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Índice
RESUMO.................................................................................................................................1
INTRODUÇÃO.......................................................................................................................2
CDM – CERVEJA DE MOÇAMBIQUE.................................................................................4
BREVE HISTORIAL DA CDM..............................................................................................4
A PRIMEIRA CERVEJA DE MANDIOCA DO MUNDO.....................................................7
1. ANÁLISE DO BALANÇO PATRIMONIAL...............................................................8
2. ANÁLISE DA DEMOSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO..................8
3. ESTUDO DOS INDICADORES DE LIQUIDEZ........................................................9
a) Índice de Liquidez Corrente (ILC)...............................................................................9
b) Índice de Liquidez Seca (ILS)........................................................................................9
c) Índice de Liquidez Imediata (ILI).................................................................................9
4. ESTUDO DOS INDICADORES DE ATIVIDADE.....................................................9
a) Giro do Estoque (RE).....................................................................................................9
b) Prazo médio de Pagamento (PMP)..............................................................................10
c) Prazo Médio de Recebimento (PMR)..........................................................................10
Comparação do PMR e PMP..................................................................................................10
d) Giro do Activo Total (RAT).........................................................................................11
5. ESTUDO DOS INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO.........................................................11
a) Índice de Capitais Alheios..............................................................................................11
b) Índice de Dívidas de Curto Prazo Sobre o Endividamento Total...................................11
6. ASPECTOS IDENTIFICADOS..................................................................................12
a) Aspectos Positivos.........................................................................................................12
b) Aspectos Negativos.......................................................................................................13
e) Margem Operacional...................................................................................................13
f) Retorno Sobre Activo Total (ROI)..............................................................................13
g) Retorno sobre o capital próprio..................................................................................14
7. PRINCIPAIS CAUSAS SOBRETREINAMENTO...................................................14
1. SUGESTÕES................................................................................................................14
CONCLUSÃO.......................................................................................................................15
REFERÊNCIAS.....................................................................................................................16
ANEXOS
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INTRODUÇÃO
O mundo dos negócios está a cada dia mais necessitado de ferramentas que auxiliem na
gestão do negócio. Para tanto o conhecimento abrangente da situação financeira das
empresas se faz necessário. A análise Económico-Financeira, nesse contexto, se
constitui em um instrumento de avaliação da empresa para auxiliar na tomada de
decisão.
Segundo Silva (2006, p. 26), “[...] a análise financeira de uma empresa consiste num
exame minucioso dos dados financeiros disponíveis sobre a empresa, bem como das
condições endógenas e exógenas que afectam financeiramente a empresa”.
Assim, verificamos que a análise financeira nos permite a visualização da situação geral
da empresa tanto interna quanto externamente. O produto final da análise (relatório)
destina-se a vários tipos usuários internos e externos, como exemplos de usuários
internos temos, a administração da empresa, accionistas e proprietários, e externos,
fornecedores, clientes, investidores e instituições financeiras entre outros.
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CDM – CERVEJA DE MOÇAMBIQUE
A CDM é a primeira maior cervejaria de Moçambique e a líder do mercado do Centro
de Moçambique, mantém operações em todas províncias. As operações da Companhia
consistem na produção e comercialização de cervejas, chopes, refrigerantes, outras
bebidas não alcoólicas e malte, dividindo-se em três unidades de negócio:
O empresário português, que ao longo das últimas décadas viajou para o país
regularmente, foi testemunha da prosperidade da época colonial, da miséria dos anos da
guerra civil (Moçambique chegou a ser o país mais pobre do mundo) e do renascimento
da última década em que os índices de crescimento atingem os sete por cento ao ano.
EM 1986, Manuel Teixeira não conseguiu evitar o choque quando regressou a Maputo,
11 anos após a independência de Moçambique. «Já não havia camarão para comer,
quanto mais para petiscar. Foi todo levado para a China e para a Rússia em mega navios
que aspiravam o fundo do mar sem critério. Por cá só se comia peixe frito, normalmente
carapau, que os russos mandavam congelado como contrapartida pelo peixe e pelo
camarão que levavam.» O acompanhamento era, normalmente, repolho e, com alguma
sorte, arroz. Cerveja e outras bebidas alcoólicas eram um luxo ainda mais difícil de
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arranjar. «Só com cunha e, mesmo assim, era preciso enfrentar filas de várias horas.
Estava tudo racionado», conta o português de 62 anos.
João dos Santos, publicitário e responsável pela imagem destas duas marcas de cerveja,
confirma: «Nos restaurantes estava estabelecido que só se podia vender uma cerveja por
refeição. Quem queria beber mais, ia pedindo mais pratos de comida que se iam
amontoando nas mesas, completamente cheios, ao lado das garrafas de cerveja vazias.»
A receita desta cerveja permanece secreta, mas sabe-se que uma parte do seu sucesso
resulta da mistura de três maltes e de uma dupla filtragem a frio que lhe confere
estabilidade. A Laurentina é até hoje a mais premiada de todas as cervejas de
Moçambique. E as suas variantes clara, preta e Premium já lhe valeram diversos
prémios internacionais, entre eles a medalha de ouro Monde Selection, na Bélgica.
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No entanto, se costuma comprar cerveja Laurentina em Portugal, saiba que a verdadeira,
produzida a partir da receita original de Cretikos, só está à venda em Moçambique, na
África do Sul e em algumas lojas especializadas do Reino Unido. «A que aparece nos
supermercados portugueses é uma imitação registada na Alemanha depois do 25 de
Abril por um português que viveu em Moçambique no tempo colonial», esclarece o
responsável de imagem da Laurentina, João dos Santos.
José Moreira lembra-se bem desta fase e diz que os rótulos eram o de menos. «As
máquinas que usávamos na fábrica estavam completamente obsoletas. Trabalhávamos
dois dias, parávamos uma semana», conta. Um dos episódios mais marcantes deste
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período foi a avaria irreversível da máquina pasteurizadora que fez descer o prazo de
validade das cervejas de três meses para uma semana. «Após cinco dias, começavam a
aparecer sedimentos dentro da garrafa e a cerveja começava a apodrecer.»
O administrador conta que, durante esses anos, a maior parte da cerveja vendida em
Moçambique era imprópria para consumo. «O transporte para fora de Maputo era feito
por barco. Só para chegar ao porto de Nacala, no Norte do país, demorava vinte dias -
quando lá chegava já estava completamente fora do prazo. E dali ainda tinha de ser
descarregada e distribuída até aos pontos mais remotos. Quando chegava ao consumidor
já tinha pelo menos 45 dias.» No entanto, garante, nunca ninguém ficou doente nem
apresentou qualquer queixa sobre a qualidade da cerveja.
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1. ANÁLISE DO BALANÇO PATRIMONIAL
Pela análise vertical do Activo, verificamos que o grupo mais representativo é o “Não
Circulante”, neste, a participação do subgrupo “Permanente” é a mais significativa,
principalmente na conta “participações em controladas” em “Investimentos”. Este fato
significa que a maior parte do património da empresa depende de outras entidades.
Analisando a DRE da CDM (Anexo B) pela análise horizontal, verificamos que o lucro
da empresa diminui no período analisado. Apesar disso, pela análise vertical,
percebemos que a representatividade do lucro permanece praticamente inalterada, com
excepção do ano de 2005 no qual houve uma queda nesta representatividade, mesmo
sendo este o ano com maior receita líquida. A maior representatividade das despesas
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está relacionada às operacionais, ou seja, o decréscimo do lucro está directamente ligado
às actividades próprias da empresa. Além disso, as despesas financeiras aumentam no
período, contribuindo para essa queda, principalmente em 2016.
No caso da CDM verificamos que durante os três anos analisados a empresa não possui
capacidade de cumprir com as suas obrigações em curto prazo, uma vez que neste
período o quociente de liquidez comum esteve abaixo de 1.
No caso da CDM verificamos que os stocks não são os principais responsáveis pela
incapacidade da empresa em cumprir com as suas obrigações em curto prazo, uma vez
que a diferença entre o quociente de liquidez comum e o de liquidez seca não foi muito
expressiva nos três anos analisados, e como nas situações anteriores, este quociente
também indicou que a empresa não possui capacidade de cumprir com suas obrigações
em curto prazo.
Este indicador representa o número de vezes que o Estoque é reposto durante o ano. No
caso da CDM, em 2007, este indicador foi de 6,92. Assim, 12 meses (1 ano) dividido
por 6,92, temos 1, 73 meses aproximadamente ou 52 dias aproximadamente, que é o
tempo médio que os produtos ficaram armazenados no Estoque enquanto não eram
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vendidos. Em 2008, foi 6,36. Assim, 12 meses dividido por 6,36, obtemos 1,89 meses
aproximadamente ou 56 dias aproximadamente, o que indica o tempo médio que os
produtos ficaram armazenados até o momento da venda.
O Prazo Médio de Pagamento indica quanto dias a empresa tem para pagar seus
fornecedores, quanto menor rotação de débito, maior será o prazo que a empresa terá de
saldar as suas dívidas junto aos seus fornecedores. A CDM no ano de 2008 apresentou
considerável melhora em relação a 2007, isso demonstrado através do aumento de dias
que passou de 80,65 para 89,43. Levando em consideração o tempo médio de
recebimentos, verificamos que a empresa possui grande vantagem, pois o tempo médio
de recebimentos é bem inferior ao tempo médio de pagamentos o que indica que a
empresa após receber de seus clientes possui grande folga para cumprir com suas
dívidas.
O Prazo Médio de Recebimento Indica quantos dias em média a empresa leva para
receber de seus clientes suas vendas a prazo, no caso da CDM a empresa apresentou no
ano de 2007 um percentual de 12,98 e em 2008 de 12,70, para a empresa a queda de
percentual é sinal de melhora, pois quanto menor for o tempo de recebimento de suas
vendas a prazo melhor será para ela.
No caso da CDM, em 2007, este índice ficou em 0,16, o que significa que para cada 100
dias de prazo para a empresa pagar suas dívidas ela tinha 16 dias para receber suas
vendas. Em 2008, este quociente ficou em 0,14, o que indica que para cada 100 dias de
prazo para pagamento das dívidas, a empresa tinha 14 dias para receber suas vendas.
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Como podemos observar, a empresa possui excelentes índices, o que indica que a
empresa possui uma boa folga entre o período de recebimento das vendas e o período de
pagamento das dívidas.
Este indicador representa o número de vezes que os recursos aplicados na empresa são
utilizados durante o ano.
No caso da CDM, em 2007, obtivemos um indicador de 0,37, o que significa que para
cada 100,00MT aplicados, a empresa vendeu 37,00MT durante o ano. Em 2008, este
indicador foi de 0,34, o que indica que para cada 100,00MT aplicados a empresa vendeu
34,00MT.
A CDM apresenta certa estabilidade nos anos de 2006 a 2008, manteve abaixo de 50%
durante o período, indicando a maior parte de capital investido na empresa é próprio,
no entanto, está com tendência de crescimento, chegando às proximidades de 50%, se
esta tendência continuar em pouco tempo a maior parte de capital investido na empresa
será oriunda de terceiros.
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dívidas perante terceiros a curto e longo prazo. A CDM demonstra também certa
estabilidade quanto ao pagamento no período de um ano, o qual a margem de
comprometimento no ano de 2006 é de 50%, caindo em 2007 para 45% e elevando um
pouco em 2008, para 57%, o que pode representar um alerta, ou não, pode ser que esse
aumento esteja ligado a estrutura da empresa ou dívidas de longo prazo que estão
sendo transferidas para o curto prazo. Podemos verificar que há um equilíbrio entre as
dívidas de curto prazo e as de longo prazo.
c) Índice de Autonomia Financeira
d) Margem Bruta
A margem bruta pode ser vista como uma aproximação do fluxo de caixa da empresa
em cada unidade monetária de vendas antes de descontar despesas financeiras ou
impostos. É um importante indicador financeiro na avaliação da qualidade operacional
da empresa.
6. ASPECTOS IDENTIFICADOS
a) Aspectos Positivos
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Outro ponto positivo é o fato da empresa manter boas médias tempo de estocagem, uma
vez que o tempo médio de armazenagem dos produtos foi inferior a dois meses durante
o período analisado.
b) Aspectos Negativos
Assim, verificamos nos índices de liquidez que a CDM não possui capacidade de
cumprir com suas obrigações junto a terceiros. Além disso, verifiquei também que o
capital de terceiros financia o Activo Circulante e o Permanente da empresa. Outro
factor negativo provocado pelo endividamento da empresa é as despesas financeiras que
chegam a comprometer quase 30% das vendas líquidas, gerando diminuição nos
resultados e consequentemente a diminuição das taxas de retorno do investimento
empresa.
e) Margem Operacional
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confirmando assim a rentabilidade do empreendimento, no entanto, o retorno do
investimento ainda está muito baixo, uma vez que o lucro não chega a 10% do capital
investido na empresa.
1. SUGESTÕES
A principal sugestão que verifiquei que deva ser umas medidas emergências para as
actuais situações da empresa é evitar a obtenção de novos financiamentos para não
comprometer ainda mais a sua estrutura. Outra sugestão é a manutenção dos aspectos
positivos apresentados pela empresa para que o actual quadro seja revertido o mais
breve possível.
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CONCLUSÃO
A análise Económico-Financeira da empresa CDM, me permitiu verificar, sob
diferentes aspectos, a situação da empresa quanto aos factores internos e externos. Por
meio dos diversos indicadores cujas informações fornecidas associadas possibilitam
uma visão abrangente da estrutura da entidade.
Verifiquei que a CDM, apesar de ser uma das maiores empresas do Moçambique,
apresenta sintomas que podem levá-la à falência, principalmente no que diz respeito ao
nível de endividamento no qual a empresa se encontra.
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REFERÊNCIAS
CDM. Relatório anual 2007. Disponível em:
<http://www.mzweb.com.mz/ambev/web/arquivos/AmBev_Relatorio_Anual_2007_por
t.pdf>. Acesso em: 24 de abr. 2009.
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