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Tratado de Lisboa:

Assinatura: (Luana)

• O Tratado de Lisboa é um documento com acordo e termos elaborados pelos países-


membros da União Europeia que pretende reformar ou alterar determinadas
características legislativas do bloco.

• Após seis anos de debate, o tratado foi concluído em 2007, quando foi assinado pela
maioria dos países europeus e entrou em vigor a partir de 2009.Este tratado ganhou
uma maior repercussão em virtude das polêmicas e dos debates intensos realizados
em torno de sua realização.

Contexto: (Luana)

Na Declaração de Laeken de dezembro de 2001, a UE comprometeu-se a melhorar


a democracia, transparência e eficiência, e a definir o processo pelo qual uma
nova Constituição fosse criada. . A Convenção Europeia foi criada, com o objectivo de produzir
um primeiro projeto de Constituição. A Constituição, tendo sido acordada pelos chefes de
Governo dos 25 Estados-membros, foi assinada numa cerimónia realizada em Roma, em 29 de
outubro de 2004. Antes que pudesse entrar em vigor, no entanto, teve que ser ratificada por
cada Estado-membro. A ratificação tomou formas diferentes em cada país, dependendo das
tradições, disposições constitucionais e processos políticos. O Conselho Europeu de outubro,
liderado pelo Primeiro-ministro de Portugal e Presidente em exercício do Conselho
Europeu, José Sócrates, constituído por juristas de todos os Estados-membros, acertaram e
aprovaram as versões finais do Tratado. Durante o conselho, ficou claro que o Tratado
Reformador seria chamado Tratado de Lisboa porque a sua assinatura terá lugar em Lisboa,
sendo Portugal o titular da presidência da União Europeia no momento.

Finalidade: (Anita)

• Muitos cidadãos, por outro lado, têm vindo a criticar o Tratado de Lisboa,
principalmente as populações mais nacionalistas, isto porque há um grande temor de
enfraquecimento exacerbado dos Estados-nações em detrimento do fortalecimento
do bloco. Com isso, muitas pessoas temem deixar de ser consideradas portuguesas,
inglesas, francesas, por exemplo, e passarem a serem simplesmente europeias. A
população da Irlanda, por esse motivo, chegou a reprovar o Tratado de Lisboa em
referendo no ano de 2008, aprovando-o apenas no ano seguinte, quando os termos
foram mais bem explicitados pelas autoridades. A República Checa e a Polônia
também demonstraram resistência em assinar o acordo com os termos em questão.

• Talvez esse seja um dos principais problemas não somente desse tratado, mas
também da própria União Europeia. A grande questão é que, enquanto a maioria das
nações e grupos étnicos procura a sua soberania e independência, proporcionando
uma maior fragmentação de territórios, a UE corre justamente no caminho contrário,
que é o da integração entre diferentes fronteiras. O Tratado de Lisboa, em resumo,
proporcionou a realização de mais um longo passo nessa direção.

Objetivos: (Anita)

• O primeiro e principal objetivo é o fortalecimento do Parlamento Europeu, bem como


dos parlamentos nacionais, que poderão tomar ações em conjunto desde que
decididas em comum acordo pela maioria dos membros. Dessa forma, o
funcionamento do Conselho Europeu ocorre através da aprovação de decisões
mediante o voto favorável de pelo menos 55% dos parlamentos nacionais com a
representação de 65% da população.

• Um segundo aspeto é o aumento do poder político dos cidadãos do bloco que poderão
intervir e solicitar alterações político-burocráticas, desde que organizados em grupos
com uma quantidade de pessoas superior a um milhão de indivíduos com cidadania
reconhecida.

• Um outro ponto, que vem gerando muitas discussões, é a possibilidade de saída do


bloco. Antes esse direito não era garantido aos países-membros que, a partir de então,
poderão se retirar da União Europeia apenas com aprovação interna, não sendo
necessário justificar a sua retirada às demais nações. Com as recentes crises
econômicas que vêm dominando o mercado europeu, muito se questiona se alguns
dos países não pensarão em se ausentar do grupo, lembrando que, para isso
acontecer, é necessário um aviso prévio de um ano.

Principais mudanças: (Cauã)

As mudanças incluíram o aumento de decisões por votação por maioria qualificada no


Conselho da União Europeia, o aumento do Parlamento Europeu, no processo legislativo
através da extensão da co-decisão com o Conselho da União Europeia, a eliminação dos Três
Pilares e a criação de um Presidente do Conselho Europeu, com um mandato mais longo, e um
Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança,
apresentando uma posição unida sobre as políticas da UE. O Tratado também fez com que a
Carta da União em matéria de direitos humanos, a Carta dos Direitos Fundamentais, se
tornasse juridicamente vinculativa.
• Presidência fixa do Conselho Europeu: o Tratado de Lisboa criou
a figura do Presidente do Conselho Europeu, nomeado pelos diri-
gentes nacionais dos Estados-Membros (2 anos)

• Presidência rotativa do Conselho da União Europeia:

• Regra da maioria qualificada: para uma medida ser aprovada é


necessária a concordância de 55% dos países da UE, percentagem
essa que deve, também, representar 65% da população.

• Redução do direito de veto: restringido em mais de 30 áreas.

• Saída da União Europeia: foi o Tratado de Lisboa que introduziu


a possibilidade de saída de um Estado-Membro da União Europeia.

• Redução do número de eurodeputados: o Parlamento Europeu


após o Brexit passou a ter 705 eurodeputados mais um (o seu Pre-
sidente).

• Criação do cargo do Alto-Representante da União Euro-


peia para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança.

• Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia:

• Iniciativa de Cidadania Europeia:


• Personalidade jurídica própria da UE: a União passa a ter capaci-
dade para aderir a organizações internacionais e os seus Estados-
Membros só podem celebrar acordos internacionais que estejam
em conformidade com o direito da UE.

• Organização dos poderes da União Europeia em três tipos de


competência: competência exclusiva, competência partilhada e
competências de apoio.

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