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PETIÇÃO INICIAL

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREIRO DO TRABALHO DA xxx VARA DO


TRABALHO DE ARACRUZ/ES

DUÍLIO, nacionalidade, estado civi, profissão, portador da cédula de identidade RG n° xxx, e do


CPF n° xxx, residente e domiciliado na Rua xxx, N°, Bairro. CEP xxx, Sorocaba/SP, por seu
advogado infra-assinado, vem respeitosamente à Vossa Excelência com fulcro no Artigo 840 da
CLT, propor

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

Em face da FÁBRICA DE CELULOSE PAPERLUZ, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ n° xxx,
localizada na Rua xxx, n° xx, Bairro, CEP xxx, Aracruz/ES, representado por XXX, pelos fatos e
fundamentos a seguir.

I – DOS FATOS

DUÍLIO foi contratado em janeiro de 2012, aos 58 anos, para trabalhar para a Fábrica de
Celulose PAPERLUZ, situada em Aracruz/ES. DUÍLIO foi contratado como supervisor de
produção, cujo último salário foi de R$ 4.000,00. Contudo, quando da contratação (2012),
DUÍLIO recusou, de início, a proposta ser de Sorocaba/SP, justificando ter família com mulher e
um filho menor. A empresa, ao constatar o excelente currículo de DUÍLIO, garantiu arcar com
aluguel, que em seu último mês de trabalho era de R$ 1.500,00, possibilitando que ele viesse
para Aracruz com a família. DUILIO foi dispensado em 30 de dezembro de 2020, tendo aviso
prévio pago de forma indenizada quando da quitação da rescisão. DUILIO alega que nunca
gozou férias em todo o período do contrato e nem a participação nos Lucros, garantido por
convenção coletiva de trabalho.

II – DAS VERBAS RESCISÓRIAS

Em sua demissão, o reclamante não gozou da totalidade de suas verbas rescisórias, sendo elas:
13° salário proporcional, férias proporcionais acrescidas de 1/3, FGTS + 40%, contudo, a única
verba rescisória paga foi de aviso prévio, devendo assim, ser realizado perante este R. Juízo.

III – DO FGTS E DA INDENIZAÇÃO DE 40%


No ato de sua dispensa, o reclamante não teve seu FGTS recolhido e nem depositado no ato da
sua demissão, assim, requer a indenização do tal período não depositado acrescido de juros
pelo atraso no recolhimento, juros e correção monetária, como prevê a Lei 8.036 de 11 de
MAIO de 1990 em seu Artigo 18

§ 1º Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa causa,


depositará este, na conta vinculada do trabalhador no FGTS,
importância igual a quarenta por cento do montante de todos os
depósitos realizados na conta vinculada durante a vigência do contrato
de trabalho, atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos
juros. (Redação dada pela Lei nº 9.491, de 1997)

IV – DAS FÉRIAS INDENIZADAS + 1/3

Desde o momento de sua contratação (janeiro de 2012) até o de sua demissão (dezembro de
2020), o reclamante não gozou de férias, se fazendo necessário a aplicação de multa,
conforme Artigo 137 da CLT que prevê

137. Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata
o art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração.
§ 1º Vencido o mencionado prazo sem que o empregador tenha
concedido as férias, o empregado poderá ajuizar reclamação pedindo a
fixação, por sentença, da época de gozo das mesmas.

V- DO SEGURO DESEMPREGO

Sendo o Reclamante despedido sem justa causa, é de direito que receba o seguro-
desemprego, como prevê as Leis 7.998/90 e 8.900/94. Portanto, pede-se a devida expedição
das guias do seguro-desemprego a este Juízo.

VI – DO DANO MORAL PELO PAGAMENTO INDEVIDO

O reclamante foi dispensado sem que ao menos recebesse todas as verbas rescisórias devidas,
e, gozar do período de férias e recebê-lo proporcionalmente, salienta-se que o mesmo possui
família, que como toda, tem despesa e não pode arcar por conta do pagamento indevido da
empresa. Contudo, requer que seja recolhido todo o pagamento das verbas rescisórias
acrescido de multa, juros de mora e correção monetários, as férias indenizadas, bem como
dano moral por esse descaso com o empregador.

VII – DOS PEDIDOS

Diante exposto, requer:

a) Que seja intimado o reclamado para, caso queira, apresentar contestação;


b) O pagamento das verbas rescisórias em sua totalidade;
c) Férias proporcionais e indenizadas;
d) FGTS + 40%;
e) Seguro-desemprego.

Requer ainda, que estas verbas sejam devidamente compensadas com os juros de mora e
correção monetária. Dá-se a causa, o valor superior a 40 salários-mínimos.

Termos em que,
Pede deferimento.

Cidade, data.

Advogado/OAB

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