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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

Faculdade Paulista de Direito

PROVA BIMESTRAL – DIREITO TRIBUTÁRIO

Vinícius de Oliveira Nunes Carneiro

RA00171291

NB9

Profª Dra. Isabela Bonfá de Jesus

São Paulo,

2020
1ª) A Lei Complementar nº 157/2016 alterou diversos aspectos da
hipótese de incidência do ISS, em especial a sujeição ativa em
atividades realizadas por operadoras de cartão de crédito, planos de
saúde e leasing, que passaram a ser devidos aos municípios onde estão
localizados os tomadores de serviço.
Discorrer sobre a nova sistemática de apuração do ISS e os possíveis
questionamentos judiciais desta nova legislação.

O fator gerador do ISS é a prestação de serviços constantes disposto na Lei


Complementar 116/2003. Refere-se a uma prestação a terceiro sobre a
obrigação de fazer, sob caráter econômico e que não gere vínculo.
A grande temática é o critério espacial, pois o mesmo é definido no Art.3° da
referida LC, no entanto, há exceções, que são mencionados do inciso I ao XXV.
Com o advento da Lei Complementar n° 157/2016 alterou os incisos XII, XVI,
XIX, XXIII e XXV.
Em especial os incisos XXIV e XXV delimita que o local dos itens 10.04 e 10.01,
no qual, tratam dos serviços de leasing, plano de saúde e cartão de crédito,
estes serviços prestados deixaram de ser definindo pelo local da prestação do
serviço adotando o domicílio do tomador, portanto não trata-se somente de
definir quem é o sujeito ativo, mas sim a sua hipótese de incidência do imposto
nesses casos acima citados, onde o fator gerador ocorre pela interpretação do
domicilio do tomador.
Uma inovação importante da Lei Complementar 157/2016 foi sobre a guerra
fiscal, onde em seu artigo 8°-A, fixou a alíquota de 2%, a mesma também veda
concessões fiscais como isenção, benefícios e incentivos (§ 1°). E caso contrário
alguma lei infringir este lei é nula.

2ª) A empresa X, com sede em São Paulo, contratou os serviços da


empresa Y, cuja sede, nos termos de seu contrato social, está em
Barueri. Considerando que os serviços serão prestados para a empresa
X em São Paulo e observado o disposto na Portaria SF no 101/2005 do
Município de São Paulo, segundo a qual empresas de outros municípios
que prestam serviços em São Paulo terão que se cadastrar na Prefeitura
deste município para não sofrerem a retenção, pelo tomador, de 5%
referente ao ISS, oriente a empresa X na hipótese de a prestadora de
serviços (empresa Y) não ter efetuado o cadastro exigido junto à
Prefeitura de São Paulo.

No caso em tela, o 7° da Lei 13.7011/2003 e §1°, inciso I, inclui a empresa X


como como tomadora de serviço da empresa Y, está inclusa na responsabilidade
tributária, o recolhimento do ISS quando há emissão de nota fiscal, portanto se
a empresa Y não efetuar o cadastro a empresa X deverá o realizar.

3ª) Determinada empresa atua na prestação de serviços de decoração e


jardinagem, cujo estabelecimento é localizado em São Paulo e é
contratada para, excepcionalmente, fazer a decoração do jardim de
inverno de uma casa em Campos do Jordão. A competência para a
imposição do Imposto Municipal Sobre Serviços (ISS) caberá à
municipalidade de (marque alternativa correta e justifique):

a) São Paulo, porque é o município onde a empresa tem a sua sede


social.
b) Campos do Jordão, porque é o local onde está localizado o jardim
decorado.
c) São Paulo, porque a empresa não tem estabelecimento em Campos do
Jordão.
d) não há incidência de ISS nesta atividade.

4ª) Trace a regra matriz de incidência tributária do Imposto sobre


Transmissão Causa Mortis e Doação - ITCMD, no Estado de São Paulo.

5ª) A empresa Z desenvolve, exclusivamente, atividade comercial na


área de tapeçaria. Seu sócio majoritário, tendo em vista o
desenvolvimento e crescimento das vendas durante o ano de 2017,
decide construir, em nome próprio, uma nova loja no interior de São
Paulo. Após a construção do referido imóvel, o sócio majoritário decide
aumentar o capital da empresa Z mediante integralização de capital com
o citado imóvel. Após efetivar o mencionado aumento de capital, a
empresa Z recebe a cobrança do imposto sobre a transmissão inter
vivos de bens imóveis (ITBI). Como advogado de Z, quais os
argumentos em defesa de seu cliente? Fundamente.

A cobrança do ITBI no caso em tela, é indevida e inconstitucional,


pois o Art. 156, §2° I, determina que a integralização de imóveis ao
capital social da empresa, não enquadrada em atividade imobiliária,
assim a mesma é imune conforme o artigo citado. Pois, os bens
estão incorporados ao patrimônio da pessoa jurídica.

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