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INTRODUÇÃO AO ESTUDO

DO DIREITO
Leyla Carvalho
NORMA JURÍDICA

CARACTERÍSTICAS DA NORMA JURÍDICA

Não há uniformidade entre os autores sobre as características da norma jurídica, sendo as mais
presentes, na opinião da maioria, as seguintes:

a) Generalidade – é a primeira característica da norma jurídica. Prevê que o Direito deve possuir
caráter de ordem geral.

b) Bilateralidade – diferencia a norma jurídica das demais normas (morais, religiosas e sociais).
A norma jurídica tem como destinatários, o sujeito de direitos e o sujeito de obrigações.
Estabelecendo direitos e poderes para o primeiro e deveres e obrigações para o segundo.
c) Abstratividade – a norma é suscetível de várias interpretações, aplicando-se de acordo com as
necessidades de cada situação, muitas vezes, não previstas em lei.

d) Imperatividade – a norma impõem um comando ao regular a relação entre dois sujeitos. O dever
jurídico se consubstancia na obrigação de observar um determinado comportamento, sob pena de
cumpri-lo coativamente por força direta da norma (sanção).

e) Coercibilidade – o não cumprimento da norma jurídica acarreta uma sanção. A coercibilidade da


norma significa capacidade do uso de coação.
CLASSIFICAÇÃO DA NORMA JURÍDICA

As doutrinas oferecem várias classificações da norma jurídica. Todas são válidas, devendo ser
efetuadas segundo critérios, adotando-se a nomenclatura mais consagrada para cada uma delas.

Assim sendo, classificamos as normas em:

a) Normas imperativas e normas facultativas – as normas imperativas impõem de modo absoluto


sobre a vontade particular, não permitindo seu afastamento ou incidência em decorrência da vontade
particular. As normas facultativas permitem que as partes possam substituí-las pela vontade pactuada.
Exerce uma função de cooperação com a vontade do particular, só ocorrendo para suprir uma falta ou
deficiência da norma.

b) Normas gerais e normas locais – levam em consideração seu campo territorial de aplicação
(União, Estado e Município). Embora oriundas da mesma fonte de legislar, podem vigorar em todo país
ou só em parte dele.
c) Normas de ordem pública e normas de interesses privados – são de ordem pública as que visam
proteger interesses públicos, enquanto são de ordem privada aquelas que têm por objetivo regular interesses
privados.

d) Normas determinadas ou rígidas e normas indeterminadas, elásticas e flexíveis – essa divisão


fundamenta-se de acordo om o grau de determinação dos elementos da norma e na técnica de sua aplicação.
As normas rígidas não deixam os particulares apreciarem as circunstâncias dos casos concretos, nem graduar
suas consequências. Já as normas indeterminadas ou elásticas, os requisitos de sua ocorrência ficam mais ou
menos determinados, admitindo-se certa margem de apreciação dentro de certos limites, autorizados pela
própria norma.
e) Normas gerais e normas especiais – as normas gerais são destinadas a toda sociedade, a todas as
pessoas em geral. As normas especiais são destinadas a uma pessoa ou grupo.

f) Normas comuns e normas excepcionais – as normas comuns são determinadas pelos princípios
informadores do sistema jurídico. As normas excepcionais são criadas devido as circunstâncias excepcionais
são criadas devido as circunstâncias excepcionais ou para atender à proteção de determinadas categorias de
pessoas.
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