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assim como o pensamento abstrato, que afasta as pessoas das experiências

humanas concretas para conduzi-las ao campo da ficção ideológica.

"Por Orientalismo quero dizer várias coisas, todas, na minha opinião,


interdependentes. A designação mais prontamente aceita para o orientalismo é
acadêmica, e certamente, o rótulo ainda tem serventia em várias Instituições
acadêmica conota a atitude arrogante do colonialismo europeu do século XIX...
Como autoridade principal. O ponto é que, ainda que não sobreviva como
antigamente, o orientalismo continua a viver na academia por meio de suas
doutrinas e Teses sobre o Oriente e o Oriental"( SAIO, p.28)

O Orientalismo imprime uma forma de interferir na cultura e sentido de viver


do outro através da alteridade e de uma ambivalência criada no senso comum, tanto
de quem orienta como de quem é orientado. São formas redutoras da história, são
abstrações criadas que acabam afastando as pessoas das experiências humanas
concretas para conduzí-las ao campo da ficção ideológica, que tem por finalidade a
conquista e a dominação.

Para Said tanto o Orientalismo como o anti-semitismo moderno tem raízes


comuns. Said passou 35 anos defendendo o povo Palestino, mas sempre atento ao
povo judeu pelo que sofreu em matéria de perseguição e genocídio, assim como,
sempre tentou dar um sentido igualitário ao povo Israelense, em sentido de
coexistência, visando um objetivo humano.

Para Said, que se considerava humanista, o Humanismo deve estar


relacionado ao interesse de entender a cultura do outro, da intuição subjetiva dos
indivíduos, tem sentido filosófico, amplo e não fragmentado. Diferente do
Humanismo Estruturalista que preferem direcionar sua ação política em nome de
uma coletividade.

Said chama atenção para a cultura do livro baseado em pesquisas de


arquivos que desapareceram. O mundo moderno criou a denominação de
inimigo desconhecido, onde são criadas etiquetas de "terroristas", com o objetivo ae
manter as pessoas mobilizadas e enraivecidas. Etiquetas que são se p e
exploradas em épocas de crise pela mídia, principalmente pelos Estadunidenses.

É importante destacar que·os EUA fala em nome de um Estado-nação capaz


de proteger a humanidade da agressividade do Oriente Médio. Há uma conotação
carregada de um sentimento abstrato em nome da segurança mundial.
Para Said é preciso um humanismo centrado na ação da individualidade e da
intuição subjetiva humana. Said termina o prefácio dizendo que é preciso mergulhar
no campo profano e suas variedades, mas não exclui o poder. Pelo contrário. O
autor enaltece o campo ciberespaço (cibernético) aberto a todos os usuários de
maneira jamais sonhada. Neste momento Said posiciona a Guerra do Iraque como
sendo um ·marco importante para o surgimento de comunidades alternativas pelo
mundo afora (p.26), através de iniciativas ambientais, direitos humanos, libertárias,
etc, que unem .a todos. O Movimento Zapatista no México talvez seja u�_Q!.Jtro_beJo
exemplo, onde há uma luta independente entre índios, nativos, membros de igrejas
contra o Estado.

O Orientalismo Europeu situa os Franc�ses e os Britânicos, mas também em_


menor medida os Alemãs, Russos, Espanhóis, Portugueses, Italianos e os Suiços -
O Oriente vai ser o lugar da experiência, assim como o lugar das mais antigas e
ricas colônias européias, a fonte de suas civilizações e línguas. O Orientalismo .
europeu representa �em parte aspectos culturais, ideológicos, o discurso das
instituições, da imagem, da burocracia, dos estilos coloniais (Oriente). O Oriente
ajudou a definir a Europa ou o Ocidente. (p.28). Por isso há uma relação menos
densa entre Europa e Oriente em relação aos E.U.A. e Oriente. ;x
O Essencialismo:

As primeiras idéias essencialistas foram defendidas por Aristóteles, mas


caíram em desgraça com o nascimento da ciência moderna; tais idéias foram
"condenadas por associação pecaminosa", isto é, por estarem de algum modo
relacionado com a metafísica medieval, considerada incompatível com a ciência
moderna. Quine condena o essencialismo em parte por causa deste
preconceito, e em parte porque o essencialismo pressupõe a noção de que o
mundo tem uma natureza independente do modo como o pensamos ou
descrevemos (realismo), ao qual Quine se opunha igualmente.

Quine opõe-se ao essencialismo por considerar que as coisas nãe têm em si


mesmas propriedades essenciais ou acidentais; tudo depende da maneira como as
descrevemos. Para provar esta tese, Quine apresenta os famosos argumentos do
ciclista matemático e dos planetas.

Para certas teorias pós-estruturalistas, o Essencialismo, é, sobretudo, quando


se impõe um sentido que já dito pela intenção do autor do texto. O sentido do texto

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