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Revisão Textual:
Prof.ª Me. Natalia Conti
Fundamentos Didáticos e Pedagógicos
para a Prática de Ensino da Educação
Física no Ensino Médio
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Compreender os conceitos e suas implicações para a prática pedagógica em Educação
Física escolar no ensino médio;
• Estabelecer relações dos fundamentos com situações de intervenção da prática didática do
processo de ensino e aprendizado em Educação Física neste nível e período de ensino;
• Fazer análises e prever situações e procedimentos didáticos em planos de ensino neste
período do nível médio escolar.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Fundamentos Didáticos e Pedagógicos para a Prática
de Ensino da Educação Física no Ensino Médio
Caracterização e Concepção de
Ensino Médio na Educação Básica
e suas Bases Curriculares
Para você compreender como se caracteriza hoje o ensino médio é importante
repassarmos o processo histórico da Educação brasileira em relação ao ensino médio
e suas nuances. Nesta compreensão há de se considerar que a legislação nem sempre
teve a mesma estruturação organizacional ou conceitual, que se inicia somente no fim
do século XIX. Os motivos dizem respeito à própria evolução educacional brasileira e,
sem dúvida, estão acompanhados das transformações políticas e históricas mundiais.
Quais as características do ensino médio no Brasil? Qual seu significado? Quais foram as mu-
Explor
danças ao longo do tempo na Educação brasileira? E quais as relações com a Educação Física
escolar? O que influencia o currículo na Educação escolar?
Estas questões são básicas para entender o ensino médio na Educação Escolar
brasileira. Você deve ter muitas recordações do seu ensino médio, época representativa
das decisões sobre o futuro, não somente pela proficiência acadêmica quando jovens
buscam estudar com objetividade para o futuro, mas pela fase de vida cheia de
motivações para a realidade adulta.
Para sua análise vamos rever os aspectos da legislação Nacional dos indicadores
de diretrizes curriculares deste nível de ensino, ora dimensionando os aspectos
históricos ora os aspectos pedagógicos.
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Explor
Os debates sobre o ensino médio não têm partido de profundas pesquisas nestes últimos
tempos, porém, têm sido fala constante na mídia devido as controvertidas análises sobre
as reformas pretendidas há mais de dois (2) anos pelas políticas de governo, seguindo as
indicações do Plano Nacional de Educação e a consolidação da L.D.B. E. N. de 1996 (BRASIL,
1996)– e isto há mais de duas décadas – juntamente com o estabelecimento da B.N.C.C.
(BRASIL, 2018)- aprovada no final do ano de 2018. Reveja o material que tem saído na mídia
eletrônica e o vasto material publicado por educadores e especialistas e no próprio portal do
MEC – Ministério da Educação e Cultura, até 2018. Mas para contribuir na sua análise há de
se mencionar os documentos importantes sobre o ensino médio que norteou a prática de
ensino dos professores desde o início até o Século XXI.
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Dez anos depois, a organização da legislação básica da Educação Nacional será
aprimorada pela L.D.B. de 1971 (BRASIL, 1971). O impacto desta lei vai andar
junto à maximização do ensino público no Brasil e o aumento de estudantes em
todos os níveis, iniciando a fase da cobrança dos conteúdos e do ensino quantitativo,
priorizando muitas vezes a obtenção dos graus em detrimento da qualidade de
ensino. A modernização das escolas, a proliferação de vagas por anseios populares
juntamente com a repressão política vai repercutir no modelo sistematizado dos
vestibulares para o ensino superior, sobretudo nas licenciaturas.
Juntamente aos primeiros anos da legislação educacional dos anos 70, o país
emerge em debates pela redemocratização política. No final dos anos 70 educadores
e, sobretudo, estudiosos engajados na formulação de uma nova “Constituinte”
brasileira iniciam os debates para reformulação da “lei maior da Educação”: uma
nova L.D.B. a caminho.
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de Ensino da Educação Física no Ensino Médio
Importante ressaltar que a linha mestra da nova Lei de Diretrizes e Bases, nos
anos 80, foi a promulgação da “Constituição Federal Brasileira” em 1988, que
garantiu, entre outros assuntos, a escola para todos, rumando à universalização
do ensino médio gratuito. Somente no ano de 1996, mais de dez anos de estudos,
reformas do documento e debates, foi promulgada a nova Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional – Lei n° 9394 – estabelecendo novas diretrizes e bases da
Educação Nacional, e de forma inédita pelo modernismo em relação à fundamen-
tação psicológica, social e democrática.
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...O ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima
de três anos, terá como finalidades:
A formação geral, ainda no ensino médio, terá sua continuidade nas dimensões
das metodologias que incentivem a pesquisa e iniciação científica, gerando proce-
dimentos vinculados às informações tecnológicas e destacando a relação teoria e
prática. Como também, vários documentos explicam estes procedimentos que de-
vem integrar ao currículo com o aspecto “Inovador”, priorizando a formação ativa e
crítica deste jovem, saindo dos processos tradicionais do ensino acumulativo.
No seu artigo 36, a L.D.B. (BRASIL, 1996) orienta o planejamento nos programas
de nível médio escolar com metodologias de ensino que estimulem a iniciativa dos
alunos com dinâmicas de aprendizagem, o que redefine o papel do professor na
sua prática de ensino como facilitador e organizador do processo de escolarização.
O que traduz a necessidade de escolas bem equipadas, no sentido de laboratórios,
tecnologias digitais, bibliotecas e com projetos dinâmicos para facilitar a vivências do
jovem do ensino médio.
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de Ensino da Educação Física no Ensino Médio
O início do Século XXI traz documentos mais específicos que vêm subsidiar
os professores para a nova metodologia para o ensino médio. Resultados de
indicadores como o da UNESCO, em reunião internacional nos fins dos anos 90,
colocam que ao jovem, cidadão do novo milênio, a Educação deve sustentar as
quatro necessidades: “aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e
aprender a ser”. A reforma curricular com estas quatro necessidades será explicitada
mais tarde nos “Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio” - P.C.Ns para
o ensino médio (BRASIL, 2000).
A publicação dos P.CNs para o Ensino Médio – Parte I – Bases Legais, mais as
outras partes (II, III e IV), contemplando cada uma das áreas da Educação Básica,
enfatizava a mudança do ensino médio brasileiro (BRASIL, 2000). Isto porque ha-
via a consolidação do Estado democrático pelas novas tecnologias e as mudanças
de bens e serviços e conhecimentos compreendidos como formas de facilitarem a
integração dos jovens ao mundo contemporâneo nas dimensões básicas da cidada-
nia e do trabalho. Ao lado da busca de uma política mais geral se igualando às lutas
da América Latina ao se equiparar aos índices dos países mais desenvolvidos no
mundo no que tange à Educação.
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primeiros textos dos P.C.Ns. (BRASIL, 2000) tinham como perspectiva a criação
de uma escola de ensino médio com identidade, atendendo as expectativas da
formação juvenil escolar brasileira para o mundo contemporâneo.
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para gerar significação, levando assim o jovem a solucionar problemas, a ser mais
autônomo e a criar possibilidades de atuação na vida e na sociedade. A Base
fortalecia os caminhos para tal missão.
Pela primeira vez inicia-se um processo mais consistente com as diretrizes espe-
cíficas do ensino médio, de forma ampliada e contextualizada, a partir da formação
de professores como também no âmbito dos projetos pedagógicos escolares. Tudo
isto vinculado para um planejamento e desenvolvimento curricular mais orgânico e
integrado, num processo permanente de interdisciplinaridade e transdisciplinaridade
(BRASIL, 2000).
Bom recordar que a Base deriva da “base comum nacional”, prevista na Consti-
tuição de 1988 e na L.D.B. de 1996 e reafirmada no Plano Nacional de Educação
em 2014, expressando, como firmado no documento, o compromisso do Estado
com a promoção de uma Educação integral às considerações e ao desenvolvimento
pleno dos estudantes, jovens brasileiros, que devem ser acolhidos com respeito às
suas diferenças, sem discriminações e preconceitos (BRASIL, 2018).
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Ainda, o documento continua na mesma linha metodológica do ensino ativo, do
uso da interdisciplinaridade e da flexibilização em termos da construção dos proje-
tos pedagógicos nas instituições escolares. Organizada em áreas do conhecimento,
a B.N.C.C. (BRASIL, 2018) refere-se à integração de dois ou mais componentes
curriculares (disciplinas) nas suas respectivas áreas, que se estrutura quase igual-
mente às orientações anteriores – como nos P.C.Ns. (BRASIL, 2000), ou seja:
• Linguagens e suas Tecnologias com as disciplinas (Artes, Educação Física, Língua
Portuguesa, Língua Inglesa);
• Matemática e Suas Tecnologias;
• Ciências da Natureza (Biologia, Física e Química);
• Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (História, Geografia, Sociologia e Filosofia).
O que é relevante afirmar é a mudança real dos últimos 100 anos da Educação
escolar, uma vez que a B.N.C.C. sustenta a missão de superação da fragmentação
das políticas educacionais que pouco modificaram a qualidade do ensino no Brasil,
garantindo o acesso e permanência do jovem na escola através de sistemas comuns
de conhecimentos em todo território brasileiro, almejando a qualidade e solidificação
dos direitos para a cidadania.
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Para Você dimensionar a ideia da continuidade dos estudos em referência ao ensino funda-
mental e o aprofundamento de conhecimentos e habilidades requeridas para o estudante no
ensino médio é importante rever e analisar as “dez competências do ensino fundamental” em
B.N.C.C. - Ensino Fundamental, 2017 – 2018 para ter a exata compreensão do conhecimento
a ser utilizado no processo de planejamento curricular no ensino médio. https://bit.ly/2uLz78O
Áreas do Conhecimento
• Linguagens e suas Tecnologias com as disciplinas;
• Matemática e suas Tecnologias;
• Ciências da Natureza;
• Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
Componentes Curriculares
nas Três (3) Séries
a) Língua Portuguesa;
b) Matemática
+
Outros Componentes
Competências Específicas
+
Habilidades
A prática de ensino no nível médio escolar está iniciando outra era, que depende
da análise da base curricular, porém integrada à busca de significados na Educação
Nacional, com reflexão pelas comunidades escolares. As políticas públicas são
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alteradas a cada novo governo, sem articulação com práticas consolidadas em prol
da população. Por outro lado, muito se verifica de práticas renovadoras nas mãos
dos educadores. A valorização e compreensão destas práticas devem ser divulgadas.
Com os conhecimentos acima, você está embasado para iniciar sua prática de
ensino orientado em fundamentos das diretrizes e orientações para trabalhar com
jovens do ensino médio.
jovens no Brasil. O que você considera mais importante ao se relacionar com jovens na idade
do ensino médio? Rever o papel da Educação Básica é primordial para alinhavar sua missão
na prática de ensino neste nível escolar.
Caracterização do Processo
Ensino-Aprendizagem na
Educação Física do Ensino Médio
Para continuar a compreender os subsídios para a sua prática de ensino em Educa-
ção Física no ensino médio, vamos conhecer suas características ao longo da história.
A forma de ensino da Educação Física, suas coerências ou contradições, é compreendi-
da quando se conhece o retrato de sua prática ao longo da história pedagógica no Brasil.
Mais uma vez os orientadores legais darão o caminho desta reflexão.
Você já reconhece o processo histórico da Educação Física escolar como atividade, matéria,
Explor
A Educação brasileira iniciada pelo olhar dos Jesuítas não se estabeleceu por
uma ideia de programação curricular pedagogicamente reconhecida, somente após
a expulsão destes do Brasil que processos formais de escolarização caminharam.
Assim, a Educação Física não existia, porém, à criança era dada a liberdade de
brincar nos “recreios” da escolarização pelas atividades livres e de brincadeiras, nem
sempre de movimentos corporais. A Educação Física como momento de “sessão”
de aula vai surgir com a prática de ginástica quase dois séculos depois.
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Mas foi Rui Barbosa, hoje considerado o patrono da Educação Física, em 1882
a produzir um documento importante, justificando a importância da Educação
Física na escola, equiparando a outras disciplinas. Ele justificou que à formação do
brasileiro seria essencial a prática da ginástica como fator de desenvolvimento da
função moral, do patriotismo e da saúde higiênica.
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geralmente tinham, também, o horário das aulas fora do seu período – o que
trazia grandes aborrecimentos à estruturação familiar e ao próprio jovem que se
desanimava para retornar ao espaço escolar, às vezes, quase levando à reprovação
da série. O olhar durante a década de 70 era uma “matéria” dentro do plano
curricular esquecida, geralmente desprezada para decisões de planejamento junto a
outros componentes que passavam a ter grau de importância maior.
Temos que reforçar que a legislação dos anos 70 era estruturada para não ter
avaliação do processo ensino aprendizagem em Educação Física, sendo apenas a
frequência às aulas (75%) considerada para indicar, ou não, o aluno ao conselho
de classe para análise de sua aprovação. Outro aspecto é que as escolas brasileiras
adotaram a linha arquitetônica de construir suas quadras fora das áreas do entorno
de salas de aulas, o que fazia uma parede delimitada entre a existência de conheci-
mentos em salas de aulas e a recreação e o divertimento sem seriedade nas quadras.
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Outro fator desta década é o início de uma estruturação nas coordenações pe-
dagógicas para o ensino público, o que fomenta publicações importantes de “guias
curriculares”, de modelos lineares e conteudistas, marco inicial de uma organiza-
ção didática e pedagógica para a Educação Física escolar. O aumento de escolas
públicas com professores de Educação Física, principalmente no ensino ginasial e
colegial, retrata programas divididos entre a ginástica e o modelo esportivo.
A busca da identidade da área a partir dos anos 80, a chamada revolução aca-
dêmica com debates e primeiros encontros científicos da área e com as primeiras
produções científicas fizeram com que a questão da Educação Física escolar se
tornasse centros de análises críticas.
O que ensina a Educação Física? Como transformar sua prática em verdadeira ação pedagógica?
Explor
Para Você dimensionar este aspecto que motivou a área da Educação Física a encontrar
Explor
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A releitura dos períodos históricos e suas influências para a caracterização das ten-
dências pedagógicas direcionam as transformações de um embasamento científico
no pensar a Educação Física para além de sua prática de visão reducionista anterior-
mente apresentada. GALVÃO, RODRIGUES E NETO (2005) exploram os entendi-
mentos da Educação Física mostrando as implicações de diferentes conhecimentos
como a cinesiologia, a motricidade humana, a cultura corporal do movimento, as
ciências do esporte, a aptidão física ao longo dos períodos de estudos da área que
direcionariam a compreensão do seu conteúdo no ensino escolar.
O que faz compreender o que ocorre na visão dos professores de Educação Física
em ação na época é o detalhamento dos fundamentos das tendências pedagógicas
ou abordagens de ensino. Este contexto pode ser analisado com o material
publicado em DARIDO e NETO (2005), sobre as propostas educacionais derivadas
de teorias e processos de vários autores (como a abordagem desenvolvimentista,
construtivista, crítico-superadora, dentre outras).
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A Educação Física para a saúde preconiza que é na escola que o indivíduo faz
e prepara o seu corpo em termos de condicionamento físico, porém os jovens do
ensino médio se evadem das aulas. E os dados brasileiros demonstram que não há
uma Educação Física permanente em práticas corporais de movimentos ou outras
manifestações de atividade física.
A Educação Física para o aprendizado técnico dos esportes prevê que o jovem
deve aperfeiçoar suas habilidades técnicas e esportivas na escola, o que reduz a
experiência de vida dos jovens levando a exclusão pela participação. Na verdade,
não há estratégias e procedimentos que facilitem a adequação a esta prática. Deveria
o esporte escolar ser desenvolvido de forma séria, com espaços, equipamentos
etc. que cientificamente comprovam à eficiência de aprendizado e rendimento –
porém não é papel da Educação Física escolar fazer isto. Bom lembrar que a L.D.B.
(BRASIL, 1996) preconiza o esporte escolar como um dos conhecimentos a ser
trabalhado na escola – como projetos ou atividades extracurriculares. Outro ponto
é a diversificação de modalidades do esporte enquanto cultura da humanidade –
o objetivo da escola é apresentá-la como conhecimento para a dimensão crítica
do aprendizado do jovem, a ponto de ter liberdade de escolhas futuras, até em
relação ao que praticar em termos de rendimento atlético, físico ou de prazer nos
momentos de lazer na sua vida posterior.
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Embora os documentos como diretrizes, parâmetros ou orientações curriculares
desde a promulgação da L.D.B. de 1996 não estrangulem a liberdade do professor,
caberia às instituições escolares em seus planejamentos fazer uso pedagógico
como fator de análise e reflexão, para diferenciar seus planejamentos de ensino,
propiciando a qualidade e a eficácia da prática de ensino. Porém, todos estes
foram fontes importantes para uma visão renovadora para a prática pedagógica da
Educação Física.
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de Ensino da Educação Física no Ensino Médio
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Você deve considerar que ainda não há muitas análises sobre a B.N.C.C. para o ensino médio.
Em que pese informações que a existência da Educação Física nos projetos do ensino médio nas
escolas é decisão dos responsáveis por sua elaboração, nada indica hoje o que acontecerá com
este componente curricular. Mesmo assim leia e verifique no documento da B.N.C.C. de 2018
as respectivas dimensões dadas nos procedimentos a serem tratados com o jovem do ensino
médio em Educação Física. A dimensão de conteúdo é relacionada ao contexto da Linguagem,
orientando que cabe ao professor de Educação Física selecionar as temáticas específicas para
alcançar os objetos de aprendizagens do ensino médio. Assim tente responder o que você
ensinaria no ensino médio aos jovens estudantes?
Reflita sobre ações no ensino médio para a Educação Física lendo o artigo de DARIDO, S. C.,
Explor
GALVÃO, Z. FERREIRA, L.A., FIORIN, G. Educação Física no Ensino Médio: Reflexões e Ações.
Motriz, 138-145, Vol.5, nº 2, dez., 1999. Disponível em: http://bit.ly/2Q8u7oO
Planejamento de Ensino da
Educação Física no Ensino Médio
A tomada de decisão para o planejamento de ensino, neste nível de escolarização,
segue os mesmos princípios do processo no ensino fundamental. Considera-se planejar
o processo de etapas para a organização do trabalho docente. Das competências
para a prática de ensino é um processo complexo que exige o comprometimento
com a ação educativa (LIBÂNEO, 2013).
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Anteriormente, os passos e fundamentos para planejar podem ser analisados.
Os componentes e princípios são os mesmos. Os modelos de fluxograma também
são os mesmos, considerando aspectos específicos do ensino médio.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Educação Física no Ensino Médio: Questões Impertinentes
CORREIA, W. R. Educação Física no Ensino Médio: Questões Impertinentes. São Paulo:
Fontoura, 2011.
Leitura
Proposta Curricular do Estado de São Paulo: Educação Física
SÃO PAULO. Secretaria Estadual de Educação. Proposta Curricular do Estado de São
Paulo: Educação Física – São Paulo: SEE, 2008.
https://bit.ly/2WlYUAI
A Percepção dos Alunos sobre a Educação Física no Ensino Médio
BRANDOLIN, F.; KOSLINSKI, M. C.; SOARES, A. J. G.. A percepção dos alunos sobre a
educação física no ensino médio. Revista de Educação Física./UEM, v. 26, n. 4, p. 601-
610, 4. trim. 2015.
https://bit.ly/2VdBQrb
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Referências
BRASIL, Ministério da Educação e Desporto, Lei de Diretrizes e Bases da Educa-
ção Nacional, Lei nº 4024 de 20/12/1961, Brasília, 1961.
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