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MANUAL DO

D
PROFESSOR

L
N
P
JEFFERSON CEVADA

TEMPOPROJETOs INTEGRADORES

JOVEM
IA

MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAs


U

&
G
G
U
IA
P
N
L
D
D
L
JEFFERSON CEVADA

TEMPOPROJETOs INTEGRADORES

N
JOVEM
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAs P MANUAL DO
PROFESSOR
IA
U

Jefferson Cevada
Licenciado em Matemática pela Universidade
Federal de Mato Grosso (UFMT). Foi professor e coor-
denador da rede pública de São Paulo. Editor e ela-
G

borador de conteúdos didáticos.

1a edição, São Paulo, 2020


D
© 2020 Kit’s Editora

L
Direção administrativa
Jane Soraya Apolinário

Direção editorial

N
Lourisnei Fortes Reis

Coordenação editorial
Wellington Oscar

Equipe M10 Editorial

P
Projeto gráfico de capa e miolo:
Thais Ometto

Edição:
Angela Leite

Assistência editorial:
IA
Henrique Augusto Nogueira

Produção editorial:
Fernanda Azevedo
Vanessa Alves

Coordenação da diagramação:
Eduardo Enoki

Diagramação:
U

Fanny Sosa
Nathalia Scala

Preparação e revisão:
Brenda Silva
Jéssica Silva
G

Ilustrações:
Alexandre Romão

Iconografia:
Denis Domingues
Eduardo Enoki

Kit’s Editora Comércio e Indústria Ltda. - EPP


Rua Henrique Sam Mindlin, 576 - Piso Superior
Jardim do Colégio - São Paulo - SP
CEP: 05882-000
Tel.: (11) 5873-4363
www.kitseditora.com.br/
D
Crédito: Peshkova/ Shutterstock
L
N
Apresentação
P
Ao aceitar percorrer novos caminhos, um itinerante sabe que pode-
rá apreciar paisagens desconhecidas, usufruir de meios de transporte
IA
diversos e ter oportunidade de alcançar destinos pouco familiares. São
essas ações que estimulam o olhar de quem planeja viajar. O conheci-
mento chega por diversos canais, e os impactos do que se conhece se
encaixam aos que já estão na bagagem ou os complementam. Alguns,
inclusive, podem alterar quase toda a bagagem!
A chave para o conhecimento não tem dono único: as situações,
as pessoas, os espaços, os tempos... tudo influi para abrir ou fechar
U

aquilo que se deseja explorar e investigar.


Aprender por meio de projetos é uma viagem que pode ser planejada
e que, mesmo assim, tem o inesperado e o aberto como possibilidades
favoráveis no processo de descobrir o mundo externo e o interno.
G

Este é seu livro. Com ele desejamos inspirá-lo a transitar pelo que
pode ser ora familiar, ora inusitado, segundo aquilo que há em sua
própria bagagem e segundo o que você está disposto a transformar.
Boas descobertas!
O autor
Sumário

D
L
PROJETO
1 Corpo sempre jovem

N
#Ficha: projeto 1........................................................... 8
1o Trajeto: Variação de grandezas................................................ 14
2o Trajeto: Unidades de medida................................................... 22
3o Trajeto: Transformações homotéticas...................................... 26

P
#múltiplos destinos...................................................... 32
IA
2
PROJETO

Tempo de participar
#Ficha: projeto 2........................................................... 34
1o Trajeto: Pesquisa amostral........................................................ 40
2o Trajeto: Medidas de posição.................................................... 58
U

#múltiplos destinos...................................................... 63

3
G
PROJETO

Conexões cotidianas

#Ficha: projeto 3........................................................... 66


1o Trajeto: Grandezas derivadas................................................... 72
2o Trajeto: Algoritmos................................................................... 82
3o Trajeto: Fluxogramas................................................................ 92

#múltiplos destinos...................................................... 98
D
4
PROJETO

L
Encontro dos tempos
#Ficha: projeto 4........................................................... 100

N
1o Trajeto: Análise crítica de gráficos............................................ 106
2o Trajeto: Taxas e índices............................................................. 120

#múltiplos destinos...................................................... 132

5 P
PROJETO

Antes de escolher
IA
#Ficha: projeto 5........................................................... 134
1o Trajeto: Problemas de contagem............................................. 140
2o Trajeto: Eventos aleatórios....................................................... 154
3o Trajeto: Cálculo de probabilidades.......................................... 162

#múltiplos destinos...................................................... 168


U

6
PROJETO
G

Poupar verde
#Ficha: projeto 6........................................................... 170
1o Trajeto: Orçamento familiar...................................................... 176
2o Trajeto: Juros simples............................................................... 188
3o Trajeto: Juros compostos......................................................... 194

#múltiplos destinos...................................................... 200


#conheça seu livro

D
Conheça a estrutura e a organização do seu livro de projetos.

L
FICHA DO PROJETO

Apresenta de forma

N
resumida o percurso
do projeto, os
objetivos principais, as
competências gerais,
os materiais a serem

P
usados, o produto
final etc.
IA
ABERTURA

Explore, de modo
intuitivo, o tema
do projeto e tome
contato com a
U

questão desafiadora.
G

#VOCÊ NO COMANDO

Identifique, pelo
mapa de percurso,
os trajetos, a síntese
dos conteúdos
matemáticos e o
produto final. Inicie a
jornada do tema com
Notas de viagem.

6
D
Matemática: competência 2 EM13MAT202

L
LINGUAGENS: competência 4 EM13CHS403

Ao longo dos projetos,


há indicações de
quais competências e

N
habilidades estão sendo
trabalhadas.

P TRAJETOS

Em cada projeto, você


vai percorrer dois ou
IA
três trajetos, que serão
finalizados com duas
questões reflexivas. Ao
longo dos trajetos, usufrua
das fontes diversificadas
para compor seus
caminhos investigativos.
U
G

#MÚLTIPLOS DESTINOS

Chegue ao término
do projeto para
ajustar seu produto
final e abra novas
possibilidades em
Outros destinos.

7
D
R O J E T O 1
F i ch a: P

L
#

N
P
Nome do projeto Corpo sempre jovem

Tema integrador STEAM

Objetivos a serem • Recuperar conceitos elementares tais como proporcionalidade, variação de grandezas,
tendência, medidas, entre outros.
desenvolvidos • Reconhecer grandezas em situações-problema e classificá-las em diretamente
IA
proporcionais, inversamente proporcionais ou não proporcionais.
• Interpretar criticamente textos de circulação social que envolvam variação de grandezas.
• Analisar criticamente gráficos de segmentos envolvendo fatos sociais e estimar valores
para projeções futuras, com ou sem apoio de tecnologias digitais.
• Interpretar e compreender textos científicos ou divulgados pelas diversas mídias que
empregam unidades de medida de diferentes grandezas.
• Reconhecer significados de medidas publicados em textos científicos ou pelas diversas
mídias, envolvendo os avanços tecnológicos.
• Utilizar as noções de transformações homotéticas na construção de figuras poligonais
elementares, com ou sem apoio de tecnologias digitais.
• Utilizar as noções de transformações homotéticas para analisar elementos do corpo
humano quando este é visto em processos de transformação cultural.
U

• Elaborar perguntas de caráter social que envolvam noções matemáticas na busca de


soluções.
• Buscar soluções para questões sociais (como a manutenção do corpo jovem) que envolvam
noções de: variação de grandezas, unidades de medida e transformações homotéticas.
• Compor música ou poema que demonstre posicionamento crítico em relação às
transformações sociais que interferem na construção da imagem do corpo.
G

Justificativa da As transformações sociais e culturais decorrentes da vida contemporânea urbana trouxeram


impactos no processo de evolução do corpo humano. O aumento da expectativa de
pertinência dos vida, os avanços tecnológicos da medicina, a exploração dos limites do corpo pela arte
são apenas alguns fatores que se entrelaçam na composição desses impactos. Alguns
objetivos
desses fatores podem ser melhor compreendidos se, por meio de um olhar matemático,
for possível reconhecer: a natureza de algumas grandezas envolvidas, os significados
e as relações entre medidas, a preservação ou a deformação de alguns elementos das
transformações homotéticas quando o corpo é a “figura” em transformação. A compreensão
desses entrelaçamentos favorece a investigação, a reflexão e a análise crítica de contextos,
questões, procedimentos e representações que ora extrapolam o campo da Matemática,
ora extrapolam o campo das Ciências Naturais. Todavia, prestam serviço à formação do
estudante por abrir possibilidades para pensar, elaborar perguntas e se lançar à busca de
possíveis respostas.

8
D Freepik
Competências gerais 1. (conhecimento)

L
Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social,
cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para
a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
2. (pensamento científico, crítico e criativo)
Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo
a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar

N
causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive
tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
7. (argumentação)
Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e
defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos
humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional
e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do

P
planeta.

Competências Matemática: competência 1


Utilizar estratégias, conceitos e procedimentos matemáticos para interpretar situações em
específicas diversos contextos, sejam atividades cotidianas, sejam fatos das Ciências da Natureza e
Humanas, das questões socioeconômicas ou tecnológicas, divulgados por diferentes meios,
de modo a contribuir para uma formação geral.
Linguagens: competência 1
IA
Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e práticas culturais (artísticas,
corporais e verbais) e mobilizar esses conhecimentos na recepção e produção de discursos
nos diferentes campos de atuação social e nas diversas mídias, para ampliar as formas de
participação social, o entendimento e as possibilidades de explicação e interpretação crítica
da realidade e para continuar aprendendo.

Habilidades (EM13MAT101) Interpretar criticamente situações econômicas, sociais e fatos relativos às


Ciências da Natureza que envolvam a variação de grandezas, pela análise dos gráficos das
trabalhadas funções representadas e das taxas de variação, com ou sem apoio de tecnologias digitais.
(EM13MAT103) Interpretar e compreender textos científicos ou divulgados pelas mídias,
que empregam unidades de medida de diferentes grandezas e as conversões possíveis
entre elas, adotadas ou não pelo Sistema Internacional (SI), como as de armazenamento e
U

velocidade de transferência de dados, ligadas aos avanços tecnológicos.


(EM13MAT105) Utilizar as noções de transformações isométricas (translação, reflexão, rotação
e composições destas) e transformações homotéticas para construir figuras e analisar
elementos da natureza e diferentes produções humanas (fractais, construções civis, obras de
arte, entre outras).
(EM13LGG104) Utilizar as diferentes linguagens, levando em conta seus funcionamentos, para
a compreensão e produção de textos e discursos em diversos campos de atuação social.
G

Recursos e materiais • Dispositivo para reprodução de mídia, com acesso à internet.


• Aplicativo de matemática dinâmica que combina conceitos de geometria e álgebra.
• Livros didáticos de Matemática diversos para pesquisa de conceitos.
• Caderno ou bloco de anotações.
• Lápis grafite.
• Caneta.
• Borracha.

Produto final e Produto final: criação de peça artística com conteúdo que demonstre imaginação, reflexão e
análise a respeito da evolução do corpo ao longo da história.
intervenção social Intervenção social: evento cultural com a comunidade escolar.

9
?

D
L
• Como será o corpo
humano do futuro?

N
aastock/ Shutterstock
P
IA
U

Montagem representando reversão de envelhecimento biológico, composta


por meio de software de manipulação de imagens.
G

• Observem a imagem. Que sensação ela


causa em vocês?
• Vocês acham que, no futuro, será de fato possível
retardar o envelhecimento? Por quê?
• Vocês se preocupam com o envelhecimento
do corpo? E com a saúde?
E com a aparência estética? Por quê?

10
D
CORPO SEMPRE

L
JOVEM
N
STEAM
P

Irzhanova Asel/ Shutterstock


IA
U

1
PROJETO
G

Reduzir a velocidade
do processo de en-
velhecimento é uma
das buscas que o
conhecimento huma-
no deseja desvendar.

11
#VOCÊ NO COMANDO

D
INÍCIO

L
N
Neste projeto, você
vai percorrer trajetos
que envolvem a te- Notas de viagem
mática da evolução
do corpo e as trans- 1. Para cada dupla de palavras, escreva uma frase. Anote-as
formações nos hábi-
no seu diário do navegador.

P
tos humanos.
DUPLA DE PALAVRAS FRASE
corpo e tempo

tempo e medir

corpo e proporcional
IA
2. Observe as mãos que seguram este relógio.

Bystrov/ Shutterstock
CONFLUÊNCIAS --
LONGA-METRAGEM
Envelhescência. Direção:
U

Gabriel Martínez. Brasil,


2015. 84 min.
Uma visão do que é a
velhice nos dias atuais. À
margem dos estereótipos
G

impostos aos idosos,


seis pessoas, todas com
mais de 60 anos de
idade, demonstram novas
possibilidades ao processo
de envelhecimento: a
Esgotam-se as partículas do tempo de uma pessoa. A mão humana não pode segurar
velhice pode ser vibrante e
para sempre o tempo.
não apenas brilhante! Para
se surpreender, sonhar • Como você imagina essa pessoa?
e refletir sobre o que • Hoje é impossível ter um corpo jovem por séculos. Você
verdadeiramente importa
acredita que um dia isso será possível?
na vida.

12
MÚLTIPLOS

D
destinos

L
As possibilidades
humanas de agir
sobre o corpo nos
dias atuais estão na
essência das trans-
Apresente um produto
formações dele.
final para os colegas:

N
uma música como crítica
à “evolução” do corpo.

Variação de
TRAJETO

01 grandezas

P transformações
TRAJETO

03 homotéticas
IA
Você vai lidar com va-
riação de grandezas
e análise de gráficos.

Acompanhe a preci- CONFLUÊNCIAS --


são das medidas
na robótica.
CURTA-METRAGEM
Alike. Direção: Daniel Martínez Lara e Rafa Cano
U

Méndez. Espanha, 2015. 8 min.


UNIDADES
TRAJETO

A rotina de um pai e seu filho. Será o filho, um

02 DE MEDIDA
dia, igual ao pai no futuro? O tempo passa...
e que impactos ele causa na transformação
do corpo? Observe o que muda no corpo dos
G

personagens. A rotina da vida moderna impõe


mudanças no corpo, a menos que...

Observe as transformações
homotéticas em figuras.
Será que elas também
ocorrem no corpo humano?

13
1 trajeto:

D
0

Variação de

L
grandezas Hoje vivemos mais
A média de expectativa de vida dos brasileiros aumentou nos

N
últimos anos. Vários são os fatores que levaram a esse aumento, co-
mo o crescimento econômico do país, o acesso a sistemas de saúde,
água tratada e esgoto, aumento do consumo, entre outros. Leia o
que afirmam estudos feitos pelo IBGE.
Matemática: competência 1 EM13MAT101

P
Julio-FotoVideo/ Shutterstock
IA
U
G

A expectativa de vida vem aumentando a cada ano no Brasil.

14 | PROJETO 1 | CORPO SEMPRE JOVEM


D
EXPECTATIVA DE VIDA DOS BRASILEIROS AUMENTA PARA 76,3 ANOS EM 2018

A expectativa de vida dos brasileiros aumentou em 3 meses e 4 dias, de 2017 para 2018,
alcançando 76,3 anos. Desde 1940, já são 30,8 anos a mais que se espera que a população viva.
Os dados são das Tábuas Completas de Mortalidade, divulgadas hoje pelo IBGE.

L
Para as mulheres, espera-se maior longevidade: 79,9 anos. Já a expectativa de vida ao nascer
para os homens ficou em 72,8 anos em 2018. Mas essa diferença, chamada de “sobremortalidade
masculina”, é mais acentuada conforme a faixa etária. Um homem de 20 a 24 anos tinha, em
2018, 4,5 vezes menos chances de chegar aos 25 anos do que uma mulher.

N
“Esse fenômeno pode ser explicado por causas externas, não naturais, que atingem
com maior intensidade a população masculina”, explica o pesquisador do IBGE Marcio
Minamiguchi. [...]
Cabe ressaltar que a expectativa de vida muda conforme o ano de nascimento da pessoa e o

P
sexo. Por exemplo, quem está com 30 anos agora terá um tempo médio de vida diferente de quem
acabou de nascer, é a chamada projeção de sobrevida.
• Aos 30 anos: 48,7 de expectativa de sobrevida, ou seja, expectativa de vida de 78,7 anos.
• Aos 40 anos: 39,5 de expectativa de sobrevida, ou seja, expectativa de vida de 79,5 anos.
• Aos 50 anos: 30,7 de expectativa de sobrevida, ou seja, expectativa de vida de 80,7 anos.
IA
• Aos 60 anos: 22,6 de expectativa de sobrevida, ou seja, expectativa de vida de 82,6 anos.
• Aos 70 anos: 15,3 de expectativa de sobrevida, ou seja, expectativa de vida de 85,3 anos.
• Aos 80 anos ou mais: 9,6 de expectativa de sobrevida, ou seja, expectativa de vida de
89,6 anos ou mais.
Fonte: CRELIER, Cristiane. Expectativa de vida dos brasileiros aumenta para 76,3 anos em 2018. Agência IBGE, 28 nov. 2019.
Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/26103-expectativa-de-vida-
dos-brasileiros-aumenta-para-76-3-anos-em-2018. Acesso em: jan. 2020.
U

1. Considere as informações do texto: conforme


a idade aumenta, o que acontece com a VIA LATERAL
expectativa de vida? Como está variando Você já ouviu falar em
a sequência das idades? E a sequência das “proporcionalidade”? Sabe
G

expectativas de sobrevida? Analise as duas o que significa? Pesquise


sequências e compare-as. e depois compartilhe com
2. A idade e a expectativa de sobrevida estão os colegas, buscando
variando na mesma proporção ou, de outro complementar o que você
modo, apresentam proporcionalidade? descobriu.

3. Você já pensou sobre quanto tempo gostaria


de viver? Em um projeto de futuro, o que você gostaria de vivenciar? Considere
que ao alcançar 30 anos sua expectativa de sobrevida será maior do que a
exposta nos dados acima apresentados.

1o TRAJETO — VARIAÇÃO DE GRANDEZAS | 15


VIA EXPRESSA Grandeza

D
É uma propriedade de objeto, pessoa, substância ou fenômeno que
pode ser medida ou contada. Exemplo: comprimento, custo, tempo,
concentração de solução química, armazenamento de dados e outros.

L
Grandezas são diretamente proporcionais se o aumento (ou a
ACESSO rápido para nocões básicas diminuição) de uma delas causa na outra o aumento (ou a diminuição)
em igual proporção constatada na primeira. Sendo x e y as medidas
FAÇa das grandezas, existe uma constante k positiva, tal que y = k ? x.

N
EM SEU Grandezas são inversamente proporcionais se o aumento (ou a
CADERNO
diminuição) de uma delas causa na outra a diminuição (ou o aumento)
em igual proporção constatada na primeira.
Sendo x e y as medidas das grandezas, existe uma constante k

P
1
positiva, tal que y = k ? x .
Grandezas não são proporcionais se nem o aumento nem a dimi-
nuição de uma delas causa na outra aumento ou diminuição em igual
proporção constatada na primeira, ou seja, não há proporcionalidade
entre as grandezas envolvidas.
IA
1. Considere as três situações a seguir.
a) Um ciclista peda- b) Uma lanchonete ven- c) Uma adolescen-
lando a 15 km/h de a R$ 25,50 qualquer te de 15 anos
chega a seu des- um de seus lanches. mede 1,65 m
tino em 4 horas. Miguel e seus três de altura. Qual
Em quanto tem- amigos querem saber: será a altura de-
U

po ele chegaria a quanto vão gastar ao la quando tiver


esse mesmo des- todo, sabendo que ca- 20 anos?
tino se pedalasse da um vai consumir um
a 20 km/h? lanche?
Imagens: Freepik

?
G

• Analise cada uma dessas situações e classifique as


grandezas relacionadas em: diretamente proporcionais,
inversamente proporcionais ou não proporcionais.
2. Faça no caderno três listas com situações do cotidiano que
envolvam grandezas, de modo que: na primeira, as grandezas
sejam diretamente proporcionais; na segunda, sejam
inversamente proporcionais; na terceira, sejam não proporcionais.
Pesquise em livros didáticos diversos e continue aprendendo sobre Grandezas e proporcionalidade.

16 | PROJETO 1 | CORPO SEMPRE JOVEM


Variação na expectativa de vida

D
Ao longo dos anos, a expectativa de vida dos brasileiros vem
mudando.

L
EXPECTATIVA DEDE
EXPECTATIVA VIDA DODO
VIDA BRASILEIRO
BRASILEIROAOAONASCER
NASCER(1940-2020)
(1940-2020)

80 76,7
73,9
69,8
65,3

Romão/ M10
62,5

N
60 57,6
52,5
48
45,5

40

P
20

0
1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020
IA
Fontes: Agência IBGE, Brasilprev, The World Bank.
O convívio intergeracional é rico em
troca de experiências.
O aumento da expectativa de vida resultou em maior longevi-
dade. Uma consequência desse fato é que aumentou o número de
famílias compostas por três ou quatro gerações convivendo. Isso CONFLUÊNCIAS --  VÍDEO
causou mudanças na configuração das famílias e criou situações Expectativa de vida no
que envolvem formas alternativas para lidar com o envelhecimento Brasil – IBGE Explica.
U

e enfrentar as diferenças intergeracionais. Assista a esse vídeo e


tome nota dos conceitos
que julgar necessários
1. De quanto foi a variação da expectativa de vida de 1940 a 2019? para seu diário do
2. Considere os dados do gráfico apresentado e as navegador.
G

informações citadas no vídeo. Você acha que, de fato,


será possível quatro ou mais gerações conviverem? Anote
seus principais argumentos com base nessas e em outras
informações que julgar necessário pesquisar.
DICA: Pesquise
os Indicadores do
Desenvolvimento Mundial
!
nos dias atuais e descubra
3. Reflita sobre estas questões: se existem estimativas
a) Você já pensou que poderá conviver com seus bisnetos ou desses indicadores para
até trinetos? o futuro.
b) Você vê como positivo o convívio familiar com pessoas
idosas? Por quê? Cite exemplos de situações que ilustrem
sua resposta.

1o TRAJETO — VARIAÇÃO DE GRANDEZAS | 17


VIA EXPRESSA gráficos

D
gráfico de segmentos

L
A expectativa de vida, calculada a cada ano, é um número médio
de anos que podem viver os indivíduos de uma população de nascidos
ACESSO rápido para nocões básicas
naquele ano. O gráfico de colunas que você explorou anteriormente
representa essa informação de maneira visual. Os gráficos represen-
FAÇa

N
tam a relação entre duas grandezas. Naquele gráfico de barras, as
EM SEU
CADERNO duas grandezas coincidentemente são o tempo: o tempo como data
anual (variando de 1940 a 2020, em intervalos uniformes) e o tempo
como duração em anos (de 45,5 a 76,7).
O gráfico a seguir foi construído com base nesses mesmos da-

P
dos, porém a linha contínua mostra a tendência dos dados a cada
segmento.

EXPECTATIVA DE VIDA AO NASCER ­--  BRASIL (1940-2020)


IA
80
76,7
69,8 73,9
70

60
Idade (em anos)

50

40
45,5
30

20
U

10

1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 Ano

Fontes: Agência IBGE, Brasilprev, The World Bank.


G

1. Forme um grupo com quatro colegas: uma dupla deve


utilizar uma malha quadriculada e reproduzir esse gráfico
VIA LATERAL
tal como está colocado aqui; a outra dupla deve utilizar um
Você já ouviu falar em aplicativo editor de planilhas ou outra ferramenta digital
“tendência”? Sabe o
para a construção do gráfico de linhas com base em dados
que significa? Pesquise e
já estabelecidos.
depois compartilhe com
os colegas, buscando 2. Tragam os gráficos para a aula e os exponham, lado a lado,
complementar o que em um mural. Comente com a turma os desafios que as duas
você descobriu.
duplas enfrentaram no processo de construção desses gráficos.

18 | PROJETO 1 | CORPO SEMPRE JOVEM


Gráficos e estimativas

D
O gráfico de segmentos (ou gráfico de linhas) é especialmente
útil quando se deseja comparar valores que variam no decorrer do
tempo. Considere este gráfico.

L
CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA (1940-2010)

População (em milhões de habitantes)


200

N
180

160

140

P
120

100

80

60
IA
40

20
Ano VIA LATERAL
1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010
Você sabe qual é o último
Fonte: IBGE. Censo do IBGE?

Pesquise a respeito e
U

1. Reproduza o gráfico apresentado (em papel quadriculado depois compartilhe com


ou utilizando algum aplicativo de construção de gráficos, os colegas o que você
descobriu; troquem ideias.
como o GeoGebra). Com o auxílio de uma régua (ou com o
No intervalo de 1990 a
recurso correspondente do aplicativo), ligue os dois pontos
2010, é possível observar
G

referentes a 1990 e 2010. Observe o quão próximo é esse a variação da população


segmento obtido dos segmentos que já estavam no gráfico. para descobrir a tendência
dos dados. Essa tendência
2. Prolongue o segmento que contém os pontos de 1990
pode ser obtida, fazendo­
e 2010 até atingir o ponto que corresponde a 2030.
‑se uma representação de
Localize esse ponto no gráfico e determine a estimativa da um único segmento de reta
população (em milhões de habitantes) para o ano de 2030. nesse intervalo. Supondo
Troque ideias com os colegas sobre como vocês fizeram. que essa tendência se
Expressem a opinião de vocês sobre esse resultado mantenha a mesma de

!
estimado e as possibilidades para que essa previsão de 1990 a 2010, é possível
estimar a população
fato se realize.
para 2030.
Pesquise em livros didáticos diversos e continue aprendendo sobre Gráficos e taxas de variação.

1o TRAJETO — VARIAÇÃO DE GRANDEZAS | 19


Notas de viagem

D
1. Retome o gráfico de linhas referente à expectativa de vida.

EXPECTATIVA DE VIDA AO NASCER --  BRASIL (1940-2020)


80

L
69,8 73,9 76,7
70
60

Idade (em anos)


50
45,5

N
40

30

20

10

P
1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 Ano
Fontes: Agência IBGE, Brasilprev, The World Bank.

• Com base na tendência dos dados, estime a expectativa


de vida de um brasileiro ao nascer em 2030.
IA
2. Observe o gráfico a seguir.

PRÁTICA DE ESPORTE E/OU ATIVIDADE FÍSICA


Prática de esporte e/ou atividade física
Na população com 15 anos ou mais de idade, em %

100
U

37,9 36,3 36,6 37,5 40,8 41,1

0
sil

ste

te

ste
Su
rt

des
Bra

No
rde

-Oe
Su
No

tro
G

Cen

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, 2015.

Com base no gráfico, responda às questões a seguir no seu


VIA LATERAL diário de navegador.
a) Qual região do Brasil tem a menor variação entre a
Comparando as taxas das
média do Brasil e a própria taxa? De quanto é essa
regiões Nordeste e Norte,
variação?
vemos que há uma variação
de 0,3 em favor da região b) Qual região do Brasil tem a maior variação entre a
Norte, pois: média do Brasil e a própria taxa? De quanto é essa
36,6 – 36,3 = 0,3. variação?

20 | PROJETO 1 | CORPO SEMPRE JOVEM


3. Observe uma pintura que retrata dois camponeses e uma

D
paródia dela.

Grant Wood/ The Art Institute of Chicago Museum

©Wisconsinart/ Dreamstime.com
L
N
American Gothic (1930), de Grant Wood. Óleo sobre
tela, 62,4 cm × 74,3 cm.
P
Paródia da obra American Gothic, feita com apoio
de software.
IA
Compare a obra original com a paródia.
a) Como você interpreta, na paródia, o envelhecimento?
E o impacto da tecnologia para o bem-estar do corpo?
Que transformações você imagina que ocorreram da
obra original para a paródia?
b) A paródia substitui os personagens humanos por outros
robóticos. A questão do envelhecimento do corpo terá
U

sido resolvida dessa maneira?


c) Escreva um texto curto com suas ideias ou produza

?
um esquema visual que explicite as transformações
ocorridas entre as duas imagens. Depois poste na sua
rede social preferida.
G

>> QuestÕES finais do 1O trajeto


Primeiro pesquise. Depois, converse com todos os colegas da classe.
Pesquise dados a respeito da expectativa de vida em sua cidade. Em seguida, compare
com os dados da expectativa de vida no Brasil.
Considerando que as pessoas estão vivendo por mais tempo, qual o legado, que você
reconhece como um valor, de gerações anteriores à sua podem deixar para a sua geração?

1o TRAJETO — VARIAÇÃO DE GRANDEZAS | 21


2 trajeto:
0

D
Unidades Saúde ou robótica?

L
de medida Os avanços da robótica na área de medicina são cada vez mais
frequentes. Grandes ou microscópicos, os robôs já estão na rotina

N
dos atendimentos: aos médicos, eles oferecem precisão, por exemplo,
em cirurgias; aos pacientes, tornam a recuperação pós-operatória
mais rápida e confortável.
Matemática: competência 1 EM13MAT103

P
MAD.vertise/Shutterstock
IA
U
G

Na cirurgia robótica, destaca-se o robô Da Vinci, que atua com procedimentos precisos e
minimamente invasivos.

22 | PROJETO 1 | CORPO SEMPRE JOVEM


Uma pesquisa mostra alguns dados da vantagem de utilizar o

D
robô Da Vinci em procedimento cirúrgico para remover a próstata. CONFLUÊNCIAS --  VÍDEO

Robô Da Vinci (2019).


COMPARAÇÃO DOS DESFECHOS PARA A CIRURGIA ASSISTIDA ROBOTICAMENTE Robô que chama a
EM RELAÇÃO À CIRURGIA CONVENCIONAL ABERTA atenção pela precisão

L
milimétrica de suas
VANTAGENS E DESVANTAGENS DA CIRURGIA
incisões e suturações.
DESFECHOS (OU EVENTOS) ASSISTIDA ROBOTICAMENTE SOBRE A CIRURGIA
CONVENCIONAL

Perda sanguínea (mL) Reduz a perda de sangue, em média,

N
em 470,26 mL.

Tempo de hospitalização (d) Reduz o tempo de hospitalização,


em média, em 1,54 dias.

Tempo de cirurgia (min) Aumenta o tempo de cirurgia,

P
em média, em 37,74 min.

Fonte: Tabela adaptada de BRATS. Prostatectomia Radical Assistida Roboticamente. Boletim


Brasileiro de Avaliação de Tecnologias em Saúde, ano VI, n. 20, dez. 2012.

1. As unidades de medida mL, d e min estão


relacionadas às grandezas volume (de
IA

Motionblur Studios/ Shutterstock


sangue) e tempo (de hospitalização e
de cirurgia). Que outras grandezas
podem ser associadas a eventos da
medicina? Cite pelo menos uma
grandeza. Troque ideias com os
colegas.
U

2. A perda sanguínea pode ser


medida. Quais desses outros
eventos você acredita que
podem ser medidos: incidências
de complicações, estado
G

emocional do paciente na fase pré-


-operatória, perda sanguínea?
Explique sua resposta.
3. Caso você necessitasse ser submetido a uma
cirurgia, você confiaria em um robô para esse
procedimento? Explique sua resposta.

2o TRAJETO — UNIDADES DE MEDIDA | 23


Medir é comparar

D
O ato de medir pressupõe que já foi escolhido um padrão de
comparação – a unidade de medida – e será analisado quantas
vezes cabe essa unidade de medida naquilo que se pretende

L
medir. O quilograma, por exemplo, é a unidade de medida que
corresponde à massa de um decímetro cúbico de água (ou 1 L).
Para materializar esse padrão, foi construído um cilindro de platina
iridiada com diâmetro e altura iguais a 39 mm. Sendo assim, ao

N
enunciar o resultado de uma medida, por exemplo, “você tem massa
72 kg”, significa que sua massa corresponde a 72 unidades daquele
cilindro de platina iridiada.

P
Romão/ M10
Eu peso
72 kg.
Vamos
conferir!
IA

Capitão gancho e Sr. Smee Capitão gancho com cara de assustado: O gancho arrancado da sua mão, voa no ar.
Muitos cillindros de metal, Balança1. A massa
em leve do Capitão
desequilíbrio. Ganchoagora
Ele de braços foi acomparada
balança está emcom o quê?
equilíbrio.
são os pesos abertos, se vê o gancho na sua mão.
2. O gancho do Capitão Gancho faz parte da massa do corpo
U

dele? Explique.

Precisão com medidas


G

A eficácia da medicina robótica depende cada vez mais da preci-


são e exatidão nas medidas. O robô permite ao médico o uso de um
console do sistema robótico, com visualização tridimensional, de alta
definição e ampliação da imagem, o que facilita a compreensão da
anatomia cirúrgica com detalhes. Em pequenas incisões, o acesso a
orifícios estreitos é filmado pela câmera que transmite a um monitor
as imagens do interior do corpo.
Assim, a precisão das medi- Grandeza Precisão
das com algumas grandezas é de- Comprimento 1 mm
cisiva no resultado de um trabalho Massa 0,01 g

cirúrgico. Tempo 0,01 s

24 | PROJETO 1 | CORPO SEMPRE JOVEM


Leia este texto:

Romão/ M10
D
Sutura interrompida simples. Esse tipo de sutura é o mais usado
nas unidades de emergência.
A agulha, em forma de arco, penetra verticalmente a derme e,
após atingir o subcutâneo, inicia a perfuração curva, até alcançar

L
o outro lado da ferida. A distância entre o ponto em que a agulha
penetra a pele até a borda da ferida depende do tipo de tecido e
pode variar de 0,5 cm a 1 cm.
• Que unidades de medida aparecem nesse texto? A quais

N
grandezas elas se referem?

Notas de viagem

P
1. Observe as imagens que mostram um médico executando uma cirurgia assistida por robô.
Roman Zaiets/ Shutterstock

IA
U

As habilidades cirúrgicas do médico são potencializadas pelo sistema de cirurgia robótica minimamente invasiva. O médico con-
duz a cirurgia controlando a operação por joysticks.

?
• Você acredita que a robótica está dispensando a presença do médico?
G

Explique sua resposta.

>> QuestÕES finaIS do  2O trajeto


Leia e debata com todos os colegas da classe.
Cite alguns riscos que podem ser minimizados em decorrência da precisão
de uma cirurgia assistida roboticamente.
Quais são os efeitos da robótica no aumento da expectativa de vida? Qual é
sua opinião a respeito?

2o TRAJETO — UNIDADES DE MEDIDA | 25


3 trajeto:
0

D
Transformações O CORPO e as transformações

L
homotéticas É possível fundir as Ciências Naturais e a tecnologia para estudar
as possibilidades de transformação do corpo? Atributos do corpo

N
humano, como cheiros, movimentos, forma... tudo pode ser alterado?
Há estudos que exploram os limites e as possibilidades do corpo
Matemática: competência 1 EM13MAT105 humano em um processo de transfomação que aponta para o futuro.
LINGUAGENS: competência 1 EM13LGG104

Kiselev Andrey Valerevich/ Shutterstock


P
IA
U
G

A arquitetura do corpo e as artes sci-fi exploram a pele humana, os contornos da forma do


corpo e as possibilidades da tecnologia em transformar o corpo.

26 | PROJETO 1 | CORPO SEMPRE JOVEM


TRANSFORMAÇÃO NO ESQUEMA CORPORAL

D
O corpo se transforma desde as primeiras horas

Dragon Images/ Shutterstock


do nascimento. Depois, enquanto cresce, o cor-
po humano continua sujeito às transformações. Na

L
puberdade e adolescência, as transformações se
entrepõem umas às outras. Nessa fase, é comum
os adolescentes sentirem insatisfação e ansiedade
quanto ao esquema corporal. Os padrões estéticos

N
divulgados pela mídia interferem na identidade do
adolescente e na autoimagem do esquema corporal.
Tomar conhecimento das influências externas
(família, amigos de escola, a mídia, a sociedade em Não raro, puberdade e adolescên-

P
cia são tomadas como sinônimos: a
geral) quanto às distorções do esquema corporal – algo tão singular primeira diz respeito aos processos
biológicos de transformação que cul-
e especial por ser único – é essencial para os adolescentes, e os minam com o amadurecimento dos
adultos de seu entorno, tomarem medidas preventivas de distúrbio órgãos sexuais; a segunda diz respeito
não apenas às transformações bioló-
da imagem corporal. gicas, mas também às psicológicas e
O corpo não é só físico. O corpo é um todo composto por diver- sociais.
IA
sas dimensões em um “arranjo” complexo. Embora o aspecto físico
seja mais imediato, as dimensões psicológicas, sociais e espirituais
são, muitas vezes, desconsideradas, principalmente em campanhas

kovalto1/ Shutterstock
publicitárias.
Os adolescentes são vulneráveis à discriminação social. Em favor
da aceitação, muitos se submetem a uma alimentação inadequada
em busca de uma imagem de alta satisfação corporal.
U

1. Você acha que sua percepção a respeito do próprio corpo


leva em conta as diversas dimensões do corpo? Reflita
como você tem olhado para o corpo que tem, dando a A busca pela forma do corpo que
G

atenda aos padrões de estética gera


ele o devido valor por ser único. Anote no seu diário do distúrbio da imagem corporal.
navegador.

!
2. Forme um grupo. Com os colegas, escreva medidas a
serem priorizadas na prevenção dos distúrbios da imagem Para este trajeto, formem
grupos com quatro
corporal. Vejam exemplos:
integrantes. Mantenham
essa configuração até o
Ensinar sobre a constituição e Criar debates a respeito da final deste projeto.
mudanças do corpo durante a influência da mídia ao estimu-
adolescência. lar o corpo ideal.

Faça uma lista e publique no mural da sala.

3o TRAJETO — TRANSFORMAÇÕES HOMOTÉTICAS | 27


VIA EXPRESSA HOMOTETIA

D
A homotetia é a transformação que associa a cada ponto P um
ponto P’ do espaço (ou do plano). A representação de figuras por
meio da homotetia pode gerar ampliação ou redução de distâncias

L
e áreas a partir de um ponto fixo F. As imagens a seguir representam
ACESSO rápido para nocões básicas transformações de uma figura A em uma figura B.

F Figura A
FAÇa P

N
Q Figura B
EM SEU S
CADERNO P’ Q’
T R S’

P
T’ R’
Ampliação
Figura A
Figura B P
P’
IA
F

Redução

Definição de homotetia: dado um ponto O e um número real


k ≠ 0, define-se a homotetia de centro O e razão k como a transfor-
U

mação que leva um ponto A ao ponto A’, de modo que: OA’ = k ∙ OA.
Note que é possível ter dois tipos de homotetias: homotetia direta
(k > 0) ou homotetia inversa (k < 0).
G

Romão/ M10

k>0 k<0
Um dos principais significados de homotetia está associado à
ideia de transformação.

28 | PROJETO 1 | CORPO SEMPRE JOVEM


1. Junte-se a um colega e, utilizando o aplicativo GeoGebra,

D
construam um triângulo ABC e uma ampliação por CONFLUÊNCIAS _ APLICATIVO
homotetia direta e outra por homotetia inversa. Acesse ou baixe um
aplicativo de Matemática
2. Se possível, imprima o trabalho que realizaram e exponham
dinâmica que combine
no mural da sala de aula.

L
conceitos de Geometria e
3. Com esse mesmo colega, reproduzam um olho estilizado Álgebra.
geometricamente. Vocês podem escanear a imagem abaixo Se tiver dificuldades,
busque por tutoriais que
e importar para o GeoGebra.

Romão/ M10
auxiliam nas etapas de

N
Escolham um valor constante k de instalação.
homotetia tal que 1,5 < k < 5,5.
4. Observe estes rostos.
Romão/ M10

P
VIA LATERAL

O matemático francês
Michel Chasles (1793-
-1880) cunhou a palavra
homotetia, compondo
IA
homo (similar) com tetia
Apenas dois deles têm uma relação de homotetia entre si.
(posição), ambos termos
Descubra quais são. Para os outros dois, escreva um texto
gregos.
explicando por que não apresentam essa relação, com Embora cause
base no princípio da homotetia, que é preservar as razões transformação, uma
entre os elementos correspondentes das duas figuras. homotetia preserva:
»» os ângulos;
5. Com um colega, elabore uma pergunta que envolva pelo
»» as razões entre os
menos um dos três princípios da homotetia e que diga
U

segmentos de reta;
respeito à ampliação de uma dessas duas figuras. »» o paralelismo.

1
G

3
4
5
Romão/ M10

Pesquise em livros didáticos diversos e continue aprendendo sobre Transformações homotéticas.

3o TRAJETO — TRANSFORMAÇÕES HOMOTÉTICAS | 29


TRANSFORMAÇÃO: CORPO, ARTE
ladyphoto/ Shutterstock

D
E TECNOLOGIA

L
As propriedades do corpo, sua constituição, suas possibilidades
como suporte para a arte e os recursos da tecnologia se entrelaçam
em um processo constante de criação artística, o que faz com que,
cada vez mais, seja necessário conhecer tanto a arte quanto a ciência.

N
A conexão entre corpo e tecnologia se desenvolveu intensamente
após a década de 1970. Os recursos tecnológicos – de vídeo, sons,
efeitos visuais – favorecem criações artísticas que exploram os limites
corporais, por exemplo, quanto à forma, alterando a silhueta humana
e outros atributos do corpo.

P
FlexDreams/ Shutterstock

A arte protesta o enquadramento do corpo


Denúncias a respeito das experiências, nada agradáveis, na busca
pela construção da imagem corporal, podem ser declaradas pela
linguagem da arte.
IA

Karol Moraes/ Shutterstock


U
Kiselev Andrey Valerevich/ Shutterstock

Perfomance Bodies in Urban Spaces, criada por um grupo de artistas composto por dança-
rinos, praticantes de parkour, corredores e alpinistas. Santiago, Chile, janeiro de 2019.
Intervenções urbanas podem despertar o olhar das pessoas para uma denúncia da busca,
nada saudável, pelo enquadramento dos padrões estéticos ditados pela mídia.

1. Crie, com seu grupo, uma maneira de denunciar riscos de


distúrbios da imagem corporal entre adolescentes. Apresente
uma ideia que possa se tornar uma proposta artística.

30 | PROJETO 1 | CORPO SEMPRE JOVEM


D
Notas de viagem
1. Em uma plataforma de compartilhamento de vídeos, pesquise
os vídeos indicados ao lado, no boxe Confluências, e assista a CONFLUÊNCIAS _ VÍDEOS

L
cada um deles. Como a tecnologia pode
Reflita sobre as seguintes questões, fazendo anotações em transformar o corpo
seu diário do navegador. humano?, de Lucy McRae.
a) Por meio do acesso a diversas tecnologias, será que TED. 2012.

N
poderemos construir ou reconstruir nossos corpos? Neste vídeo, uma artista
e arquiteta corporal
b) Os laboratórios científicos e as tecnologias poderão
apresenta suas ideias
mapear e descrever os sentimentos humanos melhor do sobre as possibilidades do
que o podem fazer os próprios humanos? Explique. corpo do futuro.

P
2. Crie uma legenda para a

VGstockstudio/ Shutterstock
Future Day Spa, de Lucy
imagem ao lado, em forma
McRae. 2016.
de pergunta, que represente Vídeo que mostra uma
a temática explorada até experiência que usou
aqui. Depois, compartilhe a recursos de laboratório de
IA
imagem e sua legenda com pesquisas científicas para
replicar a sensação do
um grupo na rede social de
abraço em voluntários e
sua preferência.
monitorar suas reações.
3. Elabore, com seu grupo, a estrutura de uma peça artística
(vídeo, pintura, performance etc.) que apresente as
interferências externas sobre a construção da imagem
corporal dos adolescentes. Produzam um discurso que
U

descreva a situação de risco à qual os adolescentes estão


expostos na busca pela forma idealizada do corpo e quais

?
seriam as propostas de libertação.
G

>> QuestÕES finaIS do  3O trajeto


Leia e debata com seu grupo.
As transformações que impactam o corpo (de caráter biológico, estético,
tecnológico) podem ser representadas por transformações homotéticas?
Explique utilizando as noções de homotetia.
Você aprecia as possibilidades das linguagens artísticas para denunciar riscos
que causam distúrbios da imagem corporal nos adolescentes? Explique.

3o TRAJETO — TRANSFORMAÇÕES HOMOTÉTICAS | 31


#múltiplos destinos

D
Produto final

L
Para a elaboração do produto final, reúna seu grupo e, com base nos conhecimentos que vocês
desenvolveram ao longo dos trajetos percorridos até aqui, criem uma peça artística (performance,
vídeo, pintura, música etc.).
Nessa peça, deixem claro o posicionamento crítico do grupo em relação aos significados do aumento

N
da expectativa de vida, da evolução da medicina robótica e das transformações do corpo humano; se
possível, conscientizem a respeito das mudanças de atitudes sociais quanto à imagem corporal dos jovens.
Utilizem os conhecimentos de matemática, que podem servir de dados ou de fundamentos para
defender a posição crítica de seu grupo.

P
Vocês podem organizar ensaios ou experimentos artísticos antes de chegarem ao resultado do
produto final. Façam os ajustes necessários dentro de cada linguagem artística escolhida como forma
de expressão do grupo.
Para melhorar a qualidade do produto final do seu grupo, investiguem um pouco mais como
proceder na criação, produção e apresentação da peça artística. Pesquisem na internet tutoriais que
IA
esclareçam e ensinem a esse respeito.
Organizem uma feira cultural com a comunidade escolar para compartilhar as diferentes formas e
manifestações artísticas.
Reúna-se com seu grupo e avaliem entre vocês como foi a qualidade da aprendizagem neste projeto.

PERGUNTA AVALIATIVA COMENTÁRIO


Contribuiu para refletir sobre a evolução e a transformação do corpo humano?
U

Favoreceu a compreensão de conceitos e procedimentos matemáticos explorados ao longo


do projeto?
Incentivou o uso de estratégias pessoais (ou inspiradas na própria matemática) no
enfrentamento de situações-problema?
G

Outros destinos
Quando a academia se torna obrigação...
Romão/ M10

32 | PROJETO 1 | CORPO SEMPRE JOVEM


• Ao utilizar a palavra “preciso” em sua fala final, o rapaz

D
demonstra que a ideia de ir à academia o agrada? CONFLUÊNCIAS --  ANIMAÇÃO

• Por que você imagina que ele “precisa” ir à academia? WALL-E. Direção: Andrew
Stanton. EUA, 2008.
1h37min.
Corpo e distrações mentais

L
Nesta animação, o último
Os seres humanos do futuro, segundo a animação WALL-E, es- dos robôs mantidos na
tarão cheios de distrações e envolvidos em excessos de conforto. Terra para limpá-la do lixo
e gases tóxicos deixados
pela humanidade muda

Divulgação/Pixar Creative Services


N
sua rotina e descobre
outros territórios ao se
apaixonar por um novo e
moderno robô: Eva.
Os seres humanos do

P
futuro, a bordo de uma
gigantesca estação
espacial, perderam a
aptidão para as tarefas
• Em sua opinião, é possível que isso aconteça um dia? autônomas e estão
Explique.
IA
acomodados em excesso
de “conforto”: não se
locomovem sozinhos,
Corpo preparado para quê? há aparelhos especiais
para cada necessidade
As necessidades dos seres humanos se transformaram ao longo
humana, inclusive as mais
do tempo. Reflita e, então, converse com um colega sobre quais
banais e corriqueiras. Uma
seriam as necessidades do futuro. tela que projeta imagens
diante de cada humano
U

Passado Futuro
distante Atualidade distante os domina a ponto de não
terem mais capacidade de
Nicolas Primola/ Shutterstock

reconhecer e analisar o
mundo à sua volta.
G

Corpo preparado para a Corpo preparado para a Corpo preparado


busca de alimentos. linguagem e a cultura. para a...?

CONFLUÊNCIAS --  LIVRO

A história do corpo humano: evolução, saúde e doença, de Daniel E. Lieberman. Rio de Janeiro: Zahar, 2015.
Estamos a mais de seiscentas gerações à frente de quando todos no mundo eram caçadores-coletores.
Esses antepassados se moviam regularmente de um acampamento para outro na luta pela sobrevivência e
na busca por comida, seja caçando, seja pescando. Eles tinham o corpo preparado para essas condições.
As condições externas evoluíram absurdamente. E o corpo humano? Continua evoluindo?

MÚLTIPLOS DESTINOS | 33
D
R O J E T O 2
h a: P

L
# F i c

N
NOME DO PROJETO Tempo de participar
TEMA INTEGRADOR Protagonismo juvenil
OBJETIVOS A SEREM • Identificar relações entre sujeitos, grupos e classes sociais em culturas distintas,
em diferentes espaços urbanos e contextos.

P
DESENVOLVIDOS • Reconhecer as etapas da pesquisa estatística.
• Analisar relações entre sujeitos do ponto de vista da rotina dos jovens inseridos
em um contexto de participação social.
• Reconhecer o conceito de variável e suas categorias em Estatística e citar
exemplos de cada categoria.
• Elaborar questões a respeito da temática dos direitos humanos, no cuidado com
o outro, para a tomada de posição.
IA
• Reconhecer a diversidade de soluções possíveis diante de uma problematização
do real.
• Planejar, em grupo, uma pesquisa sobre questões relevantes e formuladas em
comum acordo com os integrantes do grupo.
• Reconhecer as técnicas de pesquisa amostral.
• Pesquisar conteúdo didático de Estatística e organizá-lo para posterior
apresentação e comunicação das ideias.
• Executar pesquisa amostral sobre questões relevantes, usando dados coletados
diretamente das experiências locais.
• Representar em mapas, gráficos e esquemas os dados coletados em pesquisa
estatística.
• Identificar diferentes formas de representação gráfica, elegendo aquelas que
U

são as mais adequadas para determinado conjunto de informações.


• Comunicar resultados de pesquisas por meio de relatório contendo gráficos e
interpretação das medidas de tendência central (média, mediana e moda).
• Analisar os impactos das transformações nas relações sociais típicas da
contemporaneidade, promovendo tomadas de decisão com vistas à superação
das desigualdades sociais e da violação dos direitos humanos.
G

JUSTIFICATIVA DA O cotidiano urbano vem sofrendo transformações sociais cada vez mais amplas,
desde a busca de novas oportunidades pelos indivíduos dos diversos grupos
PERTINÊNCIA DOS sociais, passando pela tomada de consciência das pessoas a respeito dos seus
OBJETIVOS direitos, até o impacto das relações sociais integradas entre os diferentes grupos
no tecido da sociedade. Os jovens, eles próprios como um grupo social, transitam
por, interagem com e integram os diversos espaços sociais ouvindo e dando voz,
preservando e transformando, acatando ou oferecendo sugestões de melhorias
para o bem comum.
O espaço amplo de um contexto social, ou a melhor amostra desse espaço,
pode ser estudado com mais atenção, aguçando o olhar do jovem por meio de
conceitos básicos envolvidos com a Estatística, para fins de análise da qualidade
da participação do grupo ao qual pertencem. Essa análise busca explorar o
potencial dos jovens para se envolverem em práticas de integração social,
principalmente as que dizem respeito às pessoas com deficiência.
Espera-se que o percurso da pesquisa estatística favoreça ao jovem reconhecer
suas limitações e seus potenciais para a participação social entre os diferentes
grupos, apreciando e compreendendo a diversidade humana como oportunidade
para o convívio pacífico entre todos.

34
D
L
COMPETÊNCIAS

Franzi/ Shutterstock
3. (repertório cultural)
Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais
GERAIS às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção
artístico-cultural.

N
7. (argumentação)
Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular,
negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem
e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo
responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em
relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
8. (autoconhecimento e autocuidado)

P
Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional,
compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as
dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
COMPETÊNCIAS Matemática: competência 2
Propor ou participar de ações para investigar desafios do mundo contemporâneo
ESPECÍFICAS e tomar decisões éticas e socialmente responsáveis, com base na análise de
problemas sociais, como os voltados a situações de saúde, sustentabilidade, das
IA
implicações da tecnologia no mundo do trabalho, entre outros, mobilizando e
articulando conceitos, procedimentos e linguagens próprios da Matemática.

Ciências Humanas e Sociais: competência 4


Analisar as relações de produção, capital e trabalho em diferentes territórios,
contextos e culturas, discutindo o papel dessas relações na construção,
consolidação e transformação das sociedades.
HABILIDADES (EM13MAT202) Planejar e executar pesquisa amostral sobre questões relevantes,
usando dados coletados diretamente ou em diferentes fontes, e comunicar os
TRABALHADAS resultados por meio de relatório contendo gráficos e interpretação das medidas
de tendência central e das medidas de dispersão (amplitude e desvio padrão),
U

utilizando ou não recursos tecnológicos.


(EM13CHS401) Identificar e analisar as relações entre sujeitos, grupos, classes
sociais e sociedades com culturas distintas diante das transformações técnicas,
tecnológicas e informacionais e das novas formas de trabalho ao longo do tempo,
em diferentes espaços (urbanos e rurais) e contextos.
(EM13CHS403) Caracterizar e analisar os impactos das transformações
tecnológicas nas relações sociais e de trabalho próprias da contemporaneidade,
G

promovendo ações voltadas à superação das desigualdades sociais, da opressão e


da violação dos Direitos Humanos.
RECURSOS E • Dispositivo para reprodução de mídia, com acesso à internet.
• Aplicativo free do tipo GIS.
MATERIAIS • Livros didáticos de Matemática diversos para pesquisa de conceitos.
• Caderno ou bloco de anotações.
• Lápis grafite.
• Caneta.
• Borracha.
• Folhas avulsas.
• Mural.
PRODUTO FINAL E Produto final: composição de mapa contendo o resultado das investigações a
respeito das oportunidades de integração social dos jovens nos diferentes espaços
INTERVENÇÃO sociais que envolvem o entorno da escola, o bairro ou a cidade.
SOCIAL Intervenção social: evento semelhante a uma Feira Social ou Mostra de
oportunidades contendo mapas, gráficos, manifestos, panfletos etc., toda a
produção decorrente do percurso investigativo dos jovens.

35
?

D
• Quais são os
espaços de

L
participação do

N
adolescente?

P
Africa Studio/ Shutterstock
IA
U
G

Integrar-se ao grupo com o propósito de pertencer e de intervir no


meio em que se vive é um dos sentidos da participação social.

• Observem a imagem: como são esses jovens?


O que eles fazem?
• Que atividades vocês já fizeram juntos em favor do
ambiente ou em favor de outras pessoas?
• Como é a sua turma? Vocês acham que são todos
parecidos ou são muito diferentes entre si? Expliquem.

36
D
L
TEMPO DE

PARTICIPAR
N
PROTAGONISMO
P

Pack-Shot/ Shutterstock
JUVENIL
IA
U

2
PROJETO
G

Os jovens
podem participar
socialmente, com
atitudes passivas
ou ativas, por
iniciativa própria
ou podem ser
estimulados.

37
#VOCÊ NO COMANDO

D
L
INÍCIO

Nesta proposta, você vai percorrer trajetos

N
que envolvem a temática da participação
juvenil e as práticas de integração social.
Neste projeto,
você percorrerá
trajetos que en-
volvem a temáti-
ca dos espaços Notas de viagem

P
de participação
do jovem e seu 1. Neste momento, convidamos você a fazer uma reflexão a
protagonismo.
respeito de seu envolvimento com o bem-estar social:
• Você se considera um adolescente que se envolve com
questões sociais?
• Já pensou a respeito dos obstáculos e das
IA
possibilidades que se apresentam às pessoas com
deficiência (PCDs)?
• Refletiu sobre os obstáculos que um ouvinte pode
enfrentar ao interagir com pessoas com deficiência
auditiva ou surdas?

MJgraphics/ Shutterstock
U
G
Drawlab19/ Shutterstock

Assumir mudanças de comportamento pode ser assustador ou desconfortável para qual-


quer pessoa, com deficiência ou não. A mudança de atitude representa uma travessia que,
apesar de parecer desafiadora, pode trazer muitos benefícios.

2. Anote em seu diário do navegador indícios dessa reflexão


inicial. Busque relacionar as ideias envolvidas com os
termos “vida política”, “participação política das pessoas
que não são eleitoras” e “integração social”.

38
MÚLTIPLOS

D
destinos

L
Apresente um produto final para a
comunidade/público-alvo: um ma-
pa das oportunidades locais para
as práticas de integração.
A participação dos adolescentes
nos espaços públicos pode con-

N
tribuir para o desenvolvimento
local da sociedade.
TRAJETO

01 Pesquisa amostral

P
VIA LATERAL

Leia este trecho e reflita


sobre o que leu.
Você vai lidar com planejamento Surge então o cidadão
e execução de pesquisas estatís-
ativo, atuante no controle
IA
ticas, técnicas de amostragem e
variáveis. social do Estado e que
participa de fato da vida
política, no lugar do
cidadão passivo, aquela
Também irá explorar
pessoa destinatária dos
construção de mapas e serviços/bens estatais. E
representações gráficas. um elemento fundamental
para a nossa conversa
U

é que, além disso, esse


cidadão se diferencia da
TRAJETO

02 Medidas de posição condição de ser apenas


um eleitor. Nesse sentido,
compreende-se que o
G

exercício da cidadania
é muito mais que votar,
então abrem-se caminhos
para a participação
política das pessoas que
Compreenda as medidas de ten-
não são eleitoras e para
dência central: média aritmética, o reconhecimento da sua
mediana e moda. E, a partir de cidadania.
suas análises, tome decisões.
SECRETARIA NACIONAL
DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE. Participação política
de criança e adolescente. Fortaleza:
Cedeca, 2017. p. 13.

39
10 trajeto:

D
Pesquisa

L
amostral Participação do menor
A adolescência é uma etapa rica em transformações, com mu-

N
danças rápidas e intensas no aspecto físico, psicológico, cognitivo e
sociocultural, impulsionando o adolescente a reconhecer a definição
Matemática: competência 2 EM13MAT202 de sua identidade e autonomia.
Ciências humanas e sociais
competência: 4 EM13CHS401

P
IA
U
G

Monkey Business Images/ Shutterstock

Antes da maioridade, os jovens se veem diante das primeiras possibilidades de grandes


mudanças, sujeitos a um destino aberto em permanente aprimoramento.

40 | PROJETO 2 | TEMPO DE PARTICIPAR


O adolescente e os espaços de ação

D
Os adolescentes são caracterizados como um grupo social for-
mado por pessoas que mesclam: VIA LATERAL

L
O que é a maioridade?
jeitos modos formação Pesquise e depois
de viver de fazer do ser compartilhe com os
colegas as descobertas.

N
escolhas questionamen- problematiza-
de projetos de tos de hábitos já ção das rela-

P
vida estabelecidos ções afetivas

Nesse “caldeirão”, fervem indiscriminadamente o racional, o


instrumental e o emocional, dentro da experiência de vida privada
ou pública.
IA
Mesmo antes de se tornar adulto, o adolescente pode e deve
participar da vida pública.
A origem da palavra “participação” está estreitamente ligada
ao sentido de “tomar parte de algo”. Tomar parte é considerar as
necessidades de um grupo e, agindo em acordo com os membros
desse grupo, compartilhar decisões que legitimam o pertencimento.
A participação implica uma ação coletiva movida por um sentimento
U

de pertencimento.
A ação de um indivíduo alimenta seu modo de pensar e seu
modo de pensar favorece suas ações no mundo real ou virtual – esse
movimento é cíclico.
G

João Montanaro

MONTANARO, João. Tira para a revista Recreio, fev. 2012.

1o TRAJETO -- PESQUISA AMOSTRAL | 41


Os diversos espaços de ações dos jovens

D
VIA LATERAL

Você sabe o que é


streaming?
Realizar ações em jogos virtuais ou assistir a seriados em prove-
Pesquise e depois dores de filmes em streaming faz parte da ação de muitos jovens no
âmbito do privado.

L
compartilhe com os
colegas suas descobertas. Além disso, a rotina dos adolescentes também é permeada de
ações nos espaços públicos.
As questões enfrentadas pelo jovem nos diferentes ambientes
sociais (real ou virtual) causam impacto em suas vivências (públicas

N
ou privadas).

TRÂNSITO DO JOVEM NOS DIFERENTES ÂMBITOS


(AÇÕES DO PONTO DE VISTA RACIONAL, EMOCIONAL OU INTUITIVO)

P
IA
REAL VIRTUAL
PÚBLICO PRIVADO

Nesse sentido, a participação dos jovens é entendida como um


princípio diretor do conhecimento, que está em sintonia com o tempo
U

histórico e o ambiente social no qual está inserido.


Vamos explorar as diferentes interações de jovens em variados
âmbitos e suas possibilidades no exercício da participação social.

Romão/ M10
G

Viver na diversidade e em espaços sociais dinâmicos favorece o surgimento de oportunidades para os jovens transitarem pelo que os
define na sua diferença e pelo que os define na igualdade, exercitando as práticas da cultura de paz.

42 | PROJETO 2 | TEMPO DE PARTICIPAR


1. Junte-se a um colega e respondam no diário do navegador:

D
a) Como são as ações do jovem nos espaços públicos? CONFLUÊNCIAS _
CURTA-METRAGEM
b) Quanto tempo do dia vocês acreditam que os
adolescentes dedicam ao convívio com amigos e outras Vida Maria. Direção:
Márcio Ramos. Brasil,
pessoas de seu círculo social?

L
2006. 9 min. Disponível
c) Os espaços públicos virtuais são mais frequentados do
em: https://bit.ly/2u3cqjj.
que os espaços públicos reais? Acesso em: jan. 2020.
• Cada um desses espaços é frequentado para quais Maria, ainda criança,
propósitos? é obrigada a abandonar

N
• São diferentes em quê? os estudos para se
Expliquem suas respostas. dedicar a tarefas
domésticas e à roça.
2. A rotina dos jovens nos espaços urbanos é composta por Assista e reflita sobre
seu trânsito em diferentes espaços, convivendo neles, por a situação da vida a

P
meio de ações diversas: aprender, intervir criando algo que qual está sujeita a
antes não estava lá, conversando com amigos etc. Observe personagem Maria. Há
para ela possibilidades
as imagens a seguir e depois assista ao curta-metragem
de escolhas? Como se
Vida Maria, indicado no boxe Confluências.
relacionam as escolhas e
as circunstâncias?
IA
tum3123/ Shutterstock

Fotos593/ Shutterstock
No virtual...
U

No real...
Slatan/ Shutterstock

AS photo studio/ Shutterstock

No público...
G

No privado...

Compare o que se vê nas imagens com a situação do


vídeo, quanto às oportunidades de participação juvenil nos
espaços privados e públicos. Anote suas conclusões no
diário do navegador.

1o TRAJETO -- PESQUISA AMOSTRAL | 43


VIA EXPRESSA As etapas da pesquisa

D
FAÇa
EM SEU

estatística CADERNO

L
Em um método de pesquisa estatística, normalmente segue-se
um roteiro em que cada fase tem características específicas, e cada
ACESSO rápido para nocões básicas
uma delas deve ser realizada de modo que seja garantida a confia-
bilidade no processo desenvolvido e nos dados obtidos.

N
Tomada de
Problematização
decisão

P
Planejamento Coleta Tratamento Análise Apresentação

1. A problematização ou identificação do pro- 5. A análise ou interpretação dos dados permite


blema é a etapa inicial e contempla a formu- realizar uma descrição mais detalhada do fenô-
lação, determinação ou constatação de um meno, evidenciando aspectos que até então
IA
problema específico a ser estudado. eram pouco claros ou até mesmo ocultos. Nesta
2. No planejamento ou planificação do pro- fase, é possível arriscar algumas generalizações
cesso de resolução, há o estudo prepara- por meio de estudos mais aprofundados. É o
tório que exige a definição dos objetivos, a momento da criação dos relatórios de estudo
definição das variáveis e seus indicadores, constando, além dos elementos textuais, tabe-
a população, a metodologia (por exemplo, las, gráficos e medidas que resumem o conjunto
se haverá ou não questionário, entrevista ou de dados, tais como média, moda e mediana.
6. A apresentação ou comunicação dos resulta-
U

observação informal), as fontes de dados,


o planejamento das tarefas de execução, o dos refere-se à exposição dos dados que pode
cronograma e o orçamento. ser feita utilizando recursos diversos, de forma
3. A coleta de dados refere-se à obtenção dos escrita ou oral, textual ou gráfica. A exposição
dados junto aos entrevistados ou outras fontes deve ser organizada, transparente e em uma
G

de informação. Nesta etapa, já se sabe se a pes- linguagem adequada à área do estudo.


quisa será por amostragem (uma parte da popu- 7. A tomada de decisão ou solução do problema
lação) ou se será censitária (toda a população). refere-se ao desfecho: após a correta execução
4. O tratamento ou processamento dos dados das etapas anteriores, tem-se agora ferramentas
refere-se à sistematização dos dados coleta- que servirão de base para a tomada de decisão,
dos por meio de contagem e agrupamentos. no sentido de aumentar as chances de fazer es-
Nesta fase, preparam-se os dados para sua colhas acertadas para a solução do problema
posterior divulgação, reconhecendo qual será que norteou a pesquisa. Essa decisão vai causar
a forma (que tipo de gráfico) mais eficiente impacto na sociedade ou no espaço local em
para sua análise e apresentação. que estão envolvidos os entrevistados.
Pesquise em livros didáticos diversos e continue aprendendo sobre as Etapas da pesquisa estatística.

44 | PROJETO 2 | TEMPO DE PARTICIPAR


A rotina dos jovens

D
VIA LATERAL

Ainda hoje há um
e a participação social desconhecimento da
cultura dos surdos por

L
A rotina dos jovens é cada vez mais diversa em opções. Observe parte dos ouvintes.
estas informações fornecidas por um adolescente de 16 anos a res- A integração social
adquire outra qualidade
peito de sua rotina diária:
quando pessoas ouvintes

pixelheadphoto digitalskillet/ Shutterstock


frequentam um curso de

N
Libras para melhor se
comunicar com familiar ou
amigo surdo.
Pesquise o que é cultura
surda e o que significa o

P
termo ouvinte.
Compartilhe suas
descobertas com os
Rafael, 16 anos. colegas.

Phoenixns/ Shutterstock
ESPAÇOS E AÇÕES TEMPO
IA
Em casa (dormindo, estudando, fazendo tarefas de casa, lendo etc.) 12 h
Na escola (estudando, fazendo atividades com amigos etc.) 5h
Na rua (em transportes, andando, olhando vitrines, passeando etc.) 2h
Outros: futebol, aulas paralelas (Libras e dança), casa de amigos,
5h
meditando, participando de atividades sociais etc.
Adolescente ouvinte em escola
interagindo com amigos surdos.

1. Há algo na rotina de Rafael que chama sua atenção? O


U

quê? Comente.
2. Quantas horas do seu dia envolvem ações voltadas para
práticas de integração social? Gostaria de participar mais?
Em quais espaços?
G

3. Faça como Rafael: crie uma tabela com essas mesmas


categorias e complete com o tempo que você gasta em
cada uma. Não esqueça: a soma precisa ser 24 horas.
a) Compare sua tabela com a de seus colegas e responda:
sua rotina é muito diferente da deles? Aponte pelo menos
um motivo.
b) Apenas pela observação das tabelas de alguns de seus
colegas você saberia dizer, por exemplo, em que medida
os jovens de sua turma estão envolvidos em práticas de
integração social? Como você acha que isso poderia ser
feito de modo mais frequente?

1o TRAJETO -- PESQUISA AMOSTRAL | 45


VIA EXPRESSA Variável

D
Vimos que a pesquisa estatística começa com uma questão (ou
problematização), ou seja, o percurso investigativo em Estatística
parte de um desafio do mundo real. Por exemplo:

L
»» uma indústria de parafusos quer verificar se um lote inteiro de
ACESSO rápido para nocões básicas peças foi produzido no padrão de qualidade desejado;
»» uma equipe de cientistas quer verificar se uma nova droga
FAÇa contra o mais recente vírus da gripe consegue combatê-lo;

N
EM SEU »» um corretor de seguros de celular pretende investigar o uso
CADERNO
abusivo do smartphone pelos jovens entre 15 e 19 anos.
Para qualquer uma dessas questões, será necessário determinar
a população ou a amostra. A característica que se quer estudar as-

P
sociada à população ou à amostra é chamada variável.

As variáveis em um questionamento
Um corretor de seguros criou um questionário na internet e enviou
o link por e-mail a seus clientes jovens para efetivar seu atual projeto
IA
de pesquisa. Observe a seguir parte desse questionário.
Cada um dos itens desse questionário representa uma variável.
Observe como as variáveis podem ser classificadas:

VARIÁVEL

Opinião do jovem
Os jovens e o smartphone.
U

1. Sua idade: 15 anos


2. Sexo: Qualitativa Quantitativa
Atributo dos Números resultan-
3. Como você avalia sua conectividade nas
elementos tes de contagem
pesquisados. ou mensuração.
G

últimas 24 horas?
»» O tempo todo conectado.
»» A maior parte do tempo
conectado.
»» A metade do tempo conectado.
Nominais Discretas Contínuas
»» A maior parte do tempo Ordinais
Nomeiam Assumem valores Podem
É possível
desconectado. sem permitir em conjunto fini- assumir infinitos
ordenar.
ordenação. to ou enumerável. valores.
»» O tempo todo desconectado.
Sexo Conectividade Idade* Valor em R$
4.  Informe o valor pago no último smartphone
*Embora a variável “idade” esteja associada à noção de tempo (portanto
que você adquiriu: R$
contínua), em pesquisas estatísticas, os dados são coletados utilizando-se números
naturais, portanto ela é assumida como discreta.

46 | PROJETO 2 | TEMPO DE PARTICIPAR


Classificando d) Elabore, para essa situação, uma variável

D
que, originalmente, seria quantitativa, mas

as variáveis que será informada como uma variável


qualitativa ordinal. Compare sua resposta
Você já identificou que há variáveis de dife- com a de um colega.

L
rentes tipos. A esse respeito faremos algumas 2. Elabore uma lista com seis variáveis de
observações: diversos tipos e entregue para um colega
I. uma variável quantitativa pode ser coletada preencher com os dados pessoais dele. Peça
de forma qualitativa. que ele classifique cada uma das variáveis.

N
Exemplo: a idade (que é quantitativa e con-
3. Um clube esportivo de um bairro abriu
tínua) pode ser informada por faixa etária: 10 a
inscrições para a prática esportiva
12 anos, 13 a 15 anos, 16 a 18 anos etc. Nesse
voltada para jovens. Ao se inscreverem,
caso, a variável passa a ser qualitativa ordinal.
os jovens tinham de responder a um

P
II. nem sempre uma variável representada por
questionário do qual faziam parte, entre
números é quantitativa.
outras, as seguintes perguntas:
Exemplo: o número da casa de uma pessoa,
o número de sua identidade.
1. Qual é a sua idade?
2. Qual é a sua altura?
IA
3. Qual é a sua massa (“peso”)?
1. Uma empresa de seguranças masculinos
4. Você cursa Ensino Médio em escola: parti-
deseja conhecer melhor seus funcionários. cular, municipal ou estadual?
Para isso, o departamento de recursos 5. Você exerce alguma atividade remunerada?
humanos montou um esquema inicial no 6. Você prefere esportes coletivos ou individuais?
7. Quantas vezes por semana você pratica
intuito de estruturar, posteriormente, um
esportes?
instrumento de pesquisa. 8. Em quais dias da semana você pode praticar
Quantidade de funcionários Variáveis esportes?
U

Altura 9. Qual período você prefere para a prática es-


Romão/ M10

Peso portiva: manhã, tarde ou noite?


Naturalidade 10. A que distância você mora deste clube: menos
Tempo de serviço de 1 km; entre 1 e 3 km; mais de 3 km?
Quantidade de filhos
G

Escolaridade
Tipo de imóvel
Cada uma das questões desse questionário
Mês de férias refere-se a uma variável. Responda às
programado perguntas no seu diário de navegador.
Com base nesse esboço, responda às a) Quantas questões definem variáveis
questões no seu diário de navegador: qualitativas?
a) Quantos funcionários há nessa empresa? b) Quais questões definem variáveis
b) Quais variáveis são contínuas? Quais quantitativas com ideia de medida?
são discretas? c) Elabore uma pergunta com base
c) Quais variáveis são nominais? E quais nesse questionário cuja resposta seja
são ordinais? uma das categorias de variável.
Pesquise em livros didáticos diversos e continue aprendendo sobre Variável e suas classificações.

1o TRAJETO -- PESQUISA AMOSTRAL | 47


A participação local

D
VIA LATERAL

Pesquise junto com os


Um adolescente que tem participação social assume uma postura
colegas os significados
das expressões: jovem que rompe os limites da passividade (posição de simples consumidor
dos bens e serviços oferecidos pelo Estado ou pelo mercado, por exem-

L
conformado e jovem
engajado. plo) e se envolve com questões políticas do entorno do qual faz parte.
Com base no exercício de seus direitos, o adolescente pode in-
vestigar os rumos que o desenvolvimento local está tomando. Pode
se sentir fazendo parte de seu espaço favorecendo a continuidade

N
ou buscando mudanças de relevância local.

Bill Watterson
P
IA
WATTERSON, Bill. Calvin e Haroldo: Os dias estão todos ocupados. São Paulo: Conrad, 2011.

1. Como você vê os adolescentes do seu entorno social:


conformados ou engajados? Elabore uma pergunta em
CONFLUÊNCIAS _ LEI
que aparece a palavra engajado e também uma variável
U

Estatuto da Criança e qualitativa. Dê sua pergunta para um colega responder.


do Adolescente – ECA
2017: versão atualizada, 2. Leia o seguinte trecho do ECA:
do Congresso Nacional. Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:
Rio de Janeiro: CEDECA, [...]
G

2017. V – participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;


Conjunto brasileiro de VI – participar da vida política, na forma da lei;
Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, 2017:
normas, regulatório
versão atualizada, do Congresso Nacional. Rio de Janeiro: CEDECA, 2017.
dos direitos humanos,
que tem como objetivo a) Forme um grupo com três integrantes. Juntos, elaborem,
a proteção integral da com base neste artigo do ECA, uma questão que favoreça
criança e do adolescente. o jovem a usufruir desse direito, promovendo uma mudança
de posição de jovem conformado para jovem engajado.
b) Proponha encaminhamentos possíveis que visem à
transformação dessa posição.
c) Publique a pergunta de vocês, e também os encaminhamentos
possíveis, na rede social preferida da sua classe.

48 | PROJETO 2 | TEMPO DE PARTICIPAR


A Problematização

D
Formular perguntas é uma maneira de compreender melhor os
temas do entorno social que parecem pouco conhecidos ou que são PERCURSOS DA PROBLEMATIZAÇÃO
complexos porque estão entrelaçados com outras questões.

L
Problematização
É possível que, ao buscarmos a solução de uma questão, não
alcancemos a solução completa, tampouco a solução universal – aque-
la concebida pelas pessoas como válida para questões semelhantes e Obtenção Levantamento
de de possíveis
que independem do local e da população estudados. Mesmo assim, respostas/

N
informações
soluções
teremos encontrado elementos que ampliam os caminhos para a so-
lução que buscamos ou para a investigação de questão não prevista
Identificação Comprovação
antes e que é tão ou mais relevante que a primeira. do (intervenção
problema na realidade)
A problematização é uma maneira de partir da realidade social

P
para que se possa chegar a ela por novos caminhos. O percurso pode REALIDADE
ser, ele próprio, o ganho que se tem quando essa realidade passa a
ser “traduzida” de uma maneira mais organizada, mais flexível, mais
criativa, mais participativa.
1. Observe cada foto. As legendas foram escritas na forma de
IA
uma questão que pode vir a ser uma problematização.
Andrey_Popov/ Shutterstock

A interação entre ouvintes e


surdos pode ser mais frequente
do que é nos dias atuais?
G Prostock-studio/ Shutterstock

O voluntariado entre jovens deve


partir dos próprios jovens ou deve
ser estimulado pela sociedade?

• Agora, pesquise uma imagem envolvendo jovens e elabore


uma legenda, na forma de uma questão, que possa gerar uma
problematização com o tema da participação social juvenil.

1o TRAJETO -- PESQUISA AMOSTRAL | 49


A crítica social

D
É possível que, em vez de utilizar exclusivamente a linguagem
materna (no nosso caso, a língua portuguesa) ou a linguagem mate-
mática para investigar, explorar, representar e buscar soluções, alguém

L
possa investigar e representar a realidade utilizando, por exemplo,
a linguagem artística.
A realidade pode ser investigada com mais clareza, por meio de
questões que chamam a atenção de algum pesquisador. Para isso,

N
as “lentes”, as ferramentas, seus processos e as formas de registro na
exploração dessa realidade é que podem variar segundo a linguagem
utilizada por esse observador-questionador da realidade.
As obras a seguir são exemplos do resultado de um olhar inves-

P
tigador, expresso em ambos os casos por arte visual.
Pawel Kuczynski

Fred Cardoso/ Shutterstock


IA
U

Desenho de Pawel Kuczynski, artista gráfico polonês. A crítica so- Belo Horizonte (MG), Brasil, junho de 2014. Grafite feito por artista
cial nos trabalhos de Kuczynski, como o representado na imagem, não identificado. A liberdade de expressão, associada ao olhar
por exemplo, une temas que configuram uma problematização da crítico do artista, faz com que ele desperte a consciência da po-
realidade, envolvendo questões como a tecnologia, a sustentabi- pulação para questões sociais pouco pensadas no cotidiano auto-
lidade, a ética social etc. O caminho que ele percorre “traduz” a matizado. O grafite é um estímulo visual para a população.
realidade de modo criativo.
G

1. Observe as duas imagens desta página.


a) Inspirada nessas duas obras, formule uma questão de
caráter social que desperte sua atenção e escreva-a no
seu diário do navegador.
b) Represente essa questão por meio de uma arte visual:
gravura, fotografia, ilustração, colagem etc.
c) Recupere essa mesma questão e reformule-a em uma
versão que envolva conceitos matemáticos na sua
formulação ou resolução. Exponha sua produção artística
e a questão reformulada no mural da sala de aula.

50 | PROJETO 2 | TEMPO DE PARTICIPAR


Exemplo do grupo DO Rafael - Parte I

adriaticfoto/ Shutterstock
D
Rafael e seu grupo se reuniram para retomar a pergunta inicial
deste projeto. Eles reformularam, em comum acordo entre eles, aquela
pergunta. Veja como ela ficou, sabendo que eles têm interesse em
questões dos direitos humanos que dizem respeito aos surdos:

L
Quais são os espaços de participação do adolescente que busca
a integração social de surdos? É possível aprender Libras (Língua
Brasileira de Sinais) pela internet.
Veja os esboços que eles fizeram:
Problematização

N
Pergunta: Quais são os espaços de participação do adolescente
que busca a integração social de jovens surdos?
Palavras-chave na busca de solução: espaços, participação
adolescente, integração social, jovens surdos.

P
Justificativa: a interação entre surdos e ouvintes é ainda restrita
em decorrência da falta de informação e da urgente necessidade
de mudança de atitude por parte dos ouvintes.

Planejamento
IA
Levantamento de concepções prévias: O que sabemos
sobre participação social? E sobre as necessidades dos jovens
deficientes auditivos ou surdos? Que técnicas estatísticas de
pesquisa vamos utilizar?
Objetivos: Descobrir onde estão as oportunidades que favoreçam
a integração social de deficientes auditivos ou surdos.
População: jovens deficientes auditivos ou surdos de nosso entorno.
U

Variáveis e indicadores envolvidos: quantidade de jovens


deficientes auditivos ou surdos no entorno, tipos de atividades em
que participam, quais são as práticas de integração entre ouvintes
e surdos, tempo necessário para cada prática.
G

1. Forme um grupo de, no máximo, cinco integrantes.


Retomem a pergunta inicial deste projeto e a reformulem,
em comum acordo de maneira a se adequar aos interesses
do grupo ou necessidades que vocês observam na
realidade. Mantenham a formação do grupo até o fim
do projeto.
2. Após a elaboração da pergunta, indiquem as palavras­
‑chave, escrevam a justificativa e o planejamento. Com
base no planejamento, distribuam tarefas para cada
integrante do grupo.

1o TRAJETO -- PESQUISA AMOSTRAL | 51


VIA EXPRESSA Técnicas de amostragem

D
Vamos explorar alguns aspectos que envolvem noções de
amostragem.

L
ACESSO rápido para nocões básicas

FAÇa

N
Romão/ M10
EM SEU
CADERNO

CONFLUÊNCIAS -- Amostra
LONGA-METRAGEM

P
População
Esquema ilustrativo denotando que a população é um conjunto amplo, enquanto a amos-
Olhando para as estrelas.
tra é um de seus subconjuntos.
Direção: Alexandre Peralta.
Brasil, 2017. 90 min. A amostragem em Estatística consiste em reunir elementos da
Jovens que lutam para população em um mesmo conjunto de maneira que, tanto quanto
vencer na vida na única possível, todos tenham a mesma chance de serem escolhidos. A
IA
escola de balé para escolha desse subconjunto deve ser feita de maneira que ele seja
deficientes visuais do representativo do todo, ou seja, a parte que se torna a melhor “mi-
mundo! Essa escola tem
niatura” do todo. Com isso, é necessário garantir que a amostra de
papel fundamental na
fato represente a população, uma vez que as conclusões que forem
integração dessas jovens.
Para se comover e refletir tiradas com base na amostra serão generalizadas para essa população.
sobre os obstáculos e as Há diferentes técnicas de amostragem. As três principais são:
superações daqueles que
U

se envolvem com pessoas Aleatória simples Sistemática Estratificada


com deficiência visual.

1. Reúna-se em grupo e colete, em fontes seguras (livros didáticos, sites especializados ou


G

enciclopédias), as características de cada uma dessas três técnicas de amostragem. Busque


também pelo menos um exemplo de situação resolvida por meio de cada uma dessas três
técnicas. Se possível, proponha exemplos que envolvam pessoas com deficiência, como
cadeirantes, deficientes visuais ou auditivos.
a) Tome nota das dúvidas que persistirem entre os integrantes de seu grupo. Compartilhe
essas dúvidas com os demais grupos, buscando apoio e esclarecimentos por parte de
seus integrantes.
b) Faça um resumo, para melhor compreensão dos aspectos estudados, e anote-o em
seu diário do navegador. Sempre que necessário, recupere os registros feitos por você
como possibilidades de sanar dúvidas que possam ocorrer no percurso de investigação.
Pesquise em livros didáticos diversos e continue aprendendo sobre Técnicas de amostragem.

52 | PROJETO 2 | TEMPO DE PARTICIPAR


A população, as variáveis e os instrumentos

D
Agora é o momento de sair a campo e descobrir quem são as
pessoas do interesse de sua pesquisa (a população), o que há em
comum ou de diferente entre elas (as variáveis) e como obter os dados

L
na entrevista (questionário).

PESQUISA
»» Quem?

N
Os elementos a serem pesquisados → POPULAÇÃO Identifique-se!
»» O quê?
Características a serem observadas → VARIÁVEIS
»» Como?

P
O instrumento de coleta de dados → QUESTIONÁRIO/

Romão/ M10
ENTREVISTA ESTRUTURADA

Com sua classe, professores e diretor da escola, avalie a possibi-


lidade de fazer a pesquisa visitando os domicílios. Caso seja inviável,
É importante que esta
IA
procurem alternativas para realizar a pesquisa, como entregar questio- etapa, de reconhecimento
nário nos lares onde moram indivíduos com perfil para a pesquisa de do campo e levantamento
seu grupo. Outras alternativas são válidas, desde que sejam adequadas de dados, seja realizada em
ao contexto local e desde que haja comum acordo; são possíveis tam- dupla. Não é necessário
bém soluções que utilizem os meios digitais de comunicação. ir o grupo inteiro, mas
tampouco vá sozinho.
Elaboração do questionário Solicite, junto à escola,
um documento de
Para o questionário, esteja atento às seguintes etapas:
U

identificação a ser
I. Faça um rascunho do questionário. apresentado para as
II. Seja claro e objetivo nas perguntas. pessoas que vocês

!
forem entrevistar.
DICA: Evite perguntas que não ofereçam todas as alternativas
G

de resposta possíveis. Assim, seu entrevistado poderá sempre


escolher uma alternativa com a qual ele se identifique.

III. Escolha o formato certo para cada tipo de pergunta.

DICA: Há perguntas de resposta única, de escolhas múltiplas,


perguntas de escalas etc. !
IV. Revise e finalize seu questionário.
1. Reúna-se com seu grupo para a elaboração do
questionário necessário para a pesquisa. Se possível, faça
DICA: Vejam no material
complementar um
modelo genérico de
!
questionário.
um teste prévio.

1o TRAJETO -- PESQUISA AMOSTRAL | 53


Exemplo do grupo do Rafael - Parte II

D
O grupo do Rafael se reuniu novamente. Eles já fizeram as primei-
ras anotações, que poderão ser ajustadas no momento da elaboração
do questionário.

L
Quem? Surdos que existem em nosso espaço de gênero,
etnia, cor, idade, origem social ou religião.
O quê? As variáveis observadas serão: idade, sexo,
escolaridade, ocupação, atividades paralelas, possibilidades de

N
interação social (evento social, festas culturais etc.), obstáculos
na integração social (falta de acessibilidade nos espaços,
por exemplo), agravos por violação dos direitos humanos
(impedimento do acesso à educação ou lazer), satisfação

P
quanto à proteção social etc.
Como? Por meio de questionário a ser elaborado.

1. Reúna-se com seu grupo para:


IA
a) Decidir qual será a população a ser pesquisada,
estabelecendo algumas características gerais do perfil.
É comum utilizar idade, gênero ou escolaridade como
critérios. Pode ser, por exemplo, que adolescentes
de 14 a 18 anos cursando o Ensino Médio sejam a
população de uma pesquisa que pretenda descobrir
quais influências o Ensino Médio exerce em menores na
U

busca por oportunidades de integração social.


b) Fazer uma lista das variáveis que desejam investigar.
Não se esqueçam de que essas variáveis, no conjunto,
precisam ter relação com a pergunta central da pesquisa.
G

Anotem tudo no diário do navegador.


2. Reúna-se com seu grupo e proceda da seguinte maneira:
a) Escrevam uma carta ao diretor da escola solicitando
autorização para fazer a pesquisa em nome da escola,
VIA LATERAL apresentando a justificativa da pertinência da pesquisa.
Pesquise a respeito de Escaneie e digitalize essa carta. Utilize-a segundo
como deve ser formulado a forma decidida para contatar seus entrevistados:
um questionário, como presencialmente nos lares, via questionário impresso,
deve ser sua postura de via questionário digitalizado etc.
entrevistado no espaço
b) Guarde essa carta com resposta assinada pelo diretor
real ou no espaço virtual.
para ser apresentada sempre que houver necessidade.

54 | PROJETO 2 | TEMPO DE PARTICIPAR


Instrumentos: o mapa e o

D
CONFLUÊNCIAS -- SOFTWARE

questionário
Procure na internet
e baixe um software
(de sua preferência)

L
Nesta etapa, vocês vão buscar as oportunidades no entorno da seguinte categoria:
do bairro; a população de sua pesquisa mostrará onde estão essas software livre que utiliza
Sistema de Informação
oportunidades.
Geográfica (GIS), que
Para isso, vocês podem utilizar um software de sua preferência,
possibilita visualização,

N
que seja multiplataforma de sistema de informação geográfica, com edição e análise de dados
muitas funções, permitindo visualização, edição e análise de dados georreferenciados.
georreferenciados. Essa é uma ferramenta
É preciso saber os limites de seu bairro, que ruas ele abrange, se útil para trabalhos que
é composto só por casas, se tem muitos prédios etc. Essas caracte- envolvem geotecnologias.

P
rísticas vão interferir no espaço amostral. Se sua cidade for pequena,
avalie a possibilidade de ser toda ela trabalhada nesse estudo.

Exemplo do grupo DO Rafael - Parte III


Em visitas pelo bairro, o grupo do Rafael
IA

Reprodução
descobriu onde residiam todas as pessoas
surdas, com o auxílio de entrevistados que
indicaram onde essas pessoas residiam.
Com base nessas informações e no soft-
ware do tipo GIS, Rafael e os amigos construí-
ram um mapa com a amostra da localização
residencial dos indivíduos surdos a serem
U

entrevistados.

1. Reúna-se com seu grupo. Nesta etapa, vocês necessitam de três coisas:
G

• Do mapa situando onde está cada indivíduo da população.


• Se a população de sua pesquisa for muito grande, utilize uma das
técnicas de amostragem. Se for pequena, utilize toda a população.
• Do questionário já elaborado e validado por todos do grupo e pelo
professor.
Agendem com cada pessoa da população (ou amostra) a data de
entrevista ou da devolutiva do questionário respondido, via digital.
2. Saiam a campo, façam todas as entrevistas previstas, ou reúnam
todas as devolutivas digitais, de maneira que, tendo em mãos todos
os questionários respondidos, seja possível organizar os dados por
categorias. Preparem representações gráficas dos dados.

1o TRAJETO -- PESQUISA AMOSTRAL | 55


VIA EXPRESSA Representações gráficas

D
Os dados estatísticos podem ser representados de várias maneiras
– basta observar a diversidade de gráficos que permeiam os veículos
de comunicação (jornais, sites, blogs, vlogs etc.) sendo utilizados em

L
variados assuntos. A escolha do tipo mais apropriado de gráfico cabe
ACESSO rápido para nocões básicas ao pesquisador; no entanto, o critério de escolha deve ser pautado
pela simplicidade, clareza e veracidade da apresentação dos dados.
FAÇa »» Gráfico em colunas (ou em barras):

N
EM SEU como os jovens acessam
PARA QUEos
como jovens acessam
ATIVIDADES OS JOVENS ACES- PARA QUE ATIVIDADES
a internet OS JOVENS ACES-
pelo computador
CADERNO a internet pelo computador
SAM A INTERNET PELO COMPUTADOR SAM A INTERNET PELO COMPUTADOR
88%
90% 0 30% 60% 90%

P
69%
Vídeos 88%
60%

Sites 69%
30%
15% 15%
5% E-mails
IA
0
Vídeos Sites E-mails Compras Compras 5%

Dados fictícios para exemplificar a configuração dessa categoria de gráfico.

Quando uma das variáveis é qualitativa (nesse caso, a variável é


o uso que os jovens fazem da internet), os gráficos em colunas (ou
em barras) são uma possibilidade de apresentação de dados.
»» Gráfico de dispersão:
U

estudantes do ensino médio escola x


ESTUDANTES DO ENSINO
altura xMÉDIO
massaESCOLA DO BAIRRO: ALTURA × MASSA CORPORAL
corporal
195
190
185
G

180

!
Altura (cm)

175
Por serem
170
emparelhados,
165
os dados nesses
160
gráficos podem apontar
155
a tendência crescente na 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140
disposição dos pontos. Massa corporal (kg)
Nesse exemplo, a Fonte: Dados fictícios para exemplificar a configuração dessa categoria de gráfico.
tendência que se mostra
é: quanto mais alto Quando duas variáveis são quantitativas (nesse exemplo, altura e
um adolescente, mais massa), os gráficos de dispersão são favoráveis para a apresentação
“pesado” ele é. de dados. São principalmente úteis para explicitar a relação de causa
e efeito entre duas variáveis.

56 | PROJETO 2 | TEMPO DE PARTICIPAR


»» Gráfico de setores:

D
GRÁFICO DE SETORESGráfico de setores
Crença entre os jovens do Ensino Médio Escola do Bairro

Têm religião
Não têm religião

L
Estão indecisos
35%
60%

5%

N
Fonte: Fictícia

Essa representação gráfica tem a forma de um círculo dividido em setores. É extremamente útil
quando se pretende comparar valores de uma categoria de dados com sua totalidade. Sua construção
leva em conta divisões do círculo em setores com áreas proporcionais aos valores a serem discriminados.

P
A categoria “crença” assume três valores diferentes. A divisão em setores pode ser obtida com a
solução de uma regra de três:
100% (total) 360
x% (parte) y
IA
Pesquise em livros didáticos diversos e continue aprendendo sobre Representações gráficas de dados estatísticos.

Notas de viagem
1. Até este momento, vocês buscaram reconhecer e mapear a realidade de seu
entorno. Agora, você e seu grupo já podem escrever um manifesto de intenções,
apresentando propostas de ações voltadas à superação de desigualdades ou
U

melhoria do cenário social que estão investigando.


Exponham também os princípios que os motivam a manifestar a vontade de
compromisso no desempenho do papel social como jovem participante e quais são
as propostas de ações com esse compromisso.

?
Redijam e revisem, realizando as devidas correções e, depois, afixem nos murais e
G

corredores da escola.

>> QuestÕES finais DO  1o trajeto


Leia e debata com os colegas do seu grupo.
Como as representações gráficas auxiliam no processo de compreensão da
realidade investigada?
Como a participação juvenil, por meio das práticas de integração social,
pode causar impacto no meio social?

1o TRAJETO -- PESQUISA AMOSTRAL | 57


2 trajeto:

D
0

Medidas de Notícias com média

L
posição Nascem no Brasil, a cada ano, aproximadamente oito mil
bebês com síndrome de Down. A média de nascimento é de uma

N
criança com síndrome de Down para cada quinhentas crianças.
Dados extraídos de: WERNECK, Claudia. Muito prazer, eu existo: um livro sobre as
pessoas com síndrome de Down. 2. ed. Rio de Janeiro: WVA, 1993. p. 27.
Matemática: competência 2 EM13MAT202
Ciências humanas e sociais
competência: 4 EM13CHS403

P
Boontoom Sae-Kor/ Shutterstock
IA
U
G

As tarefas partilhadas no cotidiano e os gestos de afetos entre a criança com Síndrome de


Down e os familiares favorecem as potencialidades de todos os envolvidos.

58 | PROJETO 2 | TEMPO DE PARTICIPAR


Na média

D
A informação apresentada chama atenção para um dado nu-
mérico, que é a média. Intuitivamente, a média pode ser percebida
como um “ponto de equilíbrio” na frequência com que determinado

L
fato ocorre.
Em uma lista de atividades que perfazem a rotina de um adoles-
cente, há aquelas que são pouco frequentes (consertar a bicicleta,
por exemplo), as que são mais ou menos frequentes (estudar, por

N
exemplo) e as que são muito frequentes (dormir, por exemplo).

1. Resgate de revistas, jornais e portais de notícias

P
informações que utilizam noções de média.
Selecione, pelo menos, cinco trechos diferentes. Transcreva-
-os para seu diário do navegador. Observe a estrutura da
escrita, quais significados estão envolvidos na noção de
média e que relações são estabelecidas em cada notícia.
IA
Registre também tudo o que não pareceu esclarecedor para
você: seja do contexto social, seja de caráter matemático.
Com a turma e o professor, forme uma roda de conversa.
Exponha suas dúvidas. Troquem ideias, explorem formas
de sanar dúvidas coletivamente, utilizando um processo
construtivo de descobertas e evitando concepções de que
o conhecimento existe pronto e “congelado”. Acessem,
U

juntos, fontes de consultas diversas, caso seja necessário.


2. Elabore uma pergunta para um colega
utilizando a noção intuitiva ou outros
conhecimentos prévios a respeito
G

de média.

A média é um valor numérico


que, estatisticamente, é calcu-
lado com a finalidade de
representar melhor a
realidade e auxi-
liar na tomada
de decisão.
co
sm
aa
/S
hu
t te
rst
oc
k

| 59
VIA EXPRESSA Média aritmética, mediana e moda

D
Média aritmética: a média aritmética ^ x h de uma lista de valores
referentes a uma determinada variável x é o quociente entre a soma
de todos os valores da lista ^ x i h e o número total de valores.

L
n
ACESSO rápido para nocões básicas x1 + x2 + x3 + g + xn | i = 1 xi
x= n = n
Exemplo:
FAÇa Aline selecionou uma amostra composta por jovens de seus conta-

N
EM SEU tos que moram nas proximidades de seu bairro. Ela perguntou para ca-
CADERNO
da um deles quanto tempo de seu dia se relacionam com cadeirantes.
Este é o rol (sequência de valores brutos, de uma mesma variável, de
forma não ordenada) obtido da pergunta feita por ela (valores em horas):

P
8; 0; 2; 6; 0; 1; 12; 8; 1; 0; 0; 4; 8; 24; 1; 0; 4; 0; 6; 8
8 + 0 + 2 + g + 0 + 6 + 8 89
Cálculo da média: x = 20 = 20 = 4, 45
Assim, o tempo médio que essas pessoas se relacionam com
cadeirantes é de 4,45 h por dia.
IA
Mediana: a mediana (Me) é o valor central de uma lista de valores
ordenados referentes a determinada variável x.
»» Se a lista tiver um número ímpar de valores, o valor que estiver
ocupando o meio da série será a mediana;
»» Se ele tiver um número par de valores, deve-se calcular a média
aritmética dos dois valores centrais, sendo que o valor corres-

!
pondente à mediana se acha entre eles.
»» Para um número
U

Exemplo:
pequeno
Dispondo os mesmos dados coletados por Aline em ordem cres-
de dados, é
cente, obtemos:
possível identificar
0; 0; 0; 0; 0; 0; 1; 1; 1; 2; 4; 4; 6; 6; 8; 8; 8; 8; 12; 24
a moda apenas
Há um número par de valores, sendo que 2 e 4 são os valores
G

pela observação 2+4


centrais. Calculamos a média aritmética entre 2 e 4: Me = 2 = 3
dos dados não
Assim, a mediana é 3 h.
agrupados.
»» Quando a lista de Moda: a moda (Mo) de uma lista de valores referentes a deter-
valores tem dois minada variável x é o valor mais frequente dessa lista.
valores com a Exemplo:
mesma frequência Observando a lista dos valores obtidos por Aline, temos:
máxima, cada um 0; 0; 0; 0; 0; 0; 1; 1; 1; 2; 4; 4; 6; 6; 8; 8; 8; 8; 12; 24
deles é uma moda, Mo = 0
e diz-se que essa Assim, a moda é 0, pois há seis observações iguais a zero.
lista é bimodal.
Pesquise em livros didáticos diversos e continue aprendendo sobre Média aritmética, mediana e moda.

60 | PROJETO 2 | TEMPO DE PARTICIPAR


Análise e tomada de decisão

D
CIDADANIA

Como a integração
Uma vez que os dados já estão organizados e foram tratados,
social entre surdos e
agora é o momento de serem analisados pensando em possibilidades
ouvintes é possível?
para a tomada de decisão.

L
Essa pergunta pode ser
decomposta em outras
Exemplo do grupo de Rafael - Parte IV “menores” que, em
O grupo de Rafael reuniu todas as informações que obteve conjunto, podem facilitar

N
até então. No diário do navegador, eles encontraram as questões a busca da solução da
que haviam feito anteriormente. primeira pergunta.
Essas perguntas serviram para gerar questões que constaram Duas delas são:
do questionário: »» Quais são

P
as principais
necessidades que os
1. Em quais atividades 2. Em quais espaços vo-
deficientes auditivos
você sente maior ne- cê sente maior neces- ou surdos têm no
cessidade de integra- sidade de integração seu cotidiano?
ção social?
IA
social? »» Em quais momentos
»» Atividades laborais a integração entre
»» Casa
»» Atividades escolares surdos e ouvintes
»» Trabalho traz aprendizados
»» Interação nos espaços
urbanos »» Rua para ambos?
»» Outras »» Outros
VIA LATERAL
U

Você sabe o que caracteriza


Os dados coletados desses e outros itens do questionário foram uma oportunidade?
analisados e, em comum acordo, os componentes do grupo reco- Pesquise e compartilhe
nheceram que era necessário tomar algumas decisões. com os colegas.
As decisões necessitam de um caráter racional, fundadas na con-
G

1. Reúna-se com seu


fiabilidade dos dados e na aplicabilidade dos recursos estatísticos. grupo. Juntos, analisem
Todavia, nesse processo de tomada de decisão, os integrantes os valores mais votados
de cada questão
do grupo reconheceram a possibilidade do imprevisível decorrente
e proponham uma
da interação humana que envolve o intuitivo e o emocional. intervenção para cada
O grupo acabou decidindo fazer uma campanha de divulgação uma das mais votadas.
pelo bairro orientando as pessoas com meia dúzia de sinais básicos 2. Publiquem as decisões
em Libras que poderiam facilitar a comunicação de ouvintes com do grupo em panfletos
pessoas surdas em espaços públicos, já que o item “rua” foi o valor distribuídos na escola
mais apontado pela pesquisa na questão 2. O grupo entendeu essa ou no entorno do bairro,
conforme julgarem mais
medida como uma oportunidade de melhorar a comunicação entre
adequado.
surdos e ouvintes nos espaços públicos.

2o TRAJETO -- MEDIDAS DE POSIÇÃO | 61


D
Notas de viagem
1. Leia a tirinha:

L
Alexandre Beck
N
P
BECK, Alexandre. Armandinho. Disponível em: https://bit.ly/2sHwG9Z. Acesso em:. jan. 2020.

• Como você avalia o conhecimento de Armandinho a


CONFLUÊNCIAS --  CARTA
respeito da média aritmética? Escreva um parágrafo.
Carta mundial pelo direito
IA
• Supondo que Armandinho tenha 6 anos, qual é a idade do
à cidade (2006). Disponível
adulto com quem ele fala?
em: https://www.polis.org.
br/uploads/709/709.pdf. • O que você imagina que o adulto quis dizer com “nova
Acesso em: jan. 2020. idade média”? Com que sentido ele utilizou a palavra

?
Documento produzido
“média” no primeiro quadrinho?
a partir do Fórum Social
Mundial Policêntrico
de 2006, em favor da
U

população urbana que, em


sua maioria, se vê privada
ou limitada de satisfazer
suas necessidades básicas

>> QuestÕES finais DO 2o trajeto


(de caráter cultural,
G

social, de gênero etc.) e,


em contrapartida, busca
condições e oportunidades Leia e debata com os colegas do seu grupo.
mais equitativas a seus
Como as noções de média, moda e mediana
habitantes.
auxiliaram no processo de compreensão da realidade
investigada?
Quais opções de espaço há para os diferentes perfis
de jovens exercerem suas práticas de integração
social?

62 | PROJETO 2 | TEMPO DE PARTICIPAR


#múltiplos destinos

D
OUTROS DESTINOS

L
Retome com seu grupo a pergunta inicial “Quais são os espaços
de participação do adolescente?” e, com base nas anotações feitas
no diário do navegador, em conhecimentos que adquiriram nesses
trajetos e nas análises feitas nas pesquisas, apontem:

N
a) possíveis espaços para atuação dos adolescentes descobertos
por vocês;
b) possíveis práticas que os adolescentes podem exercer para
que tenham melhores condições de participação social;

P
c) as possibilidades de transformação do entorno local decorren-
tes das descobertas feitas por vocês por meio deste projeto.

INTEGRAÇÃO
Vocês compreenderam o conceito de integração?
IA
Romão/ M10

»» Produzam fotografias artísticas parodiando esta imagem. Postem


suas produções nas redes sociais que vocês frequentam.
SewCream/ Shutterstock
G

Manifestantes jovens se juntam à greve


climática global, uma iniciativa chamada
Greve das escolas pelo clima, ação po-
lítica juvenil em favor das mudanças cli-
máticas urgentes. No cartaz, os dizeres:
NÃO HÁ PLANETA B. Austrália,
20 de setembro de 2019.

MÚLTIPLOS DESTINOS | 63
N

Produto final O L

Bruno S./ M10

D
Para a elaboração do produto final, é conveniente que vo-
cês mantenham a mesma configuração de grupo no percurso S
deste projeto.

L
Com base nos conhecimentos que desenvolveram ao longo
dos trajetos percorridos até aqui, elaborem um mapa do en-
torno da escola ou do bairro (a depender das especificidades
de sua pesquisa) no qual constem as oportunidades por vocês

N
detectadas.
Juntem em uma mesma apresentação o mapa, os panfletos
com as propostas de superação das questões investigadas e
outros materiais produzidos por vocês. Como sugestão de in-

P
tervenção social, façam a apresentação para a comunidade do
seu bairro por meio de uma mostra ou feira das oportunidades.
Nessa mostra, procurem explicitar práticas sociais que possam
contribuir para a descentralização do poder apresentando pro-
postas de distribuição de oportunidades equitativas.
IA
Ainda que as propostas de vocês não sejam capazes de
produzir mudanças significativas de imediato no atual modelo
das relações sociais urbanas, elas são válidas por seu papel de
conscientização de uma questão social que muitas vezes não é
pensada pela maioria.

Reúna-se com seu grupo e avaliem entre vocês como foi a


U

participação.

PERGUNTA  AVALIATIVA COMENTÁRIO


Trouxe informações que acrescentaram ao
projeto? Biblioteca
G

Auxiliou na aplicação dos conhecimentos Escola


para o desenvolvimento do projeto?
Hospital
Demonstrou disposição para ouvir ideias e
apresentar propostas de soluções para os Padaria
obstáculos enfrentados pelo grupo?

Mapa que te quero! Praça


Utilize novamente o QGIS. Dessa vez, sinalize no mapa produzido
por seu grupo as oportunidades descobertas por vocês

!
Rampa de skate
(considere a categoria que vocês criaram). Enfatize a distribuição
das oportunidades no âmbito das lutas urbanas.
Residências de pessoas
com deficiência

64 | PROJETO 2 | TEMPO DE PARTICIPAR 0 2 km


4 cm
D
L
N
A
2

P
RU

RU
A
1
IA
RU
A

B
A

A
RU
U
G

65
D
R O J E T O 3
F i ch a: P

L
#

N
NOME DO PROJETO Conexões cotidianas
TEMA INTEGRADOR Midiaeducação
OBJETIVOS A SEREM • Reconhecer grandezas envolvidas em situações diversas.
• Reconhecer grandezas derivadas (área, densidade demográfica, velocidade).
DESENVOLVIDOS

P
• Resolver e elaborar questões que envolvam grandezas derivadas.
• Elaborar hipóteses, pesquisar e interpretar situações, dados, resultados
experimentais no enfrentamento de situações-problema.
• Reconhecer que um projeto pode ser decomposto em etapas bem definidas e
finitas.
• Interpretar modelos explicativos, construir e justificar conclusões no
enfrentamento de situações-problema.
• Comunicar descobertas a públicos variados, por meio de diferentes mídias e
IA
tecnologias digitais de informação e comunicação.
• Reconhecer o que é um algoritmo e o que é um fluxograma.
• Registrar por meio de fluxograma um algoritmo que represente uma sequência
prevista para um determinado projeto.
• Avaliar riscos e/ou benefícios em atividades cotidianas que envolvam o uso de
aplicativos, visando a segurança e a preservação da privacidade dos jovens.
JUSTIFICATIVA DA O convívio social dos jovens ultrapassa os limites físicos do bairro e alcança
o convívio virtual por meio das ferramentas digitais, por exemplo. Embora as
PERTINÊNCIA DOS oportunidades de proximidade real existam, principalmente no espaço escolar
OBJETIVOS ou no entorno do bairro, é sabido que os jovens passam muitas horas do dia
usufruindo dos benefícios da cultura digital. Com base nisso, alguns temas relativos
U

ao transporte ou ao trânsito podem ser investigados com base nas experiências


cotidianas, permeadas pelo uso de aplicativos, plataformas digitais, entre outros
elementos da cultura digital. Nesta proposta de projeto, o estudante vai analisar
aplicativos que já existem para aprimorar sua consciência crítica e reconhecer
características de funcionamento e de relevância no cotidiano urbano. A partir de
então, os estudantes poderão criar uma proposta de projeto de aplicativo em uma
iniciativa própria e de livre escolha, desde que de acordo com os anseios do grupo.
G

COMPETÊNCIAS 4. (comunicação)
Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita),
GERAIS corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens
artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações,
experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que
levem ao entendimento mútuo.
5. (cultura digital)
Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de
forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo
as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir
conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida
pessoal e coletiva.
7. (argumentação)
Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular,
negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem
e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo
responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em
relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

66
D
L
vs148/ Shutterstock
N
COMPETÊNCIAS Matemática: competência 3
Utilizar estratégias, conceitos, definições e procedimentos matemáticos para
ESPECÍFICAS interpretar, construir modelos e resolver problemas em diversos contextos,
analisando a plausibilidade dos resultados e a adequação das soluções propostas,
de modo a construir argumentação consistente.
Ciências da Natureza: competência 3

P
Investigar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e
tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens
próprios das Ciências da Natureza, para propor soluções que considerem demandas
locais, regionais e/ou globais, e comunicar suas descobertas e conclusões a públicos
variados, em diversos contextos e por meio de diferentes mídias e tecnologias
digitais de informação e comunicação (TDIC).
HABILIDADES (EM13MAT314) Resolver e elaborar problemas que envolvem grandezas
IA
determinadas pela razão ou pelo produto de outras (velocidade, densidade
TRABALHADAS demográfica, energia elétrica etc.).
(EM13MAT315) Investigar e registrar, por meio de um fluxograma, quando possível,
um algoritmo que resolve um problema.
(EM13CNT301) Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e estimativas,
empregar instrumentos de medição e representar e interpretar modelos explicativos,
dados e/ou resultados experimentais para construir, avaliar e justificar conclusões no
enfrentamento de situações-problema sob uma perspectiva científica.
(EM13CNT306) Avaliar os riscos envolvidos em atividades cotidianas, aplicando
conhecimentos das Ciências da Natureza, para justificar o uso de equipamentos
e recursos, bem como comportamentos de segurança, visando à integridade
U

física, individual e coletiva, e socioambiental, podendo fazer uso de dispositivos e


aplicativos digitais que viabilizem a estruturação de simulações de tais riscos.
RECURSOS E • Dispositivo para reprodução de mídia com acesso à internet.
• Aplicativo free de construção de fluxograma.
MATERIAIS • Livros didáticos de Matemática diversos para pesquisa de conceitos.
• Caderno ou bloco de anotações.
• Lápis grafite.
G

• Caneta.
• Borracha.
• Folhas avulsas.
• Mural.
PRODUTO FINAL E Produto final: estruturação de um projeto de aplicativo para ser apresentado à
comunidade escolar, expondo suas funcionalidades e sua relevância para a rotina
INTERVENÇÃO das pessoas.
SOCIAL Intervenção social: apresentação do projeto de aplicativo para alguma instituição
pública (regional do bairro, prefeitura, câmara de vereadores) ou da iniciativa privada
com afinidade no ramo da proposta do aplicativo.

67
?

D
• como o cotidiano dos
Jovens é impactado pelas

L
ferramentas digitais?

N
Sergey Nivens/ Shutterstock
P
IA
U

Nos dias atuais, há estreitas relações entre as ferramentas digitais e o pensa-


mento dos jovens.
• Os aplicativos, os dispositivos móveis, as conexões
G

virtuais etc. são só um complemento à rotina atual


dos jovens? Comente.
• Como você avalia as atitudes dos jovens de hoje no
que diz respeito ao uso da tecnologia?
• As experiências do mundo digital/virtual às quais os
jovens estão cada vez mais expostos nos dias de hoje
estão construindo os cidadãos de amanhã. Como
você imagina que serão esses pessoas do futuro?

68
D
CONEXões

L
COTIDIANAS
N
MIDIAEDUCAÇÃO
P

VGstockstudio/ Shutterstock
IA
U

3
PROJETO
G

As relações de proximidade entre os


jovens estão cada dia mais entrela-
çadas aos recursos digitais/virtuais.
Por meio dessas novas relações com
o mundo social, natural e cultural,
uma nova linguagem – com sua
bagagem afetiva de valores éticos
– também se encontra em processo
de construção. Estarão os jovens
sendo construídos por um “mundo”
que também se mostra jovem?

69
#VOCÊ NO COMANDO

D
L
INÍCIO

N
As possibilidades humanas de inte- Nesta proposta, você vai percorrer
ragir e aprender em meio à cultura trajetos que envolvem a temática
digital serão objeto de debates na da cultura digital, principalmente na
construção e execução deste projeto. rotina dos jovens.

Notas de viagem

P
1. Leia o quadro e responda no seu diário do navegador. Depois, observe o
gráfico.
IA
Perguntas Comentários
Quantos aplicativos você usa no seu dia a dia?

Quais são os aplicativos que você utiliza todos os dias?

Já pensou em criar um aplicativo?

Se pudesse criar um aplicativo, sobre o que seria?

DISPOSITIVOS MAIS USADOS POR ADOLESCENTES DE 13 A 17 ANOS


U

Dispositivos mais usados por adolescentes de 13 a 17 anos


Smartphone 78%
Notebook 69%
TV 68%
Console de jogos 62%
G

Tablet 52%
PC 50%
MP3 Player 29%
Dispositivo 25%
de streaming
Fonte: Think with Google. Disponível em: https://inteligencia.rockcontent.com/
geracao-z-jovens-e-tecnologias-online/. Acesso em: jan. 2020.

• Em quais dessas categorias você estaria? Indique pelo menos duas.


Jemastock/ Shutterstock

70
CONFLUÊNCIAS --

D
CURTA-METRAGEM
Obsolescência programada. Direção: Cosima Dannoritzer. Espanha/França,
2010. 53 min.
O documentário discute a prática das indústrias de fabricar, propositalmente,

L
alguns de seus produtos com vida útil reduzida, a fim de estimular o
consumidor a adquirir novas versões.

VIA LATERAL

N
Você sabe como se realiza
O convívio social dos jovens ultra- o processo de criação de
passa os limites físicos do bairro e al- um aplicativo?
cança o convívio virtual por meio dos
Pesquise e depois

P
aplicativos, por exemplo, embora as
oportunidades de proximidade real compartilhe com
existam, principalmente no espaço os colegas as novas
escolar ou no entorno do bairro.
descobertas.

01
TRAJETO

grandezaS DERIVADAS MÚLTIPLOS


IA
destinos

Você vai lidar com o conceito de Você e seus colegas po-


algumas grandezas derivadas, como dem fazer um trabalho de
área, densidade demográfica ou intervenção social levando
velocidade média. seus projetos de aplicati-
U

vos à região do bairro, à


prefeitura ou a empresas
privadas com afinidade no
ramo do seu aplicativo.
TRAJETO

02 Algoritmos
G

Você vai conhecer o conceito de


fluxograma e aprender a organizar
um processo.

Você terá a oportunidade


TRAJETO

03
de aprender e fazer regis-
tros utilizando algoritmos.
Fluxogramas

71
1 trajeto:

D
0

Grandezas

L
derivadas meu entorno espacial se move
e é diverso

N
A pé, de bicicleta, de carro, de transporte público... Não importa
a forma de se deslocar no espaço urbano: são cada vez mais diversas
EM13MAT314
as condições de conforto e segurança decorrentes do acesso aos

P
Matemática: competência 3
Ciências da natureza: EM13CNT301 aplicativos.
competência: 3 EM13CNT306
IA
Pavel Vinnik/ Shutterstock

U
G

Vista do interior de um carro autônomo, operado por aplicativos de GPS. Nesta represen-
tação futurista, os aplicativos farão o monitoramento de atributos como tempo de via-
gem, distância entre veículos ou obstáculos na pista, velocidade permitida etc.

72 | PROJETO 3 | CONEXÕES COTIDIANAS


mobilidade urbana e diversidade

D
Utiliza-se o termo mobilidade para diversas possibilidades de
uma pessoa se deslocar de um ponto da cidade (ou do bairro) para
outro ponto distinto. A mobilidade urbana está estreitamente ligada

L
às modalidades de deslocamento da população no espaço geográ-

Norbert9/ Shutterstock
fico das cidades.

N
P
IA
U

Ilustração expondo algumas ofertas


possíveis quanto à mobilidade nos
Hoje é possível estudar problemas reais e necessidades espe- grandes centros urbanos.

!
cíficas que dizem respeito à mobilidade em um bairro, cidade ou
mesmo em um país. A pé, de patinete,
bicicleta, moto,
G

carro, metrô,
1. Forme dupla com um colega. Utilize, com seu colega,
ônibus coletivo, táxi,
algum dispositivo móvel com acesso à internet. Escolha,
transporte especializado
hipoteticamente, dois pontos distantes da sua cidade (ou
para pessoas com
bairro). Com o auxílio de um aplicativo, verifique: a distância
deficiências, para pets,
(em km) a ser percorrida, o tempo de duração da viagem e
entre outros. O espaço
o custo, conforme as diversas modalidades de transporte.
urbano é cada vez mais
a) Registre em uma folha todos os dados obtidos por vocês.
diverso. A mobilidade é
b) Digitalize essa folha e compartilhe com os colegas por
uma questão complexa,
meio de algum aplicativo de mensagens instantâneas.
para além do caráter
O objetivo é que vocês possam perceber como variam e
social e ambiental.
como se relacionam essas grandezas.

1o TRAJETO -- GRANDEZAS DERIVADAS | 73


Os aplicativos de transporte e

D
de trânsito
!

L
É quase incontável a variedade de aplicativos que oferecem
Observação: serviços de transporte ou de informações sobre o trânsito. Embora
Se possível,
a vida urbana tenha se beneficiado com esses serviços acessíveis ao
mantenha essa
toque da tela, é necessário admitir também que o espaço urbano, em
configuração de grupo

N
muitas regiões metropolitanas, ficou mais efervescente: as pessoas
até o final deste projeto.
transitam mais do que antes!
Mais pessoas se movimentando implica mudanças nos espa-
ços urbanos, o que implica novas problematizações e necessidade
ezellhphotography/ Shutterstock

de novos aplicativos! Esse ciclo vital é uma excelente oportunidade

P
para explorar a oferta de serviços de alguns deles.
Alguns conceitos simples, envolvendo noções de grandezas e
suas medidas, podem auxiliar na análise mais detalhada de aplicati-
vos úteis ao trânsito. As grandezas e suas unidades de medida fazem
parte do pacote de informações que os aplicativos podem fornecer
IA
aos seus usuários.

Atualmente é comum que, antes de


sair de casa, as pessoas consultem 1. Forme grupo com três integrantes. Junto com seus
os aplicativos de trânsito para não se
atrasarem para um compromisso ou
colegas, faça uma lista, de memória, com pelo menos
não perderem muito tempo no trânsito. seis nomes de aplicativos que vocês conhecem e que são
Os aplicativos ajudam a planejar a mo-
bilidade urbana. utilizados para as diversas modalidades de transporte ou
U

para situações de trânsito.


a) Agora construa um quadro semelhante ao mostrado
abaixo. Complete com os dados da lista de aplicativos
que vocês fizeram.
Grandezas Unidade de
G

Aplicativo Funcionalidades
envolvidas medida
Consultar multas
por excesso de
Detran Velocidade km/h
velocidade do
motorista

b) Exponha o quadro em um mural. Observe os quadros


dos outros grupos. Entre todos os quadros, que
características chamaram a atenção de vocês? Anote no
diário do navegador.
2. Se você fosse criar um aplicativo de trânsito, quais
funcionalidades gostaria de oferecer? Comente com
os colegas.

74 | PROJETO 3 | CONEXÕES COTIDIANAS


Conceitos sobre grandezas VIA EXPRESSA

D
Leia o texto a seguir, retirado do site do IPEM-SP (Instituto de
Pesos e Medidas do Estado de São Paulo).

L
2. Sistema de Grandezas ACESSO rápido para nocões básicas
Conjunto de grandezas, em um sentido geral, entre as quais há
uma relação definida.
FAÇa

N
EM SEU
3. Grandeza de Base CADERNO
Grandeza que, em um sistema de grandezas, é por convenção

!
aceita como funcionalmente independente de uma outra grandeza.

P
Exemplo: Observação:
As grandezas comprimento, massa e tempo são geralmente tidas O campo da
como grandezas de base no campo da mecânica. mecânica e outras
[...] áreas do conhecimento
humano que utilizam
IA
4. Grandeza Derivada as grandezas
Grandeza definida, em um sistema de grandezas, como função de comprimento, massa
grandezas de base deste sistema. e tempo consideram
Exemplo: essas grandezas de
Em um sistema que tem como grandezas de base o comprimento, base. Existem muitas
a massa e o tempo, a velocidade é uma grandeza derivada, situações cotidianas
definida como: comprimento dividido por tempo. que envolvem outras
U

Grandezas e unidades. Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (IPEM-SP). grandezas e que são
Governo do Estado de São Paulo, 2020. Disponível em: http://www.ipem.sp.gov.br/index. derivadas dessas.
php?option=com_content&view=article&id=358&Itemid=284. Acesso em: fev. 2020.
G

Leigh Prather/ Shutterstock

Pesquise em livros didáticos diversos e continue aprendendo sobre Sistema de grandezas, grandeza de base e grandeza derivada.

1o TRAJETO -- GRANDEZAS DERIVADAS | 75


grandezas no espaço urbano

D
Veja algumas grandezas derivadas mais recorrentes em situações
urbanas.
Área da superfície

L
Para o cálculo da área da superfície de uma região urbana – área
de um bairro, por exemplo –, é possível utilizar um software de infor-
mação geográfica, por meio do mapa, e decompô-lo em quadriláteros
ou triângulos, conforme a disposição das ruas.

N
P
Romão/ M10
IA
0 714 m
2 cm
A área aproximada do bairro será a soma das áreas de cada polí-
gono obtido na representação. As medidas dos lados dos polígonos
são os comprimentos das ruas.
A área pode ser dada em m² ou km². Aconselha-se utilizar o km².
Densidade demográfica
Beautiful landscape/ Shutterstock
U

A densidade demográfica é uma medida que representa a relação


entre a população absoluta (população total) e a área da superfície
territorial. É expressa em habitantes por quilômetro quadrado
(hab./km²), ou seja, é necessário dividir a população absoluta pela
G

extensão territorial do local em questão.


Assim, temos:
total de habitantes
Densidade demográfica =
área

No Brasil, temos:
»» Total de habitantes: 212 559 409
»» Área: 8 515 770 km²
A concentração da população nos
total de habitantes
grandes centros urbanos é um fenô- Densidade demográfica = =
meno que requer diversos estudos. O área
conhecimento sobre isso requer rela-
212 559 409
ções entre grandezas, e das possíveis = > 24,96 hab./km²
relações, a densidade demográfica é 8 515 770
uma delas. Fonte dos dados: www.populationpyramid.net/pt/brasil/2020/. Acesso em: jan. 2020.

76 | PROJETO 3 | CONEXÕES COTIDIANAS


Velocidade

D
A velocidade é a razão entre a distância percorrida por um móvel
e o tempo gasto para percorrer essa distância.

Exemplo 1:

L
A velocidade de cruzeiro de uma aeronave é quase constante.
É considerada durante a etapa que compreende o final da subida
e o início da descida. Uma aeronave fictícia tem uma distância a ser
percorrida, na etapa de cruzeiro, que é de 2 225 km em 2,5 horas.

N
Qual será sua velocidade média na etapa de cruzeiro?

variação do espaço 2 225 km


Velocidade média = = = 890 km/h
variação do tempo 2,5 h
Exemplo 2:

P
Veja um mapa que aponta as velocidades máximas praticadas
nas vias de um bairro.
Romão/ M10

IA
Rua Iná
cio Lus
tosa (se R. L Legenda
nt uiz
ido L
R. Pres
.C ce eão 60 km/h
Cavalc arlos nt
me

ro 50 km/h
Abreu

anti )
eus Le

Passeio
Público 40 km/h
ido de
R. Mat
U
Rua

nd
Visc

Rua
Av. Câ

Praça
o
nde

Santos
M ar

Andrade
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em
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XV dor
o
Torr

Rua eo
ar

al. D
e

M
s

Rua
Praça
Osório

s
B arro
d ré de
Praça n
Rui Barbosa R ua A

0 300 m
2 cm
Mapa fictício.

1o TRAJETO -- GRANDEZAS DERIVADAS | 77


O bairro, a rotina dos jovens e

D
os aplicativos

Nadia Snopek/ Shutterstock


L
N
P
IA

1. Com seu grupo, pesquise dados e calcule:


a) a área aproximada do bairro onde está situada a escola;
b) o número de habitantes do bairro (pesquise junto à prefeitura);
U

c) a densidade demográfica do bairro da escola;


d) a velocidade máxima permitida nas principais vias do entorno da escola.
2. Relacione essas informações numéricas do bairro com informações referentes aos jovens
moradores. Formule possíveis questões, por exemplo:
G

• Qual é a área do bairro mais frequentada por jovens de 14 a 17 anos durante a semana?
• Qual é, aproximadamente, a porcentagem de jovens de 14 a 17 anos relativa à
densidade demográfica do bairro?
a) Faça uma rápida investigação quanto às informações referentes aos jovens do entorno
do bairro.
b) Pesquise analise e registre o máximo de informações a respeito dos jovens moradores
do bairro que possam ser úteis à formulação dessas questões.
c) Compartilhe as questões elaboradas em uma rede social.
d) Escolha uma dessas questões formuladas e elabore uma proposta de aplicativo
(app) que a contemple. Publique, no mural da sala de aula, a proposta de aplicativo,
destacando algumas de suas funcionalidades.

78 | PROJETO 3 | CONEXÕES COTIDIANAS


Que conhecimentos buscar ao criar um app?

D
Quando alguém pensa em criar um aplicativo, que conhecimentos são necessários?
Como qualquer outro conhecimento, criar a estruturação de um aplicativo exige buscas detalhadas
de informações para cada aspecto do processo de criação. É preciso ter um “mapa” dos conhecimentos

L
necessários.
Veja uma sugestão de busca de informações, estruturada como um mapa possível.

1. DEFINIÇÃO DE UMA NECESSIDADE 5. DESIGN DA INTERFACE

N
Aplicativos são criados porque alguém teve uma Por meio de desenhos das telas com os quais o
ideia para solucionar um problema recorrente. usuário vai interagir, criados com uma ferramenta
Esteja atento aos problemas e faça um registro de wireframe, é possível visualizar como o app vai
do maior número de ideias. funcionar em sua navegação.

2. DESCRIÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DO APP 6. INTEGRAÇÃO COM OUTRAS FERRAMENTAS

P
Há vários níveis dentro desta etapa. Veja três O aplicativo vai funcionar juntamente com
deles: criar um protótipo fazendo um wireframe; outras ferramentas, como de análise de dados,
definir a estrutura de navegação; utilizar a regra de gestão de erros, de geolocalização, de
dos 3 cliques. pagamentos e outros.

3. RECONHECIMENTO DO MVP 7. DESENVOLVIMENTO DE CÓDIGO


IA
Pense no mínimo para o funcionamento do É a etapa mais técnica. É preciso desenvolver
aplicativo (Mínimo Produto Viável – MVP, sigla em a plataforma do app do ponto de vista da
inglês). Desejar que o app seja completo pode codificação do sistema, pensando-o como um
ser um equívoco. software.

4. DEFINIÇÃO DA ESTRUTURA DE DADOS 8. ATUALIZAÇÕES GRADATIVAS


O fluxo de dados, o armazenamento de arquivos O ciclo vital de um app é dinâmico e requer
binários, de imagens e outros se referem à monitoramento para as modificações constantes,
estrutura de dados (ED), que, em ciência da de acordo com a análise da experiência do
U

computação, é uma coleção de valores e de usuário.


operações sobre eles.

!
1. Esta atividade é fundamental para a busca do máximo
Observação:
de conhecimento técnico e informações específicas do
G

Este momento
processo de criação de um aplicativo. é essencial para a
a) Faça, em grupo (aquele composto desde o início deste busca de conhecimentos.
projeto), pesquisas a respeito do conteúdo de cada uma Não se preocupem em
das etapas que foram rapidamente esboçadas. estruturar as etapas do
b) Junto com seus colegas, colete as informações, monte projeto específico do
seu grupo. Anotem as
um “banco de conhecimentos” e troque ideias a respeito
informações que julgarem
desse banco. Auxiliem uns aos outros no processo de
úteis para quando chegar
esclarecimento das informações técnicas. essa hora.
c) Anotem as dúvidas comuns a todos do grupo e busquem
esclarecimentos com profissionais do ramo ou em
tutoriais na internet.

1o TRAJETO -- GRANDEZAS DERIVADAS | 79


Tempo de jovem: compreender,

D
criticar, compartilhar!

L
A interatividade auxilia a criação de um referencial que contribui para a credibilidade de um apli-
cativo e que é construída por seus próprios usuários. Isso exige do usuário uma postura responsável
na sugestão de melhorias ou validação com base em princípios éticos.
Compreender as tecnologias de forma crítica

N
1. Reúnam-se no grupo e reflitam sobre as seguintes questões:
• Vocês instalariam um aplicativo que requisitasse acesso a qualquer item de
privacidade?
• Listem os itens de privacidade que vocês julgam seguros de ser liberados e os itens

P
que, sendo solicitado o acesso, ocasionariam recusa de instalação (por exemplo, acesso
a informações pessoais, localização, lista de contatos etc.).
• Um determinado aplicativo, após baixado, terá acesso à sua localização geográfica,
às suas mensagens de texto e de voz e às suas preferências de busca. Sabendo disso,
quais funcionalidades desse aplicativo vocês esperam encontrar para compensar o
IA
acesso à sua privacidade? Compartilhem a resposta.
2. Vocês costumam dar notas e escrever comentários sobre o desempenho ou a
funcionalidade dos aplicativos? Publicam comentários sobre ele (se é seguro ou muito
invasivo)? Julgam úteis as notas e os comentários? Registrem no diário do navegador.
3. Escolham três aplicativos (dois relacionados à mobilidade e um de livre escolha) para
explorar criticamente. Analisem a questão da privacidade e se as funcionalidades
oferecidas compensam o acesso aos dados pessoais.
U

Analisar funcionalidades dos aplicativos


4. Com seu grupo, proponha correções ou melhorias necessárias e que
podem ser implementadas na versão dos aplicativos analisados
por vocês. Elaborem um termo de revisão de funcionalidades
G

apontando e justificando as melhorias com base em fatos,


dados e informações confiáveis que tenham descoberto ou
pesquisado. Publiquem esse termo de revisão no site do app.
masmas/ Shutterstock

Partilhar informações em diferentes linguagens


5. Escolham a informação ou a sugestão de melhoria mais
importante que encontraram e criem (cada um do grupo)
uma forma de comunicá-la: por um desenho, uma tirinha,
um meme, uma música etc. Lembrem-se: a informação é a
mesma, porém o grupo apresentará três formas distintas
de comunicá-la.

80 | PROJETO 3 | CONEXÕES COTIDIANAS


D
Notas de viagem
1. Junte-se com seus colegas e respondam, cada um na sua vez:
a) Quantos aplicativos existem baixados no seu dispositivo móvel?

L
b) Quantos deles você utiliza todos os dias?
c) Qual é a relação percentual entre a quantidade de aplicativos em uso frequente e a
quantidade total de aplicativos baixados?
d) Agora, juntos, usem a criatividade e criem um meme que declare a porcentagem obtida

N
na questão anterior.
2. Você e seus colegas já listaram aplicativos que utilizam grandezas e medidas como parte
das funcionalidades oferecidas a seus usuários, analisaram criticamente outros aplicativos
quanto à política de privacidade e também exploraram as etapas na criação de um.

P
Agora, com base na experiência pessoal de usuários de aplicativos, formem em seu grupo
uma roda de conversa e reflitam a respeito das seguintes questões:
• Qual foi o último aplicativo que vocês baixaram e há quanto tempo?
• Vocês se lembram de quais permissões de acesso aos seus dados pessoais autorizaram?
• Por que imaginam que os aplicativos querem ter acesso a essas informações? Expliquem.
IA
Os smartphones suportam cada vez
mais aplicativos. É possível que, após
instalada, a maioria seja raramente
acessada pelo usuário. O excesso faz o
usuário perder o controle sobre quais
Oleksiy Mark/ Shutterstock

funções ou informações ele concordou


que o app pudesse acessar, as chama-
das permissões.
U

?
G

>> QuestÕES finais do  1 trajeto o

Leia e debata com os colegas do seu grupo.


Como vocês reconhecem a importância das informações numéricas
associadas às grandezas no uso dos aplicativos?
A rotina dos adolescentes no bairro ou nas redes sociais interfere no
sucesso dos aplicativos ou o sucesso dos aplicativos interfere na rotina dos
adolescentes? Expliquem.

1o TRAJETO -- GRANDEZAS DERIVADAS | 81


2 trajeto:
0

D
Algoritmos Um projeto de aplicativo:

L
planejamento com clareza

N
Ao saber da necessidade de realizar uma tarefa, uma pessoa que
deseja obter o resultado esperado pode contar com:
EM13MAT315
Matemática: competência 3 »» planejamento detalhado;
Ciências da natureza: EM13CNT301
competência: 3 »» comunicação clara das ideias.
EM13CNT306

P
IA

LightField Studios/ Shutterstock


U
G

82 | PROJETO 3 | CONEXÕES COTIDIANAS


Plano ou surpresa?

D
O esquema a seguir reforça a importância do planejamento.
APROVEITAMENTOS NA REALIZAÇÃO DE UMA TAREFA

L
Com planejamento Sem planejamento

N
acertos desgastes acertos desgastes

1. Observe a imagem, difundida desde os primórdios da


internet. Depois, converse com os colegas.

Romão/ M10
IA

Assim explicou o cliente. Assim entendeu Assim desenhou Assim descreveu Do que o cliente
o chefe de projeto. o analista. o marketing. realmente precisa...

• Houve planejamento nesse processo? Quais foram as


U

surpresas?
• Que tipo de falha vocês imaginam que houve?
2. Assista ao curta-metragem.
G

CONFLUÊNCIAS -- CURTA-METRAGEM

Ormie. Direção: Rob Silvestri. EUA, 2010.


4 min.
Um porco e uma tarefa: obter biscoitos
que estão fora do seu alcance. Várias
tentativas. Nenhum planejamento. A
Romão/ M10

obsessão é a única coisa que funciona.

• Para esse “projeto”, houve planejamento?


• Há uma relação entre falta de planejamento e o humor.
Por que vocês acham que há essa relação?

2o TRAJETO -- ALGORITMOS | 83
As equipes e as etapas de um planejamento

D
A diversidade de ferramentas tecnológicas, as especificidades dos problemas vivenciados por diversos
setores da sociedade, as possibilidades de enfrentar situações e propor soluções estão incentivando a
criação de aplicativos por usuários que têm boas ideias, mas não têm, necessariamente, conhecimentos

L
técnicos de linguagem de programação.
Sendo assim, reunir-se com a equipe é uma forma de descobrir os talentos específicos de cada
um, reconhecer o valor das contribuições individuais e das resultantes da sintonia e da troca de ideias.
Geralmente os projetos (comerciais ou não) são compostos por uma sequência de etapas. Para

N
cada etapa é preciso estar seguro de que há informações suficientes e estão necessariamente claras
para que nada escape do propósito inicial do projeto.
Este quadro sintetiza as etapas da estruturação de um projeto de aplicativo.

P
ETAPAS AMPLAS ETAPAS MEDIANAS SUBETAPAS
1. Defina um objetivo.

Antes da ideia 2. Defina o público-alvo.


1 3. Analise o mercado.
Origem
IA
4. Faça um esboço do seu aplicativo.
Formação da ideia
5. Faça seus wireframes e sua storyboard.
6. Planeje o back-end*.
Simulação
7. Valide o modelo.
2
Produção 8. Construa o aplicativo.
Realização
9. Faça o design.
10. Teste.
U

Validação
11. Faça os ajustes necessários.
3
Apresentação 12. Fase beta.
Apresentação
13. Lance seu aplicativo.

* É o trabalho feito na parte “de trás” da aplicação na Fonte: https://usemobile.com.br/como-criar-um-aplicativo/#wire. Acesso em: jan. 2020.
G

web, é o trabalho de um desenvolvedor.


bsd/ Shutterstock

A existência de di-
ferentes talentos dá
coesão a um grupo.

84 |
A distribuição de tarefas

D
Dentro da equipe, todos precisam trabalhar. É necessário saber
qual é a tarefa e a data de entrega de cada um.

L
Romão/ M10

Liste um a um e, depois, associe:

N
venimo/ Shutterstock
Tarefas Pessoas Prazos

em comum acordo. Depois disso, elas devem ser listadas.


P
Todas as tarefas de cada um do grupo devem ser combinadas

Quando uma tarefa é muito extensa, ela deve ser decomposta


IA
em outras menores.
À medida que cada tarefa for sendo cumprida, faça um controle,
utilizando um instrumento como um checklist.
Quando uma tarefa é muito extensa,
ela deve ser decomposta em outras
menores.
1. Reúnam-se em grupos e debatam sobre a melhor maneira
de enfrentarem juntos cada um dos momentos descritos a
U

seguir.
Listem Monitorem
as tarefas. os prazos.

Freepik
Distribuam Avaliem
as tarefas. a qualidade.
G

checklistt
Organizem Ajustem
os prazos. as etapas.

2. Após esse debate, tomem nota dos


principais acordos que estabeleceram
para posterior consulta em caso de algum
obstáculo no caminho.

À medida que cada tarefa for sendo


cumprida, faça um controle, utilizando
um instrumento como um checklist.

2o TRAJETO -- ALGORITMOS | 85
A estruturação do projeto de app

D
1. Em grupo, acessem o site indicado na seção Confluências.
Leiam atentamente as instruções.

L
Agora que já leram, procedam da seguinte maneira:
• Criem, dentro do grupo, um espaço para debater a respeito das
dúvidas que tiveram durante a leitura do conteúdo desse site.

N
• Tomem notas das dúvidas comuns
aos integrantes do grupo. Depois,
criem uma roda de conversa com
toda a turma e compartilhem

P
suas dúvidas, aguardando
que outros grupos
possam auxiliar com
os esclarecimentos
necessários. Caso
IA
não venham os
esclarecimentos, saiam
em busca de novas
fontes que possam
sanar todas as
dúvidas.
CONFLUÊNCIAS --  SITE
U

Como criar um aplicativo?


Procure na internet
um site que explique
passo a passo, com
ilustrações, cada uma das
G

etapas na estruturação
de um projeto de
aplicativo. Amplie seus
conhecimentos e se
inspire em opções para
sua criação.

86 | PROJETO 3 | CONEXÕES COTIDIANAS


D
2. Agora, elaborem um projeto de estruturação de um aplicativo.
a) Formulem uma questão que julguem oportuna para a elaboração de um aplicativo, de maneira
que, tendo criado esse aplicativo, ele resolva a necessidade representada por essa questão.

L
b) Escrevam, em grupo, um relatório com as etapas da elaboração desse aplicativo:
•  Detalhem cada etapa, acrescentando: esboços de ideias, esquemas gráficos,
desenhos, lista de tarefas, prazos para cada tarefa, fontes de consulta para aquisição/
aprofundamento de cada informação, nomes de pessoas ou profissionais que podem

N
ajudar etc.
• Se possível, consultem as anotações anteriores, especialmente
aquelas que fizeram ao buscar os conhecimentos técnicos
(sinalizados em páginas anteriores a esta).

P
3. As decisões devem ser tomadas em comum acordo entre
os integrantes do grupo e o professor. Para a realização dos
trabalhos, estabeleçam:
• um roteiro de tarefas para cada integrante;
IA
• um prazo para a realização de cada tarefa (cada um deve
se dedicar com afinco a realizar a tarefa que lhe coube no
processo de criação do aplicativo).
U

!
G

Atenção:
Se julgarem
interessante, usem
a câmera de um celular
para filmar momentos
da execução de algumas
tarefas (making of),
por exemplo, as mais
ivector/ Shutterstock

relevantes. Preservem essa


filmagem para ser exibida
no dia da apresentação do
aplicativo.

2o TRAJETO -- ALGORITMOS | 87
VIA EXPRESSA Noções de algoritmos

D
Um algoritmo estabelece uma sequência de instruções claras
e objetivas que permitem a uma pessoa ou programa realizar uma
série de tarefas até que atinja o objetivo, depois de um número finito

L
de etapas.
ACESSO rápido para nocões básicas Mesmo as intenções mais simples e corriqueiras do cotidiano
podem ser descritas por uma sequência de encaminhamentos lógicos.
FAÇa Essa é uma maneira intuitiva de compreender o algoritmo:

N
EM SEU uma “receita” ou uma sequência de comandos que conduzem a
CADERNO
um objetivo.
A estruturação de um algoritmo

!
Qualquer tarefa é composta por uma sequência de ações. Cada

P
ação representa uma etapa da tarefa e deve ser enunciada de modo
Algoritmo do muito claro. Ao estruturar uma tarefa sob a forma de um algoritmo,
macarrão instantâneo suas etapas não podem ser ambíguas: a dupla interpretação ou a
»» Ferva 300 mL inexatidão da tarefa devem ser evitadas.
de água em uma Já imaginou se a receita de um bolo não for clara o suficiente
IA
panela; quanto à temperatura ideal ou ao tempo de permanência no forno?
»» Acrescente o Essa falta de clareza poderia resultar em um bolo queimado ou cru.
macarrão; Para a escrita de um algoritmo, ou seja, o registro daquilo que é
»» Cozinhe por chamado de a estrutura do algoritmo, existem algumas “regrinhas”.
3 minutos; São elas:
»» Mexa para soltar os »» Usar apenas um verbo por frase (no imperativo);
fios; »» Estabelecer uma ordem indispensável para cada etapa;
U

»» Desligue o fogo; »» Pressupor que está desenvolvendo um algoritmo para pessoas


»» Misture o tempero; que não possuem conhecimento no assunto;
»» Sirva em seguida. »» Usar frases curtas e simples;
»» Ser objetivo;
Junjira Limcharoen/ Shutterstock

»» Evitar palavras que possam gerar duplo sentido.

Início

Passo 1
Ivelin Radkov/ Shutterstock

Coisas simples e corri- O algoritmo tem Passo 2


queiras do cotidiano, início e fim. Cada
etapa (ou passo)
como preparar macar-
rão instantâneo, podem encadeada pre-
Passo 3
ser estruturadas na for- tende alcançar o
ma de algoritmo. fim do modo mais Fim
objetivo possível.

88 | PROJETO 3 | CONEXÕES COTIDIANAS


Algoritmo: linguagem intermediária

D
entre a linguagem natural e a de
programação

L
O computador é um exemplo de aparelho que executa tarefas
programadas por meio de algoritmos, segundo uma linguagem que
é própria dele.

N
Um programador que pretende criar um comando para o com-
putador executar, primeiro deve pensar no algoritmo do problema
e, depois, transformar a ideia em um programa. Isso isso exige rigor
e conhecimento técnico.

P
Um conhecimento fundamental da programação de computado-
res é a construção de algoritmos. O algoritmo codifica a linguagem
natural do cotidiano em uma linguagem estruturada de programação,
ou seja, a linguagem do algoritmo é intermediária entre a linguagem
humana e a de programação.
IA
Há algoritmos que apresentam uma tomada de decisão, ou seja,
em sua estrutura há uma condição “se, então, senão”.

ALGORITMO PARA PASSAR POR UMA PORTA


Início
Pegue na maçaneta;
Gire a maçaneta;

igor kisselev/ Shutterstock


Empurre a porta;
SE (estiver trancada), ENTÃO
U

Introduza a chave;
Destranque a porta;
Empurre a porta;
Atravesse pela porta;
SE NÃO
Atravesse pela porta;
Feche a porta.
G

Fim

A seguir, veja um algoritmo para a avalição de um aluno por meio


do cálculo da média aritmética de duas notas.
ALGORITMO PARA DESEMPENHO FINAL EM CURSO
Início
Leia as duas notas de provas;
Calcule a média aritmética (m);
SE (m > 7), ENTÃO
Informe ao aluno: APROVADO;
SE NÃO
Informe ao aluno: REPROVADO;
Informe ao aluno o resultado da sua média aritmética m.
Fim

Pesquise em livros didáticos diversos e continue aprendendo sobre Algoritmos.

2o TRAJETO -- ALGORITMOS | 89
Pensando com algoritmos

D
Exercitando o pensamento com algoritmos
Façam as atividades a seguir em duplas. Todos os exercícios

L
devem ser anotados no diário do navegador.
Ao pensar em estruturar um algoritmo, é preciso estabelecer uma
ordem que faça sentido e que seja a mais adequada para a solução
do problema.

N
1. P
ara refletir a esse respeito, leia um problema clássico da
literatura universal da resolução de problemas conhecido
como “problema da travessia”.

P
Romão/ M10
Um barqueiro precisa atravessar um rio em seu barco com três
cargas muito especiais: ele tem um lobo, um bode e um pé de
couve. Ele só pode levar a si mesmo e uma de suas cargas.

Como atravessar o rio de modo que chegue ao outro lado com


IA
as três cargas intactas?
(Domínio público.)

Junte-se ao seu grupo e registre a solução do problema


como a estrutura de um algoritmo.
U

CONFLUÊNCIAS --  LIVRO 2. Leia este algoritmo:

Introdução à programação
ALGORITMO PARA A TROCA DE UM PNEU FURADO
e aos Algoritmos. João
Início
Araújo Ribeiro. São Paulo: Levante o carro com o macaco;
LTC, 2019. Retire o pneu furado;
G

Em linguagem simples Instale o pneu reserva;


Abaixe o carro para a posição normal.
e direta, este livro traz Fim
conceitos e métodos da
composição de códigos Depois de pronto, um aluno quis refinar esse algoritmo
de programação. acrescentando estas etapas não descritas:
Há definições de
conteúdos básicos como
Pegue o pneu reserva;
algoritmos e também bit, Aperte forte as porcas;
byte e códigos binários. • Entre quais etapas você introduziria essas duas novas?
Livro com diversos
exercícios 3. Escreva um algoritmo que calcule a média aritmética das
complementares. idades dos alunos da sua turma.

90 | PROJETO 3 | CONEXÕES COTIDIANAS


Notas de viagem

D
CONFLUÊNCIAS -- LONGA-METRAGEM
1. Junte-se a seu grupo e reflitam a respeito GIG – A Uberização do trabalho. Direção: Carlos
das seguintes sentenças, avaliando qual Juliano Barros. Brasil, 2019. 60 min.
(ou quais delas) tem mais chances de Uma visão a respeito da propagação acelerada de

L
acontecer. aplicativos e plataformas digitais no mundo todo.
O fenômeno conhecido como “gig economy”,
A. É possível criar um aplicativo que no Brasil é conhecido como “uberização”,
traz um debate a respeito da precarização do
sem conhecer a linguagem de
trabalho quando a vida em sociedade está cada
programação.

N
vez mais conectada.
B. É possível criar um aplicativo sem

Daisy Daisy/ Shutterstock


conhecer o contexto social do
qual ele se propõe a resolver uma
demanda.

P
C. É possível criar um aplicativo sem
conhecer a área de design.

Tomem nota, no diário do navegador, dos


principais pontos dessa reflexão.
IA
2. A vida urbana contemporânea está
permeada pelo acesso aos aplicativos.
Assista ao filme indicado na seção
Confluências e responda:
• A comodidade e o acesso imediato Hoje, há diversos aplicativos que favorecem o trabalho de
caráter mais informal, flexível e por demanda. A utilização
aos aplicativos deram liberdade ou

?
desses aplicativos alterou as relações de trabalho.
aprisionaram as pessoas?
U

>> QuestÕES finais DO  2o trajeto


G

Reflita com seu grupo a respeito das seguintes questões.


O pensamento computacional, explorado aqui por meio dos algoritmos,
favoreceu que tipo de experiência de aprendizagem ao grupo? Expliquem.
Os hábitos das pessoas, mediante o uso cotidiano de aplicativos, sofreram
mudanças nos últimos anos? Que benefícios e que riscos podem trazer à
rotina do jovem?

2o TRAJETO -- ALGORITMOS | 91
3 trajeto:
0

D
Fluxogramas Esquemas e instruções

L
As instruções dadas por aplicativos de navegação por satélite
são todas claras, objetivas e precisas. É comum ouvir, por exemplo:

N
“em 500 m, vire à esquerda”. A distância e a mudança de direção
EM13MAT315
são instruções bem definidas, de caráter computacional.
Matemática: competência 3
Ciências da natureza:
competência: 3 EM13CNT301

P
Volonoff/ Shutterstock
IA
U
G

K61_PI_F016 <Foto do robô Da Vinci>

Ilustração representando deslocamento de veículo em perímetro urbano. Os aplicativos


de navegação por satélite disponibilizam informações aos usuários indicando detalhes de
rotas, que são calculadas instantaneamente, por meio de algoritmos.

92 | PROJETO 3 | CONEXÕES COTIDIANAS


Instruções organizadas em esquemas

D
CONFLUÊNCIAS --  APLICATIVO

Procure na internet uma


Você saberia dizer como funciona um radar ao reconhecer a ve-
plataforma de elaboração
locidade de um carro em determinada via?
de desenhos, gráficos,
Há um software que executa a tarefa de monitorar a velocidade

L
fluxogramas e outros,
dos veículos e indicar aqueles que ultrapassaram o limite da veloci- para facilitar e organizar
dade permitida naquele local. as etapas do seu projeto.
Vamos pensar com o “raciocínio” desse software. Esse pensamen- Explore alguns recursos
to computacional é composto por instruções claras e encadeadas e desse aplicativo para

N
fluxogramas, mesmo que,
pode ser representado por meio de um recurso visual: um esquema.
por ora, não compreenda
INÍCIO como exatamente
funcionam; encare esse
A
Cronometre a Calcule a velocidade primeiro contato como

P
duração do velocidade: é maior que Tire foto da
tempo velocidade é o limite SIM placa do uma oportunidade para
percorrido igual à permitido? carro.
pelo carro distância entre o desenvolvimento
entre os dois os sensores
sensores. dividida pela Envie a foto posterior de familiaridade.
duração do NÃO para a
tempo. central.

Nenhuma
IA
ação
FIM

Esse fluxograma representa o algoritmo que vai decidir se deter-


minado veículo receberá ou não a multa. Cada instrução é objetiva
e bem definida.
O dado que entra no sistema é a duração do tempo em que o veícu-
lo percorreu a distância de um para o outro sensor. A distância não varia,
já é dada. Com isso, basta calcular a velocidade com esses dois dados.
U

• Com seu grupo, escolha um aplicativo de elaboração de


fluxogramas e faça o download dele.
G

Good Luck Photo/ Shutterstock

3o TRAJETO – FLUXOGRAMAS | 93
VIA EXPRESSA Algoritmos e fluxogramas

D
Do algoritmo para o fluxograma

L
Vimos que os algoritmos estabelecem uma ordem estruturada
ACESSO rápido para nocões básicas para uma tarefa na forma de etapas.
Vamos partir do exemplo de um algoritmo para envio de uma
FAÇa mensagem por meio de aplicativo de mensagem instantânea.

N
EM SEU
CADERNO ALGORITMO PARA ENVIO DE MENSAGEM
Início
1. Abra o aplicativo de mensagem instantânea.
2. Clique no contato desejado.
3. Acesse o campo de digitação da mensagem.

P
4. Digite a mensagem.
5. Se o texto estiver correto, então:

!
5.1 envie a mensagem.
Se não
5.2 Corrija a mensagem.
5.3 retorne pra 5.1.
Símbolo de Fim
IA
início/fim Tarefas cotidianas podem ser registradas em texto, na forma de
Símbolo de uma sequência ordenada de passos.
processo Há estudos que comprovam que a mente humana consegue
Símbolo de compreender melhor uma mensagem quando está acompanhada de
decisão imagem ou quando está na forma de algum esquema visual.
Linhas Um fluxograma é um diagrama, composto por notação gráfica
conectoras simples, com a finalidade de representar visualmente um algoritmo.
Algoritmo → texto
U

Fluxograma → gráfico
Observe o fluxograma para envio de mensagem por meio de
INÍCIO
aplicativo de mensagem instantânea.
G

Abrir o aplicativo Acessar campo Digitar mensagem.


Clicar no contato
de mensagem de digitação da
desejado.
instantânea. mensagem.

NÃO Texto
Corrigir mensagem. está
VIA LATERAL correto?

Pesquise em livros
SIM
didáticos diversos e
na internet vídeos de Enviar mensagem.
aulas sobre algoritmos e
fluxogramas.
FIM

94 | PROJETO 3 | CONEXÕES COTIDIANAS


1. Observe este fluxograma, juntamente com os colegas do

D
seu grupo.
Retirar os gomos
um a um. Fim
SIM
Está

L
Início Pegar a descascada?
mexerica.

NÃO
Descascar.

N
Depois de pronto, um aluno quis acrescentar uma etapa a
esse fluxograma: retirar a semente de cada gomo.
Como ficará agora essa nova versão do fluxograma?
Registrem no seu diário do navegador.

P
2. Criem um fluxograma que tenha uma estrutura como esta:

INÍCIO

SIM NÃO
IA
FIM

Copiem e completem no diário do navegador.


3. Você conhece a canção “Se essa rua fosse minha”? Leia
uma paródia dela.
U

Se essa rua, se essa rua leva à minha;


Eu andava até mesmo devagar. tock

Se não leva, se não leva, eu nem insisto.


o/ Shut ters

Eu com calma em minha casa sei chegar.


G

(Melodia da cantiga “Se essa rua fosse minha”).


Goo dStudi

Com seu grupo, faça conforme a seguir:


a) Tal como está, há um caráter poético na letra dessa canção.
Transforme o texto dela de modo que seja possível surgir
uma sequência de instruções encadeadas e bem definidas.
b) Represente essa sequência de instruções em um fluxograma.
c) Digitalize o fluxograma feito por vocês e compartilhe com os
colegas dos outros grupos. Compare as diferentes versões.
Peça explicações quando você não compreender algo.
Pesquise em livros didáticos diversos e continue aprendendo sobre Algoritmos.

3o TRAJETO -- FLUXOGRAMAS | 95
Etapas do projeto e

D
fluxograma

L
1. Exposição da estrutura do fluxograma. Com o seu
grupo, recuperem o relatório das etapas de elaboração do
aplicativo.
a) Transcrevam os processos descritos no relatório na

N
forma de fluxograma.
b) Publiquem o fluxograma no mural da sala de aula.
c) Avaliem os fluxogramas dos colegas: analisem se a
representação do fluxograma e as informações contidas

P
nele são plausíveis. Aproveitem para apontar melhorias e/
ou possíveis inconsistências e soluções de adequação.
2. Preparativos para a exposição do aplicativo. Reúnam
todo o material (impresso ou digital, individual ou coletivo)
fruto das etapas do projeto de aplicativo.
IA
• Verifiquem se a qualidade de cada material
está satisfatória, se as propostas estão claras e
adequadas, se o problema inicial encontra solução
com as propostas criadas por vocês, se o impacto das
propostas é benéfico para o maior número de pessoas
possível no seu entorno social etc.
• Chequem se a quantidade e a qualidade do material
U

estão adequadas e preparem-se para o dia da exposição.

NicoElNino/ Shutterstock
G

96 | PROJETO 3 | CONEXÕES COTIDIANAS


Notas de viagem

D
1. Tome nota a respeito dos itens que ainda faltam para que,
no dia da exposição do aplicativo, não haja pendências
que prejudiquem a compreensão das funcionalidades e da

L
relevância do aplicativo.
2. Individualmente, retome as perguntas feitas na seção
Notas de viagem, da abertura:
• Considerando concluído o projeto de aplicativo, hoje

N
você responderia de modo diferente àquelas perguntas?
• Como avalia agora seu conhecimento a respeito dos
aplicativos, depois de experienciar este projeto?
Escreva um parágrafo expondo sua percepção.

P
IA
Oleksiy Mark/ Shutterstock

?
U
G

>> QuestÕES finais DO 3o trajeto


Reflita com seu grupo a respeito das seguintes questões.
Em que medida as noções de fluxograma auxiliaram na estruturação
do projeto de aplicativo que você e seu grupo vêm desenvolvendo?
Com os estudos feitos até aqui a respeito dos aplicativos, vocês
julgam que podem – mais do que antes dessa investigação –
apresentar propostas de melhorias na qualidade da mobilidade
urbana, por exemplo?

3o TRAJETO -- FLUXOGRAMAS | 97
#múltiplos destinos

D
Produto final

L
Para a elaboração do produto final, é conveniente que mante-
nham a mesma configuração do grupo no percurso deste projeto.
Reúnam todo o material necessário para a exposição e, no dia
agendado, apresentem seu aplicativo para a escola, esclarecendo,

N
especialmente, todas as suas funcionalidades e a relevância na rotina
das pessoas, possíveis usuários.
Após a apresentação, avaliem como foi a receptividade das pes-
soas e, considerando a proposta de utilidade do aplicativo, planejem

P
uma intervenção social que possa acolher a ideia de vocês.
Levem o projeto de aplicativo, por exemplo, à região do bairro,
à prefeitura, à câmara dos vereadores, a uma instituição social ou a
uma empresa com afinidade no ramo do seu aplicativo, com vistas
a reconhecer o valor e a possibilidade de transformar o projeto em
IA
realidade. Peçam a ajuda de um adulto para ser o tutor de vocês.
Reúna-se com seu grupo e avaliem como foi a participação de
cada um.

PERGUNTA  AVALIATIVA COMENTÁRIO


Favoreceu a superação de obstáculos nos
conceitos e procedimentos matemáticos
enfrentados ao longo do projeto?
U

Utilizou estratégias com base em raciocínio


lógico na busca de soluções às dificuldades
enfrentadas no percurso de elaboração do
aplicativo?
Demonstrou disposição de participar e
contribuir para o sucesso coletivo do projeto?
G
DisobeyArt/ Shutterstock

98 | PROJETO 3 | CONEXÕES COTIDIANAS


OUTROS DeSTINOs !

D
Protótipos de papel!
Reúnam todas as
Retome a pergunta inicial (“Como o cotidiano dos jovens é impac- versões do protótipo
de aplicativos que vocês
tado pelas ferramentas digitais?”) e, com base nas anotações feitas no
fizeram durante o processo
diário do navegador, em conhecimentos que adquiriu nesses trajetos

L
de criação do aplicativo.
e nas análises feitas nas pesquisas realizadas, aponte: Filmem os “movimentos”
a) os aspectos positivos do uso dos aplicativos na rotina de tela, as transições
dos jovens; de uma para outra,
b) os aspectos negativos do uso dos aplicativos na rotina dos mostrando como o

N
jovens; usuário vai interagir
com a apresentação
c) os possíveis hábitos sociais dos adolescentes do futuro quanto
das funcionalidades do
à vida social nos espaços reais;
aplicativo.
d) as possibilidades de aprendizagem de conceitos e procedi- Compartilhem o filme

P
mentos matemáticos que o projeto de estudo dos aplicativos produzido por vocês
pode trazer para a formação dos adolescentes; na rede social comum à
e) outras ideias de produto final ou de intervenção social que maioria da turma.
você proporia a este projeto.

Romão/ M10
O futuro será melhor se melhores forem os aplicativos?
IA
Andrey Suslov/ Shutterstock
U
G

Representação vista de cima da mobilidade de carro autônomo. Entre as funcionalidades


do aplicativo está sua capacidade de, em trânsito, escanear a pista e operar a máquina pa-
ra que o carro possa parar automaticamente na faixa de pedestres.

»» Produzam, você e seus colegas, um filme curto (de 2 min no


máximo) mostrando possíveis desvantagens caso os aplicativos
dominem os hábitos das pessoas no futuro. Publiquem o filme
na sua rede social preferida.

MÚLTIPLOS DESTINOS | 99
D
R O J E T O 4
F i ch a: P

L
#

N
Nome do projeto Encontro dos tempos
Tema integrador Mediação de conflitos

P
Objetivos a serem • Analisar tabelas e gráficos identificando inadequações que possam induzir a
erros de interpretação.
desenvolvidos • Construir gráficos evitando inadequações em suas representações.
• Investigar os processos de cálculos de taxas percentuais ou porcentagens de
diferentes maneiras.
• Interpretar taxas de variação das faixas etárias no decorrer do tempo para
produzir crítica às atitudes dos jovens de hoje.
IA
• E xpressar ideias, opiniões ou elaborar questões utilizando diversas
linguagens, de caráter digital ou não.
• Demonstrar entendimento mútuo no enfrentamento de situações-problema
pautado em princípios e valores assentados nos direitos humanos.
Justificativa da O cotidiano dos jovens nos diferentes espaços é entrecortado pela presença
de diferentes pessoas, de gerações diversas. Cada geração leva consigo seu
pertinência dos conteúdo geracional, composto pelos impactos dos fatos vividos até então –
objetivos embora todos estejam, atualmente, vivendo o mesmo momento político,
cultural e sob os efeitos da mesma transição tecnológica.
Olhar o outro, ouvir suas histórias, pesquisar sobre suas características são
oportunidades para que, no contato real, os jovens estudantes possam
U

se deparar com questões que possivelmente em outras experiências não


ocorreriam com essa intensidade.
Com base nesse contato e proximidade com as experiências das diferentes
gerações, os alunos são encorajados a organizar um evento cultural no qual
poderão aplicar e ampliar as reflexões feitas ao longo do projeto.
Competências gerais 7. (argumentação)
G

Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular,


negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem
e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo
responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em
relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
9. (empatia e cooperação)
Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação,
fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos,
com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos
sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos
de qualquer natureza.
10. (responsabilidade e cidadania)
Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade,
resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos,
democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

100
antalogiya/ Shutterstock
D
L
N
Competências Matemática: competência 1
Utilizar estratégias, conceitos e procedimentos matemáticos para interpretar
específicas situações em diversos contextos, sejam atividades cotidianas, sejam fatos

P
das Ciências da Natureza e Humanas, das questões socioeconômicas ou
tecnológicas, divulgados por diferentes meios, de modo a contribuir para uma
formação geral.
Linguagens: competência 2
Compreender os processos identitários, conflitos e relações de poder que
permeiam as práticas sociais de linguagem, respeitando as diversidades e a
pluralidade de ideias e posições, e atuar socialmente com base em princípios
e valores assentados na democracia, na igualdade e nos Direitos Humanos,
IA
exercitando o autoconhecimento, a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos
e a cooperação combatendo preconceitos de qualquer natureza.

Habilidades (EM13MAT102) Analisar tabelas, gráficos e amostras de pesquisas estatísticas


apresentadas em relatórios divulgados por diferentes meios de comunicação,
trabalhadas identificando, quando for o caso, inadequações que possam induzir a erros de
interpretação, como escalas e amostras não apropriadas.
(EM13MAT104) Interpretar taxas e índices de natureza socioeconômica (índice
de desenvolvimento humano, taxas de inflação, entre outros), investigando os
processos de cálculo desses números, para analisar criticamente a realidade e
produzir argumentos.
U

(EM13LGG201) Utilizar as diversas linguagens (artísticas, corporais e verbais) em


diferentes contextos, valorizando-as como fenômeno social, cultural, histórico,
variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso.
(EM13LGG204) Dialogar e produzir entendimento mútuo, nas diversas
linguagens (artísticas, corporais e verbais), com vistas ao interesse comum
pautado em princípios e valores de equidade assentados na democracia e nos
Direitos Humanos.
G

Recursos e materiais • Dispositivo para reprodução de mídia com acesso à internet.


• Livros didáticos de Matemática diversos para pesquisa de conceitos.
• Caderno ou bloco de anotações (diário do navegador).
• Lápis grafite.
• Caneta.
• Borracha.
• Folhas avulsas.
• Mural.
Produto final e Produto final: organização de um evento cultural intergeracional. Essa
antalogiya/ Shutterstock

atividade deve favorecer a integração entre pessoas das diversas gerações:


intervenção social baby boomers, X, Y, Z e Alpha.
Intervenção social: exibição de um minidocumentário para toda a escola, o
qual também também poderá ser publicado no canal de uma plataforma de
compartilhamento de vídeos.

101
?

D
• Como ensinar e
aprender com

L
outra geração?

N
CGN089/ Shutterstock
P
IA
U

A visão dos jovens a respeito dos mais velhos é um processo em transformação:


há impactos de ambos os lados. Cada geração leva consigo seu conteúdo ge-
G

racional, composto pelos impactos dos fatos vividos até então – embora todos
estejam, atualmente, vivendo o mesmo momento político, cultural e sob os
efeitos da mesma transição tecnológica.

• Você já presenciou algum confronto de opiniões,


entre pessoas de gerações distintas, em que não
houve um desfecho pacífico? Qual foi sua reação?
Comente.
• A diferença entre gerações não deve ser um obstáculo
ao encorajamento da troca de aprendizagens. Você
concorda com essa afirmação? Explique.

102
D
ENCONTRO DOS

L
TEMPOS
N
MEDIAÇÃO DE
P

Freeograph/ Shutterstock
CONFLITOS
IA
U

4
PROJETO
G

A idade, nas socie-


dades tecnológicas,
tem sido cada vez
menos relevante para
definir papéis sociais.

103
#VOCÊ NO COMANDO

D
L
INício

N
Neste projeto, você vai interagir e apren-
der no contato com as diversas gerações
para enriquecimento de experiências.

P
Notas de viagem
1. Leia e responda no seu diário do navegador.

PERGUNTAS COMENTÁRIOS
IA
Para você, a família é importante? Explique.

Que benefícios você imagina que as famílias em


convívio pacífico têm?
Como é possível aprender algo com alguém de
uma geração diferente da sua? Explique.

2. Observe o gráfico de colunas feito por Leonor e seu grupo em uma pesquisa
sobre as famílias representativas dos colegas de sala.
U

NÚMERO DE PESSOAS POR


Número de FAMÍLIAS
pessoas por residência

14
13
12
G

10
9 9
Quantidade de famílias

8
Rawpixel.com/ Shutterstock

4
3
2
1
0
1 (uma) 2 (duas) 3 (três) 4 (quatro) 5 ou mais
Quantidade de pessoas em cada família
Fonte: Dados coletados pelo grupo de Leonor (fictícios).

• Supondo que cada residência corresponda a uma família, quantas famílias


foram consideradas na pesquisa do grupo de Leonor?
• E em sua residência: quantas pessoas moram?

104
ANÁLISE CRÍTICA

D
DE GRÁFICOS

01

L
TRAJETO
O convívio social dos jovens

N
com pessoas de outras Você vai lidar com organização
gerações é propício para o de dados e aprender a evitar
encorajamento diante de inadequações em gráficos no
novos aprendizados. momento da construção.

CONFLUÊNCIAS --
CURTA-METRAGEM
Snack Attack (Ataque de
lanche). Direção: Andrew P
IA
Cadelago. EUA, 2012.
5 min.

TRAJETO
Um encontro inesperado
entre uma senhora, que
apenas deseja comer seus
TAXAS E ÍNDICES 02
biscoitos, e um jovem em
uma plataforma de trem é Explore os índices e as
taxas (percentuais ou
marcado por suas diferenças
U

unitárias) e suas apli-


culturais e um surpreendente cações em pesquisas.
desfecho.
G

VIA LATERAL

O vídeo sugerido na seção


Confluências mostra a
surpresa de uma senhora idosa Junto com seus colegas,
com a atitude de um jovem. apresente um produto final
para a comunidade: um
Escreva uma história em que evento cultural que reunirá
um jovem se surpreenda com diferentes gerações.
a atitude de um idoso.
Compartilhe sua história com MÚLTIPLOS
os colegas e leia
a que eles produziram. destinos

105
1 trajeto:

D
0

Análise

L
crítica de Juntos e misturados!
gráficos É quase inevitável, no convívio social, estabelecermos compara-

N
ções entre os diferentes perfis de pessoas quanto ao seu posiciona-
mento diante de uma determinada situação, seu comportamento no
EM13MAT102
Matemática: competência 1 cotidiano ou, de modo amplo, sua visão de mundo. Viver em grupo
EM13LGG201
Linguagens: competência: 2
EM13LGG204
requer preparar-se para aprender e ensinar com as diferenças.

P
IA
U
G
Monkey Business Images/ Shutterstock

As famílias são diferentes entre si e, dentro delas, são também diferentes seus integrantes.
Ser diferente não é obstáculo para o convívio pacífico. Os vínculos pacíficos são construí-
dos pela procura de se encorajar uns aos outros.

106 | PROJETO 4 | ENCONTRO DOS TEMPOS


As famílias são variáveis!

D
VIA LATERAL
Fatos históricos como a abolição da escravatura, o início da in-
dustrialização, a urbanização acelerada e a organização da população Compare o conceito de
variável em Matemática
em busca de melhores condições impactaram as configurações das
com seu sentido na
famílias. A produção familiar caseira (artesanal) cede lugar para a

L
expressão “as famílias
produção industrial (mercado e em série). são variáveis”.
A indução ao consumo de bens e serviços, exercida pelo capi-
talismo sobre o espaço doméstico, foi também um dos fatores que
levaram as mulheres ao mundo do trabalho assalariado. VIA LATERAL

N
As famílias atuais são tão diversas quanto podem ser suas nomen-
Forme grupo com outros
claturas: famílias nucleares, monoparentais, separadas ou divorciadas, quatro colegas. Juntos,
homoafetivas, recasadas etc. Além disso, as famílias podem ter mais façam uma pesquisa, como
de uma nomenclatura, sendo cada vez mais ecléticas. fez Leonor e o grupo dela.

P
Elaborem um questionário
Categorias de relações sociais com pelo menos três
As relações sociais ocorrem em diversos grupos: família, amigos, perguntas, uma para
parceiros de trabalho ou escola, relações comunitárias (em serviços cada categoria: vínculos
oferecidos no bairro: no comércio, na saúde etc.), entre outros. relacionais, nível estrutural
e interconexão.
IA
A rede social pessoal tem algumas características:
Pesquisem 15 famílias.
São constituídas por indivíduos Anotem os resultados
REDES que têm afinidades pessoais em da pesquisa em tabelas
PRIMÁRIAS um quadro informal, de caráter
afetivo. numeradas
São relações formais e (tabelas 1, 2 e 3).
VÍNCULOS
REDES correspondem ao conjunto de Reservem esses dados
RELACIONAIS pessoas que se relacionam para
SECUNDÁRIAS cumprir uma dada função em um para etapa mais adiante.
quadro institucional.
U

REDES MISTAS
Coexistem vínculos formais e
informais.
REDES
Menos de 13 pessoas
PEQUENAS
NÍVEL ESTRUTURAL REDES
G

Entre 13 e 20 pessoas
(TAMANHO) MÉDIAS
REDES
Mais de 20 pessoas
GRANDES

INTERCONEXÃO ALTA Rede coesa (todos sempre juntos)


(GRAU DE

!
MÉDIA
Rede fragmentada (grupos
PROXIMIDADE isolados)
Se possível, mantenha
ENTRE
BAIXA Rede dispersa (todos espalhados) a mesma configuração
INTEGRANTES)
de grupo até o fim
Fonte: CORREIA, Cristiana; SEQUEIRA, Joana. A rede social das famílias multiproblemáticas ou deste projeto.
multidesafiadas. Estudo exploratório com famílias rurais. International Journal of Developmental
and Educational Psychology, v. 2, n. 1, 2011, p. 483-492 (dados constam nas páginas 484 e 485).
Disponível em: www.redalyc.org/pdf/3498/349832329048.pdf. Acesso em: fev. 2020.

1o TRAJETO -– ANÁLISE CRÍTICA DE GRÁFICOS | 107


Cada um na sua!

D
Baby boomers Geração X Geração Y Geração Z
1940-1960 1960-1980 1980-1995 1995-2010

TITA Studio/ Shutterstock


L
N
No período de 1920 a 2015, passaram-se seis gerações: cada uma levando as marcas do
seu próprio tempo.

P
CONFLUÊNCIAS -- As gerações são variáveis!
LONGA-METRAGEM Os diferentes períodos da história impactam no modo como uma
geração trabalha, consome e aprende. Cada geração traz consigo
Um senhor estagiário.
as marcas do seu tempo.
Direção: Nancy Meyers.
EUA, 2015. 121 min.
Houve época em que a transição de uma geração para outra
IA
De um lado uma jovem durava 25 anos. Em decorrência dos avanços tecnológicos, informa-
empresária, superativa e ção, transportes etc., estima-se que o intervalo de transição de uma
chefe descolada de uma para outra geração está cada vez menor, favorecendo cada vez mais
empresa que acaba de a diversidade de comportamentos, atitudes, papéis sociais entre as
nascer na internet. pessoas de um mesmo grupo social.
De outro, um senhor de
70 anos, viúvo, entediado, 1. Pesquise, individualmente, a respeito das gerações baby
que se empolga por ser boomers, X, Y e Z. Anote os principais fatos que descobriu
U

contratado no projeto da no seu diário de navegador. Tome nota também a respeito


empresa de inserir idosos da geração Alpha, as crianças de hoje.
como estagiários.
2. Com os dados coletados, crie uma sequência de banners
Para rir e refletir sobre o
encontro e a aprendizagem
didáticos (cinco ou seis no máximo).
G

entre gerações. a) Nesses banners, ressalte as diferenças de experiências


(decorrentes das marcas do tempo) de cada geração e
quais contribuições – segundo o que você pesquisou
e descobriu – uma geração tem para ensinar à
outra. Valorize os saberes e promova o respeito às
potencialidades próprias de cada uma.
VIA LATERAL
b) Exponha seus banners no status do seu aplicativo
Antes dos baby boomers de mensagens instantâneas preferido. Aguarde os
há a geração builders. comentários que virão. Tome nota dos comentários mais
Pesquise a respeito deles
curiosos/pertinentes e partilhe com os colegas em uma
e compartilhe com os
roda de conversa.
colegas.

108 | PROJETO 4 | ENCONTRO DOS TEMPOS


Inadequações em gráficos VIA EXPRESSA

D
Uma das maneiras de oferecer informações ao público em geral é
por meio de tabelas e gráficos. A apresentação de dados organizados
visualmente, encontrada nos meios de comunicação, pode ser uma

L
ferramenta útil para expor de modo claro e imediato informações a
respeito de diversos temas. Pode também ocorrer de a exposição de ACESSO rápido para nocões básicas

informações ser apresentada de uma forma “pouco honesta”, mesmo


que a coleta e a organização dos dados tenham ocorrido de forma FAÇa

N
rigorosamente correta e com boas intenções. EM SEU
CADERNO
Vamos ver alguns casos em que os gráficos não foram apresenta-
dos de modo apropriado, podendo interferir na correta interpretação
da informação.

P
Gráficos em que o eixo vertical não começa em zero
Alguns gráficos têm o início do eixo vertical estabelecido por um
valor diferente de zero e isso impacta na visualização, superestimada,
da variação dos valores. Quem usa esse recurso pode estar propondo
IA
uma alternativa para explicitar melhor o crescimento e decrescimen-
to dos valores, ou pode também superestimar uma diferença entre
valores que, no contexto da pesquisa, não é tão expressiva.
Exemplo 1:

Faturamento 2015
1800
1700
U Em milhares de reais

1600
1500
1400
1300
1200
1100
G

1000
jul./15 ago./15 set./15 out./15 nov./15 dez./15
Fonte: Dados fictícios.

Correto: Faturamento 2015


2 000
1800
Em milhares de reais

1600
1400
1200
1000
800
600
400
200
0
jul./15 ago./15 set./15 out./15 nov./15 dez./15
Fonte: Dados fictícios.

1o TRAJETO -– ANÁLISE CRÍTICA DE GRÁFICOS | 109


Exemplo 2:

D
ELEIÇÕES
ELEIÇÕES PARA PARA PRESIDENTE
PRESIDENTE – INTENÇÕES
-- INTENÇÕES DE VOTOS DE VOTOS
Versão A Versão B

32% 32%
28% 27%

L
32 30

31 25

30 20

29 15
13%

N
28%
28 10
27%
27 5
13%
26 0
Candidato Candidato Candidato indecisos Candidato Candidato Candidato indecisos
A B C A B C

P
Fonte: Dados fictícios.

Gráficos de setores em que o total não soma 100º/


º
Uma das principais características de um gráfico de setores é
expor visualmente a relação entre as partes e o todo. A proporção
entre as partes é estabelecida pelo tamanho da abertura de cada
IA
setor circular. Não raro é possível ver publicações de gráficos de
setores em que a soma dos valores das "fatias" ultrapassa 100%.
Exemplo 1:
Neste exemplo, o erro pode ser resolvido se os mesmos dados
forem representados em gráficos de barras.
COMO OS JOVENS ACESSAM
COMOA OS
INTERNET PELO COMPUTADOR
JOVENS ACESSAM A INTERNET PELO COMPUTADOR
U

Versão A Versão B

Compras
G

E-mails 5%
15% 0 30% 60% 90%

Vídeos 88%

Sites 69%

E-mails 15%

Sites 5%
69% Vídeos Compras
88%

Fonte: Dados fictícios.

110 | PROJETO 4 | ENCONTRO DOS TEMPOS


Exemplo 2:

D
Neste exemplo, a percepção do erro fica ainda mais difícil, pois
as fatias se encontram separadas, dificultando a correta percepção
da restauração do todo. É esperado que o gráfico de setores seja
2D, com as “fatias unidas”.

L
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOSDE
PRESTAÇÃO DESERVIÇOS
REPARO --DE TIPOS DE –OBRAS
REPARO TIPOS DE OBRAS
11,56%
Carpintaria
26,80% 8,50%

N
Encanamento Alvenaria
7,87%
Pintura
5,64%
Outros

P
41,45%
Eletricidade
Fonte: Dados fictícios.

Gráficos em 3D
A maioria das pessoas tem melhor percepção visual de compri-
IA
mentos do que de áreas. Se essa comparação fosse entre a percepção
de áreas e volumes, nesse caso, a percepção relativa da área seria,
provavelmente, mais bem compreendida do que a de volume.
A grande mídia – impressa e digital –, para atrair olhares aos seus
conteúdos, tem utilizado cada vez mais modalidades diversas de gráfi-
cos em 3D. Porém, essa opção traz consequências prejudiciais à leitura
das informações. A noção de perspectiva nos gráficos representados
U

tridimensionalmente distorce as relações entre áreas e comprimentos.


Em um gráfico de setores, por exemplo, uma fatia pode aparentar
ser maior do que outra de mesmo índice percentual.
G
Da

Da
d

d
os

Ângulos das
os

fatias

Dados Dados

100% 100%
80% 80%
Áreas das 60% 60%
fatias 40% 40%
20% 20%
0% 0%

1o TRAJETO -– ANÁLISE CRÍTICA DE GRÁFICOS | 111


Em gráficos de colunas múltiplas representados em 3D é fácil

D
perder-se a relação entre as alturas das colunas, em decorrência da
ilusão de profundidade.

VENDAS DO PRODUTO x Vendas


NO LESTE ASIÁTICO
do produto × no Leste Asiático
POR TRIMESTRE por trimestre

L
30 000

25 000

N
20 000
15 000
10 000

5 000 2020

P
0 2021
1o trim.
2o trim. 2022
3o trim.
4o trim.

Fonte: Dados fictícios.


IA
Análise de informações apresentadas de modo equivocado
1. Observe este gráfico com dados fictícios e responda:

2023 --  CORRIDA PRESIDENCAL


2023 – CORRIDA PRESIDENCIAL
U

59% 71%
Candidato A

Candidato C
G

63%
Candidato B

Fonte: Dados fictícios.

a) Que tipo de gráfico é esse?


b) Cite as principais características desse tipo de gráfico.
c) Aponte os erros nesse gráfico.
d) Junte-se a um colega. Considere os mesmos dados
apresentados nesse gráfico e construam um novo,
porém expondo-os de modo correto.

112 | PROJETO 4 | ENCONTRO DOS TEMPOS


2. Observe outro gráfico com dados fictícios.

D
VENDAS DA EMPRESA X
VENDAS DA EMPRESA X
Quantidade vendida
(em milhares)

L
5
4 Ano 1
3 Ano 2
2 Ano 3

N
1
0
Produto A
Produto B
Produto C
Produto D

P
Fonte: Dados fictícios.

• Represente esse gráfico de colunas múltiplas em 2D.


O professor vai informar os dados.
3. Observe outro gráfico de setores.
COMPORTAMENTO PERANTE OS IDOSOS
IA
COMPORTAMENTO PERANTE oOS IDOSOS
Alunos do 9 ano da Escola João Roiz Castelo Branco,
ALUNOS DO 9o ANO DA ESCOLA JOÃO ROIZem
CASTELO BRANCO, EM PORTUGAL
Portugal

Quando vê uma pessoa idosa, como você se comporta?

0,7% 5,7%
Respeita
9,3%
Evita aproximar-se dela
U

Ajuda
20,7% 45,7% Cumprimenta

17,1% Dá atenção

StockImageFactory.com/
Shutterstock
Outra
Anulado
0%
G

Fonte: RODRIGUES, Sónia Andreia Ramos. O espelho da velhice através da visão de


crianças/jovens – meio urbano versus meio rural. Escola Superior de Educação do Instituto
Politécnico de Castelo Branco. Portugal, 2014.

a) Represente esse gráfico em 2D.


b) E você: como se comporta quando vê uma pessoa idosa?
4. Com os colegas do grupo, recuperem as Tabelas número 1,
2 e 3 e, com base nelas, construam os Gráficos de número
1, 2 e 3.
Reserve esses gráficos para, futuramente, serem expostos
junto com outros.

Pesquise em livros didáticos diversos e continue aprendendo sobre Inadequações em representação gráfica.

1o TRAJETO -– ANÁLISE CRÍTICA DE GRÁFICOS | 113


COMPORTAMENTo perante os jovens!

D
Existem pesquisas que investigam as concepções de velhice e do envelhecimento pela perspectiva
das crianças e dos jovens. De outro lado, há também programas ou projetos que se dedicam a reinte-
grar os idosos aos espaços das cidades, favorecendo o retorno das pessoas mais velhas aos cenários

L
de circulação urbana e de produção cultural.
A imagem de que as pessoas mais velhas devem ser segregadas em suas moradias deve ser
reconsiderada, diante das possibilidades de integração social.
O espaço urbano deve ser visto não apenas como local de passagem para idosos – geralmente

N
acompanhados –, mas também como local onde eles possam propor intervenções.

PROJETO REALIZA OFICINAS QUE ENSINAM IDOSOS A GRAFITAR PELAS RUAS


DE LISBOA

agulhas pelas latinhas de spray e pintou um muro em Lisboa.

P
Salvo o crochê, Maria Cruz, 62, não tinha contato algum com as artes. Mas, há dois anos, ela trocou as

Cruz participava de uma oficina de grafite voltada a idosos portugueses. O projeto, chamado
Lata 65, tem crescido em Portugal e já respinga no Brasil. Houve uma edição no Sesc Santana, em
IA
setembro de 2015.
Ela conta à Folha que, à época, vinha reclamando de sua saúde. “Eu estava me sentindo longe de
tudo, um bocadinho depressiva”, afirma, mas alegrou-se ao dedicar-se ao desafio de cortar moldes e
grafitar a cidade.
“É complicado, porque eu estava trabalhando em um território desconhecido. Mas logo veio o
entusiasmo e foi compensador”, diz.
A alegria que ela relata é um objetivo do projeto Lata 65, cofundado em 2012 pela arquiteta Lara Seixo.
U

Outra das metas é devolver idosos ao espaço público. “As cidades estão bombardeadas pela arte
urbana. É uma questão de inclusão, porque eles passam a entender o que é feito na cidade deles”, diz Seixo.
[...]
O relato se repete entre os participantes ouvidos pela reportagem. “As diferentes experiências e o
G

aprendizado são benéficos para os mais velhos, porque nos mantêm atualizados”, diz Isabel Paço, 63, do
Porto. “Nos sentimos felizes, ativos, vivos, úteis.”
O trabalho com idosos é, para Seixo, uma tarefa portanto urgente. Falta apoio a essa população, diz. A
própria arquitetura os exclui, com prédios antigos sem elevador, em ladeiras íngremes.

Disponível em: www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2017/01/1852020-projeto-ensina-idosos-a-grafitar-pelas-ruas-de-lisboa.shtml.


Acesso em: fev. 2020.

• Que impacto esse projeto tem na vida pessoal desses idosos? E qual é seu impacto
no espaço urbano?
Debata com os colegas sobre essas e outras questões.

114 | PROJETO 4 | ENCONTRO DOS TEMPOS


Contornando conflitos

D
1. A configuração do espaço urbano pode ser fonte de conflito

fongbeerredhot/ Shutterstock
para o idoso diante de suas necessidades de locomoção. É

L
preciso levar em consideração a lentidão imposta por suas
condições físicas, sua dificuldade em manter-se em equilíbrio
etc. Com o seu grupo, avalie o ambiente urbano e suas
inadequações para a integridade física dos idosos. Elabore

N
uma lista de inadequações que podem ser melhoradas com
propostas de acessibilidade no espaço urbano. Compartilhe
com a classe. Ao final, escreva uma lista comum, contemplando
somente melhorias que julgue necessárias e urgentes.

P
2. Forme grupo com outros três colegas. Cada um deve entrevistar As calçadas planas, largas, sem buracos
cinco pessoas com 60 anos ou mais. Proponha a pergunta a e não escorregadias são favoráveis para
a segurança da mobilidade de idosos.
seguir, pedindo que escolham no máximo duas respostas. Além desses aspectos, há diversos ou-
tros que podem ser adaptados no am-
QUANDO VÊ UM JOVEM, COMO VOCÊ SE COMPORTA? biente urbano para acolher os idosos,
(a) Admira. (d) Somente cumprimenta. favorecendo sua integração social.
IA
(e) Evita aproximar-se.
(b) Dá atenção.
(f) A
 cha que não tem mais
(c) Tenta instruí-lo. paciência.

a) Após as entrevistas, reúnam os registros de cada um e organizem os dados


em um gráfico. (Numere esse gráfico como Gráfico número 4.)
b) Por que esse não poderá ser um gráfico de setores? Explique.
Reserve esse gráfico para ser exposto junto com outros logo mais.
U

3. Leia a tirinha e responda:


Bill Watterson
G

WATTERSON, Bill. Calvin e Haroldo. O ataque dos perturbados monstros de neve: mutantes e
assassinos. São Paulo: Conrad, 2010. p. 16.

• Com base na história, como você julgaria o relacionamento de Calvin com o pai? Como
avalia a atitude de Calvin? Exponha suas ideias em um texto.
• Crie uma tirinha em que haja uma situação de conflito e seu desfecho. Exponha em um mural.

1o TRAJETO -– ANÁLISE CRÍTICA DE GRÁFICOS | 115


Diferentes gerações, diversas

D
aprendizagens!

L
As duas cenas a seguir representam possibilidades de aprendi-
zagens entre gerações que encorajam uma à outra.
Lata 65

Marx Vamerlatti
N
P
IA
O Projeto Lata 65 é um trabalho feito em Portugal no formato Jovens de Florianópolis (SC) aprendem história com idosos de um
de oficina de grafite para idosos. O espaço jovem encoraja ido- modo diferente. As valiosas lições de vida encorajam os jovens a
sos a enfrentar novas experiências. diversificar os seus pontos de vista.

1. Reúnam-se em grupo e elaborem duas listas.


Lista 1
Listem possibilidades nas quais os jovens podem encorajar
os idosos a retornar ao espaço público de modo produtivo,
U

criativo e compensador.
Lista 2
Listem também opções em que os idosos encorajem
os jovens ampliando seus horizontes referenciais, suas
G

possibilidades estratégicas no enfrentamento de desafios,


de maneira prazerosa para ambas as gerações.
Quantidade esperada de possibilidades em cada lista: 4 ou 5.

a) Com a Lista 1 em mãos, entrevistem 15 jovens


perguntando qual dessas possibilidades eles acham mais
interessante (devem escolher apenas uma).
b) Com a Lista 2, entrevistem 15 idosos perguntando qual
dessas possibilidades mais lhes agrada (devem escolher
apenas uma).
c) A partir dos dados da Lista 1, elaborem o Gráfico
número 5 e, a partir da Lista 2, o Gráfico número 6.

116 | PROJETO 4 | ENCONTRO DOS TEMPOS


As gerações se coeducam

D
A educação é um processo transformativo. Em situações corri-
queiras do cotidiano, é possível estar aberto para aprender ou para
ensinar algo, seja entre iguais ou entre diferentes.

L
1. Leia o texto a seguir. Depois, compare o que afirma o texto
com o que mostra a charge.

N
A COEDUCAÇÃO ENTRE GERAÇÕES

Antes de refletirmos especificamente sobre a coeducação de gerações, tratemos da noção


de coeducação em si mesma. Ela pode ser aplicada a diversas situações. É possível se falar em
coeducação entre iguais, por exemplo, dentro de um grupo de adolescentes ou de idosos, ou em

P
associações do tipo Vigilantes do Peso, Alcoólicos Anônimos e Neuróticos Anônimos. A coeducação
pode se dar entre diferentes, como a que ocorre entre as gerações ou entre indivíduos de diferentes
etnias. Uma coeducação entre brancos e negros ou entre árabes e judeus pode se constituir em um
excelente antídoto a toda uma história de preconceitos e intolerância recíproca. Mas ainda há outras
possibilidades de coeducação. Por exemplo, experiências de coeducação de gêneros, cuja importância
em um mundo ainda marcado por atitudes discriminatórias em relação à mulher dispensa comentários.
IA
Sabemos que no cotidiano das relações interpessoais todos aprendem com todos. Mas, nos
encontros de velhos e moços nos quais gerações se coeducam, o que é especificamente atribuível ao
fator geração? Qual é a especificidade da coeducação de gerações? O que os mais velhos ensinam aos
jovens? Constatamos que ensinam, sobretudo, valores éticos, saberes práticos e experiências vividas.
Os mais velhos também servem de modelo positivo ou negativo, fornecido pela convivência, de como
se comportar diante do envelhecimento de si e do outro.
FERRIGNO, José Carlos. O idoso como mestre e aluno das novas gerações. In: ALCÂNTARA, A. O.; CAMARANO, A. A.; GIACOMIN, K. C.
Política nacional do idoso: velhas e novas questões. Rio de Janeiro: IPEA, 2016. p. 211-212.
U

!
Dalcio Machado

Para obter melhor


clareza a respeito do
G

que são as noções


envolvidas no termo
“coeducação”, pesquise,
com seu grupo, em livros
ou em conteúdos digitais a
respeito disso.
Registre suas principais
descobertas e compartilhe
com a classe.

Charge do cartunista Dalcio Machado.

• Os idosos dessa charge estão em um processo de coeducação entre iguais? Crie


uma charge em que os idosos estejam em uma situação de coeducação.

1o TRAJETO -– ANÁLISE CRÍTICA DE GRÁFICOS | 117


Os gráficos e as gerações

D
O termo "jovem" costuma ser utilizado para designar a pessoa em idade de 15 a
29 anos. A população mundial está ficando cada vez mais idosa. O perfil dessa popu-
lação será muito distinto daqui a 15 anos.

L
1. Observe a imagem infográfica que representa a relação entre a força de
trabalho jovem e o envelhecimento da população do mundo e responda:

Sira Anamwong/ Shutterstock


N
P
IA
a) Segundo esse infográfico, por volta de qual ano a população jovem se
igualou à população madura?
b) Pesquise:
• Qual era a média de filhos por casal em 1985 no mundo? E nos dias atuais?
2. Considere os dados do gráfico a seguir e responda:
POPULAÇÃO IDOSA NO MUNDO 1960-2020*
U

PAÍSES DESENVOLVIDOS
PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO
POPULAÇÃO (EM MILHÕES)

500

400
G

300

200

100

0
1960 1980 2000 2020 Fonte: Terceira idade – Dados estatísticos
*Os dados deste gráfico foram obtidos em 1987. Para os anos de 2000 e 2020, sobre os idosos. Disponível em: https://bit.
eram dados estimados. ly/2tRkrIi. Acesso em: fev. 2020.

a) Avalie a qualidade dessa representação gráfica. Quais melhorias você proporia


para ela? Registre sua resposta no diário do navegador.
b) Elabore uma questão com base nos dados desse gráfico e dê para um colega
responder.

118 | PROJETO 4 | ENCONTRO DOS TEMPOS


Notas de viagem

D
1. Estudos do IBGE apontam que, em 2040, a quantidade de indivíduos com 60 anos ou mais será
maior do que os de 0 a 14 anos. E em 2060 os idosos já serão mais de um quarto dos brasileiros.

PIRÂMIDES ETÁRIAS ABSOLUTAS

L
PIRÂMIDES ETÁRIAS ABSOLUTAS
Homens Mulheres
2040 2060
Idade 2013
Mais de 90
85 a 89
80 a 84

N
75 a 79
70 a 74
65 a 69
60 a 64
55 a 59
50 a 54
45 a 49
40 a 44
35 a 39
30 a 34
25 a 29

P
20 a 24
15 a 19
10 a 14
5a9
0a4
0a1
Milhões de 10 8 6 4 2 2 4 6 8 10 10 8 6 4 2 2 4 6 8 10 8 6 4 2 2 4 6 8
pessoas
Pessoas com mais de 65 anos serão mais de um quarto dos brasileiros em 2060, segundo projeção do IBGE. O percentual
desse grupo representa 7,4% do total de pessoas que vivem no país em 2013.
Fonte: IBGE.
IA
a) Qual será a sua idade em 2060?
b) Você já parou para imaginar que será contado entre os que farão parte da pirâmide
etária projetada para 2060? Comente sobre como vê essa possibilidade.
c) Pense nos idosos com os quais você tem convívio mais frequente e considere sua
postura diante deles. Por volta de 2060, você será idoso.
• Como você imagina que será sua postura, sendo idoso, diante dos jovens do futuro?
U

?
• Em quais aspectos você acha que os jovens do futuro serão diferentes dos de hoje?
• E quanto aos idosos? Em quais aspectos você acha que eles serão diferentes dos de hoje?
2. Resgatem os gráficos de número 1 a 6 e exponham no mural da sala de aula.
G

>> QuestÕES finais do  1 trajeto o

Leia as questões e, com seu grupo, reflita a respeito de cada uma delas.
A inadequação dos espaços urbanos – a falta de acessibilidade e a falta de
gentileza das pessoas – pode gerar que tipo de conflito para os idosos?
Você acredita que a coeducação é uma possibilidade para
studiostoks/ Shutterstock

conciliar as diferenças nos modos de agir pessoal e coletivamente


entre pessoas de gerações distintas? Quais possibilidades você
vê para o papel da coedução?

1o TRAJETO -– ANÁLISE CRÍTICA DE GRÁFICOS | 119


2 trajeto:

D
0

Taxas e

L
índices Os direitos humanos
A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) é o conjun-

N
to de normas que delineia os direitos humanos básicos e foi adotada
pela Organização das Nações Unidas (ONU).
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) faz parte do orde-
Matemática: competência 1 EM13MAT104
namento jurídico brasileiro e tem como objetivo a proteção integral

P
Linguagens: competência: 2 EM13LGG204 da criança e do adolescente.
IA
U
G
Jacob_09/ Shutterstock

O trabalho infantil é uma exploração de crianças. Afeta diretamente seu desenvolvimento,


pois troca as brincadeiras pelo trabalho.

120 | PROJETO 4 | ENCONTRO DOS TEMPOS


1. Leia trechos de cada um destes documentos.

D
DUDH – ARTIGO XXIII

1. Todo ser humano tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e

L
favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego.
2. Todo ser humano, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho.
3. Todo ser humano que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe
assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana e a que se
acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social.

N
4. Todo ser humano tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para proteção de seus
interesses.
Organização das Nações Unidas (ONU). Declaração Universal dos Direitos Humanos. Unic-Rio/005. Janeiro, 2009. DPI/76. p. 14.
Disponível em: https://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2018/10/DUDH.pdf.

P
ECA

Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de
aprendiz.
Art. 61. A proteção ao trabalho dos adolescentes é regulada por legislação especial, sem prejuízo
do disposto nesta Lei.
IA
Estatuto da Criança e do Adolescente. ECA 2019. Versão atualizada. Rio de Janeiro: CEDECA, 2019. p. 53. Disponível em: https://
cedecarj.files.wordpress.com/2019/12/eca-2019-com-alterac387c383o-internet.pdf.

• Esses dois textos divergem sobre o mesmo tema: o trabalho? Explique.


2. Aos 14 anos e 1 dia de idade, um amigo seu conseguiu um trabalho como menor aprendiz.
Com base no ECA, você diria que ele está amparado pela lei? O que diria para seu amigo
U

sobre essa oportunidade?


JETACOM AUTOFOCUS/ Shutterstock

A criança e o adolescente não po-


dem ser privados de sua infância.
Em muitas localidades do Brasil,
o trabalho infantil é causa e efeito
da ausência de oportunidades pa-
ra que esses jovens desenvolvam
suas capacidades.

2o TRAJETO -– TAXAS E ÍNDICES | 121


Entre a exploração e a exclusão social

D
Leia os seguintes trechos.

Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2016

L
mostram que o Brasil tem 2,4 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos
trabalhando. Os adolescentes pretos e pardos correspondem a 66,2% do total do grupo
identificado em situação de trabalho infantil.
Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2019-06/trabalho-infantil-ainda-e-

N
preocupante-no-brasil-diz-secretaria. Acesso em: fev. 2020.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgou o relatório “Trabalho
Decente e Juventude na América Latina: Políticas para Ação”, em fevereiro de 2014,
onde mostra que 21,8 milhões dos latino-americanos entre 15 e 24 anos não estudam,
nem trabalham, o que representa 20,3% dos jovens. Destes 21,8 milhões denominados

P
“geração nem-nem”, 30% são homens e 70%, mulheres.
[...]
Cerca de 4,6 milhões de jovens são considerados pela OIT o núcleo duro dos
excluídos, pois estão sob risco permanente de exclusão social, já que não estudam, não
trabalham, não procuram emprego e tampouco se dedicam aos afazeres domésticos.
IA
ECODEBATE. Geração nem-nem e violência contra jovens na América Latina, artigo de José Eustáquio Diniz Alves.
2014. Disponível em: www.ecodebate.com.br/2014/03/28/geracao-nem-nem-e-violencia-contra-jovens-na-america-
latina-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/. Acesso em: fev. 2020.

Nani
U

Charge por Nani, em Nani Humor.

CONFLUÊNCIAS --  INDICADOR: Releia os artigos da Declaração Universal dos Direitos


G

TAXA DE ANALFABETISMO
Humanos (DUDH) e do Estatuto da Criança e do
Taxa de analfabetismo. Rede Adolescente (ECA). Depois, compare o que diz o trecho do
Interagencial de Informações
site junto com a charge publicada nele.
para a Saúde. Documento em
a) Formem uma roda de conversa na sala de aula e
PDF, que apresenta conceito,
interpretação, método de comentem com os colegas a respeito da ocupação dos
cálculo e dados estatísticos jovens.
a respeito da taxa de • Em sua opinião, faltam ofertas de oportunidades
analfabetismo. Disponível em: aos jovens ou lhes faltam iniciativa e mudança de
www.ripsa.org.br/fichasIDB/ hábitos? Explique.
pdf/ficha_B.1.pdf. Acesso
b) Faça uma paródia da charge acima, conforme sua
em: fev. 2020.
opinião anterior.

122 | PROJETO 4 | ENCONTRO DOS TEMPOS


o desemprego dos jovens e A porcentagem

D
Vamos retomar o trecho da notícia:

Destes 21,8 milhões denominados “geração nem-nem”,

L
30% são homens e 70%, mulheres.
VIA LATERAL
A taxa de 30% se refere a uma porção dos jovens pertencentes à
Uma razão representa a
“geração nem-nem” em relação à totalidade dos jovens. A totalidade comparação entre duas

N
dos pertencentes à “geração nem-nem” é representada por uma taxa grandezas. A razão entre
que dá a ideia do inteiro: 100%. dois números não nulos é o
Essas informações podem ser representadas em um gráfico: quociente entre eles.
Pesquise com os colegas,
JOVENS DA GERAÇÃO NEM-NEM (NEM ESTUDA, NEM TRABALHA) em livros didáticos e

P
na internet, razões e
Homens proporções. Pesquisem
também trechos de
30%
notícias em que alguma
Mulheres porcentagem seja
IA
mencionada.
70%

Fonte: www.ecodebate.com.br/2014/03/28/geracao-nem-nem-e-violencia-contra-jovens-na-
america-latina-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/. Acesso em: fev. 2020.

!
1. Reúna-se com seu grupo. Leiam uma manchete de um
Taxa percentual é uma
jornal de grande circulação nacional: a
razão do tipo em
U

b
que o denomi-
Jovens são os mais afetados pela piora do mercado
de trabalho e comprometem futuro da Previdência nador b = 100.
Desemprego entre jovens chega a 40% em alguns estados; sem Assumindo como
contribuir para a Previdência. referência 100 unidades,
G

a representa as unidades
a) Supondo que essa manchete se refira aos jovens de 16
contempladas de 100,
a 29 anos, pesquisem para descobrir qual é a população a
ou seja, 100 . Para essa
desses jovens em seu estado. Calculem a porcentagem
razão, chamada de razão
deles correspondente a 40%.
centesimal, foi inventada
b) Comparem o número obtido no item anterior com a
uma maneira simples
população da sua cidade. Qual desses números é o maior?
de escrever usando
c) Por estarem desempregados, a quais riscos vocês julgam
o símbolo %. Assim,
que esses jovens estão expostos? Que conflitos eles a
representamos: 100 =
podem estar presenciando agora?
a%.
d) Elabore uma questão que utilize as palavras
“desemprego” e “conflitos domésticos”.

2o TRAJETO -– TAXAS E ÍNDICES | 123


VIA EXPRESSA A razão centesimal

D
Sabemos que 30% da “geração nem-nem” são homens. Isso sig-
nifica dizer que, a cada 100 jovens dessa população, 30 são homens.

L
Poderíamos, ainda, dizer que os homens da “geração nem-nem”
30
estão em uma razão ou taxa de 30 por 100 ou simplesmente 100 ,
ACESSO rápido para nocões básicas
que é o mesmo que 0,30.
Essa razão centesimal pode ser representada de três formas distintas:
FAÇa

N
EM SEU 30
Na forma percentual: 30% Na forma fracionária: Na forma decimal: 0,30 ou 0,3
CADERNO 100

Exemplo 1:

P
Em um programa intergeracional, dos 25 participantes, 4 eram idosos.
A razão entre o número de idosos e o número total de participantes do programa é:
4 16
25 = 100 = 16%
Esteja atento:
16
»» O número 0,16 = 16% = 100 é a taxa percentual de idosos participantes do programa.
IA
»» O número 4 corresponde à porcentagem de idosos participantes do programa.

!
1. Observe a imagem infográfica que representa a relação entre
Observação:
a força de trabalho jovem e o envelhecimento da população
A síntese dessa
do mundo.
imagem propõe que

Sira Anamwong/ Shutterstock


a população idosa está se
tonando maior do que a
U

população jovem. A relação


percentual, sugerida pelo
cálculo, tem finalidade
didática, como um exercício
para aplicação dos
G

conceitos matemáticos.
Para indicadores de
proporcionalidades
entre população jovem e Calcule a razão percentual de idosos em 1990, 2010 e 2025.
população idosa, pesquise Represente-as na forma percentual.
institutos especializados
2. Pesquise com os colegas a respeito de taxas e índices,
e conceituados nessa
temática. como: Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA), Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic),
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), Taxa de
Analfabetismo, entre outros. Apresente aos colegas os
significados de cada um.
Pesquise em livros didáticos diversos e continue aprendendo sobre Porcentagens, taxas e índices.

124 | PROJETO 4 | ENCONTRO DOS TEMPOS


FORÇa de trabalho jovem

D
Você analisou diversos tipos de gráfico e suas inadequações.
Estudou também a respeito das taxas e índices percentuais nas notí-
cias em indicadores econômicos ou sociais. O mais comum é encon-

L
trarmos gráficos que fazem usos de dados representados por meio
de taxas percentuais.
A pirâmide etária é um exemplo disso. Observe:

N
PIRÂMIDES POPULACIONAIS DO MUNDO - 2020

Pirâmides Populacionais do Mundo - 2020


População: 7,794,798,729

P
100+ Masculina 0,0% 0,0% Feminina
95-99 0,0% 0,0%
90-94 0,1% 0,1%
85-99 0,2% 0,3%
80-84 0,4% 0,8%
75-79 0,7% 0,9%
IA
70-74 1,1% 1,3%
65-69 1,7% 1,8%
60-64 2,0% 2,1%
55-59 2,5% 2,5%
50-54 2,9% 2,9%
45-49 3,1% 3,1%
40-44 3,2% 3,1%
35-39 3,5% 3,4%
30-34 4,0% 3,8%
U

25-29 3,9% 3,7%


20-24 4,0% 3,7%
15-19 4,1% 3,8%
10-14 4,3% 4,0%
5-9 4,4% 4,1%
0-4 4,5% 4,2%
G

10% 8% 6% 4% 2% 0% 2% 4% 6% 8% 10%

Disponível em: www.populationpyramid.net/pt/mundo/2020/. Acesso em: fev. 2020.

1. Considere que a força de trabalho jovem está na população


com faixa etária de 15 a 29 anos. Analise a pirâmide acima
e responda:
a) Qual é a taxa percentual da população masculina dentro
dessa faixa etária?
b) Qual é a taxa percentual da população feminina dentro
dessa faixa etária?

2o TRAJETO -– TAXAS E ÍNDICES | 125


idosos ou jovens?

D
O aumento da longevidade das pessoas e as oportunidades de
acesso à vida social ativa geraram uma movimentação em diversos
setores da sociedade contemporânea, como o lazer, a educação e

L
o mundo do trabalho.

Freepik
ATIVOS NA LONGEVIDADE EM CASA
62% dos maiores de 50 são

N
Muito chefes de família.
IDENTIDADE jovem
Jovem
13% dos maiores de 50
1%
Como eles se veem? moram sozinhos.
Velho 8%
10%

P
Nem jovem, 81%
nem velho
IA
SONHOS
O que eles pretendem fazer?

52% viajar mais

40% trabalhar e guardar dinheiro


U

38% empreender

24% mudar de casa

20% ampliar os estudos

EMPREGABILIDADE
G

44% estão aposentados e recebem, em média,


CONSUMO R$ 1.574 de aposentadoria.
39% estão trabalhando.
Os maiores de 50
movimentam R$ 1,8 trilhão, 6% estão desempregados e
o que equivale a 42% do procurando emprego.
consumo nacional.

Fonte: www.istoedinheiro.com.br/nem-velho-nem-idoso-chame-de-oportunidade/. Acesso em: fev. 2020.

126 | PROJETO 4 | ENCONTRO DOS TEMPOS


1. Com seu grupo, leiam atentamente os dados do infográfico

D
“Ativos na longevidade”.
a) Escolham duas informações desse infográfico e elaborem dois
problemas envolvendo taxa percentual ou porcentagem.
b) Deem os problemas elaborados para outro grupo resolver.

L
c) Corrijam os problemas e publiquem no mural da sala
de aula.
2. Observem a pirâmide que compara a população do Brasil em dois
anos, com projeção para o futuro.

N
PIRÂMIDES DA POPULAÇÃO DO BRASIL EM 2018 E PROJEÇÕES PARA 2060

Pirâmide da população do Brasil em 2018 e projeções para 2060


BRASIL 2018 BRASIL 2060
IDADE

P
13,25% 0,36% +90 2,23% 32,60%
da população 0,56% 85 a 89 2,82% da população
têm 60 anos 1,05% 80 a 84 3,75% têm 60 anos
ou mais 1,62% 75 a 79 5,04% ou mais
2,37% 70 a 74 5,82%
3,37% 65 a 69 6,25%
4,22% 60 a 64 6,69%
IA
5,16% 55 a 59 6,35%
5,90% 50 a 54 6,10%
6,37% 45 a 49 6,15%
57,22% 7,14% 40 a 44 6,25% 47,36%
da população da população
entre 20 7,99% 35 a 39 6,13% entre 20
e 59 anos 8,29% 30 a 34 5,87% e 59 anos
8,08% 25 a 29 5,12%
8,29% 20 a 24 5,39%
7,88% 15 a 19 5,23%
29,22% 7,28% 10 a 14 5,08% 19,95%
U

da população 6,97% 5a9 4,92% da população


entre 0 e 19 anos entre 0 e 19 anos
7,09% 0a4 4,72%
Fonte: Dados do IBGE.

a) Utilizem as taxas percentuais em destaque de 2018 (29,22%,


57,22% e 13,25%) e de 2060 (19,95%, 47,36% e 32,60%) e
G

elaborem um gráfico comparativo entre esses dois anos.


Escolham a modalidade de gráfico mais adequada. Estejam
atentos para evitar as inadequações de representações estudadas
neste projeto.
b) Abaixo do seu gráfico, escrevam uma frase que represente
uma crítica ou uma proposta de novas atitudes para os jovens
de hoje (que serão os idosos de amanhã). Leve em conta as
projeções do IBGE que indicam transformações no perfil da
população no futuro.
c) Digitalizem o gráfico e publiquem na rede social de sua
preferência.

2o TRAJETO -– TAXAS E ÍNDICES | 127


3. Observem esta tabela.

D
VOCÊ CONSIDERA QUE, QUANDO ESTÁ 5O ANO 5O ANO 7O ANO 7O ANO 9O ANO 9O ANO
COM PESSOAS MAIS VELHAS: ECSC* EJRCB** ECSC EJRCB ECSC EJRCB
PODE APRENDER COM ELAS 48% 48,30% 48,30% 46,60% 48,80% 47,90%

L
NÃO APRENDE NADA E PERDE TEMPO 0% 0% 1,70% 0,50% 1,20% 0%

NÃO GOSTA DE ESTAR COM ELAS 0% 0,40% 0% 0% 0% 0,70%

ELAS PODEM APRENDER COM VOCÊ 46% 47,90% 46,60% 46,60% 50% 47,10%

N
OUTRA 2% 0,80% 0% 1,50% 0% 1,40%

ANULADO 4% 0,80% 1,70% 3,90% 0% 1,40%

NÃO RESPONDEU 0% 0% 0% 1% 0% 1,40%

P
*ECSC: Externato Capitão Santiago de Carvalho – rural.
**EJRCB: Escola João Roiz de Castelo Branco – urbana.

Fonte: Adaptado de RODRIGUES, Sónia Andreia Ramos. O espelho da velhice através da visão de crianças/jovens – meio urbano versus meio
rural. Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco. Portugal, 2014.

Recriem as taxas porcentuais da tabela supondo que essa


IA
mesma pergunta fosse feita em 2060 para estudantes do
Ensino Médio no Brasil.
U
G

imtmphoto/ Shutterstock

128 | PROJETO 4 | ENCONTRO DOS TEMPOS


Projeto de evento cultural:

D
caldeirão das gerações

L
1. Junte-se aos colegas de sala e estruturem um projeto de
evento cultural intergeracional, ou seja, o encontro das
gerações, com suas diferenças sociais, culturais, econômicas
etc. Promovam e incentivem o encorajamento entre pessoas

N
das gerações baby boomers, X, Y, Z e Alpha.
Busquem por algum espaço em que o evento possa ocorrer.
Pode ser o pátio da escola, o estacionamento de algum ponto
comercial disposto a fazer parceria, uma quadra de esportes de

P
alguma instituição situada no bairro, entre outras.
Criem espaços temáticos: caldeirão da música (com músicas
marcantes de cada uma dessas gerações); caldeirão da moda
(com estilos de roupa representativos de cada geração);
caldeirão da tecnologia (com “dispositivos” da tecnologia de
IA
cada época); caldeirão das narrativas pessoais (um espaço
para as pessoas narrarem experiências de vida); caldeirão dos
gráficos e índices (um espaço com os resultados estatísticos
pesquisados por vocês ao longo do projeto e que representam
uma síntese do perfil das próprias pessoas convidadas a esse
Rawpixel.com/ Shutterstock

evento); entre outros espaços que desejarem criar.


Agendem a melhor data e divulguem por meios impressos ou
U

digitais, informando local, data e hora.


G

2o TRAJETO -– TAXAS E ÍNDICES | 129


Tempo de jovem: compreender,

D
criticar, compartilhar!

L
1. Reúnam-se em grupo para a troca de relatos sobre
o que cada um aprendeu ao entrevistar pessoas de
diferentes gerações, ao pesquisar sobre o assunto e ao
Compreender as
! reunir e analisar dados numéricos relativos ao contexto

N
diferentes formas de intergeracional.
convívio pacífico. Ouçam todos os relatos e anotem aquilo que foi positivo e
comum a todos do grupo. Depois disso, produzam juntos
um cartaz destacando o que cada geração merece de

P
felicitação e o que aprenderam com cada uma.

Romão/ M10
BABY BOOMERS GERAÇÃO X GERAÇÃO Y GERAÇÃO Z

FELICITAMOS POR: FELICITAMOS POR: FELICITAMOS POR: FELICITAMOS POR:


IA
U

COM VOCÊS COM VOCÊS COM VOCÊS COM VOCÊS


APRENDEMOS: APRENDEMOS: APRENDEMOS: APRENDEMOS:
G

!
2. No contato entre diferentes gerações, quais atitudes vocês
Analisar as atitudes de
acreditam ser mais produtivas: afrontar uns aos outros ou
afrontar ou encorajar
uns aos outros. encorajar uns aos outros? Promovam um debate a respeito
dessa questão.
3. Cuidar de si mesmo e dos outros para o bem-estar social
Partilhar as diferentes
experiências no
contato com
! é necessário para todos. No percurso deste projeto,
quais atitudes (de respeito e de cuidado com o próximo)
observadas em pessoas ou em grupos sociais mais
diferentes gerações. chamaram atenção? Escrevam um post ressaltando o valor
dessas atitudes.

130 | PROJETO 4 | ENCONTRO DOS TEMPOS


Notas de viagem

D
1. Assista ao documentário indicado na seção Confluências.
Com base nesse documentário e no artigo “Projeto realiza oficinas que ensinam idosos a grafitar
pelas ruas de Lisboa”, lido anteriormente, reflita criando comparações entre ambos e responda:

L
a) Se fosse para você interagir, individual ou coletivamente, fazendo parte de um programa ou
projeto que envolvesse um pequeno grupo de idosos, o que esperaria dessa troca de contatos?
b) Após essa experiência, que decisões você tomaria, a partir de então, nas relações com
os idosos?

N
Anote no seu diário de navegador.
2. Observe a imagem. Escreva uma legenda para ela que reforce a ideia de convívio pacífico
entre pessoas de diferentes idades, independente de povos, cultura ou nação.

Ruslana Iurchenko/ Shutterstock


P
CONFLUÊNCIAS -- VÍDEO

Entre gerações. Direção:


Chico Faganello. Brasil,
2016. 18 min.
Documentário que
IA
expõe o encontro entre
adolescentes e idosos
para fortalecimento dos

?
estudos dos jovens.
Esse encontro favoreceu
a percepção de novas
formas de aprender.
Disponível em: www.
U

youtube.com/watch?v=-
m5a6nt_mnk.
Acesso em: fev. 2020.

>> QUESTÕES FINAIS do 2o trajeto


G

Leia as questões e, com seu grupo, reflita a respeito


de cada uma delas.
As informações em forma de dados numéricos,
suas representações no contexto das diferentes
populações etárias e seus conflitos decorrentes
de cenários sociais, auxiliaram vocês ao pensarem
propostas de melhorias nas relações entre as
pessoas?
Quais princípios vocês julgam básicos e essenciais serem
promovidos entre si mesmos na superação de conflitos
entre as pessoas que são diferentes?

2o TRAJETO -– TAXAS E ÍNDICES | 131


#múltiplos destinos

D
Produto final

L
Para a elaboração do produto final, é conveniente que vocês mantenham a mesma configuração
de grupo do percurso deste projeto.
Reúna todo o material necessário para o evento festivo do encontro entre gerações e, no dia agen-

N
dado, dividam-se em caldeirões temáticos: o caldeirão da música, o caldeirão da moda, o caldeirão das
experiências pessoais, o caldeirão das descobertas e pesquisas estatísticas, entre outros. Reforcem e
promovam o valor de cada geração em relação aos aspectos culturais, sociais e econômicos.
Durante a festa, aproveitem para filmar e flagrar cenas curiosas do contato entre as pessoas de
diferentes gerações. Estejam atentos às cenas em que seja nítida a troca de aprendizagens, captando

P
o maior número de cenas possível. Ao término do evento, selecionem aquelas mais interessantes,
captadas por diferentes alunos, e criem coletivamente um minidocumentário.
Como proposta de intervenção social, exibam esse minidocumentário para toda a escola ou
publiquem em um canal de alguma plataforma de compartilhamento de vídeos. Se a escola tiver
um canal desses, publiquem lá. Ou criem um para a turma.
IA
Reúna-se com seu grupo e avaliem como foi a qualidade da aprendizagem neste projeto.

PERGUNTA AVALIATIVA COMENTÁRIO


Favoreceu a superação de preconceitos entre as gerações?
Favoreceu a compreensão de conceitos e procedimentos matemáticos explorados
ao longo do projeto?
Incentivou o uso de estratégias pessoais (ou outras inspiradas na própria
U

Matemática) no enfrentamento de situações-problema?

OUTROS DESTINOS
G

VIA LATERAL

Geração X Geração Y Geração Z Junte-se ao seu grupo para esta atividade.


Façam uma brincadeira: imaginem como
Romão/ M10

será a fala, daqui a uns 10 anos, da


geração Alpha, que está apenas iniciando.
Criem quadros (com ilustrações feitas
por vocês mesmos ou com imagens
que encontrarem na internet) com
possibilidades de falas que imaginam que
serão próprias dessa nova geração.

132 | PROJETO 4 | ENCONTRO DOS TEMPOS


DE AGORA EM DIANTE...

D
CONFLUÊNCIAS --  LONGA-
-METRAGEM
Retome a pergunta inicial (“Como ensinar e aprender com outra
Up – Altas aventuras.
geração?”) e, com base nas anotações feitas no seu diário do nave- Direção: Pete Docter, Bob
gador, em conhecimentos que adquiriu nos trajetos e nas análises

L
Peterson. EUA, 2009.
feitas nas pesquisas de que você participou, aponte: 95 min.
a) as atitudes positivas esperadas no contato entre gerações; Um idoso ranzinza e uma
b) os comportamentos inadequados no contato entre gera- criança agitada. Parece
um encontro improvável.
ções e quais medidas podem ser tomadas para evitar novas

N
As aventuras vividas por
ocorrências;
eles geram trocas de
c) as principais possibilidades de aprendizagem que pôde ob- experiências e mostram
servar durante esses trajetos e que podem ser levadas como como esse contato altera
referências para suas experiências futuras. comportamentos e que

P
d) outras ideias de produto final ou de intervenção social que há ganhos para ambas as
você proporia a este projeto. gerações.

Quem ensina quem?


Divulgação/ Pixar Creative Services

IA
U
G

»» Assistam ao filme indicado e produzam, você e seus co-


legas, um curta-metragem (2 min, no máximo) composto
por três ou quatro cenas estáticas e frases criadas por
vocês a respeito do convívio positivo entre gerações.

MÚLTIPLOS DESTINOS | 133


D
R O J E T O 5
F i ch a: P

L
#

N
NOME DO PROJETO Antes de escolher
TEMA INTEGRADOR

P
Empreendedorismo
OBJETIVOS A SEREM • Resolver problemas de contagens por meio da representação da árvore de
possibilidades ou usando o princípio multiplicativo da contagem.
DESENVOLVIDOS • Reconhecer a quantidade e as opções de escolhas em uma dada situação.
• Elaborar problemas de contagem recorrendo a estratégias diversas, como o
diagrama de árvore.
• Reconhecer o que é o espaço amostral e o que é evento aleatório.
• Reconhecer eventos mutuamente exclusivos e eventos complementares.
IA
• Calcular o número de elementos do espaço amostral e calcular o número de
elementos de um evento aleatório.
• Resolver e elaborar problemas que envolvam o cálculo de probabilidades.
• Analisar situações do contexto social para tomar decisões que levem em conta o
bem comum dos indivíduos pertencentes ao entorno do aluno.
• Formular propostas coletivas em forma de manifesto no âmbito local.
JUSTIFICATIVA DA A vida contemporânea traz situações que, frequentemente, exigem dos jovens
tomada de decisões, análise de possibilidades e responsabilidade para assumir as
PERTINÊNCIA DOS consequências das escolhas, pois, em todo o tempo, os caminhos se bifurcam.
OBJETIVOS Além disso, o imponderável – o qual, por definição, não podemos prever, mas seu
impacto altera toda uma situação – ocorre no trajeto dos jovens de modo mais
U

frequente do que eles próprios imaginam. Eis então um cenário em que o mapa das
decisões e das possibilidades necessita estar mais “perto” do olhar daquele que se
propõe a percorrer um caminho, seja qual for!
Essa proposta de projeto abre um campo de questões para a reflexão do jovem na
busca de autoconhecimento para se perceber diante das tomadas de decisão e,
depois disso, reconhecer os casos possíveis em relação aos eventos com os quais se
G

vê envolvido durante os percursos de seu mapa pessoal.


COMPETÊNCIAS 6. (projeto de vida).
Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de
GERAIS conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias
do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu
projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
7. (argumentação)
Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular,
negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem
e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo
responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em
relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
8. (autoconhecimento e autocuidado).
Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-
se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com
autocrítica e capacidade para lidar com elas.

134
Tokarchuk Andrii/ Shutterstock
D
L
N
COMPETÊNCIAS
ESPECÍFICAS
Matemática: competência 3

P
Utilizar estratégias, conceitos, definições e procedimentos matemáticos para
interpretar, construir modelos e resolver problemas em diversos contextos,
IA
analisando a plausibilidade dos resultados e a adequação das soluções propostas,
de modo a construir argumentação consistente.
Linguagens: competência 3
Utilizar diferentes linguagens (artísticas, corporais e verbais) para exercer, com
autonomia e colaboração, protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva, de
forma crítica, criativa, ética e solidária, defendendo pontos de vista que respeitem o
outro e promovam os Direitos Humanos, a consciência socioambiental e o consumo
responsável, em âmbito local, regional e global.
HABILIDADES (EM13LGG303) Debater questões polêmicas de relevância social, analisando
diferentes argumentos e opiniões, para formular, negociar e sustentar posições,
TRABALHADAS frente à análise de perspectivas distintas.
U

(EM13MAT310) Resolver e elaborar problemas de contagem envolvendo


agrupamentos ordenáveis ou não de elementos, por meio dos princípios
multiplicativo e aditivo, recorrendo a estratégias diversas, como o diagrama de
árvore.
(EM13MAT311) Identificar e descrever o espaço amostral de eventos aleatórios,
realizando contagem das possibilidades, para resolver e elaborar problemas que
envolvem o cálculo da probabilidade.
G

RECURSOS E • Dispositivo para reprodução de mídia com acesso à internet.


• Dispositivo para fotografias.
MATERIAIS • Livros didáticos de Matemática diversos para pesquisa de conceitos.
• Revistas, jornais etc., para recortes de imagens.
• Caderno ou bloco de anotações.
• Lápis grafite.
• Caneta.
• Borracha.
• Folhas avulsas.
• Mural.
PRODUTO FINAL E Produto final: montagem de um mural amplo na forma de uma árvore, com
ramificações tematizadas. A árvore terá em sua copa os trabalhos feitos pelos alunos
INTERVENÇÃO ao longo do projeto.
SOCIAL Intervenção social: escrita de um manifesto com possibilidade de ser encaminhado
à câmara dos vereadores da cidade.

135
?

D
• Por quais caminhos
posso empreender?

L alphaspirit/ Shutterstock
N
P
IA
U

A vida contemporânea traz situações que, frequentemente, exigem tomadas de


decisões, análises de possibilidades e responsabilidades para assumir as con-
sequências das escolhas.
G

• Antes de tomar uma decisão, você analisa todas as


possibilidades de escolhas?
• Você acha que, ultimamente, tem sido necessário
tomar mais decisões do que antes de entrar no
Ensino Médio? Comente.
• Uma vez escolhido o caminho a ser seguido, como
enfrenta as consequências dessas escolhas?

136
D
L
antes de

escolher
N
EMPREENDEDORISMO
P
IA
U

Yuganov Konstantin/ Shutterstock

5
PROJETO
G

Você pode se perguntar: sei o


que está por vir? Posso me pre-
venir sobre o que vai acontecer
daqui a pouco? Nossa vida está
cheia de fatos aleatórios que en-
volvem incertezas. Mas é possível
analisar e fazer escolhas, as me-
lhores possíveis, segundo o que
conhecemos sobre nós mesmos e
sobre o nosso entorno.

137
#VOCÊ NO COMANDO

D
L
INício

N
Neste projeto, você vai percorrer trajetos Nesta proposta, você vai
que envolvem a temática do empreende- percorrer trajetos que en-
dorismo. As possibilidades de escolha são volvem as questões a res-
múltiplas e exigem uma análise acurada peito de autoconhecimento
para a tomada da melhor decisão. e projetos de futuro.

Notas de viagem
P
IA

Anna Jurkovska/ Shutterstock


U

Espontâneas ou pensadas? Você tem a sensação de que suas expectativas se


G

soltam ao vento? Ou, para você, tudo o que vier é lucro?

1. Leia e responda no seu diário do navegador.


PERGUNTAS COMENTÁRIOS
Você tem facilidade em fazer escolhas? Por quê?

Quando você precisa tomar uma decisão, como


se comporta? Registre algumas de suas atitudes.
Acredita que é possível estudar como tomar
decisões de modo mais eficaz? Por quê?

2. Você tem muitas expectativas a respeito de si mesmo


e dos outros? Comente.

138
D
CONFLUÊNCIAS -- MÚSICA VIA LATERAL

O trenzinho caipira. Villa-Lobos. »» Compare a letra da


Ouça a música e acompanhe a letra música “O trenzinho
que foi escrita posteriormente pelo caipira” com a imagem

L
poeta Ferreira Gullar. do dente-de-leão.
Para você, quais trechos
dessa canção apresentam
semelhanças com a
imagem?

N
»» Compare também a
imagem com as suas
Nesta proposta, você vai percorrer expectativas; onde está
trajetos que envolvem as questões
a maioria delas: na haste
a respeito de autoconhecimento e
projetos de futuro. do dente-de-leão ou

P
soltas no ar?

PROBLEMAS
TRAJETO

01 DE CONTAGEM
IA
MÚLTIPLOS
destinos
Você vai resolver problemas de
contagem usando o diagrama de
árvore ou aplicando o princípio
multiplicativo da contagem.
U

Coletivamente crie um grande


mural, com formato de uma
árvore. Exponha nela todas as
possibilidades que apontem

02
TRAJETO

para o futuro.

EVENTOS ALEATÓRIOS
G

Resolva problemas envol-


vendo as noções de pro-
babilidades em eventos
Tome contato com fenôme- equiprováveis.
nos aleatórios, reconhecen-
do o espaço amostral e seus
CÁLCULO DE
TRAJETO

03
subconjuntos, os eventos.

PROBABILIDADES

139
1 trajeto:

D
0

Problemas

L
de contagem Planejar ou fazer:
o que vem primeiro?

N
Quando tudo é muito incerto, muito aberto às diversas possibi-
lidades e muito fora do comum, podemos ter mais dificuldades para
fazer escolhas. Saber quais e quantas são é um passo fundamental

P
para analisarmos qualquer situação, antes de escolhermos.
Matemática: competência 3 EM13MAT310
djgis/ Shutterstock

IA
U
G

Um mundo adiante é o que o adolescente tem: para fazer descobertas a respeito de si


e do outro, perto ou distante do seu entorno, sozinho ou em parcerias, agora ou no
futuro. Ter estratégias para fazer descobertas e coragem para colocar em ação suas ideias
são meios para quem quer empreender.

140 | PROJETO 5 | ANTES DE ESCOLHER


Sergey Nivens/ Shutterstock
D
L
N
Empreendedor: uma palavra
com muitos significados
P
IA
A palavra “empreendedor” vem do francês medieval entrepre-
neur e quer dizer aquele que assume riscos e cria algo novo. Mas
o significado da palavra “empreendedor” muda conforme o país,
a época, o ramo de atividade.
O jovem empreendedor é aquele que tem iniciativa, coragem,
compromisso, otimismo e disposição para aprender. Mas aprender
para quê? Um empreendedor busca novas aprendizagens para
U

fortalecer suas ideias e levar seu sonho para o mundo da ação.


Ele procura agir para construir algo novo, sozinho ou em equipe.
1. Vamos fazer uma leitura da imagem ao lado, que mostra
um jovem diante de um campo de trigo.
G

a) O que você acha que ele está sentindo? Por quê?


b) Se estivesse como ele, mas sabendo que sua casa
está bem perto, logo atrás de você, como se sentiria?
Explique.
c) E se agora, em vez disso, você estivesse muito longe
da sua casa? Como se sentiria? O que faria? Comente
com os colegas.
2. Estar próximo da sua casa te faz mais corajoso ou mais
temeroso? E se estiver longe, como você se comporta ou
imagina que se comportaria? Reflita sobre isso e anote
sua opinião no diário do navegador.

1o TRAJETO -- PROBLEMAS DE CONTAGEM | 141


Autoconhecimento como um processo

D
O processo de autoconhecimento requer que você viva experiên-
VIA LATERAL cias diversas e que seja observador do que acontece no seu entorno,
causando impacto sobre você e sua rede de relações.

L
Pesquise na internet
sites como o do Sebrae, Seu crescimento pessoal terá aumentado após a análise da sua
especializados no tema maneira própria de dar respostas para os fatos ocorridos nesse mesmo
do empreendedorismo, entorno. É preciso reconhecer quais são suas atitudes mais recorrentes
para ampliar seus
e quais necessitam de atenção para serem aprimoradas.

N
conhecimentos.

Persistência Resiliência

P
O propósito nos mantém motivados. Mas, O termo vem da Física e significa o nível de resistência

algo sempre pode pegar você de surpresa e que um material sofre frente a pressões e, ainda
assim, consegue retornar ao estado original. Também
afetar sua vida (nem sempre positivamente).
é a capacidade das pessoas voltarem ao seu estado
Se isso acontecer, acalme-se. Boa parte dos
normal após situações incomuns. Começar algo
IA
empreendedores comete erros antes – e depois
novo é emocionante, mas não necessariamente fácil.
– do sucesso. Erros são parte do resultado Desenvolver resiliência vai torná-lo mais confiante para
de testes sobre o que funciona e o que não resolver problemas. Como diz o provérbio japonês:
funciona, e nos permitem aprender e melhorar. “Caia sete vezes e levante oito”.

Mente aberta Mentoria


Nada se compara a pôr a mão na massa, mas Para crescer rápido busque conselhos. Receber
U

livros, revistas, blogs podem expandir seus conselhos de empreendedores experientes faz toda
conhecimentos. Ouvir pessoas experientes (e a diferença. As decisões são suas, mas se pedir
novas) em um mercado ou que trabalham em opiniões para as pessoas certas, é possível avançar
G

áreas diferentes da sua pode ser surpreendente. com mais segurança. Nada melhor que um mentor
Lute por sua ideia, mas cuidado para que isso que esteve onde você está e chegou aonde você
não se torne uma “paixão cega”. ainda quer chegar.
ROSA, Claudio Afrânio. Guia essencial para novos empreendedores: descoberta. Belo Horizonte: Sebrae/MG, 2015. p. 66.

1. Considere a descrição de cada uma das quatro atitudes anteriores. Copie o quadro abaixo no
seu diário do navegador e complete-o levando em conta o que você sabe sobre si mesmo.
ATITUDES FREQUENTEMENTE ÀS VEZES QUASE NUNCA NUNCA
Persistência
Resiliência
Mente aberta
Mentoria

142 | PROJETO 5 | ANTES DE ESCOLHER


autoconhecimento em 3 3 2

D
Há situações do cotidiano que podem despertar em nós diversas
possibilidades de reflexão e, por meio delas, podemos nos autoava-
liar. Mas, recuperando pela memória nossas experiências recentes,

L
podemos nos posicionar no mapa conforme a seguir:

MAPA DO AUTOCONHECIMENTO --  MINHA IDENTIDADE EM REDE

Andrey_Kuzmin/ Shutterstock
N
Quem O que eu
eu sou? sei fazer?

P
EU
Quem é Quem nós
o outro? somos?
IA
OUTROS NÓS

O que eu faço O que fazemos


pelo outro? uns pelos outros?
U

1. Você vai construir seu próprio mapa do autoconhecimento.


a) Use uma folha de papel A3 (se não tiver, pode ser
sulfite simples A4; apenas será menor) e crie o mapa do
G

autoconhecimento 3 3 2 respondendo a cada uma das


questões.
b) Ilustre, pinte, use colagens, personalize o seu mapa
como melhor o representar.
Zally23/ Shutterstock

c) Reserve seu mapa. Guarde-o em um lugar seguro. Ele


fará parte do produto final deste projeto. Observação:
Seu mapa será exposto juntamente com os demais.
Não é necessário colocar seu nome nele, se não quiser.
2. A rede do seu mapa representa elementos em movimento
ou tudo nele já está finalizado? Quem se transforma: sua
rede ou você? Converse com os colegas.

1o TRAJETO -- PROBLEMAS DE CONTAGEM | 143


VIA EXPRESSA Diagrama de árvore e Princípio

D
multiplicativo da contagem

L
Há diversos problemas para os quais necessitamos identificar as
diferentes decisões a serem tomadas e quais as possibilidades para
ACESSO rápido para nocões básicas
cada uma delas. Nesses casos, fazemos as contagens das possibi-
lidades. Muitos desses problemas são resolvidos com raciocínios
FAÇa

N
simples utilizando-se operações básicas.
EM SEU
CADERNO
Exemplo:
Uma bandeira que tem a forma mostrada ao lado vai ser pintada
utilizando-se duas das três cores dadas.

P
A resolução é simples, porém é conveniente que seja percorrido
um procedimento sistemático para enumerar todas as possibilidades
de bandeiras, sem que haja repetição. Para isso, é preciso identificar
quais são as decisões a serem tomadas e examinar as possibilidades
envolvidas em cada decisão.
IA
Nesse problema da bandeira, um planejamento natural é:
I. escolher a cor da parte externa ao losango da bandeira;
II. depois escolher a cor da parte interna.
Para a primeira decisão, temos 3 possibilidades de cores disponí-
veis: sendo assim, escolhe-se uma qualquer. Feito isso, e sem repetir
a cor, agora temos, para a segunda decisão, apenas duas cores.
Com isso, obtemos que o número total de possibilidades é
U

2 + 2 + 2 = 3 × 2 = 6.
G

VIA LATERAL PROBLEMA


Diagrama de árvore, Pintar uma bandeira
árvore de enumeração ou com duas de três
árvore de possibilidades é cores dadas.
uma representação visual
que expõe a listagem de
todas as possibilidades.
Pesquise em que outros
problemas é possível usar
o diagrama de árvore.

144 | PROJETO 5 | ANTES DE ESCOLHER


Princípio multiplicativo da contagem

D
Se uma decisão pode ser tomada de n modos e, seja lá qual for a opção escolhida, em seguida
outra decisão pode ser tomada de m modos, então o número de maneiras como se podem tomar
consecutivamente as duas decisões é igual a n ? m.

L
Exemplo:
Uma moeda não viciada será lançada três vezes, observando-se as faces voltadas para cima.
Indicaremos K = cara ou C = coroa para os resultados. Com isso, podemos listar todas as possibilida-
des da seguinte maneira: {(KKK), (KKC), (KCK), (KCC), (CKK), (CKC), (CCK), (CCC)}.
Ou ainda por meio da árvore de possibilidades:

N
1o lançamento 2o lançamento 3o lançamento Casos possíveis

• CARA • CARA − CARA − CARA

P
• CARA • COROA • CARA − CARA − COROA

• CARA • CARA • CARA − COROA − CARA


• COROA
• COROA • CARA − COROA − COROA
IA
• CARA • COROA − CARA − CARA
• CARA
• COROA • COROA − CARA − COROA
• COROA
• COROA • CARA • COROA − COROA − CARA

• COROA • COROA − COROA − COROA

Portanto, temos 2 · 2 · 2 = 8 possibilidades.


U

CONFLUÊNCIAS --   VÍDEO


1. Junte-se a um colega e resolvam.
a) Uma bandeira que tem a forma mostrada a seguir vai De malas prontas. M3 –
ser pintada utilizando-se três das quatro cores dadas. Matemática Multimídia.
Unicamp, 2012. 11min30s.
Quantas são as possibilidades de bandeira?
G

Raquel, uma jovem que


vai sair de viagem, não
consegue fechar a mala
com todas as roupas
que deseja levar. Um
funcionário da empresa
aérea, usando conceitos
combinatórios, ajuda
Raquel a resolver o
2. Em duplas, elaborem um problema de contagem e deem
problema da sua mala.
para outra dupla de colegas resolver. Depois de resolverem,
peguem de volta e confiram se está correta a resolução deles.
Pesquise em livros didáticos diversos e continue aprendendo sobre Problemas de contagem.

1o TRAJETO -- PROBLEMAS DE CONTAGEM | 145


As tomadas de decisões e as

D
possibilidades

L
Dois jovens, Renzo e Amara, desejam se envolver em trabalhos voluntários.
Em função de seus projetos de vida e da necessidade de verificarem se, de fato,
conseguem se lançar em projetos empreendedores sociais, buscam se envolver em
compromissos que explorem as práticas de solidariedade e a sensibilidade para com

N
o outro e com o meio natural. Eles ainda não sabem se desejam se envolver em uma
atividade individualmente, em pequenos grupos ou em coletivos.
Nos projetos com os quais esperam se envolver, eles precisam levar em conta a di-
mensão do tempo e a dimensão do espaço. O tempo disponível para o envolvimento
com as práticas sociais se mescla ao cotidiano dos jovens. O espaço também deve ser

P
escolhido, para que a ação social se concretize. Os espaços podem ser escolas, biblio-
tecas, praças, parques, feiras etc., nos limites do bairro ou do município.
Ambos investigaram quais decisões precisavam tomar e as dispuseram neste esquema:

Trabalho voluntário
IA
Individual Pequenos grupos Coletivos amplos

tempo: espaço: tempo: espaço: tempo: espaço:

Quinzenal Mensal Bairro Município Quinzenal Mensal Bairro Município Quinzenal Mensal Bairro Município
U

Depois disso, eles fizeram suas escolhas.


Africa Studio/ Shutterstock

Prostock-studio/ Shutterstock
G

Renzo acabou decidindo trabalhar sozinho, prestan- Amara decidiu entrar em um coletivo que mantém a
do trabalho de leitura para crianças pequenas em limpeza das praças do município. Ela participa uma
uma escola do bairro. Ele vai uma vez por mês. vez a cada 15 dias.

1. Quantas decisões esses dois jovens tinham para tomar? Quantos modos tem
cada uma delas? Ao todo, quantas eram as possibilidades de decisões?
2. E você, qual dessas opções escolheria? Comente com os colegas.

146 | PROJETO 5 | ANTES DE ESCOLHER


Que escolhas posso fazer?

D
CONFLUÊNCIAS --  LIVRO

João Felizardo, o rei dos


Hoje em dia, acredita-se que qualquer pessoa pode empreen-
negócios. Ângela Lago.
der. Para isso há um conjunto de fatores relativos ao perfil de quem
São Paulo: Cosac & Naify,
deseja empreender, ao que a pessoa busca e ao cenário no qual ela

L
2010.
está inserida. É uma releitura de um
Esses fatores devem ser estudados cuidadosamente, pois essa conto da cultura oral –
investigação impõe ao empreendedor um “mergulho” dentro de si em entre as várias versões, há
busca de autoconhecimento, para que possa perceber seus potenciais uma dos Irmãos Grimm

N
– pelo olhar de uma das
e suas limitações. E isso implica em estar disposto a descobrir fraque-
autoras contemporâneas
zas e se propor a mudanças, sozinho ou com o auxílio de parceiros.
mais respeitadas nacional
O fato é que empreender é um dos caminhos para se autoco- e internacionalmente.
nhecer e se transformar nesse percurso. É fundamental, enquanto Felizardo recebe uma

P
caminhamos, que saibamos que escolhas fazer de acordo com o que moeda de herança, que
queremos e o que podemos transformar. troca por um animal,
que troca por outro e por
outro... E assim aprende
1. Para cada quadro a seguir, escreva no diário do navegador que a felicidade está
uma situação da sua vida.
IA
justamente na brevidade
Posso e quero. Posso, mas não quero. e na simplicidade,
que o acúmulo não
• Compare suas anotações com as de um colega. Ouça as leva à riqueza e que o
explicações e comentários que ele fizer. desprendimento e a
2. Leia as frases, que estão incompletas, em cada quadro renovação garantem o
ciclo da vida.
e escolha uma que se adéque ao que você pensa neste
Um material rico para
momento.
refletir sobre o valor
U

Eu gostaria de empreender o meu próprio caminho agora, porque...


simbólico dos objetos
e até sobre o consumo.
Eu não gostaria de empreender o meu próprio caminho agora, porque... Delicado, comovente e, ao
mesmo tempo, intenso.
• Copie a frase escolhida e complete-a no diário do
G

navegador.
Benjavisa Ruangvaree Art/ Shutterstock

1o TRAJETO -- PROBLEMAS DE CONTAGEM | 147


Aprender a viver com ética

D
Leia este trecho do texto e, em seguida, o diagrama.

L
QUATRO ÉTICAS PARA APRENDER A VIVER

À medida que respondemos à pergunta antropológica básica – como vive? –, nós,


humanos, aprendemos a viver. Isto é, aprendemos a considerar e agir diante de questões
essenciais que o percurso vital nos apresenta, e o fazemos com vontade de encontrar

N
caminhos alternativos. Queremos aprender a viver de maneira integral, sem nos limitar
a nenhuma das dimensões particulares do viver. Aprender a viver exige uma educação
completa, uma educação que inclua todas as facetas humanas. Uma educação que inclua
os principais âmbitos da experiência humana e a aprendizagem ética que cada um deles
pressupõe: aprender a ser, aprender a conviver, aprender a participar e aprender a habitar

P
o mundo.
Quatro éticas para aprender a viver

Aprender a
Aprender Aprender Aprender
habitar o
IA
a ser a conviver a participar
mundo
Autoética Alter-ética Socioética
Ecoética

ARAÚJO, Ulisses F. Educação e valores: pontos e contrapontos.


São Paulo: Summus, 2007. p. 67-68.

A vontade vem de dentro


U

Você já deve ter ouvido alguém dizer assim: por que você não está fazendo isso
também, se está “todo mundo” fazendo? A vontade de abandonar uma posição cômoda
e se lançar ao mundo da ação tem que ser autêntica e vinda de dentro. Não se deve,
por exemplo, querer empreender porque “todo mundo” está empreendendo.
G

© Silvershot55/ Dreamstime.com

148
D
L
Aprender
Aprender Aprender Aprender
a habitar
a ser a conviver a participar
o mundo

N
Fazer-se Utilizar a Capacidade Comprometer­ Capacidade Sentir a Responsabilidade Implantar a
como própria ma- de experi- ‑se a colabo- de exigir os di- obrigação de reconstruir preocupação
cada um neira de ser mentar em rar em proje- reitos que lhe de cumprir a harmonia e com as con-
deseja. como ferra- si mesmo os tos comuns. correspondem. os deveres. o equilíbrio do dições futu-
menta para sentimentos mundo natural. ras da vida

P
tratar das do outro. humana.
questões
que a vida
apresenta. Fonte para construção deste esquema: ARAÚJO, Ulisses F. Educação
e valores: pontos e contrapontos. São Paulo: Summus, 2007. p. 67-70

1. Considere o diagrama acima.


IA
a) Esse esquema representa um diagrama de tomadas de decisões consecutivas? Há um
caráter de contagem nesse esquema? Explique.
b) Anote no diário do navegador, entre as 8 atitudes, as que você julga já possuir, as que
precisa desenvolver em curto prazo e as que precisa desenvolver em médio ou longo prazo.

Korbut Ivetta/ Shutterstock


1. O que você observa na imagem? O que 5. Na imagem, como você julga
U

chama atenção nela? a situação das aves? E como julga o


movimento coletivo delas? Explique
2. Se você fosse um pássaro dessa imagem,
para os colegas.
qual seria? Por quê?
6. Qual é sua atitude diante de um
3. Para você é muito importante seguir
G

movimento “da moda” que pode ocorrer


“a moda”, ou seja, fazer o que “todo entre os adolescentes?
mundo” está fazendo?
7. Antes de escolher, você costuma analisar
4. Conseguiria discernir quando uma quantas são as decisões que tem que
situação representa um movimento tomar e quantas são as possibilidades
coletivo ou quando representa apenas um para cada decisão? Registre o que pensou
comportamento “da moda”? no diário do navegador.

1o TRAJETO -- PROBLEMAS DE CONTAGEM | 149


O esforço de planejar e fazer

D
O esforço de empreender é o esforço de se preparar para o
mundo. Quem decide trilhar os caminhos do futuro de modo mais
preparado sabe que vai se deparar com aventuras das mais diversas.

L
Para ampliar as chances de sucesso, a formação do jovem deve
prepará-lo para o enfrentamento de problemas de modo autônomo.
Sendo assim, será necessário que o jovem desenvolva habilidades
para compreender, planejar, resolver, validar e tomar decisões diante

N
dos problemas que a cada passo forem surgindo.

O jovem diante dos

P
DESAFIOS

necessita
IA
tomar
compreender planejar resolver validar
decisões

Planejar e fazer, fazer e replanejar lembram um movimento de


onda, no qual cabe ao jovem, partindo do que ele já tem e usando sua
criatividade, avançar em um processo contínuo de autodescoberta.

canbedone/ Shutterstock
U
G

A imagem que uma pessoa faz dela mesma


pode não ser aquela que outras pessoas
veem. O conceito e a imagem de si mesmo
é um percurso de investigação e autoco-
nhecimento importante para qualquer
projeto de vida.

O autoconhecimento não é algo que se adquire com um clique


de aplicativo! É preciso dedicação e tempo. E, quanto mais você se
conhece, melhores escolhas pode fazer.

150 | PROJETO 5 | ANTES DE ESCOLHER


Tempo de jovem: compreender,

D
criticar, compartilhar!

L
1. Observe cada imagem a seguir. Com qual desses animais
você mais se identifica?

FloridaStock/ Shutterstock
Geoffrey Kuchera/ Shutterstock

A B

N
P
Pippo-CHI/ Shutterstock
Fiona Ayerst/ Shutterstock

C D
IA

a) Escreva no seu diário do navegador um parágrafo


expondo as características do animal com o qual você
U

mais se identifica, comparando-as com as suas próprias.


b) Quais são dois desses animais que, segundo sua
percepção, representam a maioria das pessoas no seu
entorno? Por que você tem essa percepção?
G

2. Observe cada um dos quadros a seguir.

Aprender a
Aprender Aprender Aprender
habitar o
a ser a conviver a participar
mundo
Autoética Alter-ética Socioética
Ecoética
ARAÚJO, Ulisses F. Educação e valores: pontos e contrapontos.
São Paulo: Summus, 2007. p. 67-68.

Faça um desenho ou escolha da internet uma imagem que


represente como você se vê no futuro, relacionada a cada
uma dessas éticas.

1o TRAJETO -- PROBLEMAS DE CONTAGEM | 151


3. Alice, uma adolescente de 14 anos, Exponha suas anotações no mural da

D
prestes a concluir o Ensino Fundamental, sala de aula.
precisa tomar algumas decisões:
4. Para você, quem é o outro? Qual é a
• Faz o Ensino Médio simples ou o
importância dele para o seu projeto
Técnico Profissionalizante?
de futuro? Escreva uma frase-síntese

L
• Dedica-se apenas aos estudos ou
produzindo com ela um banner em A4.
procura um trabalho de menor
Reserve seu banner. Guarde-o em um lugar
aprendiz?
seguro. Ele fará parte do produto final
• Cursa idioma ou faz aula de música?
deste projeto. Observação: Seu banner

N
Algumas dessas decisões ainda se abrem
será exposto juntamente com os demais.
em, no máximo, três outras opções de
Não é necessário colocar seu nome nele.
escolhas.
a) Quantas possibilidades, no máximo, 5. Leia cada pergunta a seguir e responda

P
tem Alice para escolher? Faça a árvore mentalmente, apenas para si. Classifique
de possibilidades para ela. cada resposta com um valor: 1 (nunca),
b) Você se identifica com ela? Que 2 (às vezes), 3 (frequentemente) ou
escolhas faria? 4 (sempre). Ao final, calcule a soma.
IA
Eu gostaria de experimentar os desafios de um empreendimento agora, porque...
1. Busco aquilo que precisa ser feito? (iniciativa)
2. Quando tenho um trabalho a fazer, antes reúno toda a informação possível? (busca de
informação)
3. Eu me esforço para realizar meu trabalho? (comprometimento)
4. Encontro formas de fazer as coisas de modo a ganhar tempo? (eficiência)
5. Faço o que é necessário, sem precisar que outros me mandem fazer? (iniciativa)
U

6. Busco orientações de pessoas que possam me orientar sobre as dúvidas do meu trabalho
ou projeto? (busca de informação)
7. Faço todo o esforço para concluir meu trabalho no prazo? (comprometimento)
8. Uso meu tempo de modo organizado para obter melhores resultados? (eficiência)
G

9. Tenho disposição para fazer sozinho qualquer atividade em


USBFCO/ Shutterstock

favor do sucesso do meu trabalho? (iniciativa)


10. Só opino a respeito de um assunto quando tenho informações
suficientes para isso? (busca de informação)

Resultados
10 a 20 pontos – Você ainda não sabe o que quer. Melhor reagir já, antes que
seja tarde.
21 a 30 – Você está se esforçando. Às vezes tem iniciativa, mas nem sempre é
eficiente.
31 a 40 – Você sabe o seu caminho. Mesmo que erre, tem iniciativa para acertar
na próxima. E, quando acerta, não se vê na posição de parar de aprender.

152 | PROJETO 5 | ANTES DE ESCOLHER


Notas de viagem

D Quino
L
N
QUINO. Toda a Mafalda, da primeira à última tira. São Paulo: Martins Fontes, 1993. p. 217.

1. Leia a tirinha:

P
Ser sincero, nunca mentir ao outro nem a si mesmo, é
fundamental para o autoconhecimento e para a construção
da ética.
• Você se considera sincero? Registre algumas ideias de
autoconceito quanto a isso no seu diário do navegador.
IA
2. Pense em uma proposta de projeto pessoal a partir do qual
você queira desenvolver alguma ação empreendedora.
Escreva em seu diário do navegador as respostas para
todas as perguntas a seguir.

COMPREENDER PLANEJAR RESOLVER VALIDAR TOMAR DECISÕES


U

Qual é a sua Quais etapas e quais Quais estratégias Como você pretende Como você acha que vai

?
proposta de projeto ferramentas serão você acredita que testar se é possível tomar as decisões? Com
empreendedor? necessárias? são possíveis para a a realização do base em quê?
Em que situações concretização do seu projeto?
deseja se envolver? projeto?
G

>> QuestÕES finaIS do  1o trajeto


Leia e faça registros em seu diário do navegador.
Elabore uma árvore de possibilidades que represente as decisões que você
julga necessárias para o seu projeto empreendedor.
Ter iniciativa e comprometimento é o suficiente para que você possa tomar a
decisão de empreender um projeto pessoal? Que outras atitudes você julga
necessárias diante da sua proposta de projeto? Reflita sobre isso e registre.

1o TRAJETO -- PROBLEMAS DE CONTAGEM | 153


2 trajeto:

D
0

Eventos

L
aleatórios Empreender: entre
o certo e o incerto

N
Matemática: competência 3 EM13MAT311
Linguagens: competência: 3 EM13LGG303

P
ra2 studio/ Shutterstock
IA
U
G

154 | PROJETO 5 | ANTES DE ESCOLHER


Antes de começar

D
Empreender vai muito além de ganhar dinheiro. Enquanto
houver possibilidades de interferir na realidade e de interagir com
seus pares, há também uma possibilidade de se desenvolver como

L
empreendedor: os caminhos abertos esperam intervenções de modo
responsável e sustentável.
CONFLUÊNCIAS --
Mas é necessário ter e manter a vontade de iniciar uma busca LONGA-METRAGEM
por mudança. E essa vontade vem de alguma motivação, por exem-

N
Vida de inseto. Direção:
plo: realizar um sonho pessoal, transformar a realidade, ampliar as
Andrew Stanton, John
possibilidades de aprendizagem, participar socialmente do entorno Lasseter. EUA, 1998.
ao qual pertence de modo mais ativo etc. 95 min.
Nessa animação, a

P
formiga Flik é um
1. Assista ao filme sugerido na seção Confluências.
inventor, cheio de ideias.
• Comente sobre o filme e ouça os comentários dos Além disso, tem um
colegas. desejo imenso de mudar a
• Vocês acham que Flik tinha certeza do resultado de sua realidade no formigueiro
aventura? onde vive.
IA
• Sair em busca de ajuda é garantia de sucesso?

Divulgação/ Pixar Creative Services


Comente.
2. Ter “espírito empreendedor” requer do jovem uma
disposição para a ação, ou seja, ter iniciativa, como teve
Flik, por exemplo. Comente com os colegas a respeito de
alguma situação em que você precisou ter iniciativa para
U

algo e, ao agir, aconteceu uma coisa boa.


Movido pelo desejo de se liber-
tar e pelo vínculo de pertenci-
3. Se fosse se lançar em uma aventura empreendedora, por
mento, Flik empreende por um
que motivo você faria isso? caminho que foi sendo
(des)ajustado enquanto o fazia,
4. Forme grupo com 4 ou 5 colegas. Vocês vão prestar mas tendo como comparativo
G

realizar seu plano.


atenção uns nos outros e no modo como cada um age.
Em seguida respondam à seguinte pergunta: que atitudes As formigas são oprimidas
nós, como um grupo, poderíamos ter para, agindo juntos, pelos gafanhotos todos os
melhorar nossa escola ou o entorno dela? anos. Embora Flik tenha
muita força de vontade
Faça uma lista com essas atitudes e fixem no mural da sala
e muitas qualidades, ele
de aula. tem seus pontos fracos.
Oliver Denker/ Shutterstock

Mesmo assim se une a


um grupo, prepara um
plano e se empenha em
um empreendimento
libertador.

2o TRAJETO -- EVENTOS ALEATÓRIOS | 155


VIA EXPRESSA Espaço amostral e eventos

D
Quando compramos uma mercadoria que custou R$ 80,00 e
damos uma nota de R$ 100,00, temos certeza de que receberemos
como troco R$ 20,00. O troco é um evento certo.

L
Por outro lado, quando lançamos um dado, não é possível
ACESSO rápido para nocões básicas saber que resultado obteremos em sua face superior, em seguida
ao lançamento, mesmo sabendo que há seis possibilidades dis-
FAÇa tintas de resultado. O resultado do lançamento de um dado é um

N
EM SEU evento incerto.
CADERNO
Experimento aleatório

!
Em experimentos aleatórios, não temos certeza do resultado
Observação:

P
que virá. Muitas vezes, de posse da estrutura de um problema, nos
E3 = “sair K ou C em
deparamos com a análise da decisão, sabendo de antemão das possi-
qualquer lançamento”.
bilidades dos eventos incertos. Mesmo assim, fazemos nossas análises
Vemos que E3 = V, ou seja,
o evento E3 é o próprio para que possamos determinar as decisões ótimas, em algum sentido,
espaço amostral. Nesse segundo os conhecimentos e as preferências de que dispomos.
IA
caso, E3 é chamado de Todo experimento aleatório tem as seguintes características:
evento certo. I. O resultado não pode ser previsto com certeza.
E4 = “a moeda ficar parada II. Podemos listar todos os possíveis resultados. Essa lista é cha-
em pé pela borda em
mada de espaço amostral.
qualquer lançamento”.
Exemplos de experimentos aleatórios:
Vemos que E4 = [, ou seja,
o evento E4 é um conjunto E1 = Jogar uma moeda e observar o número de caras obtidas.
vazio e, nesse caso, é E2 = Lançar um dado e observar o resultado que está na face
superior.
U

chamado de evento
impossível. E3 = Observar as condições climáticas de vários dias em um
determinado período.
E4 = Escolher ao acaso um indivíduo de uma população e averi-
guar qual seu tipo sanguíneo.
G

E5 = Sortear ao acaso uma tira de papel e observar a cor sorteada.


New Africa/Shutterstock

156 | PROJETO 5 | ANTES DE ESCOLHER


Espaço amostral

D
O conjunto determinado por todos os resultados possíveis
de um experimento aleatório é chamado de espaço amostral.
Vamos considerar uma moeda não viciada que será lan-
çada três vezes, de modo que, a cada vez, observamos a face

L
voltada para cima. Indicaremos K = cara e C = coroa. Com isso,
podemos determinar o espaço amostral desse experimento:
V = {(KKK), (KKC), (KCK), (KCC), (CKK), (CKC), (CCK), (CCC)}
O espaço amostral é indicado pela letra grega V (lê-se

N
“ômega”). O número de elementos de um espaço amostral é
indicado por n(V). Assim, a quantidade de elementos desse
espaço amostral (lançar 3 vezes seguidas uma moeda) é indi-
cada assim: n(V) = 8.

P
Evento
Um evento é um subconjunto do espaço amostral.
Indicamos um evento de V pela letra E.
Veja alguns eventos desse espaço amostral.
E1 = “sair K no primeiro lançamento da moeda” = {(KKK),
IA
(KKC), (KCK), (KCC)}
E2 = “nos três lançamentos sair a mesma face da moeda”
= {(KKK), (CCC)}

1. Determine V do experimento: lançar um mesmo


dado não viciado duas vezes seguidas e observar o
U

resultado da face superior. Depois, indique n(V).


Registre no diário do navegador.
a) Determine o evento E1 “faces com números iguais
nos dois lançamentos”.
b) Determine o evento E2 “a soma dos dois resultados
G

é doze”.
soo hee kim/Shutterstock

2o TRAJETO -- EVENTOS ALEATÓRIOS | 157


Eventos mutuamente exclusivos e eventos complementares

D
Você analisou o espaço amostral V do lançamento de um mes-
mo dado duas vezes seguidas. Agora, considere os eventos deste
espaço amostral:
Ep = “a soma é par” = {(1, 1), (1, 3), (1, 5), (2, 2), (2, 4), (2, 6),

L
(3, 1), (3, 3), (3, 5), (4, 2), (4, 4), (4, 6), (5, 1), (5, 3), (5, 5), (6, 2), (6, 4), (6, 6)}.
Ei = “a soma é ímpar” = {(1, 2), (1, 4), (1, 6), (2, 1), (2, 3), (2, 5),
(3, 2), (3, 4), (3, 6), (4, 1), (4, 3), (4, 5), (5, 2), (5, 4), (5, 6), (6, 1), (6, 3), (6, 5)}
Nenhum elemento de Ep está em Ei, e vice-versa. Além disso, se

N
reunirmos Ep com Ei, veremos que Ep ø Ei = V.
Dados dois eventos, dizemos que estes são mutuamente
exclusivos, ou seja, a ocorrência de um exclui a ocorrência do outro,
quando a intersecção entre eles é igual ao conjunto vazio. Dizemos,

P
ainda, que são complementares se forem mutuamente exclusivos e
sua união for todo o espaço amostral.

1. Leia cada uma das situações:


a) Um adolescente retira uma, depois outra trufa de uma
IA
caixa com quatro opções de sabores.
• Defina o espaço amostral Va desse experimento.
b) Uma adolescente retira duas trufas de uma só vez de
uma caixa com quatro opções de sabores, sendo que de
cada sabor há duas unidades: abacaxi, brigadeiro, coco e
damasco. Defina o espaço amostral Vb desse experimento.
• Compare as soluções dos itens anteriores com as
U

soluções de um colega.

Naddya/ Shutterstock
G

Abacaxi Brigadeiro Coco Damasco

2. Dois dados são lançados e observam-se os números nas


faces superiores. Descreva os seguintes eventos:
a) ocorrem números iguais nas faces superiores;
b) a soma é maior ou igual a 10;
c) a soma é maior ou igual a 12;
d) a soma é maior ou igual a 2;
e) não ocorre soma 7.
Pesquise em livros didáticos diversos e continue aprendendo sobre Espaços amostrais e eventos.

158 | PROJETO 5 | ANTES DE ESCOLHER


UM EVENTO, MUITAS POSSIBILIDADES

D
Gabriela é uma adolescente de 17 anos que tem uma ampla rede de con-
tatos. Ela tem um projeto empreendedor: criar uma comunidade protetora
dos animais.

L
Dentro do escopo de seu projeto, ela precisa de pessoas que, como ela, amem
os animais e que desejem organizar um conjunto de ações que possam, cada vez
mais, conscientizar a população em geral de que todas as formas de vida merecem
respeito e têm direito ao bem-estar.

N
De início ela criou três diretorias especiais, responsáveis por três etapas, en-
cadeadas da seguinte forma:

1o momento: 2o momento: 3o momento:

P
Elaboração de projetos Construção de parce- Divulgação das campa-
em defesa dos animais. rias e patrocínios. nhas de proteção.

Cinco pessoas da rede de contatos de Gabriela

ALPA PROD/ Shutterstock


desejam participar do projeto. Elas se declaram prontas
para assumir qualquer uma dessas diretorias. Gabriela
IA
não vai distribuir duas diretorias para uma mesma pes-
soa. Sendo assim, de quantos modos Gabriela pode
dispor essas pessoas em cada um desses momentos?
Para o primeiro momento, Gabriela pode fazer
cinco escolhas. Para o segundo, já que uma pessoa foi
escolhida, restam quatro escolhas. E, finalmente, para
o terceiro momento (considerando que duas pessoas
U

já foram escolhidas), restam três pessoas.

Agora basta utilizar o princípio multiplicativo para descobrir quantas são as


possibilidades.
G

1. Calcule, para Gabriela, quantas são as possibilidades.


2. O que você acha do projeto de Gabriela? Você julga que esse projeto
seja de relevância social? Comente.
3. Você aceitaria participar do projeto empreendedor de Gabriela? Em que
diretoria você se sentiria mais confortável? Comente.
4. Pense em uma proposta de projeto empreendedor. Imagine três ou
quatro diretorias especiais para o início do seu projeto. Depois, pense
em seis amigos que podem ser parceiros em seu negócio. Calcule a
quantidade de possibilidades para posicioná-los nessas diretorias.

2o TRAJETO -- EVENTOS ALEATÓRIOS | 159


Transformar a realidade

D
Empreender é transformar, é agir de modo inteligente diante
do novo.
Ao se falar em empreender, é frequente o uso de verbos como

L
transformar ou agir. E para transformar é preciso inovar, criar novas
soluções para problemas novos, deixar que as ideias corram “soltas”
até se transformarem em possíveis oportunidades.
Existem diversas situações que pedem novas atitudes. E para

N
pensar em inovação ou em transformação é preciso refletir sobre o
mundo atual e suas mudanças nos últimos anos, tentar reconhecer
as necessidades atuais de si mesmo e das pessoas do entorno. Isso
pode ser feito por meio de alguns sinais perceptíveis, seja no âmbito

P
mundial, seja no contexto local em que o jovem está inserido.

SINAIS DE MUDANÇAS NA SOCIEDADE DO SÉCULO XXI

Busca pela inovação Crescente consciência ambiental


IA
Tempo valendo mais do que dinheiro Valorização do saber do indivíduo

Crescente virtualização do mundo

Esses são só alguns exemplos das mudanças pelas quais o mun-


Muitas vezes, para que as mu-
do vem passando. E para empreender é preciso, em muitos casos,
danças ocorram, é necessário entender o que significam essas tendências e como elas interferem
romper com aquilo que não
no seu processo de escolha.
U

possibilita transformação.

Jacob_09/Shutterstock
G

160 | PROJETO 5 | ANTES DE ESCOLHER


D
Notas de viagem
1. Escolha as opções com as quais concorda ou que lhe parecem mais corretas:

A) Transformar, agir, inovar, refletir são verbos relacionados a uma

L
atitude empreendedora.

B) Ideias boas todo mundo tem. Sendo assim, não vale a pena tornar
real uma ideia que eu tive e que poderia ter ocorrido na cabeça de

N
outra pessoa.

C) O empreendedor precisa ter novas atitudes. Mas as pessoas dificilmente


mudam. Então é melhor esperar aparecer uma oportunidade que sirva
ao modo como sou.

P
D) Posso perceber alguns sinais que indicam a necessidade de uma
mudança no entorno onde vivo. Se analisar cada um desses sinais com
cuidado e me preparar para agir com responsabilidade, tenho chances
de trazer benefícios para mim e para as pessoas com quem vivo.
IA
2. Cite, no diário do navegador, situações reais de exemplos de mudanças na
sociedade que dizem respeito a cada caso destacado abaixo. O primeiro já
foi feito.
I. Crescente consciência ambiental: as pessoas estão reciclando o lixo.
II. Busca pela inovação.

?
III. Valorização do saber do indivíduo.
IV. Crescente virtualização do mundo.
U

>> QuestÕES finaIS DO  2 trajeto o


G

Leia e faça registros em seu diário do navegador.


Pense em seu projeto empreendedor e nas etapas envolvidas em sua
realização. Quais eventos relativos ao projeto (em qualquer uma das etapas),
envolvem um resultado que não pode ser previsto com certeza? Liste
esses eventos. Apresente-os a alguns colegas e ao professor para auxiliar a
validação da sua lista.
Analise os eventos listados no item acima. Verifique quais deles podem estar
envolvidos em muitos riscos e que podem escapar do controle. Para esses,
estude estratégias que possam minimizar os riscos.

2o TRAJETO -- EVENTOS ALEATÓRIOS | 161


3 trajeto:

D
0

Cálculo de

L
probabilidades Aptidão ou capacidade?
Algumas pessoas parecem ter nascido com tino para os negócios.

N
No passado houve a ideia de que o empreendedor de sucesso já
nascia com esse tino, ou seja, empreender era uma aptidão natural.
EM13MAT311
Matemática: competência 3 Houve também a concepção de que era uma capacidade adquirida.
Linguagens: competência: 3 EM13LGG303

P
IA

HuxleyMedia/Shutterstock
U
G

Atualmente acredita-se que, para ter a iniciativa de empreender, necessita-se de uma mes-
cla entre o que a pessoa traz no espírito humano e o que ela pode desenvolver. Para isso,
precisa de força de vontade.

162 | PROJETO 5 | ANTES DE ESCOLHER


A vontade de empreender

D
VIA LATERAL

Procure em dicionários o
É preciso ter vontade de empreender. Quem faz o que gosta significado de cada uma
certamente vai fazer com prazer e ainda despertar satisfação em das palavras:
quem está ao redor.

L
• tino;
A relação entre a vontade de empreender e o sucesso é um fato • aptidão;
observado no mundo dos empreendimentos. A vontade impulsiona • capacidade.
o desejo de acertar e dá coragem para superar os obstáculos. Compartilhe com os
colegas.
Mas só vontade de empreender não é suficiente. É preciso

N
associar a vontade ao conhecimento – a compreensão da reali-
dade exige atenção redobrada na forma de estudos, pesquisas
e análises.

P
1. Escolha a opção que lhe parece mais correta:
A) O verdadeiro empreendedor já nasce com tino para os
negócios.
B) A principal motivação do empreendedor é a vontade de
ganhar dinheiro.
IA
C) O empreendedor mescla a vontade de empreender
à disposição para a pesquisa e o desenvolvimento
de técnicas.
D) Descender de uma família de empreendedores é a maior
garantia de sucesso.
2. Entreviste uma pessoa da família ou do seu bairro, dono
U

de um negócio ou empreendimento. Pergunte quais são


suas aptidões e capacitações para o negócio e como
a vontade de empreender o levou a desenvolver seu
empreendimento.
G
ProStockStudio/Shutterstock

Para uma pesquisa feita por meio de


entrevista, é recomendável analisar a
fala e a postura do entrevistado: de
“onde” ele fala, “quem” é esse que
fala e “como” fala.
Onde, quem e como são as referên-
cias da fala do entrevistado.

3o TRAJETO -- CÁLCULO DE PROBABILIDADES | 163


VIA EXPRESSA probabilidade

D
Espaços amostrais equiprováveis ou não equiprováveis
Observe estas duas urnas com bolas coloridas:

L
URNA A URNA B
ACESSO rápido para nocões básicas

FAÇa

N
EM SEU Para o experimento de sortear, ao acaso e sem olhar dentro da
CADERNO urna, somente uma bola de A, determinamos o espaço amostral
V A = {v, v, a, a}. Com isso, concluímos que a chance de sair a cor
vermelha (v) é a mesma da cor amarela (a). Ou seja, as chances para

P
o evento “sair bola vermelha” e o evento “sair bola amarela” são
iguais. Esses eventos são chamados de equiprováveis, pois possuem
a mesma chance de ocorrer.
Para o experimento de sortear, ao acaso e sem olhar dentro da
urna, somente uma bola de B, determinamos o espaço amostral
IA
VB = {v, a, a, a}. Com isso, concluímos que, se quisermos prever o resul-
tado desse sorteio, é mais razoável arriscar um palpite na cor amarela.
Ou seja, as chances para o evento “sair bola vermelha” e o evento
“sair bola amarela” não são iguais. Esses eventos são chamados de
não equiprováveis, pois não possuem a mesma chance de ocorrer.

O cálculo de probabilidades
Em um fenômeno aleatório, com espaço amostral finito, em que
U

todos os eventos elementares têm a mesma chance de ocorrer, po-


demos indicar a probabilidade P(E) de um evento E dado por:
n(E)
P(E) =
n(V)
G

O número de elementos que compõem E são os casos favoráveis


ao evento E.
O número de elementos que compõem o espaço amostral são os
casos possíveis do experimento aleatório. Com isso, podemos escrever:
número de casos favoráveis
P(E) =
número de casos possíveis
Exemplo:
Uma moeda é jogada três vezes seguidas.
a) Qual é a probabilidade de obter duas caras?
b) Qual é a probabilidade de obter pelo menos duas caras?
Já exploramos esse problema das moedas e sabemos que
n(V) = 8.

164 | PROJETO 5 | ANTES DE ESCOLHER


a) Sendo E o evento “obter duas caras”, temos: E = {(KKC), (KCK),

D
n(E) 3 CONFLUÊNCIAS --  VÍDEO
(CKK)}. Logo: P(E) = = .
n(V) 8 Coisa de passarinho.
b) Sendo E o evento “obter pelo menos duas caras”, temos: M3 – Matemática
n(E) 4 1 Multimídia. Unicamp,
E = {(KKK), (KKC), (KCK), (CKK)}. Logo: P(E) = = = .
n(V) 8 2

L
2012. 10 min. 23s.
O jovem Caio se
1. Junte-se a um colega e resolvam. considera alguém sem
a) Um dado não viciado é lançado: sorte. Seu pai, em uma
conversa com ele, fala
• Qual é a probabilidade de o número obtido ser 6?

N
de sorte e do conceito
• Qual é a probabilidade de o número obtido não ser um de probabilidade de um
divisor de 9? evento e sua importância
b) Uma moeda não viciada é lançada quatro vezes na previsão de fenômenos
seguidas. Qual é a probabilidade de que sejam obtidas aleatórios.

P
duas caras e duas coroas?
c) Em uma urna há 9 bolas idênticas na forma e no material
da qual são feitas. Diferem apenas em cores: 5 azuis e
4 brancas. Foram retiradas, sem olhar, duas bolas
da urna, uma após a outra, sem repô-las. Qual é a
IA
probabilidade de que sejam retiradas duas bolas azuis?
2. Um grupo composto de 12 adolescentes, sendo 7 garotos
e 5 garotas, frequentou um curso de autoconhecimento
e empreendedorismo. Ao final do curso, foram sorteados
aleatoriamente e ao mesmo tempo 3 nomes de
adolescentes desse grupo, para receberem um prêmio
VIA LATERAL
cada um. Qual é a probabilidade de haver pelo menos uma
U

garota entre os 3 ganhadores? Observe esta imagem.

Anette Linnea Rasmussen/ Shutterstock


3. Um anúncio foi publicado em uma rede social frequentada
por jovens do Ensino Médio.
G

PROJETO EMPREENDA
Procuram-se jovens estudantes de Ensino Médio.
Equipe a ser formada com 4 participantes.
Interessados, deixem comentário abaixo.
Qual é a probabilidade de
• O que é mais provável: que essa equipe seja composta que isso ocorra após um
por dois casais ou por três estudantes de um sexo e um lançamento? Considere
de outro? que todos os dados
sejam não viciados.

Pesquise em livros didáticos diversos e continue aprendendo sobre Cálculo de probabilidades.

3o TRAJETO -- CÁLCULO DE PROBABILIDADES | 165


O "eu" e o "outro":

D
juntos temos mais chances
Unir forças e inteligências, indo ao encontro do outro para gerar

L
uma relação de troca de aprendizado e para se posicionar em favor
de conhecer o outro e a si mesmo: eis os desafios em grupo.
A experiência e a vivência real em tarefas colaborativas favorecem
a aquisição, ou a ampliação, de habilidades necessárias aos jovens no

N
ato de empreender por caminhos que apontam para seu projeto de
futuro. Seja hoje, seja no futuro, o jovem precisa do próprio talento
e dos vínculos com o outro para prosseguir na construção do seu
conhecimento, que nunca acaba.

P
© Sherpanet/ Dreamstime.com
IA
U

Chinelão de madeira: uma brincadeira divertida em que os adultos pensam que são
G

mais capazes do que as crianças e jovens, mas, na prática, tem-se mostrado o contrário.
Atividade colaborativa que une força, inteligência, harmonia e a percepção do outro.

1. Como você se comporta em uma atividade em grupo?


2. Você consegue perceber quando um amigo está sendo
colaborativo? E percebe também quando você próprio está
sendo colaborativo? Comente com os colegas.
3. Façam esta atividade no pátio da escola. Juntos, vocês vão
tentar caminhar em trios com os pés amarrados, de cada
lado, a uma tábua, como mostra a imagem anterior. Após
a experiência, relatem em grupos como foi enfrentar este
desafio e qual foi o aprendizado.

166 | PROJETO 5 | ANTES DE ESCOLHER


D
Notas de viagem
1. Reproduza em fotocópia as duas páginas do Material complementar. Nas suas cópias,
complete com o que está sendo pedido.

L
2. Atitudes são valores que, nos trajetos, aprendemos a desenvolver. Preencha a sua cópia
com o máximo de detalhes possível. Se preferir, exponha no mural em que será montada a
árvore do amanhã.
3. Leia as instruções a seguir. Para cada uma, haverá uma modalidade de produção.

N
A ÁRVORE DO AMANHÃ
INDIVIDUALMENTE

P
Resgate as principais anotações pessoais feitas no diário do navegador. Selecione aquelas que representam o
que você pensa agora e, se for preciso, faça ajustes. Leve em consideração as decisões sobre as quais refletiu e
as possibilidades depois dessas escolhas.
IA
EM GRUPO

Forme um pequeno grupo (no máximo, três colegas). Troquem ideias a respeito dos anseios, dos temores,
das necessidades e dos sonhos que envolvem o ato de trilhar os caminhos do futuro. Juntos, produzam fotos,
gravuras, colagens etc. que explicitem esse universo de possibilidades. Levem em conta os eventos comuns aos
três e que opções estão envolvidas nesse evento comum.

Toda a sala vai construir um grande mural, organizado como uma árvore, com diversas ramificações. Criem
COLETIVAMENTE

nomes para as principais ramificações. Por exemplo: expectativas, desafios, participação, consciência crítica,
responsabilidade, possibilidades, incertezas etc.
Busquem por algum espaço em que seja possível expor esse grande mural.
Coletivamente, criem um jingle para esse evento. Selecionem um grupo de músicos e vocal que possam tocar e
U

usar a voz para dar efeito artístico ao jingle. Criem o espaço, ao lado da árvore, das contribuições que a Matemática

?
deu, no intuito de auxiliar a organizar o pensamento e estruturar as relações entre as decisões e escolhas.
Agendem a melhor data e divulguem por meios impressos ou digitais, informando local, data e hora da exposição.
G

>> QuestÕES finais do  3o trajeto


Leia e faça registros em seu diário do navegador.
Pense em seu projeto empreendedor e nas etapas necessárias para realizá-lo.
Cite uma situação cuja realização você pode tocar sozinho ou em parceria.
Avalie em qual dessas versões você julga que as chances de sucesso são
maiores. Explique o porquê.
As escolhas a serem feitas no seu projeto empreendedor dependem mais de
você mesmo ou das pessoas nele envolvidas? Explique.

3o TRAJETO -- CÁLCULO DE PROBABILIDADES | 167


#múltiplos destinos

D
Produto final

L
Para a elaboração do produto final, reúna todo o material produzido até o momento,
sejam produções individuais, em grupo ou coletivas. Organize o material por temas ou
categorias antes de expô-lo na árvore.
Após a exposição, façam uma roda de conversa com a turma. Avaliem, pela análise

N
da árvore do amanhã, quais os anseios, os temores, as incertezas e os sonhos que foram
comuns a todos. Extraiam dessa árvore a síntese do que representou esta jornada rumo
ao autoconhecimento e ao contato com o outro.
Como sugestão de intervenção social, escrevam coletivamente um manifesto e

P
enviem para a câmara dos vereadores de sua cidade.
Como oportunidade de avaliação final, reúna-se com seu grupo e julguem entre
vocês como foi a qualidade da aprendizagem neste projeto.

PERGUNTA AVALIATIVA COMENTÁRIO


IA
Favoreceu a reflexão sobre as características de si mesmo, como seus
potenciais e suas limitações?
Esclareceu o uso de conceitos matemáticos, como decisão, possibilidades
e probabilidades, e suas redes de significados no cotidiano?
Incentivou a aplicação de estratégias de contagens para determinar os
casos possíveis dentro de uma situação?

Outros destinos
U

Manifesto
Utilize o manifesto – um texto escrito –
como forma de dar voz ao jovem. Produzam-no Tero Vesalainen/ Shutterstock
G

coletivamente. Juntem-se em uma plenária para


decidir quais pontos devem ser apresentados aos
parlamentares municipais. Entre outros, podem
ser apresentados pontos como:
»» Sugestões de políticas locais para a par-
ticipação do jovem;
»» Denúncias contra maus-tratos ou condi-
ções de exploração do trabalho do menor;
O posicionamento firme frente a uma questão so-
»» Solicitações de criação de espaços para a cial, política ou cultural atua como uma denúncia a
integração social de jovens por meio da respeito de alguns fatos desconhecidos ou de pou-
co conhecimento da população.
cultura da paz.

168 | PROJETO 5 | ANTES DE ESCOLHER


Postura de jovem

D
Pinacoteca Rubem Berta

Monkey Business Images/ Shutterstock


L
N
P
IA

Busto de jovem. Pedro Américo, óleo sobre tela, 1889. Pinacoteca Jovem contemporâneo retratando uma atitude usual
Rubem Berta, Porto Alegre, RS. de seu tempo.
U

Observe esses dois jovens, retratados segundo as condições de


seu tempo e separados, um do outro, por mais de 100 anos.
»» O que você interpreta do olhar do jovem retratado na pintura?
A postura do corpo dele transmite, para você, que ideia? Quais
G

desafios e atitudes você imagina que o provocam? Comente.


»» Agora observe o olhar do jovem da fotografia. Considere a
postura do corpo dele. Para você, que desafios e atitudes o
provocam? Converse com os colegas.

novas ideias
Com base nos conhecimentos que adquiriu nesses trajetos e nas
análises feitas nas pesquisas de que você participou, aponte:
a) outras ideias de produto final ou de intervenção social que
você proporia a este projeto.
b) novas propostas de participação do jovem que envolvam o
conhecimento de si mesmo e do entorno ao qual pertence.

MÚLTIPLOS DESTINOS | 169


D
R O J E T O 6
F i ch a: P

L
#

N
NOME DO PROJETO Poupar verde
TEMA INTEGRADOR Protagonismo juvenil
OBJETIVOS A SEREM • Identificar forma de planejamento de ações que envolvam utilização de
planilhas.

P
DESENVOLVIDOS • Aplicar conceitos matemáticos para controle de orçamento familiar.
• Efetuar cálculos de juros simples e de juros compostos.
• Aplicar conceitos matemáticos para tomada de decisões.
• Utilizar as linguagens típicas das mídias digitais para comunicar ideias,
opiniões etc.
• Produzir conteúdo coletivamente e de forma colaborativa, em projetos autorais,
com propostas envolvendo questões ambientais.
• Utilizar ferramentas digitais na produção de comunicação de conhecimentos.
IA
JUSTIFICATIVA DA A responsabilidade compartilhada em relação ao ciclo de vida dos produtos diz
respeito à cadeia dos produtores de resíduos sólidos. Essa cadeia é composta
PERTINÊNCIA DOS por fabricantes, importadores, comerciantes e consumidores e, cada um ao seu
OBJETIVOS tempo, contribui para o esgotamento dos recursos naturais, sendo, portanto,
responsabilidade de todos pensar em iniciativas que evitem a criação de resíduos
sólidos ou minimizem sua produção.
Os jovens, como protagonistas no espaço social, compartilham essa
responsabilidade, sendo essencialmente consumidores. Este projeto traz
oportunidades de enfrentamento de problemas desafiadores que levam os jovens
a se reconhecerem como produtores de resíduos, porém, mais do que isso,
produtores de propostas para a destinação ambiental adequada desses resíduos.
U

Espera-se que as atividades e as explorações temáticas aqui oferecidas propiciem


ações eficientes e com caráter de sustentabilidade por parte dos jovens.
COMPETÊNCIAS 3. (repertório cultural)
Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais
GERAIS às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção
artístico-cultural.
G

7. (argumentação)
Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular,
negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem
e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo
responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em
relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
8. (autoconhecimento e autocuidado)
Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional,
compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as
dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

170
D Franzi/ Shutterstock
L
N
P
COMPETÊNCIAS Matemática: competência 2
Propor ou participar de ações para investigar desafios do mundo contemporâneo
ESPECÍFICAS e tomar decisões éticas e socialmente responsáveis, com base na análise de
problemas sociais, como os voltados a situações de saúde, sustentabilidade, das
implicações da tecnologia no mundo do trabalho, entre outros, mobilizando e
articulando conceitos, procedimentos e linguagens próprios da Matemática.
Linguagens: competência 7
Mobilizar práticas de linguagem no universo digital, considerando as dimensões
IA
técnicas, críticas, criativas, éticas e estéticas, para expandir as formas de produzir
sentidos, de engajar-se em práticas autorais e coletivas, e de aprender a aprender
nos campos da ciência, cultura, trabalho, informação e vida pessoal e coletiva.
HABILIDADES (EM13MAT203) Aplicar conceitos matemáticos no planejamento, na execução e
na análise de ações envolvendo a utilização de aplicativos e a criação de planilhas
TRABALHADAS (para o controle de orçamento familiar, simuladores de cálculos de juros simples e
compostos, entre outros), para tomar decisões.
(EM13LGG703) Utilizar diferentes linguagens, mídias e ferramentas digitais em
processos de produção coletiva, colaborativa e projetos autorais em ambientes
digitais.
RECURSOS E
U

• Dispositivo para reprodução de mídia com acesso à internet.


• Dispositivo para fotografias e filmagens (pode ser smartphone).
MATERIAIS • Livros didáticos de Matemática diversos para pesquisa de conceitos.
• Revistas, jornais etc. para recortes de imagens.
• Balança de uso doméstico.
• Lei no 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
• Caderno ou bloco de anotações (diário do navegador).
G

• Lápis grafite.
• Caneta.
• Borracha.
• Folhas avulsas.
• Mural.
PRODUTO FINAL Produto final: montagem e edição de um documentário que divulgue as questões
socioambientais do entorno da escola ou do bairro dos jovens.
E INTERVENÇÃO Intervenção social: apresentação de documentos estruturados com propostas
SOCIAL de melhorias relativas à cadeia de produção dos resíduos sólidos, tais como
fabricantes, consumidores e o poder público.

171
?

D
• Juntos pelo planeta:
quanto rende o

L
investimento?

N
studiovin/ Shutterstock
P
IA
U

Todo ano, milhões de toneladas de lixo chegam aos oceanos.


G

• Se não forem coletados, manejados, tratados e


reciclados, que destino você imagina terem os
resíduos sólidos domésticos?
• O lixo que sai da sua casa todos os dias impacta na
rotina de milhares de pessoas que olham para ele
como um trabalho. Que atitudes poderia ter, quando
descarta seu lixo, para favorecer o trabalho dessas
pessoas?
• Você se considera responsável pelo acúmulo de lixo
nos rios, mares e mananciais? Comente.

172
D
L
POUPAR

verde
N
PROTAGONISMO
P

ArthonMeekodong/ Shutterstock
JUVENIL
IA
U

6
PROJETO
G

Montagem propondo
analogia entre poupar
o capital financeiro e
poupar os recursos
naturais.

173
#VOCÊ NO COMANDO

D
L
INício

N
Neste projeto, você percorrerá tra-
jetos que envolvem a temática dos
espaços de participação do jovem e
seu protagonismo em questões finan-
ceiras e ambientais.

Notas de viagem
P
1. Leia e responda no seu diário do navegador.
IA
PERGUNTAS COMENTÁRIOS
Você ajuda sua família na gestão das finanças
domésticas? E na gestão dos resíduos sólidos
gerados em sua casa?
Você se interessa mais por questões financeiras ou
por aquelas que dizem respeito à preservação do
meio ambiente?
O que escolheria poupar: dinheiro, recursos naturais
ou desprestígio à cultura do outro? Explique.
U

2. Observe a imagem.
ChunChang Wu/ Shutterstock
G

Instalação de arte, intitulada Baleia apaixonada, feita de resíduo de plástico recicla-


do, sobre o rio Love. Cidade de Kaohsiung, Taiwan, janeiro de 2020.

• Converse com os colegas sobre essa obra de arte e as


possibilidades do lixo.

174
D
CONFLUÊNCIAS --
LONGA-METRAGEM
Lixo extraordinário. Direção: Lucy
As ações humanas exercem Walker. Brasil, 2011. 100 min.
Registro do trabalho do artista

L
grande impacto sobre o pla-
neta. Um estilo de vida que
plástico Vik Muniz no Jardim
produza menos resíduos sóli-
dos e não realce o consumo, Gramacho, maior aterro sanitário da
aliado a uma boa gestão de América Latina, localizado na cidade
recursos, pode trazer grandes
benefícios ao nosso planeta. de Duque de Caxias, Rio de Janeiro.

N
TRAJETO

01 ORÇAMENTO FAMILIAR MÚLTIPLOS

P
destinos
IA
Você irá lidar com conceitos sobre ges-
tão financeira e de resíduos domésticos.
Também entenderá a relação popular en-
tre tempo e dinheiro. Além de compreen-
Coletivamente, crie um
der a relação das empresas com o lixo.
documentário mostrando
iniciativas que favorecem
a economia de recursos
naturais e de recursos fi-
nanceiros em orçamentos
domésticos.
U
TRAJETO

02 JUROS SIMPLES
G

Resolva problemas envol-


vendo juros compostos.

Observe as diferentes
TRAJETO

03 JUROS COMPOSTOS
formas de poupar e resol-
va problemas envolvendo
noções de juros simples.

175
1 trajeto:

D
0

Orçamento

L
familiar O dinheiro e o lixo
no espaço domiciliar

N
O lixo que produzimos põe em risco a própria vida do planeta.
A população e o consumo per capita vêm crescendo e, com isso, os
resíduos sólidos também. As formas de produção, redução e reutili-

P
Matemática: competência 2 EM13MAT203 zação dos resíduos sólidos estão nos debates contemporâneos das
Linguagens: competência: 7 EM13LGG703 soluções urgentes.
Avigator Fortuner/ Shutterstock

IA
U
G

Os vazadouros a céu aberto, ou lixões, recebem lixo sem nenhum tratamento.

176 | PROJETO 6 | POUPAR VERDE


LIXO ou DINHEIRO?

D
Como forma de alcançar as metas de redução, reutilização e reci-
clagem do lixo, muitas empresas estão investindo na coleta, manejo e
reutilização das embalagens. Com isso, duas medidas são satisfeitas

L
simultaneamente: apresentam propostas de redução dos resíduos
sólidos e geram lucros para a própria empresa.

N
P Romão/ M10
IA
Não há dúvida sobre a praticidade e a utilidade das embalagens.
O que se tem buscado são melhores formas de reduzir o impacto
socioambiental que o volume dos resíduos sólidos vem causando.
1. Observe algumas ideias criativas de reutilização de
materiais descartados.
U

xuanhuongho/ Shutterstock
G

• Converse com os colegas sobre que outras formas de


reutilização das embalagens e outros resíduos sólidos que
vocês imaginam ser possíveis.

1o TRAJETO -– ORÇAMENTO FAMILIAR | 177


D
As aquisições ARTIGOS E PRODUTOS
familiares
As aquisições de
mercadoria da
família são a soma
das aquisições

L
que cada pessoa
Compras realizou e também CESTA BÁSICA
do pai os presentes,
doações, brindes ARTIGOS DE VESTUÁRIO
etc.
Compras

N
do filho
Presentes
Brindes

Compras A renda

P
da mãe EQUIPAMENTOS DO LAR
da família E ELETRODOMÉSTICOS PRODUTOS PARA
ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO
possibilita a
aquisição de
AQU
I produtos.
F A M S I ÇÕ E
IA
ILI S
AR E
S
PRODUTOS DE LIMPEZA OUTROS

A produção de lixo e a cultura do consumo têm relação estreita: quan-


do o estímulo ao consumo exagerado ocorre, cresce a produção de lixo.
Adquirir cada vez mais mercadorias equivale a consumir cada vez mais os
recursos naturais.
U

É preciso repensar as formas de consumo e criar outras maneiras que


sejam sustentáveis. Isso pode começar a ser feito no convívio com a família,
por meio de debates dentro dos lares e da mudança de atitudes.
As pesquisas realizadas pelo IBGE a respeito de orçamento domiciliar con-
G

sideram as famílias como unidades de consumo, uma vez que seus integrantes
compartilham da mesma fonte de alimentação e/ou das despesas com moradia.
As despesas geradas nas unidades de consumo podem ser concebidas
não apenas do seu ponto de vista financeiro, mas também do ponto de vista
ambiental, levando-se em conta a gestão dos resíduos sólidos domiciliares.
Os jovens podem buscar, junto à prefeitura, quais são os planos e as
estratégias previstos para integrar as atividades de limpeza urbana com
as atividades de saneamento ambiental em seu entorno.
A gestão de resíduos sólidos é uma tarefa complexa que abrange toda a
cadeia dos geradores de resíduos, sendo de responsabilidade compartilhada
entre: fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, cidadãos etc.

178 | PROJETO 6 | POUPAR VERDE


D
RESÍDUOS DOMÉSTICOS
Romão/ M10

RESÍDUOS SÓLIDOS

L
N
O consumo

P
dos produtos
gera um Há uma relação em cadeia que envolve a
renda familiar, a aquisição de mercadorias,
volume de a produção de lixo e o consumo dos recur-
sos naturais. Para reduzir o consumo dos
resíduos recursos naturais, é preciso reduzir o lixo
IA
e, para isso, é preciso reduzir o consumo,
sólidos. o que nos leva à ideia de poupar em seu
sentido amplo, e não apenas restrito ao
mundo das finanças.

Atualmente, a prevenção e redução da geração de resíduos é


norteada pela busca de práticas e construção de hábitos de consumo VIA LATERAL
sustentável: um conjunto de instrumentos que favorecem o aumento Qual é a diferença entre
da reciclagem, da reutilização dos resíduos sólidos e da destinação lixo, resíduo sólido e
U

ambiental de modo mais adequado em relação aos rejeitos. rejeito? Pesquise na internet
ou em livros e compartilhe
com os colegas.
1. Quais são os padrões sustentáveis de produção e consumo
previstos na Lei no 12.305/2010?
VIA LATERAL
G

2. Um produto tem um ciclo de vida que não se encerra assim


Pesquise sobre a
que você descarta a embalagem depois do consumo de
Lei no 12.305/2010, que
seu conteúdo. Existe uma responsabilidade compartilhada
institui a Política Nacional
prevista em lei. Em sua opinião, qual é a sua parte nessa de Resíduos Sólidos.
responsabilidade compartilhada? Compartilhe com os
colegas o que você
3. Com um colega, elaborem um texto que explique a noção
descobrir.
de “responsabilidade compartilhada” quanto ao ciclo de
vida dos produtos.
Defendam uma ideia, expondo com clareza seus pontos de
vista, chamando atenção para a consciência socioambiental
e o consumo responsável.

1o TRAJETO -– ORÇAMENTO FAMILIAR | 179


finanças domésticas 3 Gestão

D
dos resíduos domésticos

L
A gestão das finanças
Para gerir as finanças domésticas, é útil ter uma planilha que

N
registre todos os ganhos e gastos. Crie “contas” de acordo com a
sua realidade.
Faça sempre as anotações e, se necessário, guarde notas fiscais
e recibos para facilitar o registro. Procure incluir uma previsão de
poupança. Compare sempre a planilha atual com a do mês anterior.

P
Observe uma sugestão:

ORÇAMENTO FAMILIAR --  MARÇO/2022


IA
CONTA ITEM (DESCRIÇÃO) PREVISTO (EM R$) REALIZADO (EM R$) DIFERENÇA (EM R$)

Pai 1.500 1.500 0


Ganhos (receitas/ingressos)

Salários
Mãe 1.500 1.520 20
Vale-alimentação 350 350 0
Benefícios
Auxílio-creche 300 300 0
Outros Comissões sobre vendas 350 320 -30
ganhos Consertos na vizinhança (bicos) 250 270 20
U

Total 4.250 4.260 10

Aluguel 800 800 0


Moradia Água e energia 150 140 –10
Telefones 80 80 0
G

Saúde Convênio 150 150 0


Gastos (despesas/saídas)

Mercado 1.300 1.250 –50


Padaria 150 150 0
Alimentação
Quitanda 120 140 20
Açougue 300 250 –50
Vestuário Roupa para as crianças 250 250 0
Transporte Passagens para o trabalho 350 350 0
Educação Creche 170 170 0

Passeio 80 90 –10
Diversos
Presente para o afilhado 30 30 0
Total 3.930 3.830 –80
Resultado do mês (sobra ou falta) 320 430 90

180 | PROJETO 6 | POUPAR VERDE


A gestão dos resíduos

D
LIXO: UM GRAVE PROBLEMA NO MUNDO MODERNO

A natureza trabalha em ciclos – “nada se perde, tudo se transforma”. Animais, excrementos,

L
folhas e todo tipo de material orgânico morto se decompõem com a ação de milhões de
microrganismos decompositores, como bactérias, fungos, vermes e outros, disponibilizando os
nutrientes que vão alimentar outras formas de vida.
Até o início do século passado, o lixo gerado – restos de comida, excrementos de animais e outros

N
materiais orgânicos – reintegrava-se aos ciclos naturais e servia como adubo para a agricultura. Mas, com
a industrialização e a concentração da população nas grandes cidades, o lixo foi se tornando um problema.
A sociedade moderna rompeu os ciclos da natureza: por um lado, extraímos mais e mais matérias-
-primas, por outro, fazemos crescer montanhas de lixo. E como todo esse rejeito não retorna ao
ciclo natural, transformando-se em novas matérias-primas, pode tornar-se uma perigosa fonte de

P
contaminação para o meio ambiente ou de doenças.
[...]
Recentemente começamos a perceber que, assim como não podemos deixar o lixo acumular dentro de
nossas casas, é preciso conter a geração de resíduos e dar um tratamento adequado ao lixo no nosso planeta.
Para isso, será preciso conter o consumo desenfreado, que gera cada vez mais lixo, e investir em tecnologias
que permitam diminuir a geração de resíduos, além da reutilização e da reciclagem dos materiais em desuso.
IA
Precisamos, ainda, reformular nossa concepção a respeito do lixo. Não podemos mais encarar
todo lixo como “resto inútil” mas, sim, como algo que pode ser transformado em nova matéria-prima
para retornar ao ciclo produtivo.
Consumo sustentável: Manual de educação. Brasília: Consumers International/ MMA/ MEC/ IDEC, 2005. p. 114. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao8.pdf. Acesso em: 10 fev. 2020.

1. Faça esta atividade com outros dois colegas. Imaginem


CONFLUÊNCIAS -- EDITOR DE
U

que vocês são uma família e que cada um tenha um PLANILHA


rendimento fixo de, no máximo, um salário mínimo e uma
Baixe um editor de
renda variável mensal (comissionados, por exemplo) de
planilhas de sua
30% do valor do salário mínimo. Considerem também preferência ou utilize
G

que cada um receba um vale-alimentação de R$ 120,00. aquele que faz parte da


Em comum acordo na “família”, preencham a planilha (ver sua biblioteca de softwares,
sugestão no Material complementar), estipulando valores instalado junto com o
que seriam compatíveis com a sua rotina, segundo cada pacote de softwares do seu
sistema no seu dispositivo
categoria. Se necessário, criem uma ou outra categoria que
móvel ou PC.
acharem pertinente.
2. Com base nessa planilha, preencham outra, a de geração de resíduos sólidos,
que vocês estimam estar de acordo com o perfil da família, considerando o mais
próximo possível das condições reais.
• Exponham as duas planilhas preenchidas no mural da sala de aula. Comparem as
planilhas de sua “família” com as das outras.

1o TRAJETO -– ORÇAMENTO FAMILIAR | 181


VIA EXPRESSA Dinheiro e temporalidade

D
As situações que envolvem finanças sempre trazem embutidas
as noções complexas de dinheiro e de tempo.

L
Sira Anamwong/ Shutterstock
ACESSO rápido para nocões básicas

FAÇa

N
EM SEU
CADERNO

VIA LATERAL
P
“Tempo é dinheiro”, “dinheiro não é problema, é solução” e “dinheiro chama dinheiro”
são alguns dos dizeres populares que trazem embutidas as noções de dinheiro e tempo.
IA
Pesquise na internet o que Historicamente, o dinheiro vem se transfigurando: já teve sua
são as criptomoedas. forma concreta associada à materialidade, por exemplo, dos metais,
Compartilhe suas
como ouro e prata; transformou-se em papel-moeda, passando pela
descobertas com os
imaterialidade do conceito de cartão de crédito ou ações na bolsa
colegas.
de valores e segue para o dinheiro virtual, nas modalidades recentes
das criptomoedas.
Igualmente ampla e complexa é a noção de tempo. Seus signi-
ficados envolvidos nas transações financeiras são diversos e, muitas
U

vezes, nos deparamos com um ou mais deles em uma mesma situação:


CONFLUÊNCIAS --
LONGA-METRAGEM o tempo como período, como época, como prazo, como simultanei-
dade, entre outros.
O preço do amanhã.
Essas noções interferem na definição, gestão e acumulação da
Direção: Andrew Niccol.
G

riqueza dentro do processo capitalista, que é dinâmico e vem pas-


EUA, 2011. 101 min.
“Tempo é dinheiro” sando por diversas fases. A própria noção de riqueza vem sofrendo
faz todo sentido mutações e se caracterizando por diferentes ampliações. A fusão das
nessa história! Em diferentes formas de riqueza (bens, lucros etc.) gera capital.
um futuro próximo, o Classicamente, o termo capital é relacionado às situações de
envelhecimento passou caráter econômico. O capital diz respeito aos diferentes fatores de
a ser controlado: a produção (terra, indústria, trabalho etc.) e ao conjunto de bens eco-
existência das pessoas nômicos (dinheiro, materiais etc.), que é acumulado por meio das
está limitada aos 25 anos.
estratégias de investimento econômico.
O tempo, literalmente,
Atualmente, a ideia de crescimento e desenvolvimento associa-
passa a ser uma moeda
de troca para sobreviver. da ao capital fez ampliar este conceito para outros tipos, que serão
mencionados mais adiante.

182 | PROJETO 6 | POUPAR VERDE


Troca intertemporal

D
É possível que você já tenha ouvido a expressão: “o que você
faz hoje reflete no amanhã”. De modo amplo, essa expressão é
o que acontece quando associamos dinheiro e temporalidade.

L
Vamos observar duas situações hipotéticas com um perso-
nagem chamado Artur.
Situação 1 Situação 2
Artur deseja comprar um notebook Artur deseja comprar um notebook

N
que custa R$ 2.000,00. Ele tem em que custa R$ 2.000,00. Ele tem
mãos a metade desse valor, ainda em mãos o dinheiro total para
faltam R$ 1.000,00 para comprá-lo. fazer o pagamento à vista; porém,
Ele faz um estudo com sua planilha ele resolve pensar um pouco.
de orçamento e verifica que Analisa a real urgência de adquirir
consegue poupar R$ 200,00 por esse produto e conclui que seria
mês. Desse modo, em cinco meses,

P
melhor colocar o seu dinheiro na
ele terá dinheiro suficiente para poupança, para que, em cinco
adquirir o produto. meses, possa comprar o produto à
Depois de cinco meses, ele poderá vista recebendo, além disso, uma
ir à loja e adquirir o produto quantia referente aos rendimentos
pagando o valor à vista. na poupança.

Em ambas as situações, Artur pensou em adquirir o


IA
notebook pagando o valor à vista. Ele sabe que, ao adquirir um
produto pagando a prazo, sempre haverá um acréscimo sobre
o valor à vista, que corresponde ao pagamento de juros.
Vamos supor que Artur desejasse “manipular” o tempo e
adquirir o produto imediatamente.
Situação 3 Situação 4
Em vez de juntar dinheiro por cinco Artur tem em mãos os R$ 2.000,00
U

meses, Artur escolhe adquirir o e, em vez de investir, ele escolhe


notebook no presente. adquirir o notebook no presente.
Ao fazer essa escolha, Artur observa Ao fazer essa escolha, Artur deixa
que terá de pagar cinco prestações de receber um “prêmio” por
de valor maior do que R$ 200,00 postergar o consumo, ou seja, não
cada uma. será recompensado por realizar uma
Essa escolha o sujeita a pagar troca intertemporal, abrindo mão
G

um valor maior que o preço do daquilo que certamente seria seu,


notebook no presente. Por antecipar mas não no presente.
o consumo, Artur terá de suportar o
“encargo” do juro por realizar essa
troca intertemporal.

Basicamente, há duas opções para lidar com o consumo


associado ao tempo: usufruir agora e pagar depois (pagando
juros); ou pagar agora e usufruir depois (recebendo juros).
Não há certo nem errado. São escolhas diversas, e o impor-
tante é avaliar se a antecipação ou a postergação do consumo
é vantajosa ou não de acordo com cada situação.
Pesquise em livros didáticos diversos e continue aprendendo sobre Trocas intertemporais.

1o TRAJETO -– ORÇAMENTO FAMILIAR | 183


Comprar ou programar a compra

D
1. Os adolescentes a seguir exercem o cargo de Jovem Aprendiz:
• Lucas acabou de conseguir esse seviço e necessita urgentemente de uma
bicicleta para, justamente, ir para o trabalho.

L
• Giovanna deseja trocar o celular que tem por este do anúncio.
• Maria faz cursinho e precisa do notebook para estudar em algumas noites
e nos fins de semana.

Fotos: Africa Studio/ Shutterstock; PORTRAIT IMAGES ASIA BY NONWARIT/ Shutterstock;


stockphoto-graf/ Shutterstock; Cincila/ Shutterstock; Sashkin/ Shutterstock
N
P
Lucas Giovanna Maria
15 anos 17 anos 18 anos
Renda mensal: Renda mensal: Renda mensal:
R$ 780,00 R$ 970,00 R$ 1.280,00
IA

bicicleta aro 29 smartphone 64gb dual chip notebook 4gb 50gb 15,6”

À vista À vista À vista


R$ 599,00 R$ 899,00 R$ 1.399,00
U

ou ou ou
8x de 124,75 12x de 116,50 8x de 158,25

a) Com um colega, avalie o anúncio de cada produto. Compare, em cada caso,


o preço à vista com o preço a prazo.
G

b) Analise o perfil de cada personagem e elabore uma proposta de consumo


para cada um deles, levando em conta as suas necessidades específicas,
mas, sempre que possível, apresentando a maneira mais saudável de poupar.
Para cada proposta, deve haver uma justificativa do porquê vocês a estão
apresentando.
c) Em uma roda de conversa coletiva, comente sobre as propostas elaboradas
por vocês.
2. Selecione de algum anúncio um produto e seus valores à vista e a prazo. Suponha
que você fosse comprá-lo. Registre, no seu diário do navegador, um plano,
levando em conta as trocas intertemporais. Guarde esse registro para recuperá­
‑lo posteriormente.

184 | PROJETO 6 | POUPAR VERDE


Para poupar o verde !

D
Art. 9o. Na gestão e
gerenciamento de
resíduos sólidos, deve
1. Leia um trecho da Lei no 12.305/2010, disponível na seção ser observada a seguinte
Via lateral. ordem de prioridade:

L
não geração, redução,
a) Pesquise com os colegas formas de redução, reutilização,
reutilização, reciclagem,
reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos possíveis. tratamento dos resíduos
b) Cataloguem todas as possibilidades buscando casos de sólidos e disposição final
ambientalmente

N
sucesso que refletem ações que poupam os recursos
adequada dos rejeitos.
naturais. Compartilhem com a turma.

P
CONFLUÊNCIAS -- LIVRO

Trash. Andy Mulligan. São Paulo: Cosac & Naify, 2013.


Raphael, Gardo e Rato são adolescentes que vivem e trabalham no lixão de Behala, situado em um país
não nomeado, mas que poderia ser qualquer um da América Latina.
A ocupação deles é revirar o lixo, do qual geram o sustento da família. A vida deles, como a de quem
IA
vive do lixão, é sem perspectiva alguma.
Um certo dia, catando o lixo, Raphael encontra uma carteira: nela havia uma quantia em dinheiro, uma
foto, um mapa e uma chave.
Raphael afirma: As pessoas me falam: “Nunca se sabe o que você pode encontrar mexendo no lixo! Hoje
pode ser seu dia de sorte.”
Será esse o dia de sorte de Raphael?
U

2. Leia o quadro a seguir, que orienta sobre quais tipos de lixo podem ser reciclados.

DESTINO METAIS VIDROS PLÁSTICO PAPEL


G

latas de alumínio gar r af as de bebida, sacos, embalagens cadernos, papel-cartão,


(refrigerante, suco), latas frascos em geral, potes de produtos vendidos cartolinas, embalagens
de produtos alimentícios de produtos alimentícios, em supermercados, longa-vida, papéis de
COLETA (óleo, leite em p ó, co p os (retire ante s o PET (como garrafas de escritório, papelão, caixas
SELETIVA conservas), fios de cobre, excesso de sujeira) refrigerante), c anos e em geral, jornais, revistas,
embalagens metálicas de tubos, plásticos em geral livros
congelados (retire antes o excesso de
sujeira)

clipes, grampos, esponjas vidros de automóveis, cabos de panela, papel vegetal,


de aço, tachinhas, pregos, lâmpadas, ampolas de adesivos, acrílico, espuma, p a p éis e nce r a d o s o u
latas de tinta e de medicamentos, espelhos, embalagens plás tic as plastificados, papel
LIXO produtos químicos cristais, vidros de janelas, metalizadas (como as de h i g i ê n i c o, l e n ç o s d e
COMUM cerâmicas, porcelanas, salgadinhos) papel, guardanapos, fitas
tubos de TV e de ou etiquetas adesivas
computadores

1o TRAJETO -– ORÇAMENTO FAMILIAR | 185


!
Com base no quadro anterior, dedique uma semana de

D
DICA: Determine a
observação dos hábitos e da rotina de sua família:
medida do “peso”
das embalagens a) O bserve, todos os dias, os tipos de produtos que sua
descartadas em gramas. Se família consome. Anote, dia a dia, quais embalagens foram
a leitura da balança estiver descartadas (de papel, plástico, vidro ou metal) e qual o

L
em gramas, converta para volume delas ao final de cada dia, de acordo com cada
quilogramas. Utilize uma uma das quatro categorias.
balança de uso doméstico.
Reserve algumas dessas embalagens (uma ou duas de cada
Se você não tiver uma,
categoria) para a próxima atividade, que será feita na escola.
adquira pela internet:

N
há promoções bastante b) A note também, em uma planilha diária, para cada uma
acessíveis. Você também dessas categorias, o valor (em R$) do custo de cada
pode acondicionar as produto originário desse descarte.
embalagens coletadas do c) Ao final de uma semana, você terá anotado os dados em
descarte de sua família

P
uma tabela semelhante a esta:
e levar, a cada dia, para
ser pesada na balança MEUS RESÍDUOS DOMICILIARES -- EM UMA SEMANA
da escola. Nesse caso, PAPEL PLÁSTICO VIDRO METAL
lave as embalagens para Massa (em kg)
retirar os vestígios de seus
Custo (em R$)
IA
conteúdos anteriores.
Relação custo
por massa
(R$/kg)

d) Tire cópia da sua tabela e exponha no mural da sala de


aula. Compare sua tabela com a de outros colegas.
U

Notas de viagem
1. Leia este trecho da Lei no 12.305/2010:
G

DA RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA

Art. 31. Sem prejuízo das obrigações estabelecidas no plano de gerenciamento de resíduos
sólidos e com vistas a fortalecer a responsabilidade compartilhada e seus objetivos, os fabricantes,
importadores, distribuidores e comerciantes têm responsabilidade que abrange:
I – investimento no desenvolvimento, na fabricação e na colocação no mercado de produtos:
a) que sejam aptos, após o uso pelo consumidor, à reutilização, à reciclagem ou a outra forma de
destinação ambientalmente adequada;
b) cuja fabricação e uso gerem a menor quantidade de resíduos sólidos possível;
Disponível em: www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=636.
Acesso em: 10 fev. 2020.

186 | PROJETO 6 | POUPAR VERDE


Depois da leitura desse trecho, prepare-se para fazer esta

D
atividade coletivamente: vocês vão precisar de diversas
embalagens para fazer uma “análise clínica”. Utilizem algumas
das embalagens que foram coletadas na atividade anterior.
Dividam-se em duas equipes: um grupo investiga o item (a)

L
do artigo 31 da Lei no 12.305/2010. O outro grupo investiga
o item (b).
Verifiquem a seguir os critérios de análise de cada grupo.

N
Grupo (a) Grupo (b)
Este grupo fará estudos relativos Este grupo fará estudos relativos às
às embalagens quanto ao potencial embalagens quanto ao potencial que
que elas têm para poupar os recursos elas têm para poupar o consumo e o
naturais. bolso do consumidor.

Sugestões de análise: Sugestões de análise:

P
I) Todas as embalagens (dentro das I) Verifiquem as embalagens em
quatro categorias) estão aptas à que há variação de tamanhos,
reutilização? oferecendo mais produto
II) Quais diversas reutilizações pode (conteúdo interno) por menos
ter cada embalagem? embalagem. Qual gera maior ou
III) Quais melhorias podem ser feitas menor volume de resíduo, por
em cada tipo de embalagem para exemplo: quatro embalagens de
atender a todas as possibilidades 250 mL ou uma embalagem de
IA
de reutilização? 1 L do mesmo produto?
IV) Quais outras formas de destinação II) Q u a i s f o r m a t o s s ã o m a i s
ambientalmente adequada cada econômicos quanto ao uso de
tipo de embalagem pode ter? matéria-prima: os retangulares,
São destinações que alteram a os circulares ou outros formatos?
estrutura da matéria da qual é III) C omo oferecer ao consumidor
feita a embalagem? Investiguem. mais produto por menor preço?
Investiguem.

?
U
G

>> QuestÕES finais do  1o trajeto


Leia as questões e, em uma roda de conversa coletiva, reflita a respeito de
cada uma delas.
Que benefícios o controle do orçamento doméstico pode trazer para o seu
entorno familiar? E o controle da geração de resíduos domésticos: pode
trazer que benefícios para o planeta?
Da observação atenta sobre o cotidiano, quais são, de fato, os hábitos que
poupam os recursos naturais?

1o TRAJETO -– ORÇAMENTO FAMILIAR | 187


2 trajeto:

D
0

Juros

L
simples as formas de POUPAR
Muitas famílias buscam equilibrar o orçamento e manter zeradas

N
as dívidas como meta para garantir a saúde financeira. Novos hábitos
Matemática: competência 2 EM13MAT203 podem ser incorporados à rotina doméstica, no intuito de manter a
Linguagens: competência: 7 EM13LGG703 saúde do planeta.

P
IA
U
G

Prostock-studio/Shutterstock

As formas de poupar podem ser incentivadas desde criança. Os modos de consumir influen-
ciam nas escolhas entre o quanto e quando gastar.

188 | PROJETO 6 | POUPAR VERDE


patrimônios diversos

D
As questões relativas ao desenvolvimento sustentável reconhecem
as conexões entre os diferentes campos das ações humanas de caráter
político, social, cultural e econômico. Assim, a noção de patrimônio

L
(e também de capital) passa a ser um conceito que amplia aquele
empregado usualmente aos bens financeiros.

maxstockphoto/ Shutterstock
Karla Vidal/ Shutterstock

Jess Kraft/ Shutterstock


Frederic Muller/ Shutterstock

N
Patrimônio cultural.

Pensadas em conjunto, todas essas formas de patrimônio podem


contribuir para a melhoria da qualidade de vida de um país.
P
Patrimônio financeiro. Patrimônio natural. Patrimônio social.
IA
1. Uma família ou uma comunidade tem como patrimônios:

Patrimônio financeiro Patrimônio social


Patrimônio cultural Patrimônio ambiental
Cada um desses patrimônios exige qual tipo de gestão?
Exponha o que você pensa.
2. Em relação ao patrimônio financeiro, você pode: poupar
U

dinheiro, poupar gastos ou poupar tempo. Liste o que é possível


poupar dentro do patrimônio social, do cultural e do natural.
3. Leia a tirinha.

Copyright © 2000 Maurício de Sousa Produções Ltda.


G

Escreva uma frase a respeito dessa tirinha que utilize a


palavra poupar.

2o TRAJETO -– JUROS SIMPLES | 189


VIA EXPRESSA Capital, juros e taxas

D
Observe as situações financeiras a seguir.

Seksan 99/ Shutterstock

Vergani Fotografia/ Shutterstock

Tama2u/ Shutterstock
L
ACESSO rápido para nocões básicas

FAÇa

N
EM SEU Compras a prazo Empréstimo de Aplicação em
CADERNO Uma pessoa deseja dinheiro poupança
adquirir um bem Alguém toma Uma pessoa dispõe
imediatamente e não emprestada uma quantia de uma quantia que
VIA LATERAL dispõe do capital por determinado tempo entrega a um banco
suficiente para o e, terminado o prazo para que, a uma taxa

P
pagamento à vista. Desse combinado, devolve fixa por um período,
A palavra poupar e suas durante um número de
modo, será pago um valor um montante que
diversas acepções: a mais, além do valor do corresponde à quantia períodos, receba de
poupar bem. inicial mais o “aluguel” volta seu dinheiro mais
do dinheiro que pegou. uma quantia acrescida
1. Juntar dinheiro; como compensação
fazer economias ou pela aplicação.
poupanças. = AFORRAR,
IA
ECONOMIZAR.
Em todas essas situações, houve uma quantia inicial (capital)
2. Gastar com moderação.
3. Não molestar, não
submetida a um índice percentual fixo (taxa) por período, durante
ofender. certo número de períodos, que gerará um “resíduo” (juros) sobre
4. Não desperdiçar. a quantia inicial.
5. Não deixar perder. »» Juros J: bonificação paga ou recebida sobre uma quantia to-
6. Não privar de. mada ou aplicada a uma taxa percentual fixa em um período
7. Tratar com indulgência.
U

proporcional ao número de períodos.


8. Perdoar.
»» Capital C: quantia inicial que foi tomada ou aplicada.
9. Evitar.
10. Viver com economia.
»» Taxa de juro i: taxa percentual fixa em um período estabelecido.
11. Esquivar-se. »» Prazo t: a quantidade de períodos decorridos da operação
12. Eximir-se. financeira, ou seja, o tempo de duração.
G

13. N ão gastar as próprias


forças. Exemplo:
Dicionário Priberam da Língua Aline tomou R$ 500,00 emprestado de sua amiga Bárbara, à taxa
Portuguesa [em linha], 2008-2020.
Disponível em: http://dicionario.
de 1% ao mês, por um tempo combinado de 3 meses. Sendo assim,
priberam.org/poupar. vamos calcular os juros a serem pagos:
Acesso em: 10 fev. 2020.
Em um mês:
Você é uma pessoa que
sabe poupar dinheiro? 1% de 500 ⇒ 0,01 · 500 = 5
Seus planos para o futuro Em 3 meses (o tempo combinado):
dependem da sua postura J = 3 · 5 = 15
como “poupador”? Registre De modo geral, temos: J = C · i · t.
no seu diário do navegador.

190 | PROJETO 6 | POUPAR VERDE


Cálculo do Montante

D
O montante M é o valor acumulado ao final da operação financeira, ou seja:
M = C + J ⇒ M = C + (C · i · t) ⇒ M = C (1 + i · t)
Dizemos que uma operação financeira ocorreu em regime de juros simples se, a cada um dos
períodos, o juro a ser calculado sobrevir sempre ao capital inicial, de modo que, somente ao fim do

L
último período, os juros serão agregados a ele.
Exemplo:
Joana aplicou R$ 1.500,00 à taxa de juros simples de 40% ao ano. Vamos calcular quanto Joana
receberá em 3 anos.

N
PRAZO CAPITAL JUROS DE CADA ANO MONTANTE A CADA ANO
(EM ANOS) (EM R$) (EM R$) (EM R$)
Final do 1o ano 1.500 40% de 1.500 = 600 1.500 + 600 = 2.100
Final do 2o ano 1.500 40% de 1.500 = 600 2.100 + 600 = 2.700

P
Final do 3o ano 1.500 40% de 1.500 = 600 2.700 + 600 = 3.300

Ou seja, Joana vai receber R$ 3.300,00 ao final de três anos.


Veja outra maneira de calcular: Sabemos que o montante é dado por:
J=C·i·t M=C+J
J = 1.500 · 0,4 · 3 M = 1.500 + 1.800
IA
J = 1.800 M = 3.300

1. Leia e calcule.
a) André tomou R$ 800,00 emprestado, à taxa de juros simples de 3% ao mês, por um
tempo combinado de 4 meses. Calcule os juros a serem pagos.
b) Gabriela aplicou uma quantia de R$ 1.200,00 a uma taxa de juros simples de 5% ao mês. Calcule
os rendimentos em 6 meses de aplicação.
U

2. Calcule o montante de uma operação financeira a juros simples em cada situação:

CAPITAL (EM R$) TAXA TEMPO


12.000 4% ao mês 24 meses
12.000 48% ao ano 2 anos
G

12.000 2% ao mês 48 meses

• Você observou alguma regularidade nesses cálculos? Anote no seu diário do navegador.

3. Calcule o capital que, investido a juros simples, à taxa de 35% ao ano, gerará, em 4 anos,
um montante de R$ 3.000,00.
4. Um capital de R$ 3.550,00, aplicado a juros simples, à taxa de 5% ao mês, gerou um
montante de R$ 7.455,00. Durante quanto tempo esse capital ficou aplicado?
5. João tomou R$ 1.600,00 emprestado de uma financiadora e, ao final de 7 meses, pagou
um juro de R$ 672,00. Qual foi a taxa de juros mensal, a juros simples, contratada
por João?
Pesquise em livros didáticos diversos e continue aprendendo sobre Juros simples.

2o TRAJETO -– JUROS SIMPLES | 191


As linhas de financiamento para o lixo

D
Leia com os colegas da sua sala mais este trecho da Lei no 12.305/2010:

L
DOS INSTRUMENTOS ECONÔMICOS

Art. 42. O poder público poderá instituir IV – desenvolvimento de projetos de gestão


medidas indutoras e linhas de financiamento dos resíduos sólidos de caráter intermunicipal ou,

N
para atender, prioritariamente, às iniciativas de: nos termos do inciso I do caput do art. 11, regional;
I – prevenção e redução da geração de V – estruturação de sistemas de coleta
seletiva e de logística reversa;
resíduos sólidos no processo produtivo;
VI – descontaminação de áreas
II – desenvolvimento de produtos com
contaminadas, incluindo as áreas órfãs;
menores impactos à saúde humana e à qualidade

P
VII – desenvolvimento de pesquisas voltadas
ambiental em seu ciclo de vida;
para tecnologias limpas aplicáveis aos resíduos
III – implantação de infraestrutura física e sólidos;
aquisição de equipamentos para cooperativas VIII – desenvolvimento de sistemas de
ou outras formas de associação de catadores de gestão ambiental e empresarial voltados para
materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por a melhoria dos processos produtivos e ao
IA
pessoas físicas de baixa renda; reaproveitamento dos resíduos.
Disponível em: www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=636.
Acesso em: 10 fev. 2020.

1. Dividam-se em cinco grupos. Cada grupo A lei prevê incentivos e benefícios para
vai estudar possíveis iniciativas para cada atender a iniciativas criativas quanto aos
um dos itens: resíduos sólidos.
U

A – prevenção da geração de resíduos a) Cada grupo fica encarregado de


sólidos no processo produtivo; elaborar propostas criativas para cada
B – redução da geração de resíduos uma das iniciativas descritas. Imaginem
sólidos no processo produtivo; que essas propostas serão avaliadas pela
G

C – desenvolvimento de produtos com câmara dos vereadores da sua cidade,


menores impactos à qualidade ambiental quanto a instituir linha de financiamento
em seu ciclo de vida; para viabilidade delas.
D – desenvolvimento de projetos de b) Cada grupo apresenta a proposta de
gestão dos resíduos sólidos; solução para os demais da sala. Todos
E – aquisição de equipamentos para devem julgar quais propostas são, de
cooperativas ou outras formas de fato, relevantes e que vêm ao encontro
associação de catadores de materiais das reais necessidades da sua cidade.
reutilizáveis e recicláveis formadas por c) Aprimorem as melhores propostas e
pessoas físicas de baixa renda. estudem a possibilidade de enviá-las para
algum órgão do poder público.

192 | PROJETO 6 | POUPAR VERDE


Notas de viagem

D
1. Observe atentamente os dois gráficos.

DISTRIBUIÇÃO DA DESPESA DE CONSUMO _ BRASIL _ COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS


PERÍODO DE 2017-2018 URBANOS NO BRASIL (PERCENTUAL RELATIVO AO PESO)

L
1,3% Composição gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos no
2,6% Brasil (percentual relativo ao peso)
0,5% Transporte Habitação Educação
3,0%
3,6% 3% 4%
Higiene e Vestuário Serviços
4,3% cuidados pessoais 25%
4,7%

N
pessoais Fumo
36,6% 65%
8,0%
Alimentação Assistência à 3%
17,5% saúde
18,1%
Despesas Recreação e
diversas cultura Orgânico Plástico Papel Vidro Metais
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas. Coordenação de Trabalho

P
e Rendimento, Pesquisa de Orçamentos Familiares, 2017-2018. Fonte: IPT, 1997.

Gráfico 1. Gráfico 2.

a) No Gráfico 1, as despesas estão organizadas por categorias. Quais dessas geram mais
resíduos sólidos?
b) Desconsiderando os resíduos orgânicos (geralmente restos de comida), qual é a
IA
composição dos materiais com maior índice porcentual de geração de resíduo (Gráfico 2)?
2. Utilize a câmera de um celular para esta atividade.
Esteja atento ao seu cotidiano e filme, sempre que puder, situações que sejam de dois tipos:
I) Cenas em que atitudes inadequadas, ou atitudes louváveis, com os resíduos sólidos
estão sendo realizadas.
II) Cenas de alguma situação de finanças em que um valor está sendo poupado ou
investido para uma finalidade social.
U

?
Você pode filmar diversas cenas curtas, sem se importar com a ordem. Ao todo, sua
filmagem deve durar no máximo 30 s.
Reserve essas cenas para o produto final.
G

>> QuestÕES finais do  2o trajeto


Leia as questões e reflita a respeito de cada uma delas. Compartilhe com os
colegas suas reflexões.
Após os estudos das trocas intertemporais, você julga que sua postura
diante da atitude de consumo se tornou mais reflexiva?
Em sua cidade, ou em seu bairro, há praças, parques, rios, mananciais etc. que
podem receber propostas de manutenção de seus recursos? Há algum para o
qual você, junto com um grupo, desejaria pensar em formas de preservar?

2o TRAJETO -– JUROS SIMPLES | 193


3 trajeto:

D
0

Juros

L
compostos poupar os recursos do planeta
O uso recorrente do papel ainda faz parte do cotidiano de mui-

N
tas pessoas. De uns tempos para cá, campanhas promovem o uso
consciente do papel. Medidas como: dar preferências a arquivos
digitalizados, validar documentos assinados digitalmente, reciclar o
Matemática: competência 2 EM13MAT203 papel, visualizar uma impressão antes de mandar imprimir são práticas

P
Linguagens: competência: 7 EM13LGG703 que favorecem a manutenção dos recursos naturais.
Africa Studio/ Shutterstock

IA
U
G

Cuidados simples, porém rotineiros, podem trazer grandes benefícios ao meio.

194 | PROJETO 6 | POUPAR VERDE


A substituição de documentos em papel pelos que podem ser

D
assinados digitalmente poupou os recursos do planeta e trouxe uma
nova maneira de legitimar os documentos.

baldyrgan/ Shutterstock
L
DOCUMENTOS ASSINADOS DIGITALMENTE
POUPAM OS RECURSOS NATURAIS

N
Para cada 2,28 bilhões de
documentos assinados digi-
talmente, foram poupados:

P 316 000 barris


de petróleo
IA
550 000 hectares
em árvores

3 672 caminhões
em dejetos

1 851 piscinas
U

olímpicas em
água
G

Fonte dos dados: https://odia.ig.com.br

1. Converse com seus colegas sobre outras medidas que


podem ser tomadas em favor de poupar os recursos
naturais e investir na “saúde” socioambiental.
2. Forme um grupo para pesquisar notícias que apresentem
evidências de que essa substituição de documentos em
papel pelos que podem ser assinados digitalmente trouxe
benefícios ao meio ambiente e à sociedade em geral.

3o TRAJETO -– JUROS COMPOSTOS | 195


VIA EXPRESSA Juros sobre juros

D
Você viu que, a juros simples, o “resíduo” acrescido ao capital
inicial, ao fim de cada período, é sempre o mesmo valor, até o último
período combinado para a operação financeira. A base para o cálculo

L
dos juros de cada período é invariável: o capital inicial.
ACESSO rápido para nocões básicas Entretanto, há outra modalidade de juros que reavalia o valor do
capital ao final de cada período e agrega a ele o valor dos juros
FAÇa do período de referência para que, no próximo período, haja um novo

N
EM SEU valor, que será a base do cálculo dos próximos juros. Nesse caso, a
CADERNO
base para o cálculo dos juros de cada período é variável. Esse regime
de capitalização chama-se juros compostos.
Vamos recuperar o exemplo dado no regime de juros sim-

P
ples e readequá-lo ao regime de juros compostos para efeito de
comparação.

Exemplo:
Joana aplicou R$ 1.500,00 à taxa de juros de 40% ao ano. Vamos
IA
calcular quanto Joana receberá em 3 anos, a juros simples e a juros
compostos.

A JUROS SIMPLES
PRAZO CAPITAL JUROS DE CADA ANO MONTANTE A CADA ANO
(EM ANOS) (EM R$) (EM R$) (EM R$)

!
Final do 1o ano 1.500 40% de 1.500 = 600 1.500 + 600 = 2.100
U

Lembre-se de que:
Final do 2o ano 1.500 40% de 1.500 = 600 2.100 + 600 = 2.700
M=C+J
M=C+C·i·t Final do 3o ano 1.500 40% de 1.500 = 600 2.700 + 600 = 3.300
M = C (1 + i · t)
Ou seja, Joana vai receber R$ 3.300,00 ao final de 3 anos, a
G

juros simples.

A JUROS COMPOSTOS
PRAZO CAPITAL JUROS DE CADA ANO MONTANTE A CADA ANO
(EM ANOS) (EM R$) (EM R$) (EM R$)
Final do 1o ano 1.500 40% de 1.500 = 600 1.500 + 600 = 2.100

Final do 2o ano 2.100 40% de 2.100 = 840 2.100 + 840 = 2.940

Final do 3o ano 2.940 40% de 2.940 = 1.176 2.940 + 1.176 = 4.116

Ou seja, Joana vai receber R$ 4.116,00 ao final de 3 anos, a juros


compostos.

196 | PROJETO 6 | POUPAR VERDE


D
Esse fato pode ser assim generalizado: um capital C, aplica-
do a uma taxa fixa i sob juros compostos, durante uma quantida-

L
de t de períodos, vai gerar um montante M, variando ao final de
cada período.

Final do período 1: M1 = C + Ci ⇒ M1 = C (1 + i)

N
Final do período 2: M2 = M1 + M1 · i = C(1 + i) + C(1 + i)i ⇒ M2 = C(1 + i)(1 + i) = C(1 + i)2
Final do período 3: M3 = M2 + M2 · i ⇒ M3 = C (1 + i)(1 + i)(1 + i) = C(1 + i)3
...
Fim do período t: Mt = C(1 + i)t

Calculando juros compostos

P
Vamos explorar algumas situações em que estão envolvidos os
procedimentos de juros compostos.
IA
Exemplo 1:
Cláudio aplicou R$ 2.500,00 a juros compostos, à taxa de 5% ao
ano. Vamos calcular o montante que Cláudio obteve ao final de 3 anos.

!
Sabemos que: Mt = C(1 + i)t
Observe que, no
M3 = 2.500(1 + 0,05)3 ⇒ M3 = 2.500(1,05)3 ⇒
processo de cálculo,
M3 = 2.500 · 1,16 ⇒ M3 > 2.900
o valor 1,157625 foi
Logo, o montante que ele receberá ao final do período de 3 anos arredondado para 1,16.
U

é de, aproximadamente, R$ 2.900,00. Por isso, em vez de “=”


utilizamos o símbolo “>”
Exemplo 2: de aproximadamente
Patrícia aplicou R$ 5.400,00 a juros compostos, à taxa de 0,5% igual a.
G

Para esses cálculos, utilize


ao mês. Vamos calcular os juros obtidos nesse investimento ao final
uma calculadora científica.
de 18 meses.
Mt = C(1 + i)t
M18 = 5.400(1 + 0,005)18 ⇒ M18 = 5.400(1,005)18 ⇒
M18 > 5.400 · 1,1 ⇒ M18 > 5.940
Para o cálculo dos juros do período, fazemos:
J=M–C
J = 5.940 – 5.400
J = 540
Logo, os juros compostos referentes a esse período foram de
R$ 540,00.

3o TRAJETO -– JUROS COMPOSTOS | 197


1. Leia e calcule.

D
a) Renata aplicou a juros compostos o valor de R$ 3.600,00 a
6% ao ano, durante 5 anos. Calcule os juros e o montante.
b) Rogério aplicou a juros compostos o valor de R$ 2.800,00 a
8% ao ano, durante 30 meses. Calcule os juros e o montante

L
gerado nesse período.
2. Arthur tem um notebook, mas quer comprar um PC. Observe
o anúncio que ele viu em uma loja do seu bairro. Arthur tem
em mãos R$ 1.200,00.

N
Ele pensou: “Vou aplicar o dinheiro que tenho em LCI (Letra
de Crédito Imobiliário), que rende a taxa de juros de 6,4% ao
ano. Deixo aplicado o dinheiro por 6 meses e será o tempo
de obter o valor que me falta. Então, pago à vista”.

P
• Avalie o raciocínio de Arthur. Elabore uma proposta para
ele. Utilize os argumentos e os conhecimentos que você
adquiriu até aqui a respeito de juros.
IA

PROMOÇÃO
robuart/ Shutterstock

computador completo com


monitor hdmi 19.5”
U

1.599,00
ou

Sabelskaya/ Shutterstock
6x de R$ 333,15
G

3. Retorne ao registro que você fez no 1o Trajeto a respeito do


seu plano de adquirir um produto de um anúncio levando
em conta as trocas intertemporais. Reavalie o seu plano com
base nas noções de juros simples e compostos que foram
exploradas nestes dois últimos trajetos.
• Que alterações você faria em seu plano? Que detalhes lhe
parecem essenciais agora, aos quais você não se atentou
antes? Registre.
Pesquise em livros didáticos diversos e continue aprendendo sobre Juros compostos.

198 | PROJETO 6 | POUPAR VERDE


Notas de viagem

D
1. Observe atentamente o gráfico.
E A MAIORIA DOS QUE CONSEGUEM POUPAR GUARDA NO MÁXIMO 10% DO QUE GANHA
Considerando sua renda individual mensal, em

L
média, quanto você poupa por mês?
Até 5% 27%
Mais de 5% a 10% 31%
Mais de 10% a 20% 20%
Mais de 20% a 30% 11%
Mais de 30%

N
7%
Não sabe 4%

Fonte: Datafolha, data do campo: 26 e 27/04/2017, 2.7781 entrevistados. Respostas


estimuladas e únicas. Confira mais infográficos da Folha.

a) Responda: em média, quanto você poupa por mês?

P
b) Escreva uma meta de quanto gostaria de poupar por mês.
Ao final de cada mês, verifique se a meta foi atingida. Anote
esse desejo no seu diário do navegador.
2. Usando um editor de planilhas, criem coletivamente
duas planilhas: uma de orçamento financeiro e outra de
IA
“orçamento” ambiental.
Orçamento 1 Orçamento 2
Preservação do patrimônio Preservação do patrimônio
ambiental financeiro
Analisem os “bens” ambientais que A nalis e m as p os sibilidad es d e
há no entorno da escola ou do bairro, entradas de dinheiro (financiamento,
como áreas verdes, mananciais, incentivos, parcerias com empresas
formações rochosas etc. etc.) e a destinação de valores em
Para c ada uma delas, avaliem o f avor de preser var o ambiente
estado de preservação e quais ações natural ou social do entorno da
U

?
podem ser tomadas evitando o seu escola ou do bairro, poupando os
esgotamento e quais ações podem recursos naturais.
ser investidas na “sobrevida” de sua Criem uma gestão financeira em favor
existência. da preservação do meio.
G

>> QuestÕES finais do  3o trajeto


Leia as questões e reflita a respeito de cada uma delas. Compartilhe com os
colegas suas reflexões.
Vocês sabem quais são as taxas de juros de cartão de crédito ou de cheques
especiais? Pesquisem e simulem situações em que, no decorrer de um tempo, um
determinado valor é sujeito a uma dessas taxas.
Mudar certas atitudes em relação ao uso de papel ou de embalagens plásticas
pode poupar muito os recursos naturais. Qual é o esforço e quais são os possíveis
obstáculos para que essas boas atitudes sejam impedidas?

3o TRAJETO -– JUROS COMPOSTOS | 199


#múltiplos destinos

D
Produto final

L
Coletivamente, vocês vão montar um documentário. Façam cortes
e edição das filmagens solicitadas em atividades anteriores. Saiam
a campo e criem novas tomadas de cenas a respeito do tema aqui
explorado, tanto do ponto de vista financeiro quanto do ponto de

N
vista socioambiental.
Se preferirem, podem inserir no documentário:
a) relatos de adultos moradores do bairro ou de sua cidade que
possam opinar ou acrescentar informações enriquecedoras;

P
b) gráficos, planilhas, esquemas visuais que complementem ou
apresentem informações exploradas nos relatos ou nas cenas;
c) narração em off com conceitos matemáticos que amparam
as imagens exibidas etc.
Após a edição do documentário, agendem um dia para a exibi-
IA
ção coletiva. Divulguem nas redes sociais: enviem convites a todos
os contatos.
Reúnam todo o material com caráter de sugestões (melhoria
das embalagens), propostas (de destinação dos resíduos sólidos),
iniciativas (ideias que incentivem criações de linhas de financiamen-
to e cuidados dos resíduos sólidos) e façam encaminhamentos aos
fabricantes das embalagens, à comunidade do entorno do bairro,
U

à prefeitura ou câmara dos vereadores por meio de documentos


estruturados e que possam causar o impacto social para o qual se
destinam. Recorram a profissionais da Língua Portuguesa (professo-
res, jornalistas, redatores, advogados etc.) no auxílio da estruturação
desses documentos.
G

Reúna-se com seu grupo e avaliem entre vocês como foi a qua-
lidade da aprendizagem neste projeto.

PERGUNTA AVALIATIVA COMENTÁRIO


Contribuiu para a reflexão sobre responsabilidade de
consumo e descarte correto de lixo sólido?

Favoreceu a compreensão dos conceitos e


procedimentos matemáticos em relação aos juros
simples e aos juros compostos?

Auxiliou no desenvolvimento de seu orçamento familiar?

200 | PROJETO 6 | POUPAR VERDE


Outros destinos

D
CONFLUÊNCIAS --
LONGA-METRAGEM
Retome a pergunta inicial “Juntos pelo planeta: quanto rende
Robôs. Direção: Carlos
o investimento?” e, com base nas anotações feitas no seu diário do Saldanha, Chris Wedge.
navegador, em conhecimentos que adquiriu nos trajetos e nas análises

L
EUA, 2005. 90 min.
feitas nas pesquisas de que você participou, aponte: O mundo é agora dos
a) as atitudes positivas que mobilizou ao enfrentar robôs, e Rodney é um
situações que demandaram reflexões ou busca de dos que decidem ir para
a cidade grande, pois
iniciativas que favorecessem poupar os recursos naturais;

N
desde criança sonha ser
b) os seus comportamentos diante do consumo e das
inventor.
possibilidades de poupar dinheiro e outros recursos Chegando lá, vê que o
financeiros; consumismo, imposto por
c) o seu desejo de trocar atitudes de consumo desenfreado Dom Aço, induz todos a

P
por propostas de melhorias das condições ambientais e uma busca por novas e
sociais do seu bairro, cidade ou do mundo; cintilantes peças.
Querendo desfazer essa
d) outras ideias de produto final ou de intervenção social
cultura consumista, ele
que você proporia a este projeto.
sai, com seus novos
amigos feitos de materiais
IA
Menos consumismo: se poupar, dá para investir! fora de linha, em busca de
Certos custos podem ser evitados, embora, na rotina e correria seu herói.
do dia a dia, nem sejam notados como desperdício.

GASTOS QUE GERAM DESPERDÍCIOS


NO DIA NO MÊS NO ANO
GASTO
(EM R$) (EM R$) (EM R$)
U

Academia que você não frequenta 5,00 150,00 1.800,00


Plano de TV a que você não assiste 8,00 240,00 2.880,00
Assinaturas de revistas, portais, aplicativos 6,00 180,00 2.160,00
Refrigerante ou cafezinho 4,00 120,00 1.440,00
Total 23,00 690,00 8.280,00
G

Fonte: Febraban. Quem sonha poupa: um guia prático para aprender a guardar dinheiro.
Disponível em: www.quemsonhapoupa.com.br/Content/doc/quem_sonha_poupa_ebook_1.pdf.
Acesso em: 11 fev. 2020.
Divulgação/ Blue Sky Studios

MÚLTIPLOS DESTINOS | 201


!

D
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COMENTADAS PARA O ALUNO

L
LIVROS

N
• COSTA, Antonio Carlos Gomes da; VIEIRA, Maria Adenil. Protagonismo
juvenil: adolescência, educação e participação democrática. 1. ed. São
Paulo: FTD, 2006.

P
A força transformadora dos adolescentes pode ser melhor aproveitada na
criação de espaços para o diálogo franco entre jovens e adultos e da promoção de
oportunidades para a expressão criativa e responsável. O papel dos jovens como
construtores e autores da sua história e da história do seu país é explorado nesse livro
bastante fundamentado.

• LIMA, Nádia Laguárdia. Juventude e cultura digital: diálogos


IA
interdisciplinares. 1. ed. Belo Horizonte: Artesã, 2017.

A percepção do próprio corpo, de si mesmo e do outro é efeito das


subjetividades sob a lógica das redes. As noções de espaço e tempo, as fronteiras
entre o real e o irreal estão influenciando a própria percepção de realidade. Essas
são algumas das influências que as tecnologias digitais vêm causando na vida
contemporânea.

• OAKLEY, Barbara et al. Aprendendo a aprender para crianças e


U

adolescentes. 1. ed. São Paulo: BestSeller, 2019.

Um livro que dialoga especialmente com o público jovem, propondo um convite


a desafiar o próprio cérebro. Por meio dessa obra repleta de ilustrações, jogos de
perguntas e respostas e atividades desafiadoras, os autores mostram que é possível
aproveitar ao máximo o tempo investido nos estudos, de maneira que se possa
discorrer sobre os assuntos mais diversos.
G

• SCLIAR, Moacir. Max e os felinos. 1. ed. São Paulo: L&PM, 2013.

Esta é uma fábula sobre a imigração e a liberdade. O pequeno Max, após um


naufrágio, deve dividir um bote com um jaguar no meio de um oceano. A história
retrata um dos mais profundos conflitos humanos: a luta que cada um trava com suas
feras internas.

• WATTERSON, Bill. Calvin e Haroldo: os dias estão todos ocupados. 1. ed.


São Paulo: Conrad, 2011. v. 9.

Calvin, um garoto de 6 anos hiperativo, e seu amigo de pelúcia vivem


experiências que ampliam as dimensões da vida, quando não há adulto por perto. Os
dois transitam por entre as fantasias de criança e a realidade adulta e assim surgem
questões sobre cultura, arte, sociedade, ciência e matemática.

202 | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


D
L
SITES

N
• Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (www.ibge.gov.br/)

Publicações de notícias fazendo uso de taxas, índices e dados estatísticos


elaboradas pelo próprio IBGE; informações a respeito do Censo de 2020, com

P
especificações das fases do censo demográfico; conteúdo especializado para os jovens
em “IBGE Educa – jovens”, com diversas informações do interesse dos jovens, por
exemplo, sobre o ENEM, com mapas voltados para o público estudantil. Conteúdo
amplo, com textos e vídeos, para informar e educar.

• Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea (www.ipea.gov.br/portal/)


IA
O site apresenta o portal “Atlas da violência”, conteúdo disponível para
o internauta acessar dados provenientes do Ministério da Saúde e das políticas
brasileiras, voltadas para as questões da violência. Com mais de 10 subtemas, além
dos dados estatísticos, há também vídeos produzidos pelo Ipea.

• Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo – IPEM-SP (www.ipem.


sp.gov.br/)

Conteúdos relacionados a medidas e suas grandezas. Há a história a respeito dos


sistemas de medidas, publicações de tirinhas do IPEM, museu virtual e muito mais.
U

• Museu do Amanhã (https://museudoamanha.org.br/)

Um museu de ciências, repleto de ideias, explorações e muitas possibilidades


de caminhos para o futuro. Apresenta as publicações que relembram os principais
momentos de suas atividades a cada ano. Ideal para instigar, inspirar e refletir sobre a
G

construção do amanhã, que envolve todos e suas diferentes dimensões como pessoas,
cidadãos e membros da espécie humana.

• Procon-SP (www.procon.sp.gov.br/)

Orientações de consumo, ranking das empresas com maiores índices de


reclamações do consumidor, comparativos de preços por categoria de produto
(brinquedos, medicamentos, material escolar etc.), comparativos de tarifas bancárias e
taxas de juros bancários, pesquisas que mostram variação mensal do custo médio da
cesta básica etc. Conteúdos para esclarecer, orientar e formar o consumidor.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | 203


VÍDEOS

D
• A fuga das galinhas. Direção: Nick Park, Peter Lord. Reino Unido, França,
EUA, 2000. 84 min.

L
A galinha busca desesperadamente fugir da granja onde vive. O motivo:
escapar do seu final trágico, o abatedouro. Ao mesmo tempo, encontra dificuldades
em conseguir o apoio das colegas, inicialmente. Essa animação mostra como é
importante um planejamento, ter objetivos claros, desenvolver trabalhos em equipe
e gerenciar conflitos.

N
• Arte e tecnologia – Expresso futuro com Ronaldo Lemos. 2017 (26 min.).
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=HwL3C_x38tQ&t=1209s.
Acesso em: 2 mar. 2020.

Documentário mostrando o impacto da tecnologia sobre a arte. O advogado


Ronaldo Lemos conversa com alguns artistas e pessoas envolvidas com instituições de

P
arte, como museus, para entender como é que o mundo da arte está se adaptando e
se inovando diante das ferramentas tecnológicas.

• Frutos do Brasil – Histórias de mobilização juvenil. 2013 (52


min.). Disponível em: https://www.youtube.com/results?search_
query=Frutos+do+Brasil+-+Hist%C3%B3rias+de+Mobiliza%C3%A7%C3%A
IA
3o+Juvenil. Acesso em: 2 mar. 2020.

Esse documentário tem o objetivo de incentivar a participação juvenil. São


muitos os desafios que os jovens de 15 a 29 anos estão enfrentando na atualidade, por
exemplo, desemprego, condições precárias de educação e de saúde. Diante disso,
eles são incentivados a participar para a mudança dessa realidade. O documentário
mostra experiências de mobilização juvenil.

• Os desconectados. Direção: Henry Alex Rubin. EUA, 2014. 65 min.

O uso excessivo da tecnologia, como internet e celulares, é apresentado nesse


U

filme pelos seus efeitos perversos. Esse drama mostra várias histórias pessoais, com
destaque para a história do adolescente que faz uso de perfil falso em uma rede social
para praticar bullying.
G

204 | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


MATERIAL COMPLEMENTAR

D
O material complementar a seguir servirá de modelo para suas construções ou para fazer
reproduções.

L
Lembre-se de que o livro será reutilizado, portanto cuide bem dele.

Projeto 2 -- TEMPO DE PARTICIPAR FAÇa


EM SEU

N
CADERNO
Protagonismo Juvenil
Questionário a ser utilizado como modelo para a realização da atividade proposta na seção
“A população, as variáveis e os instrumentos” (página 53).

P
Escola Estadual Luís Vaz
Questionário
IA
Nome: 

Nome social: 

Data de nascimento:    /   /      Telefone para contato:             

E-mail:

1. Sexo:
U

(  ) Masculino (  ) Feminino

2. Idade:       

3. Estado Civil:
G

(  ) Solteiro(a)  (  ) Casado(a)  (  ) Separado(a)/Divorciado(a)  (  )Viúvo(a)  (  ) União estável

4. Naturalidade:
(  ) Brasileiro(a) (  ) Estrangeiro(a)

Qual país?             

5. Estado de origem        e Município de origem:       

6. Em relação à cor de pele, você se considera:


(  ) Branco (   ) Amarelo (oriental)
(  ) Pardo (   ) Vermelho (indígena)
(  ) Preto (   ) Prefiro não declarar

MATERIAL COMPLEMENTAR | 205


Projeto 5 -- Antes de escolher

D
FAÇa
EM SEU
CADERNO
Empreendedorismo
Material a ser utilizado como modelo na realização da atividade proposta na seção “Notas de

L
viagem” (página 167).
Uma atitude hoje...
Todo dia fazemos escolhas: pequenas, simples ou, algumas vezes, não tão simples assim.
Também há situações em que não podemos escolher: simplesmente temos que fazer!

N
O que sempre podemos escolher é a nossa atitude: podemos, por exemplo, fazer algo com má
vontade ou fazer bem feito.
Represente (com uma frase, um desenho, um recorte de revista etc.) a atitude que você costuma
ter sempre que precisa fazer algo... e outras que gostaria de ter amanhã.

P
Algumas atitudes são essenciais para a vida e não apenas para quem pensa em ser empreendedor.
Liste quatro atitudes que gostaria de desenvolver ou de melhorar até o final deste ano. Para cada
uma, represente (com uma frase, um desenho, um recorte de revista etc.) como você se imagina agindo
por meio delas.
IA
Iniciativa
Traço de caráter que leva alguém a empreender alguma coisa ou tomar decisões por conta
própria; disposição natural; desembaraço nas resoluções.

Comprometimento
Atitude de quem se torna responsável; tomar parte ou se envolver em algo; ato de se
empenhar para a realização de algo.
U
G

Atitude 1:               Atitude 3:              

Atitude 2:               Atitude 4:              

206 | MATERIAL COMPLEMENTAR


Projeto 6 -- Poupar VERDE

D
FAÇa
EM SEU
CADERNO
Protagonismo Juvenil
Material a ser utilizado como modelo para a realização da atividade proposta na seção “A gestão

L
dos resíduos” (página 181).
Planilha para controle de orçamento doméstico

CONTA ITEM (DESCRIÇÃO) PREVISTO REALIZADO DIFERENÇA

N
Nome 1:            
Ganhos (Receitas/Ingressos)

Salários Nome 2:            

Nome 3:            

P
Benefícios Vale-alimentação

Comissões sobre
Outros ganhos
vendas

Total
IA
Aluguel
Moradia Água e energia
Telefones

Saúde Convênio

Mercado
Gastos (Despesas/Saídas)

Padaria
Alimentação
Quitanda
U

Açougue

Vestuário Roupas e calçados

Passagens para o
Transporte
trabalho
G

Educação Creche

Passeio
Diversos
Presente do afilhado

Total

Resultado do mês (sobra ou falta)

MATERIAL COMPLEMENTAR | 207


IDENTIFICAÇÃO E QUANTIDADE DE RESÍDUO SÓLIDO DOMICILIAR GERADO
G
Descrição do resíduo
Quantidade estimada Frequência da coleta
Destino final
(Peso/volume em kg ou L) (no de vezes por semana)

208 | MATERIAL COMPLEMENTAR


IA
P
N
L
FAÇa
EM SEU
CADERNO

D
D
L
N
P
IA
MANUAL DO PROFESSOR
U
G
SUMÁRIO

D
Parte geral .................................................................................................................. 211

L
Parte Específica

Projeto 1............................................................................................................... 218

Projeto 2............................................................................................................... 232

N
Projeto 3............................................................................................................... 244

Projeto 4............................................................................................................... 258

P
Projeto 5............................................................................................................... 274

Projeto 6 .............................................................................................................. 286


IA
Quadros informativos........................................................................................... 297

Referências bibliográficas comentadas................................................................ 301


U
G
PROJETO E PENSAMENTO INTEGRADOR ser meio e pode ser fim em si para validar uma

D
descoberta (que o digam as muitas demons-
Entre o que conhecemos e o que desco- trações matemáticas).
nhecemos pode haver muito mais proximida- O pensamento integrador diz respeito ao
des do que esperamos. O familiar pode estar trânsito entre aquilo suposto como fixo, rígido

L
tão cristalizado que não nos motiva a investigá- e compartimentado e aquilo imaginado como
-lo, e o desconhecido pode aparentar ser tão instável, nebuloso e caótico.
amedrontador que nos intimida a possibilidade
de nos aproximarmos dele. Pode ainda ocorrer
de o familiar, sob novos olhares, mostrar-se APARÊNCIA DOS CAMINHOS OU DOS OBJETOS QUE SE DESEJA INVESTIGAR

N
totalmente diferente, e até mesmo inovador, fixo instável
enquanto o desconhecido pode aparentar ser
mais familiar do que se esperava. Conhecer e
desconhecer são movimentos sobre as águas rígido nebuloso

P
agitadas do mesmo lago. Não se pode afirmar
que tudo é desconhecido ou, tampouco, que
compartimentado caótico
se conhece tudo do entorno de um ponto. As
lentes – e os artefatos tecnológicos que delas
se utilizam – podem ser trocadas segundo o
IA
movimento de descobertas que uma pessoa As formas de pensar modelam o percurso
deseja realizar. Para descobrir não é preciso o investigativo, apontando para a diversidade de
desconhecido. Do suposto conhecido e familiar propostas de formulação de questões, elabo-
pode vir o inesperado. Os caminhos, embo- ração de planos, construção de modelos, apli-
ra esboçados previamente, só são validados cação de estratégias, validação do pensamento
quando postos à prova, ou seja, ao se caminhar investigativo, comunicação de resultados etc.
por eles. Um percurso de investigação pode
U

erfandaardha/ Shutterstock
Desconhecer, imaginar, criar, explorar, experimentar, testar,
reformular, voltar atrás, errar, validar, comunicar, partilhar, conhe-
cer etc. são apenas algumas das ações pelas quais um pensa-
mento integrador pode levar uma pessoa disposta a se mover.
G

Mergulhar, sobrevoar e transitar são os movimentos necessários


àqueles que, munidos de algumas ferramentas, desejam apreciar
paisagens que impactem seus pensamentos e interfiram nos seus
modos de olhar.

Horizonte e entorno, navegante e embarcação, As possibilidades de caminhos paralelos, de


fluido e mapa bifurcações, de multiplicações, a inconstância
Os caminhos se diversificam, se ampliam, no ritmo de caminhar, a falta de homogenei-
se estreitam, se aproximam ou se afastam dade nos comportamentos dos diferentes ca-
de um dado objeto de investigação duran- minhantes (ou navegadores) e a diversidade
te as vivências em projetos integradores. de perspectivas dos envolvidos em um projeto

PARTE GERAL – MANUAL DO PROFESSOR | 211


integrador podem causar a sensação, tanto que o produto é superior ao processo, ou vi-

D
em professores quanto em alunos, de que o ce-versa, ou em que uma “disciplina” escolar é
aprendizado não está sendo aproveitável. melhor do que outra, e assim por diante, pois,
É necessário envolver-se em um pensa- de outra maneira, o termo “integrador” não
mento integrador para que a aprendizagem seria adequado.

L
com base em projetos seja reconhecida como
legítima e como uma aprendizagem que tem Qual matemática? (ou: Quais matemáticas?)
valor de processo transformativo para todos. A matemática como proposta de navegação
Os projetos representam um mapa dinâmico no real, não apenas pela instrumentalização dos
– como se as moléculas da superfície de um lago seus conceitos (não restrito ao aspecto utilita-

N
fossem seus pontos primordiais – que possibilita rista e imediatista), mas, principalmente, pela
ao navegador: estruturação da sua linguagem, pelo potencial
i) Aproximar-se ou distanciar-se de objetos de modelar o real, pelo valor estético das suas
do conhecimento pelo movimento in- contribuições metafóricas para o real, pela oferta

P
tencional de busca ou pelo encontro do de uma ética que incentiva as noções de par-
acaso. tilha, de medidas, de proporções e modos de
ii) Estabelecer relações entre objetos dos tratar a informação com o máximo de precisão
quais até então não se esperava conexões. e confiança, entre outros valores intrínsecos à
iii) Percorrer cursos diversos que ligam obje- sua natureza.
IA
tos distintos. Assim como pessoas, povos, culturas e
iv) Reconhecer que os objetos estão sujeitos crenças podem ser estereotipados, igualmen-
ao meio em que estão inseridos. te a matemática corre o mesmo risco. O senso
v) Alcançar destinos que se mostram novos comum pode afirmar que algo é matemática se
pontos de partida. tiver números ou, quando muito, se tiver álge-
vi) Predispor-se a tomar decisões mediadas bra. Abrangente e complexa como todo conhe-
por conceitos que transitam de objetivos cimento humano, a matemática pode ser vista
para subjetivos, e vice-versa. pelos seus valores mais amplos e entrelaçados,
U

vii) Reconhecer-se emancipado e, ao mesmo pelo seu caráter utilitário, mas não só por isso.
tempo, sujeito às condições do entorno, com Pode ser vista, principalmente, por seu valor
possibilidade de lutar pela manutenção, ou cultural, universal, cognitivo, afetivo etc.
propor transformação mediado por experiên- Ao pensar em motivos para explorar as
cias de aprendizagens passadas e presentes. ideias matemáticas, é muito comum virem à
G

A chegada a algum lugar, representada mente dois aspectos da matemática: o utilitário


pelo produto, é apenas um dos aspectos que e o destinatário. Nesse livro de projetos inte-
se pode esperar de um projeto integrador. gradores, a matemática não é nem utilitária
Seria simplista imaginar que o objetivo de um (veículo que possa servir de mula para que
projeto integrador é a produção de um arte- se chegue a algum lugar), nem é destinatá-
fato sólido para ser exposto como um prêmio ria (alvo que se deve acertar com precisão de
por suportar as dificuldades da sua produção centralidade). Pode-se, talvez, afirmar que seja
e que, por essa necessidade imposta, os en- um espaço propício ao trânsito, de tal maneira
volvidos poderiam “forçar” a concretização do que acolha possibilidades para idas e vindas.
produto “para se verem livres” do esforço da Esse lugar é ora passagem, ora ponto de par-
sua construção. Espera-se que em um projeto tida, ora ponto de parada, mas nunca porto
integrador não se estabeleçam hierarquias em final no qual se atraca sem novos destinos.

212 | MANUAL DO PROFESSOR


Projetos e caminhos possíveis
Sapunkele/
Shutterstock

D
Levando em conta a diversidade de ca-
minhos, de modos de percorrê-los e de apre-
ciações dos objetos encontrados/construídos,
Nem utilitária Nem destinatária Nem ponto de
utilizamos percursos que podem acolher o di-

L
fixação verso, processar suas formas e conteúdos e
instaurar o novo como uma porta para outros
O caráter de “lugar” dinâmico no qual os caminhos e, assim, seguir adiante, em um pro-
objetos do real podem ser abordados é co- cesso que não se fecha.
mumente visto como desconfortável. Todavia,

N
Indicados em quatro momentos que, em-
é um processo de descobertas partilhadas: bora estejam encadeados, não necessariamen-
envolve professores, alunos, familiares, entorno te seguem sempre para a frente, um após o ou-
social e outros. Todos oferecendo suas len- tro. As possibilidades de retrocessos, ausência
tes e tomando outras de empréstimo para a de algumas etapas, fusão e simultaneidade de

P
construção dos caminhos e dos destinos, que outras podem ocorrer nos diferentes percursos,
podem ser mutáveis. segundo cada realidade.

1. Compreensão da situação 2. Levantamento das fontes de informação


IA
3. Formalização de conteúdos e produtos 4. Validação

As ações didáticas envolvidas, dentro e fo- possível, entretanto, cada uma leva dentro
ra do espaço escolar, resultam em confluência de si os conceitos estabelecidos por suas
de vertentes distintas, como um saber pedagó- lentes estáticas, por vezes já embaçadas em
gico, um conhecimento técnico-científico, um função dos mesmos usos cômodos. Caso
contexto sociocultural e uma linguagem em- seja totalmente desconhecido, será esse o
U

bebida por uma cultura letrada diversa. Dessa momento das exposições dos primeiros ter-
maneira, toda situação, por mais realista que mos associados ao campo de investigação
seja, será, no espaço amplo escolar, resultante que se deseja navegar.
dessa confluência. Para esse momento, uma roda de conver-
Com base nisso, apresentamos a seguir uma sa iniciada por alguma dinâmica que motive
G

dentre muitas possibilidades de caminhar por as exposições daquilo que cada uma leva
cenários de projetos e por cenários modelados consigo, de modo mais claro ou mais obs-
matematicamente. Os esboços que se mostram curo, pode ser uma opção para fazer surgir
a seguir são genéricos, válidos para qualquer um ideias inesperadas e olhares inusitados que,
dos projetos apresentados neste livro. por falta de compartilhamento com outras
pessoas, tornam-se um conhecimento do
1. Compreensão da situação tipo “peça de sótão”: guardada e esqueci-
Reúna-se com o grupo dos envolvidos no da, perde o brilho porque não é lustrada.
projeto: além de alunos, se possível, envolva Deseja-se que o clima da roda de conversa
toda a comunidade escolar. Crie espaço para seja o mais acolhedor possível e propício às
a apresentação da temática a ser explo- exposições de pontos de vistas e comunica-
rada. A temática pode soar o mais familiar ção dos conhecimentos prévios. Tome nota

PARTE GERAL – MANUAL DO PROFESSOR | 213


do caráter desse campo de conhecimento, serão partilhadas entre todos. Juntamente

D
que pode ser “espontâneo”, parcial, formal, com os envolvidos no projeto, leia a questão
segmentado e até mesmo equivocado. Neste desafiadora dada e incentive-os a readequá-la
material, há sugestões de dinâmicas para ro- às condições e necessidades locais. Desperte
das de conversas. Registre os fatos expostos o olhar dos alunos para as palavras-chave de

L
que lhe despertaram mais atenção, de modo cada pergunta, buscando preservá-las e alterar
que possam servir para tomadas de deci- aquilo que se configura como representativo
sões ao longo do percurso. Com isso, ofereça do anseios da turma.
oportunidades para o aluno ampliar, com- O enunciado das questões mobiliza, por
plementar, revisar e modificar, aprimorar ou

N
si só, um campo que mescla conhecimentos
inovar um conhecimento que tem potencial
de diversas vertentes. Explore com os alunos
de ser trabalhado pelo próprio estudante,
as características relativas à forma da ques-
aprendendo a ser autônomo na busca de
tão e (de) seus conteúdos articulados, dando
fontes e de processos de transformação do
sentido à contextualização. A exploração do

P
saber que leva consigo.
contexto e a estruturação da questão ocorrem
Apresente uma primeira versão de proble-
matização e ofereça oportunidades iguais para de modo simultâneo. Explore com os alunos
todos, de modo que se sintam contemplados os aspectos científicos, tecnológicos, culturais,
para opinar, reformular, ampliar e restringir, sociais, históricos, entre outros, os quais a pro-
blematização invoca para o entorno. Algumas
IA
entre outros ajustes que julgarem pertinente
às necessidades do grupo. Oriente os alunos conjecturas e enunciados espontâneos de
a compreenderem que, nesse momento, em- sentenças conclusivas podem surgir entre os
bora as opiniões pessoais possam ser ouvidas, alunos. Avalie junto com os alunos esses enun-
elas não devem ser impostas pelo desejo in- ciados, buscando averiguar e validar quais têm
dividual, uma vez que as vivências do projeto fundamento ou não.
U

AVALIAÇÃO EM PROCESSO desafiadora. Ao contrário, incentive-os a reco-


nhecer que existem fontes diversas que contri-
Em toda a etapa da compreensão da si- buem para diversos esclarecimentos. Aponte
para os alunos as melhores ações dentro dos
tuação avalie em que medida os alunos estão
grupos, sugerindo fontes confiáveis, auxiliando
G

reagindo aos estímulos expostos. Espera-se


na validação entre pares nos procedimentos
que o aluno reconheça que não existe um “es-
de busca etc. Resista ao desejo de entregar o
paço reservado”, no qual há uma fonte de onde
conceito ou procedimento pronto. A busca é
saltarão soluções e procedimentos necessários
a experiência que dá a oportunidade aos alu-
para as questões levantadas. Nesta etapa, há
nos de conviverem com as frustrações, com o
diversos momentos em que os alunos podem inesperado, com o desconhecido, com as reto-
expor seus pontos de vista e já tomar a iniciativa madas etc. Os limites e o potencial de cada um
de buscar as primeiras fontes de consulta, os virão à tona nesse momento. Nem os limites são
primeiros contatos com as diferentes vertentes tão infindáveis que não possam ser superados,
de conhecimento e os primeiros obstáculos. nem o potencial é tão enraizado que não possa
Cabe ao professor não se colocar na pos- se desestabilizar. Incentive-os a persistir e a
tura de quem sabe todos os conceitos, proce- celebrar os resultados que a cada momento
dimentos ou fatos do campo amplo da questão são alcançados.

214 | MANUAL DO PROFESSOR


2. Levantamento das fontes de informação e daquilo que se desvia por não ser premente

D
As explorações iniciais foram úteis para à questão no momento. Mesmo assim, nada
expor, principalmente, os pontos obscuros a impede que o aluno, individualmente, caso se
respeito da temática. As noções intuitivas e sinta atraído por uma questão que não esta-
espontâneas podem dar lugar a explorações va prevista, busque saber mais sobre o aquilo

L
teóricas. O processo avaliativo da etapa an- que lhe atrai usando recursos próprios. Essa
terior é fonte propícia para nortear as ações é uma das características enriquecedoras das
de agora. As explorações do conhecimento propostas com projeto.
científico, de caráter mais rigoroso, podem ser Nesta etapa, os alunos já deverão ter reu-
nido as fontes confiáveis de consulta e propos-

N
orientadas coletivamente, em grupos ou indi-
vidualmente, segundo a diversidade de neces- to uma relação de fortalecimento entre elas,
sidades. Os alunos devem sinalizar quais são segundo o recorte que fizeram.
suas dificuldades e quais estratégias podem Esta etapa é propícia para a pesquisa in-
buscar para enfrentarem essa etapa. Auxilie dividual. Entretanto, os alunos podem transitar

P
os alunos a fazer “os recortes” dos conheci- entre as tarefas comuns ao grupo e aquelas
mentos, tendo clareza daquilo que se agrega, que valorizam seus potenciais pessoais.

AVALIAÇÃO EM PROCESSO A avaliação não é de matemática, nem da


IA
área X, mas é de envolvimento global.
Nesta etapa, utilize ferramentas avaliativas Efetue as avaliações e proporcione mo-
que contemplem a aprendizagem coletiva, em mentos de comunicação das suas percepções.
grupos e individual. A aprendizagem dos alu- Abra espaço para que os alunos falem sobre as
nos se configura em múltiplas facetas e todas próprias. Incentive-os a enunciar medidas para
merecem ser minimamente diagnosticadas e superar aquilo que reconheceram como suas difi-
consideradas. culdades. Auxilie-os a traçar planos por meio de
O cardápio de opções é amplo: desafios práticas. Por exemplo: criar rotinas de estudos,
U

coletivos orais, registros dos alunos em grupos, ter à mão fontes diversas, impressas ou digitais,
registros ou fichas avaliativas do professor para escrever pequenos parágrafos daquilo que veio
os grupos ou individuais, relatórios de dúvidas em forma de pensamento, levar adiante uma
elaborados pelos alunos etc. dúvida que possa ser partilhada com alguém
Nesta etapa, não se espera que os alunos da comunidade escolar ou algum especialista
G

sejam “condecorados” pela “quantidade de da- de fora etc. Auxilie os alunos a desenvolverem
dos baixados no HD cerebral”, mas que se valo- atitudes de investigação e de rotinas organizadas
rize a predisposição, a iniciativa, as propostas de para a exploração e o estabelecimento de rela-
relações entre os conhecimentos descobertos, ções entre os objetos do conhecimento referido.
as sugestões de intervenção no espaço social, Anote em um dossiê o percurso do de-
as reflexões decorrentes do que descobriram ou senvolvimento socioemocional e cognitivo
do que desejam descobrir ainda etc. dos alunos.

3. Formalização de conteúdos e produtos estão manipulando. Pode acontecer que aquilo


Nesta etapa, os alunos já estão familiari- imaginado no início seja agora para os alunos
zados com os objetos do conhecimento que totalmente diferente, a ponto de acreditarem

PARTE GERAL – MANUAL DO PROFESSOR | 215


se tratar de objetos distintos. É possível, tam- enfrentaram para alcançar o resultado. Neste

D
bém, que os caminhos tenham sido alterados momento, favoreça a discussão crítica, não
por diversas vezes, alguns até mesmo aban- apenas com base na produção individual, mas
donados. Aja diante do aluno com um reco- também nas questões que representaram de-
nhecimento natural dessa possibilidade, uma safios para os grupos e também coletivamente.

L
vez que o caráter experimental sempre tem As noções a respeito da temática e os objetos
uma presença a ser considerada, ainda que de conhecimento a ela associados são agora
você, juntamente com o aluno, tenha pensan- entes da bagagem que ampliaram os alunos.
do em um plano para otimizar o processo de As múltiplas bagagens, agora entrelaçadas
investigação. Até que chegue ao final, o aluno pelos conhecimentos dos alunos da mesma

N
tem a seu favor a possibilidade de testar e sala, podem resultar na produção coletiva. A
ajustar, testar e ajustar quantas vezes forem reunião de esforços para a construção com-
necessárias. Essa etapa é propícia à produção partilhada de um produto que seja espelho de
individual e, diante disso, a noção de certo e um pensamento coletivo deve ser incentivada.

P
de errado não é rígida, mas precisa ser coe- Esse momento favorece o sentimento de per-
rente com o que se pretende e o que vem tencimento entre os alunos e o de responsa-
sendo construído. Cabe ao aluno confrontar bilidade para se dedicarem da maneira mais
sua produção individual com o que ele próprio produtiva em favor do bem-estar de todos e
imaginava alcançar. da criação que seja de todos. A produção co-
IA
Incentive os alunos a expor suas produções letiva deve ser exposta, publicada, dentro ou
individuais e a comentar sobre os desafios que fora dos limites do espaço escolar.

AVALIAÇÃO EM PROCESSO escondem” entre outros que nitidamente de-


monstram destaque. Avalie a participação indi-
Considere a produção individual levando vidual, considerando o contexto de produção
em conta o contexto de produção. Considere coletiva. Estar de corpo presente, mas sem ação
U

o aluno em caráter individual, mas também ou sem intervenção propositiva diante do grupo
diante do grupo com o qual esteve envolvi- não é suficiente. Resgate dos seus registros pes-
do. É possível que, muitas vezes, o processo soais ao longo dessa etapa as notas avaliativas
de produção individual seja para o aluno mais e, com elas, elabore um relatório que sintetize a
representativo do que a própria produção final. atitude geral diante do enfretamento dos desa-
G

Esteja atento e considere essas duas dimen- fios impostos pela vivência de projeto integrador.
sões para que a avaliação seja o mais justa e Tire conclusões que possam auxiliar você nos
equitativa possível. próximos projetos, para que a cada nova vivência
Considere finalmente a produção coletiva. possa haver um salto qualitativo no envolvimento
Os alunos se misturam no coletivo e muitos “se de todos.

4. Avaliação final
Após a exposição da produção coletiva e das oportunidades de intervenção social, decor-
rentes do produto proponha um momento para reflexões finais de cunho avaliativo.
Crie formas de avaliação da aprendizagem individual, por exemplo, modelos de fichas
autoavaliativas.

216 | MANUAL DO PROFESSOR


Veja uma sugestão genérica:

D
Frequentemente Às vezes Quase nunca
Aprecio realizar trabalhos em equipe.

Favoreço o convívio harmonioso em grupo.

L
Proponho estratégias para a busca de soluções de
conflitos no grupo a que pertenço.

Promovo as ideias de outras pessoas quando elas


são benéficas ao grupo, dando o crédito a quem
de direito.

N
Após as reflexões individuais (a sugestão com a experiência do projeto. Incentive os re-
acima enfatiza o caráter do aluno quanto ao latos de cada aluno e, enquanto relatam, pon-

P
modo que ele se vê diante do grupo), propo- tue com suas considerações de quem esteve
nha momentos de avaliação coletiva daquilo dentro, porém, monitorando e auxiliando nas
que eles julgam ter sido um valor adquirido retomadas de direção.
IA
U
G

PARTE GERAL – MANUAL DO PROFESSOR | 217


D
L
N
PROJETO INTEGRADOR 1
P
IA

CORPO SEMPRE JOVEM


U

TEMA INTEGRADOR
• STEAM
G

TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS


Esse projeto possibilita a abertura para a articulação do Tema Integrador com:
• Ciência e Tecnologia
• Saúde
• Processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso
1. APRESENTAÇÃO DO TEMA E JUSTIFICATIVA da engenharia robótica e as investigações do

D
potencial do corpo para a arte se mostram en-
apresentação do TEMA INTEGRADOR trelaçados como uma estrutura natural, própria
DO PROJETO 1: STEAM do cenário de que muitas questões contempo-
As transformações na sociedade, as mu- râneas fazem parte. O isolamento disciplinar

L
danças tecnológicas e as relações humanas clássico de um de seus aspectos pode gerar
com o meio contribuíram para as alterações perdas na compreensão global da temática
no modo como se concebe o corpo quanto explorada no projeto.
a sua forma e aparência. Ter a possibilidade O uso das tecnologias digitais se dá como
de viver mais, ter acesso aos recursos mais via de acesso aos conhecimentos, como fonte

N
avançados da medicina, ampliar as noções de informação e também como meio para ex-
de arte como criadora de novos modelos posição das criações coletivas ou individuais
de corpos compõem uma estrutura propí- dos alunos.
cia às explorações articuladas entre Ciência, A arte é conteúdo da temática do corpo

P
Tecnologia, Engenharia, Arte e Matemática e é também forma para o aluno se expressar
(STEAM). quanto ao que buscou, explorou e produziu de
Os conceitos científicos – matemáticos ou conhecimento ao longo do projeto, valendo-se
não –, os impactos da tecnologia, os artefatos das diversas linguagens artísticas.
IA
JUSTIFICATIVA apresentar propostas de intervenção nesse ce-
nário por meio da consciência crítica.
Ter um corpo saudável, nos dias de hoje,
As apresentações de propostas envolvem
demanda uma rede de necessidades individuais conceitos de áreas presentes em comparti-
que mobiliza cuidados corporais de caráter mé- mentos que, em geral, não se comunicam ou,
dico, higiênico, estético e social. O entrelaça- quando se comunicam, uma está subjugada à
mento dessas necessidades frequentemente outra – por exemplo, a matemática a serviço da
compõe a imagem de um corpo idealizado, en- medicina ou a medicina a serviço de melhorias
U

fatizando o modelo de um corpo sempre jovem. na tecnologia.


O indivíduo que busca manter – ou esten- As questões apresentadas nesta proposta
der ao máximo – a juventude do corpo está de projeto integrador mesclam os conhecimen-
imerso em uma sociedade que possibilitou o tos de maneira que ora um é meio, ora outro é
aumento da expectativa de vida, o avanço da fim para novamente ser meio. As ferramentas
G

tecnologia na medicina, a exploração dos limites matemáticas sugeridas no Livro do Estudante


do corpo pela arte, a exposição pública do cor- são as mínimas necessárias para incentivá-lo aos
po como um objeto pelas redes sociais. Todas processos de investigação segundo a visão de
essas possibilidades levam consigo as marcas que o conhecimento é, na totalidade, composto
da contemporaneidade: ações individuais para por segmentos entrelaçados e articuláveis.
obtenção da melhor forma física, do máximo de Ao final do projeto, o aluno terá vivenciado
longevidade, da durabilidade da aparência, de oportunidades de formular questões, ter iniciativas
vigor, do permanente estado de felicidade etc. para a busca de soluções, eleger formas de comu-
Esse é o cenário posto na atualidade. nicar e apresentar as informações e descobertas.
Alunos e professores(as) podem reunir-se para O produto final será a elaboração de uma
debater e criticar o quanto é necessário, sau- peça artística que sintetize, de modo crítico e
dável e urgente aceitar esse cenário tal como criativo, o fenômeno contemporâneo da manu-
está posto. Em contrapartida, juntos, podem tenção da aparência sempre jovem do corpo.

MANUAL ESPECÍFICO | 219


2. SUGESTÃO DE ROTEIRO DIDÁTICO PARA A CRONOGRAMA

D
EXPLORAÇÃO DO PROJETO 1 Período letivo previsto para desenvolvi-
mento deste projeto: 1 semestre

encaminhamentos
Duração
Quantidade

L
Para o professor aproximada
de páginas
Dispositivo com acesso à internet (para
(em meses)
RECURSOS explorar, antes dos alunos, os conteúdos PÁGINAS INICIAIS + TRA-
digitais sugeridos ao longo do projeto); 6 + 8 = 14 2
MÍNIMOS JETO 1
Controle de acompanhamento das

N
aprendizagens deste projeto (individual e TRAJETO 2 4 0,5
em grupo);
Seleção de livros didáticos diversos ou TRAJETO 3 + PÁGINAS FINAIS 6+2=8 1, 5
outros livros de referência com conteúdo
matemático que exponham: variação
de grandezas, unidades de medida e
transformações homotéticas.
2.1 Compreensão da situação

P
• Apresentação do tema
Compor a turma em pequenos grupos;
TAREFAS Verificar o funcionamento dos O tema da manutenção do corpo jovem
PRÁTICAS equipamentos de multimídia; deve ser exposto aos alunos. Isso pode ser
Disponibilizar mural para exposição dos
trabalhos dos alunos; feito em uma roda de conversa. Para esse te-
Disponibilizar laboratório de informática ma sugerimos dois formatos, embora sejam
para a aula de homotetia (dispensável
IA
possíveis outros diferentes destes.
caso todos os alunos tenham os
necessários recursos em seus próprios a) Passa a bolinha. O objetivo é que todos
dispositivos móveis). da roda possam falar um pouco sobre o
que sabem ou imaginam sobre o tema.
Para o aluno Será necessária uma bolinha: de pingue-
Diário do navegador (caderno ou -pongue, tênis ou de papel amassado.
RECURSOS bloco de anotações exclusivo para este Jogue a bolinha para um aluno aleatoria-
MÍNIMOS projeto); mente. Ele deve expor em poucas palavras
U

Livros didáticos de Matemática para


pesquisas diversas; as ideias que tem em mente a respeito
Lápis grafite; Caneta; Borracha; desse tema. Feito isso, o aluno joga a boli-
Dispositivo com acesso à internet;
Aplicativo free de matemática dinâmica
nha para outro e o processo segue até que
que combina conceitos de geometria e o último tenha falado e lance a bolinha de
álgebra volta para a sua mão. Tome nota das ideias
G

TAREFAS Baixar o aplicativo free de matemática mais relevantes para posterior retomada,
dinâmica que combina conceitos de
PRÁTICAS
geometria e álgebra em uma única
fazendo comparação do quanto as ideias
ferramenta em seu dispositivo móvel; iniciais evoluíram.
Manter carregado o seu dispositivo móvel; Esse formato de roda é ideal para turmas
Formar e se manter em grupo para os
trabalhos. pequenas ou para as que são sempre os
mesmos a falar. Essa é uma maneira de dar
Verifique com antecedência se todos os voz aos que habitualmente se calam.
itens estão disponíveis ou se o acesso a eles b) Grupo de hashtags. O objetivo é compor
é imediato. Quanto aos preparativos do aluno, uma lista de hashtags que os alunos re-
listados no quadro correspondente, monitore- conheçam, inicialmente, como adequadas
-os avaliando quais itens eles ainda não pos- para classificar o conteúdo a ser inves-
suem ou quais alunos ainda não os possuem. tigado por meio dessa temática. Deixe

220 | PROJETO 1 | CORPO SEMPRE JOVEM


que todos participem anunciando suas Fica a cargo dos alunos e do(da) professor(a)

D
tags e explicando por que as elegeram. elegerem os conteúdos (matemáticos ou não)
Não imponha quantidade, mas, ao final, que desejam investigar, porém é necessário que
caso tenha ultrapassado n hashtags (sendo levem a cabo os conteúdos aqui propostos, pois
n = número de alunos na sala), proponha esses são considerados básicos, ou seja, o míni-

L
que sejam eliminadas algumas, ficando mo necessário para uma proposta integradora
uma para cada aluno, que deverá “cuidar” do conhecimento e necessária para que possam
dela até o processo final, quando poderá abrir outras possibilidades de investigação.
expor, individualmente, parte do conteúdo Veja algumas possibilidades de formulação
que investigou a respeito dela. para a questão desafiadora:

N
a) No futuro os corpos serão biológicos?
• Problematização b) Quais as funções do corpo no futuro que
Embora haja uma problematização já ex- hoje não existem?
posta (Como será o corpo humano do futu- c) Os corpos de amanhã terão aparência

P
ro?), é possível propor outras questões dentro humana?
dessa temática.
Caso os alunos tenham formulado uma per- • Contextualização
gunta desafiadora diferente da que está dada, O mais comum é que a contextualização e a
proponha que utilizem este projeto como um problematização ocorram simultaneamente. Esse
roteiro que sinalizará direções a serem tomadas
IA
momento é necessário para situar os aspectos
do ponto de vista estrutural (quais etapas, quais científicos, tecnológicos, artísticos e matemáticos
escolhas, como avaliar etc.) e não do ponto de que estão envolvidos na temática norteadora
vista do conteúdo exato, tal como aqui é pro- do projeto. A questão desafiadora aponta uma
posto. Para isso, o ideal é que, na pergunta busca articulada entre campos de conhecimen-
formulada por eles, existam as palavras-chave to diversos. Nesse momento os alunos podem
“corpo humano” e “futuro” ou variações como enunciar hipóteses que apontem para a medici-
“corpo”, “aparência física”, “amanhã” etc. na, para a arte, para a matemática etc.
U

AVALIAÇÃO EM PROCESSO quais vieram suas dúvidas. Primeiramente


farão isso abordando os conceitos de modo
Avalie as dificuldades dos alunos, agrupan- isolado e, em seguida, buscando identificá-
G

do-os segundo algumas características que lhes -los em aplicações práticas. Ou o contrário, a
sejam comuns. Por exemplo: depender do perfil do grupo.
a) Dificuldades na compreensão conceitual. b) D
 ificuldades na compreensão dos pro­
Há, por exemplo, alunos que não compreen- cedimentos de execução. Por exemplo, as
dem o que é expectativa de vida? Ou não têm dificuldades relacionadas às ferramentas de
clareza sobre as noções de grandeza ou de pro- construção de gráficos, sejam digitais ou não.
porcionalidade? Há alunos que não compreen- Para esses, organize também outro grupo, sob
dem as noções de variação de uma grandeza? a orientação de algum aluno, para que explo-
Para essas dificuldades, crie nichos de explo- rem com mais detalhes cada etapa da constru-
ração temática: grupos de alunos que se en- ção de um gráfico.
carreguem de buscar, compartilhar, explorar, Finalize propondo que façam seminários, ex-
processar e comunicar informações teóricas pondo para a turma os conhecimentos que
que envolvam os conceitos específicos dos descobriram/aprenderam.

MANUAL ESPECÍFICO | 221


Neste projeto a expectativa de vida é dada possível que o aluno se depare com aquilo

D
como um contexto introdutório para que os que julgue não ter ainda, não dominar ou que
alunos mobilizem conceitos das ciências hu- não lhe pareça suficientemente claro. Isso fará
manas e ao mesmo tempo de matemática. As com que busque as “peças” necessárias para
formulações de hipóteses nessa etapa são bem- enfrentar as questões desafiadoras do projeto.

L
-vindas, pois motivam os alunos a buscar por Os conceitos a respeito de grandezas e suas
conhecimentos na sua forma “entrelaçada” (mais unidades de medida, suas representações, seus
próxima do real), e não recortada por disciplina múltiplos, submúltiplos, os procedimentos de
(mais próxima do didatizado), como é o usual medição adequados a cada situação, seja do
nos trajetos escolares. Formulações como “Qual campo da medicina, da engenharia ou outros

N
é o impacto da tecnologia para o bem-estar do campos da atuação humana, farão o aluno bus-
corpo?” podem ser uma questão da engenharia, car além do que está proposto como mínimo
das ciências humanas, da medicina ou da arte? no projeto. Nesse momento, incentive os alunos
Questões como essas favorecem o aluno a rom- com questões que ampliem as já propostas no

P
per com a busca por respostas em “gavetas de Livro do Estudante:
conhecimento” que não se misturam. a) Quais as unidades de medida mais fre-
Dada a pergunta: “Considerando que as quentes no campo da medicina cirúrgica?
pessoas estão vivendo mais tempo, qual o le- b) Por que, em algumas situações, não é pos-
gado, que você reconhece como um valor, de sível utilizar as unidades de medida de ba-
IA
gerações anteriores à sua podem deixar para a se (como o metro, o quilograma etc.)?
sua geração?” Por meio dela, incentive os alunos c) Será que os instrumentos de medida utili-
a apresentar respostas utilizando não apenas os zados na medicina são os mesmos utiliza-
conhecimentos matemáticos (grandezas, ten- dos no cotidiano, como a fita métrica, por
dência, variação etc.), mas uma mescla na qual exemplo? Como são esses instrumentos?
não seja possível situar onde acaba um conhe- Lance questões que sejam desafios para
cimento e onde começa o outro, porque no os alunos, para aprofundarem seus conheci-
mundo real ocorrem naturalmente misturados. mentos a respeito dos contextos como da tec-
U

nologia médica, da robótica, dos avanços da


2.2 Levantamento das fontes de informação biologia e suas relações com os conhecimentos
• Exposição teórica matemáticos envolvidos. Por exemplo:
Os conceitos iniciais relacionados à varia- a) Vocês julgam natural a busca persistente
ção de uma grandeza e à expectativa de vida das pessoas em retardar os aspectos do
G

já foram explorados em qualidade satisfató- envelhecimento do corpo? Argumentem


ria. A aprendizagem ocorreu não apenas pelo em favor de suas ideias.
acesso dos objetos do conhecimento (concei- b) Que propostas vocês apresentariam, co-
tos, fatos e procedimentos), mas principalmen- mo alternativas, para a compreensão do
te pela experiência da busca do que é pouco envelhecimento do corpo de modo mais
conhecido, da vivência entre idas e vindas, das natural e saudável?
testagens e validações das formas pessoais de
aprender, das experiências de se sentir seguro • Pesquisa individual
com sua própria aprendizagem etc. As questões exploradas na etapa anterior são
O mais comum é que essa etapa ocor- fundamentais para que os alunos reconheçam
ra ou decorra de algum processo avaliativo quais delas lhes despertam maior curiosidade.
da etapa anterior, a de contextualização. É Essa percepção é fundamental para o processo

222 | PROJETO 1 | CORPO SEMPRE JOVEM


de pesquisa individual do aluno. Ele deve declarar alertar para os riscos dessa busca. Se julgar con-

D
ao(à) professor(a) qual questão o instiga a uma veniente, agende um dia especial para que to-
busca mais profunda. Ou o(a) professor(a) pode dos possam pesquisar sobre os processos de
retomar ao “cardápio” das hashtags da etapa de criação e de expressão da linguagem a qual o
apresentação do tema e propor ao aluno que grupo deles escolheu. Proponha que, em grupo,

L
identifique aquela que mais o agrada ou a que eles façam esboços, esquemas, mapas, planos
mais o induz à busca investigativa. escritos, desenhos, temas musicais etc., tudo
Incentive os alunos a pensarem sobre qual que contribua para compor a estrutura da peça
linguagem artística (Artes visuais, Dança, Música artística a qual será o produto final.
ou Teatro) desejam utilizar para apresentar co- Nesse momento, pergunte aos alunos qual

N
mo produto final a crítica à temática da busca a linguagem artística escolhida pelo grupo.
do corpo “ideal”, sempre jovem e nos padrões Tome nota para que você possa monitorar a
ditados pela mídia. Nessa proposta eles devem produção individual e também a do grupo.

AVALIAÇÃO EM PROCESSO

Proponha que o aluno elabore questões


P ii) Ciências da Natureza e suas Tecno­
IA
ou reformule algumas já propostas no Livro do logias. Qual é a relação entre a variação
Estudante, pelas quais seja dada maior ênfase do “peso” dos ferros puxados e a varia-
a uma área do conhecimento e que envolva a ção do desenvolvimento dos músculos?
temática deste projeto. Esse exemplo questão pode ser a legenda da
Exemplos de questões: imagem a seguir que está proposta no 3º trajeto.
i) Linguagens e suas Tecnologias. Como

VGstockstudio/ Shutterstock
divulgar para um público jovem que nem
toda busca pela imagem perfeita do corpo
U

é saudável?
Não se espera que respondam à pergunta
com uma resposta cabal. Porém, oriente-os a
elaborar um esboço de subprojeto necessário
para a busca, o processamento e as formas de
G

divulgação de resultados dos conhecimentos Utilize essa questão proposta no Livro do


envolvidos nessa pergunta. Estudante para avaliar:
Espera-se que os alunos despertem uns nos (a) o s procedimentos matemáticos que
outros a necessidade de divulgar pensamentos farão compreender melhor a questão
críticos e criativos a respeito das transformações elaborada;
do corpo e suas consequências. (b) as estratégias de busca de conhecimento
Com base na elaboração da questão e nas para encaminhamento da solução;
propostas de encaminhamentos, avalie: (a) as (c) as formas de representações da reso-
formas de produção de discursos; (b) as possi- lução de modo que possam contribuir
bilidades de interpretação crítica da realidade; para a formação geral das pessoas que
(c) as práticas culturais de caráter artístico e que entrarem em contato com a comunicação
favoreçam a mobilização dos conhecimentos etc. dessa resolução.

MANUAL ESPECÍFICO | 223


dos alunos para elementos matemáticos da

D
2.3 Formalização de conteúdos e produtos realidade, buscando quais atributos podem
• Produção individual ser associados a grandezas, quais represen-
O mais usual é que essa etapa seja si- tam caráter de variação, quais unidades de
multânea à etapa anterior, quando o aluno se medida lhes são próprias, quais as relações de

L
lança às suas pesquisas individuais na busca transformações (se homotéticas ou não) etc.
e formulação de questões que envolvam co-
nhecimentos a respeito do corpo, suas possi- • Produção coletiva
bilidades matemáticas de investigação e suas Nessa fase, a produção da peça artística
possibilidades científicas de outras áreas. deve estar em processo. Aceite as diversas

N
As produções individuais dessa etapa de- possibilidades de formas: os vídeos de arte, os
vem ser expostas para valorizar novas oportu- filmes, a performance, a dança, a intervenção
nidades de buscas individuais e para compar- artística, a instalação, a pintura, a fotografia, a
tilhar estratégias de soluções e de representa- música, o teatro, o número de circo etc. É possí-

P
ções dos resultados obtidos individualmente. vel que muitos alunos ainda estejam com dificul-
Nessa etapa os alunos já devem estar em dades para dar o passo inicial para a produção.
fase de finalização da produção da peça ar- Oriente-os na organização das etapas. Não
tística que represente as ideias e críticas cria- espere que você seja o “especialista” em Arte,
tivas do processo de descobertas a respeito mas você pode contribuir ao analisar quais eta-
IA
do corpo e da manutenção da juventude no pas eles estão planejando para o processo de
decorrer do tempo. Dê oportunidades para pesquisa e criação artística, quais objetos e
que escolham as possibilidades dentro de ca- conteúdos estão propondo utilizar, quais for-
da linguagem artística. Faça acordos para a mas de apresentação estão planejando etc.
finalização com agendamento de datas. Analise, ouça as ideias deles e proponha me-
lhorias quanto aos tempos, aos recursos, às
• Discussão crítica pessoas e seus perfis mais adequados para
A exposição das produções individuais cada tarefa ou para cada “fatia” da produção
U

(ou mesmo das produções que ocorreram em dessa peça. Estruturar o percurso construtivo
pequenos grupos) pode servir de ponto de de um produto final é um dos papéis do(da)
partida para uma discussão crítica, tanto do professor(a) que vai liderar esse projeto.
ponto de vista dos conhecimentos adquiridos Oriente os alunos na busca de informações.
a respeito das transformações do corpo, das Por exemplo, se desejam compor uma música
G

buscas pelos modelos de saúde, de higiene peça que busquem conhecimentos em fontes
e de beleza, quanto do ponto de vista dos impressas ou digitais ou ainda em profissionais
trajetos de investigação no ramo da pesquisa do ramo para que possam ampliar os conhe-
científica ao qual os alunos se lançaram. cimentos sobre as etapas de composição de
Proponha que verbalizem o que com- uma música, quais softwares existem para au-
preenderam sobre as noções de homotetia xiliar na composição, como construir o motivo
e as relações de semelhança ou de “deforma- musical da melodia, como escrever a letra da
ção” das figuras que não se “sujeitam” aos canção, etc.
critérios da homotetia. Sugira que avaliem a Combine uma data para a apresentação
exposição verificando se, na totalidade dos pública da peça artística.
produtos expostos, é possível fazer essa leitu- Na data combinada, todos já devem ter o
ra. Proponha questões que estimulem o olhar produto final em sua fase de finalização.

224 | PROJETO 1 | CORPO SEMPRE JOVEM


A produção das peças artísticas, embora voltado para as posturas do aluno diante dos

D
seja resultado dos trabalhos em grupo, tem desafios da pesquisa.
uma repercussão coletiva, pois se trata do mo-
mento da apreciação do aprendizado exposto
por uma linguagem que se desloca do científi-

L
co para o artístico e que favorece a apreciação Reconheço quando tenho
dificuldades.
coletiva dessa proposta artística de divulgação
Busco recursos para superar
de conhecimento. minhas dificuldades.
Esse deslocamento de uma para outra lin- Eu me envolvo com muita
guagem pode gerar perdas ou ganhos dentro dedicação nos trabalhos

N
das duas linguagens. Cabe aos alunos e ao(à) individuais.
Eu me envolvo com igual
professor(a) avaliar a natureza das perdas: se são
dedicação nos trabalhos coletivos.
contornáveis ou se têm possibilidade de restau-
Reconheço o processo
ração. Também cabe uma avaliação da natureza construtivo de conhecimentos,

P
dos ganhos (em clareza? De maior atração da sejam matemáticos ou não.
atenção do espectador? De mais informalidade Valorizo o processo construtivo
dos conhecimentos.
na abordagem das ideias/conceitos?). A produção
Reconheço o valor da
coletiva se torna enfática na apreciação coletiva persistência na busca de
das produções originadas nos pequenos grupos. conhecimentos novos.
IA
Reconheço o valor das trocas de
aprendizagens entre parceiros.

AVALIAÇÃO EM PROCESSO Eu me dedico a aprender


mesmo quando ainda não
possuo conhecimento algum,
Tome nota das atitudes demonstradas por por exemplo, ao compor uma
canção.
alguns alunos como sendo de maior relevância
Eu busco as melhores ferramentas
para a disseminação de boas atitudes diante para superar uma dificuldade
do processo investigativo: quais alunos foram ou alcançar um aprendizado
U

que ainda não possuo, como


mais proativos, quais tiveram pouca expressi-
representar um personagem.
vidade e as causas desses comportamentos.
Aprecio as produções finais pela
Avalie se, esmiuçadas o suficiente, as satisfação pessoal.
etapas anteriores (por exemplo, a de expo- Aprecio as produções finais como
sição teórica) podem, em novas oportunida- um bem comum, que favorece os
G

vínculos entre os integrantes da


des, ser reajustadas. turma.
Elabore um relatório que sintetize a atitu-
de geral diante do enfrentamento dos desafios • Avaliação coletiva
impostos pela vivência do projeto integrador. O ideal é que seja feita após as propostas
de intervenção social (sarau), assim os alunos
podem tecer comentários, críticas, sugestões
2.4 Validação final ou propostas de ampliação que abarquem des-
• Avaliação da aprendizagem individual de o início do projeto até as implicações do
Cabe ao aluno sentir-se responsável pelo sarau para a comunidade escolar ou o entorno
sucesso ou não no processo investigativo de do bairro. Tome nota das conclusões mais re-
um projeto integrador. Incentive modalidades levantes e partilhe essas notas (sem identificar
de autoavaliação. Apresentamos um exemplo os autores) na rede social da turma.

MANUAL ESPECÍFICO | 225


3. COMENTÁRIOS E RESOLUÇÕES expectativas de sobrevida varia, aparen­

D
temente, sem um padrão.
PÁGINA 15 2. Comparando as duas grandezas, podemos
Depois da leitura da reportagem “Expec­ concluir que não são proporcionais, porém
tativa de vida dos brasileiros aumenta para têm comportamentos inversos, ou seja,

L
76,3 anos em 2018”, aprofunde com os alunos enquanto uma aumenta, a outra diminui,
os motivos pelos quais eles acreditam que a mas não proporcionalmente.
expectativa de vida dos brasileiros aumentou. 3. Resposta pessoal. Porém espera-se que,
ao mencionar seu projeto de futuro, o
aluno considere os estudos a respeito da

N
A expectativa de vida dos brasileiros, expectativa de vida.
em comparação com a expectativa de vida
estimada mundialmente, é maior. Explore PÁGINA 16
com os alunos os fatores responsáveis pela Observe se a turma compreendeu bem o

P
definição da expectativa de vida, que leva que é uma grandeza – grandezas são as pro­
em conta os seguintes indicadores: priedades físicas mensuráveis de um fenômeno,
• Desenvolvimento social corpo ou substância, ou seja, tudo aquilo que se
• Educação pode medir. Ou, segundo o Instituto de Pesos e
• Infraestrutura Medidas (IPEM): “Atributo de um fenômeno, cor­
IA
• Meio ambiente po ou substância que pode ser qualitativamente
• Pobreza distinguido e quantitativamente determinado”.
• Política econômica e dívida 1. Primeiro quadro: grandezas inversamen­
• Saúde te proporcionais, pois, quanto maior for
• Setor financeiro sua velocidade, menos tempo irá precisar
• Setor privado e comercial para percorrer o trajeto, além do que se a
• Setor público velocidade dobrar, por exemplo, o tempo
• Trabalho e proteção social reduzirá à metade. Conduza a interpreta­
U

Disponível em: www.google.com/publicdata/ ção da velocidade com os alunos: se, a


explore?ds=d5bncppjof8f9_&met_y=sp_dyn_le00_ cada uma hora, o ciclista percorre 15 km, é
in&idim=country:BRA:USA:MEX&hl=pt&dl=pt# possível descobrir a distância até o trajeto
!ctype=l&strail=false&bcs=d&nselm=h&met_ de uma maneira intuitiva.
y=sp_dyn_le00_in&scale_y=lin&ind_ Segundo quadro: grandezas diretamente
G

y=false&rdim=region&idim=country: proporcionais, pois, quanto maior for a


BRA&ifdim=region&tdim=true&hl=pt&dl=
quantidade de amigos, maior será o pre­
pt&ind=false. Acesso em: 23 fev. 2020.
ço que terão de pagar, além do que, se
o número de amigos for reduzido a um
1. Conforme a idade aumenta, a expectativa terço do que é, por exemplo, o valor a ser
de sobrevida diminui, ou seja, uma sequên­ pago também será um terço do original.
cia é crescente, enquanto a outra é decres­ Terceiro quadro: grandezas não propor­
cente. Todavia, vale ressaltar que não são cionais, pois a altura de uma pessoa não
grandezas proporcionais, pois não existe está relacionada apenas à sua idade; exis­
uma constante k de proporcionalidade. tem outros fatores que influenciam, por
A sequência das idades está variando a exemplo, predisposição genética, alimen­
cada 10 anos, enquanto a sequência das tação, dentre outros.

226 | PROJETO 1 | CORPO SEMPRE JOVEM


2. Verifique se os exemplos citados pelo alu- e à leitura dos dados, coerência nos dados e

D
no satisfazem a condição da lista a qual legenda, se necessário. Também oriente que
pertencem. o gráfico deve ser simples e claro.
Respostas possíveis: Sugira alguns aplicativos, softwares ou pla-
taformas para as duplas que forem construir o
Grandezas diretamente proporcionais

L
gráfico no editor digital. Proponha também que
Situações: eles pesquisem na internet outros aplicativos.
1) Preço total do pão dependendo da sua massa;
2) “Peso” total de pessoas com mesma massa em
um elevador e a quantidade de pessoas; PÁGINA 19
3) Quantidade de passos e distância percorrida. 1. Verifique se o gráfico apresentado pelo

N
Grandezas inversamente proporcionais aluno está de acordo com o da questão e
se ele traçou a reta entre os pontos corre-
Situações:
1) Velocidade de um automóvel e o tempo no tamente. Observe exemplo de resposta:
trajeto percorrido por ele;
Crescimento da população brasileira (1940-2010)

P
2) Tempo gasto para limpar a casa e a quantidade
260
de pessoas de mesma capacidade ajudando;
240
3) Quantia individual recebida em uma partilha
220
População (em milhões de habitantes)
equitativa dependendo do número de pessoas.
200
Grandezas não proporcionais 180
160
Situações: 140
IA
1) Tamanho do calçado de uma pessoa e sua idade; 120
2) Altura de um cachorro e a quantidade de ração 100
que ele consome; 80
3) Largura de uma barra de ferro e sua temperatura. 60
40
NOTA: Aceite também as propostas enun- 20
1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 2030
ciadas na forma de situação-problema. Ano

Observe que os segmentos são muito pró-


PÁGINA 17 ximos, sendo assim uma boa estimativa.
U

1. A variação foi de 31,2 anos. 2. A projeção para a população de 2030 deve


2. Resposta pessoal. Todavia, espera-se que o ser em torno de 235 milhões de habitantes.
aluno utilize conhecimentos de Matemática e Observe o exemplo de resposta:
suas ferramentas de análise de gráficos, além Crescimento da população brasileira (1940-2030)
de considerar as informações apresentadas
G

260
no vídeo a respeito do aumento da expec- 240
População (em milhões de habitantes)

220
tativa de vida, para argumentar de maneira 200
clara e consistente em favor da sua resposta. 180
3. Resposta pessoal. 160
140
120
PÁGINA 18 100
80
Auxilie os alunos na reconstrução dos grá-
60
ficos de Expectativa de vida ao nascer – Brasil 40
(1940-2020) chamando atenção deles quanto 20
1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 2030
aos aspectos técnicos como título acima do Ano

gráfico, nomeação dos eixos, intervalos fixos e NOTA: Considere apenas variações desse
de tamanho adequado à construção do gráfico valor, como 230 ou 240 milhões de habitantes.

MANUAL ESPECÍFICO | 227


PÁGINA 20 que descrevam aspectos da “transforma-

D
1. Utilize a estratégia de aproximação linear ção” (que não estão dados em nenhuma
como anteriormente, orientando o aluno das imagens), ou seja: o que levou o es-
a traçar um segmento de reta do primei- tado inicial a atingir o estado final? Quais
ro ponto (45,5) ao último que aparece no grandezas estão variando no processo de

L
gráfico (76,7). Logo depois, deve prolongar transformação? O tempo? Os índices de
esse segmento até 2030. A idade proje- desenvolvimento social? Os indicadores
tada para 2030 é de aproximadamente dos impactos tecnológicos (como o acesso
80 anos. Observe exemplo de resposta: à informação, ao conhecimento científico
e tecnológico)?

N
Expectativa de vida ao nascer (1940 a 2030) Essa é uma situação-problema de caráter
100 marcadamente imaginativo, não focado
90
em questões de aspecto prático-utilitário,
todavia tem seu valor por estimular o alu-
80

P
no a: expressar suas ideias utilizando ele-
Idade (em anos)

70
mentos do pensamento matemático (como
60
noções de variação de grandezas); sinteti-
50
zar respostas com base na percepção de
40
elementos abstratos (como as noções de
30
IA
“variação”); apresentar conclusões utilizan-
20
do diferentes registros e linguagens.
10
b) Debata com os alunos o aumento crescente
0
do envolvimento humano com máquinas e
1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 2030
Ano robôs, questionando até onde essa relação
NOTA: Considere apenas variações desse pode ir e quais seriam os limites saudáveis.
valor, como 75 ou 85 anos. c) Resposta pessoal.
2.
U

a) A região que possui menor variação em PÁGINA 23


relação à média brasileira é a Sudeste, com Informe aos alunos que as pesquisas clí-
uma diferença de 37,9 − 37,5 = 0,4. nicas trabalham com a observação e a análise
b) A região que possui maior variação é a de desfechos (ou eventos) relacionados ao
Centro-Oeste, com uma diferença de impacto que uma intervenção no âmbito da
G

41,1 − 37,9 = 3,2. medicina pode ocasionar na saúde de uma


população.
PÁGINA 21 Comente com os alunos que, em medici-
3. na, os riscos são estudados e podem ser me-
a) Resposta pessoal. Proponha aos alunos didos com base em comparações. Os estudos
que considerem essa situação como um comparam um grupo de pessoas expostas a
problema que envolve ideias de transfor- uma doença e outro grupo de pessoas não
mação e que pode ser interpretado as- expostas. As incidências do evento obser-
sim: a obra original é o “estado inicial” vado em pessoas expostas são calculadas
da situação; a paródia é o “estado final” relativamente às incidências desse evento
decorrente da transformação. Oriente o sobre as pessoas não expostas. Os fatores
olhar dos alunos para formularem questões que envolvem os aspectos dessa doença são

228 | PROJETO 1 | CORPO SEMPRE JOVEM


identificados e medidos por sua possibilida- acatarem os padrões e buscar, a todo cus-

D
de de ocorrência relativa superior a 1. Se for to, que seu corpo caiba nesses padrões.
inferior a 1, o fator observado é protetor para Se julgar oportuno, ao final, quando cada
a doença estudada. aluno já tiver feito suas notas pessoais,
1. Verifique se a resposta do aluno realmente proponha um debate cuja proposta seja

L
é uma grandeza, e não apenas um exem- valorizar as diversas formas de corpo: di-
plo específico (erro comum entre os alu- versidade de medidas físicas do corpo e
nos), e se satisfaz a condição de ser um diversidade de etnias. Reforce no debate
evento da medicina. Algumas respostas que as outras dimensões do corpo (psi-
que podem surgir são: área (do corte), cológicas, sociais e espirituais) são tão ou

N
risco (de morte ou adquirir uma infecção mais importantes do que a forma física.
por bactéria), custo (da cirurgia), massa (do Converse sobre o quanto o ser humano é
medicamento), entre outros. complexo e que seria simplista restringir as
2. Perda sanguínea é a única grandeza que qualidades e capacidades de uma pessoa

P
pode ter um valor numérico associado à sua à sua aparência física.
medida. Por exemplo, um paciente pode ter 2. Possibilidades de itens para a lista a ser
perda sanguínea de 20% do volume total elaborada pelos alunos:
de seu sangue. As demais são grandezas i. incentivar a participação da família;
qualitativas (nominal), e podem ser orde- ii. esclarecer que cada adolescente é dife-
IA
nadas. Por exemplo, o estado emocional rente um do outro e todos são normais;
de um paciente pode ser ordenado como iii. debater sobre o conceito de “normal”
sendo muito preocupado, pouco preocu­ dentro do contexto da diversidade (ser
pado, não estou preocupado. diferente não é ser anormal);
3. Resposta pessoal, porém espera-se que iv. orientar os adolescentes sobre os riscos
o aluno analise os dados apresentados para a saúde quanto a dietas a serem se-
na tabela e considere os impactos que guidas sem recomendações médicas ou
uma cirurgia pode gerar em um paciente, um profissional de nutrição;
U

a fim de expressar suas ideias utilizando v. esclarecer sobre os riscos de carências


elementos do pensamento matemático nutricionais;
(como noções de variação de grandezas). vi. apreciar o próprio corpo de modo saudá-
vel, considerando-o em sua globalidade
PÁGINA 25 fisiológica e psicológica;
G

• A unidade de medida que aparece no tex- vii. desenvolver atitudes de melhoria para
to é o centímetro (0,5 cm a 1 cm), que se o corpo com foco na imagem corporal
refere à grandeza comprimento. que vem de dentro (as emoções, os sen-
timentos, o raciocínio, a expressão etc.)
PÁGINA 27 desvinculando a imagem, por exemplo,
1. Resposta pessoal. Espera-se que esta seja de sobrepeso e obesidade como fraqueza
uma oportunidade para o aluno refletir a de caráter;
respeito dos padrões de beleza propaga- viii. encorajar os jovens a cuidar da higiene e
dos pela mídia e que são, em geral, quase da saúde, aumentando a satisfação com
impossíveis de serem atingidos. As estra- o cuidado com corpo, compreendido em
tégias da mídia fazem com que muitos sua concepção global e restrita aos pa-
adolescentes acreditem que cabe a eles drões físicos.

MANUAL ESPECÍFICO | 229


PÁGINA 29 4. Os rostos que possuem relação de homo-

D
1. Certifique-se de que o aluno produziu os tetia são o primeiro e o último. Os outros
dois tipos de homotetia (direta e inversa). dois não apresentam essa relação, pois
Observe exemplos de resposta: não preservam as razões das dimensões
do rosto: note que a segunda imagem em
Arte/ M10

L
B'
A'
relação à terceira diminui o tamanho da
cabeça, por outro lado, o nariz aumenta,
ou seja, não existe uma constante k que
faça tais transformações.
B 5. Resposta pessoal, porém, espera-se que

N
A
C' o aluno consiga relacionar os princípios da
C homotetia com a imagem de forma correta.
O Respostas possíveis: Se ambos os corpos
Homotetia Direta com k = 3. forem aumentados em uma razão, ainda

P
assim, o homem será maior do que a mu-
Arte/ M10

lher, nesse exemplo? Considerando que


B A
os braços da mulher estejam paralelos ao
do homem, se aplicarmos uma homotetia
inversa em sua imagem, permanecerão
C
paralelos?
IA
O
C'
A' PÁGINA 31
B'
1.
a) Resposta pessoal. Espera-se que os alu-
Homotetia Inversa com k = –1.
nos levem em conta a diversidade de
NOTA: Aceite também as homotetias com formas e que manter o corpo saudável
valores de constantes (k) diferentes desses. não está diretamente associado a ter um
U

corpo conforme o ideal de beleza. Muitas


3. Observe um exemplo de resposta: vezes a propaganda pode induzir os ado-
lescentes a crerem que são os “esculto-
res” do próprio corpo. As tecnologias es-
Romão/ M10

tão a serviço dos humanos, porém avaliar,


G

criticar e ponderar as consequências do


uso das tecnologias cabe aos espaços de
debate e proposição de formas críticas de
pensar sobre esses usos.
b) Resposta pessoal. Aceite as opiniões diver-
sas. Observe a qualidade dos argumentos
que os alunos utilizam para defender suas
O
ideias e para aceitar propostas de opiniões
Homotetia Direta com k = 3,5. diferentes das suas.

NOTA: Aceite também as homotetias com 2. Verifique se a legenda elaborada pelo aluno
valores de constante (k) diferentes desses. não foge da temática e da imagem retratada.

230 | PROJETO 1 | CORPO SEMPRE JOVEM


Legendas possíveis: do produto final. Não se espera que já

D
• Depois de possuir o corpo desejado, o tenham o produto final maduro.
que faremos?
• Fortalecemos nossos corpos. E nossa men-
te e coração? Autoavaliação coletiva

L
• Você está ficando com o corpo do jeito No momento em que os alunos forem
que sempre sonhou? avaliar as músicas produzidas pelos colegas
• Se o corpo é meio para o saber, o poder e sugerir melhorias, combine com a turma a
e o prazer, agora que você está forte, o forma como isso deverá ocorrer. Pode utilizar,
que pode fazer? por exemplo, o esquema É bom (pontos po-

N
3. Oriente os alunos a, primeiramente, ela- sitivos), É pouco bom (os pontos negativos),
borarem um discurso a respeito da temá- Seria bom (sugestões de melhorias):
tica das transformações do corpo, biolo-
gicamente, esteticamente, afetivamente É bom : o aluno deve apontar quais

P
etc. Sugira que registrem por escrito o aspectos da apresentação, como um todo, fo-
discurso, que leiam esse registro no gru- ram favoráveis e satisfatórios, em sua opinião.
po, que busquem elementos do discur- É pouco bom : o aluno deve apontar
so que possam ter vínculos com a forma quais aspectos da apresentação, como um todo,
artística desejada, que transitem de uma não foram favoráveis e poderiam ser melhorados.
IA
para outra linguagem, que reconheçam Seria bom : o aluno deve propor mu-
as idas e vindas como naturais de um pro- danças e sugestões na produção dos colegas a
cesso de criação. fim de melhorá-las para futuras apresentações.
Incentive-os a criarem esboços de cada Também distribua aos alunos a tabela abaixo
detalhe das etapas de criação artística. O para avaliarem a maneira como ocorreu o traba-
objetivo dessa atividade é a estruturação lho e a participação em seus respectivos grupos.

Perguntas de autoavaliação coletiva Respostas


U

Como ocorreu a participação na elaboração das ideias?

Como seu grupo administrou a distribuição das tarefas?


G

De que forma a pesquisa foi realizada? Quais fontes foram consultadas?

Durante os percursos do projeto, o grupo demonstrou disposição para ouvir diferentes ideias e
propor possíveis soluções às dificuldades que surgiram?
Qual foi o planejamento para a apresentação e de que forma ela ocorreu? Comente algumas
possíveis melhorias para futuras apresentações.

Por fim, solicite aos alunos que copiem do que mostraram com esse projeto, como
em seu diário do navegador e preencham o interviram para a melhoria da sociedade com
seguinte esquema: O que mostramos? Como suas propostas e, após finalizado, como podem
intervimos? Para onde iremos?, de maneira melhorar suas intenções e o que pretendem
que possam expressar sua opinião a respeito fazer com os conhecimentos adquiridos.

MANUAL ESPECÍFICO | 231


D
L
N
PROJETO INTEGRADOR 2 P
IA

tempo de participar
U

TEMA INTEGRADOR
• Protagonismo juvenil
G

TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS


Esse projeto possibilita a abertura para a articulação do Tema Integrador com:
• Vida Familiar e Social
• Educação Ambiental
1. APRESENTAÇÃO DO TEMA E JUSTIFICATIVA em práticas sociais, em favor de defender o

D
bem comum entre as diferentes pessoas, po-
de representar uma nova perspectiva na vida
apresentação do TEMA INTEGRADOR DO PROJETO: de muitos jovens. Essa perspectiva é explora-
PROTAGONISMO JUVENIL da neste projeto com o intuito de possibilitar

L
O jovem inserido na sociedade da infor- aos estudantes a produção de questões, de
mação e sua rotina permeada por ações no estratégias e de representações de soluções
mundo virtual / digital se vê envolvido com dentro do próprio mundo que os cerca, utili-
diversas questões de caráter pessoal e em zando meios de intervenção social propostos
busca dos benefícios individuais de maneira e validados entre pares.

N
que, pouco desperto para as questões exter- Os meios de intervenção social, explora-
nas a ele, muitas vezes não se mobiliza para as dos pelos jovens via pesquisas estatísticas, são
práticas sociais. As práticas sociais dos jovens analisados diante das possibilidades de inte-
podem ser compreendidas como ações (inten- gração social e que, especificamente, envolvem

P
ções, atitudes, intervenções) voltadas para as as pessoas com deficiências. A contribuição
manifestações de interações com os atores da dos jovens em favor da diversidade humana
sociedade e da cultura. se dará pela busca de propostas de transfor-
Abrir espaço para os diálogos sobre possi- mações no contexto da circulação urbana das
bilidades e potenciais que têm para se envolver pessoas com deficiências.
IA
APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA de renovação. O movimento oscilatório é pro-
pício a atrair os jovens para diálogos a respeito
Os jovens, considerados iniciantes na cena do seu potencial de intervenção e do caráter
social, estão diante de oportunidades que, algu- do entorno social, favorecendo a se envolverem
mas vezes, se mostram propícias para os integra- ou criarem as oportunidades, mesmo quando
rem em uma estrutura social que já é dada como elas não estão visíveis ou, momentaneamente,
U

“definida” e constituída por ações adultas. Outras não existam.


vezes essas oportunidades não estão visíveis aos Este projeto se propõe a abrir um espaço
olhos dos jovens ou tampouco são direcionadas para reflexão sobre as oportunidades dos jovens
aos seus espaços comuns de circulação. Essas se envolverem com participação social, buscan-
características sociais contribuem para que eles do práticas de integração entre as diferentes MJgraphics/ Shutterstock
G

criem uma aparente (e algumas vezes falsa) postu- pessoas e suas necessidades.
ra de passividade ou de rejeição a ações voltadas O produto final será a elaboração de um
para a participação social e a integração por meio mapa do entorno geográfico no qual o jovem
de práticas sociais. se encontra inserido e que explicite as opor-
A percepção da oscilação entre integração e tunidades para exercer seu poder de inter-
não integração social pode trazer possibilidades venção social.

MANUAL ESPECÍFICO | 233


2. SUGESTÃO DE ROTEIRO DIDÁTICO PARA A EXPLORAÇÃO DO PROJETO 2

D
encaminhamentos

Para o professor

L
RECURSOS Dispositivo com acesso à internet (para explorar, antes dos alunos, os conteúdos digitais
sugeridos ao longo do projeto);
MÍNIMOS
Fichas de acompanhamento das aprendizagens deste projeto (individual e em grupo);
Seleção de livros didáticos diversos ou outros livros de referência com conteúdo matemático
que exponham: as etapas de uma pesquisa estatística, variáveis, técnicas de pesquisa amostral,
representações gráficas e medidas de tendência central;

N
Aplicativo free QGIS (ou similares).
Compor a sala em pequenos grupos;
TAREFAS Verificar o funcionamento dos equipamentos de multimídia;
Disponibilizar mural para exposição dos trabalhos dos alunos;
PRÁTICAS
Disponibilizar laboratório de informática para utilização do aplicativo QGIS (dispensável, caso
todos os alunos tenham os necessários recursos em seus próprios dispositivos móveis);

P
Baixar o aplicativo free QGIS (ou similares) em seu dispositivo móvel;
Manter carregado seu dispositivo móvel.

Para o aluno

RECURSOS MÍ- Diário do navegador (caderno ou bloco de anotações exclusivo para este projeto); Livros
didáticos de Matemática para pesquisas diversas; Lápis grafite; Caneta; Borracha; Dispositivo
IA
NIMOS PARA O com acesso à internet; Aplicativo free QGIS (ou similares);
ALUNO
TAREFAS Baixar o aplicativo free QGIS (ou similares) em seus dispositivos móveis;
PRÁTICAS Manter carregado seus dispositivos móveis;
Formação em grupo.

2.1 Compreensão da situação parar, quem estiver de frente para o outro


• Apresentação do tema deve conversar, da seguinte maneira:
U

O tema da participação social do jovem i) quem está no círculo de dentro deve di-
deve ser exposto aos alunos. Isso pode ser fei- zer assim: participar socialmente é, para
to em uma roda de conversa. Cabe ao(à) pro- mim, quando o jovem... (a pessoa deve
fessor(a) utilizar o formato que mais se adapte completar a frase com o que ela acredita
aos interesses / necessidades da turma. Para ser verdadeiro);
G

esse tema, sugerimos os seguintes formatos: ii) quem está no círculo de fora deve di-
a) Duas rodas. O objetivo é motivar a ex- zer assim: não, participar socialmente é,
ploração inicial sobre o tema, expondo o para mim, quando o jovem... (a pessoa
que sabem uns para os outros. Em pé, os deve completar a frase com o que ela
participantes devem formar dois círculos: acredita ser verdadeiro).
um dentro do outro, ambos com o mesmo Coloque a música e todos giram nova-
número de integrantes – caso haja um nú- mente. Faça isso três ou quatro vezes.
mero ímpar, sugere-se que o(a) professor(a) Ao final, peça aos alunos que se sentem
entre no grupo, em uma das rodas. Os em uma só roda e exponham o que per-
integrantes devem ficar um de frente para ceberam quanto ao que sabem sobre
o outro. Coloque uma música e cada círcu- a participação social do jovem. Tome
lo gira em um sentido. Quando a música nota dos comentários mais pertinentes

234 | PROJETO 2 | TEMPO DE PARTICIPAR


ou daqueles que indicam necessidade • Contextualização

D
de trabalho específico, por exemplo, os Para incentivar os primeiros passos em bus-
dotados de juízos de valor inadequados. ca de detalhamentos ou reconhecimentos dos
b) Substantivo. O objetivo é compor um pai- aspectos particulares e dos aspectos amplos da
nel com diversas palavras associadas à frase participação social juvenil, explore com os alunos

L
seguinte, que deverá ser completada com a dupla de páginas da seção #vocênocomando.
um substantivo: quando penso em parti- Esse projeto escolheu explorar com um pouco
cipação social do jovem eu penso em: (?). mais de proximidade as pessoas com deficiência
Dê um pedaço de papel a cada aluno. (PCD), especialmente os surdos. Entretanto, o
Cada um escreve um substantivo, sem grupo de alunos pode escolher outras formas de

N
consultar a palavra de outro colega, que desenvolver suas práticas de integração social,
completa a frase e afixa no mural. Depois dentro de outros contextos igualmente impor-
de pronto, todos devem analisar e fazer tantes, como as preocupações com o meio am-
comentários sobre o que mais chamar a biente, o fortalecimento dos direitos dos jovens,

P
atenção nesse mural. a melhoria dos usos e da criação dos conteúdos
por meio de tecnologias da informação etc.
• Problematização Seja qual for a indagação dos jovens a
Depois da roda de conversa inicial, é pos- respeito da participação social, é preciso levar
sível propor aos alunos que explorem a dupla em conta as oportunidades. Explore com os
IA
de páginas da abertura do projeto. Propicie alunos o que seriam as oportunidades, conside-
um clima de troca de experiências / opiniões rando-se as possibilidades desse tema integra-
por meio das questões propostas ou de outras dor: são situações que relacionam tempo-espa-
elaboradas por você e pelos alunos. ço-população com capacidade de demandar
Conversem sobre a questão desafiadora tomadas de decisão de caráter científico, téc-
apresentada no topo da página e se dese- nico ou político, produzindo transformações no
jam reformulá-la, propondo uma versão mais contexto que sejam úteis naquele momento,
alinhada aos interesses do grupo. Reforce a naquele local, para aquelas pessoas.
U

importância de manter proximidade com a Discuta com os alunos quais seriam, então,
questão dada levando em conta palavras-cha- os possíveis espaços favoráveis às ações par-
ve como “participação social” e “jovem”, ou ticipativas dos jovens, seja no âmbito privado,
variações em torno disso. público, virtual ou real.
Veja possibilidades de reformulação para Busque com os alunos reconhecer ao máxi-
G

a questão desafiadora: mo as características desse contexto. Com base


• O que motiva a participação social dos nisso, os alunos poderão iniciar os passos neces-
jovens nos dias de hoje? sários à pesquisa estatística, por meio da qual
• Como dar voz aos jovens por meio da par- serão solicitados a investigar, as propriedades
ticipação social? que envolvem a questão desafiadora escolhida.
• Qual é o perfil do jovem que se envolve
em práticas de integração social? 2.2 Levantamento das fontes de informação
Valide, com os alunos, qual será a questão • Exposição teórica
desafiadora e, se possível, transcreva-a em uma Explore com os alunos os aspectos téc-
faixa comprida de papel, afixando-a no alto nico-científicos das práticas de pesquisas
da parede de frente para os alunos. Deixe-a estatísticas. Aborde os conteúdos da seção
exposta até o fim do projeto. Via Expressa que apresentam as etapas da

MANUAL ESPECÍFICO | 235


pesquisa estatística, a noção de variável e as questão desafiadora, aprofunde esses temas,

D
classificações, as técnicas de amostragem, a incentivando os alunos a buscar novas fontes
noção de população, de instrumentos de co- de conhecimentos, em livros didáticos ou téc-
letas de dados etc. nicos que explorem e ampliem os conceitos,
Depois disso, segundo as necessidades fatos e procedimentos da Estatística que foram

L
demonstradas pelos alunos e as demandas da brevemente apresentadosaos alunos.

AVALIAÇÃO EM PROCESSO

N
Este momento é primordial para o sucesso do projeto. Avalie o quanto cada aluno vem se familiarizando
com o contexto, o quanto cada um consegue reconhecer o potencial desse contexto, sua amplitude, seus
meandros, suas implicações etc.
Os procedimentos estatísticos ficarão mais bem esclarecidos se os alunos tiverem cada vez mais
clareza sobre as oportunidades que desejam investigar.
Para que venham à tona, eventuais dúvidas ou aspectos desconhecidos sobre o contexto que

P
pretendem investigar, formule questões que demonstrem o quanto ainda precisam explorar o con-
texto. Sugestões de possíveis perguntas:
• Quais são os espaços de diálogo e de elaboração de propostas de integração social nos quais
os adolescentes e jovens podem participar?
• Quais são os desafios ou possíveis obstáculos para as propostas de inclusão ou de convivência
na diversidade humana?
IA
• Quais são as possibilidades de cooperação e compartilhamento de saberes entre os diferentes?
Finalize listando as dúvidas que ainda existirem, decidindo com os alunos quais são as melhores
estratégias para que todas elas sejam superadas.

• Pesquisa individual anúncios, expondo as dúvidas para que todos


Além disso, instrua os alunos na busca possam ter acesso e, assim, aquele que puder
por uma ferramenta do tipo GIS (Sistema de ajudar possa vir oferecer auxílio.
U

Informação Geográfica) que se comporta Paralelamente aos estudos preparató-


como multiplataforma de sistema de infor- rios e técnicos, descritos na etapa anterior
mação geográfica. Incentive que cada aluno e na busca pelos conhecimentos de uso do
procure, individualmente, informações em software, os alunos já devem direcionar suas
sites ou tutoriais em plataformas de compar- ações na busca pelas estratégias que resol-
G

tilhamentos de vídeos que orientem a baixar, verão a questão desafiadora. Oriente-os


instalar e usar os recursos desse software. quanto a isso.
Agende um dia da semana para que, de- Para facilitar o monitoramento do desen-
pois de cada um ter buscado os conhecimen- volvimento das tarefas, proponha aos alunos
tos introdutórios, os integrantes de um mesmo que construam um quadro de discriminação
grupo possam se reunir para discutir o que de tarefas, no qual seja possível organizar o
aprenderam e, assim, poderem trocar expe- planejamento de ações. Esse quadro deve
riências a respeito do tema. mostrar quais variáveis estão envolvidas e
Peça a eles que tomem nota das questões que devem ser coordenadas: os tempos, os
que ainda ficaram com dúvidas quanto ao ma- instrumentos, as pessoas envolvidas e quais
nuseio da ferramenta. Incentive-os a compor produtos devem ser alcançados. O quadro
um mural da sala, como se fosse uma seção de vai favorecer que cada aluno se empenhe em

236 | PROJETO 2 | TEMPO DE PARTICIPAR


sua tarefa individual, de modo a contribuir Observe uma sugestão de quadro de

D
para o sucesso dos trabalhos do grupo ao distribuição de tarefas, com um exemplo
qual pertence. de preenchimento.

quadro DE TAREFAS

L
TAREFA PESSOA DATA DE CONCLUSÃO PRODUTO A SER ENTREGUE
Entrevistas de familiares de surdos Rafael 15 abr. 2021 Um conjunto de gráficos (para
(por meio de questionários) quanto cada pergunta do questionário
à integração deles na vida social. haverá um gráfico).

N
Observação: há tarefas que podem ser de su- da escola, autorização que deve ser autenticada

P
porte técnico; por exemplo, algum aluno (ou gru- em cartório, permitindo a entrada dos alunos nos
po) fica encarregado de conseguir, com a direção lares das pessoas a serem entrevistadas.

AVALIAÇÃO EM PROCESSO
IA
Proponha que o aluno elabore questões • ao reconhecimento de uma problemática
ou reformule algumas já propostas no Livro do social com vistas a promover ações voltadas
Estudante, pelas quais seja dada maior ênfase à superação das desigualdades sociais;
a uma área do conhecimento e que envolva a • à capacidade de comunicar descobertas e con-
temática deste projeto. clusões a públicos variados por meio de dife-
Exemplos de questões: rentes mídias de informação e comunicação.
i) C
 iências Humanas e Sociais ii) M atemática e suas Tecnologias .
Aplicadas. Quais as relações entre os Quanto às relações sociais que envolvem
U

sujeitos da pesquisa (os surdos) e os di- os surdos nos espaços de circulação urba-
ferentes espaços de circulação urbana, na, quais são as variáveis mais relevantes
quanto a favorecer a acessibilidade? e como investigá-las?
Não se espera, de imediato, uma resposta Esclareça aos alunos a apresentação que deve-
cabal. Entretanto, é desejável que os alunos apre- rão desenvolver a respeito de um plano de resolu-
G

sentem esboços de uma proposta que exponha ção dessa questão que leve em conta os conceitos
estratégias, instrumentos e possibilidades de en- estatísticos estudados até o momento, os modos de
caminhamentos para uma solução, além de formas investigá-la e de organizar os dados e as melhores
de comunicar o resultado para essa questão. maneiras de comunicar os resultados graficamente.
Com base na elaboração da questão e nas Para cada aluno, avalie a proposta de pla-
propostas de encaminhamentos, avalie a pro- nejamento na busca de solução dessa questão,
posta do aluno em relação: levando em conta:
• à compreensão a respeito da diversidade • a compreensão dos conceitos e procedi-
humana; mentos estatísticos na resolução da questão;
• à utilização de procedimentos e linguagens • a capacidade de mobilizar e articular concei-
próprios do conhecimento científico para tos e procedimentos próprios da Matemática;
propor soluções que considerem deman- • a qualidade das escolhas da melhor forma de
das locais; apresentar resultados por meio de gráficos.

MANUAL ESPECÍFICO | 237


2.3 Formalização de conteúdos e produtos se utilizar os programas do tipo earth, que co-

D
brem todo o globo terrestre.
• Produção individual Há diversos tutoriais ou conteúdos com
Recupere quais tarefas individuais foram instruções de como isso pode ser feito.
atribuídas a cada aluno. Verifique com que Espera-se que, neste momento, os alunos
já estejam concluindo boa parte das etapas

L
qualidade o aluno está desempenhando seu
papel. Situe o desempenho do aluno em re- de investigação estatística combinadas no
lação aos demais integrantes do grupo dele e próprio grupo e estejam nos preparativos da
em relação à sala como um todo. construção do mapa do entorno contendo as
Além disso, se julgar pertinente, proponha oportunidades de integração social.

N
que, individualmente, os alunos respondam à Oriente-os a avaliar quais detalhes ainda
questão final do 1º trajeto: faltam e quais recursos ou ações são ainda ne-
cessários para que, a tempo, possam concluir
• Como a participação juvenil, por meio das
os trabalhos.
práticas de integração social, pode causar

P
impacto no meio social?
• Discussão crítica
Alternativamente ao que está proposto no
Promova uma grande roda para que to-
Livro do Estudante, proponha que ele disserte,
dos possam compartilhar suas descobertas
individualmente, sobre essa questão e que, ao
no uso e manuseio da ferramenta Quantum
fim, produza um trabalho de arte com base
GIS. De preferência, essa discussão pode ser
IA
em sua resposta. Aceite, como produto, um
feita na sala de informática ou na sala da aula,
trabalho que explore as diversas linguagens
desde que os alunos possam ter quantidades
artísticas, preferencialmente as que utilizam os suficientes e de uso compartilhado para essa
recursos digitais para a sua produção. finalidade didática, notebook ou tablets para
Incentive os alunos a mostrar como já es- exemplificarem e mostrarem detalhes das pos-
tão interagindo com a ferramenta do tipo GIS. sibilidades de uso da ferramenta.
Individualmente, eles podem indicar se já apren- Retome a questão final do 2º trajeto, le-
deram a importar um mapa e inserir como uma vando em conta as respostas dos alunos, e
U

camada dentro desse software. Comente com proponha uma roda de conversa. Incentive a
os alunos que, nesse momento, eles devem ter fala de cada aluno de maneira que todos pos-
aprendido como utilizar os shapefile, que são sam partilhar as ideias quanto a essa questão.
arquivos vetoriais de terceiros. Os shapefiles Proponha que verbalizem o que com-
são polígonos que representam determinada preenderam a respeito das práticas de integra-
G

porção do espaço, como um país, um estado ção social e quais empecilhos, possibilidades e
ou uma cidade. Eles têm formato de armaze- iniciativas eles encontraram e avaliaram essas
namento de dados com atributos de feições práticas como bem-sucedidas.
geográficas. Em suas feições estão associadas
grandes quantidades de dados com os quais • Produção coletiva
será possível o software reconhecer e permitir Como produção coletiva proponha aos
sua manipulação pelo usuário. alunos que elaborem uma lista com medidas
Os alunos podem conseguir esses arqui- que, pelo percurso ao qual se submeteram até
vos vetoriais em SIG (Sistemas de Informações agora, eles reconheçam como sendo eficazes
Geográficas) no IBGE, por exemplo. Todavia, na tomada de decisão socialmente responsá-
será mais provável que o aluno tenha acesso vel e que representem boas propostas para a
ao mapa de seu bairro, ou do bairro da escola, integração social entre os diferentes.

238 | PROJETO 2 | TEMPO DE PARTICIPAR


D
AVALIAÇÃO EM PROCESSO
Valorizo o uso da tecnologia
Tome nota das propostas que os alunos como um meio para promover
tomadas de decisões que
apresentarem e incentive-os a emitir juízos de beneficiem a mim e as pessoas

L
valor a respeito de cada uma. Por exemplo, a ati- do meu entorno social.
tude de colocar nos espaços públicos (estacio- Aprecio as trocas de
aprendizagens entre pares.
namentos, supermercados, escolas etc.) cartazes
com representações de alguns sinais básicos de • Avaliação coletiva
Libras (Linguagem Brasileira de Sinais), e suas Proponha que os grupos exponham no

N
respectivas interpretações, que possibilitem os mural da sala os mapas que elaboraram e que
não surdos interagir com os surdos. mostram o entorno da escola ou do bairro
Para essa atitude eles devem fazer jul- segundo as oportunidades para a integração
gamentos de valor expressando a eficácia social dos jovens.

P
ou não e quais medidas devem ser tomadas Por meio de uma roda de conversa, incen-
para sua real efetividade. Avalie como os tive todos a apreciar os mapas, apontando o
alunos argumentam, respeitando os direitos valor de seus conteúdos, a clareza (ou não) das
humanos e propondo soluções por meio de informações que neles constam, as possíveis
recursos éticos. utilidades desses mapas e seu potencial para
IA
divulgação de ações que impactem na rotina
social do bairro.
2.4 Validação final Tome nota das conclusões mais relevantes
• Avaliação da aprendizagem individual e partilhe essas notas (sem identificar os auto-
Cabe ao aluno sentir-se responsável pelo res) na rede social da sala.
sucesso ou não no processo investigativo de
um projeto integrador. Incentive modalidades CRONOGRAMA
de autoavaliação. Apresentamos uma possível Período letivo previsto para desenvolvi-
U

proposta de autoavaliação que contemple as- mento deste projeto: 1 semestre


pectos diversos na formação do aluno.
Quantidade Duração
de páginas aproximada
(em meses)
G

Formulo questões que


PÁGINAS INICIAIS + TRA-
representam os desafios do 6 + 18 = 24 3
mundo contemporâneo. JETO 1
Tomo decisões de caráter ético TRAJETO 2 + PÁGINAS
e socialmente responsáveis, 5+3=8 1
FINAIS
para benefício de outras
pessoas.
Identifico quais são os
aspectos matemáticos 3. COMENTÁRIOS E RESOLUÇÕES
envolvidos em situações-
-problema em um dado PÁGINA 43
contexto social.
1. Resposta pessoal.
Sei utilizar conhecimentos de
Estatística para dar clareza aos Espera-se que os alunos utilizem as expe-
processos de investigação em riências pessoais e as referências aos há-
uma dada situação.
bitos dos jovens propagados nos meios

MANUAL ESPECÍFICO | 239


de comunicação. Os espaços públicos são acomodam e possibilitam a participação

D
ocupados pelos jovens no trânsito, no lazer, ativa das pessoas em suas vidas políticas,
no consumo, na educação. Incentive-os a econômicas e sociais – independentemen-
citar possibilidades de ações propositivas te de raça, gênero, classe social, idade,
nos espaços públicos, tais como formação crenças, nacionalidade etc. – garantindo

L
de coletivos, organizados para monitorar, oportunidades iguais para todos alcança-
denunciar, propor e gerar transformações rem pleno potencial na vida.
nos espaços urbanos. Exemplos de transfor- 3. Como no exemplo, oriente os alunos a
mações que esses coletivos podem propor: colocar o local e suas atividades.
adequação do espaço urbano para que seja a) Resposta pessoal.

N
acessível; criação de espaços para convívio b) Resposta pessoal.
da comunidade surda; oferta de oportu- Comente com os alunos os seguintes temas
nidades de emprego para pessoas com de possibilidades de participação juvenil:
deficiências etc. • ideário ecológico juvenil;

P
Incentive também os alunos a compararem • economia solidária;
o tempo de dedicação da vida deles entre • direitos dos jovens;
os espaços públicos virtuais (como redes • cultura juvenil;
sociais) e os espaços públicos reais (como • engajamento juvenil e as tecnologias da
a rua). Proponha que relatem suas expe- informação.
IA
riências pessoais e que procurem estimar o
tempo em que passam em cada um deles. PÁGINA 47
2. Resposta pessoal. 1.
As imagens expõem as diversas possibilida- a) Há 48 funcionários.
des de espaços do jovem. Em todos esses b) Variáveis contínuas: altura e peso.
espaços eles podem interagir individual- Variáveis discretas: tempo de serviço e
mente ou em grupo. Incentive os alunos a quantidade de filhos.
manifestarem como se veem participando c) Variáveis nominais: naturalidade e tipo de
U

em cada uma dessas categorias de espaço. imóvel.


Variáveis ordinais: escolaridade e mês de
PÁGINA 45 férias programado.
1. Resposta pessoal. d) Respostas possíveis: renda familiar (menos
Aproveite para orientar os alunos sobre o que um salário mínimo, de um a dois sa-
G

modo de realizar comparações. Peça que lários mínimos, mais do que três salários
comparem a própria rotina com a rotina do mínimos); número de frutas diferentes na
personagem, em cada uma das categorias: fruteira (nenhuma, 1 a 3 frutas, 4 a 6 frutas,
em casa, na escola, na rua e em outros 7 a 9 frutas etc.).
ambientes. Incentive cada aluno a expor Observe se a pergunta original se referia
sua comparação e a destacar o que acha a uma variável quantitativa (discreta ou
interessante na rotina do personagem. contínua) e se o aluno a reescreveu de
2. Resposta pessoal. forma correta.
Explique para os alunos o que é integra- 2. Variáveis possíveis: nome; rua onde re-
ção social: de acordo com a Organização side; classe social; cor do cabelo; sexo;
das Nações Unidas (ONU), uma socieda- idade; número de irmãos; nível de açúcar
de inclusiva busca criar mecanismos que no sangue.

240 | PROJETO 2 | TEMPO DE PARTICIPAR


3. social para as pessoas idosas com algum grau

D
a) Seis perguntas se referem a variáveis de dependência e as pessoas com deficiência.
qualitativas: São iniciativas que buscam evitar os agravos
4. Você cursa Ensino Médio em escola por violações aos direitos humanos como isola-
particular, municipal ou estadual? mento, atitudes discriminatórias, desvalorização

L
5. Vo cê exe rce alg u ma ativi d a d e da potencialidade ou capacidade da pessoa.
remunerada?
6. Você prefere esportes coletivos ou
individuais? PARA SABER MAIS
8. Em quais dias da semana você pode

N
O exercício dos direitos políticos e da
praticar esportes?
participação garante todos os demais di-
9. Qual período você prefere para a prá-
reitos. Sem ter voz e acesso à informação,
tica esportiva: manhã, tarde ou noite?
à participação e à decisão, em todas as es-
10. A que distância você mora deste clube: feras da vida em sociedade e do Estado, os

P
menos de 1 km; entre 1 e 3 km; mais sujeitos não podem exercer a necessária
de 3 km. influência para o exercício de seus direit-
b) As questões que envolvem a ideia de me- os civis, econômicos, sociais e culturais.
dida são:
SANTOS, Boaventura de Sousa (Org.).
1. Qual é a sua idade? (anos) Democratizar a democracia: os caminhos da
IA
2. Qual é sua altura? (cm) democracia participativa. 2. ed. Rio de Janeiro:
3. Qual é a sua massa? (kg) Civilização Brasileira, 2003. p. 70.
7. Quantas vezes por semana você pra-
tica esportes? (dias)
c) Resposta pessoal 1. Resposta pessoal.
2. Resposta pessoal.
PÁGINA 48 Auxilie o aluno revisando suas perguntas.
Oriente os alunos a respeito do que são Possíveis questões:
U

consideradas as práticas de integração social. Se você observasse que uma pessoa, com
Estamos vivendo a época das transforma- quem não tivesse boa relação e alguns
ções na mentalidade das pessoas, inclusive conflitos pessoais, estivesse sendo pre-
também das pessoas com deficiência. Como judicada sem perceber, você a ajudaria?
sinal dessa transformação mental estão as pos- Caso sim, de que maneira?
G

sibilidades de convivência dentro da diversida- Você já pensou sobre suas possibilidades


de humana, a valorização das peculiaridades de participação social e como pode con-
de cada pessoa, a aprendizagem por meio da tribuir para o desenvolvimento local?
cooperação entre diferentes etc. Você sente que contribui para mudanças
Muitas pessoas com deficiência são excluídas de melhoria em sua casa, escola ou bairro?
por falta de escolaridade (decorrente do precon-
ceito e confinamento da pessoa desde seus anos PÁGINA 49
iniciais) ou falta de qualificação para o trabalho; 1. Comente com os alunos as vantagens
falta de reabilitação física ou atualização profis- de incentivar a habilidade de formular
sional; falta de meios de transporte etc. questões.
Hoje em dia existem iniciativas no intuito A formulação de uma questão e a busca
de oferecer serviços de cuidado e proteção por soluções possíveis favorece:

MANUAL ESPECÍFICO | 241


i) a percepção dos processos cíclicos de corrigindo possíveis erros conceituais.

D
investigação; Reserve algumas aulas para que possam
ii) o envolvimento com práticas experimentais. expor o que aprenderam: cada grupo po-
Incentive a criatividade dos alunos no de ficar responsável por uma técnica de
momento da criação da legenda, porém, amostragem diferente e os exemplos que

L
caso sintam dificuldade, sugira algumas as envolvem; auxilie-os em sala de aula,
problematizações como: dificuldades de dando dicas de como se comportar no
reabilitação física e profissional dos ido- momento da apresentação.
sos; falta de escolaridade das classes mais
pobres; precariedade dos meios de trans- PÁGINA 53

N
porte público. Proponha modelos de questionários para
que os alunos possam se inspirar na elabora-
PÁGINA 50 ção dos seus próprios.
1. Resposta pessoal. 1. Exemplo de questionário:

P
Valorize as diversas manifestações artísticas
e culturais; também informe aos alunos,
no processo de formulação da questão, ESCOLA ESTADUAL LUÍS VAZ
que ela deve ser consistente e promover QUESTIONÁRIO
os direitos humanos. Nome:
IA
Perguntas possíveis:
Nome social:
• Como você aceita as diferenças individuais?
Data de nascimento:  /  /   Telefone para contato:
• O outro é tão importante quanto você?
Auxilie os alunos nesse momento de E-mail:

reformulação. 1. Sexo:
(  ) Masculino (  ) Feminino
Exemplos relacionados às perguntas
2. Idade
anteriores:
3. Estado Civil:
• Dentro de um conjunto de pessoas, cada
U

(  ) Solteiro(a)         (  ) Casado(a)


um possui suas características: como você
(  ) Separado(a)/Divorciado(a)   (  ) Viúvo(a)
aceita essas variações? (  ) União estável
• A importância que você dá ao outro em 4. Naturalidade:
relação a si mesmo é diretamente propor- (  ) Brasileiro(a) (  ) Estrangeiro(a)
cional, inversamente proporcional ou não
G

Qual país?
tem caráter de proporcionalidade? 5. Estado de origem: e Município de origem:

6. Em relação à cor da pele, você se considera:


PÁGINA 52 (  ) Branco (  ) Amarelo (oriental)
(  ) Pardo (  ) Vermelho (indígena)
Para explorar a ideia de amostragem, (  ) Preto (  ) Prefiro não declarar
exemplifique aos alunos situações do cotidiano:
uma cozinheira que não precisa experimentar
toda a comida para saber se está boa de sal, PÁGINA 55
mas apenas uma colher que lhe serve de pe- Atente para alunos que não têm aparelhos
quena amostra; ou ainda um exame de sangue móveis. Então, sugira que utilizem a sala de
para o qual basta uma pequena quantidade informática disponível na escola ou uma Lan
a fim de diagnosticar um possível problema. House. Auxilie os alunos que tiverem dificulda-
1. Leia as pesquisas realizadas pelos alunos des para instalar o software do tipo GIS.

242 | PROJETO 2 | TEMPO DE PARTICIPAR


Ressalte que a pesquisa pode ser realizada entre os séculos V e XV que se denominou

D
no bairro de apenas um integrante do grupo. Idade Média. Com isso quis alegar que po-
Para isso, deverão analisar o bairro com as me- deríamos passar os mesmos marcos daque-
lhores características para sua pesquisa. le período.

Autoavaliação coletiva

L
PÁGINA 62
1. Em uma roda de conversa, peça para cada
• O conhecimento de Armandinho sobre
grupo apresentar seu mapa e o que mais lhe
média aritmética está correto, compreen-
chamou a atenção neste projeto. Avaliem a
dendo a forma de cálculo: a soma de todas

N
contribuição de cada membro e a satisfação
as parcelas envolvidas dividida pela quanti-
na realização do projeto. Também solicite que
dade de parcelas. E a cada aniversário essa
média se altera, pois as idades aumentam. digam o que poderia ter sido feito de outra
• Se Armandinho tiver 6 anos, o adulto de- maneira para melhorar o projeto; para isso,

P
verá ter 44 anos. utilize o esquema: É bom (pontos positivos),
• O adulto utilizou a palavra “média” se refe- É pouco bom (pontos negativos), Seria bom
rindo ao período histórico compreendido (sugestões de melhorias):

Perguntas de autoavaliação coletiva Respostas


IA
Como seu grupo administrou a distribuição das tarefas?

As tarefas deram visibilidade às possibilidades de práticas de integração social?

Vocês puderam viver situações em que foram concretizadas algumas práticas?


Foi possível obter retorno de pessoa, grupo ou instituição com quem vocês entraram em contato?
Que tipo de retorno deram?
Vocês consideram que o projeto ofereceu condições de desenvolver a percepção e a intervenção
nos problemas do entorno social?
U

Durante os trajetos do projeto o grupo demonstrou disposição para ouvir diferentes ideias e propor
possíveis soluções para as dificuldades que surgiram?
Em uma escala de 0 a 5 (sendo 5 totalmente útil) que nota você atribui à utilidade deste projeto?

Em uma escala de 0 a 5 (sendo 5 totalmente útil) que nota você atribui ao envolvimento do seu grupo?
G

Por fim, solicite aos alunos que copiem As perguntas listadas acima são apenas su-
em seu diário do navegador e preencham o gestões que o(a) professor(a) pode apresentar
seguinte esquema: aos alunos. Elabore as que sejam relevantes
para o que foi vivenciado no contexto especí-
O que mostramos?
Mostramos que é possível se envolver com as fico de sua turma e escola.
práticas de integração social trazendo benefícios a Incentive os alunos a expressar sua
todos os envolvidos?
opinião a respeito do que mostraram com
Como intervimos?
Intervimos de modo ético ao experimentar em nós este projeto, como interviram para a me-
mesmos os sentimentos dos outros? lhoria da sociedade com suas propostas e,
Para onde iremos? após finalizado, como podem melhorar suas
Poderemos nos dirigir para outras propostas
intenções e o que pretendem fazer com os
de ações sociais, exercendo as virtudes que
desenvolvemos neste projeto? conhecimentos adquiridos.

MANUAL ESPECÍFICO | 243


D
L
N
PROJETO INTEGRADOR 3
P
IA

conexões cotidianas
U

TEMA INTEGRADOR
• Midiaeducação
G

TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS


Esse projeto possibilita a abertura para a articulação do Tema Transversal com:
• Ciência e Tecnologia
• Vida Familiar e Social
• Educação para o trânsito
1. APRESENTAÇÃO DO TEMA E JUSTIFICATIVA fontes confiáveis (impressas ou digitais) e de

D
profissionais do ramo.
apresentação do TEMA INTEGRADOR DO PROJETO:
MIDIAEDUCAÇÃO
As noções de proximidade que permeiam o APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

L
cotidiano dos jovens estão cada dia mais entre-
laçadas aos recursos digitais/virtuais. As relações Que os jovens passam muitas horas do
construídas com o mundo social, natural e cultu- dia usufruindo dos benefícios da cultura di-
ral vêm ganhando nova linguagem – com direito gital é de conhecimento geral. A postura de
à nova bagagem afetiva e de valores éticos. consumidor passivo, dominante na maioria

N
Como usuários, que vivem on-line diaria- deles – principalmente depois das escolhas
mente, os jovens de hoje se apropriam das fer- pessoais das ferramentas digitais de sua
ramentas digitais para se comunicar, produzir preferência –, é também já comportamento
e publicar conhecimentos de caráter pessoal comum e observável no cotidiano.

P
ou do grupo do qual fazem parte. Por outro Mas é preciso utilizar as próprias ferra-
lado, se envolvem com menor frequência em mentas digitais para despertar o olhar crítico
oportunidades de entender como funciona dos jovens.
a produção ou a circulação de determinadas Este projeto propõe alguns estudos a
ferramentas digitais, por exemplo, os aplicati- respeito de aplicativos voltados para as ne-
IA
vos. Apesar da familiaridade com os recursos cessidades de transporte ou do trânsito, co-
digitais e virtuais, esses jovens se envolvem mo estímulo para uma reflexão crítica inicial
pouco em atividades criativas e propositivas às suas principais funcionalidades e relevância
no processo de produção cultural digital. no cotidiano da mobilidade urbana. Com base
Ao serem estimulados a analisar critica- nessa reflexão, os estudantes percorrerão um
mente e investigar com mais detalhe os mean- caminho, composto de várias etapas, no intuito
dros da produção e circulação dos diversos de apresentar a estruturação de um aplicativo.
recursos da cultura digital, os jovens ampliam O produto final, a ser desenvolvido em
U

seu potencial para participar ativamente da grupo, incentiva o reconhecimento do caráter


sociedade, na qual eles já se encontram pro- complexo e transdisciplinar do conhecimento
fundamente envolvidos, porém, em grande envolvido em muitas situações da atuação
parte, acomodados no papel de consumidores. humana, especialmente e particularmente,
A contribuição dos jovens, por meio da na criação de um aplicativo. Essa criação,
G

postura de produtores de mídia, se dá pela de livre escolha dos adolescentes, percorre


mediação da educação, amparada por proposi- um processo que, desde o início, seguirá em
ções didáticas e por intervenções fundamentais acordo com os anseios do grupo.
do(da) professor(a), dos colegas de classe, de
Jemastock/ Shutterstock

MANUAL ESPECÍFICO 245


2. SUGESTÃO DE ROTEIRO DIDÁTICO PARA A EXPLORAÇÃO DO PROJETO 3

D
encaminhamentos
Para o professor

L
Dispositivo com acesso à internet (para explorar, antes dos alunos, os conteúdos digitais sugeridos ao
RECURSOS longo do projeto);
Fichas de acompanhamento das aprendizagens deste projeto (individual e em grupo);
MÍNIMOS Seleção de livros didáticos diversos ou outros livros de referência com conteúdo matemático que
exponham: o conceito e exemplos de grandezas derivadas; construção de algoritmos e elaboração
de fluxogramas;

N
Aplicativo free de construção de fluxogramas.

Compor a sala em pequenos grupos;


TAREFAS
Verificar o funcionamento dos equipamentos de multimídia;
PRÁTICAS Disponibilizar mural para exposição dos trabalhos dos alunos;
Manter carregados seu dispositivo móvel;
Baixar o aplicativo free de construção de fluxogramas.

P
Disponibilizar laboratório de informática para aula de construção de fluxogramas (dispensável, caso
todos os alunos tenham os necessários recursos em seus próprios dispositivos móveis).

Para o aluno
Diário do navegador (caderno ou bloco de anotações exclusivo para este projeto);
IA
RECURSOS
Livros didáticos de Matemática para pesquisas diversas;
MÍNIMOS Lápis grafite;
Caneta;
PARA O
Borracha;
ALUNO Dispositivo com acesso à internet;
Aplicativo free de construção de fluxogramas.

TAREFAS Baixar o aplicativo free de construção de fluxogramas em seus dispositivos móveis;


Manter carregados seus dispositivos móveis;
PRÁTICAS Formação em grupo.
U

CRONOGRAMA Isso pode ser feito em uma roda de conversa.


Período letivo previsto para desenvolvi- Cabe ao(à) professor(a) utilizar o formato que
mento deste projeto: 1 semestre mais se adapte aos interesses/necessidades da
turma. Para este tema, sugerimos os seguintes
G

Quantidade Duração
formatos:
de páginas aproximada
(em meses) a) Mapa das conexões. O objetivo é a cons-
PÁGINAS INICIAIS + TRA-
trução de uma rede de significados que
6 + 10 = 16 1 explicite as conexões entre os termos.
JETO 1
Escolha uma palavra e proponha que os
TRAJETO 2 10 1
alunos digam outra diferente, mas com sig-
TRAJETO 3 + PÁGINAS FINAIS 6+2=8 1 nificado intimamente associado à anterior.
Por exemplo, a palavra inicial conexão
2.1 Compreensão da situação pode ser associada às palavras rede e
• Apresentação do tema digital. Rede pode ser associada a apli-
O tema do cotidiano em meio às cone- cativos que pode ser associada a dados
xões digitais deve ser exposto aos alunos. e assim por diante.

246 | PROJETO 3 | CONEXÕES COTIDIANAS


buscando indícios de avanços na apren-

D
ENTORNO
dizagem dos alunos.
MOBILIDADE COTIDIANO DADOS Enfatize com os alunos a necessidade de
eles buscarem o conhecimento de maneira
CONEXÃO REDE APLICATIVOS contínua, seja da área de Matemática ou não.

L
E quão importante é desenvolver a autonomia
DIGITAL para buscar, explorar, questionar e ampliar seus
saberes e as estratégias em relação à própria
Permita que os alunos validem e expli- aprendizagem, levando em conta as informa-
citem o porquê da conexão entre duas ções pertinentes e investigando em fontes

N
quaisquer palavras. Espera-se que reco- idôneas de pesquisa.
nheçam diversas possibilidades de cone-
xões entre duas palavras e que a escolha • Problematização
possa ser orientada pela relação mais Inicie a busca da problematização explo-

P
imediata entre elas. rando a dupla de páginas da abertura.
Feito o mapa, proponha que analisem os Proponha questões de reflexão que contra-
termos, as conexões, os percursos pos- ponham as ideias que os alunos têm a respeito
síveis de uma para outras palavras “mais da presença quase constante das ferramentas
distantes” e, enquanto verbalizam, avalie digitais quanto aos benefícios ou não para o
com que clareza ou rigor utilizam os ter-
IA
cotidiano dos jovens:
mos e conceitos a eles associados. i) As ferramentas digitais dão maior liberda-
b) Varal de imagens. O objetivo é reconhecer de às atividades do cotidiano ou aprisio-
a abrangência de um termo e sua diver- nam a atenção dos jovens?
sidade de significados. Em comum acor- ii) Quais funcionalidades de uma ferramenta
do com os alunos, escolham uma palavra digital trazem benefícios para vocês?
ou expressão que considerem essencial iii) Que aspectos das ferramentas digitais vo-
dentro da temática midiaeducação. Por cês julgam não trazerem benefícios para
U

exemplo, a expressão ferramentas digitais. vocês?


Determine que essa expressão será o fio iv) Vocês têm com bastante clareza quais fun-
no qual serão pendurados objetos (artefa- cionalidades são benéficas e quais não são?
tos, conceitos, procedimentos, ideias etc.), v) Têm claro quais os limites do uso seguro e
ou seja, a linha sustentadora dos objetos saudável para a integridade física e moral
G

do varal. Os alunos devem recortar de de vocês?


revistas, jornais ou imprimir imagens da vi) Quando é que vocês julgam que estão
internet que deem sentido à construção tempo demais conectados ao mundo vir-
do termo. As imagens serão penduradas tual / digital?
nesse fio. Deixe o varal exposto no alto da
parede frontal aos alunos durante todo o Incentive a troca de opiniões para que, entre
projeto. si, uns possam incorporar, acrescentar, acolher
Crie um espaço de debates com base na ou refutar opiniões de outros, de modo que, ao
análise do varal. Tome nota das concep- fim, cheguem a um entendimento mútuo.
ções, conceitos e noções dos alunos a Depois dessa vivência, explore com eles
respeito do tema e compare essas notas a questão desafiadora apresentada no topo
com outras feitas ao longo do projeto, da página. Questione se desejam reformulá-la,

MANUAL ESPECÍFICO 247


propondo uma versão mais alinhada aos interes- despreze, tampouco valorize nenhuma das opi-

D
ses do grupo. Reforce a importância de manter niões/concepções. Acolha, registre e, para cada
proximidade com a questão dada levando em uma delas – principalmente as mais marcantes,
conta palavras-chave como “ferramentas digi- seja pela sofisticação seja pela ingenuidade –
tais” e “cotidiano” ou variações dessas. investigue possibilidades de encaminhamentos

L
A seguir apresentamos variações possí- didáticos de modo que nenhuma seja ignorada.
veis à questão desafiadora exposta no Livro Depois dessa etapa de exploração crítica
do Estudante: do contexto, incentive os alunos a investigar,
i ) A formação educacional dos jovens de ho- com rigor de exploradores de conhecimento,
je, em suas relações cotidianas, é melhor os aplicativos que escolherem para a análise

N
do que a dos jovens do passado, quando crítica, buscando reconhecer a oferta de fun-
não existiam as ferramentas digitais? cionalidades em forma de dados matemáticos
ii) Como seria o cotidiano dos jovens de hoje expressos por grandezas derivadas (como ve-
sem as ferramentas digitais? locidade, aceleração, área, volume, densidade,

P
iii) Como se dá o movimento de transição densidade demográfica, energia elétrica etc.).
entre as relações sociais virtuais e as reais Além disso, devem reconhecer características,
no cotidiano dos jovens? matemáticas ou não, de outras funcionalidades.
Organizados como em uma plenária, va- Essa investigação cuidadosa (para muitos
lidem aquela que será a questão desafiadora alunos poderá parecer um “exagero” ou “um ex-
IA
para as aprendizagens no decorrer do projeto. cesso de zelo” na busca por conhecimentos) deve
ser parte dos diálogos das aulas, para que os
• Contextualização alunos possam, a cada novo projeto, reconhecer
Explore com os alunos a dupla de páginas que é próprio do processo investigativo recolher
da seção #vocênocomando. amostras, classificar, ordenar, decompor, analisar
Com essa exploração, direcione a conversa as partes, recompor o todo, estabelecer relações
para que venham à tona os comportamentos das partes com o todo, sintetizar o todo etc.
dos jovens diante do uso de aplicativos. Nessa Espera-se que, por meio da análise de
U

conversa, transite pelos papéis a que os jovens aplicativos voltados para as necessidades do
serão convidados a assumir de “consumido- trânsito e dos transportes urbanos, por exem-
res” para “produtores” de aplicativos. São dois plo, o aluno se aproprie de um conhecimento
papéis sociais que desenham a qualidade da que se instala na linha tênue entre o contex-
participação social dos jovens por seu poten- to social (o caráter das ferramentas digitais e
G

cial de reforçar a manutenção de um cenário suas funcionalidades) e o aparato científico (o


social ou de desestabilizá-lo. Essas páginas caráter matemático das variáveis envolvidas
preparam os alunos para a percepção mais no contexto e os procedimentos científicos na
aguçada dessa duplicidade e simultaneidade interpretação de modelos).
de papéis, reforçando o caráter de poder dos Propicie momentos de conversa a esse res-
jovens como um grupo social. peito, ou seja, não se trata de debater sobre
Observe como cada um deles se sente mais os aplicativos nem sobre a Matemática, mas a
atraído – mais encorajado, mais familiarizado, compreensão dos processos investigativos, a
mais desafiado – diante das nuances desses construção de modelos científicos e os percur-
dois papéis. Analise quais são as concepções sos de validação do pensamento investigativo.
ingênuas, as de senso comum equivocadas, as Finalize este primeiro trajeto com a explo-
de bom senso e as de cunho científico. Não ração da seção Notas de viagem. Verifique a

248 | PROJETO 3 | CONEXÕES COTIDIANAS


qualidade da compreensão dos alunos quanto acomodada em segurança na devida “gave-

D
aos entrelaçamentos, articulações e interde- ta”, mas de reconhecer, valorizar e promover
pendências entre as noções do contexto social uma visão de mundo que apreende a realida-
e as de cunho científico. O intuito não é de de como complexa e envolta em uma teia de
“desmembrá-las”, como se cada uma fosse relacionamentos interdependentes.

L
AVALIAÇÃO EM PROCESSO

Durante o 1º trajeto, observe em que me- Tome nota dos obstáculos que surgirem,

N
dida os alunos se envolvem com os conceitos convoque os alunos, reúnam-se em uma plenária
científicos e com os conceitos envolvidos no para debater quais medidas ou quais estratégias
contexto da cultura digital. o grupo tem como proposta de enfrentamento
É possível que ocorra o momento em que e superação.
nem aluno nem professor(a) encontrem respos- Finalize essa etapa propondo um “autorre-

P
tas imediatas para determinadas questões ou trato” da turma como os “ousados explorado-
desafios decorrentes do inesperado, uma vez res”. Faça um desenho em uma grande folha de
que se trata do enfrentamento de problemas papel pardo (para obter mais espaço, cole uma
via postura investigativa. a outras) que pode ser abstrato – composto de
Nesses casos, busquem, em uma partici- linhas, figuras, pontos, colagens, palavras – des-
IA
pação cooperativa e harmoniosa, esclarecer ao de que tenha significado e represente os “altos e
máximo o desafio em questão. baixos” do processo de busca de conhecimento,
Tal situação desconhecida poderá vir a ser tais como frustração, superação, coragem, re-
conhecida quanto mais perguntas sobre ela fo- forços, partilha, falhas etc.
rem formuladas. Proponha um momento de reflexão que
A estratégia da elaboração de perguntas compare o varal de imagens com o autorretra-
em torno de algo que não se conhece (ou que to dos ousados exploradores. Possibilite que os
seja pouco familiar ou que esteja obscuro) de- alunos reconheçam tanto os passos de avanços
U

ve ser encarada como natural, benéfica para o como os de retrocessos saudáveis, mas não
crescimento do aluno, do(da) professor(a) e de como passos em retirada. Deixe o autorretrato
todos os envolvidos. exposto até o fim do projeto.

2.2 Levantamento das fontes de informação i) Utilize palavras-chave que favoreçam me-
G

• Exposição teórica lhores resultados nas buscas; por exemplo,


Para o levantamento de fontes de informa- em vez de “cultura digital”, que é muito
ção, combine uma aula específica para orienta- abrangente, podem utilizar termos mais es-
ções, experimentações, críticas e validações de pecíficos como “ferramentas digitais” ou
procedimentos de busca de fontes confiáveis “aplicativos”.
impressas e digitais. Instrua os alunos quanto ii) Sintetize em poucas palavras uma per-
à procedência das informações e quais fontes gunta que represente o que realmente
considerar para suas pesquisas. Oriente-os se deseja pesquisar. Por exemplo: como
na busca pelas informações. Proponha uma os jovens criam aplicativos em um am-
roda de conversa e comente sobre algumas biente de educação? A pergunta bem
posturas necessárias diante da busca digital construída já sinaliza possibilidades de
de fontes de informação: palavras-chave.

MANUAL ESPECÍFICO 249


iii) Utilize as melhores composições entre de informação. Auxilie a classificá-las entre as

D
as possibilidades de palavras-chave. Por mais relevantes para o que desejam investigar
exemplo, as palavras-chave jovens, apli- e as que são secundárias. Oriente-os a sem-
cativos, ambiente, educação podem trazer pre fazer as citações das fontes consultadas,
boas fontes, porém trazem também um principalmente quando forem citar na íntegra

L
número grande de opções, indicando que um trecho de texto de terceiros.
essa combinação é ainda muito abrangen- Este momento é fundamental para o ma-
te. Uma possibilidade de refinar os resul- peamento amplo do “ambiente de consulta”
tados seria: jovens, criação de aplicativos, do aluno; porém, a todo instante novas fontes
educação. podem ser acrescentadas e outras podem ser

N
iv) Avalie o texto das descrições de páginas substituídas.
(snippet). Esse texto facilita a leitura e o
entendimento do usuário, pois representa • Pesquisa individual
um resumo direto e de forma organizada Leia com os alunos as páginas que comen-

P
do que ele encontrará no interior da pági- tam sobre A distribuição de tarefas e A estru-
na. Considere a descrição que contemple turação do projeto de app. Nesse momento,
todas as palavras inseridas em sua busca, espera-se que as tarefas de caráter comum ao
sem que o resultado de busca orgânica grupo e as de caráter individual sejam esta-
tenha descartado nenhuma delas. belecidas para que, desse modo, cada aluno
IA
v) Pela leitura das descrições, antes mesmo possa se responsabilizar por sua tarefa indivi-
de acessá-las, selecione aquelas que têm dual e sua tarefa comum ao grupo, mediante
maior envolvimento com o tema, reconhe- a valorização do pertencimento a um grupo.
cendo as que são de opinião e as que são Estabeleça, com os integrantes do grupo, os
de informação confiável. combinados envolvendo as tarefas e os produtos
vi) Avalie cada fonte, procurando pela fonte! das tarefas. Tome nota desses combinados e
Isso mesmo. As fontes confiáveis sempre eleja alunos assistentes para que possam acom-
citam outras fontes confiáveis. Essa é uma panhar a produtividade e as entregas.
U

maneira eficiente de saber se o conteúdo


que você está lendo é confiável. Procure
as referências a que aquele conteúdo se
reporta, verificando instituição de origem,
nome do autor, formação do autor, data
G

de publicação, entre outros.


vii) Verifique a autoridade do assunto. Para
masmas/ Shutterstock

garantir a credibilidade da sua pesquisa,


confira se a fonte está associada a alguma
instituição conceituada (centros de estudos
e de pesquisas, universidades, órgãos go-
vernamentais, páginas oficiais de grandes
especialistas da área).

Organize com os grupos os roteiros de


estudos e um plano de apreciação das fontes
digitais e impressas de consulta e de obtenção

250 | PROJETO 3 | CONEXÕES COTIDIANAS


se envolveu, o desempenho do seu papel de

D
AVALIAÇÃO EM PROCESSO participante de uma pesquisa coletiva.
Proponha questões avaliativas da com- Sugira que cada aluno resgate as questões
preensão dos alunos quanto a aspectos par- propostas no processo avaliativo anterior e,
ticulares de alguns conhecimentos: com base em cada uma delas, produza um

L
i) C
 iências da Natureza e suas Tecnologias. banner, meme ou post com imagem que sinte-
Em que medida os conhecimentos adqui- tize suas respostas, fazendo uma composição
ridos por você até agora, neste processo entre o conhecimento científico e a linguagem
investigativo, possibilitaram aplicações visual do mundo digital. Proponha que postem
para solucionar/esclarecer problemas do em uma rede social.

N
seu entorno social? Cite exemplos. Avalie a qualidade conceitual na compo-
Não se espera do aluno uma resposta sição de cada aluno.
precisa ou de caráter conclusivo. Em
vez disso, avalie o valor da reflexão e • Discussão crítica

P
do posicionamento do pensamento do Organize uma roda de conversa e exponha
aluno em relação aos conhecimentos um roteiro para os debates que contemple as
científicos e tecnológicos e suas impli- seguintes perguntas:
cações no mundo, no sentido amplo, 1. A estruturação do projeto de aplicativo, or-
ou no seu próprio mundo, no sentido ganização em etapas, foi fundamental para
dar clareza ao que seria o produto final?
IA
do seu círculo social imediato.
2. A proposta de aplicativo que vocês esco-
ii) M atemática e suas Tecnologias. A
lheram foi sendo amadurecida ao longo do
estruturação de um passo a passo, o
processo ou foi ficando complexa demais
encadeamento de tarefas e a estrutu-
para a realização do trabalho?
ração do pensamento investigativo são
3. Observe o autorretrato dos exploradores.
características dos modelos matemáti-
Levem em conta o projeto de aplicativo no
cos para a análise de situações-proble-
ponto em que ele se encontra agora. O
ma. Como você avalia a estruturação
produto, mesmo que inacabado, faz jus à
U

do seu pensamento na concepção de


imagem do autorretrato que vocês cons-
um produto digital, por exemplo, um truíram anteriormente?
aplicativo? Como esse pensamento 4. Há ajustes que, em comum acordo, o gru-
matemático está auxiliando a criação po julgue necessários e urgentes para o
de um projeto de aplicativo?
G

bom resultado do projeto? Quais são eles?


Esclareça aos alunos que eles devem Compartilhem com a sala.
indicar, em sua resposta, quais noções, 5. Alguém tem sugestões para favorecer
conceitos ou procedimentos matemá- os ajustes que tais grupos necessitam?
ticos favoreceram o enfrentamento Exponha para a sala.
desse desafio. Reorganize as agendas e as tarefas para
que os grupos possam se dedicar aos úl-
timos ajustes necessários à sua proposta
2.3 Formalização de conteúdos e produtos de estruturação do aplicativo.
• Produção individual
Recupere quais tarefas individuais foram • Produção coletiva
atribuídas a cada aluno. Verifique com os alunos Proponha que construam um painel com
assistentes a qualidade com que cada aluno a síntese descritiva do projeto de cada grupo.

MANUAL ESPECÍFICO 251


Peça que escrevam o nome do aplicativo e, um projeto integrador. Incentive modalidades

D
logo abaixo – ao estilo do texto descritivo de de autoavaliação. Apresentamos uma possível
conteúdos apresentado em uma busca de re- proposta de autoavaliação que contempla as-
sultados orgânica da internet – o texto descri- pectos diversos na formação do aluno.
tivo dos aplicativos deles.

L
Essa produção coletiva é o retrato da per-
cepção das necessidades do entorno social
dos alunos e das possíveis respostas a essas Sei fazer análises críticas das
funcionalidades de um aplicativo.
necessidades.
Sei reconhecer as possibilidades
Comente de maneira breve a respeito

N
de melhorias em produtos
do produto de estruturação de um proje- de circulação comercial (por
exemplo, aplicativos).
to de aplicativo. Explique aos alunos que a
materialização do aplicativo demanda uma Reconheço a forma de
estruturação de um algoritmo.
equipe técnica, própria de uma empresa de

P
desenvolvedores de aplicativos; entretanto, Identifico a utilidade de um
algoritmo na proposição da
a experiência proposta neste projeto percor- criação de um aplicativo.
re as etapas descritivas de um processo de Reconheço a forma estrutural
criação bem próximo de uma produção real. de um fluxograma e sua
função elementar na etapa
Comente também que este é um “ponto de desenvolvimento de um
IA
de chegada” possível, pois pode ocorrer de as aplicativo.
experiências pessoais vivenciadas pelos alunos Sei propor ajustes em projetos
dentro de cada trajeto os conduzirem a explora- após reconhecer possíveis falhas.
ções de caminhos complementares, divergentes Aprecio as experiências de
produção criativa em grupo.
ou paralelos que não foram sugeridos aqui.

• Avaliação coletiva
Proponha que, coletivamente, os alunos
AVALIAÇÃO EM PROCESSO
U

avaliem quais projetos de aplicativos têm gran-


Reforce a ideia de que os aplicativos de- de potencial de serem apresentados para uma
vem dar boas respostas aos problemas que instituição externa à escola. Incentive a troca
eles identificaram no entorno social. Peça que, de informações a respeito de como percorrer
considerando o aplicativo já finalizado, verifi- os caminhos até que esses possíveis projetos
G

quem se de fato seu funcionamento dará a possam chegar como originais às mãos de de-
resposta necessária. senvolvedores e investidores.
Avalie como os alunos argumentam na
construção das justificativas e como formulam 3. COMENTÁRIOS E RESOLUÇÕES
as ideias em uma rede de relações entre o
PÁGINA 73
que produziram até agora e as expectativas
Incentive os alunos a formar duplas com
quanto ao que produziram.
outros colegas, além daqueles com quem es-
tão acostumados, a fim de aprenderem a se
2.4 Validação final relacionar e trabalhar em grupo com diferentes
• Avaliação da aprendizagem individual pessoas. Se for conveniente, escolha as duplas
Cabe ao aluno sentir-se responsável pelo ou faça uma espécie de sorteio (pode ser pelo
sucesso ou não no processo investigativo de número da chamada ou iniciais do nome).

252 | PROJETO 3 | CONEXÕES COTIDIANAS


1. Produção da dupla. pode ser encontrado no site do Instituto

D
Sugira aplicativos que realizem essa tarefa. Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Pesquise na véspera de uma aula e leve c) Observe se utilizaram corretamente os
para os alunos exemplos dessa categoria dados dos itens anteriores para o cálculo.
de aplicativos. d) Colha essas informações antecipadamente.

L
Levante perguntas sobre suas preferências 2. Produção do grupo.
de transporte. a) Faça algumas perguntas para auxiliar os alu-
nos na busca por essas informações, como:
PÁGINA 74 Quais locais os jovens dessa idade costu-
1. Produção do grupo. mam frequentar? Quais atividades praticam?

N
Caso não conheçam muitos aplicativos, Quais dificuldades enfrentam em seu cotidia-
consultem em seus dispositivos móveis. no? São acompanhados por quem? Como
a) Produção do grupo. se locomovem? Costumam consumir o quê?
Verifique se as grandezas e unidades de medi- b) Peça que anotem as informações relevantes e

P
da mencionadas pelos alunos estão corretas. perguntas formuladas no diário do navegador.
b) Resposta pessoal. c) Publicação.
2. Resposta pessoal. d) Informe aos alunos que suas ideias podem
Questione os alunos sobre as semelhan- ser alteradas, reescritas e adaptadas antes
ças que existem entre os aplicativos de de exporem as definitivas no mural.
IA
transporte e as mudanças que gostariam
que ocorresse; também o diferencial do PÁGINA 79
aplicativo idealizado por eles em relação Se até este momento já ocorreu a desestru-
aos demais já existentes. turação de alguns grupos, tente recompô-los ou
realocar os alunos de maneira que permaneça
PÁGINA 78 a mesma formação até o fim do projeto.
1. Produção do grupo. 1. Produção do grupo.
a) Recomende aos alunos que utilizem a es- Oriente os alunos a buscar informações
U

tratégia citada anteriormente: por meio em fontes idôneas: sugira sites, revistas,
de um software de informação geográfi- documentos, livros, músicas etc. que apro-
ca, decomponham o mapa do bairro em fundem esses conteúdos.
quadriláteros ou triângulos, de maneira Estimule as trocas de ideias e conhecimen-
conveniente de acordo com a disposição tos dentro e entre os grupos.
G

das ruas. Em seguida, calculem a área de


cada polígono e, por fim, adicionem para PÁGINA 80
obter a área aproximada do bairro. 1. Respostas pessoais.
b) Acompanhe os alunos na busca por essa Debata com os alunos sobre privacidade e
informação, podendo recorrer à regional do segurança digital e permita que compar-
bairro, à prefeitura do município, à associa- tilhem as experiências vivenciadas.
ção dos moradores ou utilizarem técnicas 2. Resposta pessoal.
de estimativa populacional com base na Observe se ocorre uma homogeneidade
contagem de uma área quadrada: o produ- nas respostas e procure tirar conclusões
to entre a (área da superfície do bairro con- com a turma, estabelecendo relações de
siderado) e a (densidade demográfica). O causa e efeito.
valor da densidade demográfica do bairro 3. Produção do grupo.

MANUAL ESPECÍFICO 253


4. Produção do grupo. PÁGINA 87

D
Peça aos alunos que levem o termo de re- 2. Produção do grupo.
visão elaborado por eles ao(à) professor(a) Avalie se a proposta de aplicativo real-
de Língua Portuguesa, a fim de corrigir pos- mente soluciona a questão problema
síveis erros e dar sugestões de melhoria. formulada pelo grupo e sugira possíveis

L
5. Produção do grupo. melhorias na estrutura da ideia. Também
Examine se as diversas formas de comu- procure identificar desde já presumí-
nicação transmitem a mesma informação. veis problemas, para que possam pensar
em ajustes.
PÁGINA 81 3. Produção do grupo.

N
1. Disponibilize um exemplo de ficha para
a) Resposta pessoal. organização do roteiro de tarefas, seme-
b) Resposta pessoal. lhante a este exemplo:
c) Deve-se calcular da seguinte forma:

P
Quantidade de app frequentes TAREFA
$ 100
Quantidade de app baixados
DESCRIÇÃO DA TAREFA
Discutam a interpretação desse valor.
d) Produção do grupo. PESSOAL RESPONSÁVEL
IA
PÁGINA 83
DATA DE CONCLUSÃO
Proponha uma conversa informal com os
alunos sobre a importância de realizar planeja-
mentos, não apenas em projetos, mas também PÁGINA 90
na vida pessoal. 1. As opções são levar primeiro o bode, o
Sugira que façam um pequeno planeja- lobo ou o pé de couve. Todavia, observe
mento para suas intenções acadêmicas, junto que a única opção possível é transportar
dos possíveis caminhos para alcançá-las. primeiro o bode para o outro lado do rio,
U

Em seguida, peça aos alunos que, volunta- pois, em qualquer dos outros casos, ocor-
riamente, compartilhem com a turma os traje- reria a perda de uma carga.
tos acadêmicos planejados e o modo previsto Em seguida, o barqueiro volta sozinho
para alcançar essas metas. para o lado original. Agora ele tem a op-
ção de levar o lobo ou o pé de couve. Se
G

PÁGINA 85 optar por transportar o lobo, deve voltar


1. Produção do grupo. à margem de partida com o bode, caso
Oriente os alunos para que cada decisão contrário o lobo iria comê-lo. Se optar por
seja tomada com a participação de todos levar o pé de couve, então deverá retornar
os integrantes do grupo. com o bode, pois ele a comeria. Agora
2. Produção do grupo. pode levar para a margem final o lobo (ou
o pé de couve), deixando o bode. Por fim,
PÁGINA 86 retorna para buscar o bode, completando
1. Deve ocorrer a interação entre a turma, a travessia das cargas. As soluções possí-
com compartilhamento de ideias, conhe- veis para o problema estão resumidas no
cimentos, dúvidas e informações. quadro a seguir:

254 | PROJETO 3 | CONEXÕES COTIDIANAS


D
Etapa da travessia Margem de origem Transporte realizado Margem de chegada
Barqueiro, lobo,
Início
bode e pé de couve
1a Lobo e pé de couve Barqueiro e bode (ida)

L
2a Lobo e pé de couve Barqueiro (volta) Bode

3a Pé de couve Barqueiro e lobo (ida) Bode

4a Pé de couve Barqueiro e bode (volta) Lobo

5a Bode Barqueiro e pé de couve (ida) Lobo

N
6 a
Bode Barqueiro (volta) Lobo e pé de couve

7a Barqueiro e bode (ida) Lobo e pé de couve

Fim da travessia Barqueiro, lobo, bode e pé de couve

Opção levando o pé de couve antes do lobo:

Início

1a
Barqueiro, lobo,
bode e pé de couve
P
Etapa da travessia Margem de origem Transporte realizado

Lobo e pé de couve Barqueiro e bode (ida)


Margem de chegada
IA
2a Lobo e pé de couve Barqueiro (volta) Bode

3a Lobo Barqueiro e pé de couve (ida) Bode

4a Lobo Barqueiro e bode (volta) Couve

5a Bode Barqueiro e lobo (ida) Couve

6a Bode Barqueiro (volta) Couve e lobo

7a
Barqueiro e bode (ida) Couve e lobo
U

Fim da travessia Barqueiro, lobo, bode e pé de couve

2. A etapa “Pegue o pneu reserva” deve ser o fim desejado. Por isso, verifique a cons-
o primeiro passo e “Aperte forte as por- trução realizada, checando se as regras e
G

cas”, a penúltima etapa. a efetividade são satisfeitas.


Assim o algoritmo ficaria:
Resposta possível:
Início
Início
Pegue o pneu reserva.
Levante o carro com o macaco. Anote as idades dos alunos.
Retire o pneu furado. Adicione uma a uma.
Instale o pneu reserva. Divida a soma obtida pelo número de
Aperte forte as porcas. alunos.
Abaixe o carro para a posição normal. Fim
Fim
3. Os alunos podem estruturar o algoritmo PÁGINA 95
de diferentes formas e todas alcançarem 1. Resposta possível: Produção pessoal.

MANUAL ESPECÍFICO 255


D
L
N
3.
a) Resposta pessoal. A transição de uma para comentários humorados para postar no
outra linguagem demonstra que o aluno status de sua rede social.
tem familiaridade com uma e outra, res-

P
peitando as especificidades de cada uma PÁGINA 96
delas. 1. Todos os itens são de produção do grupo.
Veja uma possibilidade de resposta: Acompanhe os grupos nesta etapa suge-
Início rindo melhorias para o aplicativo.
Olhe a rua 2. Preparação do grupo.
IA
Se essa rua leva à casa de quem olha a rua Procure transmitir segurança e calma aos
então alunos neste momento final.
ande devagar Espera-se que os alunos valorizem suas
se não capacidades e as produções realizadas
nenhuma ação ao longo do projeto, considerando suas
chegue à casa possibilidades de intervenção nos pro-
fim blemas sociais.
b) Exemplo de resposta. Auxilie os alunos na produção do filme:
U

ele deve mostrar os caminhos percorridos pe-


los alunos durante o processo de criação dos
aplicativos; procure evidenciar a participação
de todos.
G

Autoavaliação coletiva
Em uma roda de conversa, peça para ca-
da grupo apresentar seu aplicativo e o que
mais lhe chamou a atenção neste projeto.
Avaliem a contribuição de cada membro do
grupo e a satisfação na realização do projeto.
Também solicite que digam o que poderia
ter sido feito de outra maneira para melho-
rar o projeto; para isso, utilize o esquema:
c) Incentive os alunos a compartilhar suas Muito bom (pontos positivos), Quase bom
criações na rede social de sua preferência. (pontos negativos), Seria bom... (sugestões
Proponha que criem legendas curiosas ou de melhorias):

256 | PROJETO 3 | CONEXÕES COTIDIANAS


D
Muito bom! : o aluno deve apontar Seria bom... : o aluno deve propor
quais aspectos da apresentação, como um mudanças e sugestões na produção dos
todo, foram favoráveis e satisfatórios, em sua colegas a fim de melhorá-las para futuras
opinião. apresentações.

L
Quase bom. : o aluno deve apontar Também distribua aos alunos a tabela a
quais aspectos da apresentação, como um seguir a fim de avaliarem a maneira com que
todo, não foram favoráveis e poderiam ser transcorreu o trabalho e a participação em seus
melhorados. respectivos grupos.

N
Perguntas de autoavaliação coletiva Resposta
Como ocorreu a participação na elaboração das ideias?

P
Como seu grupo administrou a distribuição das tarefas?

De que modo a pesquisa foi realizada?

Quais fontes foram consultadas?

As fontes de informação selecionadas eram confiáveis? Como isso pode ser garantido?
IA
As avaliações quanto ao bom andamento dos trabalhos auxiliaram a redirecionar as
ações, na busca de desviar de equívocos, corrigindo rotas?

Em uma escala de 0 a 5 (sendo 5 totalmente útil) que nota você atribui ao produto final
obtido neste projeto?

Em uma escala de 0 a 5 (sendo 5 totalmente útil) que nota você atribui ao envolvimento do
seu grupo?

Em uma escala de 0 a 5 (sendo 5 totalmente útil), avalie a sua experiência pessoal na


vivência com esse projeto.
U

Por fim, solicite aos alunos que copiem e preencham, em seu diário do navegador, o se-
guinte esquema:

O que mostramos?
G

Mostramos que é possível criar ferramentas (aplicativos) que possam contribuir para a sociedade, ainda que
não tenhamos conhecimentos técnicos suficientes no momento?

Como intervimos?

Intervimos no espaço social, propondo parcerias com as pessoas envolvidas no projeto e como seriam
afetadas?

Para onde iremos?

Poderemos desenvolver novas propostas de criação de algum produto virtual ou real com as competências,
habilidades e atitudes que desenvolvemos neste projeto?

Se julgar necessário acrescente, elimi- aluno. Reúna todas e extraia um mapa coletivo
ne ou substitua perguntas desse esquema. com o qual você possa reconhecer os valores
Solicite uma cópia dessas anotações de cada deste projeto.

MANUAL ESPECÍFICO 257


D
L
N
PROJETO INTEGRADOR 4
P
IA

encontro dos tempos


U

TEMA INTEGRADOR
• Mediação de conflitos
G

TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS


Esse projeto possibilita a abertura para a articulação do Tema Integrador com:
• Educação em Direitos Humanos
• Processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso
1. APRESENTAÇÃO DO TEMA E JUSTIFICATIVA Além disso, é necessário o reconhecimento de

D
quem é o outro, de suas categorias de vínculos
apresentação do TEMA INTEGRADOR DO PROJETO: relacionais, de caráter emocional, de possibi-
MEDIAÇÃO DE CONFLITOS lidades de incentivar uns aos outros em uma
As formas de reflexão e ação oportuniza- postura que se aproxime da coeducação.

L
das aos jovens no cotidiano, quanto aos con- O processo de coeducação entre iguais
flitos decorrentes do contato com pessoas de e entre diferentes é explorado como possibi-
distintas gerações, se apresentam de diferen- lidade de favorecer o convívio pacífico entre
tes modos. Os caminhos propostos por este os jovens e as distintas gerações às quais eles
projeto dizem respeito ao reconhecimento do estão sujeitos em suas relações sociais.

N
outro, suas potencialidades e limitações, sua Ensinar e aprender entre as diferentes pes-
história e sua capacidade de encorajar o outro, soas, sem hierarquia de papéis, é um meio pos-
sendo seu diferente. sível ao fluxo das relações sociais embasadas
Ser diferente não é obstáculo para o conví- na noção de segmento etário com o qual se

P
vio pacífico. Os vínculos pacíficos são construí- estabeleceu a ideia de pertencer a determi-
dos pela procura de se encorajar uns aos outros. nada geração.

APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA
IA
As noções de pertencimento, de participação e de transformação do entorno social, embora não
sendo o fim a ser atingido, estão no ambiente das questões que motivam os jovens a se lançar em re-
flexões quanto a interações com pessoas de diferentes gerações, seja no espaço familiar ou não.
A convivência pacífica entre as pessoas de diferentes segmentos etários, em algum momento,
vai tocar em um desses aspectos. Espera-se que, quando isso ocorrer nas relações cotidianas e
reais dos jovens, aqueles que participaram ativamente deste projeto tenham condições de agir e de
ter atitudes mais maduras e amparadas por estratégias de valorização das diversidades. Por meio
U

deste projeto, a estes jovens é dada a oportunidade de exercitar a empatia mediante o contato com
notícias, relatos, vivências e entrevistas envolvendo pessoas de idades distintas.
Essas experiências, necessárias, podem ampliar a visão dos jovens em relação a tomar atitudes
flexíveis diante das relações com pessoas de diferentes idades e em seus diversos papéis sociais.
As vivências neste projeto atingem o ápice por meio do evento cultural em que todos se depa-
G

rarão com oportunidades de transitar entre os papéis de “produtor” e de “consumidor” nos espaços
sociais. Essa é uma das maneiras de propor novos olhares sobre as relações intergeracionais.
Rawpixel.com/ Shutterstock

MANUAL ESPECÍFICO | 259


2. SUGESTÃO DE ROTEIRO DIDÁTICO PARA A 2.1 Compreensão da situação

D
EXPLORAÇÃO DO PROJETO 4 • Apresentação do tema
O tema Convívio entre as diversas gera-
ENCAMINHAMENTOS ções deve ser exposto aos alunos. Isso pode ser
feito em uma roda de conversa. Cabe ao(à) pro-
Para o professor

L
fessor(a) utilizar o formato que melhor se ajuste
RECURSOS Dispositivo com acesso à internet aos interesses/necessidades da turma. Para esse
MÍNIMOS (para explorar, antes dos alunos, os
conteúdos digitais sugeridos ao longo tema, sugerimos os seguintes formatos:
do projeto). a) Soma 90. O objetivo é incentivar a expe-
Fichas de acompanhamento das

N
aprendizagens deste projeto riência de contato entre personagens de
(individual e em grupo). idades distintas.
Seleção de livros didáticos diversos
ou outros livros de referência com De véspera, prepare cartões com estes
conteúdo matemático que exponham: números e nas seguintes cores:
o tratamento e a análise crítica de
dados para evitar inadequações

P
durante a construção de gráficos, 10 80 20 70 30 60 40 50
como também os conceitos de índice
e taxas percentuais.
Faça o suficiente de modo a ter um cartão
Compor a sala em pequenos grupos.
TAREFAS Verificar o funcionamento dos para cada aluno, sempre respeitando os
PRÁTICAS equipamentos de multimídia. pares compostos de um verde e um laran-
Disponibilizar mural para exposição
IA
dos trabalhos dos alunos. ja. Depois de distribuir os cartões, peça
Manter carregado seu dispositivo móvel. aos alunos que se encontrem e formem
duplas com cartões que somem 90. O car-
PARA O ALUNO tão recebido indica a idade a ser encenada
Diário do navegador (caderno ou
pelo aluno e que deverá interagir com a
RECURSOS bloco de anotações exclusivo para outra pessoa em um diálogo de 5 minutos.
este projeto).
MÍNIMOS
Livros didáticos de Matemática para
A conversa deve ser a respeito de vivên-
pesquisas diversas. cias cotidianas. Cada aluno deve imaginar
U

Lápis grafite.
Caneta.
como seria a pessoa com aquela idade e
Borracha. se comportar o mais parecido possível.
Dispositivo com acesso à internet.
Ao final, peça que se sentem em uma gran-
TAREFAS Manter carregado seu dispositivo de roda e que exponham o que eles perce-
móvel.
PRÁTICAS beram com essa vivência de se comportar
G

Formação em grupo.
tendo outra idade e, mais ainda, tendo que
CRONOGRAMA lidar com outra pessoa de idade diferente
Período letivo previsto para desenvolvi- da deles.
mento deste projeto: 1 semestre. Tome nota dos comentários mais perti-
nentes ou daqueles comentários que ex-
Duração plicitam algum preconceito ou reforçam
Quantidade
aproximada estereótipos, seja para personagens mui-
de páginas
(em meses)
to jovens, seja para os personagens mais
PÁGINAS INICIAIS + TRA- idosos.
6 + 14 = 20 2
JETO 1 Traga para o debate os aspectos que refor-
TRAJETO 3 + PÁGINAS FINAIS 12 + 2 = 14 2 çam estereótipos. Com cuidado, contrapo-
nha visões alternativas a esses equívocos,

260 | PROJETO 4 | ENCONTRO DOS TEMPOS


buscando ressaltar as possibilidades de Tome nota dos comentários mais contun-

D
convivência que despertem interesses co- dentes e também dos mais condescen-
muns entre diversas gerações, as trocas dentes. Anote discretamente a fala destes
de afeto e as possibilidades de educação e procure observá-los com mais atenção
recíproca, levando em conta os desafios ao longo do projeto. Busque estratégias

L
da sociedade contemporânea. para lidar com alunos que se subestimam
Caso haja grandes discrepâncias nos rela- e com os que se superestimam.
tos entre o grupo cuja diferença de idade Para o debate dessas questões, favoreça
era maior do que 50 anos e o grupo em a participação de todos, incentivando-os
que a diferença era menor do que 30 anos, a compartilhar suas experiências adqui-

N
busque perceber quais as causas e em ridas. Atente-se para a maneira como os
quais desses grupos as relações pareceram alunos organizam seus pensamentos e
mais amistosas, proveitosas, afetuosas e como constroem seus argumentos e se,
coeducativas. Incentive os alunos a expor para isso, mobilizam ferramentas ou co-

P
algumas justificativas para isso. nhecimentos matemáticos.
b) Eu amanhã. O objetivo é incentivar os Ao final, peça aos alunos que escrevam
alunos a se imaginar mais velhos e poder o que lhes chamou a atenção e o que
se aproximar desse “eu” mais velho para aprenderam com essa conversa, a fim de
um contraste de papéis sociais com base oferecer oportunidades para o desenvol-
IA
na idade. vimento de suas habilidades de síntese e
Dê folhas de sulfite em branco e disponi- ajudá-los a se lembrar do que foi tratado
bilize lápis de cor, canetas hidrográficas, que possibilitou um espaço de aprendi-
revistas e outros materiais para colagem. zado mútuo e de reflexão. Caso alguns
Peça que criem uma cena na qual repre- alunos não se sintam à vontade para ma-
sentem a si mesmos daqui a 50 anos: o nifestar opiniões publicamente, procure
que estarão fazendo e por que, como esta- identificar quem são e, se possível, con-
rão pensando e como se relacionarão com verse com eles à parte, separadamente,
U

os mais jovens. Quando todos os desenhos procurando explicitar a importância da


estiverem prontos, só então diga que eles expressão oral como maneira de expor
têm 30 segundos para escrever um balão observação, reflexão e crítica.
de fala sobre a cabeça do “eu mais velho
no futuro” falando algo para o “eu de ago- • Problematização
G

ra”. Não deixe passar desse tempo, pois a Espera-se que a roda de conversa realiza-
intenção é que a surpresa e o espontâneo da na etapa anterior favoreça que os conhe-
possam ser retratados com o máximo de cimentos prévios dos alunos, as opiniões, as
autenticidade, sem tempo para reflexões noções do senso comum e outras formas de
elaboradas. Recolha imediatamente os conhecer e interagir com o entorno e o mundo
trabalhos de todos. venham à tona. Esse contato é fundamental
Ao final, peça que se sentem em uma gran- porque, já do início, aponta ao(à) professor(a)
de roda. Resgate uma a uma as produções quais serão os caminhos a serem trilhados pa-
e mostre para a sala, pedindo que o dono ra auxiliar os alunos a superar determinados
do desenho diga, em 1 minuto, quem é obstáculos. Além disso, serve também para
aquele personagem e por que ele disse que os alunos tenham as primeiras vivências
aquela frase no balão. com o tema a ser tratado nas próximas aulas.

MANUAL ESPECÍFICO | 261


Proponha que explorem a dupla de pági- estão, por sua vez, migrando para espaços

D
nas da abertura do projeto. Propicie um clima nunca antes pensados. Poderíamos sintetizar
de troca de experiências/opiniões por meio os tempos atuais como: aprender sempre e
das questões apresentadas ou de outras que em diversas fontes.
possivelmente surjam nesse momento. Esse cenário impacta o convívio entre ge-

L
Explore com eles o teor da questão de- rações, pois não sustenta mais o antes restrito
safiadora apresentada no topo da página. “o mais velho ensinar o mais novo”. É inegável
Pergunte se desejam reformulá-la e, nesse o valor dos saberes que os mais velhos levam
caso, proponha que apresentem uma nova consigo, porém mais valiosas do que isso são
versão. as leituras que eles podem fazer sobre fatos

N
Reforce a importância de manter pro- da atualidade. Os mais velhos usufruem do
ximidade com a temática, de maneira que potencial natural de suas “leituras compara-
apareçam palavras-chave como “educação”, das”, enquanto os mais jovens usufruem de
“compartilhar”, “gerações” ou variações em suas “leituras inaugurais”. Aprender com a di-

P
torno dessas. versidade de leituras é o desafio para todos,
Veja possibilidades de reformulação para seja qual for a geração.
a questão desafiadora: Muitas vezes, a leitura é sobre um objeto
i ) Quais interesses têm as diferentes gera- que nunca existiu, com base em uma neces-
ções e que podem ser compartilhados? sidade que também nunca existiu. Pode ser
IA
ii) Quando ocorrem os momentos mais favo- ainda que a leitura só possa ser cumprida por
ráveis ao processo recíproco de educação meio de uma linguagem igualmente inexistente
entre gerações? em outra época... e assim por diante. Objetos,
iii) De que modo os fatos sociais contemporâ- linguagens, códigos, estratégias, valores... cada
neos impactam as relações intergeracionais? vez mais pode acontecer de tudo ser novo e
Valide com os alunos a questão desa- acontecer ao mesmo tempo.
fiadora e esboce as primeiras ferramentas Incentive os alunos a ler a tabela, o gráfico
(matemáticas ou não) que julgar necessárias e o mapa dos trajetos: esses recursos servem
U

à busca investigativa. Esse esboço auxilia a para ampliar a abordagem inicial e, ao mes-
reconhecer categorias como: o que sabemos, mo tempo, apontar possíveis direções para
o que precisamos saber mais e o que não o processo investigativo. É desejável que o
sabemos. curta-metragem seja assistido coletivamente
em aula. Aproveite para questionar a ruptura
G

• Contextualização de estereótipos: as pessoas mais velhas têm


Explore com os alunos a dupla de páginas concepções estereotipadas sobre os jovens e
da seção #vocênocomando. vice-versa. Entretanto, o vídeo mostra a sur-
Por meio do proposto nessas páginas, presa que pode romper concepções prévias
incentive os alunos à reflexão do que são, equivocadas.
atualmente, os papéis sociais, subordinados Ao fim, ouça quais são as necessidades
aos cortes etários. As demandas nas socie- de conhecimento específicas de cada aluno,
dades contemporâneas, marcadas por mu- quais suas expectativas quanto à investigação
danças sequenciadas a um ritmo vertiginoso, desse tema e incentive-o a tomadas de decisão
vêm exigindo de todos contínuo aprendizado que favoreçam a autonomia, porém sem que
– não importa se criança, jovem, adulto ou se perca do alcance do seu monitoramento e
idoso. Além disso, as fontes de aprendizagem de possíveis redirecionamentos.

262 | PROJETO 4 | ENCONTRO DOS TEMPOS


de famílias, dada a complexidade das confi-

D
AVALIAÇÃO EM PROCESSO gurações e estruturações familiares nas socie-
dades contemporâneas. Não é mais possível
Peça aos alunos que escrevam um pensar o conceito de família no singular, mas,
texto contemplando três categorias de sim, no plural.
conhecimentos:

L
(i) O que eu já sei
COMPARTILHE COM OS ALUNOS
(ii) O que sei parcialmente
(iii) O que necessito saber
Caso alguns alunos demonstrem interesse
Esse registro pessoal inicial é útil como
em aprofundar um pouco mais as questões

N
parâmetro avaliativo do percurso de cada
aluno. A cada etapa, pode-se comparar esse a respeito das famílias, indique para eles
registro inicial com outros registros recorren- as leituras:
tes que forem sendo construídos por você ou OLIVEIRA, Nayara Hakime Dutra de. Recomeçar:
pelo próprio aluno. família, filhos e desafios [on-line]. São Paulo: Editora

P
Esse processo avaliativo contribui para Unesp; Cultura Acadêmica, 2009. 236 p. ISBN 978-
85-7983-036-5. Disponível em: <http://books.scielo.
dar clareza quanto à alteração na qualida-
org/id/965tk/pdf/oliveira-9788579830365.pdf>.
de da aprendizagem do aluno, a ponto de
Acesso em: 12 fev. 2020.
mostrá-lo seguro e satisfeito com cada novo
PRÀ, Desirèe Daí. A diversidade na configuração
retrato dessas três categorias, uma vez que
familiar: uma revisão da literatura. Porto
o conhecimento está em movimento dinâ-
IA
Alegre: Universidade Federal do Rio Grande
mico e em ampliação, se deslocando entre
do Sul. Instituto de Psicologia, 2013.
as categorias positivamente: o crescimento
Disponível em: <www.lume.ufrgs.br/bitstream/
dos itens (ii) e (iii), associados a estratégias de
handle/10183/117876/000880546.pdf?seq>.
busca investigativa, geram conteúdos novos Acesso em: 12 fev. 2020.
para o item (i).

Igualmente complexas são as noções re-


2.2 Levantamento das fontes de informação ferentes às gerações. A segmentação das ge-
U

• Exposição teórica rações, a compartimentalização dos espaços


A busca pelo corpo teórico necessário a sociais “adequados” para cada geração e a
essa investigação pode ser iniciada com dois definição do perfil de cada segmento são con-
conceitos fundamentais e complexos nos dias ceitos que vêm sendo estudados em décadas
de hoje: famílias e gerações. mais recentes.
G

Explore as noções referentes à diversidade De modo geral – e contribuindo para uma


de famílias. Hoje as famílias têm padrões muito construção negativa da imagem dos que se
distintos quanto à sua configuração (diz res- inserem em cada segmento geracional –, as
peito ao conjunto das pessoas que compõem relações sociais se deslancham com mais ou
o núcleo familiar: pai, mãe, filhos ou outros) e com menos envolvimento devido a uma supos-
quanto à sua estrutura (diz respeito às regras ta capacidade produtiva das pessoas. Em de-
que produzem as tramas de uma família: se corrência dessa concepção rígida, as relações
por laços de sangue, de parentesco, afinidades sociais entre pessoas de cortes etários diferen-
ou outros critérios subjetivos). A temática “as tes tendem a desprezar a dimensão humana,
famílias são variáveis” faz uma brincadeira com afetiva, histórica e sábia de pessoas que não
o termo variável no intuito de correlacionar a têm mais a beleza e a força física “adequadas”
noção de variável com a noção de diversidade às necessidades da produção econômica.

MANUAL ESPECÍFICO | 263


Isso também pode ocorrer com os muito Trata-se de desconstruir a ideia do valor

D
jovens: não têm ainda “habilidades” produti- dos afetos diretamente proporcional às capaci-
vas à máquina econômica. De maneira que, dades produtivas economicamente idealizadas.
os muito jovens e os mais idosos tendem a ser Sejam crianças, sejam idosos, todas as mentes
excluídos dos espaços de criação e produção têm capacidades para produção, expressão e

L
por não estarem aptos ou por não terem mais intervenção criativas e funcionais nos diversos
o vigor da alta produtividade imposta pela ló- ambientes em que as gerações se entrecruzam.
gica econômica. Pelas possibilidades diversas e os poten-
É necessário, e urgente, acolher e se en- ciais de produção pouco explorados com as
volver com pessoas de diferentes gerações pessoas de cada geração, a expressão “as ge-

N
e incentivar a construção de novos espaços rações são variáveis” brinca com o significado
sociais, novas oportunidades para descober- da palavra variável: aquilo que não se prende a
tas de dimensões humanas no trato com os um valor pontual, mas que reconhece o caráter
muito jovens, os idosos e outros segmentos da de movimento dentro de um espaço, de um

P
sociedade, como as pessoas com deficiência, tempo e segundo os potenciais de pessoas
por exemplo. que pertencem a uma geração.

COMPARTILHE COM OS ALUNOS


IA
Caso alguns alunos demonstrem interesse em aprofundar um pouco mais as questões a respeito
das gerações e suas possibilidades de aproximação, indique para eles as leituras:
FERRIGNO, José Carlos. Coeducação entre gerações. São Paulo: Edições Sesc, 2010.
LIMA, Cristina Rodrigues. Programas intergeracionais: um estudo sobre as atividades que aproximam as diversas
gerações. Campinas: Unicamp; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2007. Disponível em: <http://taurus.unicamp.br/
bitstream/REPOSIP/252108/1/Lima_CristinaRodrigues_M.pdf>. Acesso em: 13 fev. 2020

Os equívocos na construção de gráficos Investigar a realidade necessita de uma pos-


U

e na leitura deles podem ser a metáfora para tura o mais transparente, justa e sincera possível:
a análise dos equívocos de leitura quanto aos seja na manipulação matemática dos dados, seja
potenciais de cada geração ou de cada famí- na abordagem dos significados do contexto social.
lia. O percurso das construções de imagens a
respeito das gerações e das diferentes famílias • Pesquisa individual
G

pode incorrer em recursos inadequados, que Paralelamente aos estudos científicos e co-
vão impactar o resultado dessas imagens – letivos (descritos na etapa anterior), cada aluno
semelhantemente ao que ocorre no proces- pode direcionar seus interesses para aspec-
so de construção dos diferentes gráficos. A tos específicos (ou outros correlatos ao tema)
metáfora matemática vem, nesse momento, na busca por esclarecer nuances da questão
como poderosa ferramenta para compreender desafiadora.
as distorções sociais, tal como as distorções e Os anseios pessoais podem ser manifes-
imprecisões nas representações gráficas. tados neste momento e devem ser debatidos
Explore com os alunos essas noções de ina- e validados pelo grupo.
dequação, a manipulação de dados, as represen- É importante, todavia, que cada alu-
tações incoerentes e, portanto, as compreensões no tenha claro quais são suas necessida-
equivocadas que essas leituras geram. des pessoais de conhecimento e de busca.

264 | PROJETO 4 | ENCONTRO DOS TEMPOS


Auxilie cada aluno na circunscrição daquilo competências próprias e suas estratégias pes-

D
que deseja descobrir sozinho, utilizando as soais de investigação.

AVALIAÇÃO EM PROCESSO

L
Auxilie o aluno a elaborar questões que A pergunta inicial, de caráter técnico-mate-
atendam aos seus anseios pessoais de busca e mático, desemboca em uma questão de juízo de
de proposição de soluções. valor com conteúdo ético.
Neste momento, o papel do(da) professor(a) – Esteja preparado para as diversas perguntas
especialmente o(a) de Matemática – é fundamental que os alunos possam criar e os variados cami-

N
como orientador(a) na formulação e clareza da per- nhos pelos quais elas podem conduzi-los. Não
gunta. Avalie se, na pergunta, há a nomeação dos há razões para receio ou insegurança por parte
objetos conceituais para os quais o aluno precisa do(da) professor(a), pois, neste momento, não
direcionar seus esforços. Também verifique a clareza está em xeque a “bagagem” de conhecimento

P
na formulação para que favoreça a posição de bus- que leva (como se fosse o detentor único dos
ca do aluno diante dos possíveis direcionamentos. conhecimentos que adquiriu em sua formação),
A seguir, apresentamos exemplos de ques- mas quais possibilidades de diálogo há para se
tões para fins de esclarecimento, todavia é ne- envolver com os alunos na proposição de planos
cessário que não sejam impostos aos alunos e de ação que foquem a busca por soluções.
IA
nem copiados por eles. Seja para uma questão de caráter mais con-
i) Linguagens e suas Tecnologias. Quais são os textual, seja para uma de caráter mais científico,
princípios e valores de equidade envolvidos detenha atenção em um processo de desenvol-
nos diálogos que produzem entendimento vimento do aluno que considere:
mútuo entre pessoas de distintas gerações? a) a compreensão dos conceitos e procedimentos
Não se espera uma resposta imediata à matemáticos envolvidos na busca de soluções;
questão formulada, sob sua tutoria. Formular b) a utilização de diferentes estratégias de lei-
boas questões é em si mesmo um desafio. tura e interpretação dos fatos divulgados
U

Valorize as estratégias de busca às possíveis por diferentes meios;


soluções da pergunta formulada pelo aluno. c) a compreensão dos diferentes processos
ii) Matemática e suas Tecnologias. Quais os erros identitários que permeiam as práticas sociais
mais frequentes em gráficos utilizados pela mí- e a linguagem nelas envolvidas;
dia e o que explica a recorrência desses erros? d) a atuação com base em princípios e valores
G

O caráter mais desafiador desse exemplo assentados nos Direitos Humanos ao propor
de pergunta está no motivo pelo qual a mídia soluções para questões de sua formulação;
publica gráficos com erros/equívocos em sua e) o exercício da busca por autoconhecimento
apresentação: seriam distrações? Desatenção e a manifestação da empatia, da cooperação
aos conhecimentos conceituais de Matemática? e da criação de condições para o convívio
Ou seriam intencionais? pacífico entre diferentes.

2.3 Formalização de conteúdos e produtos adiante, quando a produção do grupo estiver


• Produção individual chegando ao fim. Cabe ao(à) professor(a) es-
Esta etapa ocorre simultaneamente à eta- colher o momento mais adequado de propor a
pa anterior. Ou pode ocorrer também mais conclusão da produção individual dos alunos.

MANUAL ESPECÍFICO | 265


Recupere os registros individuais do alu- compreensão e o processamento das informa-

D
no e ouça seus relatos, expondo os desafios ções por parte do aluno deverão ser críticos
durante a busca e quais alternativas encontrou no sentido de propor intervenção na forma e,
para superá-los. Tome nota das estratégias e provavelmente, no conteúdo publicado – muitas
dos resultados mais expressivos do aluno. vezes visto como pronto, acabado e verdadeiro.

L
Se julgar oportuno, peça aos alunos que Exponha em um mural todas as frases
criem uma charge ou um desenho que de- elaboradas.
monstre a situação (de modo cômico, sarcás-
tico, irônico), os equívocos entre as gerações AVALIAÇÃO EM PROCESSO
e, abaixo da charge, uma frase que apresente

N
possibilidades para superar esses equívocos. Forme uma grande roda de conversa e
incentive os alunos a relatar como estão o pro-
• Discussão crítica cesso e os preparativos para o evento cultural.
Espera-se que, no decorrer do processo, Espera-se que já tenham escolhido o lo-

P
os alunos tenham se deparado com taxas e ín- cal onde ocorrerá o evento e, com base nis-
dices os mais diversos possíveis que permeiam so, auxilie-os a criar um mapa que situe cada
os contextos sociais. stand, salas, oficinas e outros espaços em que
devem ocorrer as diversas atividades.
Selecione os índices e as taxas que, se-
Proponha que descrevam com detalhes
gundo sua avaliação, causaram maior impacto
cada atividade: exposições, palestras, debates,
IA
entre os alunos. Exponha na sala esses dados e
mostras artísticas, oficinas de produção etc.,
promova uma discussão crítica, reconhecendo nos quais possam participar como produtores
a noção de proporção matemática envolvida crianças, adolescentes, adultos ou idosos.
nesse índice (ou taxa) e a noção da “grandeza” Avalie o aspecto da diversidade, tanto
no impacto populacional ou ambiental que na produção cultural quanto no consumo
representa. Neste momento, a linha entre as dessa produção, averiguando o fluxo entre
relações matemáticas e a dimensão social se produtores e consumidores. Esteja atento pa-
torna tênue, e elas se entrelaçam sem que se ra que essa festa cultural intergeracional seja
U

possa reconhecer a “assepsia” do conceito, se como um microssistema, com características


social ou matemático. próprias e que rompa com a lógica externa
usual de que só os adultos produzem para o
• Produção coletiva (artística) consumo das demais pessoas de outros seg-
mentos etários.
Proponha aos alunos que criem frases en-
G

Avalie com os alunos desde aspectos am-


volvendo os conteúdos estudados até aqui e
plos da organização dessa festa até os deta-
que exponham o teor das relações e dos pro-
lhes mais específicos, atribuindo para cada
cessos educativos no contexto intergeracional equipe tarefas com bastante clareza no intuito
contemporâneo. Incentive-os a escrever com de reduzir riscos à obtenção de resultados
igual empenho frases relacionadas à confiabi- satisfatórios.
lidade ou não de informações divulgadas em
forma de gráficos e de índices.
A Matemática em uso na mídia deve ser re- 2.4 Validação final
cebida, averiguada e, muitas vezes, reformulada • Avaliação da aprendizagem individual
pelo próprio cidadão na medida em que essa Ao final, crie oportunidades de o aluno au-
informação deveria expressar fidedignamen- toavaliar-se. Disponibilize alguma modalidade
te um fato real. Sendo assim, a percepção, a de autoavaliação.

266 | PROJETO 4 | ENCONTRO DOS TEMPOS


A seguir, apresentamos uma proposta • Promoveu a mudança de visão do entorno

D
possível. social e das possibilidades de pertencimento
e participação social a todos os envolvidos?
Encaminhe a conversa como se ela fosse
uma fotografia, retratando o mais fielmente

L
Sei ler e interpretar possível cada fato recuperado pela me-
criticamente informações
divulgadas por diferentes
mória e pelos registros feitos ao longo do
meios de comunicação. processo. Incentive também as propostas
Proponho intervenções em de sugestões de melhorias que poderiam
informações que não estão
ser introduzidas, fazendo disso um exercí-

N
publicadas de forma correta,
utilizando conhecimentos de cio de reconhecimento dos aspectos po-
Matemática.
sitivos e de quais atitudes de amparo aos
Interpreto com facilidade
taxas e índices divulgados em
pontos negativos poderiam ser tomadas
contextos sociais. caso houvesse uma próxima oportunidade.

P
Identifico as relações entre as Tome nota dos comentários que julgar mais
grandezas envolvidas em uma
taxa ou um índice.
relevantes e partilhe esses registros com o
Utilizo diversas linguagens
grupo em algum meio impresso ou digital.
para expor uma opinião ou um
pensamento.
Posiciono-me para um diálogo 3. COMENTÁRIOS E RESOLUÇÕES
IA
aberto com a intenção de
produzir entendimento mútuo. PÁGINA 104
Valorizo os princípios éticos 1. Respostas pessoais.
apresentados nos Direitos
Humanos. 2. 1 + 3 + 9 + 9 + 13 = 35 famílias
Oriento minhas atitudes com
base nos princípios éticos PÁGINA 107
relativos aos Direitos Humanos.
Via lateral
• Avaliação coletiva Organize uma roda de leitura das histórias
U

Depois do evento cultural (Caldeirão das escritas pelos alunos a partir do curta-metra-
gerações), reúna os alunos para uma re- gem proposto na seção Confluências.
flexão coletiva. Comente com os alunos que a pesquisa pode
Considerem nesse debate os aspectos que ser realizada com os próprios familiares. Informe
dizem respeito ao processo e ao produto. também que, sendo 5 integrantes no grupo, cada
G

Quanto ao processo, pergunte, por exemplo: um pode entrevistar 3 pessoas (ideal que cada
• Mobilizou conhecimentos de Matemática pessoa entrevistada seja de famílias diferentes).
satisfatórios para compreender seu valor Exemplo de pesquisa:
como ferramenta de leitura e intervenção
da realidade? Tabela 1 - Vínculos relacionais
• Ampliou as noções a respeito das relações COM QUAL PESSOA TEM MAIS AFINIDADE?
sociais entre as diferentes pessoas dentro
Pessoa da família 6
de uma família ou das várias gerações?
Quanto ao produto, pergunte, por exemplo: Pessoa do trabalho 3
• Favoreceu a participação de diversas pessoas Pessoa da escola 5
(diferentes faixas etárias e também pessoas
Outros 1
com deficiência) no âmbito da produção?

MANUAL ESPECÍFICO | 267


b) Possibilita uma visão da relação entre a

D
Tabela 2 - Nível estrutural
parte e o todo; proporção entre o ângu-
QUAL É O NÍVEL ESTRUTURAL DA SUA FAMÍLIA?
lo de abertura do setor circular e o valor
Pequena (menos de 13 pessoas) 5 percentual de cada parte.
Média (entre 13 e 20 pessoas) 8 c) A soma dos valores correspondentes às

L
Grande (mais de 20 pessoas) 2 partes ultrapassa 100%. Além disso, a pro-
porção das áreas dos setores circulares não
é condizente com a informação menciona-
Tabela 3 - Interconexão
da, pois o círculo aparenta estar dividido
SUA FAMÍLIA COSTUMA SE REUNIR? em três partes iguais.

N
Sim, com frequência 3 d) Para correção, sugira aos alunos que cons-
Sim, com pouca frequência 7 truam um gráfico de colunas.
Quase nunca 4
2023 – Corrida Presidencial
Nunca 1 80%

P
70%
60%
PÁGINA 108
50%
Explore com os alunos a importância 40%
de cada geração e como todos devem ser 30%
20%
valorizados e reconhecidos como pessoa
10%
IA
humana. Para debater o assunto, proponha 0%
Candidato A Candidato B Candidato C
que tragam para a aula recortes de jornais ou
revistas que informem sobre acontecimentos Fonte: Dados fictícios
contrários à valorização de outras gerações, PÁGINA 113
seja de maus-tratos, descumprimento de 2. Para a construção do gráfico, informe aos
direitos ou qualquer outra forma que venha alunos os seguintes dados:
a prejudicar o outro. Compartilhe o panfleto:
QuantIDADE QuantIDADE QuantIDADE
Tipo de de vendaS de vendaS de vendaS no
U

ARTIGO VI
produto no Ano 1 no Ano 2 Ano 3
(em milhões) (em milhões) (em milhões)
PRODUTO A 4 2 1,8
TODOS
OS SERES HUMA- PRODUTO B 2,3 4 1,7
G

NOS TÊM O
PRODUTO C 3 1,5 3
DIREITO DE SER,
EM TODOS OS LUGARES, PRODUTO D 4,2 2,4 5
RECONHECIDOS COMO
PESSOA HUMANA, PE- Venda da Empresa X
RANTE A LEI. 5
4
3
2
1
Artigo VI – Declaração Universal dos Direitos Humanos.
0
Unic/Rio/005, Janeiro 2009 (DPI/876) Produto A Produto B Produto C Produto D
Quant. de venda no Ano 1 (em milhões)
PÁGINA 112 Quant. de venda no Ano 2 (em milhões)
1. Quant. de venda no Ano 3 (em milhões)

a) Gráfico de setores. Fonte: Fictícia

268 | PROJETO 4 | ENCONTRO DOS TEMPOS


Aceite gráficos com layout diferente: o im- Gráfico 2

D
portante é que a transmissão dos dados
Tabela 2 – Nível estrutural
esteja correta. Qual o nível estrutural da sua família?
3.
10
a) Exemplo de resposta:

L
8
Quando vê uma pessoa idosa como você
se comporta? 6
4
2

N
pequena média grande

Respeita Evita aproximar-se dela


Ajuda Cumprimenta
Dá atenção Outra Gráfico 3
Anulado

P
Fonte de consulta: RODRIGUES, Sónia Andreia Ramos. Sua família costuma se reunir?
O espelho da velhice através da visão de crianças/
jovens – meio urbano versus meio rural. Escola Superior 1
de Educação do Instituto
4 3
Politécnico de Castelo Branco. Portugal, 2014.
IA
b) Resposta pessoal. 7
Realize uma discussão com a turma a res-
peito das respostas, também proponha
Sim, com Sim, com Quase Nunca
que construam um gráfico com esses da- frequência pouca frequência nunca
dos e comparem com o da Escola João
Roiz Castelo Branco: há diferenças? Quais
se destacam?
Tabela 1 - Vínculos relacionais
4. Produção do grupo.
U

Verifique se os gráficos estão coerentes COM QUAL PESSOA TEM MAIS AFINIDADE?
com os dados coletados durante a pes-
Pessoa da família 6
quisa; também não devem induzir a con-
clusões errôneas. Pessoa do trabalho 3
Representações gráficas a partir do exem-
G

Pessoa da escola 5
plo citado na página 103:
Gráfico 1 Outros 1

Tabela 1 – Vínculos relacionados


Com qual pessoa tem mais afinidade? Tabela 2 - Nível estrutural
8
6 QUAL É O NÍVEL ESTRUTURAL DA SUA FAMÍLIA?
4
2 Pequena (menos de 13 pessoas) 5
0
o s
ília alh sco
la tro Média (entre 13 e 20 pessoas) 8
am tra
b e Ou
daf o a da
soa o ad sso
Pe
s ss Pe Grande (mais de 20 pessoas) 2
Pe

MANUAL ESPECÍFICO | 269


Quando vê um jovem, como você se comporta?

D
Tabela 3 - Interconexão
Admira 5
SUA FAMÍLIA COSTUMA SE REUNIR? Evita aproximar-se 3

Alternativas
Tenta instruí-lo 10
Sim, com frequência 3
Somente cumprimenta 5

L
Sim, com pouca frequência 7 Dá atenção 4
Acho que não tenho mais paciência 1
Quase nunca 4 0 5 10 15
Quant. de respostas
Nunca 1
b) Como os entrevistados poderão escolher

N
PÁGINA 114 mais de uma resposta, isso ocasionaria um
Espera-se que os alunos recuperem as in- gráfico de setores que ultrapassaria o valor
formações do próprio texto. Por exemplo, para 100%.
a primeira questão os alunos podem citar como Mostre aos alunos um exemplo de possível

P
impacto na vida pessoal dos idosos a qualidade erro:
da saúde emocional mediante o relato da per-
Quando vê um jovem como você se comporta?
sonagem Maria Cruz: “Eu estava me sentindo
longe de tudo, um bocadinho depressiva”. 20% 20% Admira
20% Tenta instruí-lo
Quanto ao impacto no espaço urbano, po- 40% Dá atenção
IA
dem citar o relato da arquiteta Lara Seixo: “É 60%
Evita aproximar-se
40% Somente cumprimenta
uma questão de inclusão, porque eles passam Acho que não tenho mais paciência
a entender o que é feito na cidade deles”.
Promova a discussão dessas questões e as 3. Resposta pessoal (produção de texto).
possíveis respostas. Explore a estratégia utilizada por Calvin
ao apresentar uma suposta pesquisa pa-
PÁGINA 115 ra transmitir confiabilidade em sua fala,
2. utilizando-se de gráficos para facilitar o
U

a) Produção do grupo. entendimento e o convencimento.


Observe se algum aluno ainda possui dú-
PÁGINA 116
vidas sobre a maneira de construir gráficos
Para esta produção, sugira que o grupo se-
(manualmente ou por meio de softwares)
ja o mesmo desde o início. Exemplo de listas:
e esclareça as dúvidas individualmente.
G

Exemplo de entrevista: Lista 1


Motivar a superação das dificuldades físicas e das
Quando vê um jovem, como você se comporta? questões afetivas, auxiliando, se necessário, na
execução de tarefas práticas.
Admira 5
Transmitir encorajamento para a realização de
Evita aproximar-se 3 novas atividades, principalmente àquelas ditas
como sendo exclusivas dos jovens, por exemplo,
grafitar.
Tenta instruí-lo 10
Mostrar os espaços públicos desconhecidos e as
Somente cumprimenta 5 novas possibilidades de interação no âmbito do
real e do virtual.
Dá atenção 4 Interagir por meio da criação de jogos,
planejamento de viagens, roda de conversas, leitura
Acho que não tenho mais paciência 1 dramática e canções.

270 | PROJETO 4 | ENCONTRO DOS TEMPOS


PÁGINA 118

D
Lista 2
1.
Criar rodadas de leitura com literatura clássica, ou
apreciação de outras manifestações artísticas do a) Entre os anos 2000 e 2015.
acervo cultural brasileiro ou universal no intuito b) Média mundial de filhos por casal em 1985:
de diversificar as referências culturais dos jovens,
muitas vezes tão envolvidos na cultura pop digital. 3,5 (aproximadamente).

L
Média mundial nos dias atuais: 2,4
Criar atividades de produção artística, artesanal,
de engenharia ou conserto de objetos que (aproximadamente).
demonstrem para o jovem os efeitos da Incentive os alunos a pesquisar esses da-
transformação de algo no momento presente e
suas consequências no futuro. dos referentes ao Brasil e comparar com
os valores mundiais.

N
Incentivar o desenvolvimento da aptidão para
ouvir, conversar e conviver com pessoas mais 2.
velhas e também de outras idades distintas da dos
jovens.
a) Espera-se que o aluno considere que a
representação das colunas em 3D dificulta
Valorizar os conhecimentos próprios e do outro,
favorecendo a construção da harmonia no ambiente reconhecer os valores correspondentes a

P
familiar e social. cada uma delas e também a comparação
Auxiliar na compreensão de que há diversos entre os países desenvolvidos e em de-
processos de envelhecimento e que as atitudes de senvolvimento. Essa representação induz
hoje exercem impactos no amanhã.
a erros de leitura.
a) Produção do grupo. b) Produção pessoal.
IA
b) Produção do grupo. Oriente os alunos a realizar perguntas sobre
Oriente-os sobre a postura adequada para a informação que o gráfico pretende passar
o entrevistador. e sua clareza/exatidão na comunicação.
c) Produção do grupo. Perguntas possíveis:
Supervisione-os no momento da cons- • Algo dificultou sua compreensão do gráfico?
trução dos gráficos. Verifique se surgiram • Como dar mais clareza de leitura para esse
gráficos de setores para representar os da- gráfico? Explique.
dos dessas entrevistas. Considere todos os • O que aconteceu com a população
U

gráficos e proponha que, coletivamente, idosa dos países em desenvolvimento,


eles avaliem as produções quanto à ade- no decorrer do tempo, quando com-
quação da forma e ao rigor no tratamento parada à população idosa dos países
das informações comunicadas. desenvolvidos?
G

PÁGINA 117 PÁGINA 119


Espera-se que os alunos reconheçam a 1.
postura de apatia dos idosos representados a) É possível que a maioria dos alunos tenha
na charge. O convívio entre iguais pode tê- entre 52 e 58 anos.
-los induzido à manutenção de uma postu- b) Promova uma breve discussão com a tur-
ra estereotipada do papel social do idoso. ma a respeito das respostas, motivando o
Incentive os alunos a fazer a releitura dessa autoconhecimento de modo que o aluno
charge, observando se aparecem, entre suas reflita sobre a postura que possui atual-
produções, propostas que demonstrem ati- mente e, se ele próprio julgar necessário,
tudes de coeducação, seja entre iguais, seja se deve mudá-la no agora.
entre os “diferentes”, por exemplo, entre jo- 2. Produção pessoal. Disponibilize um es-
vens e idosos. paço digital comum para exposição dos

MANUAL ESPECÍFICO | 271


gráficos dos alunos, em alternativa a um idosos, não apenas aquele estereotipado que

D
mural físico da sala. estamos acostumados a ver retratados.
Por essa diversificação, ampliaram-se os
PÁGINA 121 espaços de interação para idosos em muitas
1. Espera-se que os alunos reconheçam a re- áreas, por exemplo, universidades que criaram

L
lação de inclusão do ECA quanto à DUDH. o programa “Universidade aberta à terceira
Os princípios da DUDH valem para o ECA, idade”, em que se oferecem cursos, palestras,
com a especificidade da idade proibitiva disciplinas regulares de graduação, atividades
para trabalhos a menores de 14 anos, salvo esportivas e físicas para pessoas acima de
na condição de aprendiz. E, nesses casos, 60 anos.

N
o aprendiz precisa estar sob as condições E o envolvimento da população idosa
de amparo legal. não fica restrito somente aos espaços físicos,
2. Esse adolescente estará amparado pela mas também aos virtuais: tem aumentado o
lei, pois a condição de jovem aprendiz se número de idosos blogueiros e influenciadores

P
estende até 18 anos. digitais que produzem conteúdos de diversas
Para ampliar essa questão, apresente aos naturezas.
alunos: 1. Produção do grupo. Escolha os grupos ou
realize um sorteio.
ART. 67. Ao adolescente empregado, apren- a) Exemplos de perguntas
diz, em regime familiar de trabalho, aluno de
IA
• Qual é o valor do consumo nacional?
escola técnica, assistido em entidade governa-
• Qual é o percentual das pessoas com mais
mental ou não governamental, é vedado trabalho:
de 50 anos que não moram sozinhas?
I – noturno, realizado entre as vinte e duas
horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte;
2.
II – perigoso, insalubre ou penoso; a) Exemplo de respostas
III – realizado em locais prejudiciais à
sua formação e ao seu desenvolvimento físico, Pirâmide etária (2018 e 2060)
psíquico, moral e social; 70,00%
U

57,22%
IV – realizado em horários e locais que não 60,00%
50,00% 47,36%
permitam a frequência à escola.
40,00%
Estatuto da Criança e do Adolescente. ECA 2019. 29,22% 32,60%
30,00%
Versão atualizada. Rio de Janeiro: CEDECA, 2019. p. 54. 19,95%
20,00%
13,25%
10,00%
G

PÁGINA 124 0,00%


da população entre da população entre da população
0 e 19 anos 20 e 59 anos com 60 ou mais

2018 2060
1. 1990: 50%; 2010: 100%; 2025: 200%.

PÁGINA 125 b) Frase exemplificadora: Com a população


1. vivendo por mais anos, precisamos nos
a) 4,1% + 4,0% + 3,9% = 12% planejar para o futuro, cuidando de nossa
b) 3,8% + 3,7% + 3,7% = 11,2% saúde mental e física para envelhecer bem.

PÁGINA 127 PÁGINA 129


Esclareça aos alunos que a velhice é A criação de eventos como esse tem o
heterogênia, pois existem diversos perfis de potencial de auxiliar na construção de uma

272 | PROJETO 4 | ENCONTRO DOS TEMPOS


sociedade mais harmoniosa, com menos

D
Perguntas de autoavaliação Respostas
conflitos, na qual haja compreensão e coletiva
respeito mútuo entre os cidadãos, mesmo
Temos condição de avaliar criticamente
que sejam de gerações diferentes, pois dá a as diversas informações apresentadas
oportunidade de conhecer o outro e valorizar em gráficos pelos meios de
comunicação?

L
seus saberes e experiências vividas, além de
Ampliamos a compreensão sobre taxas
perceber o valor de cada geração. e índices?
Proponha aos alunos que entrem em contato
Como percebemos os vínculos de
com as coordenadorias de cada universidade que aprendizagem entre as diferentes
participa do programa “Universidade aberta para gerações?

N
a terceira idade” a fim de adquirir o contato Como podemos divulgar as
de alguns idosos participantes com interesse possibilidades de desenvolver vínculos
de aprendizagem entre as diferentes
de contribuir para o evento, seja visitando gerações em outros espaços fora da
ou apresentando alguma per formance escola?

P
(peça de teatro, dança, coral, canto, mágica, Em uma escala de 0 a 5 (sendo 5
totalmente útil), que nota você atribui
malabarismo etc.) (matemáticos ou não) adquiridos neste
projeto junto com o seu grupo?
Autoavaliação coletiva
Reúna toda a turma e passe os minido- Por fim, solicite aos alunos que copiem e
IA
cumentários de cada grupo; ao final, peça preencham, em seu diário do navegador, o
que digam o que mais lhes chamou a atenção seguinte esquema:
neste projeto. Também solicite que digam o
que poderia ter sido feito de outra maneira O que mostramos?
para melhorá-lo; para isso utilize o esquema Mostramos que é possível conviver com diversas
gerações de forma pacífica?
Muito bom! (pontos positivos), Quase bom
(pontos negativos) e Seria bom... (sugestões Como intervimos?
Intervimos com respeito, promovendo e
de melhorias): valorizando a participação do outro nas relações
U

sociais, independentemente de sua faixa etária?

Para onde iremos?


Perguntas de autoavaliação Respostas Podemos incluir e motivar pessoas de outras
coletiva gerações a partir das habilidades desenvolvidas
nesse projeto?
Os processos colaborativos
G

necessários a cada etapa da pesquisa


ocorreram de fato por meio de Crie outras questões que complementem
práticas colaborativas?
essas, segundo as necessidades do coletivo.
O grupo soube partilhar os potenciais Com as informações obtidas dessa e das ou-
específicos de cada um em favor do
bem comum? tras avaliações, trace um mapa que retrate
o aproveitamento dos alunos nas diferentes
Os julgamentos de valor a respeito
dos diferentes segmentos etários etapas e diante dos diversos desafios enfren-
foram alterados no decorrer do projeto? tados, no intuito de reconhecer regularidades
Foi perceptível a mudança de opinião que possam ser potencializadas nos próxi-
a respeito dos idosos quanto à sua
capacidade de produção ou de
mos projetos ou evitadas, segundo o juízo
interação com os jovens? de valor conferido.

MANUAL ESPECÍFICO | 273


D
L
N
PROJETO INTEGRADOR 5
P
IA

antes de escolher
U

TEMA INTEGRADOR
• Empreendedorismo
G

TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS


Esse projeto possibilita a abertura para a articulação do Tema Transversal:
• Trabalho
1. APRESENTAÇÃO DO TEMA E JUSTIFICATIVA a respeito de suas aptidões para empreender

D
seus negócios, participar de dinâmicas em que
Apresentação do TEMA INTEGRADOR DO PROJETO: possa se deparar com os desafios de levar a
EMPREENDEDORISMO cabo uma tarefa a ser realizada em conjunto
A criatividade, a inovação e as formas de são exemplos de oportunidades em que essas

L
autogestão são capacidades que a sociedade capacidades podem ser estimuladas nos jovens
contemporânea vem solicitando aos jovens enquanto permanecem na escola.
mediante situações sociais reais. Muitas ve- Os processos de escolha com os quais os
zes, em decorrência da complexidade de uma jovens se deparam no cotidiano são mais bem
situação real, um jovem pode não ter muita amparados quando conhecem a si próprios

N
clareza para observar a si mesmo, o entorno inseridos em um contexto real. O autoconheci-
e os pares envolvidos. mento é incentivado nesta proposta de projeto
Questões que exigem analisar as ofer- em diversos momentos por meio de simulações
tas, suas combinações e suas possibilidades ou de situações reais, testes e autoavaliações.

P
podem ser vistas como um todo nebuloso O autoconhecimento é apresentado como
aos olhos do jovem que se vê pressionado a condição necessária para que o aluno possa
tomar uma decisão sem se sentir seguro para dar os primeiros passos na construção de seu
fazer boas reflexões e propor relações que o projeto pessoal.
auxiliem na análise de fatos de alguns eventos Empreender é visto como um recurso
IA
da sua vida social. para o jovem assumir suas potencialidades e
Refletir sobre quais escolhas fazer durante suas limitações a fim de que ele se proponha
e após o Ensino Médio, observar outro jovem a buscar, com responsabilidade, um plano
em situação semelhante, entrevistar pessoas para seu futuro.

JUSTIFICATIVA
por uma ou outra opção, podem perceber que
U

Reconhecer-se apto para gerenciar tarefas não sabem o porquê daquela e não de outra
corriqueiras, analisar as escolhas e tomar boas escolha feita.
decisões são capacidades que podem ser de- Posicionar-se diante das escolhas, reco-
senvolvidas nos jovens por meio de diversas nhecer as diversas possibilidades, analisar to-
atividades escolares. das as combinações possíveis, identificar afi-
G

A sociedade contemporânea, em trans- nidades com suas particularidades pessoais


formação contínua, vem trazendo aos jovens são algumas das competências que os jovens
desafios que exigem respostas para situações podem exercitar antes de, efetivamente, fazer
que, ora eles necessitam se adaptar a elas, ora suas escolhas.
necessitam contestá-las, propondo soluções As oportunidades de vivência neste projeto
eficientes e inteligentes para o que se impõe. favorecem os jovens a se descobrir diante das
As escolhas são momentos em que os escolhas e reconhecer que seus pares se en-
jovens se deparam com um amplo leque de contram em situações semelhantes, de maneira
possibilidades, mas, em muitos casos, não pos- que possam aprender por meio das reflexões
suem clareza a respeito de quais ofertas acatar pessoais, mas também por meio da observação
e quais rejeitar. E, mesmo depois de decidirem das escolhas feitas pelos pares.

MANUAL ESPECÍFICO | 275


2. SUGESTÃO DE ROTEIRO DIDÁTICO PARA A EXPLORAÇÃO DO PROJETO 5

D
ENCAMINHAMENTOS

PARA O PROFESSOR

L
RECURSOS MÍNIMOS Dispositivo com acesso à internet (para explorar, antes dos alunos, os conteúdos digitais
sugeridos ao longo do projeto);
Fichas de acompanhamento das aprendizagens deste projeto (individual e em grupo).
Seleção de livros didáticos diversos ou outros livros de referência com conteúdo
matemático que exponham: os problemas de contagem por meio do diagrama de
árvore e o princípio multiplicativo; eventos aleatórios, espaço amostral; e o cálculo de

N
probabilidades.

TAREFAS PRÁTICAS Compor a sala em pequenos grupos.


Verificar o funcionamento dos equipamentos de multimídia.
Disponibilizar mural para a exposição dos trabalhos dos alunos.
Manter carregado seu dispositivo móvel.

P
Para o aluno
Diário do navegador (caderno ou bloco de anotações exclusivo para este projeto); Livros
RECURSOS MÍNIMOS didáticos de Matemática para pesquisas diversas; Lápis grafite; Caneta; Borracha; Dispositivo
PARA O ALUNO com acesso à internet.
IA
TAREFAS PRÁTICAS Manter carregado seu dispositivo móvel.
Formação em grupo.

CRONOGRAMA necessidades da turma. Para esse tema, suge-


rimos os seguintes formatos:
Período letivo previsto para desenvolvi-
mento deste projeto: 1 semestre a) Jogo: a escolha e o acaso. A intenção é ex-
por o aluno a opções objetivas (determinis-
U

Duração mo) e a situações do acaso (indeterminismo).


Quantidade
aproximada Forme uma roda de conversa e comece a
de páginas
(em meses) percorrer o círculo oferecendo a cada aluno
PÁGINAS INICIAIS + a possibilidade de escolher uma das cores: la-
6 + 14 = 20 2
ranja ou verde. Depois disso, lance um dado
G

TRAJETO 1

TRAJETO 2 10 1
simples ao acaso. Verifique o número na face
superior. Se sair 5 e o aluno escolheu laranja,
TRAJETO 3 + PÁGINAS FINAIS 6+2=8 1 então ele deverá falar o que entende por
eventos. E assim por diante, até que todos
2.1 Compreensão da situação da roda tenham escolhido a cor, lançado o
• Apresentação do tema dado e discorrido sobre a palavra sorteada.
O projeto pessoal de futuro e as incerte- 1. Decisão 1. Inesperado
zas devem ser expostos como tema do projeto 2. Incertezas 2. Escolhas
3. Chances 3. Ética
aos alunos. Isso pode ser feito em uma roda 4. Possibilidades 4. Motivação
de conversa. Cabe ao(à) professor(a) utilizar o 5. Eventos 5. Autoconhecimento
6. Probabilidade 6. Futuro
formato que melhor se ajuste aos interesses/

276 | PROJETO 5 | ANTES DE ESCOLHER


Tome nota das noções prévias que mais imaginam que deverão ser estudados com

D
chamarem a atenção para que possam ser mais rigor nas próximas etapas.
retrabalhadas no decurso do projeto.
b) Eu [...] futuro. O objetivo é incentivar a es- • Contextualização
crita criativa de frases que começam com Explore com os alunos a dupla de páginas

L
“eu” e terminam com “futuro”. da seção #vocênocomando.
Dê 5 minutos para cada um escrever uma Ouça e cante com os alunos a canção
frase em uma tira de papel – se possível, Trenzinho caipira, que inspira reflexões a res-
utilize papéis em cores variadas. Em se- peito das possibilidades que o menino tem
guida, peça a cada um que exponha sua “pro dia novo encontrar”. Ao confrontar a letra

N
frase em um mural (deixe-o colorido alea- da música com a imagem do dente-de-leão,
toriamente, sem impor critérios de posi- reforce a ideia de que, sendo leves demais, as
cionamento das cores). partículas da flor (como se fossem expectativas)
Depois leia cada uma das frases, selecio- se perdem no ar.

P
nando as palavras-chave e propondo que, Faça com os alunos a contraposição en-
em uma roda de conversa, explicitem seus tre as ideias de expectativa e de projeto de
conceitos e significados. vida. As expectativas podem se perder no ar
e chegar ou não a algum lugar. O percurso
• Problematização construtivo do projeto de vida busca um co-
IA
Espera-se que a roda de conversa reali- nhecimento de si e do entorno a favor de um
zada na etapa anterior desperte nos alunos a resultado satisfatório para alguém ou algum
necessidade de investigar sobre um tema que grupo. Busca-se em um projeto de futuro ter
envolva o conhecimento de si mesmo agora e clareza das escolhas e caminhar do modo mais
em direção ao futuro. seguro possível em direção a um ponto dese-
Proponha que explorem a dupla de pági- jado, valendo-se da análise das escolhas e das
nas da abertura do projeto. Converse com eles melhores possibilidades.
sobre o teor da questão desafiadora apresen- Leia com os alunos o mapa dos trajetos,
U

tada no topo da página. Pergunte se desejam verificando se alguns dos conceitos listados na
mantê-la ou pretendem fazer ajustes. etapa anterior (aqueles que julgaram deverão
Reforce a importância de manter proximi- ser estudados com mais rigor nas próximas
dade com a temática, de maneira que apare- etapas) se confirmam com a leitura desse mapa
çam palavras-chave como “escolhas”, “autoco- e, por outro lado, destacando quais conceitos/
G

nhecimento”, “empreendimento” ou variações noções, possivelmente, deverão ser buscados


em torno dessas. em outras fontes.
Veja possibilidades de reformulação para
a questão desafiadora:
• O que necessito conhecer sobre mim e o
USBFCO/ Shutterstock

entorno para empreender meus caminhos?


• Quando escolho, que consequências pro-
jeto para o meu futuro?
• Que opções tenho para empreender meu
projeto de vida?
Valide com os alunos a questão desafia-
dora, listando, coletivamente, quais conceitos

MANUAL ESPECÍFICO | 277


D
AVALIAÇÃO EM PROCESSO

Peça aos alunos que organizem um registro inicial a respeito do que necessitam descobrir em
três campos complexos do conhecimento humano, organizados nas seguintes categorias:

L
Sobre mim Sobre o outro Sobre o entorno
Meus potenciais Como acolho o outro? O que desconheço do entorno?
Minhas limitações O que aprendo com o outro? Como interfiro no entorno?
Meus anseios Quem é o outro como parceiro? Que conhecimentos são urgentes
Meus projetos de curto e médio Minha maturidade para negociar para conviver no entorno?

N
prazo com o outro

Esse quadro é apenas uma sugestão. O aluno e o(a) professor(a) podem fazer alterações que se
ajustem às necessidades de cada um ou do grupo. Esse registro inicial poderá auxiliar o aluno na busca
pelo que deseja para si diante do outro, envolvido em um espaço e inserido em um tempo social.

P
Essa autoavaliação favorece o processo de autoconhecimento e percepção do entorno
em que vive, e também o desenvolvimento de uma postura responsável para assumir as
consequências e os desfechos que não saiam conforme o previsto.

2.2 Levantamento das fontes de informação


IA
organização desses conhecimentos, as possibi-
• Exposição teórica lidades de gerar relações pertinentes quando
Conhecer-se é uma tarefa complexa e que se complementarem ou se ampliarem etc.
demanda calma e atenção contínua, nas situa- A cada retorno, busque despertar nos alu-
ções simples do cotidiano. nos um olhar crítico para a análise da qualidade
Explore com os alunos as páginas que das fontes, que deve ir se ampliando nessa
abordam os meandros do enfrentamento das construção contínua.
questões desafiadoras como: compreender,
U

planejar, resolver, validar e tomar decisões. • Pesquisa individual


Em seguida, incentive o aluno a se autoavaliar Esse 1o trajeto é o mais enfático, entre os
quanto às atitudes de persistência, resiliência, três que compõem este projeto, quanto aos
mente aberta e mentoria. incentivos voltados para o autoconhecimento.
Finalize essa iniciação à temática e ao pri- Sugira leituras complementares, vídeos
G

meiro passo com a construção do mapa do que abordem a temática, entre outras fontes
autoconhecimento 3 × 2. de conhecimento, para que o aluno possa ter
Neste momento, os alunos já terão con- ferramentas suficientes para esboçar seu plano
dições de perceber quais conhecimentos ne- de projeto de futuro.
cessitam ampliar/aprofundar segundo suas Ao atingir a seção Notas de viagem, ao fim
necessidades e seus anseios pessoais. do 1o trajeto, reúna os alunos e direcione a
Auxilie os alunos na construção de seus aula para as orientações gerais a respeito dos
trajetos pessoais. Agende “retornos” para detalhes e das clarezas que cada um já pos-
monitorar a qualidade das fontes de conheci- sa ter alcançado. Caso isso não tenha ainda
mento que os alunos têm acessado, a nature- acontecido, é o momento de averiguar o que
za dos conhecimentos e suas reais finalidades é necessário para atingir essa clareza e buscar
para o que desejam descobrir, as formas de os últimos ajustes para que isso ocorra.

278 | PROJETO 5 | ANTES DE ESCOLHER


D
AVALIAÇÃO EM PROCESSO

Avalie como está se formando o corpo de linguagens (plástica, musical, corporal etc.)
conhecimentos do aluno até este momento. para defender seu ponto de vista, levando

L
Proponha aos alunos questões amplas que em conta não só os anseios de sua vida
enfatizem as peculiaridades de cada área de pessoal, mas também a consciência ética
conhecimento. e solidária.
A seguir, apresentamos exemplos dessas ii) Matemática e suas Tecnologias. Quais
questões. Avalie a possibilidade de ajustá-las, ofertas de cursinho, aulas de idiomas ou

N
reformulá-las ou substituí-las conforme as ne- trabalho voluntário existem para você?
cessidades didáticas da sua turma. Que possibilidades há de você fazer os
i) L inguagens e suas Tecnologias. Quais três no mesmo ano? Represente as pos-
oportunidades você vê despontar dian- sibilidades em um diagrama de árvore.

P
te de si ao pensar um plano de futuro no Espera-se que o aluno exponha as opções
qual possa exercer sua autonomia e seu de cada uma das variáveis (cursinho, aulas
potencial para colaboração? Grave um de idiomas, trabalho voluntário) e com-
vídeo de 1 minuto expondo suas ideias ponha um esquema de possibilidades,
a esse respeito de modo claro. Use a levando em conta se os resultados são
IA
criatividade. razoáveis e a adequação das soluções ao
Espera-se que o aluno utilize diversas seu perfil.

2.3 Formalização de conteúdos e produtos talento individual em que cada um se dispõe em


• Produção individual favor do resultado final de um trabalho em grupo.
É possível que esta etapa ocorra simul- Faça a atividade com os alunos, se possí-
taneamente à etapa anterior. Se julgar per- vel, no pátio da escola.
U

tinente, proponha ao aluno que responda à Proponha uma gincana entre as equipes.
questão final do 2o trajeto. Peça que escreva Caso haja muitos grupos com mais do que três
sua resposta no diário do navegador e que integrantes, proponha duas rodas para que todos
depois escaneie a resposta com algum apli- possam participar. Essa vivência é fundamental
cativo para que possa compartilhar com você. para incentivar a superação de obstáculos com
G

Neste momento, o aluno já terá estuda- os envolvidos em um desafio em grupo.


do algumas questões a respeito de eventos Ao final dessa vivência, proponha uma re-
mutuamente exclusivos. Verifique a clareza do flexão coletiva.
aluno, ao se expressar, utilizando essas noções Essa atividade é uma metáfora para a vi-
matemáticas. vência futura dos alunos no enfrentamento de
situações que exijam dedicação colaborativa.
• Discussão crítica A reflexão sobre essa atividade deve expli-
Explore com os alunos a seção Via expressa citar os comportamentos de persistência, de
“O eu e o outro: juntos temos mais chances”. colaboração, de resiliência e de esforço coleti-
Incentive nos alunos a noção de trabalho cola- vo. Ser preparado individualmente e integrar-
borativo, participação em equipe e também a -se socialmente são competências diferentes,
produção sintonizada entre pares por meio do porém complementares.

MANUAL ESPECÍFICO | 279


Deixe que os alunos se manifestem livre- 2.4 Validação final

D
mente em uma grande roda de conversa para • Avaliação da aprendizagem individual
que possam fazer um retrato, o mais verdadei- Ofereça oportunidades de o aluno autoa-
ro possível, do empenho deles como um grupo valiar-se. A seguir, apresentamos uma proposta
apto a concretizar tarefas individualmente ou possível.

L
coletivamente.

• Produção coletiva
Oriente os alunos na produção da “árvore
Sei reconhecer meus potenciais e
do amanhã”.

N
minhas limitações.
Essa atividade é permeada por tarefas que Utilizo meus potenciais para
envolvem produção individual, em grupo e co- favorecer o convívio produtivo,
colaborativo e pacífico.
letiva. Ela é fundamental para que o aluno possa
Busco ferramentas para superar
demonstrar sua desenvoltura em pertencer e se minhas limitações.

P
envolver em diversas formações sociais. Utilizo as parcerias como modo
Agende o dia, local e convide o público. de auxiliar o outro e como forma
de aprender com o outro.
Reconheço meus anseios e busco
modos de lidar com eles no
AVALIAÇÃO EM PROCESSO convívio social, sem impor minhas
condições para o outro cumpri-
IA
-las por mim.
Depois do evento da “árvore do ama-
Busco maneiras de organizar um
nhã”, crie um mural com uma grande folha em plano para meus projetos de
branco (pode ser uma folha de papel pardo). curto e médio prazo.
Divida a folha em três partes, como se Promovo as qualidades do outro
fossem colunas e, no topo de cada uma, com o mesmo orgulho das
escreva: minhas.
Reconheço o valor da aceitação
Eu proponho Eu critico Eu felicito do outro em ceder a vez quando
U

ele percebe que tem menos


Oriente os alunos a escrever o que dese- condições para uma tarefa do
jarem abaixo de cada um desses termos nas que eu naquele momento.
respectivas colunas. As contribuições desse Favoreço os vínculos de
mural devem ser assinadas, e a função se- parcerias, cedendo a vez para o
outro quando percebo que tenho
rá explicitar o que pensam a respeito desse
G

menos condições para uma tarefa


evento da “árvore do amanhã”. que ainda não domino.
Recupere os principais comentários. Sinto-me aberto para o diálogo e
Proponha uma plenária para que todos para as negociações.
possam avaliar se as propostas escritas na co- Busco formas de aprender a
luna “eu proponho” são viáveis, se as críticas respeito do entorno de modo
mais diversificado possível.
na coluna “eu critico” são pertinentes e se os
Procuro interferir no espaço
elogios na coluna “eu felicito” são fundados.
sendo benéfico para o máximo
O grupo deve validar o conteúdo desse de pessoas, além de mim mesmo.
quadro. Extraia dele a síntese e, antes de en- Reconheço quando me falta
cerrar este projeto, verifique quais estratégias conhecimento e, nesse caso,
são necessárias para realinhar os processos e busco conselhos e/ou faço
pesquisas para saber como suprir
a direção. essa falta.

280 | PROJETO 5 | ANTES DE ESCOLHER


• Avaliação coletiva PÁGINA 143

D
Depois da composição e da exposição da Oriente os alunos a escrever suas respos-
“árvore do amanhã”, reúna os alunos para uma tas pessoais em uma folha qualquer, como
reflexão coletiva. Proponha que manifestem o um rascunho. Depois devem acompanhar
valor que julgam ter alcançado durante a vivên- o(a) professor(a) na “edição” do texto: me-

L
cia com esse projeto e que dizem respeito aos: lhorar a forma, fazer cortes ou inserções mais
a) conhecimentos matemáticos claras, trocar termos por outros mais efica-
• Ampliou minhas noções a respeito da con- zes na transmissão das ideias etc. Quando a
tagem de casos possíveis de um evento? edição estiver pronta, podem registrar suas
• Favoreceu minha compreensão ao descre- respostas naquele que será o produto final

N
ver espaço amostral de eventos aleatórios? do mapa deles.
• Proporcionou formas de resolver pro- Se possível, disponibilize materiais di-
b l e m a s q u e e nvo l ve m c á l c u l o d e versos: canetas hidrográficas, lápis de cor,
probabilidades. tintas, revistas, jornais, tecidos, folhas secas

P
b) conhecimentos não matemáticos de árvores etc. A diversidade de materiais
• Ampliou as possibilidades de me autoco- pode estimular a imaginação e a criatividade
nhecer em situações diversas? dos alunos para que possam personalizar
• Ampliou minha busca por projetos pes- seus mapas.
soais de futuro? Incentive a exposição dos mapas para
• Proporcionou-me buscar recursos para or-
IA
estimular a troca da visão de mundo que
ganizar um plano favorável de um projeto cada um tem de si (aquele que não está
pessoal? isolado e que é dotado de uma essência
asséptica, mas que está em construção e
Tome nota dos comentários que julgar sofre as interferências do meio), que tem
mais relevantes e partilhe esses registros com do mundo próximo (seu entorno social) e
o grupo em algum meio impresso ou digital. também do mundo mais distante (questões
que envolvem o planeta e as relações sociais
U

mundiais).
3. COMENTÁRIOS E RESOLUÇÕES Se julgar oportuno, depois disso, recolha
essas produções para fazerem parte da “ár-
PÁGINA 141 vore do amanhã”, que será o produto final
Observe a resposta das perguntas, pois deste projeto.
G

podem transmitir informações a respeito da Oriente o debate para que os alunos


criatividade e do nível de insegurança dos alu- possam entender que o processo de cons-
nos. Normalmente a casa traz uma sensação trução da identidade é totalmente dinâmico,
de segurança, lugar confortável, e muitas vezes tanto em decorrência de si mesmo quanto
estar longe de casa pode gerar incertezas e em decorrência da rede de relações na qual
retração. cada um se encontra inserido.
Essa construção é resultante de uma
PÁGINA 142 multiplicidade de fatores que envolvem no-
Comente com os alunos que todas es- ções de identidade em rede, em que os
sas atitudes podem ser aprimoradas com o elementos são referenciados (estão, cada
tempo. O importante é identificarmos nossos um, em relações de vizinhança, de distância,
pontos fracos para serem trabalhados. de pertencimento, de complementaridade

MANUAL ESPECÍFICO | 281


quanto aos outros). Essas referências situam próprio ciclo vital. A ave que ficou pode

D
a identidade do aluno em um espaço e em correr o risco de não sobreviver.
determinado tempo. Explore essas noções Diferentemente do cotidiano, em que
de se situar no espaço e no tempo (tão pró- muitas vezes os movimentos de moda
prias da Matemática e da Física) como pode- induzem a atitudes sem um pensamento

L
rosas metáforas para dar clareza aos alunos crítico por parte das pessoas que aceitam
na construção dos próprios mapas. fazer parte deles; nesse caso, não aderir
aos movimentos pode garantir uma nova
PÁGINA 145 e mais saudável qualidade de vida para
aquele que se recusou e buscou alter-

N
1. Existem 4 × 3 × 2 = 24 possibilidades de
pintar a bandeira. nativas mais adequadas para si e para o
2. Observe se realmente se trata de um pro- entorno do qual faz parte.
blema de contagem. Selecione alguns para 7. Resposta pessoal. Chame a atenção dos
que toda a turma resolva. alunos para observarem que se trata de

P
um processo que envolve contagem.
Além disso, no cotidiano há situações que
PÁGINA 146 envolvem processos de escolha para além
1. Tinham 3 decisões. Na 1a tinham três mo- do caráter quantitativo. É comum estar-
dos de escolher; na 2a, dois modos e na mos sujeitos a situações de escolha de
3a, dois. Logo 3 × 2 × 2 = 12 caráter qualitativo em que uma ou mais
IA
decisões podem ser tomadas ao mesmo
PÁGINA 149 tempo, compondo uma “teia” de deci-
Espera-se que os alunos observem o fluxo sões que podem conviver pacificamente
de aves voando enquanto uma permanece e em benefício de si e do outro. Embora
na praia e realizem uma comparação com existam também as escolhas de caráter
suas escolhas e o momento de fazê-las. qualitativo que trazem pouco ou nenhum
4. Compartilhe com os alunos a definição benefício àquele que tomou a decisão.
U

de moda e de movimento coletivo ou


proponha que busquem em dicionários. PÁGINA 151
Compare as respostas entre os alunos e 1.
verifique se ressaltam os significados de a) Resposta pessoal.
modos de agir, viver e sentir coletivos
G

Apresente aos alunos os possíveis signifi-


que se manifestam por um conjunto de cados associados a cada animal:
opiniões; ou ainda como um movimento LOBO: sua característica mais marcante é
coletivo manifestado de forma espontânea a de ser organizador. É detalhista e está
para defesa ou promoção de objetos ou sempre atento ao planejamento para ante-
situações de interesse. ver os riscos. Aprecia a pontualidade e tem
5. Resposta individual. Pergunte aos alunos espontaneidade para assumir controles.
se já se sentiram dessa forma e quando Pode ter dificuldades para se adaptar às
isso ocorreu. Reforce com eles a diferença mudanças.
dessa imagem com o movimento, muitas ÁGUIA: sua característica mais marcante
vezes impensado, das atitudes pautadas é fazer diferente. Busca resolver as coisas
pela moda. As aves juntas estão em um de maneira criativa, aprecia as atitudes
movimento de migração, respeitando o de inovação e tem visão de futuro. Por se

282 | PROJETO 5 | ANTES DE ESCOLHER


deixar guiar pela intuição, pode ter difi- se relacionar bem com as pessoas. Pode ter

D
culdades em cumprir tarefas de caráter dificuldades em situações por ter priorizado
mais racional. a felicidade em vez da necessidade.
TUBARÃO: sua característica mais marcan- b) Procure trabalhar com os alunos a valorização
te é ser executor. Atua para obter resulta- do outro, notando as virtudes e qualidades.

L
dos práticos. Tem foco, visão de futuro e Espera-se que os alunos tenham uma ex-
muito comprometimento com os objetivos. pectativa na evolução de suas éticas.
Pode ter dificuldades para atividades em
grupo uma vez que faz com eficiência ati- PÁGINA 152
vidades individuais. 3.

N
GOLFINHO: sua característica marcante é a) Alice possui, no máximo,
ser comunicador. Tem espontaneidade para 2 × 2 × 2 × 3 = 24 opções.
trabalhar em equipe e é muito sensível. Sabe Diagrama possível:

P Apenas
estudar
Idioma
IA
Música

Ensino médio
simples

Idioma

Trabalhar
U

Música
Alice

Idioma
G

Apenas
estudar

Música
Ensino médio
técnico

Idioma

Trabalhar

Música

MANUAL ESPECÍFICO | 283


PÁGINA 155 (3, 5), (3, 6), (4, 1), (4, 2), (4, 4), (4, 5), (4, 6),

D
1. Espera-se que os alunos observem que se (5, 1), (5, 3), (5, 4), (5, 5), (5, 6), (6, 2), (6, 3),
trata de escolhas que apresentam incerte- (6, 4), (6, 5), (6, 6)}.
zas para o desfecho.
2. Pergunte aos alunos quais os motivos que PÁGINA 163

L
normalmente os fazem ter medo de agir. Via Lateral
4. Após a criação das listas, leia para a tur- Compartilhe com os alunos o significado
ma, em voz alta, todas as atitudes que os das palavras (seção Via lateral):
grupos formularam. Ao fim, proponha que Tino: intuição, sentido, tato; inteligência,
eles busquem colocar essas práticas em

N
perspicácia.
ação a partir deste momento. Aptidão: qualidade de apto; disposição
inata ou adquirida (para determinada coisa).
PÁGINA 157 Capacidade: poder de produção, de exe-
1. Ω = {(1, 1), (1, 2), (1, 3), (1, 4), (1, 5), (1, 6), (2, cução; rendimento máximo.

P
1), (2, 2), (2, 3), (2, 4), (2, 5), (2, 6), (3, 1), (3, 2. Faça uma coletânea das pesquisas e pro-
2), (3, 3), (3, 4), (3, 5), (3, 6), (4, 1), (4, 2), (4, cure identificar com os alunos quais apti-
3), (4, 4), (4, 5), (4, 6), (5, 1), (5, 2), (5, 3), (5,
dões e capacidades os entrevistados pos-
4), (5, 5), (5, 6), (6, 1), (6, 2), (6, 3), (6, 4), (6,
suem em comum. Também comparem o
5), (6, 6)}. Logo n(Ω) = 36
perfil de um empreendedor apresentado
IA
a) E1 = {(1, 1), (2, 2), (3, 3), (4, 4), (5, 5), (6, 6)}
ao longo deste projeto com o observa-
b) E2 = {(6, 6)}
do na pesquisa; avaliem as semelhanças
e diferenças.
PÁGINA 158
1.
PÁGINA 165
a) Ωa = {(abacaxi, brigadeiro), (abacaxi, co-
1.
co), (abacaxi, morango), (brigadeiro, coco),
a)
(brigadeiro, morango), (coco, morango)}.
U

• Sendo E o evento “obter o número 6 no


b) Ωb = {(abacaxi, abacaxi), (abacaxi, briga-
lançamento do dado”, temos: E = {6}.
deiro), (abacaxi, coco), (abacaxi, morango),
n (E) 1
(brigadeiro, brigadeiro), (brigadeiro, coco), Logo: P(E) = =
n (X) 6
(brigadeiro, morango), (coco, coco), (coco,
• Sendo E o evento “o número obtido não
morango), (morango, morango)}.
G

ser um divisor de 9”, temos: E = {2, 4, 5, 6}.


2.
n (E) 4 2
a) Ea = {(1, 1), (2, 2), (3, 3), (4, 4), (5, 5), (6, 6)} Então: P(E) = = =
n (X ) 6 3
b) Eb = {(4, 6), (5, 5), (5, 6), (6, 4), (6, 5), (6, 6)} b) Sendo E o evento “obter duas caras e
c) Ec = {(6, 6)} duas coroas”, temos: E = {(KKCC), (KCKC),
d) Ed = {(1, 1), (1, 2), (1, 3), (1, 4), (1, 5), (1, 6), (KCCK), (CKCK), (CCKK), (CKKC)}.
(2, 1), (2, 2), (2, 3), (2, 4), (2, 5), (2, 6), (3, 1), c) Sendo E o evento “obter duas bolas azuis”,
(3, 2), (3, 3), (3, 4), (3, 5), (3, 6), (4, 1), (4, 2),
temos: E = {(A, A)}.
(4, 3), (4, 4), (4, 5), (4, 6), (5, 1), (5, 2), (5, 3),
A probabilidade de que a 1ª bola retirada
(5, 4), (5, 5), (5, 6), (6, 1), (6, 2), (6, 3), (6, 4), 5
seja azul é 9 .
(6, 5), (6, 6)} = Ω
e) Ee = {(1, 1), (1, 2), (1, 3), (1, 4), (1, 5), (2, 1), A probabilidade de que a 2ª bola retirada
4
(2, 2), (2, 3), (2, 4), (2, 6), (3, 1), (3, 2), (3, 3), seja azul é 8 .

284 | PROJETO 5 | ANTES DE ESCOLHER


n (E) 5 4 20 5 A condição de que “pelo menos” uma

D
Logo: P(E) = = $ = =
n (X) 9 8 72 18 garota seja sorteada é complementar à
2.
condição “exatamente 3 garotos serem
Em um grupo formado por 12 adoles-
sorteados”.
centes, há 7 garotos e 5 garotas. Foram
sorteados, de forma aleatória, 3 prêmios
Autoavaliação coletiva

L
entre os adolescentes desse grupo. A
Reúna toda a turma em frente ao mural
probabilidade de haver pelo menos uma
produzido e tirem uma foto para recordação.
garota entre os três ganhadores desses
Também publiquem o manifesto no grupo da
prêmios pode ser calculada pensan-
sala. Ao final, peça que digam o que mais lhes

N
do na chance de que sejam 3 homens: chamou a atenção neste projeto.
7 6 5 210
12 $ 11 $ 10 = 1320 = 0, 1591 ou aproxi- Solicite que digam o que poderia ter sido
madamente 0,16, ou seja, 16%. feito de outra maneira para melhorar o projeto;
Agora, para obtermos a resposta em rela- para isso, utilize o esquema: Muito bom! (pon-

P
ção às garotas, calculamos: tos positivos), Quase bom (pontos negativos),
100% – 16% = 84%. Seria bom... (sugestões de melhorias):

Perguntas de autoavaliação coletiva RespostaS


O processo de autoconhecimento trouxe impactos positivos e imediatamente perceptíveis em nosso
IA
cotidiano comum?

As tarefas nas quais nos envolvemos foram úteis para nossa reflexão/transformação como um grupo?

Soubemos compartilhar as aprendizagens?

Soubemos perceber os potenciais individuais e nos apoiamos neles para nos fortalecermos como
grupo?

A tomada de consciência das propostas individuais de projetos de futuro ampliou as referências do


grupo como um todo?
U

Reconhecemos que agora podemos analisar melhor as escolhas antes de partir para o ato de escolher?

Por fim, solicite aos alunos que copiem e As perguntas listadas acima são ape-
G

preencham em seu diário do navegador o se- nas sugestões que o(a) professor(a) pode
guinte esquema: apresentar aos alunos. Elabore as que con-
siderar relevantes para o que foi vivenciado
O que mostramos? no contexto específico da sua turma e de
Mostramos que é possível empreender com ética,
reconhecendo as próprias potencialidades e sua escola.
investindo na superação de nossas limitações? Incentive os alunos a expressar a própria
Como intervimos? opinião a respeito do que mostraram com
Intervimos produzindo mudanças e criando novas este projeto, como interviram para a me-
possibilidades para solução dos problemas? lhoria da sociedade com suas propostas e,
Para onde iremos? após finalizado, como podem melhorar suas
O processo de autoconhecimento e ampliação das intenções e o que pretendem fazer com os
virtudes pode prosseguir em desenvolvimento contínuo?
conhecimentos adquiridos.

MANUAL ESPECÍFICO | 285


D
L
N
PROJETO INTEGRADOR 6
P
IA

poupar verde
U

TEMA INTEGRADOR
• Protagonismo juvenil
G

TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS


Esse projeto possibilita a abertura para a articulação do Tema Transversal com:
• Educação Financeira
• Educação para o Consumo
• Educação Ambiental
1. APRESENTAÇÃO DO TEMA E JUSTIFICATIVA

D
Apresentação do TEMA INTEGRADOR DO PROJETO dados que possam ser analisados, criticados
PROTAGONISMO JUVENIL e compreendidos, para que, posteriormente,
A participação ativa dos jovens segundo seja possível formular soluções plausíveis e

L
uma perspectiva cidadã ocorre, neste projeto, necessárias ao contexto no qual se encontra.
em diversos momentos, na forma de apresen- Considerando as ferramentas digi-
tações de propostas de intervenção no espaço. tais, há uma diversidade de formas para
Incentiva-se a sustentabilidade como um valor. que os jovens possam divulgar suas ideias
O aluno é convidado a pensar atitudes e a propositivas.

N
criar propostas de melhoria para uma dada Neste projeto, é incentivado que produ-
situação, de maneira que possa ser sustentável zam um documentário, exibindo os produtos
financeiramente e ecologicamente. das reflexões, das análises, do processamen-
O jovem se vê em situações de busca de to e das propostas de soluções vivenciados

P
informações no próprio entorno para produzir por eles ao longo do processo investigado.

APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA ideias em favor da preservação do meio, é um


percurso pelas demandas no próprio entorno
IA
A responsabilidade compartilhada em rela- do aluno e pelas questões políticas mais amplas
ção ao ciclo de vida dos produtos diz respeito à que podem parecer distantes da ação do jovem.
cadeia dos produtores de resíduos sólidos. Essa Este projeto traz oportunidades de enfren-
cadeia é composta por fabricantes, importado- tamento de problemas desafiadores que levam
res, comerciantes e consumidores e, cada um os jovens a se reconhecerem como produtores
em seu tempo, contribui para o esgotamento de resíduos, porém, mais do que isso, também
dos recursos naturais sendo, portanto, respon- como produtores de propostas para a desti-
sabilidade de todos pensar em iniciativas que nação ambiental adequada desses resíduos.
U

evitem a criação de resíduos sólidos ou que Espera-se que as atividades e as explorações


minimizem sua produção. temáticas aqui oferecidas propiciem ações efi-
Os jovens, como protagonistas no espaço cientes e com caráter de sustentabilidade por
social, compartilham dessa responsabilidade, parte dos jovens.
sendo, em sua maioria, consumidores. A passa- No final do projeto, o aluno é convidado a
G

gem da postura de consumidores de produtos avaliar a viabilidade de suas propostas para a


industrializados para a postura de produtores de apreciação em instâncias governamentais locais.
Africa Studio/ Shutterstock

MANUAL ESPECÍFICO | 287


2. SUGESTÃO DE ROTEIRO DIDÁTICO PARA A EXPLORAÇÃO DO PROJETO 6

D
encaminhamentos

Para o professor

L
RECURSOS • Dispositivo com acesso à internet (para explorar, com antecedência, os conteúdos digitais
sugeridos ao longo do projeto);
MÍNIMOS
• Dispositivo para fotografias e filmagem;
• Fichas de acompanhamento das aprendizagens deste projeto (individual e em grupo);
• Seleção de livros didáticos diversos ou outros livros de referência com conteúdo
matemático afim: gestão financeira e de resíduos domésticos; juros simples e juros

N
compostos;
• Aplicativo de editor de planilhas.
TAREFAS PRÁTICAS • Dividir a turma em pequenos grupos;
• Verificar o funcionamento dos equipamentos de multimídia;
• Disponibilizar mural para exposição dos trabalhos dos alunos;
• Manter carregado seu dispositivo móvel.

P
Para o aluno
RECURSOS MÍNI- • Diário do navegador (caderno ou bloco de anotações exclusivo para este projeto);
MOS PARA O ALUNO • Dispositivo para fotografias e filmagem;
• Livros didáticos de Matemática para pesquisas diversas;
• Revistas e jornais descartados para recorte de imagens;
IA
• Lápis grafite;
• Caneta;
• Borracha;
• Dispositivo com acesso à internet;
• Aplicativo de editor de planilhas.

TAREFAS PRÁTICAS • Manter carregado seu dispositivo móvel; Formação em grupo; Balança de uso doméstico.

Cronograma de conversa. Cabe ao(à) professor(a) utilizar o


Período letivo previsto para o desenvolvi-
U

formato que mais se adapte aos interesses e ne-


mento deste projeto: 1 semestre.
cessidades da turma. Para esse tema, sugerimos
os seguintes formatos:
Quantidade Duração aproximada
de páginas (em meses) a) Matriz de valores de sustentabilida-
de. O objetivo é motivar a percepção do
G

PÁGINAS
INICIAIS + TRA- 6 + 12 = 18 2 aluno sobre como pode agir, imediata-
JETO 1 mente, e sobre o que necessita participar
coletivamente.
TRAJETO 2 6 1
Reproduza na lousa a matriz a seguir, com
TRAJETO 3 + PÁ-
6 + 2 = 8 1 espaços amplos para cada quadrante.
GINAS FINAIS
Coloque o título de cada quadrante: Mudo
o hábito, Mantenho o hábito, Protesto e
2.1 Compreensão da situação Defendo. Peça aos alunos que citem situa-
• Apresentação do tema ções e boas atitudes relacionadas a cada
O tema sustentabilidade e responsabilida- um deles. Por exemplo, em qual quadrante
de compartilhada deve ser exposto aos alunos, se encaixaria a situação “Criação de áreas
o que pode ser feito, por exemplo, em uma roda verdes urbanas”?

288 | PROJETO 5 | POUPAR VERDE


matriz das atitudes – VALORES DE SUSTENTABILIDADE

D
MUDO O HÁBITO MANTENHO
O HÁBITO

L
AGORA
Geração de resíduos sólidos. Segregação de resíduos para
reutilização ou reciclagem.
SOU RESPONSÁVEL?

Desperdício de água. Reúso da água.

N
PROTESTO DEFENDO

Lançamento de esgoto sem Recuperação dos rios e


DEPOIS

tratamento diretamente nos mananciais.

P
rios. Manutenção e modernização
Vazamentos de água em vias do sistema de esgoto.
públicas.

POUCO MUITO

É SUSTENTÁVEL?
IA
Depois do preenchimento dessa matriz, Crie um debate a respeito da questão
forme uma roda de conversa em que os desafiadora proposta no topo da página.
alunos possam reconhecer aquilo que po- Questione os alunos se desejam reformular
dem fazer de imediato em seu cotidiano a questão apresentada e, nesse caso, que su-
e aquilo que necessitam se mobilizar em gestões teriam para substituí-la, caso dese-
grupo para alcançar os resultados. jem. Destaque que a nova versão de questão
U

b) Se essa rua fosse minha... O objetivo desafiadora deve levar em conta as palavras-
é incentivar os alunos a se imaginarem -chave “poupar”, “meio ambiente” e “sus-
“donos” dos espaços urbanos e apre- tentabilidade” ou variações em torno dessas.
sentarem propostas de inter venção Veja possibilidades de reformulação para
sustentáveis. a questão desafiadora:
G

Escreva essa frase na lousa e peça que ca- I) Quais atitudes os jovens podem assumir pa-
da aluno complete com alguma proposta ra poupar os recursos do meio ambiente?
de melhoria do entorno. A rua pode ser II) Como investir em propostas sustentáveis
onde está situada a escola ou onde está para o meio ambiente?
situada a moradia deles. III) Por que a saúde do planeta ainda está em
Proponha que analisem as sugestões apre- risco, mesmo com tanta tecnologia?
sentadas e avaliem quais as mais benéficas Proponha a validação coletiva quanto à per-
e viáveis para execução. gunta desafiadora e, se possível, transcreva-a
em diversos cartazes que podem ficar espalha-
• Problematização dos pela sala até o final do projeto.
Proponha a exploração das duas páginas Espera-se que, ao longo do projeto, as
de abertura. perguntas e reflexões apresentadas despertem

MANUAL ESPECÍFICO | 289


nos alunos noções e significados diversos da ter relação com a geração de resíduos domi-

D
palavra “poupar”. ciliares. Esses dois aspectos são de caráter
Todos têm sua casa, sua residência, com local. Entretanto, poupar pode ser pensado
as movimentações cotidianas internas e no globalmente em relação a reduzir o consumo
entorno dela. Faz parte dessa movimentação desnecessário ou redefinir conceitos que en-

L
o fluxo de caixa – entradas e saídas de capi- volvam os hábitos mundiais de consumo. Pode
tais –, a organização das finanças e o planeja- ser pensado do ponto de vista de como pou-
mento das destinações do capital. O mesmo par globalmente, quanto aos impactos que
ocorre com o consumo e a geração dos re- a presença humana exerce sobre o planeta,
síduos sólidos dentro dos lares: é necessário causando falência dos recursos naturais.

N
pensar sobre as destinações dos resíduos e
buscar formas para poupar o meio ambiente • Contextualização
e as reservas naturais. Explore com os alunos a seção #vocêno-
Nosso planeta é, metaforicamente, nossa comando buscando ampliar os significados

P
residência global – vamos propor uma ana- da palavra “poupar”. Amplie os significa-
logia com os mesmos aspectos do entorno dos em relação aos sentidos financeiros e
do nosso lar. Aproveite a temática da abertu- aos sentidos de poupar recursos do meio
ra para incentivar nos alunos esse raciocínio, ambiente.
que parte do local, do cotidiano próximo, das Incentive os alunos a analisarem outros pon-
IA
relações de proximidades para, aos poucos, tos de vista para as finalidades dos resíduos,
ampliar a reflexão em direção ao global, aos também como meio para produção de arte.
planos internacionais e às relações ambientais Finalize explorando o mapa dos trajetos,
de impacto mundial. incentivando os alunos a exporem o que mais
Poupar pode dizer respeito às finanças lhes chama atenção no mapa, seja quanto ao
e aos orçamentos familiares. Pode também aspecto visual ou quanto ao conteúdo.
U

AVALIAÇÃO EM PROCESSO

A problematização e a contextualização do projeto são fundamentais para os alunos ga-


nharem clareza a respeito do tema a ser investigado. Essas etapas não são separadas e o mais
comum é que ocorram ao mesmo tempo. Na verdade, a contextualização é contínua e pode se
G

estender até o fim do projeto, sendo a apreensão do contexto um processo que vai, ao longo
do projeto, ganhando cada vez mais clareza.
Proponha que escrevam o que sabem a respeito de planilhas de controle financeiro, orçamento
familiar, juros simples, juros compostos e tomada de decisão.
Receba esses registros como um retrato inicial do que cada aluno tem na mente a respeito des-
ses conceitos matemáticos. Guarde-os para compará-los posteriormente com o que farão na etapa
final do projeto e analisar a evolução individual da aprendizagem.

2.2 Levantamento das fontes de informação ferramentas que facilitam o orçamento fami-
• Exposição teórica liar. Explore também as noções de tempo e
Explore com os alunos os aspectos téc- de trocas temporais relacionadas às noções
nicos da criação de planilhas financeiras, de matemática financeira.

290 | PROJETO 5 | POUPAR VERDE


Proponha que busquem, em livros didáti- conhecimento adquirido, mas, principalmente,

D
cos ou outras fontes de consultas, mais infor- a oportunidade de refletir e gerir sua própria
mações a respeito desses conteúdos para que condição humana, que é complexa, permeada
possam ampliar seus próprios conhecimentos de vontades e sensações de desamparo.
e também o dos colegas, ao compartilhar com Acolha o aluno no processo de formulação

L
eles, em rodas de conversa ou seminários. da pergunta pessoal que ele deseja investigar.
Depois de formulada com clareza a ques-
• Pesquisa individual tão pessoal do aluno, incentive-o a assumir o
Há muito que ser pesquisado na combi- controle dos processos de:
nação entre esses dois campos amplos do i) alcançar as fontes confiáveis de pesquisa;

N
conhecimento humano que são a matemática ii) exercer a curadoria das fontes encontradas;
financeira e o meio ambiente. Há uma diver- iii) identificar quais trechos das fontes sele-
sidade de maneiras de estabelecer, entre eles, cionadas favorecerão a elucidação de sua
relações e articulações por meio de questões questão;

P
desafiadoras. iv) compor relações entre os trechos seleciona-
Proponha que cada aluno busque exercer dos para gerar um conteúdo novo;
um papel de “tutor acadêmico”, auxiliando um v) produzir o texto / conteúdo que represen-
colega a encontrar questões que envolvam es- tará o resultado de sua busca.
ses dois campos (aparentemente distintos) e Organize essa sequência com o aluno e
IA
que seja do interesse dele. Incentive cada aluno estabeleça prazos para cada uma delas, de
a perceber como ganho para seu crescimen- modo a favorecer o ato de monitorar a pro-
to pessoal não apenas um valor utilitarista do dução individual.

AVALIAÇÃO EM PROCESSO

Monitore o processo de busca de infor- refletir com calma a respeito dos princípios
U

mações do aluno. Avalie se ele tem clareza a éticos ao lidar com produção de conteúdo.
respeito das etapas de acesso às fontes de pes- Avalie se, para o aluno, essa questão pro-
quisa e de extração / composição de conteúdos, duziu sentido e favoreceu a oportunidade
seguindo o rigor necessário a cada uma delas de aprendizado.
para que as informações obtidas sejam confiá- 2. Matemática e suas tecnologias. Quais planos
G

veis e que a produção de um novo texto seja você tem para selecionar, organizar, estruturar
igualmente confiável. e, se possível, dispor em planilhas os conteú-
Proponha questões para avaliar o aluno a dos e as fontes selecionadas? Apresente uma
esse respeito. Veja sugestões: proposta de planilha.
1. Linguagens e suas tecnologias. Quais são Incentive o aluno a criar planilhas, tabelas e
as dimensões éticas de sua atitude diante mapas prévios na organização das tarefas
dos conteúdos que você está acessando e dotadas de várias etapas. Os procedimentos
com os quais deverá produzir um novo co- matemáticos podem vir para a rotina da pes-
nhecimento que seja resultante da consulta quisa e para as tarefas corriqueiras do aluno.
dos anteriores? Avalie e redirecione as ações dos alunos segun-
Peça um registro escrito dessa questão, do o diagnóstico observado por meio dessas
pois é uma forma de incentivar o aluno a produções em relação a essas duas questões.

MANUAL ESPECÍFICO | 291


2.3 Formalização de conteúdos e produtos Crie espaço para debate a respeito des-

D
• Produção individual sas “idas e vindas” no percurso investigativo
Resgate o histórico dos processos nos quais e como isso pode ser favorável ao processo
o aluno está envolvido, na busca das produções de aprendizagem, pois os alunos podem tirar
em grupo e de sua produção individual. proveito do aprendizado mais recente para

L
Auxilie o aluno a situar em que ponto ele expandir ou reformular aquilo que, no início,
está em relação ao grupo e em relação à sua era apenas uma busca sem muita clareza.
produção individual. Investigar não é um processo linear, previ-
Se julgar pertinente, crie com o aluno cri- sível e universal. Crie um espaço para debater
a respeito desse olhar sobre a pesquisa e os

N
térios para que ele próprio julgue a qualidade
de suas investigações e produções. processos investigativos que, embora tenham
etapas, não são fechadas em si mesmas e tam-
• Discussão crítica pouco são idênticas para todos em qualquer
Retome à segunda questão final do 2o tempo e lugar.

P
trajeto e proponha um debate. Essa questão
pode suscitar novas demandas de pesquisa • Produção coletiva
ou trazer novas formas de olhar o processo Se julgar pertinente, utilize a questão final
investigativo com o qual o aluno está envol- do 3o trajeto como possibilidade de produção
vido desde o início desta proposta. coletiva.
IA
Permita reconfigurações no percurso da Incentive os alunos a criarem pequenos tre-
pesquisa em decorrência das novas interferên- chos filmados com falas, cenas, imagens estáticas
cias de pontos de vista, das formas inesperadas ou em movimento que contribuam para posicio-
de olhar para a mesma questão, das desco- nar a opinião / ideia deles. Esses trechos podem
bertas de outras ferramentas não previstas no ser reaproveitados na composição final do docu-
percurso investigativo. mentário que será o produto final deste projeto.
U

AVALIAÇÃO EM PROCESSO
Sugerimos um processo avaliativo que enfatize dois momentos:
1. Exiba para a sala os trechos que os alunos produziram – filmados com as câmeras de seus ce-
lulares. No final, proponha que analisem o conteúdo exibido por eles, a respeito do que opina-
G

ram, manifestaram e propuseram nessas filmagens, julgando a fluência de linguagem que eles
adquiriram no uso dos conceitos e noções envolvidos na temática do meio ambiente.
Incentive o resgate dos registros que eles mesmos apresentaram no início do projeto,
quando fizeram a roda de conversa envolvendo a matriz de valores de sustentabilidade. Peça
que comparem aquelas ideias iniciais com as que agora estão manifestando. Proponha que
julguem qual a qualidade da transformação ocorrida na aprendizagem deles.
2. Peça que escrevam, sem consultar livros, o que eles compreendem a respeito de planilhas de
controle financeiro, orçamento familiar, juros simples, juros compostos e tomada de decisão. Dê
alguns minutos para que cada aluno possa discorrer a esse respeito. Recolha os registros feitos
por eles e junte com aqueles que fizeram durante as primeiras etapas do projeto.
Compare os dois registros buscando os indícios da evolução na aprendizagem dos alunos.
Se julgar oportuno, entregue para eles essa dupla de registros e peça que, individualmente,
escrevam o que perceberam na evolução do próprio conhecimento.

292 | PROJETO 5 | POUPAR VERDE


2.4 Validação final essas propostas criativas e benéficas às neces-

D
• Avaliação da aprendizagem individual sidades do entorno possam ser ouvidas como
Apresente aos alunos uma proposta de legítimas, possíveis e necessárias. Esse movi-
autoavaliação. mento tem valor inestimável para o exercício
A seguir, indicamos uma sugestão: da cidadania dos jovens.

L
Sugira aos alunos que explorem o site Vida
e Dinheiro, produzido pelo governo. Nele, é
possível encontrar, por exemplo, uma publi-
Sei reconhecer as necessidades cação gratuita para alunos e professores que
discorre sobre Educação Financeira: Educação

N
de intervenção no meu entorno
social e ambiental. Financeira nas Escolas – Ensino Médio.
Sei apresentar propostas de Indique que baixem pelo menos o volu-
intervenção no meu entorno me 3: Você, Eu, Nós no mundo. Disponível
social e ambiental.
em: <www.vidaedinheiro.gov.br/em-livro3/>
Aprecio a busca por efetivar

P
as propostas de intervenção e (Acesso em: 20 fev. 2020).
melhoria do entorno.
Manifesto meu
descontentamento com 3. COMENTÁRIOS E RESOLUÇÕES
situações que colocam em risco
a vida no planeta, propondo PÁGINA 177
soluções possíveis e me Pergunte aos alunos se já produziram algo
IA
dispondo a realizá-las.
com materiais reciclados ou reutilizados. Em ca-
Defendo ideias e soluções
comprovadas como eficientes so positivo, peça que comentem a experiência.
na preservação e recuperação
dos recursos naturais. PÁGINA 179
Controlo com eficiência o 1. Produção e consumo de bens e servi-
orçamento familiar propondo ços de forma a atender às necessidades
ações que beneficiem todos da
minha família. das atuais gerações e permitir melhores
condições de vida, sem comprometer a
U

Crio espaços para debater


alternativas de destinação qualidade ambiental e o atendimento às
do dinheiro da minha família
necessidades das gerações futuras. Consta
da maneira mais eficiente e
sustentável financeiramente. no artigo 3º, inciso XIII.
Crio espaços para debater 2. Espera-se que os alunos considerem as dis-
G

alternativas de destinação dos posições que constam na lei apresentada.


resíduos sólidos gerados por
minha família da maneira mais 3. Além do texto, se julgar conveniente, sugira
eficiente e sustentável possível. aos alunos que produzam um “meme” com
base nos fatos e dados estudados, posicio-
• Avaliação coletiva
nando-se de forma ética e com consciência
Aguarde até que o documentário tenha sido
ambiental.
produzido, exibido e apreciado para propor aos
alunos este momento de reflexão avaliativa a PÁGINA 181
respeito do processo e dos produtos realizados. 1. Disponibilize a planilha para controle or-
Avalie com eles as possibilidades de levar çamentário familiar que consta no material
adiante as propostas e os produtos resultan- complementar, como sugestão aos alunos.
tes desse processo investigativo, envolvendo 2. Peça aos alunos que observem as demais
iniciativas governamentais da cidade para que planilhas feitas pelos colegas.

MANUAL ESPECÍFICO | 293


PÁGINA 184 2. Pergunte aos alunos o que eles levam em

D
1. a) Espera-se que os alunos observem que, consideração no momento de realizar a
nesses casos, os valores pagos a prazo são escolha de uma compra e sua forma de
maiores que os valores pagos à vista. pagamento.
Valor à Valor final Diferença

L
vista (R$) pago a prazo (R$) (R$) PÁGINA 185
Oriente sobre a pesagem das embala-
GIOVANNA LUCAS

599,00 998,00 399,00 gens descartadas. Verifique a existência


de uma balança disponível na escola ou
a possibilidade de adquiri-la por meio de

N
899,00 1.398,00 499,00
um financiamento coletivo.
Peça aos alunos que levem esse material
MARIA

1.399,99 1.899,00 499,01 à escola para posterior utilização.


Proponha que escrevam um documento

P
b) Verifique as justificativas apresentadas. estruturado contendo ideias de redução
c) Debate com a turma. Incentive os alunos a dos resíduos gerados em suas casas.
compartilharem casos vivenciados por eles.
PÁGINA 186
Solicite aos alunos, antecipadamente, que
COMPARTILHE COM OS ALUNOS
IA
tragam os materiais recicláveis utilizados na
As modalidades de financiamentos são as atividade anterior para a classe.
mais diversas e de caráter o mais refinado pos- Leve outros materiais para complementar;
sível para atender a uma gama de interesses, observe qual categoria possui menos objetos
segundo as necessidades de quem deseja in- e procure equilibrar.
vestir. Essa operação financeira é muito antiga: Produção do grupo. Os alunos devem exa-
remete às relações de troca entre mercadorias. minar se os materiais que trouxeram têm essas
Com o passar dos anos e em diferentes povos características. Pelo menos um de cada tipo:
U

e culturas, as formas de investimentos foram papel, plástico, vidro e metal. Espera-se que
se transformando conforme o ser humano utilizem os conceitos matemáticos de contro-
percebeu existir uma estreita relação entre o le orçamentário e planejamento de ações em
dinheiro e o tempo – de onde até hoje ainda suas respostas.
dizemos “tempo é dinheiro”.
G

Os processos de acumulação de capital PÁGINA 189


e a desvalorização da moeda (o poder aqui- 1. Apresente aos alunos uma breve explica-
sitivo da moeda perde potência no decorrer ção a respeito dos tipos de gestão: seja
do tempo) levariam intuitivamente a ideia de nas relações pessoais ou no ambiente de
juros. O dinheiro é, então, percebido por trabalho as pessoas têm formas diferentes
seu poder de realizações em função de seu de lidar com as demandas cotidianas. E
valor temporal. essas diferenças produzem os modelos de
MEDEIROS Jr., Roberto J. Matemática financeira. gestão: um conjunto de estratégias ado-
Curitiba: Instituto Federal de Educação, Ciência e tado por uma pessoa ou equipe com o
Tecnologia/e-Tec Brasil, 2012. Disponível em: http:// objetivo de alcançar suas intenções, além
redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/proeja/ de estabelecer a maneira como tomarão
matematica_fin.pdf. Acesso em: fev. 2020.
as decisões.

294 | PROJETO 5 | POUPAR VERDE


2. Proponha aos alunos que observem as 3000

D
214 = C
produções dos colegas e comparem com
1250 = C
a própria. No final, montem uma tabela na
Um capital de R$ 1.250,00.
lousa com a contribuição de todos.
4. Como:
3. Incentive os alunos a usarem a criatividade

L
M = C + J = C + C ⋅ i ⋅ t = C (1 + i ⋅ t),
no momento da formulação das frases.
temos:
PÁGINA 191 7455 = 3550 (1 + 0,05 ⋅ t)
1. 7455 7455
3550 = 1+ 0, 05 $ t & 3550 – 1= 0, 05 $ t

N
a) Em um mês:
3% de 800 → 0,03 × 800 = 24 2, 1– 1= 0, 05 $ t & 1, 1= 0, 05 $ t,logo t = 22
Em 4 meses (o tempo combinado): Durante 22 meses.
J = 4 × 24 = 96 5. Como:
R$ 96,00 de juros simples. J=C⋅i⋅t

P
b) Rendimento em um mês de aplicação: temos:
5% de 1.200 → 0,05 × 1.200 = 60 672 = 1600 ⋅ i ⋅ 7
Rendimento em 6 meses (tempo da
672
aplicação): 11200 = i, logo 0, 06 = i
J = 6 × 60 = 360 Taxa de 6% ao mês.
IA
R$ 360,00 de rendimentos a juros simples
no período. PÁGINA 192
Para esta tarefa, procure incentivar o traba-
2.
lho em equipe com colegas diferentes dos quais
Tempo de Montante estão acostumados. Para isso, escreva em um
Capital Taxa de
aplicação final pedaço de papel números de 1 a 5 e entregue
(em R$) juros
(em meses) (em R$) de forma aleatória aos alunos – os que estiverem
12.000,00 4% ao mês 24 meses 23.520,00 com números iguais devem se reunir em grupo.
U

Promova as críticas construtivas entre os


12.000,00 48% ao ano 2 anos 23.520,00
alunos de modo a julgarem se as propostas
12.000,00 2% ao mês 48 meses 23.520,00 idealizadas pelos colegas seriam de fato apli-
cáveis, sugerindo melhorias e adaptações.
Peça aos alunos que expliquem os motivos Incentive os alunos a pensar sobre como
G

pelos quais os montantes finais coincidi- ocorre a gestão financeira e natural do entorno
ram. Pergunte-lhes se acreditam que se de sua casa.
trata de um erro de cálculo. Realize uma roda de conversa a respeito
Note que as taxas 4% a.m. e 48% a.a. são de como eles pretendem gerir suas próprias
equivalentes em juros simples. E que, no casas no futuro: comportamento, consumo e
último caso, a taxa foi reduzida à metade planejamento dos recursos. O que manteriam?
(de 4% para 2% a.m.), mas o período de O que fariam diferente?
aplicação dobrou (de 24 para 48 meses).
3. Como: PÁGINA 195
M = C + J = C + C ⋅ i ⋅ t = C (1 + i ⋅ t) 1. Debate com os colegas.
temos: Procurem utilizar as ideias elaboradas anterior-
3000 = C (1 + 0,35 ⋅ 4) mente com as melhorias e correções feitas.

MANUAL ESPECÍFICO | 295


Pensem também em outras ideias e oportu- melhorar o projeto; utilize o esquema: Muito

D
nidades para intervir em prol do planeta. bom! (pontos positivos), Quase bom. (os
2. Oriente-os a pesquisar em fontes confiá- pontos negativos) e Seria bom... (sugestões
veis de informação. de melhorias):

L
PÁGINA 198
Perguntas de autoavaliação coletiva RespostaS
1.
Reconhecemos as reais necessidades
a) Considerando Mt = C(1 + i)t, temos: do nosso entorno (na família, na escola
M5 = 3600(1 + 0,06)5 e no bairro)?
M ≅ 4.817,61

N
Soubemos apresentar propostas para
J ≅ 4.817,61 – 3.600,00 = 1.217,61 melhorias da gestão do orçamento
doméstico?
b) Sendo Mt = C(1 + i)t, temos:
Apresentamos propostas para
M2,5 = 2800(1 + 0,08)2,5 melhorias da gestão dos resíduos
M ≅ 3.394,04 sólidos domésticos?

P
J ≅ 3.394,04 – 2.800,00 = 594,04 Escolhemos as estratégias de modo
reflexivo e compartilhado?
Chame a atenção dos alunos quanto à
Utilizamos ferramentas matemáticas para
necessidade de realizar a conversão do favorecer o controle de nossas finanças?
tempo (30 meses para 2,5 anos) antes de Utilizamos ferramentas matemáticas
realizar os cálculos. para favorecer o estudo de nossas
práticas de consumo?
IA
2. A intenção de Arthur é boa, mas ele come-
Utilizamos ferramentas matemáticas
teu erros em seus cálculos, pois o tempo para analisar a geração e destinação
previsto de aplicação não será suficiente dos resíduos sólidos?
para obter o valor que falta para conseguir
pagar à vista (R$ 399,00). Por fim, solicite aos alunos que copiem e
Observe os cálculos: preencham, em seu Diário do navegador, o
seguinte esquema:
Capital Taxa de Montante
Tempo de
investido juros final
U

aplicação O que mostramos?


(em R$) (ao ano) (em R$) Mostramos que é possível melhorar a gestão de
6 meses = nossas finanças familiares e da geração de resíduos
1.200,00 6,4% 1.237,80
½ ano sólidos em nossas casas?
Como intervimos?
Intervimos produzindo e apresentando propostas
G

de mudança de atitude em relação ao consumo de


Autoavaliação coletiva modo mais consciente?
Decidam com toda a turma a melhor forma Para onde iremos?
de divulgar a exibição coletiva do documen- As melhorias na qualidade de nossas práticas de
consumo podem impactar apenas o entorno de
tário. Também pesquisem como encaminhar
nossas famílias? Ou podem alcançar outros grupos
os documentos com sugestões, propostas e sociais?
iniciativas a tomadores de decisão que pos-
sam levar adiante o produto do trabalho neste As perguntas listadas são apenas suges-
projeto. Ao final, peça que digam o que mais tões que você pode apresentar aos alunos.
lhes chamou a atenção neste projeto. Elabore outras questões que julgar relevantes
Também solicite que mencionem o que para o que foi vivenciado no contexto especí-
poderia ter sido feito de outra maneira para fico de sua turma e da escola.

296 | PROJETO 5 | POUPAR VERDE


QUADROS INFORMATIVOS

D
Quadro 1: relação entre área do conhecimento, tema integrador e produtos finais
Projeto (número e Área do conheci- Tema integrador Produto final Proposta de inter-

L
título) mento em diálogo sugerido venção social
1 – Corpo sempre Linguagens STEAM Criação de uma peça Evento cultural
jovem artística
2 – Tempo de Ciências Humanas e Protagonismo Juvenil Composição de um Feira de
participar Sociais mapa do entorno oportunidades

N
3 – Conexões Ciências da Natureza Midiaeducação Estruturação de um Apresentação do
cotidianas aplicativo aplicativo para
alguma instituição
4 – Encontro dos Linguagens Mediação de Evento cultural Exibição de um
tempos conflitos intergeracional minidocumentário

P
5 – Antes de escolher Linguagens Empreendedorismo Montagem de um Escrita de um
mural manifesto
6 – Poupar verde Linguagens Protagonismo Juvenil Montagem e edição Encaminhamento
de um documentário aos fabricantes de
embalagens
IA
Quadro 2: itens da BNCC
Projeto
(número Competências gerais Competências específicas Habilidades
e título)
1 – Corpo 1. (conhecimento) Valorizar Matemática: competência 1 (EM13MAT101) Interpretar
sempre e utilizar os conhecimentos Utilizar estratégias, criticamente situações econômicas,
jovem historicamente construídos conceitos e procedimentos sociais e fatos relativos às Ciências da
sobre o mundo físico, matemáticos para interpretar Natureza que envolvam a variação de
social, cultural e digital situações em diversos grandezas, pela análise dos gráficos
U

para entender e explicar contextos, sejam atividades das funções representadas e das taxas
a realidade, continuar cotidianas, sejam fatos de variação, com ou sem apoio de
aprendendo e colaborar das Ciências da Natureza tecnologias digitais.
para a construção de uma e Humanas, das questões (EM13MAT103) Interpretar e
sociedade justa, democrática socioeconômicas ou compreender textos científicos
e inclusiva. tecnológicas, divulgados por ou divulgados pelas mídias, que
2. (pensamento científico, diferentes meios, de modo a empregam unidades de medida de
G

crítico e criativo) Exercitar contribuir para uma formação diferentes grandezas e as conversões
a curiosidade intelectual e geral. possíveis entre elas, adotadas ou não
recorrer à abordagem própria Linguagens: competência 1 pelo Sistema Internacional (SI), como
das ciências, incluindo a Compreender o as de armazenamento e velocidade
investigação, a reflexão, a funcionamento das diferentes de transferência de dados, ligadas aos
análise crítica, a imaginação e linguagens e práticas avanços tecnológicos.
a criatividade, para investigar culturais (artísticas, corporais (EM13MAT105) Utilizar as noções
causas, elaborar e testar e verbais) e mobilizar esses de transformações isométricas
hipóteses, formular e resolver conhecimentos na recepção (translação, reflexão, rotação e
problemas e criar soluções e produção de discursos composições destas) e transformações
(inclusive tecnológicas) com nos diferentes campos de homotéticas para construir figuras
base nos conhecimentos das atuação social e nas diversas e analisar elementos da natureza
diferentes áreas. mídias, para ampliar as e diferentes produções humanas
7. (argumentação) formas de participação (fractais, construções civis, obras de
Argumentar com base em social, o entendimento e as arte, entre outras).
fatos, dados e informações possibilidades de explicação (EM13LGG104) Utilizar as diferentes
confiáveis, para formular, e interpretação crítica da linguagens, levando em conta seus

MANUAL ESPECÍFICO | 297


Projeto

D
(número Competências gerais Competências específicas Habilidades
e título)
1 – Corpo negociar e defender ideias, realidade e para continuar funcionamentos, para a compreensão
sempre pontos de vista e decisões aprendendo. e produção de textos e discursos em
jovem comuns que respeitem diversos campos de atuação social.

L
e promovam os direitos
humanos, a consciência
socioambiental e o consumo
responsável em âmbito
local, regional e global,
com posicionamento ético

N
em relação ao cuidado de
si mesmo, dos outros e do
planeta.
2 – Tempo 3. (repertório cultural) Matemática: competência 2 (EM13MAT202) Planejar e executar
de Valorizar e fruir as diversas Propor ou participar de ações pesquisa amostral sobre questões
participar manifestações artísticas para investigar desafios do relevantes, usando dados coletados

P
e culturais, das locais mundo contemporâneo diretamente ou em diferentes fontes,
às mundiais, e também e tomar decisões éticas e e comunicar os resultados por meio
participar de práticas socialmente responsáveis, de relatório contendo gráficos
diversificadas da produção com base na análise de e interpretação das medidas de
artístico-cultural. problemas sociais, como tendência central e das medidas
7. (argumentação) os voltados a situações de de dispersão (amplitude e desvio
Argumentar com base em saúde, sustentabilidade, das padrão), utilizando ou não recursos
IA
fatos, dados e informações implicações da tecnologia tecnológicos.
confiáveis, para formular, no mundo do trabalho, (EM13CHS401) Identificar e analisar as
negociar e defender ideias, entre outros, mobilizando relações entre sujeitos, grupos, classes
pontos de vista e decisões e articulando conceitos, sociais e sociedades com culturas
comuns que respeitem procedimentos e linguagens distintas diante das transformações
e promovam os direitos próprios da Matemática. técnicas, tecnológicas e informacionais
humanos, a consciência Ciências Humanas e Sociais: e das novas formas de trabalho
socioambiental e o consumo competência 4 ao longo do tempo, em diferentes
responsável em âmbito Analisar as relações de espaços (urbanos e rurais) e contextos.
local, regional e global, produção, capital e trabalho (EM13CHS403) Caracterizar e analisar
com posicionamento ético em diferentes territórios, os impactos das transformações
U

em relação ao cuidado de contextos e culturas, tecnológicas nas relações


si mesmo, dos outros e do discutindo o papel dessas sociais e de trabalho próprias da
planeta. relações na construção, contemporaneidade, promovendo
8. (autoconhecimento e consolidação e transformação ações voltadas à superação das
autocuidado) Conhecer-se, das sociedades. desigualdades sociais, da opressão e
apreciar-se e cuidar de sua da violação dos Direitos Humanos.
G

saúde física e emocional,


compreendendo-se na
diversidade humana e
reconhecendo suas emoções
e as dos outros, com
autocrítica e capacidade para
lidar com elas.
3– 4. (comunicação) Utilizar Matemática: competência 3 (EM13MAT314) Resolver e elaborar
Conexões diferentes linguagens – verbal Utilizar estratégias, conceitos, problemas que envolvem grandezas
cotidianas (oral ou visual-motora, como definições e procedimentos determinadas pela razão ou pelo
Libras, e escrita), corporal, matemáticos para interpretar, produto de outras (velocidade,
visual, sonora e digital –, construir modelos e resolver densidade demográfica, energia
bem como conhecimentos problemas em diversos elétrica etc.).
das linguagens artística, contextos, analisando a (EM13MAT315) Investigar e registrar,
matemática e científica, plausibilidade dos resultados por meio de um fluxograma, quando
para se expressar e partilhar e a adequação das soluções possível, um algoritmo que resolve um
informações, experiências, propostas, de modo a problema.

298 | PROJETO 5 |
Projeto

D
(número Competências gerais Competências específicas Habilidades
e título)
3– ideias e sentimentos em construir argumentação (EM13CNT301) Construir questões,
Conexões diferentes contextos e consistente. elaborar hipóteses, previsões e
cotidianas produzir sentidos que levem Ciências da Natureza: estimativas, empregar instrumentos

L
ao entendimento mútuo. competência 3 de medição e representar e interpretar
5. (cultura digital) Investigar situações-problema modelos explicativos, dados e/
Compreender, utilizar e e avaliar aplicações do ou resultados experimentais para
criar tecnologias digitais de conhecimento científico construir, avaliar e justificar conclusões
informação e comunicação e tecnológico e suas no enfrentamento de situações-
de forma crítica, significativa, implicações no mundo, problema sob uma perspectiva

N
reflexiva e ética nas utilizando procedimentos científica.
diversas práticas sociais e linguagens próprios (EM13CNT306) Avaliar os riscos
(incluindo as escolares) das Ciências da Natureza, envolvidos em atividades cotidianas,
para se comunicar, acessar para propor soluções que aplicando conhecimentos das Ciências
e disseminar informações, considerem demandas da Natureza, para justificar o uso
produzir conhecimentos, locais, regionais e/ou de equipamentos e recursos, bem

P
resolver problemas e exercer globais, e comunicar suas como comportamentos de segurança,
protagonismo e autoria na descobertas e conclusões visando à integridade física, individual
vida pessoal e coletiva. a públicos variados, em e coletiva, e socioambiental, podendo
7. (argumentação) diversos contextos e por fazer uso de dispositivos e aplicativos
Argumentar com base em meio de diferentes mídias digitais que viabilizem a estruturação
fatos, dados e informações e tecnologias digitais de de simulações de tais riscos.
confiáveis, para formular, informação e comunicação
negociar e defender ideias, (TDIC).
IA
pontos de vista e decisões
comuns que respeitem
e promovam os direitos
humanos, a consciência
socioambiental e o consumo
responsável em âmbito
local, regional e global,
com posicionamento ético
em relação ao cuidado de
si mesmo, dos outros e do
U

planeta.
4– 7. (argumentação) Matemática: competência 1 (EM13MAT102) Analisar tabelas,
Encontro Argumentar com base em Utilizar estratégias, conceitos gráficos e amostras de pesquisas
dos fatos, dados e informações e procedimentos matemáticos estatísticas apresentadas em relatórios
tempos confiáveis, para formular, para interpretar situações divulgados por diferentes meios de
negociar e defender ideias, em diversos contextos, comunicação, identificando, quando
G

pontos de vista e decisões sejam atividades cotidianas, for o caso, inadequações que possam
comuns que respeitem sejam fatos das Ciências da induzir a erros de interpretação, como
e promovam os direitos Natureza e Humanas, das escalas e amostras não apropriadas.
humanos, a consciência questões socioeconômicas ou (EM13MAT104) Interpretar taxas e
socioambiental e o consumo tecnológicas, divulgados por índices de natureza socioeconômica
responsável em âmbito diferentes meios, de modo a (índice de desenvolvimento humano,
local, regional e global, contribuir para uma formação taxas de inflação, entre outros),
com posicionamento ético geral. investigando os processos de cálculo
em relação ao cuidado de Linguagens: competência 2 desses números, para analisar
si mesmo, dos outros e do Compreender os processos criticamente a realidade e produzir
planeta. identitários, conflitos e argumentos.
9. (empatia e cooperação) relações de poder que (EM13LGG201) Utilizar as diversas
Exercitar a empatia, o permeiam as práticas sociais linguagens (artísticas, corporais e
diálogo, a resolução de de linguagem, respeitando as verbais) em diferentes contextos,
conflitos e a cooperação, diversidades e a pluralidade valorizando-as como fenômeno social,
fazendo-se respeitar e de ideias e posições, e atuar cultural, histórico, variável, heterogêneo
promovendo o respeito socialmente com base e sensível aos contextos de uso.

MANUAL ESPECÍFICO | 299


Projeto

D
(número Competências gerais Competências específicas Habilidades
e título)
4– ao outro e aos direitos em princípios e valores (EM13LGG204) Dialogar e produzir
Encontro humanos, com acolhimento e assentados na democracia, entendimento mútuo, nas diversas
dos valorização da diversidade de na igualdade e nos Direitos linguagens (artísticas, corporais e

L
tempos indivíduos e de grupos sociais, Humanos, exercitando verbais), com vistas ao interesse
seus saberes, identidades, o autoconhecimento, a comum pautado em princípios e
culturas e potencialidades, empatia, o diálogo, a valores de equidade assentados na
sem preconceitos de qualquer resolução de conflitos e a democracia e nos Direitos Humanos.
natureza. cooperação, e combatendo
10. (responsabilidade e preconceitos de qualquer

N
cidadania) Agir pessoal natureza.
e coletivamente com
autonomia, responsabilidade,
flexibilidade, resiliência e
determinação, tomando
decisões com base em

P
princípios éticos,
democráticos, inclusivos,
sustentáveis e solidários.
5 – Antes 6. (projeto de vida). Valorizar Matemática: competência 3 (EM13LGG303) Debater questões
de a diversidade de saberes e Utilizar estratégias, conceitos, polêmicas de relevância social,
escolher vivências culturais e apropriar- definições e procedimentos analisando diferentes argumentos e
se de conhecimentos matemáticos para interpretar, opiniões, para formular, negociar e
IA
e experiências que lhe construir modelos e resolver sustentar posições, frente à análise de
possibilitem entender as problemas em diversos perspectivas distintas.
relações próprias do mundo contextos, analisando a (EM13MAT310) Resolver e elaborar
do trabalho e fazer escolhas plausibilidade dos resultados problemas de contagem envolvendo
alinhadas ao exercício da e a adequação das soluções agrupamentos ordenáveis ou não de
cidadania e ao seu projeto propostas, de modo a elementos, por meio dos princípios
de vida, com liberdade, construir argumentação multiplicativo e aditivo, recorrendo a
autonomia, consciência crítica consistente. estratégias diversas, como o diagrama
e responsabilidade. Linguagens: competência 3 de árvore.
7. (argumentação) Argumentar Utilizar diferentes linguagens (EM13MAT311) Identificar e descrever
com base em fatos, dados (artísticas, corporais e verbais) o espaço amostral de eventos
U

e informações confiáveis, para exercer, com autonomia aleatórios, realizando contagem


para formular, negociar e e colaboração, protagonismo das possibilidades, para resolver e
defender ideias, pontos de e autoria na vida pessoal e elaborar problemas que envolvem o
vista e decisões comuns coletiva, de forma crítica, cálculo da probabilidade.
que respeitem e promovam criativa, ética e solidária,
os direitos humanos, a defendendo pontos de
G

consciência socioambiental vista que respeitem o outro


e o consumo responsável e promovam os Direitos
em âmbito local, regional e Humanos, a consciência
global, com posicionamento socioambiental e o consumo
ético em relação ao cuidado responsável, em âmbito local,
de si mesmo, dos outros e do regional e global.
planeta.
8. (autoconhecimento e
autocuidado).
Conhecer-se, apreciar-se e
cuidar de sua saúde física e
emocional, compreendendo-
-se na diversidade humana e
reconhecendo suas emoções
e as dos outros, com
autocrítica e capacidade para
lidar com elas.

300 | PROJETO 5 |
Projeto

D
(número Competências gerais Competências específicas Habilidades
e título)
6– 3. (repertório cultural) Matemática: competência 2 (EM13MAT203) Aplicar conceitos
Poupar Valorizar e fruir as diversas Propor ou participar de ações matemáticos no planejamento, na
verde manifestações artísticas para investigar desafios do execução e na análise de ações

L
e culturais, das locais mundo contemporâneo envolvendo a utilização de aplicativos
às mundiais, e também e tomar decisões éticas e e a criação de planilhas (para o
participar de práticas socialmente responsáveis, controle de orçamento familiar,
diversificadas da produção com base na análise de simuladores de cálculos de juros
artístico-cultural. problemas sociais, como simples e compostos, entre outros),
7. (argumentação) os voltados a situações de para tomar decisões.

N
Argumentar com base em saúde, sustentabilidade, das (EM13LGG703) Utilizar diferentes
fatos, dados e informações implicações da tecnologia linguagens, mídias e ferramentas
confiáveis, para formular, no mundo do trabalho, digitais em processos de produção
negociar e defender ideias, entre outros, mobilizando coletiva, colaborativa e projetos
pontos de vista e decisões e articulando conceitos, autorais em ambientes digitais.
comuns que respeitem procedimentos e linguagens

P
e promovam os direitos próprios da Matemática.
humanos, a consciência Linguagens: competência 7
socioambiental e o consumo Mobilizar práticas de
responsável em âmbito linguagem no universo
local, regional e global, digital, considerando as
com posicionamento ético dimensões técnicas, críticas,
em relação ao cuidado de criativas, éticas e estéticas,
si mesmo, dos outros e do para expandir as formas de
IA
planeta. produzir sentidos, de engajar-
8. (autoconhecimento e se em práticas autorais e
autocuidado) Conhecer-se, coletivas, e de aprender a
apreciar-se e cuidar de sua aprender nos campos da
saúde física e emocional, ciência, cultura, trabalho,
compreendendo-se na informação e vida pessoal e
diversidade humana e coletiva.
reconhecendo suas emoções
e as dos outros, com
autocrítica e capacidade para
U

lidar com elas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COMPLEMENTARES.


G

PROJETO 1 aula vão desde o maior envolvimento dos alu-


nos com a aprendizagem até o melhor apro-
LIVROS veitamento do tempo, tanto para quem ensina
BACICH, Lilian; TANZI NETO, Adolfo; quanto pra quem aprende.
TREVISANI, Fernando De Mello (orgs.). Ensino IAVELBERG, Rosa. A r te/Educ aç ão
Híbrido: Personalização e Tecnologia na Modernista e Pós-Modernista: Fluxos na Sala
Educação. 1 ed. São Paulo: Penso, 2015. 272 p. de Aula. 1 ed. São Paulo: Penso, 2017. 200 p.
A presença humana e as ferramentas tec- Livro apresenta o que as teorias modernas
nológicas são as bases para a proposta de in- nos ensinam sobre a arte na educação escolar.
tegração das tecnologias digitais ao currículo Reflexão sobre os principais precursores e os
escolar. Os benefícios na dia a dia da sala de pensadores contemporâneos da área.

MANUAL ESPECÍFICO | 301


TRABALHO ACADÊMICO Na aula invertida, a proposta é que o aluno

D
OLIVEIRA, Sandro Farias de. Preparando assista previamente às principais explicações
o aluno de ensino fundamental para o gravadas pelo professor ou que estude o ma-
aprendizado de razões e proporções. 2017. terial indicado. O encontro presencial entre
39 p. Dissertação (Programa de Mestrado professor e aluno assume diferentes funções

L
Profissional em Matemática). Rio de Janeiro: e representa a oportunidade para esclarecer
Instituto de Matemática Pura e Aplicada, 2017. dúvidas, propor ideias, exercitar a criatividade
Esse trabalho analisa as dificuldades que alu- e trocar conhecimentos.
nos do Ensino Fundamental têm a respeito dos
conteúdos de razão e proporção. As nomencla-

N
MUELLER, John; MASSARON, Luca.
turas que envolvem as noções de razões e pro- Algoritmos Para Leigos. 1 ed. São Paulo: Alta
porções são dispensáveis, em um primeiro mo- Books, 2018. 432 p.
mento, quando se sobressaem os significados e Na nossa vida, cada vez mais envolvida
contextos, importantes para a sua compreensão. com as ferramentas digitais, nem notamos

P
a presença dos algoritmos, que são o fundo
PROJETO 2 de muitas situações contemporâneas. Este
LIVROS livro traz informações reveladoras sobre a
COSTA, Antonio Carlos Gomes da; VIEIRA, importância desse conhecimento matemáti-
Maria Adenil. Protagonismo Juvenil. 1 ed. São co. Além disso, ensina a programar usando
IA
Paulo: FTD Educação, 2006. 344 p. a linguagem Python.
Exercendo o direito e o dever de serem
construtores e autores da sua história e do en- SILVA, Eli Lopes da. Mídia-educação. 1
torno pelo qual transitam, os jovens têm dian- ed. Curitiba: CRV, 2012. 152 p.
te de si a oportunidade de aplicar sua força Para professores que desejam usufruir das
transformadora no cenário social. O livro conta tecnologias para a sala de aula, de modo a
com depoimentos de jovens que participaram favorecer a aprendizagem dos alunos. O livro
de programas que incentivam a voz juvenil e a
U

apresenta diversas possibilidades de uso das


participação democrática. tecnologias como práticas pedagógicas.

VIEIRA, Sonia. Estatística Básica. 2 ed.


São Paulo: Cengage Learning, 2018. 272 p.
PROJETO 4
G

Esse livro, proposto como curso introdu- LIVROS


tório, apresenta detalhamentos dos principais CHRISPINO, Alvaro; CHRISPINO, Raquel.
conceitos da Estatística e expõe os procedi- A mediação do conflito escolar. 2 ed. São
mentos sem o excesso de demonstrações ma- Paulo: Biruta, 2011. 136 p.
temáticas. O livro traz dezenas de exemplos e A escola ainda insiste em tratar como
exercícios com respostas comentadas para faci- iguais os alunos que têm experiências di-
litar a compreensão dos conceitos envolvidos. versas e padrões de comportamento distin-
tos. As pesquisas sobre políticas públicas e
PROJETO 3 ações necessárias para atender às questões
LIVROS da violência escolar e da mediação de con-
BERGMANN, Jonathan; SAMS, Aaron. Sala flitos necessita tomar como ponto de partida
de Aula Invertida: Uma Metodologia Ativa de que a diferença deve ser considerada em sua
Aprendizagem. 1 ed. São Paulo: LTC, 2016. 116 p. complexidade.

302 | PROJETO 5 |
ROSENBERG, Marshall. Vivendo a comu- LOPES, Rose Mary – (org.). Educação

D
nicação não violenta. 1 ed. São Paulo: Editora empreendedora. 1 ed. São Paulo: Elsevier,
Sextante, 2019. 192 p. 2010. 256 p.
A Comunicação Não Violenta (CNV) é um Um livro que apresenta questões funda-
dos temas que possibilitam efeitos de transfor- mentais sobre Educação Empreendedora no

L
mação na eminência de um conflito. Essa comu- Brasil. O livro é rico em exemplos de aplicações
nicação essencial é tão importante quanto ler, possíveis no ambiente escolar, desde o Ensino
escrever e fazer operações matemáticas. Mais Fundamental até o nível Superior. É especialmen-
do que resolver conflitos, esse tema apresenta te voltado para coordenadores de ensino, orienta-

N
um modo de ser, de agir e de pensar. dores pedagógicos, professores, profissionais da
educação etc. Um clássico a respeito desse tema.
PROJETO 5
SITE
LIVROS
SEBRAE

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BENDER, Willian N. Aprendizagem Baseada
Plataforma que propõe a capacitação e a
em Projetos: Educação Diferenciada para o
promoção do conhecimento e suas ramificações
Século XI. Tradução: Maria da Graça S. H. F. de
no campo do empreendedorismo. Conteúdos
Siqueira. 1 ed. São Paulo: Penso, 2014. 156 p.
diversificados, a respeito de estudos de caso,
A aprendizagem baseada em projetos
formação profissional, cursos e eventos, serviços
IA
(ABP) é uma prática de ensino que vem ga-
digitais entre outros. Ideal para quem deseja
nhando cada vez mais espaço no cenário da aprender, se conhecer, abrir um negócio, buscar
educação brasileira. O livro apresenta a ABP novas propostas e ampliar seus caminhos no
como a abordagem de ensino-aprendizagem campo profissional, visando ao olhar sobre o
diferenciada, atual e envolvida com as novas mercado e suas situações reais.
tecnologias na sala de aula. O livro apresenta
propostas práticas de instauração dessa meto-
dologia nos diferentes segmentos de ensino.
PROJETO 6
U

Valioso para a formação continuada dos pro- LIVROS


fissionais da educação. BSCICH, Lilian.; MORAN, José. Metodologias
Ativas para uma Educação Inovadora: Uma
COELHO, Carmen Luan de Castro; NALIO, Abordagem Teórico-Prática. 1 ed. São Paulo:
G

Maiza Marli Magri e.; MORELLIN, Maria Helena Penso, 2017. 260 p.
Moreira. Educação e empreendedorismo. Por meio de diferentes formas de expe-
1 ed. Joinville: Clube de Autores, 2018. 46 p. rimentação, de busca de conhecimento e
É possível pensar a escola como um espa- as possibilidades de compartilhamento da
ço para promover os significados de empreen- aprendizagem dentro e fora da sala de aula,
dedorismo, por esse motivo o livro pensa a os alunos se tornam ativos na construção do
relação entre educação e empreendedoris- conhecimento. Metodologias que reforçam o
mo. Seu texto mostra que é indispensável desenvolvimento de competências dos alunos,
criar ações políticas na educação com o in- incentivando os alunos a reconhecerem suas
tuito de promover práticas empreendedoras. possibilidades observando o próprio ritmo e
Explora os conceitos de empreendedorismo ampliando suas formas de descobrir. Descubra
e as vantagens e desvantagens de assumir-se para que e porque usar metodologias ativas
como empreendedor. na educação.

MANUAL ESPECÍFICO | 303


PHILIPPI JR, Arlindo. Educação ambiental SITE

D
e sustentabilidade. 2 ed. São Paulo: Manole, INSTITUTO BUTANTÃ
2013. 1024 p. O site do centro de pesquisa biológica que
O livro explora o tema sob diversas pers- fica no Bairro do Butantã, em São Paulo, conta
pectivas, demonstrando as relações da educa- com vasto conteúdo que informa sobre, inicia-

L
ção ambiental com direito, política, cidadania, tivas ligadas ao ensino, sua produção de soros
ambiente, saúde e sustentabilidade. Conteúdo e vacinas, a pesquisa e a inovação em ciências,
relevante por priorizar o conhecimento e a com- atrações abertas ao público, etc. Traz ainda con-
preensão dos problemas com o propósito de teúdos relacionados a sustentabilidades e pro-
buscar melhorias para a qualidade de vida da gramas que incentivas práticas voltadas para a

N
sociedade. Ideal para estudantes, profissionais sustentabilidade, como Dia se Copo, que incen-
da educação e outros profissionais. tiva a redução do uso de descartáveis.

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304 | PROJETO 5 |
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