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ESTUDO DE CASO

ANÁLISE DE RISCO AMPLIAÇÃO DE MERCADO “VENDAS VAREJO”

INTRODUÇÃO
Tendo em vista o estudo proposto considera-se necessário conhecer alguns aspectos internos e
externos no sentido de se avaliar o risco de forma eficiente, isto objetivando a maximização dos
lucros e diminuição das perdas. Abordaremos a análise SWOT com intuito de explanar os
possíveis riscos e oportunidades, sempre tendo em mente que qualquer operação terá riscos,
mas nem todos são negativos.
ANÁLISE DE RISCO
No estudo proposto utilizamos a ferramenta SWOT, que é um acrônimo, em inglês, para
“Strenghts”, “Weaknesses”, “Opportunities” e “Threats”, em português significaria “Forças”,
“Fraquezas”, “Oportunidades” e “Ameaças”, respectivamente. Sendo assim, no Quadro 01 a
seguir montamos as derivadas desse conceito para uma análise de risco mais visual e objetiva
possível.
QUADRO 01 - Análise de Risco (SWOT)
Forças Fraquezas
 Experiência em vendas na área de  Falta de experiência em Novo modelo de
tecnologia vendas “e-Commerce”
 Fornecedores, Clientes e Prestadores de  Falta canal especializado de comunicação
Serviço com os clientes “e-Commerce”
 Infraestrutura de vendas já consolidada  Cadeia de suprimentos
 Equipe formada e treinada em vendas  Modelo atual de entrega de produtos
 Sistemas gerencial ERP em
funcionamento
Oportunidades Ameaças
 Alta do dólar
 Retomada do mercado pós pandemia  Escassez de produtos eletrônicos pós
 Expansão do “e-Commerce” pandemia
 Instabilidades político-econômicas e
fiscais devido a guerra da Rússia contra
Ucrânia
 Crise de petróleo
 Concorrência
Diante do exposto no QUADRO 01 temos os aspectos classificados em suas categorias, vamos
analisar de perto cada um deles:
 Em questão de Forças: A empresa já tem um “know-how”, ou seja, um conhecimento de
causa na área de seus negócios, que lhe dá uma vantagem clara no projeto de expansão,
tem já estabelecido um relacionamento com clientes, fornecedores e prestadores de
serviços, possui uma infraestrutura consolidada de vendas juntamente com uma equipe
preparada, possui um meio de entregas atual que para a demanda existente é eficiente e
ainda possui um sistema ERP que lhe auxilia na operação e decisões da empresa
 As Oportunidades: Enxerga-se nos dias atuais uma retomada gradual da normalidade pós-
pandemia e é notável que há alguns anos há uma intenção mundial de cada vez mais as
compras serem feitas de forma online, dessa forma o “e-Commerce” só tende a crescer.
 Fraquezas: Vemos o fato de ser uma área desconhecida para a empresa, onde a mesma não
tem experiência e por isso pode pecar em alguns aspectos que afetaria sua posição frente a
concorrência e clientes, um deles é a ausência de um canal direto de comunicação com os
clientes do “e-Commerce”, que deverá ser criado, há também a necessidade urgente de um
planejamento de estoque, obtendo-se uma cadeia de suprimentos bem equilibrada, com
vários fornecedores, impedindo a dependência estrutural de uma única empresa, há ainda
a opção de se fazer investimentos em estoque regulador próprio. O sistema de entrega atual
terá de ser ampliado.
 Ameaças: No momento conturbado em que nos encontramos, com a guerra entre Rússia e
a Ucrânia, uma provável alta desenfreada do dólar, crise de abastecimento e alta dos preços
de petróleo mundial, e tudo isso está vindo rápido ao nosso encontro, temos algumas
probabilidades bem altas que pesam contra um novo negócio, que é inclusive
extremamente dependente de estabilidade político-econômica, tanto local como mundial.
Esses fatores afetam muito as importações, os preços, os transportes e a estabilidade fiscal,
ligadas intimamente ao negócio. Sabemos que os itens de tecnologia são o foco das vendas
da empresa e na maioria dependem de importações, transporte (marítimo, aéreo ou
terrestre) e tem seus preços ligados ao dólar. Temos ainda a questão que na pandemia a
indústria de chips teve uma paralisação grande e agora estava retomando as atividades, mas
com a guerra isso pode mudar a qualquer momento, impactando muito mais no mercado
de tecnologia e nos estoques dos distribuidores. Quanto a item concorrência, a empresa por
ser nova na área de “e-commerce” não terá a ciência das dificuldades do negócio e da real
força dos atuais “players” do mercado, o que pode afetar muito seu desempenho frente a
eles, inclusive com relação a precificação de produtos. Uma opção neste caso seria buscar-
se melhores preços em compras para uma melhor precificação, ficando sempre com olhar
voltado para aquilo que a concorrência está praticando, olhando os líderes do mercado e os
imitando.

CONCLUSÂO
Pela análise de risco proposta não seria o momento oportuno dessa expansão, que além do
possível aporte financeiro que deverá ser feito, ainda temos em vista um cenário bem
desfavorável se desenrolando internacionalmente com a guerra Rússia contra Ucrânia o que
poderá levar a um cenário igualmente conturbado dentro do nosso país, desestabilizando de
alguma forma as políticas econômicas e por consequência a política fiscal brasileira. Deve-se
considerar que a empresa é extremamente dependente de insumos importados e que tem seus
preços de venda atrelados ao dólar e a economia mundial está partindo para uma alta
desenfreada dessa moeda. Fora isso há ainda a perspectiva de uma crise de petróleo a caminho,
contribuindo na desestabilização da economia o que acaba encarecendo ainda mais bens,
serviços e o transporte, que por fim acabarão limitando ou prejudicando de alguma forma as
vendas da empresa e as suas compras de produtos e insumos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHAPMAN, C.; WARD, S. Why risk efficiency is a key aspect of best practice projects.
International Journal of Project Management, v. 22, n. 8, p. 619-632,2004.
VERBANO, C.; VENTURI, K. ManagingRisks in SMEs A LiteratureReviewandResearch
Agenda. Journal of Technology Management & Innovation, v. 8, n. 3,2013.
EDUARDO VIEIRA DO PRADO et al; Sistemas de informações para gerenciamento de riscos
corporativos em controladoria: um estudo bibliométrico na base de dados scopus, p. 37-46,
2017

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