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Psicogênese da

Linguagem Oral e
Escrita
Psicogênese da Linguagem Oral e Escrita

Compreender a relevância da metalinguagem para a aprendizagem


da linguagem escrita

Responsável pelo Conteúdo:


Profa. Dra. Luciene Siccherino

Revisão Textual:
Profa. Ms. Fátima Furlan
Unidade Compreender a relevância da metalinguagem para
a aprendizagem da linguagem escrita

Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:


• Compreender a relevância da metalinguagem
para a aprendizagem da linguagem escrita

Thinkstock/Getty Images
Nesta Unidade da disciplina “Psicogênese da Linguagem Oral e Escrita:
subsídios para Alfabetização e Letramento” abordaremos a importância que a
metalinguagem possui na linguagem escrita. Vamos destacar em que medida a
metalinguagem pode contribuir para o trabalho do professor, fazendo com que as
crianças aprendam de forma mais eficiente.

Conhecemos a importância da metalinguagem na aprendizagem da linguagem escrita. Nesta


unidade, vamos abordar a relevância da metalinguagem para a aprendizagem da linguagem escrita.

O Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) possui todas as informações, materiais didáticos e


atividades referentes a esta unidade. Estão à sua inteira disposição diversos recursos, elementos
visuais e audiovisuais para auxiliar o seu processo de aprendizagem a fim de torná-lo mais
acessível, mais significativo e interativo.

Não esqueça de que você pode contar com o auxílio do professor-tutor que, prontamente,
tentará sanar suas dúvidas. Se houver problemas técnicos, você tem a possibilidade de contar
com a equipe de suporte!

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Unidade: Processos e áreas de conhecimento em Projetos

Contextualização

Conforme definição do relatório do “Grupo de Trabalho - Alfabetização Infantil: os novos


caminhos” (Brasil, 2005, p.20) “escrever consiste na capacidade de codificar graficamente os
sons correspondentes a uma palavra”.
Para o aprendiz, a percepção dos sons pode representar um problema porque existem
diferenças linguísticas entre eles. A percepção dos sons é muito importante porque cada som
falado tem uma letra certa para simbolizá-lo (Lemle, 2009).
Dito de outra forma, ao encontrar as diferenças linguísticas, a criança precisa fazer uma
análise e uma distinção consciente para saber quais são os pedacinhos que compõem a fala
corrente. Para a aprendizagem da leitura e da escrita, a criança deve ser capaz de perceber a
ligação simbólica entre as letras e os sons da fala, conseguir perceber as diferenças entre as letras
e ouvir conscientemente os sons da fala, com suas diferenças linguísticas. Daí, a importância da
habilidade de reflexão sobre a língua falada (Lemle, 2009).
Com isso, podemos dizer que expor a criança apenas ao contato com a linguagem escrita não
garante a instalação de habilidades que possibilitem o tratamento desse nível da linguagem. É essencial,
no caso do professor alfabetizador, conhecer os aspectos cognitivos envolvidos na aprendizagem da
leitura e da escrita, pois assim, o ensino pode caminhar sobre uma estrutura capaz de dar suporte às
ações planejadas por ele e auxiliá-lo durante o percurso dessas aprendizagens.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB (Brasil, 1996, Lei 9394, p. 12) traz como
objetivo principal do Ensino Fundamental proporcionar aos estudantes a formação básica para a
cidadania e por meio da escola, desenvolver a aprendizagem, “tendo como meios básicos o pleno
domínio da leitura e da escrita e do cálculo.” No entanto, os resultados de avaliações realizadas com
uma amostra de alunos brasileiros, a despeito de frequentarem a escola, não revelam competência na
leitura e na escrita (PISA, 2009; IDEB, 2011; SARESP,2009; INAF, 2011).
As pesquisas sobre aprendizagem da leitura adquiriram uma posição indiscutível dentro dos
avanços da Psicologia Cognitiva da Leitura. No entanto, as políticas públicas adotadas no Brasil,
ainda não estão acompanhando a evolução desses conhecimentos produzidos pela área. Os
resultados das pesquisas relacionadas a essa área permitem uma discussão teórica que traz à luz
os conhecimentos inerentes aos processos cognitivos envolvidos na aprendizagem da leitura e
da escrita (Brasil, 2005).
Os especialistas em alfabetização infantil, participantes da elaboração do Relatório (Brasil,
2005), destacam que assim como ocorreu em países como Estados Unidos, Inglaterra e França,
o Brasil pode ter resultados muito melhores com a utilização dos conhecimentos gerados pelas
pesquisas dentro dessa perspectiva, uma vez que esses conhecimentos podem ter vigor suficiente
para respaldar a revisão das diretrizes políticas voltadas à alfabetização.
As pesquisas demonstram que é possível desenvolver a consciência fonológica com instruções
planejadas em conjunto com as demais atividades curriculares e, que ao ter essa intenção, o
professor pode acelerar a aprendizagem da leitura e da escrita (Adams et al., 2006).

Fonte: Siccherino, L.A.F. (2013). Primeiras Fases da Alfabetização: como a intervenção em consciência
fonêmica ajuda as crianças na aprendizagem inicial da leitura. Tese de Doutorado em Educação: Psicologia
da Educação. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. PUC/SP.

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Compreender a relevância da metalinguagem para a aprendizagem da
linguagem escrita

Consciência Reflexão sobre a


Fonológica estrutura fonológica da língua

Consciência da Consciência de rima. Consciência da


segmentação das Exemplo: PETECA segmentação das
palavras em sílabas. termina com o mesmo sentenças em palavras.
Exemplo: sa – co - la som de BONECA Exemplo: o / pirulito / caiu

Consciência da aliteração.
Consciência fonêmica
Exemplo: PALHAÇO
(consciência das menores
começa com o mesmo
unidades da fala)
som de PAÇOCA.

Siccherino, 2013

De acordo com o material teórico da unidade três, a consciência fonológica refere-se à


habilidade de refletir sobre a linguagem oral de forma intencional, de acordo com as unidades
sonoras que a constituem. Dito de outro modo, a consciência fonológica faz referência à
conscientização de que a linguagem oral pode ser segmentada e os segmentos podem ser
manipulados.

Conforme já abordamos no capítulo anterior, a consciência fonológica está inserida na


metalinguagem (conforme ilustração) e pode ser entendida como:
“a habilidade de desempenhar operações mentais sobre o que é produzido
por mecanismos mentais envolvidos na compreensão de sentenças. Portanto, a
consciência metalinguística envolve tanto a consciência de certas propriedades
da linguagem quanto a habilidade de tomar as formas linguísticas como objeto
de análise”. (Mota, 2009, p.20)

A metalinguagem e todas suas habilidades são


conscientes, intencionais e precisam da instrução
formal e explícita para a aquisição.

Para o desenvolvimento da consciência fonológica os professores precisam conhecer, pelo


menos, um pouco sobre a estrutura da língua, como a fonologia, que se refere ao estudo das
regras inconscientes da produção da fala. Já a fonética refere-se ao estudo de como os sons da
fala são articulados (Adams e cols., 2006).

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Unidade: Processos e áreas de conhecimento em Projetos

O nosso cérebro faz a classificação e a percepção das menores unidades de som, a que
chamamos de fonemas. Os fonemas fazem diferença no significado porque um fonema trocado
modifica o significado da palavra, conforme o exemplo:

DADO DEDO

Imagens: Thinkstock/Getty Images

Se trocarmos o fonema /a/ pelo fonema /e/ muda o significado da palavra: a palavra
dado muda para a palavra dedo.

Dito de outro modo, os fonemas são unidades da fala, mas são representados pelas letras
da língua alfabética. Quando uma criança está aprendendo a ler e a escrever deve receber
um ensino explícito e sistematizado desses sons e das devidas correspondências com as letras
para que se tornem conscientes de como as palavras são formadas. A isso damos o nome de
consciência fonêmica.
Mas quando deve ser iniciado esse ensino?
Na Educação Infantil, as crianças podem ser iniciadas na conscientização da consciência
fonológica porque é um trabalho oral e deve ser lúdico e prazeroso. As atividades devem ser
bem planejadas e preparadas para que as crianças aprendam brincando, embora já sendo
inseridas nesse tipo de tomada de consciência da linguagem.
De acordo com Maluf e Barrera:
“É durante os anos pré-escolares e início da escolarização que as crianças
aprendem a ler e a escrever e desenvolvem a capacidade de prestar atenção
à fala analisando-a em seus diversos segmentos, a saber, fonemas, sílabas e
palavras. (1997, p. 126)”.

Vejamos alguns exemplos:

Jogos de escuta Jogos com rimas Consciência de palavras e frases

Consciência silábica Introduzindo fonemas iniciais e finais

Consciência fonêmica Introduzindo as letras e a escrita

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Jogos de Escuta
Os jogos de escuta permitem que as crianças sejam introduzidas na arte de ouvir de forma
atenta e analítica os sons da fala. Na escola, a professora pode solicitar que as crianças ouçam
diversos tipos de sons: vento, portas batendo, outras pessoas conversando, crianças cantando,
entre outros. As crianças podem permanecer de olhos fechados e ir descobrindo de onde vêm
os sons, podem ouvir poesias, músicas. A professora pode trocar as poesias e as músicas por
trechos incorretos para que as crianças identifiquem qual a parte incoerente com o habitual.
Com isso, a professora estará permitindo a inserção das crianças no trabalho metalinguístico de
ouvir de forma consciente os sons (Adams e cols, 2006).

Jogos com rimas


As rimas vão se tornando sensíveis aos ouvidos das crianças com muita facilidade. Os jogos,
as músicas, as poesias e o ritmo são excelentes atividades para iniciar as crianças no trabalho com
a consciência fonológica. O planejamento da professora deve conter atividades que convidem
as crianças a prestarem atenção e a brincar com as diferentes formas de sons que ouvirem. Essas
atividades são todas orais, uma vez que são direcionadas às crianças bem pequenas. Conforme
as crianças vão progredindo na escolarização da Educação Infantil e conhecendo as letras, a
professora poderá introduzir mais palavras nas rimas e mostrar a elas que as formas rimadas
são escritas de forma semelhante (Adams e cols, 2006).
Exemplo:

PETECA BONECA

Consciência de palavras e frases


Essa habilidade é um pouco mais complexa porque possibilitará que crianças comecem a
entender a lógica do sistema de escrita, ou seja, as crianças começam a ter consciência básica das
palavras e frases. Essa consciência será aprimorada durante todo o processo de alfabetização,
mas as crianças já podem começar a conhecer que as frases que falamos são formadas por uma
sequência de palavras com significado e que podem ser faladas e que a ordem das palavras que
falamos em uma frase pode alterar o significado.
Exemplos:
1) Palavras fora da ordem modificam o sentido da frase,

CABELO MENINA PRETO. É O

O CABELO DA MENINA É PRETO.

2) As palavras devem ser separadas por espaços em branco quando são escritas. Na fala
contínua, esses espaços em branco não são percebidos. A professora pode brincar com
as crianças colocando fichinhas para cada pedaço falado.

O CABELO DA MENINA É PRETO

iStock/Getty Images

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Unidade: Processos e áreas de conhecimento em Projetos

Consciência silábica
Depois que as crianças entenderem que as frases são formadas por palavras, a professora
pode começar a mostrar que as palavras são formadas por sequências de unidades menores:
as sílabas, que não possuem um significado, na maioria das vezes, como no exemplo a seguir:

SÍLABA COM
PÉ → SIGNIFICADO

SÍLABA SEM
BA → SIGNIFICADO

Esse trabalho é chamado de consciência silábica. É importante para desenvolver a consciência


fonêmica. Os jogos e as brincadeiras podem ser, por exemplo, bater palmas, dar pulinhos,
colocar fichinhas. Adams destaca que as palavras devem ser conhecidas pelas crianças para
serem utilizadas nos jogos para que elas possam se lembrar dos sons. Exemplo:

SAPATO SA PA TO

Introduzindo fonemas iniciais e finais


Nesse momento, a professora deve elaborar atividades para as crianças começarem a perceber
que os fonemas possuem identidades isoladas, como no exemplo:

BA → /b/ /a/

Os fonemas iniciais das palavras são mais fáceis de serem percebidos em comparação aos
fonemas finais e mediais. É importante que a criança comece a perceber que quando os fonemas
são trocados as palavras mudam de significado. Veja o exemplo:

POTE → BOTE

/p/ /b/

Conciência Fonêmica
Perceber que as palavras são formadas por fonemas significa descobrir e compreender o
princípio alfabético. Essa percepção é semelhante ao entendimento de que as frases são formadas
por palavras. Contudo, quando se trata de fonemas é mais difícil porque eles não são facilmente
percebidos na fala contínua. As palavras e as sílabas são mais fáceis de as crianças perceberem.
Essa dificuldade pode ser justificada pelo fato de os fonemas serem as menores unidades da
língua e por não terem significado.

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Uma possibilidade para as crianças perceberem os fonemas pode ser a percepção da
pronúncia, utilizando espelhos a fim das crianças observarem o movimento das próprias bocas
enquanto pronunciam as palavras.
Adams e seus colaboradores destacam:
“As pesquisas demonstram que, uma vez que as crianças tenham dominado
a consciência fonêmica dessa forma, geralmente se segue um conhecimento
útil do princípio alfabético com bastante facilidade. Isso não é de admirar:
tendo aprendido a prestar atenção e a pensar sobre a estrutura da língua dessa
forma, o princípio alfabético faz sentido. E tudo o que falta para que ele se
torne utilizável é o conhecimento da letra específica pela qual cada fonema é
representado.” (2006, p 124)

Introduzindo as letras e a escrita


Até agora as orientações se referem à estrutura da linguagem oral, embora as crianças já
começam a conhecer e as reconhecer as letras. Assim, elas passam a aprender a perceber a
correspondência entre as letras e seus respectivos fonemas. A professora pode trabalhar com a
nomeação, o reconhecimento e a escrita das letras. O trabalho pedagógico deve estar pautado
no ensino do funcionamento do alfabeto.
Segundo Adams e cols. (2006), a professora deve apresentar, primeiramente, um conjunto
limitado de letras e ensinar nas correspondências letras/fonemas. Após a familiaridade com o primeiro
conjunto de letras, a professora poderá introduzir outras. Não há a necessidade de ter pressa porque
o importante é trabalhar com as crianças de forma consciente e reflexiva (metalinguagem). Outro
fator que deve ser levado em consideração é que quando as crianças entendem a natureza do
sistema, o avanço e o entendimento delas ocorrerão de forma muito rápida e fácil, uma vez que as
crianças já terão entendido o princípio básico: as letras representam sons.
Com o início do Ensino Fundamental, a manipulação da escrita torna-se mais sistemática,
o que possibilita as aprendizagens implícitas, mas em nada diminui o esforço que a criança faz
para a aquisição da linguagem escrita.

O que dizem as pesquisas...


Pesquisas relacionadas às habilidades metalinguísticas e à aquisição da leitura sugerem que
o desenvolvimento da consciência fonológica é um bom indicador de sucesso na alfabetização
(Zuanetti, Schneck, & Manfredi, 2008; Siccherino, 2007; Gindri; Keske-Soares & Mota, 2007;
Pestun, 2005; Capovilla, Gütschow & Capovilla, 2004; Salles & Parente, 2002; Maluf & Barrera,
1997; Capovilla & Capovilla, 1997; Soares & Cardoso-Martins, 1989).
Apontam, também, que programas de intervenção em consciência fonológica são facilitadores
para aquisição da leitura e da escrita (Carvalho, 2010; Santos, 2004).
Barrera (2003) verificou que os alunos prestam mais atenção no aspecto sonoro e segmental
da linguagem oral, no momento de aquisição da linguagem escrita. Para a autora a consciência
fonológica representa um facilitador para o processo de aprendizagem da escrita.
Vários autores são favoráveis ao trabalho mencionado nesta unidade, de que as atividades
pedagógicas que visam o desenvolvimento da consciência fonológica podem ser facilitadoras no
desenvolvimento da consciência fonológica em seus vários níveis, promovendo a percepção de
palavras enquanto sequências sonoras, possibilitando a análise e síntese dos sons dos quais as palavras
são formadas. (Roazzi e Dowker, 1989; Maluf e Barrera, 1997; Adams e colaboradores, 2006).

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Unidade: Processos e áreas de conhecimento em Projetos

As atividades de intervenção fonológica e fonêmica vêm sendo bastante estudadas na


literatura da Psicologia Cognitiva em diversos países. Os estudos sobre essas intervenções
mostram de maneira clara que o desenvolvimento da consciência fonológica indica sucesso na
alfabetização das crianças.
Outros estudos mostram (Dehaene, 2012; Snowling, 2012) que o desenvolvimento da consciência
fonológica também é importante para crianças com dislexia, tendo em vista de que essa consciência é
uma das habilidades prejudicadas e tem consequências diretas na alfabetização.

Concluindo
Diante disso, podemos dizer que as crianças, desde pequenas são capazes de utilizar a
linguagem como forma de comunicação. Sem um ensino formal e explícito, as crianças vão
adquirindo o conhecimento linguístico de forma implícita porque estão inseridas em um meio
social no qual as pessoas utilizam a linguagem oral para se comunicar.
Entretanto, quando se trata da linguagem escrita, é necessário o conhecimento linguístico que
envolve a manipulação intencional da linguagem, como objeto de pensamento. É aqui que podemos
citar a metalinguagem, ou seja, a habilidade de refletir sobre os aspectos formais da língua.
Desde a década de 1980, vários pesquisadores da área da Psicologia Cognitiva vêm
apresentando interesse em estudar os aspectos metalinguísticos. Hoje, há um consenso de que
o conhecimento metalinguístico está relacionado à aquisição da linguagem escrita. Os estudos
demonstram que para essa aprendizagem deve haver certo grau de reflexão sobre a linguagem.
Além disso, os estudos mostram que a reflexão sobre a linguagem é fruto de um ensino explícito,
ou seja, de natureza escolar.
Sobre a importância da metalinguagem Roazzi e Carvalho destacam: “Quanto mais a criança
possui experiências com a linguagem e quanto mais reflete sobre seu uso, maior será sua
consciência metalinguística.” (1995, p. 480).
De acordo com a literatura da área e com as pesquisas, podemos afirmar que a metalinguagem
e suas diferentes habilidades são essenciais para a aprendizagem da linguagem escrita,
especialmente a consciência fonológica, uma vez que ela se refere à reflexão da linguagem em
várias unidades: sons, frases, palavras, letras e fonemas.
Devemos adquirir cada vez mais conhecimentos a respeito de questões que cercam a
aprendizagem da linguagem escrita, os estudos mais recentes e as implicações pedagógicas
trazidas por esses estudos.
Na medida em que os resultados de pesquisas vão surgindo mais questões técnico-
metodológicas vão sendo preparadas. Diante disso, mais conhecimentos vão chegando para
auxiliar os profissionais da educação a lidar com as questões da alfabetização.
Por fim, Maluf e Gombert, (2008, p. 134), afirmam:
Pesquisas recentes, realizadas no contexto da teoria cognitiva da leitura, vêm
produzindo evidências de que o método de alfabetização mais eficiente é aquele
que favorece a instalação de duas competências básicas: consciência fonêmica
e o domínio do princípio alfabético. Aí reside a captação da lógica indispensável
para aprender a ler e a escrever.

As pesquisas e seus resultados podem dar aos profissionais da Educação conhecimentos


sobre os processos implicados na aprendizagem da leitura. A partir desses conhecimentos, os
profissionais podem desenvolver práticas e procedimentos que possam permitir um ensino mais
eficiente e eficaz.

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Material Complementar

Para ampliar seus conhecimentos, leia os dois artigos científicos indicados a seguir:

Revista CEFAC
Vol. 16, n. 1, pp. 328-335, Out, 2012
A influência das habilidades em consciência fonológica na terapia para os desvios
fonológicos
Carolina Lisbôa Mezzomo et.al

Psicologia Escolar e Educacional


Vol.8 n.2 Campinas Dec. 2004
O desenvolvimento da consciência fonológica e sua importância para o processo
de alfabetização
Flavia Lopes - Universidade São Francisco

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Unidade: Processos e áreas de conhecimento em Projetos

Referências

ADAMS, M. e cols. Consciência Fonológica em crianças pequenas. Artmed. 2006.

DEHAENE,S. Os neurônios da leitura: como a ciência explica a nossa capacidade de ler.


Porto Alegre: Penso. 2012.

FARACO,C. A. Linguagem Escrita e Alfabetização. São Paulo: Contexto. 2012.

GUIMARÃES, S. R. K.; Maluf, M.R. Aprendizagem da linguagem escrita: contribuições


da pesquisa. Vetor. 2010.

MALUF, M. R.; CARDOSO-MARTINS, C. Alfabetização no século XXI: como se aprende a


ler e a escrever.Porto Alegre:Penso. 2013.

MORAIS, J. Criar Leitores para Professores e Educadores. Manole.2013.

________. A arte de ler. Unesp. 1996.

SNOWLING, M. ; Hulme, C. A Ciência da leitura. Penso. 2013.

PULIEZI, S. Ensinando com sons e letras. Schoba. 2012.

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Anotações

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