Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Aulas 9 e 10 (sinopse) – Formação dos contratos (artigos 427 a 435, Código Civil). 1. Fase de negociações
preliminares. 2. Proposta (oferta, policitação). 2.1. Exceções decorrentes de elementos específicos da própria
proposta ou do negócio (artigo 427, Código Civil – segunda parte). 2.2. Exceções decorrentes do início e da própria
duração da vinculação inicial (artigo 428, Código Civil). 3. Proposta (oferta) ao público (artigo 429, Código Civil). 4.
Aceitação (oblação). Regras de chegada tardia da aceitação expedida no prazo, contraproposta, aceitação tácita e
retratação oportuna (artigos 430 a 433, Código Civil). 4.1. Aceitação entre ausentes (artigo 434, I a III, Código
Civil). 5. Lugar da formação (contratos de direito privado e contratos de consumo).
© Todos os direitos reservados – vedada a reprodução ou publicação de qualquer natureza – Lei no. 9.610/98.
1
P R O F E S S O R M A R C O A U R É L I O B O R T O L I N
1 Exemplo: consideremos que uma pessoa interessada em locar um imóvel em Santos/SP, se dirija àquela cidade e contate uma
empresa do setor imobiliário, deixando claro que reside em Ribeirão Preto/SP, e que lá se encontra para localizar um imóvel para abrigar
seu filho em período de estudos ou práticas esportivas. A empresa apresenta vários imóveis e um apartamento específico é escolhido
pelo interessado, que preenche planilha que lhe é fornecida pela imobiliária para concretização do interesse na locação, apresentando,
ainda, conforme a planilha, proposta de valor de aluguel diverso do anunciado em pequena monta, além de todos os documentos e
comprovantes de renda, bem como, garantias exigidas pelo locador. O locador proprietário exige uma reunião de fechamento do negócio
em Santos/SP sem se manifestar sobre sua concordância. O interessado se desloca para Santos/SP, e nesta reunião, sem maiores
explicações, o locador traz para a reunião outro interessado, que, diante da percepção de que pode perder a oportunidade, oferece maior
preço até do que o inicialmente anunciado, justamente em razão da reunião de conclusão da locação. O locador, então, comunica o
primeiro interessado (ou seja, aquele que se deslocara de Ribeirão Preto/SP para a reunião marcada em Santos/SP) que recuou no
interesse de locar o imóvel por qualquer valor (da oferta inicial ou da contraproposta do primeiro interessado de Ribeirão Preto/SP).
Nesse caso, o primeiro interessado não pode compelir o locador a cumprir a proposta de locação pois o preço não estava definido.
Contudo, certamente podemos concluir que a forma de condução das negociações preliminares pelo locador fez com que o interessado
de Ribeirão Preto/SP se prestasse apenas como um fator de atração para que a locação fosse celebrada com terceiro e por maior valor,
gerando ao primeiro interessado prejuízos pelas despesas com a viagem para a reunião de fechamento do negócio, pois todas as
exigências já haviam sido atendidas nas tratativas anteriores e o recuo na negociação não necessitava da reunião custosa ao prmeiro
interessado que foi claramente usado. O exemplo é uma construção que visa mostrar a importância da probidade contratual, espécie da
boa-fé objetiva já referida, como princípio informador no Código Civil, algo que simplesmente não havia no texto de 1916.
Precedente jurisprudencial: “Recurso especial. Civil e processual civil. Responsabilidade civil pré-contratual. Negociações
preliminares. Expectativa legítima de contratação. Ruptura de tratativas. Violação ao princípio da boa-fé objetiva. Juros de mora.
Termo a quo. Data da citação. 1. Demanda indenizatória proposta por empresa de eventos contra empresa varejista em fac e do
rompimento abrupto das tratativas para a realização de evento, que já estavam em fase avançada. 2. Inocorrência de maltrato a o art.
535 do CPC quando o acórdão recorrido, ainda que de forma sucinta, aprecia com clareza as questões essenciais ao julgam ento da
lide, não estando o magistrado obrigado a rebater, um a um, os argumentos deduzidos pelas partes. 3. Inviabilidade de se cont rastar,
no âmbito desta Corte, a conclusão do Tribunal de origem acerca da expectativa de contratação criada pela empresa v arejista. Óbice
da Súmula 7/STJ. 4. Aplicação do princípio da boa-fé objetiva na fase pré- contratual. Doutrina sobre o tema. 5. Responsabilidade
civil por ruptura de tratativas verificada no caso concreto. 6. Inviabilidade de se analisar, no âmbito desta Corte, estatutos ou contratos
de trabalho, para se aferir a alegada inexistência de poder de gestão dos prepostos participaram das negociações preliminares . Óbice
da Súmula 5/STJ. 7. Controvérsia doutrinária sobre a natureza da responsabilidade civil pré-contratual. 8. Incidência de juros de mora
desde a citação (art. 405 do CC). 9. Manutenção da decisão de procedência do pedido indenizatório, alterando-se apenas o termo
inicial dos juros de mora. 10. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa parte, parcialmente provido” (STJ - REsp: 1367955
SP 2011/0262391-7, Relator: Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, Data de Julgamento: 18/03/2014, T3 - TERCEIRA
TURMA, Data de Publicação: DJe 24/03/2014).
© Todos os direitos reservados – vedada a reprodução ou publicação de qualquer natureza – Lei no. 9.610/98.
2
P R O F E S S O R M A R C O A U R É L I O B O R T O L I N
[...] “As negociações preliminares nada mais são do que conversações prévias,
sondagens e estudos sobre os interesses de cada contratante, tendo em vista o contrato futuro, sem que haja qualquer
vinculação entre os participantes. Deveras, esta fase pré-contratual não cria direitos nem obrigações, mas tem por objeto
o preparo do consentimento das partes para a conclusão do negócio jurídico contratual, não estabelecendo qualquer laço
convencional. [...] Logo, não se poderá imputar responsabilidade civil àquele que houver interrompido essas negociações,
pois, se não há proposta concreta, nada existe, se nada existe de positivo, o contrato ainda não entrou em processo
© Todos os direitos reservados – vedada a reprodução ou publicação de qualquer natureza – Lei no. 9.610/98.
3
P R O F E S S O R M A R C O A U R É L I O B O R T O L I N
formativo, nem se iniciou. Já que as partes têm por escopo a realização de um ato negocial que satisfaça seus mútuos
interesses, se uma delas verificar que isso não será possível, por lhe ser inconveniente, assiste-lhe o direito de recusar,
dando por findas as negociações, recusando-se a entabular o acordo definitivo. [...] Todavia, é preciso deixar bem claro
que, apesar de faltar obrigatoriedade aos entendimentos preliminares, pode surgir, excepcionalmente, a
responsabilidade civil para os que deles participam, não no campo de culpa contratual, mas no da aquiliana [...].
Na verdade, há uma responsabilidade pré-contratual, que dá certa relevância jurídica aos acordos preparatórios, fundada
no princípio de que os interessados na celebração de um contrato deverão comportar-se de boa-fé e nos arts. 186 e 927
do Código Civil que dispõe que todo aquele que, por ação ou omissão, culposa ou dolosa, causar prejuízo a outrem fica
obrigado a reparar o dano” (DINIZ, Maria Helena – “Curso de Direito Civil Brasileiro – Vol. 3 – Teoria das Obrigações
Contratuais e Extracontratuais” – 32ª ed., São Paulo: Saraiva, 2016, p. 46).
© Todos os direitos reservados – vedada a reprodução ou publicação de qualquer natureza – Lei no. 9.610/98.
4
P R O F E S S O R M A R C O A U R É L I O B O R T O L I N
deveres laterais ou secundários, são: o dever de cuidado, o dever de colaboração ou cooperação, o dever de informar, o
dever de respeito à confiança, o dever de lealdade ou probidade, o dever de agir conforme a razoabilidade, a equidade e
a boa razão. Nesse sentido, vale transcrever as palavras de Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho, para quem:
“Todavia, ao se dar início a um procedimento negocitório, é preciso observar sempre se, a depender das circunstâncias
do caso concreto, já não se formou uma legítima expectativa de contratar. Dizer, portanto, que não há direito subjetivo de
não contratar não significa dizer que os danos daí decorrentes não devam ser indenizados, haja vista que, como vimos,
independentemente da imperfeição da norma positivada, o princípio da boa-fé objetiva também é aplicável a esta fase
pré-contratual, notadamente os deveres acessórios de lealdade e confiança recíprocas” (Novo curso..., 2005, p. 96). Como
se sabe, de acordo com o art. 422 do atual Código Civil, a boa-fé deve integrar tanto a conclusão quanto a execução do
contrato. Para a maioria da doutrina, esse dispositivo é o que traz a aplicação da boa-fé objetiva em todas as fases do
negócio jurídico. Os Enunciados 25 e 170 CJF/STJ reconhecem a aplicação da boa-fé objetiva em todas as fases pelas
quais passa o contrato, incluindo a fase pré-contratual, de tratativas. Por tal caminho, aquele que desrespeita a boa-fé
objetiva na fase de debates pode cometer abuso de direito (art. 187 do CC), o que gera o seu dever de indenizar. A
responsabilidade do abusador ou violador da boa-fé é objetiva, conforme o Enunciado n. 37 CJF/STJ, aprovado na I
Jornada de Direito Civil (2004). Por outro caminho, com relação à quebra dos deveres anexos, a qual conduz à violação
positiva do contrato, a conclusão é a mesma, pelo teor do Enunciado n. 24 CJF/STJ, também da I Jornada, eis que “em
virtude do princípio da boa-fé, positivado no art. 422 do novo Código Civil, a violação dos deveres anexos constitui espécie
de inadimplemento, independentemente de culpa” (TARTUCE, Flávio. Direito Civil - Vol. 3 - Teoria Geral dos Contratos
em Espécie, 11ª edição. Forense, 12/2015. VitalBook file, p. 145).
© Todos os direitos reservados – vedada a reprodução ou publicação de qualquer natureza – Lei no. 9.610/98.
5
P R O F E S S O R M A R C O A U R É L I O B O R T O L I N
modelo.
2 Art. 427, Código Civil (primeira parte). A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela,
da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.
© Todos os direitos reservados – vedada a reprodução ou publicação de qualquer natureza – Lei no. 9.610/98.
6
P R O F E S S O R M A R C O A U R É L I O B O R T O L I N
Civil comporta exceções legais, o que também é bastante útil para a percepção das diferenças de
tratamento legal específico nos dois sistemas de Direito Civil e de Direito do Consumidor, ainda que
incidam sobre o mesmo contrato.
3 Art. 427, Código Civil (segunda parte). A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela,
da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.
© Todos os direitos reservados – vedada a reprodução ou publicação de qualquer natureza – Lei no. 9.610/98.
7
P R O F E S S O R M A R C O A U R É L I O B O R T O L I N
4 Art. 428, Código Civil. Deixa de ser obrigatória a proposta: I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita.
Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante; II - se, feita sem prazo a
pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente; III - se, feita a pessoa ausente,
não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado; IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra
parte a retratação do proponente.
© Todos os direitos reservados – vedada a reprodução ou publicação de qualquer natureza – Lei no. 9.610/98.
8
P R O F E S S O R M A R C O A U R É L I O B O R T O L I N
proposta formulada com prazo entre pessoas ausentes. Ora, se a proposta continha um prazo para a
aceitação, e o aceitante não observa tal prazo, poderá ser que o proponente até admita e contrate na
forma de sua proposta mesmo que a aceitação chegue após o prazo da proposta, mas essa aceitação
tardia não vinculará o proponente por estar a aceitação fora do prazo (artigo 428, III, Código
Civil). Por fim, ressalva a lei civil a possibilidade de a retratação do proponente chegar antes ou
simultaneamente com a própria proposta até o aceitante (artigo 428, IV, Código Civil).
Art. 429, Código Civil. A oferta ao público equivale a proposta quando encerra os
requisitos essenciais ao contrato, salvo se o contrário resultar das circunstâncias ou dos usos. Parágrafo único. Pode
revogar-se a oferta pela mesma via de sua divulgação, desde que ressalvada esta faculdade na oferta realizada.
© Todos os direitos reservados – vedada a reprodução ou publicação de qualquer natureza – Lei no. 9.610/98.
9
P R O F E S S O R M A R C O A U R É L I O B O R T O L I N
em tempo razoável entre ausentes). Entretanto, se a aceitação respeitar o prazo legal compreendido
por exclusão nas regras dos artigos 427 e 428, do Código Civil, estará o proponente vinculado ao teor
da sua oferta de contratação (proposta).
5 Art. 430, Código Civil. Se a aceitação, por circunstância imprevista, chegar tarde ao conhecimento do proponente, este comunicá-lo-
á imediatamente ao aceitante, sob pena de responder por perdas e danos;
6 Art. 431, Código Civil. A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará nova proposta;
© Todos os direitos reservados – vedada a reprodução ou publicação de qualquer natureza – Lei no. 9.610/98.
10
P R O F E S S O R M A R C O A U R É L I O B O R T O L I N
“[...] Sempre que expresso o propósito do aceitante sobre a proposta dirigida pelo
ofertante, a aceitação é expressa. Mas, se a lei não exigir a forma expressa, a aceitação poderá ser tácita, que se
manifestará por fatos que levam necessariamente a concluir que deles se deduz ou decorre o direito. Os fatos e as
circunstâncias do ato são de molde a forçar a dedução da vontade. Naqueles expressos, a lei exige uma manifestação
de qualquer modo da vontade, não se fazendo necessário que tenham uma forma solene. Quer dizer, em certas relações
a lei prescreve a declaração expressa da vontade, sem reclamar, todavia, uma forma solene para o contrato. O art. 432
refere-se à aceitação tácita, ao rezar: “Se o negócio for daqueles, em que não seja costume a aceitação expressa, ou o
proponente a tiver dispensado, reputar-se-á concluído o contrato, não chegando a tempo a recusa”. Duas são as hipóteses
contidas no dispositivo para a aceitação tácita: a) não ser costume a aceitação expressa; b) dispensar o proponente a
aceitação. O relacionamento existente entre as partes leva a dispensar a aceitação expressa. Fica perfeito e concluído o
negócio com a aceitação tácita. É frequente o costume ou hábito nas relações entre certos comerciantes, como quando
o industrial ou distribuidor remete seus produtos em caráter habitual a um cliente, o qual, igualmente, os recebe habitual
e normalmente, efetuando os pagamentos segundo as cobranças procedidas posteriormente. Com mais razão,
reconhece-se a aceitação tácita quando o proponente dispensa o direito a que tinha de obter uma aceitação expressa do
contrato proposto. Exemplo significativo é o pedido de reserva de acomodações em um hotel, declarando o interessado
que se deslocará em determinada data, caso não receber aviso em contrário. Não recebendo resposta negativa, presume-
se a aceitação da proposta. A recusa posterior ou tardia será considerada como ineficaz, acarretando a consequência de
reparar os danos emergentes. Tanto o proponente como o aceitante respondem pela indenização. O primeiro, se pediu a
reserva de acomodações, fica obrigado a pagar as diárias pela reserva garantida, ainda que não vá para o hotel,
responsabilizando-se pelos dias acertados de hospedagem, ou até que o hoteleiro alugue para outra pessoa as
dependências contratadas. O segundo, indenizando as diferenças ou excessos de despesas decorrentes do rompimento
do acerto e da hospedagem em outro hotel. Nem todo silêncio será havido como aceitação ou consentimento ao negócio
proposto. Uma série de circunstâncias, indícios e presunções devem acompanhar o convite para uma relação contratual.
Lembra Washington de Barros Monteiro, em texto que se adapta ao vigente Código Civil, que “não se poderá inferir
aceitação do silêncio não circunstanciado, do silêncio desacompanhado de atos que a pressuponham, ainda que a
proposta venha complementada por cláusulas cominatórias, como, por exemplo, a de considerar aceito o objeto remetido,
se não for devolvido dentro em certo prazo. Tal expediente não tem base jurídica; o policitante não pode violentar a
7 Art. 432, Código Civil. Se o negócio for daqueles em que não seja costume a aceitação expressa, ou o proponente a tiver dispensado,
reputar-se-á concluído o contrato, não chegando a tempo a recusa;
© Todos os direitos reservados – vedada a reprodução ou publicação de qualquer natureza – Lei no. 9.610/98.
11
P R O F E S S O R M A R C O A U R É L I O B O R T O L I N
vontade daquele a quem propõe a conclusão de um contrato. Assim, quem recebe um jornal com o aviso de que se não
o devolve será tido como assinante, não pode ser considerado juridicamente vinculado, para o efeito de pagar o preço da
assinatura, porque seu silêncio não pode ser interpretado como manifestação de vontade, já que nada o obriga a devolver
jornal não encomendado. O proponente não pode impor a falta de resposta como aceitação de sua oferta”. Em resumo,
a remessa da mercadoria aguardada ou a realização do fato solicitado traduzem a aceitação tácita, dispensando qualquer
manifestação oral ou por escrito nesse sentido. Há elementos que levam a tal conclusão, como a expectativa do aceitante,
a qual pode derivar indiretamente de sua conduta” (RIZZARDO, Arnaldo. Contratos, 17ª edição. Forense, 01/2018.
VitalBook file, p. 144/145).
8 Art. 433, Código Civil. Considera-se inexistente a aceitação, se antes dela ou com ela chegar ao proponente a retratação do aceitante.
9 Art. 434, Código Civil. Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida, exceto: I - no caso do artigo
antecedente; II - se o proponente se houver comprometido a esperar resposta; III - se ela não chegar no prazo convencionado.
© Todos os direitos reservados – vedada a reprodução ou publicação de qualquer natureza – Lei no. 9.610/98.
12
P R O F E S S O R M A R C O A U R É L I O B O R T O L I N
© Todos os direitos reservados – vedada a reprodução ou publicação de qualquer natureza – Lei no. 9.610/98.
13
P R O F E S S O R M A R C O A U R É L I O B O R T O L I N
10 Art. 435, Código Civil. Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto.
© Todos os direitos reservados – vedada a reprodução ou publicação de qualquer natureza – Lei no. 9.610/98.
14
P R O F E S S O R M A R C O A U R É L I O B O R T O L I N
que se constituírem. [...] § 2o A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o
proponente”.
Art. 427, Código Civil. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da
natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.
Art. 428, Código Civil. Deixa de ser obrigatória a proposta: I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi
imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação
semelhante; II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao
conhecimento do proponente; III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado;
IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente.
Art. 429, Código Civil. A oferta ao público equivale a proposta quando encerra os requisitos essenciais ao contrato, salvo
se o contrário resultar das circunstâncias ou dos usos. Parágrafo único. Pode revogar-se a oferta pela mesma via de sua
divulgação, desde que ressalvada esta faculdade na oferta realizada.
Art. 430, Código Civil. Se a aceitação, por circunstância imprevista, chegar tarde ao conhecimento do proponente, este
comunicá-lo-á imediatamente ao aceitante, sob pena de responder por perdas e danos.
Art. 431, Código Civil. A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará nova proposta.
Art. 432, Código Civil. Se o negócio for daqueles em que não seja costume a aceitação expressa, ou o proponente a
tiver dispensado, reputar-se-á concluído o contrato, não chegando a tempo a recusa.
Art. 433, Código Civil. Considera-se inexistente a aceitação, se antes dela ou com ela chegar ao proponente a retratação
do aceitante.
Art. 434, Código Civil. Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida, exceto: I - no
caso do artigo antecedente; II - se o proponente se houver comprometido a esperar resposta; III - se ela não chegar no
prazo convencionado.
© Todos os direitos reservados – vedada a reprodução ou publicação de qualquer natureza – Lei no. 9.610/98.
15
P R O F E S S O R M A R C O A U R É L I O B O R T O L I N
Art. 435, Código Civil. Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto
© Todos os direitos reservados – vedada a reprodução ou publicação de qualquer natureza – Lei no. 9.610/98.
16