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REPERTÓRIO SOCIOCULTURAL REDAÇÃO

EIXO TEMÁTICO EDUCAÇÃO

SUGESTÃO DE REPERTÓRIO SOCIOCULTURAL PARA DESENVOLVIMENTOS

CITAÇÕES:

1) “A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.” (Nelson
Mandela)

🧐Quem foi Mandela?


Nelson Mandela (1918-2013) foi presidente da África do Sul. Foi o líder do movimento contra o Apartheid
- legislação que segregava os negros no país. Condenado em 1964 à prisão perpetua, foi libertado em
1990, depois de grande pressão internacional.

🏆Em 1993, Nelson Mandela e o presidente assinam uma nova Constituição sul-africana, pondo fim a
mais de 300 anos de dominação política da minoria branca, preparando a África do Sul para um regime
de democracia multirracial. Nesse mesmo ano, recebem o Prêmio Nobel da Paz, pela luta em busca dos
direitos civis e humanos no país.
https://www.ebiografia.com/nelson_mandela/

2) “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.”
(Paulo Freire)

🧐 Quem foi Paulo Freire?


✍ Paulo Freire defendia que a desigualdade entres as classes sociais acarretava na opressão das
classes mais abastadas sobre as classes populares. Nascido em uma das regiões mais pobres do país,
ele experimentara essa realidade.

✍ Em sua trajetória, defendeu o ensino como forma de despertar a criticidade do aluno, fazendo com
que o mesmo buscasse a ampliação de sua consciência social e conseguisse atingir à autonomia.
✍ Seus pensamentos fizeram com que Paulo Freire fosse visto como subversivo durante a Ditadura
Militar e, como consequência, foi exilado e só pode voltar ao país após 16 anos.
✍ Esse teórico era assumidamente defensor de que a educação deveria ser prática de liberdade, sendo
inclusive esse o título um de seus livros mais importantes, “Educação como prática da liberdade” que foi
escrito enquanto ele estava exilado.
Fonte: https://escoladainteligencia.com.br/

3) “A argila fundamental de nossa obra é a juventude. Nela depositamos todas as nossas


esperanças e a preparamos para receber ideias para moldar nosso futuro.” Che Guevara
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4) “Estamos diante de um desafio político importante, já que o elevado desemprego e
informalidade configuram um quadro de desalento e falta de oportunidades que pode
comprometer a trajetória futura dos jovens no Mercado”. Guilhermo Dema

5) “A dificuldade de entrar no mercado torna mais difícil o ganho de experiência e isso afeta
principalmente os mais jovens. Períodos de crise têm impactos de longo prazo na vida dos
trabalhadores.” Eduardo Zylberstajn

DADOS ESTATÍSTICOS:
Segundo uma pesquisa do CyberHandbook, cerca de 80% dos pais não sabem o que os filhos acessam
na internet. E os perigos? Esses são muitos. Casos de pedofilia, extorsão e cyberbullyng são os mais
preocupantes. Fora os conteúdos impróprios para a faixa etária da criança e até jogos macabros, como o
jogo da Baleia Azul, que ficou conhecido por propor diversos desafios perigosos até chegar na última
fase em que incentivava suicídio.
https://olhardigital.com.br/2019/07/12/videos/controle-parental-como-garantir-um-ambiente-seguro-para-seus-filhos-na-internet/

INTERVENÇÃO
1) Se os problemas são grandes, a boa notícia é que hoje existem diversas ferramentas de controle
parental. Gigantes como a Apple e a Microsoft já contam com configurações na sua própria plataforma
que garantem segurança para crianças. O Painel de Controle de Pais do Mac ajuda a monitorar
conteúdos e aplicativos para um usuário específico. Em termos de tempo e uso, esta é uma ótima
ferramenta para limitar o acesso dos filhos a internet. Você pode configurar filtros, além de limitar a
transação de e-mails e mensagens de iChat. O Windows conta com um programa chamado Windows
Family Safety, que é uma ferramenta usada para manter a criança longe de algum conteúdo online
inapropriado. Você pode adicionar e tirar sites específicos e definir níveis de filtragens. A McAfee,
fabricante de ferramentas de segurança, também tem uma proposta interessante. Ela desenvolveu o
Macfee Safe Eyes que funciona tanto para o Mac quanto para Windows. Com o aplicativo, dá para
bloquear sites, vídeos e limitar o uso de redes sociais. Mas, e se mesmo assim, você se deparar com um
problema? O que fazer? Crimes virtuais acontecem diariamente e o número de novos casos tem
crescido. Apesar do cenário desafiador, tem mais boa notícia nessa história: mesmo as gerações mais
novinhas já sacaram a importância de estar protegido no mundo virtual. O capítulo final todo mundo
talvez já conheça: a chave para qualquer boa convivência está na comunicação. Mas, como estamos
aqui para ajudar, não custa lembrar as ferramentas que já falamos, como o aplicativo FamilyLink, do
Google, o programa McAfee Safe Eyes e os recursos do próprio Windows e MAC. O NetNanny é bem
popular. Ele emite alertas e notificações customizadas e fornece uma excelente ferramenta de
monitoramento de mídia social.

2) O controle parental é um mecanismo utilizado pelos adultos para controlar o acesso que as crianças
podem ter a diferentes sites, sistemas operativos ou computadores. Através do controle parental,
podemos monitorar a navegação, restringir conteúdos impróprios para menores e bloquear páginas ou
usuários que possam ser uma ameaça para as crianças. Além disso, é possível definir limites de tempo
para que as crianças fiquem com o computador ligado, evitar que joguem e acessem alguns aplicativos

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ou que executem determinados programas. Por exemplo, quando você faz login na sua conta Netflix e
quer deixar seu filho assistindo programas ou filmes, escolha a opção Kids para que eles só vejam
conteúdos apropriados para a sua idade. Se você estiver em uma rede social como o Facebook, Twitter
ou Instagram e ver uma publicação que não é adequada para uma criança, pode denunciá-la e o
conteúdo desaparecerá da linha do tempo.

ECA – 1990.
Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem
discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença,
deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente
social, região e local de moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a
comunidade em que vivem. (incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)

PROGRAMAS
1. Jovem Aprendiz – 2000.
A Lei 10.097/2000 afirma que empresas de médio e grande porte devem contratar jovens com idade
entre 14 e 24 anos como aprendizes. O contrato de trabalho pode durar até dois anos e, durante esse
período, o jovem é capacitado na instituição formadora e na empresa, combinando formação teórica e
prática.

2. PRONATEC – 2011.
O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) foi criado pelo Governo
Federal em 2011, por meio da Lei nº 12.513, com a finalidade de ampliar a oferta de cursos de Educação
Profissional e Tecnológica (EPT), por meio de programas, projetos e ações de assistência técnica e
financeira.
MAIS EM : http://portal.mec.gov.br/pronatec

3. Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego (PNPE) – 2003.


Em outubro de 2003, o governo federal lançou o Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego
de Jovens (PNPE), tendo como principal objetivo promover a inserção produtiva de jovens de 16 a 24
anos, que provêm de famílias de baixa renda e que, além disso, apresentam pouca escolaridade.

INCLUSÃO SOCIAL

1)
A prática de esportes não é apenas um símbolo de cuidado com a saúde. Os esportes têm sido, cada
vez mais, uma ferramenta de integração e inclusão social. Nos últimos anos é expressivo o aumento de
alunos e de projetos esportivos destinados aos jovens das classes populares, financiados ou não por
instituições governamentais e privadas. Durante a prática esportiva, crianças e jovens aprendem muito
mais que as técnicas que envolvem o esporte. Aprende-se a ter respeito pelas regras e pelos outros
jogadores, agregam-se o entendimento, o convívio com o coletivo, a resoluções de conflitos, o esforço e
responsabilidade.

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http://www.blogdojanguie.com.br/educacao-e-esportes-poderosas-ferramentas-de-integracao/

2)
Art. 1o É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com
Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e
das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.
BRASIL. Código Penal. Disponível em: http://www.planalto.gov.br. Acesso em: 13 maio 2017
(fragmento).
3)
O Estatuto da Pessoa com Deficiência, que traz regras e orientações para a promoção dos direitos e
liberdades dos deficientes com o objetivo de garantir a essas pessoas inclusão social e cidadania, entrou
em vigor. Oficialmente denominada "Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência", a nova
legislação garante condições de acesso à educação e à saúde e estabelece punições para atitudes
discriminatórias.
Disponível em: http://www.brasil.gov.br. Acesso em: 13 maio 2017 (adaptado).

4)
Os conceitos de acessibilidade e inclusão social estão intrinsecamente vinculados. No senso comum,
acessibilidade parece evidenciar os aspectos referentes ao uso dos espaços físicos. Entretanto, numa
acepção mais ampla, a acessibilidade é condição de possibilidade para a transposição dos entraves que
representam as barreiras para a efetiva participação de pessoas nos vários âmbitos da vida social. A
acessibilidade é, portanto, condição fundamental e imprescindível a todo e qualquer processo de inclusão
social, e se apresenta em múltiplas dimensões, incluindo aquelas de natureza atitudinal, física,
tecnológica, informacional, comunicacional, linguística e pedagógica, dentre outras. É, ainda, uma questão
de direito e de atitudes: como direito, tem sido conquistada gradualmente ao longo da história social; como
atitude, no entanto, depende da necessária e gradual mudança de atitudes perante às pessoas com
deficiência. Portanto, a promoção da acessibilidade requer a identificação e eliminação dos diversos tipos
de barreiras que impedem os seres humanos de realizarem atividades e exercerem funções na sociedade
em que vivem, em condições similares aos demais indivíduos.
Conceito de Acessibilidade. Disponívem em: http://www.ufc.br. Acesso em: 13 maio 2017 (fragmento).

5) O que é CAPACITISMO?

De forma resumida, podemos definir o capacitismo como uma atitude preconceituosa e discriminatória que
vê a pessoa com deficiência inapta para o trabalho e incapaz de cuidar da própria vida.

É preciso deixar claro que o cérebro cria alguns preconceitos para se defender. Por exemplo, ele sabe que
um tigre pode ser mortal, por isso te impede de se aproximar do animal. Seguindo esse raciocínio, a
sociedade ainda cultiva alguns preconceitos inconscientes em relação as pessoas com deficiência, da
mesma forma que o cérebro faz com o tigre.

Muita gente exclui ou afasta quem é diferente e não segue um padrão. No entanto, a partir do momento

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que se tem consciência de que ser diferente é normal, essa atitude de exclusão deve deixar de existir.

Quando o preconceito se torna explícito e consciente, com a intensão de excluir, afastar e ofender as
pessoas com deficiência, por esses serem considerados “inferiores ou incapazes” ocorre a discriminação,
conforme a Lei Brasileira de Inclusão, deixa de ser uma simples ofensa e se torna um crime, previsto na
legislação e com suas penalidades.

Dentre as leis que estabelecem algum tipo de crime contra as pessoas com deficiência está o Código
Penal e a Lei Brasileira de Inclusão. Essa última trata melhor o crime de capacitismo e impõe penalidades
contra ele.
Dentre os crimes cometidos, podemos citar: discriminar uma pessoa por conta de sua deficiência – isso
resulta em uma pena de reclusão de um a três anos e pagamento de multa, podendo a reclusão ter o seu
período aumentando dependendo das condições em que o crime foi praticado.

Somente com a mudança do pensamento da sociedade e com o conhecimento sobre o que é a deficiência
será possível acabar com o preconceito e com atitudes capacitistas.

https://talentoincluir.com.br/emprego/o-que-significa-o-capacitismo-para-pessoas-com-deficiencia/

ABANDONO PATERNO

LEGISLAÇÃO:
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990.

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.

Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e
adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre
dezoito e vinte e um anos de idade.

Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana,
sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios,
todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral,
espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.
Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem
discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença,
deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente social,
região e local de moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em
que vivem. (incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)

Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com
absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao
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esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência
familiar e comunitária.

Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:

a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;


b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;
c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à
juventude.

Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou
omissão, aos seus direitos fundamentais.

Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências
do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do
adolescente como pessoas em desenvolvimento.

GUARDA COMPARTILHADA –
Com a modificação introduzida pela Lei 13.058/2014, o § 2º do artigo 1.583 do Código Civil em
vigência, passou a dispor que “Na guarda compartilhada, o tempo de convívio com os filhos deve
ser dividido de forma equilibrada com a mãe e com o pai, sempre tendo em vista as condições fáticas
e os interesses dos filhos”.
https://ibdfam.org.br/artigos/1339/

Antes da nova legislação, a guarda compartilhada era apenas aplicada, na prática, em casos excepcionais
– por conta de uma lei de 2008 que dava margem para outras interpretações e restringia a modalidade.
Pais que ainda estavam em sérios conflitos pelo divórcio ou que morassem em cidades diferentes já eram
impeditivos, por exemplo.

PENSADORES:
1. Filósofo Jean-Paul Sartre dissertou acerca do comportamento coletivo e de como é importante para
alcançar o progresso e o bem-estar social.
2. De acordo com Freud, intitulado pai da psicanálise, experiências vividas na infância, influenciam
durante toda a vida.
3. Para o sociólogo alemão Max Weber, a família é uma das instituições de maior relevância, pois é
nela que o indivíduo inicia sua socialização.
4. Zygmunt Bauman – sociólogo polonês – desenvolveu o conceito de que na pós-modernidade as
relações sociais são líquidas, ou seja, frágeis. Tal pensamento pode ser relacionado à ausência de
vínculos na conteporaneidade.
5. Para Émile Durkheim, psicólogo e sociólogo francês, considerado o fundador da sociologia,
quando o Estado não consegue promover sua coercitividade e o cumprimento das leis, a sociedade
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entra em "Anomia" e comportamentos irresponsavéis como o abandon se perpetuam.

FILMES | SÉRIES | DOCUMENTÁRIOS |OBRAS


1. O uso do documentário “Meninas” para abordar a gravidez na adolescência e abandon afetivo.
2. "Capitães de Areia", obra de Jorge Amado, retrata a posição ocupada por um grupo de meninos
abandonados por suas famílias e que passam a morar na rua. Apesar de seu caráter ficcional, a
história sintetiza a realidade de muitas crianças no Brasil e o abandono parental constitui-se como um
comportamento crescente, principalmente, entre os homens.

3. A série “The vampire Diaries”, da emissora CW, relata como o adolescente Matt Donavan viveu
apenas com a mãe, durante toda sua infância e adolescência, após ser abandonado pelo pai.
4. O seriado musical “Crazy Ex Girlfriend” retrata a história de uma jovem que enfrenta as
adversidades psicológicas da vida adulta, tendo a raíz no abandono que sofreu pelo pai.
5. A série norte americana "Jane The Virgen" exemplifica como a falta do pai na vida da personagem
principal sempre foi uma questão delicada.
6. “Todos nós, cinco milhões” é um longa brasileiro de gênero híbrido, misto de documentário e
ficção, dirigido por Alexandre Mortagua, da produtora O Baile Filmes. O filme parte de um dado de
realidade bastante sensível sobre como se dá a parentalidade no Brasil, a informação do CNJ
(Conselho Nacional de Justiça) que revela: mais de 5,5 milhões de crianças não são reconhecidas
pelo pai no país. O abandono paterno configura um problema social, que sobrecarrega as mulheres,
reforça a culpabilização materna por nunca conseguirem dar conta da tarefa complexa que é educar
um filho e, sobretudo, prejudica as crianças.

EDUCAÇÃO NÃO PRESENCIAL NO BRASIL

Texto 1

Entre os problemas enfrentados pelo Brasil, está o abandono escolar, que pode vir a ser intensificado pela
pandemia da covid- 19. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgada pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019, dos 50 milhões de brasileiros entre 14 e 29
anos de idade, 20%, ou seja, 10,1 milhões, não completaram alguma das etapas do ensino fundamental
ou médio. Seja por nunca terem frequentado ou pelo abandono causado pela necessidade de trabalhar,
gravidez ou desinteresse em relação às aulas. Para a especialista em alfabetização, professora Filomena
Elaine Paiva, da FFCLRP, o abandono escolar, que acontece desde as escolas públicas até as
particulares, é refletido diretamente no analfabetismo funcional. Segundo a professora, faltam políticas
públicas que capacitem as redes de ensino para recuperar os estudantes que abandonaram os estudos e,
consequentemente, o fracasso escolar. “Vai ser preciso um trabalho bastante sério com a alfabetização, a
leitura, a escrita e a produção textual a fim de que esses índices sejam revertidos”, afirma.

https://jornal.usp.br/atualidades/escolas-brasileiras-ainda-formam-analfabetos-funcionais/

Texto 2

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Com a pandemia causada pelo novo Coronavírus, um número expressivo de escolas no mundo todo teve
suas atividades presenciais suspensas. Professoras e professores, agentes fundamentais no processo
educacional, viram-se, de um momento para outro, tendo que atuar diante de um contexto de
excepcionalidade, e alternativas passaram a ser adotadas com o objetivo de reduzir o prejuízo
educacional e a preservação do direito à educação. No Brasil, 81,9% dos alunos da Educação Básica
deixaram de frequentar as instituições de ensino. São cerca de 39 milhões de pessoas. No mundo, esse
total soma 64,5% dos estudantes, o que, em números absolutos,

representa mais de 1,2 bilhão de pessoas, segundo dados da UNESCO. Duas questões ganharam
destaque no debate nacional: garantir que os estudantes não sejam prejudicados em seu processo de
escolarização e evitar o acirramento das desigualdades de acesso e de oportunidades.

https://www.fcc.org.br/fcc/educacao-pesquisa/educacao-escolar-em-tempos-de-pandemia-informe-n-1

FILMES

Corrida para lugar nenhum, de Vicky Abeles (2010)

Documentário mostra como a pressão da escola e da família para que os jovens sejam bem-sucedidos traz
traumas psicológicos irreversíveis. O filme faz uma crítica à cultura da competitividade e da alta
performance vigente na educação dos Estados Unidos. Filme 2

Pro dia nascer feliz, de João Jardim (2006)

Trata-se de um diário de observação da vida de adolescentes no Brasil em escolas públicas e particulares


de São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. O documentário flagra as angústias e inquietações dos alunos
e como eles se relacionam no ambiente fundamental para sua formação. Filme 3

The Wall, de Alan Parker (1982)

Com o roteiro escrito por Roger Water, ex-Pink Floyd, “The Wall” faz uma crítica ao ensino voltado somente
para a acumulação de conteúdo, sem relacioná-lo com a rotina dos alunos, e também à opressão muitas
vezes exercida por professores autoritários.

ANALFABETISMO FUNCIONAL

Texto 1-

Entre os problemas enfrentados pelo Brasil, está o abandono escolar, que pode vir a ser intensificado pela pandemia da
covid- 19. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) em 2019, dos 50 milhões de brasileiros entre 14 e 29 anos de idade, 20%, ou seja, 10,1
milhões, não completaram alguma das etapas do ensino fundamental ou médio. Seja por nunca terem frequentado ou
pelo abandono causado pela necessidade de trabalhar, gravidez ou desinteresse em relação às aulas. Para a
especialista em alfabetização, professora Filomena Elaine Paiva, da FFCLRP, o abandono escolar, que acontece desde
as escolas públicas até as particulares, é refletido diretamente no analfabetismo funcional. Segundo a professora, faltam
políticas públicas que capacitem as redes de ensino para recuperar os estudantes que abandonaram os estudos e,
consequentemente, o fracasso escolar. “Vai ser preciso um trabalho bastante sério com a alfabetização, a leitura, a
escrita e a produção textual a fim de que esses índices sejam revertidos”, afirma.
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https://jornal.usp.br/atualidades/escolas-brasileiras-ainda-formam-analfabetos-funcionais/

Texto 2 -

Classificação da Alfabetização

O Indicador de Analfabetismo Funcional (Inaf) abrange a alfabetização em quatro diferentes níveis. Estes são:
 Analfabetos: pessoas incapazes de ler, escrever e reconhecer símbolos ou signos escritos;
 Alfabetizados em nível rudimentar: capacidade de ler e escrever palavras simples (geralmente monossílabos
e dissílabos) e alguns números;
 Alfabetizados em nível básico: capacidade ler, escrever e compreender palavras, locuções e formações
frasais. Capacidade, ainda, de aplicar conhecimentos matemáticos e interpretação de gráficos;
 Alfabetizados em nível pleno: nível de escrita, leitura e interpretação aguçados, bem como o entendimento
aprofundado dos números;

A partir desta disposição, o Inaf considera os dois primeiros (Analfabetos e Alfabetizados em nível rudimentar) como
analfabetismo funcional. Por outro lado, os dois últimos estariam adequadamente alfabetizados.

Texto 3-

Causas do Analfabetismo Funcional

O analfabetismo funcional está ligado a algumas causas pontuais. Entre estas causas, podem ser destacadas:
 Ensino Básico de baixa qualidade
 Ineficiência no sistema de alfabetização atual;
 Prezar pelo significado das palavras e não pelo contexto;
 Ausência de campanhas de incentivo à leitura;
 Descaso do governo para com a educação;
 Falta de políticas públicas para o oferecimento de oficinas, cursos ou minicursos de leitura e interpretação;

Texto 4-
Como solucionar?
As medidas são sutis e a evolução é gradual. De uma perspectiva micro, o investimento na educação básica deveria ser
prioridade. Contudo, a distância entre governo federal e os estados e municípios (que ministram o dinheiro público
destinado às escolas de ensino básico) é imensa.
Por esse motivo, a federalização da educação básica deveria ser a prioridade. Isso se deve ao fato de observação
rápida dos Institutos Federais (os IF’s). O funcionamento se assemelha a uma Universidade, e sua qualidade é
inquestionável.
Além de elevar o nível do ensino, a proximidade do Governo Federal com as escolas seria maior. Apesar da igual
dificuldade nesta resolução, uma vez que seriam escolas em demasia para um controle, o segredo é incentivo.
Ao menos por hora, incentivar a leitura, o entendimento do contexto e o escanteio para o significado. A real solução
para a extinção do analfabetismo funcional, segundo o pedagogo Paulo Freire, é ensinar o contexto de uma palavra,
jamais apenas seu significado.
Limitar uma sentença ao significado é limitar a capacidade de interpretação, este o real ponto a corrigir do
analfabetismo funcional.

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Texto 5-
O que é analfabetismo
Analfabeto é qualquer pessoa que não conheça o alfabeto ou que não saiba ler e escrever, e analfabetismo, a condição
de quem não conheça o alfabeto ou não saiba ler e escrever, segundo o glossário Ceale da UFMG. A taxa de
analfabetismo medida pelo IBGE é o porcentual de pessoas que não sabem ler e escrever pelo menos um bilhete
simples, no idioma que conhecem, na população total residente da mesma faixa etária, em determinado espaço
geográfico, no ano considerado.

Texto 6-
O que é analfabetismo funcional
Analfabeto funcional é a pessoa que sabe ler e escrever, mas é incapaz de entender ou interpretar um texto que acabou
de ler. O termo analfabetismo funcional está relacionado ao uso prático da linguagem pra fins específicos e tarefas
cotidianas. Para o IBGE, a taxa de analfabetismo funcional é a porcentagem de pessoas de uma determinada faixa
etária que tem escolaridade de até 3 anos de estudo em relação ao total de pessoas na mesma faixa etária. Há uma
outra medição, criada pela ONG Ação Educativa, o Índice Nacional de Analfabetismo Funcional (Inaf), feita em parceria
com o Ibope. O Inaf 2018 apontou que cerca de 30% dos brasileiros entre 15 e 64 anos são analfabetos funcionais.

Texto 7-
Dados e metodologia
Os dados de analfabetismo no Brasil são medidos trimestralmente pela PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios) do IBGE, questionário que investiga características socioeconômicas da sociedade. A partir de
2016, a PNAD começou a incluir o módulo anual de educação. Veja aqui as tabelas com o resultados completos de
2018 da PNAD Educação.

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