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Faculdade Pitágoras Betim

4º Período, Engenharia de Produção.

Toyota
Trabalho desenvolvido durante a disciplina
Organização do Trabalho,como parte da
avaliação referente ao primeiro bimestre

Professor: Alessandro Ferreira

Betim, Setembro de 2013.

Introdução.................................................................................................................................03
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1. Teorias clássicas da administração aplicadas na Toyota............................................04
2. Outras teorias da administração presentes na Toyota.................................................04
3. A psicologia organizacional na Toyota.......................................................................05
4. Os processos de negócios da Toyota............................................................................06
5. A relação entre a Toyota e o serviço postal americano...............................................06
6. Conclusão......................................................................................................................08

Bibliografia ..............................................................................................................................09

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Introdução

Esse trabalho procura mostrar a viabilidade da aplicação de algumas teorias da


administração na fabrica Toyota . Analisa-se a possibilidade da obtenção de redução
de custos, racionalização de processos e eliminação de falhas, como meios de
melhorar o tempo de resposta aos clientes e os resultados da empresa.

Guerra ao desperdício, produção flexível e automatizada, grupos de trabalho


autogeridos, administração enxuta, produção enxuta para produzir na quantidade
certa, ciclo de PDCA, alta qualidade e preço baixo. Estas ideias formam a base da
cultura da organização, diretamente englobadas com a filosofia do aprimoramento
contínuo, o Kaisen. Este sistema visa à eliminação total das perdas através do
estoque zero (Just In Time) e a alta qualidade na fabricação (SHINGO,1996).

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1. TEORIAS CLÁSSICAS DA ADMINISTRAÇÃO APLICADAS NA TOYOTA

A Toyota, não foge à regra das principais teorias clássicas da administração.


Principalmente no que tange a obter o máximo possível de rendimentos e
economias. Antes, a montadora japonesa, tem em sua estruturação administrativa
as operações básicas da empresa formuladas por Henry Fayol, considerado "o pai
da teoria clássica”. Ele distinguiu seis funções empresariais como o conjunto de
operações que toda empresa possui. São as seguintes: operações técnicas estão
relacionadas com a produção de bens ou serviços; operação comercial, relacionada
à compra, venda, permuta de matérias primas e produtos; operação financeira,
função que trata da captação e da gerência de capitais; operação de segurança, visa
proteger a organização em todo o seu contexto; operação de contabilidade, está
relacionada a registros contábeis, que é um poderoso instrumento de direção e a
operação administrativa, que coordena e sincroniza as demais funções. E logo
temos também, na montadora Toyota, as dogmáticas funções do administrador:
planejar, organizar, direcionar e controlar, funções essas adaptadas de Fayol,
consolidada pela teoria clássica da administração.
Apesar de a montadora Toyota fazer, aproximadamente, o oposto de tudo o que se
tem recomendado como elemento essencial aos novos tempos, há, na empresa
japonesa, elementos indissociáveis ligados diretamente a teoria clássica da
administração, tais como: espírito de equipe, em que busca atender os propósitos
dos funcionários e da empresa, a Toyota enfatiza bem esse aspecto de valorizar o
trabalho em grupo; divisão do trabalho, que consiste em especializar as tarefas das
pessoas para aumentar a eficiência e a produtividade, na Toyota o trabalhador é
altamente especializado; equidade, lealdade, devoção dos empregados à empresa,
na Toyota todos os funcionários sabem exatamente os princípios e valores da
empresa; unidade de direção, em que um plano em conjunto leva aos mesmos
objetivos e também temos a essencial disciplina, entre outros elementos
.
2. OUTRAS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO PRESENTES NA TOYOTA

Na Montadora Toyota também é possível observar elementos diretamente ligados e


outros ajustados de outras teorias da administração. Alguns desses elementos são
característicos do Taylorismo; tais como: a definição do tempo padrão, através de
um cronômetro; métodos de pesquisas para desenvolver e melhorar a execução das
tarefas; entidade de interesses entre empregador e empregado e programa de
recompensas, visando o incentivo aos trabalhadores. Nos Estados Unidos, por
exemplo, aos funcionários de unidades, anualmente, são sorteados automóveis.
Nesse sistema de recompensa, há oposição ao sistema taylorista, visto que visa
benefícios individuais na sua produtividade; já no sistema Toyota a compensação
visa o trabalho em grupo. Outras grandes características são: a constante
preocupação em eliminar o desperdício; empregado cientificamente treinado e
selecionado a manter uma atmosfera íntima e cordial entre os grupos de
colaboradores. Na Toyota, também, parece emergir a flexibilização funcional e
tarefas multifuncionais na busca de amenizar o trabalho mecanicista e neutralizar
certas disfunções. Na linha de montagem, pode-se dizer que estão sendo feitas
exigências como escolaridade, capacidade de adaptação, compreensão global,
capacidade de abstração e seleção, trato e interpretação de informação.

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Em analogia ao fordismo, que tem princípios ligados ao taylorismo, ambos paralelos
as teorias clássicas, a Toyota, assim como outras empresas, aplica processos
planejados, ordenados e contínuos na busca pela melhor qualidade em sua
produção; eliminação de desperdícios e também há uma forte semelhança no
processo de inovação. Assim como a Ford, que já teve a sua hegemonia aplicada
em grandiosas inovações, a Toyota, hoje, vive uma situação privilegiada que se
destaca, cada vez mais, e abre caminho com a sua “lenta, mas coerente tartaruga”.
Com muito arrojo a Toyota investe em inovação. Ela tem disponibilizado bilhões de
dólares, em investimentos, para desenvolver veículos ideais para os novos tempos.
Além do taylorismo-fordismo, a Toyota também foi influenciada pela hierarquia das
necessidades de Maslow; teoria dos dois fatores, higiênicos e motivacionais,
formulada e desenvolvida por Frederick Hesberg; abordagem sistêmica com os seus
elementos fundamentais para a organização através do sistema aberto que interage
de forma contínua com o ambiente externo e vice-versa; a abordagem contingencial
com o toda a sua proposta de que não existe nada correto. Tudo é relativo. Pois
tudo depende de vários fatores como tecnologia; ambiente externo e interno e outras
variáveis que influenciam o desenho estrutural e a configuração organizacional da
empresa. Além dos conceitos humanísticos que estão sendo muito bem
desenvolvido pelo departamento de gestão de pessoas da Toyota. Outros métodos e
preceitos que podem ser evoluídos e adaptados aos dias atuais são suscetíveis de
estar presente na montadora japonesa Toyota. Vale relembrar que “o número de
princípios de administração não é limitado. Qualquer princípio administrativo que
fortaleça o corpo social ou facilite seu funcionamento pode se alinhar no transcorrer
do tempo.”

3. A PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL NA TOYOTA

“Quando a cultura é uma marca forte, o funcionário a defende”. Esta frase traduz
bem o comportamento e a satisfação dos funcionários da Toyota. Desde o início,
todo recém-contratado, antes de assumir o seu posto, passa por um interessante
treinamento de cinco meses. Trinta dias são dedicados para conhecer e assimilar a
cultura Toyota, ou seja, o jeito Toyota de pensar e agir; Dois meses numa fábrica
para acompanhar de perto como os carros são produzidos e os meses restantes são
voltados para dentro de uma concessionária, onde é possível identificar as
necessidades do consumidor. Com esse treinamento, que engloba uma substancial
análise organizacional, a visão, missão, os princípios e os valores da Toyota ficam
bem explanado para o funcionário incipiente. “O sistema Toyota de produção só
pode funcionar quando todos os funcionários se tornam tartarugas”, revela Taiichi
Ohno (1912-1990), o criador desse sistema. Esse enunciado, de Ohno, reflete-se na
aceitação e na cooperação dos funcionários da Toyota. Logo, eles desenvolvem,
conforme a doutrina da empresa, ações conjuntas em prol de alcançar objetivos
globais. As suas tarefas são focadas na defesa das metas, através de
comprometimento, assiduidade e demais filosofias da empresa que visa criar todo
um ambiente produtivo e agradável de se trabalhar. É claro que, nessa ponte de
identificação, também há interesses que estimulam a satisfação e a valorização do
trabalho em grupo. Em alguns casos, são os ganhos reais como as premiações de
carros que acontecem anualmente no EUA; proposta de estabilidade no emprego,
que promete ser vitalício e outros aspectos que fazem parte das necessidades dos
indivíduos nas organizações. Independentemente de interesses, os métodos da
psicologia organizacional aplicada dentro da empresa Toyota vêm a ser um papel
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essencial no seu âmbito motivacional. No que diz respeito à cultura da empresa, isso
é bem enfatizado para os seus funcionários. Logo, eles trabalham, conforme a
doutrina, buscando a satisfação mútua. E quando acontece um consenso entre
grupos, a tendência é inibir atitudes individualistas que possam minar o sistema.
Enfim, destacando mais uma frase que traduz a filosofia Toyota: “colaboradores que
pactuam com a cultura da organização, tendem a levá-la ao crescimento”.

4. OS PROCESSOS DE NEGÓCIOS DA TOYOTA

A Toyota tem assumido valiosos compromissos com a inovação em todo o seu


contexto. No que tange o mercado de negócios, através de excelentes estratégias,
assume o desafio de continuar desenvolvendo automóveis que caiam nas graças
dos consumidores. O modelo híbrido é um clássico exemplo da sua maneira de
reinventar-se. Ela alicerça seus processos de inovação num longo planejamento e
investimentos generosos. Já disponibilizou bilhões de dólares, aplicados em
pesquisas e desenvolvimentos. Inclusive pesquisas que dão uma ideia de como
serão as cidades e as estradas daqui a trinta anos. Outros fatores expressivos que
tem relação com o sucesso da Toyota são a melhoria contínua e a qualidade na
fabricação; o estoque zero; a produção cada vez mais eficiente; a logística
superafiada; ações mercadológicas e tudo que diz respeito ao sistema Toyota de
produção. Mas o sucesso da montadora japonesa Toyota só existe porque está
atrelado e interconectado com o comprometimento dos seus fiéis colaboradores que
valorizam e vivenciam o trabalho em equipe. Cada funcionário sabe que, pra Toyota,
a sua cultura é a sua fortaleza e que uma das suas filosofias vigentes, diz que é
possível fazer mais e melhor. Por isso a Toyota, com toda a sua corporação, busca
com inteligência por qualidade total, assiduidade, desperdício ínfimo,
responsabilidade, cumprimento das metas e tudo que possa ter processo inovador
dentro da organização. Certamente existem disfunções. Pois segundo teorias
transitivas o conflito é inevitável nas organizações. Mas, a totalidade de seus
colaboradores parece vestir a camisa. Portanto, isso vem a ser um patrimônio
tangível e de inestimável valor para a montadora japonesa. E na Toyota, não basta
vestir a camisa. Tem que ganhar o jogo. Eis aí, o sucesso da Toyota.

5. A RELAÇÃO ENTRE A TOYOTA E O SERVIÇO POSTAL AMERICANO

Comparando a Montadora Japonesa Toyota com O Serviço Postal Americano, é


possível perceber diferenças e certas semelhanças em alguns aspectos
relacionados aos seus sistemas. A Toyota é uma organização privada, o Serviço
Postal Americano, com aporte do governo, sugere uma transição governamental
para uma entidade independente. Mas diferente de uma empresa privada, ela é a
bem dizer governamental, com alguns privilégios, mas não suficiente para
determinar seus preços. As tarifas são determinadas pela comissão de tarifa postal.
Além disso, O Serviço postal americano é uma burocracia sindicalizada e os salários
dos funcionários médios são equivalentes a 47% a mais do que funcionários
equivalentes do setor privado. Já a Toyota tem um sistema próprio e vitorioso,
relacionado ao sindicalismo; uma conquista através de enfretamento direto com o
combativo sindicato japonês. Hoje a Toyota tem o chamado sindicalismo de
empresa que é estrategicamente estabilizado por uma filosofia de trabalho em grupo
que, por fim, neutraliza a ação do sindicalismo tradicional. Referente à semelhança,
entre ambas as empresas, nota-se corte de custos, aumento de produtividade e

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estímulos aos funcionários através de adaptada psicologia organizacional;
motivação por intermédio de sistema de recompensas para seus colaboradores que
atinjam seus fins. No caso da Toyota, metas pré- definidas e no Serviço postal
Americano, por intermédio de avaliações através de pesquisas respondidas,
anualmente, por clientes. Além dessas semelhanças, entre ambas as empresas, a
de se destacar, desenvolvimentos mercadológicos, programas de pesquisas e
inovações tecnológicas.
Em suma, comparando a Toyota com as empresas, em geral, líderes por excelência,
fica evidente uma idêntica semelhança: a busca constante pela eficácia. Pois a
eficácia gera diferenciais positivamente determinantes.

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6. CONCLUSÃO

Com isso podemos concluir que a fabrica da Toyota utiliza em sua organização os
quatro pilares abaixo para a busca de eficácia constante:

- Filosofia (Philosophy), a empresa é um veículo para agregar valor aos clientes, à


sociedade, à comunidade e aos seus funcionários.
- Processo (Process), quando os líderes seguem o processo certo, conseguem os
resultados certos, incluindo redução de custo a longo prazo e melhoria de qualidade.
- Pessoas e Parceiros (People and partners), agregar valor a uma organização,
desafiando seus funcionários e parceiros a crescer e a se tornarem mais capazes e
confiantes.
- Solução de Problemas (Problem solving), resolver continuamente a raiz dos
problemas conduz a aprendizagem organizacional (LIKER, 2007).

O sucesso da montadora Toyota está ligado as raízes da Administração cientifica


com Taylor, Ford, Alfred Sloan e Fayol, no que diz respeito à linha de produção, o
chamado “chão de fabrica”.

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7.REFERÊNCIAS

ANDRADE, Rui Otávio Bernardes de Andrade & AMBONI, Nério. Teoria Geral da
Administração – Das origens às perspectivas contemporâneas. São Paulo: M.
Books, 2007.
CHIAVENATO, Idalberto. Administração: teoria, processo e prática. Rio de
Janeiro: Campus, 2007.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 6 ed. Rio
de Janeiro: Campus, 2001.
portalexame.abri.com.br/revista/exame/edições/0892/negócios/m0128084.html
Wikipédia
Yukio. Caso de sucesso Toyota ( http://www.administradores.com.br/informe-
se/artigos/caso-de-sucesso-da-toyota/20905/

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