Você está na página 1de 16

Contratos

Aula 3
Note-se que até a formação do contrato (por meio do

consentimento), os interesses dos contraentes são


contrários.

●Caio Mario Explica o processo de formação:


●“eu me sinto inclinado a comprar um objeto; Resisto ou

cedo ao impulso, discutindo as vantagens ou


desvantagens; Supondo que cedi, começo a externar a
volição, propondo negócio. Na mente desse
alguém,suscitará minha proposta as mesmas fases de
elaboração; Se as vontades se convergirem, haverá um
encontro harmônico.
O início do contrato é caracterizado das tratativas

preliminares – denominada fase de puntuação – até


que as partes chegam a uma proposta definitiva,
seguida da imprescindível aceitação.

Com a junção dos dois elementos: PROPOSTA À


ACEITAÇÃO), o contrato estará formado.

PROPONENTE – CONSENTIMENTO –

ACEITANTE
NEGOCIAÇÕES PRELIMINARES
●A fase de negociações sempre é anterior à
formação.

●É neste momento prévio que as partes discutem,


ponderam, refletem, fazem cálculos, estudos,
redigem a minuta. Enfim, regularizam interesses
antagônicos.
●A característica básica é a não vinculação a uma
relação jurídica obrigacional tradicional, mas isso
não significa que já não estejam adstritos ao
princípio da boa fé.

Segundo a nova ótica, não celebrar um contrato é


um direito que assiste ao tratante, desde que aja


dentro dos limites da boa-fé e não viole a confiança
alheia.
Ninguém é obrigado a contratar, mas também não é

correto criar expectativas de contratar se realmente


não desejar.

Observar: o princípio da boa fé objetiva também é


aplicável a fase pré-contratual.


O mais importante: não confundir negociações

preliminares com proposta preliminar, ou promessa de


contrato ou ainda pré-contrato. Esses últimos já
possuem uma força obrigatória que não existe nas
negociações preliminares.

●O rompimento injustificado das negociações


preliminares será reguladas normativamente por artigos
relativos à boa fé objetiva. O rompimento injustificado,
p.ex., de um pré-contrato, é agressão a normas
contratuais.
PROPOSTA DE CONTRATAR
A proposta, também chamada de policitação,

consiste na oferta de contratar que uma parte faz à


outra,com vistas à celebração de determinado
negócio (daí, aquele que apresenta a oferta é
chamado de proponente, ofertante ou policitante)

Trata-se de uma declaração receptícia de vontade


que, para valer e ter força vinculante , deverá ser


séria e concreta.
●Meras conjecturas ou declarações jocosas não
traduzem proposta juridicamente válida.

Não confunda proposta de contratar com oferta de


negociações preliminares.
●Seção II
Da Formação dos Contratos
●Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se

o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do


negócio, ou das circunstâncias do caso.

●Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta:


●I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi

imediatamente aceita. Considera-se também presente a


pessoa que contrata por telefone ou por meio de
comunicação semelhante;

Observe que a proposta de contratar obriga o

proponente.

Agora nem sempre a proposta obriga, nas seguintes


situações:

●A) Se o contrário (a não obrigatoriedade) resultar


dos termos dela mesma:
●Quando o próprio contrato reserva-se o direito de

retratar-se

●B) Se o contrário (a não obrigatoriedade) resultar da natureza


do negócio
●Propostas abertas ao público, que se consideram limitadas

ao estoque. Ou uma proposta de rádio, limitada ao primeiro


que ligar.

●C) Se o contrário (a não obrigatoriedade) resultar das


circunstâncias do caso
●O juiz tem essa possibilidade, no caso concreto, de entender,

que naquela situação, o direito de retratação sempre esteve


presente.

PRAZO DE VALIDADE DA
PROPOSTA
●Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta:
●I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi

imediatamente aceita. Considera-se também presente a


pessoa que contrata por telefone ou por meio de
comunicação semelhante;
●II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido

tempo suficiente para chegar a resposta ao


conhecimento do proponente;
●III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a

resposta dentro do prazo dado;


●IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao

conhecimento da outra parte a retratação do proponente.


●Precisamos entender o que é “pessoa presente” e
“pessoa ausente”

A) Presentes são as pessoas que mantêm contato direto


e simultâneo uma com a outra. A ex. do negócio


pessoal, telefone.

B) Ausente são pessoas que não mantêm contato direto


e imediato entre si, caso daquelas que contratam por


meio de carta ou telegrama. (a inclusão da internet
nessa modalidade gera inúmeras consequências e
discussões)
O código errou em não criar uma doutrina ou legislação

específica sobre o assunto, em vista da enormidade e


complexidade do assunto.

●Não havendo normas que tratem da formação dos


contratos eletrônicos, devem ser utilizadas as normas
vigentes, ou seja:
●A) Entre presentes, o contrato celebrado em um Chat

B) Entre ausente, o contrato celebrado por mail.



A) Se feita sem prazo à pessoa presente, se não for imediatamente

aceita, quem ofertou pode se considerar desobrigado.

B) Se feita sem prazo à pessoa ausente e se tiver decorrido tempo


suficiente para chegar resposta, pode o proponente se considerar


desobrigado.

C) Se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta


dentro do prazo dado, quem ofertou, pode se considerar


desobrigado.
D) Se, antes dela (a proposta), ou sumultaneamente, chegar ao

conhecimento da outra parte a retratação do proponente.

Você também pode gostar