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Desde o seu nível mais elementar que a memória está implicada em qualquer fenómeno de
aprendizagem. Alias, a simples definição da aprendizagem como uma modificação da
conduta, isto é, uma mudança que se traduz num hábito, numa reacção habitual, pressupõe já
necessariamente a memoria como condição de conservação da resposta aprendida.
A memória é uma função biológica e psicológica indispensável. Todo o ser vivo, em maior
ou menor escala, faz uma experiência, que é o percurso de toda uma vida. O que é ter
experiência senão estar apetrechado com aquisições anteriormente feitas, não estar em branco
em face das situações que se deparam, ser capaz de tirar proveito do já feito, do já vivido?
É pela memória que a pessoa adquire o sentimento da própria identidade. Com o efeito, a
memória não é a simples conservação de algo que ocorreu no passado. A simples
conservação do passado não é ainda memoria, esta tem também uma função psicológica de
integração pela qual o que aconteceu no passado é referido ao sujeito: a memória é antes de
mais o reconhecimento das experiências passadas como elemento, como parte da vida do
sujeito. Se eu não tivesse a capacidade de sentir e viver como minhas, como fazendo parte do
meu património pessoal tudo o que já vivi, a ideia de mim mesmo será extraordinariamente
pobre e fragmentária. Quer seria cada um de nós se fosse amputado de toda a experiência
passada, do já sido, já vivido?
É por isso que a memória é uma função essencial para a continuidade da vida individual ou
colectiva. E isso implica que o hábito enquanto conduta aprendida e que se realiza sem
esforço e quase sem darmos por isso não tenha o simples sentido negativo de rotina, de algo
caduco ou de um automatismo psíquico, mas que ele tenha também um sentido positivo de
potencial, de riqueza do passado cujo efeito se mantém no presente.
O importante não é lutar contra os hábitos, mas impedir a sua cristalização, utiliza-los para
aquilo que mais podem contribuir: libertar energias que podem ser utilizadas criadoramente.
Quantas vezes não sentimos a falta de bases de noções ou de experiencias previas que
facilitariam a aprendizagem presente? Quantas vezes o fracasso, o insucesso escolar e na vida
não é o resultado de falhas de aprendizagens e na experiência em certas fases da vida!
Cardoso, A. Frois, A: Fachada A- Rumos da Psicologia (10º/ 11º 2v.) Lisboa, 1989
(adaptado).
TAREFAS DE LEITURA
1. Lê o texto com atenção, busca os sinónimos para o vocabulário novo; releia as frases
complexas e ou períodos que não compreende;
NB: Fazer a lista do vocabulário que desconhecia com os respectivos sinónios e
exemplos de frases (para entregar):
Ex. Inzoável = pessoa afectada no falar e pretensiosa
O Rui é bastante inzoável. Não é original ao falar e acha-se o máximo.
2. Sublinha apenas as informações essenciais, conforme treinado nas aulas;
3. Sublinhe os conectores linguísticos no texto e a função dos mesmos.
4. Coloque na margem a síntese/paráfrase de cada parágrafo;
5. Faz a lista das principais ideias do texto (para entregar);
6. Faça o resumo do texto. (Lembre-se que o resumo deve basear-se nas ideias principais
que identificar).
a) A / /tecas
b) Á / /ia
c) E / /ilo
d) E / /altação
e) I / /ólogo
f) E / /cêntrico
g) Anali / /ar
h) Comerciali / /ar