Você está na página 1de 2

CASO CLÍNICO – GRUPO 05

ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA

O paciente F.R.S., homem de 36 anos, destro que foi recentemente diagnosticado


com esclerose lateral amiotrófica (ELA). Há 7 meses, o paciente apresentou dores na
panturrilha esquerda e alguns meses mais tarde observou que seu pé esquerdo batia no
chão durante a marcha e que ele “prendia os artelhos no chão” e tropeçava enquanto
jogava basquete. Ele também notou espasmos indolores nos músculos de sua mão,
antebraço e braço direito, e relatou dificuldade em fechar os botões de pressão do
pijama do seu filho mais novo.

Histórico médico
Sem histórico médico importante.

Antecedentes sociais
O paciente é casado há 10 anos. Ele tem um filho de 3 anos e outro de 9 meses, e
sua esposa está grávida de seu terceiro filho. Ele mora em uma casa de dois andares
com quatro degraus até a porta da frente (sem corrimão), 12 degraus entre os andares
(corrimão bilateral).
Ele parou de jogar basquete porque se sente envergonhado por tropeçar com
frequência. Ele gostaria de ser mais ativo.

Ocupação
Ele é gerente de uma empresa de computação gráfica e relata que sua voz fica rouca
depois de longas apresentações. Também relata fadiga significativa se trabalhar no
computador por períodos prolongados de tempo ou se tiver que ficar em pé por longos
períodos para apresentações. Ele atribui isso ao “envelhecimento”.

Exames diagnósticos
Estudos eletromiográficos mostraram (1) potencial de ação motora composto baixo
em todos os membros; (2) condução do nervo sensitivo normal; (3) fibrilações e
fasciculação em todos os membros; e (4) alterações neurogênicas generalizadas nos
potenciais de ação de unidades motoras, padrão de recrutamento anormal na
musculatura da perna distal e alterações leve a moderada nos membros superiores.

Achados do exame físico


 Observação: emaciação importante das regiões interósseas bilateralmente.
 Fala: não são observadas anormalidades.
 ADM: dentro dos limites normais (DLN) para todas as articulações, exceto os
polegares e o tornozelo E. Paciente só foi capaz de opor os polegares até o
terceiro dígito. Faltam 5° de dorsiflexão à E.
 Força: força bilateral em MMII classificada como 5/5, exceto para o grupo
flexor de quadril (D = 4/5; E = 4+/5) e dorsiflexores de tornozelo E (3–/5). A
força muscular de ombro é classificada como 4+/5 (D) e 4/5 (E); a força
muscular de cotovelo é classificada como 4/4 (D) e 4+/5 (E).
 Força da mão: D = 12 kg; E = 24 kg (dinamômetro manual).
 Tônus: 1 para ambos os MMSS e 1+ para ambos os MMII (escores de
espasticidade da Modified Ashworth Scale).
 Reflexos: evidencia-se clônus de mandíbula; hiperreflexia em ambos os MMSS;
hiporreflexia em ambos os MMII; sinal de Babinski bilateralmente.
 Marcha: independente de dispositivos de assistência; positivo para a queda do
pé E e elevação compensatória de quadril; teste de caminhada de 4,6 m = 3,6
segundos.
 Equilíbrio (em pé): apoio unipodal/olhos abertos, D = 25 segundos; E = 6
segundos.
 Função respiratória: capacidade vital forçada (CVF) e pressão inspiratória
máxima (PIM) dentro dos limites normais.

Você também pode gostar