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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA VARA DE

EXECUÇÕES PENAIS DA COMARCA DE FEIRA DE SANTANA

Autos nº 200001-27.2019.8.05.012

GIVALDO CALISTO DOS SANTOS, já qualificado no processo de


execução, vem, mui respeitosamente por seu advogado constituído que esta
subscreve, à presença de vossa excelência, inconformado com a inércia da
unificação das penas, interpor tempestivamente o presente

AGRAVO EM EXECUÇÃO

Com fundamento no artigo 197 da Lei de 7.210/84 requer a realização


do juízo de retratação e, em sendo mantida a decisão atacada, seja o presente
recurso encaminhado a superior instância para o devido processamento e
julgamento.
 

Termos em que,
Pede e espera deferimento.

Salvador/BA, 05 de maio de 20212

RAZÕES DO AGRAVO EM EXECUÇÃO


PROCESSO DE ORIGEM Nº200001-27.2019.8.05.012

RECORRENTE: GIVALDO CALISTO DOS SANTOS

RECORRIDO: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA

I- DA BREVE SÍNTESE DOS FATOS

Ora, Douto julgador, mediante despacho presente no evento 26.1,


proferido no dia 23 de março de 2021, este nobre juízo entendeu de forma
acertada no que tange ao caso concreto, que haja a unificação da pena, haja vista
o trânsito julgado do processo judicial de nº 0300772-05.2012.8.05.0146.
Ademais, ainda foi oficiado que a 2ª Vara Criminal da comarca de Juazeiro/BA
que remetesse a guia de recolhimento.
Em ofício juntado no evento 28.1, a 2ª Câmara criminal de Juazeiro/BA
aduziu que o regime inicial do cumprimento de pena presente nos autos
supracitado é semiaberto e que é imprescindível o cumprimento do mandato de
prisão para que seja emitida a guia de recolhimento. O Ministério Público
manifestou-se também a respeito da unificação das penas, no dia 5 de outubro
de 2021 (evento nº 45.1)

II- DA UNIFICAÇÃO DAS PENAS 00046637958


Ora, Douto julgador, considerando o inteiro teor do referido
Despacho emanado na data de 23 de março do corrente ano, torna-se evidente
que brilhantemente esse nobre Juízo entendeu de forma acertada no que tange
ao caso concreto, haja vista que, acertadamente a Nobre Magistrada entendeu
conforme esculpido pelos causídicos da parte, no sentido de que, havendo um
processo judicial já transitado em julgado, seja ele o de n. 0300772-
05.2012.8.05.0146 não há outra justa conduta a ser praticada que não seja a de
proceder com a unificação das penas do Sr. Givaldo, até mesmo porque,
considerando o que estabelece a Lei 7.210/84 só poderá haver um processo de
execução unificado. Nesses termos, pugna-se IMEDIATAMENTE PARA QUE
A JÁ EMANADA DECISÃO JUDICIAL SEJA CUMPRIDA, HAJA VISTA QUE
EMBORA BRILHANTE ENTENDIMENTO DESSA NOBRE JUIZA, ATÉ O
PRESENTE MOMENTO NADA FORA FEITO. PASME EXXCELÊNCIA JÁ SE
PERPASSARAM QUASE 50 (CINQUENTA) DIAS E O REFERIDO JUIZO
CERTAMENTE NÃO PERMITIRÁ QUE ISSO SE PERPETUE! NÃO BASTASSE
ISSO, CUMPRE OPORTUNAMENTE, REITERAR OS TERMOS DA PETIÇÃO
FLS. 18.1, NO QUE TANGE A URGETE E NECESSÁIA CONCESSÃO DA
PRISÃO DOMICILIAR DO REQUERENTE APÓS A SUA UNIFICAÇÃO DE
PENAS, ATÉ MESMO PORQUE OBSERVE, ENTÃO, AS PERTINENTES,
CUNTUDENTES E INCISIVAS RAZÕES PARA O PLEITO: O Reeducando
Givaldo Calisto dos Santos é portador de COMORBIDADE decorrente da
DIABETES MELLITUS GRAU I + HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA,
sendo considerado um Apenado de “alto risco”, acaso esteja dentro do sistema
carcerário. Em vista disso, torna-se crucial destacar, diante do atual estado de
saúde do Reeducando e do risco iminente de contaminação pelo Coronavírus
que ainda assola o país, não há dúvidas que este não possui o mínimo de
condições de estar encarcerado. Destarte, a medida mais salutar e digna, neste
momento, como se restará comprovado, é que o Reeducando cumpra o restante
da pena a ele imposta em prisão domiciliar, tendo em vista a probabilidade de
o Apenado vir a agravar seu estado de saúde, prejudicando ainda mais o seu
quadro já crítico!
Tais ilações são pertencentes, face o fato de que após a referida
unificação de penas, conforme disposto em lei de execução, o Executando
regredirá de Regime, contudo, DEVE-SE OBSERVAR O QUE DISPÕES A
SÚMULA VINCULANTE 56 SENÃO VEJAMOS: “a falta de estabelecimento
penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime prisional
mais gravoso, devendo-se observar, nesta hipótese, os parâmetros fixados no
Recurso Extraordinário (RE) 641320” Ademais, cumpre-se registrar que
adotamos o sistema progressivo. Sendo assim, de acordo com o Diploma Legal
específico, bem como a Lei de Execuções Penais, as penas privativas de
liberdade deverão ser cumpridas progressivamente, com a transferência do
apenado de regime mais gravoso para menos gravoso tão logo ele
III- DOS PEDIDOS

Considerando todo o exposto, pugna-se pela TRANSFERÊNCIA DO SR.


JOÃO PARA SUA ANTERIOR UNIDADE PENAL, HAJA VISTA SER ESSA
A ADEQUADA PARA SEU CUMPRIMENTO DE PENA!

Termos em que,
Pede e espera deferimento.

Salvador/BA, 07 de abril de 2022

JOÃO VITOR MOURA DA COSTA


OAB/BA 53.519

LIVIO TRINDADE
ESTAGIÁRIO DE DIREITO-UFBA-

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