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Petição Embargos de Terceiro
Petição Embargos de Terceiro
PORTO ALEGRE – RS
EMBARGOS DE TERCEIRO
EMBARGOS DE TERCEIRO
em face de DANIEL RAMOS, brasileiro, solteiro, gerente de produção, CPF
818.203.560-00, RG 5079587183, CTPS 23575 série 00054/RS, PIS
127.25971.69-3, residente e domiciliado na Rua Nossa Senhora da Luz, 42,
bairro Harmonia, Porto Alegre/RS, CEP 92.325-230, pelas razões de fato e
de direito a seguir expostas
PRELIMINARMENTE
1. DA AJG
Art. 790. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal
Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos obedecerá
às instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho.
(...)
§ 4o O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar
insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo.
Portanto, verifica-se que a embargante não possui condições de arcar com as despesas
do processo, uma vez que são insuficientes seus recursos financeiros para pagar todas as despesas
processuais, fazedo jus ao benefício da AJG.
DO MÉRITO
1. DOS FATOS
A embargante foi casada com o reclamado ELIO RODRIGUES até o ano de 2009,
momento em que ocorreu o divórcio judicial das partes. Salienta-se que a partir do referido ano o imóvel
ora penhorado foi partilhado para a embargante, com o ex-marido renunciando a meação, procedendo
com a transferência de 50% do imóvel para a embargante, a qual já detinha 50%. Ainda, cumpre dizer que
o contrato de trabalho entre o exequente/embargado e a parte executada ocorreu entre 01/02/2013 até
29/05/2018, período em que o referido imóvel já não fazia parte dos bens do sócio da reclamada.
Por derradeiro, frisa-se o fato de que a embargante jamais foi sócia da empresa
reclamada/executada.
2. DO DIREITO
2.1. DA MEAÇÃO
Da leitura dos documentos acostados, verifica-se que a parte embargante foi casada
com ELIO RODRIGUES, sócio da empresa reclamada LAMBS INDUSTRIA E COMÉRCIO DE MÁQUINAS PARA
SORVETE LTDA, com o divórcio judicial ocorrendo no ano de 2009.
Outrossim, urge destacar que a parte embargante jamais figurou no quadro societário
da empresa executada, não podendo responder por eventual passivo trabalhista.
Art. 1.712. O bem de família consistirá em prédio residencial urbano ou rural, com
suas pertenças e acessórios, destinando-se em ambos os casos a domicílio familiar,
e poderá abranger valores mobiliários, cuja renda será aplicada na conservação do
imóvel e no sustento da família.
Considera-se, portanto, como imóvel residencial aquele que seja a única propriedade
utilizada pelo casal ou pela entidade familiar para moradia permanente. Referida situação está
configurada nos autos, uma vez que o bem se destina à única moradia da embargante e de suas filhas,
conforme será comprovado pela prova testemunhal requerida pela parte embargante (rol de testemunhas
no final dos presentes embargos), bem como de acordo com os documentos em anexo, os quais atestam a
propriedade do bem.
Portanto, uma vez comprovado que o bem objeto de penhora consiste em imóvel objeto
de moradia de entidade familiar, manifesta é sua impenhorabilidade. Assim entende o E. TRT da 4ª Região:
3. ROL DE TESTEMUNHAS
Francisco Godinho
RG 5031500000
CPF 606.000.000-00
Rua Saudável, 34/403
Telefone: 51 990000000
Kátia Brito
RG 1011111111
CPF 531.111.111-11
Rua Saudável, 34/202
Telefone : 51 981111111
4. DOS PEDIDOS