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Vamos, agora, dissecar o art. 114, I, da CF, visto que este representou uma AMPLIAÇÃO DA
COMPETÊNCIA MATERIAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO, bem como já foi objeto de ADI.
Portanto, após a EC 45/2004, passou a Justiça do Trabalho a ter competência para processar e
julgar qualquer relação de trabalho e não só a relação de emprego.
Podemos afirmar, portanto, que a relação de trabalho é gênero da qual a relação de emprego é
uma espécie. Em outras palavras, toda relação de emprego corresponde a uma relação de
trabalho, mas nem toda relação de trabalho corresponde a uma relação de emprego.
O conceito de relação de emprego, por sua vez, está disposto no art. 3º da CLT.
No tocante aos atos de império, como, por exemplo, a concessão de visto para entrada no país, a
imunidade é absoluta, logo são atos que não se sujeitam às decisões da Justiça do Trabalho
brasileira.
30 de janeiro de 2024
Por sua vez, com referência aos atos de gestão, praticados por Estados Estrangeiros, como é o
caso de contratação de trabalhadores, não há que se falar em "imunidade de jurisdição",
possuindo a Justiça laboral competência para processar e julgar demanda envolvendo estes
entes de direito público externo.
Todavia, permanece o entendimento da Suprema Corte de que estes entes de direito público
externo possuem "imunidade de execução"
SERVIDORES
O Min. Nelson Jobim concedeu liminar para suspender toda e qualquer interpretação dada ao
inciso I do art. 114 da CF, na redação dada pela EC 45/2004, que inclua, na competência da
Justiça do Trabalho, a apreciação de causas que sejam instauradas entre seus servidores e o
Poder Público, a este vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-
administrativo.
Por sua vez, a Súmula 137 do STJ menciona que compete à Justiça Comum Estadual processar e
julgar ação de servidor público municipal, pleiteando direitos relativos ao vínculo estatutário.
Já a Súmula 218 do STJ fixa a competência da Justiça dos Estados para processar e julgar ação de
servidor estadual decorrente de direitos e vantagens estatutários no exercício de cargo em
comissão.
O STF vem decidindo, reiteradamente, que, em caso de contratação temporária realizada pela
Administração Pública, mesmo que irregular, a competência para julgamento de eventual ação
não será da Justiça do Trabalho, mas sim da Justiça Federal ou Estadual.
O TST, por meio da Súmula 300, determinou que compete à Justiça do Trabalho processar e
julgar ações ajuizadas por empregados em face de empregadores relativas ao cadastramento no
Programa de Integração Social (PIS).
Também é competente a Justiça do Trabalho para apreciar reclamação de empregado que tenha
por objeto direito fundado em quadro de carreira
(Súmula 19 do TST)