A Neisseria meningitidis é a principal causa de meningite bacteriana no Brasil. Ela é um patógeno respiratório transmitido por contato direto entre pessoas. Após infectar a nasofaringe, pode se espalhar para o sangue e sistema nervoso central, causando inflamação nas meninges e sintomas como febre, dor de cabeça e rigidez na nuca. Vacinas conjugadas ajudam a prevenir a doença, embora possam causar efeitos colaterais leves.
A Neisseria meningitidis é a principal causa de meningite bacteriana no Brasil. Ela é um patógeno respiratório transmitido por contato direto entre pessoas. Após infectar a nasofaringe, pode se espalhar para o sangue e sistema nervoso central, causando inflamação nas meninges e sintomas como febre, dor de cabeça e rigidez na nuca. Vacinas conjugadas ajudam a prevenir a doença, embora possam causar efeitos colaterais leves.
A Neisseria meningitidis é a principal causa de meningite bacteriana no Brasil. Ela é um patógeno respiratório transmitido por contato direto entre pessoas. Após infectar a nasofaringe, pode se espalhar para o sangue e sistema nervoso central, causando inflamação nas meninges e sintomas como febre, dor de cabeça e rigidez na nuca. Vacinas conjugadas ajudam a prevenir a doença, embora possam causar efeitos colaterais leves.
No Brasil, a Neisseria meningitidis é a principal causa de meningite
bacteriana do tipo meningocócica. Ela é caracterizada como um patógeno respiratório, um diplococo imóvel que possui formato de feijão disposto, aeróbio, gram-negativo, e pertencente à família Neisseriaceae. Além disso, esta bactéria é oxidase-positiva, ou seja, através da fermentação da glicose e da maltose é capaz de produzir ácidos. Ademais, possui cápsula e fímbrias em sua estrutura, as diferenças antigênicas que cada bactéria apresenta em sua cápsula definem seu sorogrupo, que são divididos em 13, sendo os sorogrupos A, B, C, W135, X e Y as causas da maioria das doenças e da forma invasiva, tendo como consequência as epidemias (BRASIL, 2017; PEREIRA, 2014).
O hospedeiro natural da Neisseria meningitidis é o ser humano, tendo como
reservatório a nasofaringe e a orofaringe. Dessa maneira, a transmissão ocorre por contato direto, já que as bactérias ficam alojadas no trato respiratório superior, assim, são transmitidas de pessoa para pessoa por meio de secreções e gotículas rinofaríngeas, sendo favorecida por contato físico próximo, espirro, tosse e beijo. De forma geral, o contágio é cessado 24h após o início de tratamento eficaz, já o período de incubação varia de 1 a 10 dias (PEREIRA, 2014). Após a bactéria se alojar na nasofaringe e se fixar no local, ela penetra na mucosa e lança enzimas que clivam as moléculas de IgA locais, dessa maneira, o sistema de defesa do aparelho respiratório é agredido e os anticorpos são desativados. Posteriormente, as bactérias vão para a corrente sanguínea e são transportadas dentro de vacúolos fagocitários que são formados pelos glóbulos brancos do hospedeiro com intuito de combater a infecção. O ataque dos neutrófilos não é suficiente para eliminar as bactérias, que sobrevivem devido a presença de suas cápsulas. Sendo assim, seguem para o Sistema Nervoso Central atravessando a barreira hematoencefálica e atingindo o líquido cefalorraquidiano (LCR), um local que favorece a multiplicação dessas bactérias por não ter defesas e possuir muitos nutrientes. Logo após, as bactérias excretam componentes subcapsulares ativos como a endotoxina lipooligossacarídeos (LOS), como resposta imunológica as células de defesa do hospedeiro produzem interleucinas, nesse processo ocorre a inflamação das meninges e alteração no LCR provocando o quadro clínico principal desta doença (VASCONCELOS, et al, 2018).
Fatores de virulência e predisposição
O principal fator de virulência da Neisseria meningitidis é a cápsula
polissacarídica, que determina o sorogrupo infectante. Constituída por proteínas (Classe 1, 2, 3, 4 ou 5, de acordo com o peso molecular) e lipopolissacarídeos, esse fator reduz o aprisionamento dos patógenos pelo muco permitindo o acesso à superfície epitelial da nasofaringe e servindo como protetor contra a fagocitose dos anticorpos (CORDEIRO, 2013; PEREIRA, 2014).
Outros fatores de virulência importantes são os pilis, formados por
subunidades da proteína pilina. São estruturas projetadas na superfície celular que mediam de forma parcial a aderência do microrganismo à mucosa da nasofaringe, Além disso, podem se envolver na troca de material genético. Ademais, é possível que sofram variações antigênicas, nas quais os genes pili, com ao menos 20 cópias por célula, se recombinam para a produção de novos tipos antigênicos (OLIVEIRA, 2004).
Manifestação de sinais e sintomas
Os sinais e sintomas que normalmente são causados pela meningite
bacteriana estão relacionados à cefaléia, letargia, calafrios, rigidez da nuca, febre, erupção cutânea petequial, vômitos e até sinais neurológicos focais e convulsões. É possível que os pacientes tenham antecedentes respiratórios ou infecção sinusal que podem agravar os sintomas. Ademais, a cefaléia e a dor na nuca se sobressaem e estão associadas à fotofobia, náusea e vômitos.
Pode ocorrer herpes labial e conjuntivite. De início, o paciente encontra-se
irritadiço e quando é uma criança existe um choro agudo e forte. Ao passar do tempo ocorre a turvação da consciência, com possibilidade de evoluir para torpor ou coma. Além disso, as crises convulsivas são sinais precoces, sobretudo em crianças, e os sinais neurológicos focais são mais raros. É perceptível que o pulso do paciente fica rápido e a frequência respiratória aumenta, ocorrendo, também, aumento de pressão intracraniana e saliência da fontanela anterior (SANTOS, 2007).
Por outro lado, as vacinas conjugadas modificam a resposta imune. Existem
três disponíveis no Brasil contra o sorogrupo C, duas com o polissacarídeo meningocócico conjugado à toxina mutante diftérica e uma que o polissacarídeo é conjugado ao toxóide tetânico. A última demonstrou imunogenicidade superior em crianças, possivelmente por estimular melhor o carreador toxóide tetânico e aumentar a produção de anticorpos. Essas vacinas são indicadas para todas as idades, inclusive para lactentes. Porém, também possuem alguns efeitos adversos como eritema e edema no local de aplicação e em bebês e crianças pode ocorrer choro, irritabilidade e sonolência. Em menor frequência pode ocorrer febre e náuseas (SANTOS, 2007).