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Marketing
INTRODUÇÃO
• Conceitos e filosofias que permeiam
o marketing
• Importância do marketing como ferramenta
estratégica nas organizações
• Conceito de marketing na gestão
das organizações
• E mais...
INTRODUÇÃO
Prof. Clodoaldo Lopes Nizza Júnior
Olá aluno(a)!
Vamos iniciar a disciplina de Fundamentos de
Marketing?
Nessa disciplina vamos discutir conceitos e filosofias
do marketing que está em franco crescimento
no mercado de trabalho e em sua aplicação nas
organizações. Você já deve ter observado o quanto
a palavra marketing vem sendo utilizada em
todos os meios de comunicação e no dia a dia das
pessoas.
Espero que tenha um bom estudo e se deparar
com alguma dificuldade ao longo da caminhada não
hesite em entrar em contato. Conte comigo!
APRESENTAÇÃO
Você já parou para pensar no significado da palavra “marketing”? Você tem algum conhe-
cimento sobre o assunto?
Pois é... Marketing para a maioria das pessoas é sinônimo de propaganda ou até mesmo
vendas. Mas, na verdade o marketing é muito mais do que isso e a propaganda e as
vendas são ferramentas do processo de marketing.
Bem, existem muitas possibilidades de atuação nesta área, que está sendo tratada como
“a bola da vez”. O que isso que dizer? Quer dizer que agora a área de marketing no
mercado está mais valorizada como uma das atividades gerenciais de cunho estratégico.
Foi assim: no início do Plano Real a maioria das empresas investiu nas áreas de produção
e finanças. Com toda razão. Naquela época (1986 a 1994) existia uma inflação de até
80% ao mês. Era praticamente impossível controlar custos e finanças. As empresas se
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utilizavam do sistema de indexação de custos (como exemplo podemos citar a dolariza-
ção dos custos), ou seja, tudo era calculado em função de uma conversão em moeda
estrangeira que balizava o mercado. Assim com estabilização da economia durante estes
últimos anos as empresas conseguiram resolver os problemas de controle de custos e
finanças. Porém aconteceu outro fenômeno: O crescimento de empresas no mercado.
Na mesma época em que a inflação era galopante, muita gente com dinheiro preferia
investir no mercado financeiro. Era muito “fácil” ganhar dinheiro em época inflacionária.
Havia situações de ganhos diários de 3%. Quem tinha dinheiro “fazia” dinheiro rapida-
mente. Ilusão, mas as pessoas apostavam nisso. Casos como a venda de patrimônio para
investir em overnigth (um tipo de aplicação da época) eram muito comuns.
De lá para cá, muitos outros fatores ajudaram para o aumento da concorrência. A facilida-
de de acesso à informática, incentivos governamentais, o aumento de oferta de sistemas
de franquia e muito mais. E até hoje a concorrência está acirrada e tende a aumentar com
a abertura, cada dia maior, para mercados internacionais.
Resumindo: Agora é a vez do profissional que sabe como vencer a concorrência, que
sabe como conquistar e manter os clientes-alvo das organizações. E este profissional é o
profissional de Marketing. Seja bem-vindo a mais promissora profissão deste novo século!
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Esta disciplina tem como objetivo capacitar você, aluno, para a compreensão e análise do
ambiente empresarial e prepará-lo para realizar intervenções nas organizações utilizando
as teorias e técnicas do marketing.
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Como surgiu o Marketing
Se você for pesquisar sobre a origem do marketing vai verificar que ao longo da história
da humanidade ele já existia. Porém não havia, ainda, tomado o corpo de uma ciência.
DÉCADA DE 1960
Theodore Levitt, professor da Harvard Business School, provocou a primeira grande
mudança da época. Seu artigo, “Miopia em Marketing”, demonstrou uma série de erros
de percepções, mostrou a importância da satisfação dos clientes e transformou para
sempre o mundo dos negócios. Por tudo isso seria, mais tarde, intitulado o pai do marke-
ting. Para ele “O vender a qualquer custo” deu lugar à “satisfação garantida”. Não é à
toa que logo após este período aconteceu um renascimento das marcas como Coca-Cola,
Sears, Marlboro e outras.
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DÉCADA DE 1970
Nos anos 70 destacou-se o fato de surgirem departamentos e diretorias de marketing em
todas as grandes empresas. Não se tratava mais de uma boa idéia, mas de uma necessi-
dade de sobrevivência. É nesta época que se multiplicam os supermercados, shoppings
centers e franchises.
De fato, a contribuição do marketing é tão notória no meio empresarial, que passa rapi-
damente a ser adotada em outros setores da atividade humana. O governo, organiza-
ções civis, entidades religiosas e partidos políticos passaram a valer-se das estratégias
de marketing adaptando-as às suas realidades e necessidades.O marketing que envolvia
questões financeiras, voltadas à sua teoria de “Vender a qualquer custo“ passou a ser
vista de outra forma: ”Satisfação em primeiro lugar“. Hoje em dia o marketing está em
praticamente todas as áreas.
DÉCADA DE 1980
Em 1982, o livro “Em Busca da Excelência”, de Tom Peters e Bob Waterman inaugurou a
era dos gurus de marketing. Num golpe de sorte editorial, produziram o livro de marketing
mais vendido de todos os tempos ao focarem completamente sua atenção para o cliente.
O fenômeno dos gurus levou o marketing às massas e, portanto às pequenas e médias
empresas e a todo o tipo de profissional. Talvez por isso e também por uma necessidade
mercadológica o marketing passou a ser uma preocupação direta da alta direção de todas
as megacorporações, não estando mais restrita a uma diretoria ou departamento.
O fênomeno dos gurus entretanto é responsável pelo posterior descuido com o rigor da
investigação científica e uma tendência a modismos. Nesta época floresceram diversos
autores que logo caíram no anonimato e outros como Al Ries por definir o conceito de
posicionamento, Jay Conrad Levinson por conceituar o marketing de guerrilha e Masaaki
Imai pai do Kaizen que ganharam reconhecimento no mundo dos negócios e reputação
por suas ideias e abordagens originais.
DÉCADA DE 1990
Assim como fez em muitos outros setores, o avanço tecnológico dos anos 90 teve um
forte impacto no mundo do marketing. O comércio eletrônico foi uma revolução na logís-
tica, distribuição e formas de pagamento. O CRM (Customer Relationship Management) e
o serviços de atendimento ao consumidor, entre outras inovações, tornaram possível uma
gestão de relacionamento com os clientes em larga escala. E como se isso não fosse o
suficiente a Internet chegou como uma nova via de comunicação. É a época do maxima-
rketing de Stan Rapp, do maketing 1 to 1, da Peppers & Rogers Group, do aftermarketing
de Terry G. Vavra e do marketing direto de Bob Stone ou seja, caracterizou-se por uma
constante busca pela personalização em massa.
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DÉCADA DE 2000
A virada do milênio assistiu a segmentação da TV a cabo, a popularidade da telefonia
celular e a democratização dos meios de comunicação especialmente via Internet. A
própria internet já estava madura o suficiente e nos primeiros anos desta década surgiram
uma infinidade de pesquisas e publicações sobre webmarketing e comércio eletrônico.
Isso revolucionou tanto a logística como a oferta de produtos, e o cliente passou a ter
informações e poder de barganha nunca antes vistos.
E existem muitas outras que definem muito bem o que vem a ser o marketing:
Marketing é um processo social por meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtêm
aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de
produtos e serviços de valor com outros (KOTLER e KELLER, 2006).
E Peter Druker vai além: “...O objetivo do marketing é tornar supérfluo o esforço de venda.
O objetivo do marketing é conhecer e entender o cliente tão bem que o produto ou o
serviço seja adequado a ele e se venda sozinho.”.
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Como você já deve ter percebido todos os conceitos colocados aqui falam de uma manei-
ra ou de outra de fatores comuns: Troca e necessidades.
Necessidades
Necessitar é estar em um estado de privação de alguma satisfação básica.
Troca
Efetuar uma troca significa obter um produto desejado mediante o oferecimento em retor-
no de alguma coisa desejável.
Essa representação nos leva a outro conceito básico de marketing: demandas e desejos:
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Desejos
Desejos são as formas que as necessidades assumem em função de cultura e persona-
lidade do indivíduo. Por exemplo, em Minas Gerais temos o desejo de comer torresmo
e cachaça quando vamos nos divertir em barzinhos. Já no Piauí, o forte é o caranguejo.
Demandas
Demandas são desejos por produtos específicos, apoiados pelo
poder de compra.
Vejamos: Você quer uma Ferrari? Tem dinheiro para comprar uma?
Se sua resposta para a primeira pergunta foi quero uma Ferrari e
não tenho grana para a segunda, então entendeu a diferença entre
sonho, vontade e demanda.
ATENÇÃO
Quando estamos querendo algo que não podemos comprar é só vontade não demanda!
As demandas são e serão estudadas por nós durante todo o curso, sendo assim, vamos
entender melhor como elas se comportam. De acordo com Philip Kotler as demandas
podem ser classificadas da seguinte forma:
Demanda Negativa: uma grande do mercado não gosta ou mesmo evita determinado
produto. Ex. vacina, mão-de-obra de ex-presidiários.
Demanda Irregular: já neste caso ocorrem variações sazonais gerando problemas de ócio
ou sobrecarga. Ex: ônibus, cinema, picolé, pacotes turísticos.
Demanda Excessiva: A demanda pelo produto é maior do que a empresa pode suportar.
Ex: você já foi para a praia em um feriado? Então sabe do que estamos falando.
Demanda Latente: muitos consumidores podem compartilhar uma forte necessidade que
nenhum produto no mercado pode satisfazer. Ex: cigarros que não afetam a saúde, auto-
móveis movidos à água.
Como você já deve ter observado estes conceitos (demandas, trocas, desejos e neces-
sidades) são muito importantes para que possa aprender as aplicações desta disciplina.
Porém existem mais alguns que também são de extrema necessidade para dar continui-
dade ao nosso aprendizado. Veja só:
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PRODUTO
Quando você vê a palavra produto em que pensa? Provavelmente está pensando em algo
tangível como, por exemplo, seu relógio. É, ele é um produto sim. Mas há mais “coisas”
que podem ser chamadas de produtos:
• Produtos: Qualquer coisa oferecida para venda que satisfaça uma necessidade ou
desejo.
Viu! Sendo assim um serviço poderá ser um produto.
VALOR
É um outro conceito essencial em marketing. É a finalidade dos profissionais da área,
pois, buscam a identificação, a criação, a comunicação e a entrega de valor, bem como
efetuam seu monitoramento.
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E os custos são:
Outro conceito muito importante para você nesta caminhada pela nossa disciplina é o
conceito de satisfação. Afinal é o objetivo para que os clientes se tornem fiéis, veja:
Satisfação
Tenho certeza que você já ouviu, mas não pensou o que é a satisfação exatamente. Na
verdade são os julgamentos comparativos do cliente sobre o resultado ou desempenho
percebido de um produto ou serviço em relação às expectativas dos clientes.
Mercado-alvo
Essa é fácil. É o mercado que a empresa escolhe para atender.
Segmentação
Hoje o marketing é feito basicamente pensando nela. É a divisão do mercado total em
partes menores, internamente homogêneas. Na prática é a divisão do mercado total para
melhor atendermos. Imagine que você terá de vender tudo para todo mundo! Fica bem
difícil. Por isso é que o marketing vem fazendo a segmentação. É melhor vender produtos
e serviços para públicos específicos. Por exemplo: quem compra calça da marca Diesel
são pessoas que se ligam e acompanham a moda e que tem um poder aquisitivo bem alto.
Posicionamento
Após a segmentação ele é necessário. É o espaço favorável que a empresa ocupa na
mente do cliente em relação a seus concorrentes. Ou seja, como quer que as pessoas
se lembrem de sua empresa, produto ou marca? Quando eu falo da Volvo (automóveis)
o que você pensa? Em segurança e conforto. E se eu disser para você para pensar na
marca Havaianas?
Canais de Marketing
Podem ser subdivididos como se segue:
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Concorrência
A concorrência são todas as ofertas e substitutos rivais e potenciais que um comprador
possa considerar. Veja a ilustração abaixo.
Qualquer um desses produtos poderá resolver a necessidade da moça. Todos esses produ-
tos tentam atender a fome. Assim, todos são concorrentes uns dos outros.
Mix de Marketing
É o conjunto de ferramentas de marketing que a empresa utiliza para pesquisar seus obje-
tivos de marketing no mercado-alvo.
http://www.youtube.com/watch?v=ewVsxFCRLmg
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Síntese
Até aqui você aprendeu os conceitos necessários para podermos iniciar nossos aprofun-
damentos na disciplina. Você verá que esta disciplina é muito gostosa. Ela trata do dia a
dia das pessoas e das empresas.
Até lá.
Referências
BOONE, Louis E., KURTZ, David L. Marketing contemporâneo. 8.ed. Rio de Janeiro: LTC,
1998.
CHURCHILL, Gilbert A. Jr., PETER, J. Paul. Marketing – criando valor para os clientes.
São Paulo: Saraiva, 2000.
KEEGAN, Warren J.,MORIARTY, Sandra E., DUNCAN, Tom. Marketing – 2.ed. Englewood
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KOTLER, Philip. Administração de marketing. 10.ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000.
KOTLER, Philip e ARMSTRONG, Gary. Princípios de marketing. 9ª ed. São Paulo: Pearson
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KOTLER, Philip e KELLER, Kevin. Administração de Marketing - 12a Edição. São Paulo:
Prentice Hall, 2006.
KOTLER, Philip. Marketing para o século XXI – como criar, conquistar e dominar merca-
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NICKELS, William G., WOOD, Marian Burk. Marketing: relacionamentos, qualidade, valor;
tradução Luís Roberto Maia Gonçalves - Rio de Janeiro: LTC - Livros Técnicos e Científicos.
Editora S.A., 1999.
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PORTER, Michael E. Estratégia competitiva: técnicas para análise de indústrias e da
concorrência; tradução de Elizabeth Maria de Pinho Braga – 7. ed. – Rio de Janeiro:
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RICHERS, Raimar. Marketing: uma visão brasileira; São Paulo: Negócio Editora Ltda.,
2000.
RICHERS, Raimar. Marketing: uma visão brasileira; São Paulo: Negócio Editora Ltda.,
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