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EXPOSIÇÃO SOBRE UM TEMA LITERÁRIO

VÊ COMO SE REDIGE UMA EXPOSIÇÃO SOBRE UM TEMA LITERÁRIO


GIL VICENTE, FARSA DE INÊS PEREIRA
Tendo em conta a tua experiência de leitura do teatro vicentino, apresenta
a importância do cómico como expressão da crítica e fator de moralização
social, numa exposição de cento e trinta a cento e setenta palavras,
fundamentando as tuas afirmações. A tua exposição deve incluir:
• uma introdução ao tema;
• um desenvolvimento no qual explicites a importância do cómico na
crítica e na moralização da sociedade quinhentista, fundamentando as
características apresentadas em, pelo menos, um exemplo significativo;
• uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.

O QUE DEVES FAZER?


➔ Lê a instrução.

➔ Sublinha os verbos de instrução.

➔ Atenta no número de palavras do texto a produzir.

➔ Elabora tópicos para cada uma das três partes em que deve estruturar
o teu texto.

➔ Redige o teu texto.

➔ Revê a estrutura do texto.

➔ Verifica a pontuação, o vocabulário, elimina repetições, diversifica


conectores.
Tendo em conta a tua experiência de leitura do texto de vicentino,
apresenta a importância do cómico como expressão da crítica e fator de
moralização social numa exposição de cento e trinta a cento e setenta
palavras, fundamentando as tuas afirmações.

ANÁLISE DA INSTRUÇÃO E PLANIFICAÇÃO

TÓPICOS ANÁLISE DA INSTRUÇÃO

• Gil Vicente é um dramaturgo do século Introdução


XVI.
• Tempo de mudança: transição entre a
Idade Média e o Renascimento.
• Obra composta por autos e farsas com o Desenvolvimento:
intuito de divertir e moralizar.
• Farsa de Inês Pereira. • Explicação
• Denúncia de vícios sociais de toda a • Exemplificação
sociedade quinhentista:
➔ crise de valores;
➔ secundarização do papel da mulher;
➔ corrupção;
➔ exploração do povo;
➔ falta de devoção religiosa.
• Moralização. Conclusão
• Diversão.
PROPOSTA DE RESOLUÇÃO
Gil Vicente analisou a sociedade quinhentista, dando-a a
conhecer, através de uma vasta obra. A pedido do rei, escreveu Introdução
autos e farsas que divertiram e moralizaram a corte
portuguesa.
Os textos deste dramaturgo refletem a mudança das Desenvolvimento:

mentalidades desde a Idade Média ao Renascimento. As


- explicação
transformações económicas, sociais e políticas levaram a uma
crise de valores. Assim, a corrupção, a exploração do povo e a
falta de devoção são visadas através do cómico e da crítica
mordaz, em obras religiosas e profanas, nas quais ninguém foi
- exemplificação
poupado, desde o rei ao clero, passando pelo povo. Na Farsa
de Inês Pereira, retratou o quotidiano medieval, a crise do
casamento e o conflito de gerações. Ao lado de personagens -
tipo, desenhou uma jovem casadoira, que ultrapassa a sua
condição de representante das jovens medievais desejosas de
se libertarem da sua condição subalterna. Conclusão
Em suma, Gil Vicente satirizou através da personagem-tipo, da
linguagem e dos vários processos de cómico. Ao recriar o seu (166 palavras)
tempo, divertiu, como pretendiam os reis, criticou, mas
também moralizou.
Tendo em conta o conhecimento global da Farsa de Inês Pereira,
demonstra a atualidade da peça, numa exposição (130-170 palavras).
Ilustra o teu texto com referências concretas à obra. A tua exposição deve
incluir:
• uma introdução ao tema;
• um desenvolvimento no qual explicites a atualidade da peça,
fundamentando as características apresentadas em, pelo menos, um
exemplo significativo;
• uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

A atualidade da Farsa de Inês Pereira

Gil Vicente é um dramaturgo do século XVI com uma vasta obra que retrata a
sociedade do seu tempo, na transição da Idade Mádia para a época renascentista, mas,
que ainda hoje, se mantém atual.
Os temas abordados na Farsa de Inês Pereira levantam problemas que
persistem nos nossos dias e que contribuem para a atualidade da obra. Assim, a
dissimulação e a degradação de costumes constituem um mal que afeta o
funcionamento da sociedade e as relações interpessoais. As pessoas continuam a
privilegiar os bens materiais em detrimento dos valores humanos e todos os meios
parecem aceitáveis para os conseguir. A mulher continua numa posição social de
subalternidade e, mesmo no plano doméstico, impera o domínio do homem. Alguma
atualidade existe também no interesse pelas relações amorosas e pela crise do
casamento.
Em suma, se os problemas abordados na Farsa de Inês Pereira ainda se mantêm
hoje, significa que ainda falta à sociedade atual algum caminho por percorrer no
sentido da justiça e da liberdade de todos e para todos.

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