23 de fevereiro de 2021

INTRODUÇÃO AO
ESTUDO DO DIREITO
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A SOCIEDADE HUMANA

1.4 – ORDENAMENTO SOCIAL

1.4.1 CONCEITO

Se caracteriza por métodos e conjuntos de preceitos

prescritos pelo grupo sempre buscando padronizar as condutas
individuais dos membros que o constituem, num processo
constante de socialização destes. É na realidade uma forma
típica de controle social, partindo da uniformização das
atitudes de cada indivíduo voltada para o benefício de todos. A
socialização nada mais é do que uma forma de adaptação de
cada indivíduo ao seu grupo.

1.4.2 NORMAS COTIDIANAS

1.4.2.1 NORMAS TÉCNICAS OU CIENTÍFICAS

As normas técnicas resultam de observações e

experiências que culminam por permitir a formulação de
enunciados específicos e precisos acerca da maneira pela qual
realmente ocorrem os fatos e os fenômenos. Por isso, elas
indicam o modo de agir para que se possa atingir um fim
determinado. Via de regra, são normas destinadas não só ao
estabelecimento do domínio do homem sobre a natureza,
como também voltadas à obtenção de melhores condições de
segurança, de conforto e, ainda, maior rendimento na
produção de bens, no trabalho, na atividade individual ou
mesmo coletiva. As normas técnicas, portanto, estabelecem o
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que se deve fazer e como proceder para atingir um resultado
pretendido.
São exemplos típicos de normas técnicas as vinculadas
principalmente à engenharia, arquitetura, medicina,
agronomia, economia e educação.

1.4.2.2 NORMAS ÉTICAS OU SOCIAIS

São as estabelecidas para determinarem um tipo de

comportamento individual uniforme e adequado ao interesse e
bem-estar da coletividade. Diferentemente das normas
técnicas que nos mostram como executar um objetivo
pretendido, as normas éticas nos indicam para que se executa
esse determinado objetivo.
As normas éticas são precipuamente voltadas para o
comportamento de cada indivíduo, para a integração do
homem ao grupo social. Elas asseguram direitos, impõem
deveres, atribuem responsabilidades, cominam sanções. São,
como facilmente pode-se deduzir, normas basicamente
reguladoras do inter-relacionamento humano. Normas que
estabelecem deveres, obrigações, para garantirem direitos.
As normas de religião, moral e direito são éticas.
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2 – AS DIVERSAS CONCEPÇÕES DO DIREITO E SUAS
DIVISÕES

2.1 A PALAVRA DIREITO E SEU SIGNIFICADO

As definições de Direito podem ser:

2.1.1 - Nominais

2.1.1.1– Etimológica – explica a origem da palavra. Ela é

oriunda do adjetivo latino directus, a, um (não tem inclinação,
desvio ou curvatura). Surgiu na Idade Média.

2.1.1.2- Semântica – parte registrada pela gramática. Ex.:

Aquilo que está conforme a lei, Conjunto de leis, A ciência que
estuda a lei.

2– Reais e Lógicas

Aponta a característica que somente o Direito possui e que

separa dos demais processos de conduta social.

2.2 – O CONCEITO E AS FINALIDADES DO DIREITO

O Direito é conceituado de várias formas. De acordo com

Paulo Dourado de Gusmão, Direito é um "conjunto de normas
executáveis coercitivamente, reconhecidas ou estabelecidas e
aplicadas por órgãos institucionalizados".
De acordo com o senso comum dos juristas, o direito tem
como finalidade organizar a sociedade, definindo os direitos e
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os deveres de cada pessoa e, com isso, possibilitando a criação
de uma sociedade harmônica e justa.

2.3 – DIREITO NATURAL

Revela ao legislador os princípios fundamentais de

proteção ao homem, que forçosamente deverão ser
consagrados pela legislação, a fim de que se obtenha um
ordenamento jurídico substancialmente justo. O Direito
Natural não é escrito, não é criado pela sociedade, nem é
formulado pelo Estado. É constituído por um conjunto de
princípios, e não de regras, de caráter universal, eterno e
imutável.

2.4 – DIREITO POSITIVO

É o Direito institucionalizado pelo Estado.

A formação e a evolução do Direito não resultam da
simples vontade do legislador, mas estão subordinados à
realidade social subjacente, à presença de determinados
fatores que influenciam fortemente à própria sociedade,
definindo suas diversas estruturas.
São normas de conduta, legisladas ou provenientes do
costume, que estando em vigor ou tendo vigorado em certa
época, disciplinam ou disciplinaram o inter-relacionamento, a
convivência do homem.
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Bibliografia:

NADER, Paulo. Introdução ao estudo do direito. 32.ed. Rio

de Janeiro: Forense, 2010
GUSMÃO, Paulo Dourado de. Introdução ao estudo do
direito. 43.ed. Rio de4 Janeiro: Forense, 2010.
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LIMA, Hermes. Introdução a ciência do direito. 33.ed. Rio
de Janeiro: Freitas Bastos, 2002.