• demanda negativa: ocorre quando os consumidores não
gostam do produto a ponto de, até mesmo, pagar para evitá-lo; • demanda inexistente: ocorre quando os consumidores não conhecem o produto (não sabem que o mesmo existe) ou não estão interessados nele; • demanda latente: ocorre quando os consumidores compartilham uma forte necessidade que não pode ser satisfeita por nenhum produto existente no mercado. Em outras palavras, esta é a demanda da oportunidade imediata; • demanda em declínio: ocorre quando os consumidores começam a comprar o produto com menos frequência ou deixam de comprá-lo; • demanda irregular: ocorre quando as compras dos consumidores podem ser sazonais ou variar de acordo com o mês, a semana, o dia ou o horário; • demanda plena: ocorre quando os consumidores compram adequadamente todos os produtos colocados no mercado. Esse estado de demanda é o que mais se aproxima de um estado de equilíbrio perfeito entre demanda e oferta; • demanda excessiva: ocorre quando há mais consumidores interessados em comprar o produto do que produtos disponíveis; • demanda indesejada: ocorre quando os consumidores se sentem atraídos por produtos que têm consequências sociais indesejadas.
2. QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS TIPOS DE MARKENTING?
• marketing de produto: é o marketing utilizado para
gerar trocas para produtos tangíveis. Ele se preocupa em mostrar os produtos ao público-alvo. Exemplo: as estratégias para vender os computadores da Dell; • marketing de serviço: é o marketing utilizado para criar trocas para produtos intangíveis. Ele se preocupa em mostrar os serviços disponíveis e seus benefícios e relevância na busca por melhorar a qualidade de vida das pessoas (público-alvo). Exemplo: as estratégias das locadoras de veículos para alugar carros para viajantes, como a Avis, que já se encontra presente em muitas das mais importantes cidades brasileiras; • marketing de pessoa: é o marketing utilizado para criar ações favoráveis em relação a pessoas. Ele se preocupa em formar e/ou chamar a atenção a certa pessoa (personalidade), geralmente procurando destacar os pontos fortes daquele indivíduo, explicando por que é merecedor de atenção ou algo mais (como seu voto ou apoio). Exemplo: as estratégias para obter votos para Fernando Henrique Cardoso ou Luís Inácio Lula da Silva; • marketing de lugar: é o marketing utilizado para atrair pessoas para determinados lugares. Esse tipo de marketing é bastante utilizado no contexto que se conhece como marketing turístico, embora esse termo seja mais abrangente. Exemplo: quando você anda pelas ruas de Santiago, no Chile, há vários outdoors que chamam a atenção para os lugares que devem ser visitados no México; quando você recebe em sua casa um fôlder sobre a Costa do Sauípe; quando você assiste a uma propaganda televisiva e vê belas imagens de gente, lugares e comida seguidas da frase “Visita a Minas Gerais, estamos esperando por você!”; • marketing de causa: é o marketing utilizado para criar apoio para ideias e questões de diversas ordens (social, política, moral...), ou para levar as pessoas a mudarem o seu comportamento socialmente inadequado ou indesejável. Ele se preocupa em gerar apoio a determinadas causas baseadas na ideia de que aquilo é “politicamente correto” ou adequado e que poderá fazer bem para a coletividade. Também é o marketing que frisa conversas, mesmo que poucas, para apoiar um estilo de vida ou comportamento. Exemplo: as estratégias, quase sempre empenhadas pelo governo ou organizações não governamentais (ONGs), para coibir o uso de drogas ilícitas, como a cocaína, ou para aumentar o número de doações de sangue; • marketing de organização: é o marketing utilizado para atrair doadores, membros, participantes ou voluntários. Ele utiliza estratégias ou ações muito parecidas com as de outros tipos de marketing, porém o foco aqui é exatamente o convencimento e o crédito ao empenho de algum tipo de grupo, como as associações e/ou sociedades, fã-clubes, clubes, etc. Exemplo: as estratégias para aumentar o número de associados do fã-clube da cantora Madonna ou da cantora Ivete Sangalo.
3. O QUE SERIA ADMINISTRAÇÃO DE MARKENTING?
A administração de marketing corresponde à arte e à ciência
da escolha de mercados-alvo e da captação, manutenção e fidelização de clientes por meio da criação, da entrega e da comunicação de um valor superior para o cliente (Kotler; Keller, 2006, p. 4). É possível dizer que a administração de marketing é a atenção ao processo de aplicar coordenadamente o marketing a fim de atingir resultados previamente estabelecidos e que promovam satisfação para organizações e clientes. Ela estabelece um maior e mais estrito controle das ações de marketing na busca por resultados que transcendem o quesito financeiro, que tratam inclusive do ponto de vista de valor para os indivíduos (especialmente sobre o que pensam das empresas das quais são clientes ou podem vir a ser), daí a importância do marketing de relacionamento com o cliente, no qual o propósito é atrair e reter clientes de maneira satisfatória para as partes (empresa e cliente), promovendo a existência dos clientes felizes (cliente feliz e cliente satisfeito com o desempenho das atividades a que a empresa se propõe, produto adequado, serviço estruturado e cordial, etc.).
4. EXPLIQUE O QUE FOI O MARKENTING, E A SOCIEDADE BRASILEIRA.
Embora tenha ocorrido forte melhoramento das ações
mercadológicas no Brasil, o marketing, nas décadas entre 1960 e 1990, foi pouco representativo quando comparado a ações mercadológicas nos Estados Unidos. Para Cobra (1997, p. 32), em tal período, a adoção do marketing na realidade brasileira ainda não é total, indo apenas um pouco além da prática de composto promocional. Ele era bastante confundido por muita gente, aliás, ainda o é, com propaganda ou com venda, exclusivamente. Ainda segundo Cobra, o crescimento da renda per capita da população brasileira, ao lado dos estímulos crescentes à produção e à exportação, sem dúvida muito contribuiu para a adoção do marketing no Brasil. E essa importância do marketing, antes privativa da área de consumo de massa, agora ganha importância e credibilidade junto aos setores básicos da atividade industrial, com o marketing de negócios; na atividade agrícola e pecuária, com o marketing agrícola; na atividade de serviços públicos e privados e de saúde, com o marketing de serviços; com o marketing político e o marketing religioso, entre outras configurações (Cobra, 1997, p. 32). Um outro posicionamento ativo do marketing que se destacou nos últimos anos e ainda tem muito para fazer é o marketing educacional, embora, em muitos momentos, pareça ser utilizado como o marketing de vendas (marketing de produto), talvez pelo baixo índice de conscientização da população, portanto, falta de adequado discernimento entre as variáveis educação, formação e negócio (produto); o marketing educacional ainda parece, em muitos momentos, um marketing promocional, vendendo a todo empenho o produto educação. Cabe aí uma revisão crítica e severa da aplicação deste conceito, que remete a ter que lembrar que a educação não é um produto; na verdade, está mais próxima de uma condição ética e comportamental, em que se busca o aprimoramento dos indivíduos até utopicamente, vendo a utopia não como o inalcançável, mas como a busca incessante pelo melhor, mais bem pensado, mais concreto e mais seguro e equilibrado. 5. EXPLIQUE A EVOLUÇÃO DO MARKENTING NO BRASIL.
Depois do estudo do significado do marketing e sua
abrangência, fica mais fácil desenvolver um estudo de sua evolução. Partindo dessa situação, a de que já se conhece claramente o que marketing é, pode-se entrar diretamente em sua configuração histórica. Primeiramente, é oportuno dizer que o mesmo não data de um período absoluto e que descreve seu início pontualmente; pelo contrário, vem de vários movimentos e pensamentos agregados que não se construíram do dia para a noite, mas que, somados, permearam a existência dos primórdios factuais e relacionais que permitiram o desenvolvimento do que se conhece como marketing hoje. Para se ter uma ideia de sua existência, já se fazia marketing no tempo do Brasil Colônia; por exemplo, os comerciantes da época, situados na Bahia, em Recife e no Rio de Janeiro, importavam, anunciavam e vendiam produtos europeus, que, naquele momento, tinham como destino principal os ricos. Tais comerciantes tentavam, utilizando os recursos disponíveis, conquistar e manter os clientes, especialmente porque, em sua grande maioria, eram clientes lucrativos, por se tratar da elite financeira dominante (Gracioso, 1998, p. 29). Porém, segundo Gracioso (1998, p. 29-30), a rigor, não existia o tipo de relacionamento de marketing que se tem hoje, as transações eram conduzidas pela ótica pura e simples da venda e as diversas etapas do processo não eram integradas em função de um objetivo único; logo, os comerciantes não se orientavam pelas expectativas de seus clientes ativos ou de seus clientes potenciais, mas pelo que as fábricas europeias estavam interessadas em lhes fornecer.
6. QUAL O SENTIDO DO MARKENTING?
Para que seja possível construir tal conhecimento
em resposta à questão, é preciso considerar que, “mesmo no cenário mundial, a noção de que as diversas atividades que resultam na venda constituem um todo integrado e dinâmico é relativamente recente” (Gracioso, 1998, p. 30). Foi apenas nos anos de 1920, nos Estados Unidos, que o termo marketing foi utilizado com este sentido de vendas e integração. Quando se faz um resgate linguístico do termo marketing, observa-se que, no inglês, o sentido original dessa palavra é mais restrito que seu uso e entendimento atual, bem como objetivava representar a venda no mercado. No português arcaico, com o verbo “mercadejar”, o sentido objetivado era o mesmo. Apenas nos anos 1940 é que os norte-americanos associaram ao termo marketing o sentido ativo de promoção de produtos ou serviços tal qual é de conhecimento de todos os profissionais da área atualmente. 7. QUAIS AS PRINCIPAIS FASES DO MARKENTING NO BRASIL?
Principais fases do marketing no Brasil
a. Anos cinquenta – 1ª fase O que viabilizou decisivamente a chegada e a ativação do marketing no Brasil na década de 1950 foi a industrialização acelerada da economia, baseada em diversas bases, dentre elas, a política governamental federal. Vale lembrar também que, naquele período, o país era totalmente subdesenvolvido, com uma estrutura predominantemente agrária e com uma classe média urbana incipiente. Se comparado com o que se tem hoje, o marketing realizado naqueles anos era primitivo e limitado (Gracioso, 1998, p. 33).
b. Anos sessenta – 2ª fase
Nos anos sessenta, diferentemente do que se poderia esperar, o marketing começou suas atividades com maus presságios, quando se fazia uma alusão à década anterior, em que o governo de Juscelino Kubitschek foi marcado, em boa parte, por euforia de progresso e esperança. O quadro da época é o seguinte: em agosto de 1961, o então presidente Jânio Quadros renuncia, e há a ascensão de seu vice, João Goulart, que marcou seu governo pela orientação populista, que, para os militares, era por demais perigosa (não é pertinente aqui fazer qualquer julgamento de quem tinha razão e quais eram as razões, sendo isso pano de fundo para outro estudo). Pouco tempo depois, em março de 1964, ocorreu o golpe castrense que estabeleceu um governo ditatorial, o qual enfrentou sérios problemas econômicos nos primeiros anos, problemas estes que, dentre outros segmentos, também foram ruins às investidas de marketing na primeira metade da década.
c. Anos setenta – 3ª fase
A década de setenta é marcada pelo início de grandes projetos diretamente envolvidos com a nação e com o restante do globo em nível macroeconômico. Como exemplo, tem-se os projetos da indústria petroquímica, hidroelétrica, siderúrgica, nuclear, para fins de produção de energia, e agro-química, especialmente com os fertilizantes. Nesse período, o país consolidou sua indústria moderna, fato que se deu com a participação estatal e com a contração de dívidas no formato de empréstimo de fontes externas (Gracioso, 1998, p. 41). Os anos setenta foram, de certa forma, muito valiosos para o Brasil; enquanto o resto do mundo amargava os nefastos problemas da crise do petróleo findada em 1973, o país continuava crescendo, espetacularmente, a uma taxa média de dez por cento (10%) ao ano. Porém, embora esse panorama pareça por demais otimista, como se fosse representante de um típico sucesso brasileiro, na verdade se deu a complexo pesar. Para que fosse possível sustentar o crescimento, o país contraiu uma enorme dívida externa e, na mesma proporção, uma dívida interna, fato que torna perigoso qualquer tipo de crescimento que se proponha à nação. Seguindo tal configuração desenvolvimentista baseada no endividamento, cultivaram-se também as amarras que ainda hoje limitam as ações do governo, tal qual é possível constatar nas relações que o Estado-nação brasileiro tem com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e com as demais nações líderes mundiais e blocos econômicos (este assunto é pertinente a um outro estudo e novas discussões, especialmente voltadas a disciplinas do núcleo de economia, portanto, fica aqui a recomendação).
d. Anos oitenta – 4ª fase
A década de oitenta foi uma fase muito dura para o marketing, o que ocorreu como reflexo de conjuntura econômica da nação brasileira, que foi drasticamente atingida pela interrupção dos investimentos estrangeiros e a necessidade de se pagar a gigantesca dívida externa contraída em períodos anteriores. Somando a tais fatos, ocorriam as dificuldades de ordem política, especialmente as ligadas ao que se chamava de Nova República. Os estudiosos mais pessimistas, ou talvez realistas, dizem que naquele período o país perdera o rumo completamente.
e. Anos noventa e o início do século XXI – 5ª fase
Com a retomada do crescimento na década de 1990, especialmente após a aplicação das políticas de gestão pública do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, e após a difícil fase vivida na década anterior, o marketing passou a ser melhor estruturado, tornando-se, seguramente, mais científico e tendo uma orientação de mercado voltada para os resultados. Os processos de vendas também ganharam substancial valor, tornando-se mais eficientes e requerentes de menores verbas proporcionais ao faturamento, logo, mais econômicos. Isso ocorreu devido, principalmente, a dois fatores: • uso intensivo da informática; • melhor treinamento de pessoal (Gracioso, 1998, p. 45).
f. Século XXI: perspectivas
Uma das principais questões que passou a ser pauta das discussões do marketing no início do século XXI, sem dúvida alguma, é a globalização. Com ela, muito marcante na última década do século passado em diante, mudam-se as configurações gerais do mercado competitivo, passando a ocorrer maiores competições em vários setores da economia, advindas de diversas regiões, estejam elas vizinhas, como cidades, ou em outros países. A realidade da globalização não é nova, existe desde que o homem começou a migrar por diversos fins5, como o mercantilismo, o lazer e o entretenimento, ou simplesmente de subsistência. 8. QUAIS SÃO OS CRITERIOS DE SEGMENTAÇÃO DE MERCADO?
No livro Comportamento do cliente, de Shet, Mittal e
Newmann (2001, p. 412), o capítulo 12 trata de diferenciação e segmentação de mercado (item acima). Na parte relativa à identificação dos mercados para diferenciação e segmentação, os autores afirmam que “existem três grandes bases para identificar segmentos em qualquer mercado – as bases o quê?, quem? e por quê? da segmentação”. Veja abaixo o quadro explicativo:
9. QUAL A INFLUENCIA DO MARKENTIG?
Talvez o mais importante a dizer sobre a influência do
marketing no cotidiano das organizações é que, de fato, ele é muito marcante e pode levar muitas organizações ao sucesso. Em outras palavras, as organizações o praticam, muitas vezes, até sem saber; estão envoltas por ele (até mesmo o praticado pelos concorrentes) e sempre necessitarão de ações de marketing (de alguma natureza) para terem melhores chances de se desenvolver. Para as pessoas, a realidade é exatamente a mesma. Pense, por exemplo, por quantas ações de marketing você passa todos os dias. Quantas, por exemplo, você vê, ouve ou lê por meio de televisão, revistas, jornais, outdoors, panfletos, etc. Como ele está ao redor das pessoas e das organizações, pense em como reconhecê-lo, como aproveitar-se dele, como torná-lo útil para as outras pessoas ou organizações. Sobretudo, como tomar proveito do potencial dele? A resposta para essa pergunta tende à simplicidade: preste atenção a tudo a seu redor, observe o que as organizações estão fazendo para chamar sua atenção, o que os concorrentes de tais organizações fazem. Logo, pesquise, procure saber o que acontece. Esteja bem informado. Ainda nessa visão de marketing no dia a dia das organizações, pode-se destacar que uma das maneiras mais notáveis de entendê-lo e de compreender sua aplicação e potencial se dá por meio da análise do ciclo de vida dos produtos: