1) O documento discute a tipologia bíblica, ou seja, a relação entre figuras e eventos do Antigo Testamento que prefiguram ou simbolizam aspectos do Novo Testamento.
2) É apresentada uma lista de 17 possíveis tipos do Antigo Testamento, como Melquisedeque e a Páscoa, e seus respectivos antítipos no Novo Testamento.
3) São estabelecidos seis critérios para identificar quais elementos bíblicos podem ser considerados verdadeiros tipos: semelhança com o antítipo,
1) O documento discute a tipologia bíblica, ou seja, a relação entre figuras e eventos do Antigo Testamento que prefiguram ou simbolizam aspectos do Novo Testamento.
2) É apresentada uma lista de 17 possíveis tipos do Antigo Testamento, como Melquisedeque e a Páscoa, e seus respectivos antítipos no Novo Testamento.
3) São estabelecidos seis critérios para identificar quais elementos bíblicos podem ser considerados verdadeiros tipos: semelhança com o antítipo,
1) O documento discute a tipologia bíblica, ou seja, a relação entre figuras e eventos do Antigo Testamento que prefiguram ou simbolizam aspectos do Novo Testamento.
2) É apresentada uma lista de 17 possíveis tipos do Antigo Testamento, como Melquisedeque e a Páscoa, e seus respectivos antítipos no Novo Testamento.
3) São estabelecidos seis critérios para identificar quais elementos bíblicos podem ser considerados verdadeiros tipos: semelhança com o antítipo,
A maioria dos estudiosos da Bíblia concorda em que o
Antigo testamento contém tipos que posteriormente são
especificados de alguma forma no Novo Testamento. Os dois Testamentos correlacionam-se por meio de tipos e antítipos, sombras e concretizações. O Novo Testamento considera um grande número de personagens, elementos e fatos do Antigo como prefigurações do que, então, ainda estava por vir. A – TERMOS NEOTESTAMENTÁRIOS ASSOCIADOS À TIPOLOGIA: O termo “tipo” deriva do grego typos, que aparece 15 vezes no Novo Testamento. Ele ganhou diversas traduções, como vermos nos exemplos seguintes: FIGURAS; MODELO; NESTES TERMOS; PREFIGURAVA; FORMA; EXEMPLOS; PADRÃO A – TERMOS NEOTESTAMENTÁRIOS ASSOCIADOS À TIPOLOGIA: O termo correlato typikos aparece em 1Co.10:11: “Estas cousas lhe sobrevieram como EXEMPLOS...”. A função aqui é de advérbio: “Estas coisas lhes sobrevieram tipicamente...”. A – TERMOS NEOTESTAMENTÁRIOS ASSOCIADOS À TIPOLOGIA: Em 1Tm.1:16 vemos um termo parecido: hypotyposis. A “completa longanimidade” de Cristo serviria de “modelos” para aqueles que viessem a crer nele. Paulo empregou a mesma palavra em 2Tm.1:13: “Mantém o PADRÃO das sãs palavras que de mim ouviste...”. A – TERMOS NEOTESTAMENTÁRIOS ASSOCIADOS À TIPOLOGIA: Existem dois termos associados a typos: DEIGMA (“Como Sodoma e Gomorra... são postas para exemplo” – Jd.7) e HYPODEIGMA.
VER APOSTILA – PÁGINA 26...
B – QUANDO O TIPO É TIPO? 1 – SEMELHANÇA: A primeira característica de um tipo é sua semelhança, similaridade ou correspondência com o antítipo. 2 – REALIDADE HISTÓRICA: Os personagens, os fatos ou os elementos do Antigo Testamento que são tipos de coisas no Novo Testamento possuíam realismo histórico. B – QUANDO O TIPO É TIPO? 3 – PREFIGURAÇÕES: O tipo contém traços de predição, de simbolismo. Ele antevê e chama a atenção para o antítipo. O tipo é um sombra (Cl.2:17) que indica outra realidade. 4 – ELEVAÇÃO: Em tipologia, o antítipo é maior que o tipo e a ele superior. Ocorre uma expansão, uma elevação, uma intensificação. B – QUANDO O TIPO É TIPO? 5 – PLANEJAMENTO DIVINO: Os tipos não são meras analogias ou ilustrações a que os leitores da Bíblia dão atenção. Pelo contrário, são semelhanças planejadas por Deus. O tipo era projetado para apresentar uma similaridade com o antítipo, que, por sua vez, fora criado por Deus para ser o “cumprimento” e a elevação do tipo. C – DEVEM SER IDENTIFICADOS COMO TAIS NO N.T. Como evitar a transformação de todos os elementos do Antigo Testamento em “analogias evidentes, nítidas”, conforme se exprimiu Glassius em 1623? Onde devemos estabelecer o limite? Que tipo de controle temos? Sou da opinião que, para uma figura ser um tipo, ela tem de obedecer a uma Sexta condição: PRECISA SER ESPECIFICADA NO NT. O texto deve indicar de alguma forma que o elemento é um tipo. (pág.28) C – DEVEM SER IDENTIFICADOS COMO TAIS NO N.T. Como já vimos, essa especificação não precisa ser feita necessariamente pelo termo typos ou por palavras correlatas. Os tipos, portanto, são especificados no NT; as ilustrações, por outro lado, são mais amplas e numerosas. As ilustrações e as analogias não vem rotuladas, mas os estudiosos da Bíblia são capazes de perceber paralelos e analogias entre as verdades do Antigo e do NT. D – QUE TIPOS SÃO VÁLIDOS? Nosso estudo até o momento mostrou que, para um termo bíblico ser um tipo, ele precisa satisfazer todas as seis condições. Precisamos fazer as seguintes perguntas para sabermos quais os tipos válidos nas Escrituras: D – QUE TIPOS SÃO VÁLIDOS? 1 – Existe correspondência ou semelhança clara entre o TIPO e o ANTÍTIPO? O tipo apresenta os mesmos fatos, princípios e relações que o elemento neotestamentário correspondente? APOSTILA - Pág.30 D – QUE TIPOS SÃO VÁLIDOS? 2 – O antítipo está de acordo com o contexto HISTÓRICO do tipo? 3 – O tipo é uma PREFIGURAÇÃO ou prenunciação do antítipo? Ou não passa de exemplo, de ilustração? O tipo aponta para frente, para o futuro? APOSTILA - Pág.30 D – QUE TIPOS SÃO VÁLIDOS? 4 – O antítipo eleva ou “cumpre” o tipo, sendo- lhe ainda superior? 5 – Pode perceber o propósito divino na relação tipo – antítipo? 6 – O Novo Testamento especifica de alguma forma o tipo e o antítipo? TIPOLOGIA ILUSTRAÇÃO ALEGORIZAÇÃO 1 – O tipo e o 1 – A ilustração e o 1 – Não há antítipo possuem fato possuem uma correspondência uma CORRESPONDÊNC exata. Pelo CORRESPONDÊNC IA ou semelhança contrário, procura- IA ou semelhança exata. se no texto um exata. sentido oculto, forçado. TIPOLOGIA ILUSTRAÇÃO ALEGORIZAÇÃO 2 – O tipo possui 2 – A relação entre 2–A HISTORICIDADE. a ilustração e o autenticidade (A relação tipo – fato depende da histórica do A. T. é antítipo depende AUTENTICIDADE desconsiderada ou do sentido literal.) histórica da negada. O primeira. significado literal não é importante. TIPOLOGIA ILUSTRAÇÃO ALEGORIZAÇÃO 3 – O tipo é uma 3 – Na ilustração não 3 – A alegorização PREFIGURAÇÃO ou existe PREFIGURAÇÃO. consiste na formação prenunciação do Não é profética; é de conceitos ocultos, estranhos e antítipo. É profético; apenas um exemplo. O subjacentes ao texto volta-se para o fato remonta ao do Antigo Testamento. futuro e aponta para exemplo do Antigo Ela procura o que está o antítipo. Testamento. por trás, não adianta. TIPOLOGIA ILUSTRAÇÃO ALEGORIZAÇÃO 4 – O tipo encontra 4 – A ilustração não 4 – A alegorização CUMPRIMENTO encontra não “cumpre” os (ou conclusão, CUMPRIMENTO textos do Antigo elevação) no (ou conclusão, Testamento. antítipo. Este é maior elevação) no fato e superior à aquele. que ilustra. TIPOLOGIA ILUSTRAÇÃO ALEGORIZAÇÃO 5 – O tipo é 5 – A ilustração é 5 – A alegorização divinamente divinamente é fruto da INSTITUÍDO. É INSTITUÍDA para imaginação do planejado por retratar um fato. intérprete, não Deus. dos desígnios de Deus. TIPOLOGIA ILUSTRAÇÃO ALEGORIZAÇÃO 6 – O tipo e o 6 – O conjugado 6–A antítipo são fato/ilustração alegorização não ESPECIFICADOS não é chamado é indicada no como tais no N. de tipo. texto. T. Com base nestes seis critério, quais personagens, fatos ou elementos do Antigo Testamento são tipos? Naquilo que aprendemos, são possíveis os 17 a seguir: APOSTILA - Pág.31 TIPO ANTÍTIPO PASSAGEM PERSONAGENS: O sacerdócio eterno de Hb.7:3,15- 1 –Melquisedeque Cristo. 17 O ministério sacerdotal 2 – Arão Hb.5:4,5 de Cristo. TIPO ANTÍTIPO PASSAGEM FATOS: 3 –Festa da Páscoa. Cristo, nosso sacrifício. 1Co.5:7 4 –Festa dos pães O Caminhar santificado 1Co.5:7,8 asmos. cristão. 5 –Festa das A ressurreição de Cristo, garantia da 1Co.15:20- primícias. ressurreição dos crentes. 23 TIPO ANTÍTIPO PASSAGEM FATOS: 6 – F. de Pentecoste A vinda do Espírito Santo. Jl.2:28 7 – Festa das O reagrupamento de Mt.24:21-23 Trombetas. Israel. 8 – Dia da Conversão de Israel pelo Zc.12:10; Rm.11:26,27; Expiação. sangue de Cristo. Hb.9:19-28. TIPO ANTÍTIPO PASSAGEM FATOS: 9 – Festa dos Necessidade humanas Jo.7:2, 37- Tabernáculos. (com Israel no reino). 39 Cl.2:17; Descanso espiritual do 10 – Sábado. Hb.4:3,9,1 cristão. 1 TIPO ANTÍTIPO PASSAGEM ELEMENTOS: Cristo – acesso do 11 – Hb.8:5; crente a Deus e a base Tabernáculo. 9:23,24 da comunhão com Ele. 12 – Cortina do Cristo – o acesso do Hb.10:20 Tabernáculo. crente a Deus. TIPO ANTÍTIPO PASSAGEM ELEMENTOS: 13 – O sacrifício perfeito de Lv.1; Hb.10:5- Holocausto. Cristo. 7; Ef.5:2 O sacrifício perfeito de 14 – Oferta de Lv.2; Cristo do mais elevado manjares. Hb.10:8 grau. TIPO ANTÍTIPO PASSAGEM ELEMENTOS: O sacrifício de Cristo, 15 – Sacrifícios Lv.3; Ef.2:14; base de nossa comunhão pacíficos. Cl.1: 20 com Deus. A morte de Cristo pelo 16 – Sacrifício Lv.4:1-5:13; pecador em relação à pelos pecados. Hb.13:11,12 condenação do pecado. TIPO ANTÍTIPO PASSAGEM ELEMENTOS: 17 – A morte de Cristo Lv.5:14- Sacrifício como expiação da 6:7; pelo transgressão do Hb.10: sacrilégio. pecado. 12 Somente uma das sete festas de Israel – a Páscoa – é especificamente identificada como tipo (1Co.5:7), mas Cl.2:16,17 fala de todas as festas religiosas como “sombra das coisas que haviam de vir”. É com base nisso que a tabela acima apresenta todas as festas como tipos. Semelhantemente, Hb.9:9,10 dá a entender que todos os cinco sacrifícios de Israel eram tipos. E – QUAIS AS ETAPAS A SER SEGUIDAS NA INTERPRETAÇÃO DOS TIPOS?
1 – DESCOBRIR o sentido literal do tipo:
Aspecto fundamental na interpretação precisa sempre é a apuração do sentido literal do texto. E –QUAIS AS ETAPAS A SER SEGUIDAS NA INTERPRETAÇÃO DOS TIPOS? 2 – REPARAR no ponto ou nos pontos de correspondência ou semelhança entre o tipo e o antítipo: Por exemplo, Melquisedeque era rei e sacerdote, e era superior a Arão. Pelo menos nesses dois aspectos ele representava Cristo, pois Cristo é Rei e Sacerdote, e seu sacerdócio é superior ao de Arão. Devem-se procurar as semelhanças principais, não as secundárias e insignificantes. E –QUAIS AS ETAPAS A SER SEGUIDAS NA INTERPRETAÇÃO DOS TIPOS? 3 – REPARAR nos elementos de Contraste ou de diferenças, para evitar caracterizá-los como aspectos do tipo: Melquisedeque era humano, mas Cristo era Deus e homem. Arão tinha de oferecer sacrifícios por seus próprios pecados, enquanto Cristo não precisava fazê-lo por causa da natureza santa que possuía como Deus encarnado. Na Páscoa, os israelitas sacrificavam animais, mas Cristo, nossa Páscoa, sacrificou-se a si mesmo. Os sacrifícios que retratavam vários aspectos de Cristo eram repetidos, ao passo que a morte do Senhor na cruz foi um evento definitivo. E –QUAIS AS ETAPAS A SER SEGUIDAS NA INTERPRETAÇÃO DOS TIPOS? 4 – ATENTAR para as afirmações explícitas no Novo Testamento que atestem a correspondência tipológica. F – PORQUE SE PREOCUPAR COM A TIPOLOGIA? Embora os eruditos divirjam deste pormenor, o estudo dos tipos e antítipos sem dúvida tem sua utilidade. Uma das vantagens é que permite enxergar o traçado divino da história, pelo fato de Ele escolher pessoas, acontecimentos e elementos de Israel para retratar e predizer aspectos de Cristo e de seu relacionamento com os crentes de hoje. Continua enxergar essas relações tipo – antítipo ajuda-nos a ver a mão de Deus na história. APOSTILA – Pág. 32