariais. Disponível em:

<https://www.scielo.br/pdf/raeel/v1n2/v1n2a18.pdf> Acesso em 06 de Fev. 2021.

LONGO, Rose Mary Juliano. Gestão da Qualidade: Evolução Histórica, Conceitos Básicos e Aplicação. Texto para discussão nº 397, 1996.

Disponível em: <http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/1722> Acesso em 31 de Jan 2021.

MORAES, Rafael Cacemiro de. A importância da gestão financeira para empresas. Disponível em: <

http://revistaunar.com.br/cientifica/documentos/vol5_n1_2011/5_a_importancia_da_gestao.pdf> Acesso em 08 de Fev. 2021.

OLIVEIRA, D. P. R. Sistemas, organizações e métodos: uma abordagem gerencial. Ano: 2014. Disponível em:

<https://admpub.files.wordpress.com/2014/02/slide-sistemas-organizacao-e-metodos-reboucas.pdf> Acesso em 28 de Jan. 2021.


SEBRAE. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. Disponível em:

<https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/sp/conteudo_uf/quais-sao-os-tipos-de-

empresas,af3db28a582a0610VgnVCM1000004c00210aRCRD> Acesso em 09 de Fev. 2021.

SILVA, Janecleide Alves da. Orçamento empresarial como ferramenta de gestão para micro e pequenas empresas. Disponível em:

<http://www.scielo.br/pdf/gp/v8n3/v8n3a07.pdf> Acesso em 08 de Fev. 2021.

SOUZA, M. T. et al. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Revista Einstein. v. 8, p.102-106, 2010. Disponível em:

<http://www.scielo.br/pdf/eins/v8n1/pt_1679-4508-eins-8-1-0102.pdf.> Acesso em: 09 de Fev.. 2021.

Você também pode gostar