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a solução para o seu concurso!

UFU-MG
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

Assistente em Administração

EDITAL PROGEP Nº 86/2023

CÓD: SL-011JL-23
7908433238331
INTRODUÇÃO

Como passar em um concurso público?


Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro
estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação. É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como
estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação.

Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução
preparou esta introdução com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação.

Então mãos à obra!


• Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo: a aprovação no concurso. Você vai ter
que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho;

• Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você
tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma
área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área;

• Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito,
determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não
pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total;

• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É
praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha
contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo;

• Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto
estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque
refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.

• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses
materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais
exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame;

• Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma
menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é
tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse.

A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo
com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.

Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação
e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.

A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Vamos juntos!

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ÍNDICE

Língua Portuguesa
1. Ler, compreender e interpretar textos diversos de diferentes gêneros discursivos, redigidos em Língua Portuguesa e produ-
zidos em situações diferentes e sobre temas diferentes; Identificar informações pontuais no texto........................................ 9
2. Identificar e avaliar teses/opiniões/posicionamentos explícitos e implícitos, argumentos e contra-argumentos em textos
argumentativos........................................................................................................................................................................... 10
3. Analisar o uso de recursos persuasivos em textos argumentativos diversos (como a elaboração do título, escolhas lexicais,
construções metafóricas, a explicitação ou a ocultação de fontes de informação) e seus efeitos de sentido........................... 16
4. Apreender informações não explicitadas, apoiando-se em deduções. Identificar elementos que permitam extrair conclusões
não explicitadas no texto............................................................................................................................................................ 16
5. Integrar e sistematizar informações Identificar elementos que permitam relacionar o texto lido a outro texto ou a outra parte
do mesmo texto.......................................................................................................................................................................... 17
6. Inferir o sentido de palavras a partir do contexto. Identificar objetivos discursivos do texto (informar ou defender uma opi-
nião, estabelecer contato, promover polêmica, humor, etc.)..................................................................................................... 18
7. Identificar as diferentes partes constitutivas de um texto. Reconhecer e identificar a estrutura dos gêneros discursivos........ 20
8. Utilizar e perceber mecanismos de progressão temática, tais como retomadas anafóricas, catáforas, uso de organizadores
textuais, de coesivos, etc............................................................................................................................................................ 26
9. Estabelecer articulação entre informações textuais, inclusive as que dependem de pressuposições e inferências (semânticas,
pragmáticas) autorizadas pelo texto, para dar conta de ambiguidades, ironias e opiniões do autor......................................... 27
10. Identificar efeitos de sentido decorrentes do emprego de marcas linguísticas necessárias à compreensão do texto (mecanis-
mos anafóricos e dêiticos, operadores lógicos e argumentativos, marcadores de sequenciação do texto, marcadores tempo-
rais, formas de indeterminação do agente)................................................................................................................................ 27
11. Identificar, em textos dados, as classes de palavras como mecanismos de coesão e coerência textual;Estabelecer relações
entre os diversos segmentos do próprio texto e entre textos diferentes. ................................................................................. 27
12. Identificar os recursos linguísticos que concorrem para o emprego da língua em diferentes funções, especialmente no que
se refere ao uso dos pronomes, dos modos e tempos verbais e ao uso das vozes verbais........................................................ 34
13. Identificar a importância da organização gráfica e diagramação para a coesão e coerência de um texto................................. 37
14. Identificar recursos linguísticos próprios da língua escrita formal: pontuação........................................................................... 37
15. ortografia.................................................................................................................................................................................... 39
16. concordância nominal e verbal................................................................................................................................................... 40
17. regência nominal e verbal........................................................................................................................................................... 41
18. colocação pronominal................................................................................................................................................................. 44
19. estruturação de orações e períodos........................................................................................................................................... 45

Noções de Informática
1. MS-Windows 10: controle de acesso e autenticação de usuários, painel de controle, central de ações, área de trabalho, mani-
pulação de arquivos e pastas, compactação de arquivos, uso dos menus, ferramentas de diagnóstico, manutenção e restaura-
ção, backup de arquivos, compartilhamento de arquivos e impressoras, utilização do OneDrive.......................................... 57
2. MS-Word 2013: estrutura básica dos documentos, edição e formatação de textos, cabeçalhos, rodapés, parágrafos, fontes,
colunas, marcadores simbólicos e numéricos, tabelas, impressão, controle de quebras e numeração de páginas, legendas,
índices, inserção de objetos, campos predefinidos, caixas de texto, mala direta, correspondências, envelopes e etiquetas,
correção ortográfica.......................................................................................................................................................... 66
3. MS-Excel 2013: estrutura básica das planilhas, conceitos de células, linhas, colunas, pastas e gráficos, elaboração de tabelas
e gráficos, uso de fórmulas, funções e macros, impressão, inserção de objetos, campos predefinidos, controle de quebras e
numeração de páginas, obtenção de dados externos, classificação e filtragem de dados..................................................... 75

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ÍNDICE

4. MS-Power Point 2013: estrutura básica das apresentações, conceitos de slides, slide mestre, modos de exibição, anotações,
régua, guias, cabeçalhos e rodapés, noções de edição e formatação de apresentações, inserção de objetos, numeração de
páginas, botões de ação, animação e transição entre slides. Correio Eletrônico: uso do aplicativo de correio eletrônico....... 80
5. Mozilla Thunderbird e Microsoft Outlook 2013, protocolos, preparo e envio de mensagens, anexação de arquivos. ........... 86
6. Internet: Navegação Internet (Microsoft Edge, Mozilla Firefox, Google Chrome), protocolos HTTP/HTTPS/FTP, conceitos de
URL, proxy, links/apontadores, sites/sítios Web, sites/sítios de pesquisa (expressões para pesquisa de conteúdos/sites (Goo-
gle)................................................................................................................................................................................... 93
7. Noções de Segurança e Proteção: Vírus, Cavalos de Tróia, Worms, Spyware, Phishing, Pharming, Spam e derivados............ 96
8. Noções de Arquitetura e Manutenção do Computador: memória, processador, dispositivos de entrada e saída, instalação e
configuração de impressoras e outros dispositivos............................................................................................................. 99

Legislação
1. Regime jurídico dos servidores públicos civis da União. Lei nº 8.112 de 1990 e suas alterações............................................... 107
2. Código de Ética Profissional no Serviço Público. Decreto nº 1.171 de 22 de junho de 1994 e suas alterações......................... 131
3. Lei da Improbidade Administrativa. Lei nº 8.429/1992 e suas alterações.................................................................................. 134
4. Processo Administrativo. Lei nº 9.784/1999 e suas alterações................................................................................................... 143

Noções em Administração
1. Administração: conceitos, teorias e tendências......................................................................................................................... 151
2. Planejamento: objetivos e formulação estratégica..................................................................................................................... 158
3. Organização: modelos, poder e estruturas organizacionais....................................................................................................... 164
4. Motivação, liderança e comunicação nas organizações.............................................................................................................. 166
5. Controle: processos, sistemas e instrumentos de controle do desempenho organizacional..................................................... 174
6. Gestão de tempo, recursos e informações................................................................................................................................. 181
7. Licitação e Contratos Públicos: Lei 14.133, de 1º de abril de 2021. Título II – Das Licitações. Capítulo I – Do Processo Licita-
tório. Capítulo II, Seção II – Das Modalidades de Licitação......................................................................................................... 183

Redação Oficial
1. Aspectos gerais da redação oficial. Panorama da comunicação oficial. O que é redação oficial. Atributos da redação oficial.
Clareza e precisão. Objetividade. Concisão. Impessoalidade. Formalidade e padronização. Emprego dos Pronomes de Trata-
mento. Concordância com os pronomes de tratamento............................................................................................................ 189
2. Correio eletrônico. Definição e finalidade. Valor documental. Forma e estrutura. Anexos. Recomendações............................ 199
3. Coesão textual. Mecanismos de coesão textual. Coesão referencial. Coesão sequencial.......................................................... 199

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Noções de Sistema Eletrônico de Informações (SEI)


1. Introdução Acesso ao Sistema Elementos da tela inicial Recebimento e atribuição de processos Inclusão de Anotações........ 201
2. Operações com processos Criação, abertura e exclusão. Relacionamento e anexação. Sobrestamento, duplicação e envio.
Conclusão, Retorno programado e Pontos de controle.............................................................................................................. 204
3. Operações com documentos. Criação e edição. Barra de ferramentas. Assinatura. Padrões e modelos. Documentos externos.
Exclusão e cancelamento. Manifestação de Ciência................................................................................................................... 205
4. Utilização de Blocos. Assinatura em unidades diferentes. Consultas. Visualização de minutas em Blocos de Reunião. Inclusão
e visualização de processos em Blocos Internos......................................................................................................................... 208
5. Recuperação de informações. Histórico do processo. Acompanhamento Especial. Reabertura de processos. Exportação de
documentos. Base de conhecimentos e estatística de processos............................................................................................... 208
6. Usuários Externos. Cadastro. Visualização e assinatura de processos. Envio de mensagens eletrônicas.................................. 209

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LÍNGUA PORTUGUESA

A imagem a seguir ilustra uma campanha pela inclusão social.


LER, COMPREENDER E INTERPRETAR TEXTOS DIVERSOS
DE DIFERENTES GÊNEROS DISCURSIVOS, REDIGIDOS EM
LÍNGUA PORTUGUESA E PRODUZIDOS EM SITUAÇÕES DI-
FERENTES E SOBRE TEMAS DIFERENTES; IDENTIFICAR
INFORMAÇÕES PONTUAIS NO TEXTO

Definição Geral
Embora correlacionados, esses conceitos se distinguem, pois
sempre que compreendemos adequadamente um texto e o objetivo
de sua mensagem, chegamos à interpretação, que nada mais é
do que as conclusões específicas. Exemplificando, sempre que
nos é exigida a compreensão de uma questão em uma avaliação,
a resposta será localizada no próprio no texto, posteriormente,
ocorre a interpretação, que é a leitura e a conclusão fundamentada
em nossos conhecimentos prévios. “A Constituição garante o direito à educação para todos e a
inclusão surge para garantir esse direito também aos alunos com
Compreensão de Textos deficiências de toda ordem, permanentes ou temporárias, mais ou
Resumidamente, a compreensão textual consiste na análise do menos severas.”
que está explícito no texto, ou seja, na identificação da mensagem.
É assimilar (uma devida coisa) intelectualmente, fazendo uso A partir do fragmento acima, assinale a afirmativa incorreta.
da capacidade de entender, atinar, perceber, compreender. (A) A inclusão social é garantida pela Constituição Federal de
Compreender um texto é apreender de forma objetiva a mensagem 1988.
transmitida por ele. Portanto, a compreensão textual envolve a (B) As leis que garantem direitos podem ser mais ou menos
decodificação da mensagem que é feita pelo leitor. Por exemplo, severas.
ao ouvirmos uma notícia, automaticamente compreendemos (C) O direito à educação abrange todas as pessoas, deficientes
a mensagem transmitida por ela, assim como o seu propósito ou não.
comunicativo, que é informar o ouvinte sobre um determinado (D) Os deficientes temporários ou permanentes devem ser
evento. incluídos socialmente.
(E) “Educação para todos” inclui também os deficientes.
Interpretação de Textos
É o entendimento relacionado ao conteúdo, ou melhor, os Comentário da questão:
resultados aos quais chegamos por meio da associação das ideias Em “A” – Errado: o texto é sobre direito à educação, incluindo as
e, em razão disso, sobressai ao texto. Resumidamente, interpretar pessoas com deficiência, ou seja, inclusão de pessoas na sociedade.
é decodificar o sentido de um texto por indução. Em “B” – Certo: o complemento “mais ou menos severas” se
A interpretação de textos compreende a habilidade de se refere à “deficiências de toda ordem”, não às leis.
chegar a conclusões específicas após a leitura de algum tipo de Em “C” – Errado: o advérbio “também”, nesse caso, indica a
texto, seja ele escrito, oral ou visual. inclusão/adição das pessoas portadoras de deficiência ao direito à
Grande parte da bagagem interpretativa do leitor é resultado educação, além das que não apresentam essas condições.
da leitura, integrando um conhecimento que foi sendo assimilado Em “D” – Errado: além de mencionar “deficiências de
ao longo da vida. Dessa forma, a interpretação de texto é subjetiva, toda ordem”, o texto destaca que podem ser “permanentes ou
podendo ser diferente entre leitores. temporárias”.
Em “E” – Errado: este é o tema do texto, a inclusão dos
Exemplo de compreensão e interpretação de textos deficientes.
Para compreender melhor a compreensão e interpretação de Resposta: Letra B.
textos, analise a questão abaixo, que aborda os dois conceitos em
um texto misto (verbal e visual):
FGV > SEDUC/PE > Agente de Apoio ao Desenvolvimento Escolar
Especial > 2015
Português > Compreensão e interpretação de texto
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LÍNGUA PORTUGUESA

TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS


IDENTIFICAR E AVALIAR TESES/OPINIÕES/POSICIONA-
Definições e diferenciação: tipos textuais e gêneros textuais MENTOS EXPLÍCITOS E IMPLÍCITOS, ARGUMENTOS E CON-
são dois conceitos distintos, cada qual com sua própria linguagem TRA-ARGUMENTOS EM TEXTOS ARGUMENTATIVOS
e estrutura. Os tipos textuais gêneros se classificam em razão da
estrutura linguística, enquanto os gêneros textuais têm sua classi-
ficação baseada na forma de comunicação. Assim, os gêneros são ARGUMENTAÇÃO
variedades existente no interior dos modelos pré-estabelecidos O ato de comunicação não visa apenas transmitir uma informa-
dos tipos textuais. A definição de um gênero textual é feita a partir ção a alguém. Quem comunica pretende criar uma imagem positiva
dos conteúdos temáticos que apresentam sua estrutura específica. de si mesmo (por exemplo, a de um sujeito educado, ou inteligente,
Logo, para cada tipo de texto, existem gêneros característicos. ou culto), quer ser aceito, deseja que o que diz seja admitido como
verdadeiro. Em síntese, tem a intenção de convencer, ou seja, tem
Como se classificam os tipos e os gêneros textuais o desejo de que o ouvinte creia no que o texto diz e faça o que ele
As classificações conforme o gênero podem sofrer mudanças propõe.
e são amplamente flexíveis. Os principais gêneros são: romance, Se essa é a finalidade última de todo ato de comunicação, todo
conto, fábula, lenda, notícia, carta, bula de medicamento, cardápio texto contém um componente argumentativo. A argumentação é o
de restaurante, lista de compras, receita de bolo, etc. Quanto aos ti- conjunto de recursos de natureza linguística destinados a persuadir
pos, as classificações são fixas, e definem e distinguem o texto com a pessoa a quem a comunicação se destina. Está presente em todo
base na estrutura e nos aspectos linguísticos. Os tipos textuais são: tipo de texto e visa a promover adesão às teses e aos pontos de
narrativo, descritivo, dissertativo, expositivo e injuntivo. Resumin- vista defendidos.
do, os gêneros textuais são a parte concreta, enquanto as tipolo- As pessoas costumam pensar que o argumento seja apenas
gias integram o campo das formas, da teoria. Acompanhe abaixo uma prova de verdade ou uma razão indiscutível para comprovar a
os principais gêneros textuais inseridos e como eles se inserem em veracidade de um fato. O argumento é mais que isso: como se disse
cada tipo textual: acima, é um recurso de linguagem utilizado para levar o interlocu-
Texto narrativo: esse tipo textual se estrutura em: apresenta- tor a crer naquilo que está sendo dito, a aceitar como verdadeiro o
ção, desenvolvimento, clímax e desfecho. Esses textos se caracteri- que está sendo transmitido. A argumentação pertence ao domínio
zam pela apresentação das ações de personagens em um tempo e da retórica, arte de persuadir as pessoas mediante o uso de recur-
espaço determinado. Os principais gêneros textuais que pertencem sos de linguagem.
ao tipo textual narrativo são: romances, novelas, contos, crônicas Para compreender claramente o que é um argumento, é bom
e fábulas. voltar ao que diz Aristóteles, filósofo grego do século IV a.C., numa
Texto descritivo: esse tipo compreende textos que descrevem obra intitulada “Tópicos: os argumentos são úteis quando se tem de
lugares ou seres ou relatam acontecimentos. Em geral, esse tipo de escolher entre duas ou mais coisas”.
texto contém adjetivos que exprimem as emoções do narrador, e, Se tivermos de escolher entre uma coisa vantajosa e uma des-
em termos de gêneros, abrange diários, classificados, cardápios de vantajosa, como a saúde e a doença, não precisamos argumentar.
restaurantes, folhetos turísticos, relatos de viagens, etc. Suponhamos, no entanto, que tenhamos de escolher entre duas
Texto expositivo: corresponde ao texto cuja função é transmi- coisas igualmente vantajosas, a riqueza e a saúde. Nesse caso, pre-
tir ideias utilizando recursos de definição, comparação, descrição, cisamos argumentar sobre qual das duas é mais desejável. O argu-
conceituação e informação. Verbetes de dicionário, enciclopédias, mento pode então ser definido como qualquer recurso que torna
jornais, resumos escolares, entre outros, fazem parte dos textos ex- uma coisa mais desejável que outra. Isso significa que ele atua no
positivos. domínio do preferível. Ele é utilizado para fazer o interlocutor crer
Texto argumentativo: os textos argumentativos têm o obje- que, entre duas teses, uma é mais provável que a outra, mais pos-
tivo de apresentar um assunto recorrendo a argumentações, isto sível que a outra, mais desejável que a outra, é preferível à outra.
é, caracteriza-se por defender um ponto de vista. Sua estrutura é O objetivo da argumentação não é demonstrar a verdade de
composta por introdução, desenvolvimento e conclusão. Os tex- um fato, mas levar o ouvinte a admitir como verdadeiro o que o
tos argumentativos compreendem os gêneros textuais manifesto e enunciador está propondo.
abaixo-assinado. Há uma diferença entre o raciocínio lógico e a argumentação.
Texto injuntivo: esse tipo de texto tem como finalidade de O primeiro opera no domínio do necessário, ou seja, pretende
orientar o leitor, ou seja, expor instruções, de forma que o emissor demonstrar que uma conclusão deriva necessariamente das pre-
procure persuadir seu interlocutor. Em razão disso, o emprego de missas propostas, que se deduz obrigatoriamente dos postulados
verbos no modo imperativo é sua característica principal. Perten- admitidos. No raciocínio lógico, as conclusões não dependem de
cem a este tipo os gêneros bula de remédio, receitas culinárias, ma- crenças, de uma maneira de ver o mundo, mas apenas do encadea-
nuais de instruções, entre outros. mento de premissas e conclusões.
Texto prescritivo: essa tipologia textual tem a função de instruir Por exemplo, um raciocínio lógico é o seguinte encadeamento:
o leitor em relação ao procedimento. Esses textos, de certa forma, A é igual a B.
impedem a liberdade de atuação do leitor, pois decretam que ele A é igual a C.
siga o que diz o texto. Os gêneros que pertencem a esse tipo de Então: C é igual a B.
texto são: leis, cláusulas contratuais, edital de concursos públicos.
Admitidos os dois postulados, a conclusão é, obrigatoriamente,
que C é igual a A.
Outro exemplo:
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LÍNGUA PORTUGUESA

Todo ruminante é um mamífero. A tese defendida nesse texto é que a imaginação é mais impor-
A vaca é um ruminante. tante do que o conhecimento. Para levar o auditório a aderir a ela,
Logo, a vaca é um mamífero. o enunciador cita um dos mais célebres cientistas do mundo. Se
um físico de renome mundial disse isso, então as pessoas devem
Admitidas como verdadeiras as duas premissas, a conclusão acreditar que é verdade.
também será verdadeira.
Argumento de Quantidade
No domínio da argumentação, as coisas são diferentes. Nele, É aquele que valoriza mais o que é apreciado pelo maior nú-
a conclusão não é necessária, não é obrigatória. Por isso, deve-se mero de pessoas, o que existe em maior número, o que tem maior
mostrar que ela é a mais desejável, a mais provável, a mais plau- duração, o que tem maior número de adeptos, etc. O fundamento
sível. Se o Banco do Brasil fizer uma propaganda dizendo-se mais desse tipo de argumento é que mais = melhor. A publicidade faz
confiável do que os concorrentes porque existe desde a chegada largo uso do argumento de quantidade.
da família real portuguesa ao Brasil, ele estará dizendo-nos que um Argumento do Consenso
banco com quase dois séculos de existência é sólido e, por isso, con- É uma variante do argumento de quantidade. Fundamenta-se
fiável. Embora não haja relação necessária entre a solidez de uma em afirmações que, numa determinada época, são aceitas como
instituição bancária e sua antiguidade, esta tem peso argumentati- verdadeiras e, portanto, dispensam comprovações, a menos que o
vo na afirmação da confiabilidade de um banco. Portanto é provável objetivo do texto seja comprovar alguma delas. Parte da ideia de
que se creia que um banco mais antigo seja mais confiável do que que o consenso, mesmo que equivocado, corresponde ao indiscu-
outro fundado há dois ou três anos. tível, ao verdadeiro e, portanto, é melhor do que aquilo que não
Enumerar todos os tipos de argumentos é uma tarefa quase desfruta dele. Em nossa época, são consensuais, por exemplo, as
impossível, tantas são as formas de que nos valemos para fazer as afirmações de que o meio ambiente precisa ser protegido e de que
pessoas preferirem uma coisa a outra. Por isso, é importante enten- as condições de vida são piores nos países subdesenvolvidos. Ao
der bem como eles funcionam. confiar no consenso, porém, corre-se o risco de passar dos argu-
Já vimos diversas características dos argumentos. É preciso mentos válidos para os lugares comuns, os preconceitos e as frases
acrescentar mais uma: o convencimento do interlocutor, o auditó- carentes de qualquer base científica.
rio, que pode ser individual ou coletivo, será tanto mais fácil quanto
mais os argumentos estiverem de acordo com suas crenças, suas Argumento de Existência
expectativas, seus valores. Não se pode convencer um auditório É aquele que se fundamenta no fato de que é mais fácil aceitar
pertencente a uma dada cultura enfatizando coisas que ele abomi- aquilo que comprovadamente existe do que aquilo que é apenas
na. Será mais fácil convencê-lo valorizando coisas que ele considera provável, que é apenas possível. A sabedoria popular enuncia o ar-
positivas. No Brasil, a publicidade da cerveja vem com frequência gumento de existência no provérbio “Mais vale um pássaro na mão
associada ao futebol, ao gol, à paixão nacional. Nos Estados Unidos, do que dois voando”.
essa associação certamente não surtiria efeito, porque lá o futebol Nesse tipo de argumento, incluem-se as provas documentais
não é valorizado da mesma forma que no Brasil. O poder persuasivo (fotos, estatísticas, depoimentos, gravações, etc.) ou provas concre-
de um argumento está vinculado ao que é valorizado ou desvalori- tas, que tornam mais aceitável uma afirmação genérica. Durante
zado numa dada cultura. a invasão do Iraque, por exemplo, os jornais diziam que o exérci-
to americano era muito mais poderoso do que o iraquiano. Essa
Tipos de Argumento afirmação, sem ser acompanhada de provas concretas, poderia ser
Já verificamos que qualquer recurso linguístico destinado a fa- vista como propagandística. No entanto, quando documentada pela
zer o interlocutor dar preferência à tese do enunciador é um argu- comparação do número de canhões, de carros de combate, de na-
mento. vios, etc., ganhava credibilidade.

Argumento de Autoridade Argumento quase lógico


É a citação, no texto, de afirmações de pessoas reconhecidas É aquele que opera com base nas relações lógicas, como causa
pelo auditório como autoridades em certo domínio do saber, para e efeito, analogia, implicação, identidade, etc. Esses raciocínios são
servir de apoio àquilo que o enunciador está propondo. Esse recurso chamados quase lógicos porque, diversamente dos raciocínios lógi-
produz dois efeitos distintos: revela o conhecimento do produtor do cos, eles não pretendem estabelecer relações necessárias entre os
texto a respeito do assunto de que está tratando; dá ao texto a garantia elementos, mas sim instituir relações prováveis, possíveis, plausí-
do autor citado. É preciso, no entanto, não fazer do texto um amontoa- veis. Por exemplo, quando se diz “A é igual a B”, “B é igual a C”, “en-
do de citações. A citação precisa ser pertinente e verdadeira. tão A é igual a C”, estabelece-se uma relação de identidade lógica.
Entretanto, quando se afirma “Amigo de amigo meu é meu amigo”
Exemplo: não se institui uma identidade lógica, mas uma identidade provável.
“A imaginação é mais importante do que o conhecimento.” Um texto coerente do ponto de vista lógico é mais facilmente
aceito do que um texto incoerente. Vários são os defeitos que con-
Quem disse a frase aí de cima não fui eu... Foi Einstein. Para correm para desqualificar o texto do ponto de vista lógico: fugir do
ele, uma coisa vem antes da outra: sem imaginação, não há conhe- tema proposto, cair em contradição, tirar conclusões que não se
cimento. Nunca o inverso. fundamentam nos dados apresentados, ilustrar afirmações gerais
Alex José Periscinoto. com fatos inadequados, narrar um fato e dele extrair generalizações
In: Folha de S. Paulo, 30/8/1993, p. 5-2 indevidas.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Argumento do Atributo - Uso de afirmações tão amplas, que podem ser derrubadas por
É aquele que considera melhor o que tem propriedades típi- um único contra exemplo. Quando se diz “Todos os políticos são
cas daquilo que é mais valorizado socialmente, por exemplo, o mais ladrões”, basta um único exemplo de político honesto para destruir
raro é melhor que o comum, o que é mais refinado é melhor que o o argumento.
que é mais grosseiro, etc. - Emprego de noções científicas sem nenhum rigor, fora do con-
Por esse motivo, a publicidade usa, com muita frequência, ce- texto adequado, sem o significado apropriado, vulgarizando-as e
lebridades recomendando prédios residenciais, produtos de beleza, atribuindo-lhes uma significação subjetiva e grosseira. É o caso, por
alimentos estéticos, etc., com base no fato de que o consumidor exemplo, da frase “O imperialismo de certas indústrias não permite
tende a associar o produto anunciado com atributos da celebrida- que outras crescam”, em que o termo imperialismo é descabido,
de. uma vez que, a rigor, significa “ação de um Estado visando a reduzir
Uma variante do argumento de atributo é o argumento da outros à sua dependência política e econômica”.
competência linguística. A utilização da variante culta e formal da
língua que o produtor do texto conhece a norma linguística social- A boa argumentação é aquela que está de acordo com a situa-
mente mais valorizada e, por conseguinte, deve produzir um texto ção concreta do texto, que leva em conta os componentes envolvi-
em que se pode confiar. Nesse sentido é que se diz que o modo de dos na discussão (o tipo de pessoa a quem se dirige a comunicação,
dizer dá confiabilidade ao que se diz. o assunto, etc).
Imagine-se que um médico deva falar sobre o estado de saúde Convém ainda alertar que não se convence ninguém com mani-
de uma personalidade pública. Ele poderia fazê-lo das duas manei- festações de sinceridade do autor (como eu, que não costumo men-
ras indicadas abaixo, mas a primeira seria infinitamente mais ade- tir...) ou com declarações de certeza expressas em fórmulas feitas
quada para a persuasão do que a segunda, pois esta produziria certa (como estou certo, creio firmemente, é claro, é óbvio, é evidente,
estranheza e não criaria uma imagem de competência do médico: afirmo com toda a certeza, etc). Em vez de prometer, em seu texto,
- Para aumentar a confiabilidade do diagnóstico e levando em sinceridade e certeza, autenticidade e verdade, o enunciador deve
conta o caráter invasivo de alguns exames, a equipe médica houve construir um texto que revele isso. Em outros termos, essas quali-
por bem determinar o internamento do governador pelo período dades não se prometem, manifestam-se na ação.
de três dias, a partir de hoje, 4 de fevereiro de 2001. A argumentação é a exploração de recursos para fazer parecer
- Para conseguir fazer exames com mais cuidado e porque al- verdadeiro aquilo que se diz num texto e, com isso, levar a pessoa a
guns deles são barrapesada, a gente botou o governador no hospi- que texto é endereçado a crer naquilo que ele diz.
tal por três dias. Um texto dissertativo tem um assunto ou tema e expressa um
ponto de vista, acompanhado de certa fundamentação, que inclui
Como dissemos antes, todo texto tem uma função argumen- a argumentação, questionamento, com o objetivo de persuadir. Ar-
tativa, porque ninguém fala para não ser levado a sério, para ser gumentar é o processo pelo qual se estabelecem relações para che-
ridicularizado, para ser desmentido: em todo ato de comunicação gar à conclusão, com base em premissas. Persuadir é um processo
deseja-se influenciar alguém. Por mais neutro que pretenda ser, um de convencimento, por meio da argumentação, no qual procura-se
texto tem sempre uma orientação argumentativa. convencer os outros, de modo a influenciar seu pensamento e seu
A orientação argumentativa é uma certa direção que o falante comportamento.
traça para seu texto. Por exemplo, um jornalista, ao falar de um A persuasão pode ser válida e não válida. Na persuasão váli-
homem público, pode ter a intenção de criticá-lo, de ridicularizá-lo da, expõem-se com clareza os fundamentos de uma ideia ou pro-
ou, ao contrário, de mostrar sua grandeza. posição, e o interlocutor pode questionar cada passo do raciocínio
O enunciador cria a orientação argumentativa de seu texto empregado na argumentação. A persuasão não válida apoia-se em
dando destaque a uns fatos e não a outros, omitindo certos episó- argumentos subjetivos, apelos subliminares, chantagens sentimen-
dios e revelando outros, escolhendo determinadas palavras e não tais, com o emprego de “apelações”, como a inflexão de voz, a mí-
outras, etc. Veja: mica e até o choro.
“O clima da festa era tão pacífico que até sogras e noras troca- Alguns autores classificam a dissertação em duas modalidades,
vam abraços afetuosos.” expositiva e argumentativa. Esta, exige argumentação, razões a fa-
vor e contra uma ideia, ao passo que a outra é informativa, apresen-
O enunciador aí pretende ressaltar a ideia geral de que noras ta dados sem a intenção de convencer. Na verdade, a escolha dos
e sogras não se toleram. Não fosse assim, não teria escolhido esse dados levantados, a maneira de expô-los no texto já revelam uma
fato para ilustrar o clima da festa nem teria utilizado o termo até, “tomada de posição”, a adoção de um ponto de vista na disserta-
que serve para incluir no argumento alguma coisa inesperada. ção, ainda que sem a apresentação explícita de argumentos. Desse
Além dos defeitos de argumentação mencionados quando tra- ponto de vista, a dissertação pode ser definida como discussão, de-
tamos de alguns tipos de argumentação, vamos citar outros: bate, questionamento, o que implica a liberdade de pensamento, a
- Uso sem delimitação adequada de palavra de sentido tão am- possibilidade de discordar ou concordar parcialmente. A liberdade
plo, que serve de argumento para um ponto de vista e seu contrá- de questionar é fundamental, mas não é suficiente para organizar
rio. São noções confusas, como paz, que, paradoxalmente, pode ser um texto dissertativo. É necessária também a exposição dos fun-
usada pelo agressor e pelo agredido. Essas palavras podem ter valor damentos, os motivos, os porquês da defesa de um ponto de vista.
positivo (paz, justiça, honestidade, democracia) ou vir carregadas Pode-se dizer que o homem vive em permanente atitude argu-
de valor negativo (autoritarismo, degradação do meio ambiente, mentativa. A argumentação está presente em qualquer tipo de dis-
injustiça, corrupção). curso, porém, é no texto dissertativo que ela melhor se evidencia.

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Para discutir um tema, para confrontar argumentos e posições, verdades universais, pode-se chegar à previsão ou determinação de
é necessária a capacidade de conhecer outros pontos de vista e fenômenos particulares. O percurso do raciocínio vai da causa para
seus respectivos argumentos. Uma discussão impõe, muitas ve- o efeito. Exemplo:
zes, a análise de argumentos opostos, antagônicos. Como sempre,
essa capacidade aprende-se com a prática. Um bom exercício para Todo homem é mortal (premissa maior = geral, universal)
aprender a argumentar e contra-argumentar consiste em desenvol- Fulano é homem (premissa menor = particular)
ver as seguintes habilidades: Logo, Fulano é mortal (conclusão)
- argumentação: anotar todos os argumentos a favor de uma
ideia ou fato; imaginar um interlocutor que adote a posição total- A indução percorre o caminho inverso ao da dedução, baseia-
mente contrária; se em uma conexão ascendente, do particular para o geral. Nesse
- contra-argumentação: imaginar um diálogo-debate e quais os caso, as constatações particulares levam às leis gerais, ou seja, par-
argumentos que essa pessoa imaginária possivelmente apresenta- te de fatos particulares conhecidos para os fatos gerais, desconheci-
ria contra a argumentação proposta; dos. O percurso do raciocínio se faz do efeito para a causa. Exemplo:
- refutação: argumentos e razões contra a argumentação opos- O calor dilata o ferro (particular)
ta. O calor dilata o bronze (particular)
O calor dilata o cobre (particular)
A argumentação tem a finalidade de persuadir, portanto, ar- O ferro, o bronze, o cobre são metais
gumentar consiste em estabelecer relações para tirar conclusões Logo, o calor dilata metais (geral, universal)
válidas, como se procede no método dialético. O método dialético
não envolve apenas questões ideológicas, geradoras de polêmicas. Quanto a seus aspectos formais, o silogismo pode ser válido
Trata-se de um método de investigação da realidade pelo estudo de e verdadeiro; a conclusão será verdadeira se as duas premissas
sua ação recíproca, da contradição inerente ao fenômeno em ques- também o forem. Se há erro ou equívoco na apreciação dos fatos,
tão e da mudança dialética que ocorre na natureza e na sociedade. pode-se partir de premissas verdadeiras para chegar a uma conclu-
Descartes (1596-1650), filósofo e pensador francês, criou o mé- são falsa. Tem-se, desse modo, o sofisma. Uma definição inexata,
todo de raciocínio silogístico, baseado na dedução, que parte do uma divisão incompleta, a ignorância da causa, a falsa analogia são
simples para o complexo. Para ele, verdade e evidência são a mes- algumas causas do sofisma. O sofisma pressupõe má fé, intenção
ma coisa, e pelo raciocínio torna-se possível chegar a conclusões deliberada de enganar ou levar ao erro; quando o sofisma não tem
verdadeiras, desde que o assunto seja pesquisado em partes, co- essas intenções propositais, costuma-se chamar esse processo de
meçando-se pelas proposições mais simples até alcançar, por meio argumentação de paralogismo. Encontra-se um exemplo simples de
de deduções, a conclusão final. Para a linha de raciocínio cartesiana, sofisma no seguinte diálogo:
é fundamental determinar o problema, dividi-lo em partes, ordenar - Você concorda que possui uma coisa que não perdeu?
os conceitos, simplificando-os, enumerar todos os seus elementos - Lógico, concordo.
e determinar o lugar de cada um no conjunto da dedução. - Você perdeu um brilhante de 40 quilates?
A lógica cartesiana, até os nossos dias, é fundamental para a - Claro que não!
argumentação dos trabalhos acadêmicos. Descartes propôs quatro - Então você possui um brilhante de 40 quilates...
regras básicas que constituem um conjunto de reflexos vitais, uma
série de movimentos sucessivos e contínuos do espírito em busca Exemplos de sofismas:
da verdade:
- evidência; Dedução
- divisão ou análise; Todo professor tem um diploma (geral, universal)
- ordem ou dedução; Fulano tem um diploma (particular)
- enumeração. Logo, fulano é professor (geral – conclusão falsa)

A enumeração pode apresentar dois tipos de falhas: a omissão Indução


e a incompreensão. Qualquer erro na enumeração pode quebrar o O Rio de Janeiro tem uma estátua do Cristo Redentor. (parti-
encadeamento das ideias, indispensável para o processo dedutivo. cular)
A forma de argumentação mais empregada na redação acadê- Taubaté (SP) tem uma estátua do Cristo Redentor. (particular)
mica é o silogismo, raciocínio baseado nas regras cartesianas, que Rio de Janeiro e Taubaté são cidades.
contém três proposições: duas premissas, maior e menor, e a con- Logo, toda cidade tem uma estátua do Cristo Redentor. (geral
clusão. As três proposições são encadeadas de tal forma, que a con- – conclusão falsa)
clusão é deduzida da maior por intermédio da menor. A premissa
maior deve ser universal, emprega todo, nenhum, pois alguns não Nota-se que as premissas são verdadeiras, mas a conclusão
caracteriza a universalidade. pode ser falsa. Nem todas as pessoas que têm diploma são pro-
Há dois métodos fundamentais de raciocínio: a dedução (silo- fessores; nem todas as cidades têm uma estátua do Cristo Reden-
gística), que parte do geral para o particular, e a indução, que vai do tor. Comete-se erro quando se faz generalizações apressadas ou
particular para o geral. A expressão formal do método dedutivo é o infundadas. A “simples inspeção” é a ausência de análise ou análise
silogismo. A dedução é o caminho das consequências, baseia-se em superficial dos fatos, que leva a pronunciamentos subjetivos, base-
uma conexão descendente (do geral para o particular) que leva à ados nos sentimentos não ditados pela razão.
conclusão. Segundo esse método, partindo-se de teorias gerais, de

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Tem-se, ainda, outros métodos, subsidiários ou não fundamen- Aves: Canário, Pardal, Pintassilgo, Sabiá.
tais, que contribuem para a descoberta ou comprovação da verda- Alimentos: Batata, Leite, Pão, Queijo.
de: análise, síntese, classificação e definição. Além desses, existem Mecanismos: Aquecedor, Barbeador, Relógio, Torradeira.
outros métodos particulares de algumas ciências, que adaptam os Veículos: Automóvel, Caminhão, Jipe, Ônibus.
processos de dedução e indução à natureza de uma realidade par-
ticular. Pode-se afirmar que cada ciência tem seu método próprio Os elementos desta lista foram classificados por ordem alfabé-
demonstrativo, comparativo, histórico etc. A análise, a síntese, a tica e pelas afinidades comuns entre eles. Estabelecer critérios de
classificação a definição são chamadas métodos sistemáticos, por- classificação das ideias e argumentos, pela ordem de importância, é
que pela organização e ordenação das ideias visam sistematizar a uma habilidade indispensável para elaborar o desenvolvimento de
pesquisa. uma redação. Tanto faz que a ordem seja crescente, do fato mais
Análise e síntese são dois processos opostos, mas interligados; importante para o menos importante, ou decrescente, primeiro
a análise parte do todo para as partes, a síntese, das partes para o o menos importante e, no final, o impacto do mais importante; é
todo. A análise precede a síntese, porém, de certo modo, uma de- indispensável que haja uma lógica na classificação. A elaboração
pende da outra. A análise decompõe o todo em partes, enquanto a do plano compreende a classificação das partes e subdivisões, ou
síntese recompõe o todo pela reunião das partes. Sabe-se, porém, seja, os elementos do plano devem obedecer a uma hierarquização.
que o todo não é uma simples justaposição das partes. Se alguém (Garcia, 1973, p. 302304.)
reunisse todas as peças de um relógio, não significa que reconstruiu Para a clareza da dissertação, é indispensável que, logo na in-
o relógio, pois fez apenas um amontoado de partes. Só reconstruiria trodução, os termos e conceitos sejam definidos, pois, para expres-
todo se as partes estivessem organizadas, devidamente combina- sar um questionamento, deve-se, de antemão, expor clara e racio-
das, seguida uma ordem de relações necessárias, funcionais, então, nalmente as posições assumidas e os argumentos que as justificam.
o relógio estaria reconstruído. É muito importante deixar claro o campo da discussão e a posição
Síntese, portanto, é o processo de reconstrução do todo por adotada, isto é, esclarecer não só o assunto, mas também os pontos
meio da integração das partes, reunidas e relacionadas num con- de vista sobre ele.
junto. Toda síntese, por ser uma reconstrução, pressupõe a análise, A definição tem por objetivo a exatidão no emprego da lingua-
que é a decomposição. A análise, no entanto, exige uma decompo- gem e consiste na enumeração das qualidades próprias de uma
sição organizada, é preciso saber como dividir o todo em partes. As ideia, palavra ou objeto. Definir é classificar o elemento conforme a
operações que se realizam na análise e na síntese podem ser assim espécie a que pertence, demonstra: a característica que o diferen-
relacionadas: cia dos outros elementos dessa mesma espécie.
Análise: penetrar, decompor, separar, dividir. Entre os vários processos de exposição de ideias, a definição
Síntese: integrar, recompor, juntar, reunir. é um dos mais importantes, sobretudo no âmbito das ciências. A
definição científica ou didática é denotativa, ou seja, atribui às pa-
A análise tem importância vital no processo de coleta de ideias lavras seu sentido usual ou consensual, enquanto a conotativa ou
a respeito do tema proposto, de seu desdobramento e da criação metafórica emprega palavras de sentido figurado. Segundo a lógica
de abordagens possíveis. A síntese também é importante na esco- tradicional aristotélica, a definição consta de três elementos:
lha dos elementos que farão parte do texto. - o termo a ser definido;
- o gênero ou espécie;
Segundo Garcia (1973, p.300), a análise pode ser formal ou in- - a diferença específica.
formal. A análise formal pode ser científica ou experimental; é ca-
racterística das ciências matemáticas, físico-naturais e experimen- O que distingue o termo definido de outros elementos da mes-
tais. A análise informal é racional ou total, consiste em “discernir” ma espécie. Exemplo:
por vários atos distintos da atenção os elementos constitutivos de
um todo, os diferentes caracteres de um objeto ou fenômeno. Na frase: O homem é um animal racional classifica-se:
A análise decompõe o todo em partes, a classificação estabe-
lece as necessárias relações de dependência e hierarquia entre as
partes. Análise e classificação ligam-se intimamente, a ponto de se
confundir uma com a outra, contudo são procedimentos diversos:
análise é decomposição e classificação é hierarquisação.
Nas ciências naturais, classificam-se os seres, fatos e fenôme- Elemento especie diferença
nos por suas diferenças e semelhanças; fora das ciências naturais, a a ser definido específica
classificação pode-se efetuar por meio de um processo mais ou me-
nos arbitrário, em que os caracteres comuns e diferenciadores são É muito comum formular definições de maneira defeituosa,
empregados de modo mais ou menos convencional. A classificação, por exemplo: Análise é quando a gente decompõe o todo em par-
no reino animal, em ramos, classes, ordens, subordens, gêneros e tes. Esse tipo de definição é gramaticalmente incorreto; quando é
espécies, é um exemplo de classificação natural, pelas caracterís- advérbio de tempo, não representa o gênero, a espécie, a gente é
ticas comuns e diferenciadoras. A classificação dos variados itens forma coloquial não adequada à redação acadêmica. Tão importan-
integrantes de uma lista mais ou menos caótica é artificial. te é saber formular uma definição, que se recorre a Garcia (1973,
p.306), para determinar os “requisitos da definição denotativa”.
Exemplo: aquecedor, automóvel, barbeador, batata, caminhão, Para ser exata, a definição deve apresentar os seguintes requisitos:
canário, jipe, leite, ônibus, pão, pardal, pintassilgo, queijo, relógio,
sabiá, torradeira.
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- o termo deve realmente pertencer ao gênero ou classe em quer dizer, denomina-se, chama-se, na verdade, isto é, haja vista,
que está incluído: “mesa é um móvel” (classe em que ‘mesa’ está ou melhor; nos testemunhos são comuns as expressões: conforme,
realmente incluída) e não “mesa é um instrumento ou ferramenta segundo, na opinião de, no parecer de, consoante as ideias de, no
ou instalação”; entender de, no pensamento de. A explicitação se faz também pela
- o gênero deve ser suficientemente amplo para incluir todos os interpretação, em que são comuns as seguintes expressões: parece,
exemplos específicos da coisa definida, e suficientemente restrito assim, desse ponto de vista.
para que a diferença possa ser percebida sem dificuldade; Enumeração: Faz-se pela apresentação de uma sequência de
- deve ser obrigatoriamente afirmativa: não há, em verdade, elementos que comprovam uma opinião, tais como a enumeração
definição, quando se diz que o “triângulo não é um prisma”; de pormenores, de fatos, em uma sequência de tempo, em que são
- deve ser recíproca: “O homem é um ser vivo” não constitui frequentes as expressões: primeiro, segundo, por último, antes, de-
definição exata, porque a recíproca, “Todo ser vivo é um homem” pois, ainda, em seguida, então, presentemente, antigamente, de-
não é verdadeira (o gato é ser vivo e não é homem); pois de, antes de, atualmente, hoje, no passado, sucessivamente,
- deve ser breve (contida num só período). Quando a definição, respectivamente. Na enumeração de fatos em uma sequência de
ou o que se pretenda como tal, é muito longa (séries de períodos espaço, empregam-se as seguintes expressões: cá, lá, acolá, ali, aí,
ou de parágrafos), chama-se explicação, e também definição expan- além, adiante, perto de, ao redor de, no Estado tal, na capital, no
dida;d interior, nas grandes cidades, no sul, no leste...
- deve ter uma estrutura gramatical rígida: sujeito (o termo) + Comparação: Analogia e contraste são as duas maneiras de
cópula (verbo de ligação ser) + predicativo (o gênero) + adjuntos (as se estabelecer a comparação, com a finalidade de comprovar uma
diferenças). ideia ou opinião. Na analogia, são comuns as expressões: da mesma
forma, tal como, tanto quanto, assim como, igualmente. Para esta-
As definições dos dicionários de língua são feitas por meio de belecer contraste, empregam-se as expressões: mais que, menos
paráfrases definitórias, ou seja, uma operação metalinguística que que, melhor que, pior que.
consiste em estabelecer uma relação de equivalência entre a pala- Entre outros tipos de argumentos empregados para aumentar
vra e seus significados. o poder de persuasão de um texto dissertativo encontram-se:
A força do texto dissertativo está em sua fundamentação. Sem- Argumento de autoridade: O saber notório de uma autoridade
pre é fundamental procurar um porquê, uma razão verdadeira e reconhecida em certa área do conhecimento dá apoio a uma afir-
necessária. A verdade de um ponto de vista deve ser demonstrada mação. Dessa maneira, procura-se trazer para o enunciado a credi-
com argumentos válidos. O ponto de vista mais lógico e racional do bilidade da autoridade citada. Lembre-se que as citações literais no
mundo não tem valor, se não estiver acompanhado de uma funda- corpo de um texto constituem argumentos de autoridade. Ao fazer
mentação coerente e adequada. uma citação, o enunciador situa os enunciados nela contidos na li-
Os métodos fundamentais de raciocínio segundo a lógica clás- nha de raciocínio que ele considera mais adequada para explicar ou
sica, que foram abordados anteriormente, auxiliam o julgamento justificar um fato ou fenômeno. Esse tipo de argumento tem mais
da validade dos fatos. Às vezes, a argumentação é clara e pode reco- caráter confirmatório que comprobatório.
nhecer-se facilmente seus elementos e suas relações; outras vezes, Apoio na consensualidade: Certas afirmações dispensam expli-
as premissas e as conclusões organizam-se de modo livre, mistu- cação ou comprovação, pois seu conteúdo é aceito como válido por
rando-se na estrutura do argumento. Por isso, é preciso aprender a consenso, pelo menos em determinado espaço sociocultural. Nesse
reconhecer os elementos que constituem um argumento: premis- caso, incluem-se
sas/conclusões. Depois de reconhecer, verificar se tais elementos - A declaração que expressa uma verdade universal (o homem,
são verdadeiros ou falsos; em seguida, avaliar se o argumento está mortal, aspira à imortalidade);
expresso corretamente; se há coerência e adequação entre seus - A declaração que é evidente por si mesma (caso dos postula-
elementos, ou se há contradição. Para isso é que se aprende os pro- dos e axiomas);
cessos de raciocínio por dedução e por indução. Admitindo-se que - Quando escapam ao domínio intelectual, ou seja, é de nature-
raciocinar é relacionar, conclui-se que o argumento é um tipo espe- za subjetiva ou sentimental (o amor tem razões que a própria razão
cífico de relação entre as premissas e a conclusão. desconhece); implica apreciação de ordem estética (gosto não se
Procedimentos Argumentativos: Constituem os procedimentos discute); diz respeito a fé religiosa, aos dogmas (creio, ainda que
argumentativos mais empregados para comprovar uma afirmação: parece absurdo).
exemplificação, explicitação, enumeração, comparação.
Exemplificação: Procura justificar os pontos de vista por meio Comprovação pela experiência ou observação: A verdade de
de exemplos, hierarquizar afirmações. São expressões comuns nes- um fato ou afirmação pode ser comprovada por meio de dados con-
se tipo de procedimento: mais importante que, superior a, de maior cretos, estatísticos ou documentais.
relevância que. Empregam-se também dados estatísticos, acompa- Comprovação pela fundamentação lógica: A comprovação se
nhados de expressões: considerando os dados; conforme os dados realiza por meio de argumentos racionais, baseados na lógica: cau-
apresentados. Faz-se a exemplificação, ainda, pela apresentação de sa/efeito; consequência/causa; condição/ocorrência.
causas e consequências, usando-se comumente as expressões: por- Fatos não se discutem; discutem-se opiniões. As declarações,
que, porquanto, pois que, uma vez que, visto que, por causa de, em julgamento, pronunciamentos, apreciações que expressam opiniões
virtude de, em vista de, por motivo de. pessoais (não subjetivas) devem ter sua validade comprovada, e só os
Explicitação: O objetivo desse recurso argumentativo é expli- fatos provam. Em resumo toda afirmação ou juízo que expresse uma
car ou esclarecer os pontos de vista apresentados. Pode-se alcançar opinião pessoal só terá validade se fundamentada na evidência dos
esse objetivo pela definição, pelo testemunho e pela interpreta-
ção. Na explicitação por definição, empregamse expressões como:
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fatos, ou seja, se acompanhada de provas, validade dos argumentos, Desenvolvimento


porém, pode ser contestada por meio da contra-argumentação ou re- - apresentação de aspectos positivos e negativos do desenvol-
futação. São vários os processos de contra-argumentação: vimento tecnológico;
Refutação pelo absurdo: refuta-se uma afirmação demonstran- - como o desenvolvimento científico-tecnológico modificou as
do o absurdo da consequência. Exemplo clássico é a contraargu- condições de vida no mundo atual;
mentação do cordeiro, na conhecida fábula “O lobo e o cordeiro”; - a tecnocracia: oposição entre uma sociedade tecnologica-
Refutação por exclusão: consiste em propor várias hipóteses mente desenvolvida e a dependência tecnológica dos países sub-
para eliminá-las, apresentando-se, então, aquela que se julga ver- desenvolvidos;
dadeira; - enumerar e discutir os fatores de desenvolvimento social;
Desqualificação do argumento: atribui-se o argumento à opi- - comparar a vida de hoje com os diversos tipos de vida do pas-
nião pessoal subjetiva do enunciador, restringindo-se a universali- sado; apontar semelhanças e diferenças;
dade da afirmação; - analisar as condições atuais de vida nos grandes centros ur-
Ataque ao argumento pelo testemunho de autoridade: consis- banos;
te em refutar um argumento empregando os testemunhos de auto- - como se poderia usar a ciência e a tecnologia para humanizar
ridade que contrariam a afirmação apresentada; mais a sociedade.
Desqualificar dados concretos apresentados: consiste em de-
sautorizar dados reais, demonstrando que o enunciador baseou-se Conclusão
em dados corretos, mas tirou conclusões falsas ou inconsequentes. - a tecnologia pode libertar ou escravizar: benefícios/consequ-
Por exemplo, se na argumentação afirmou-se, por meio de dados ências maléficas;
estatísticos, que “o controle demográfico produz o desenvolvimen- - síntese interpretativa dos argumentos e contra-argumentos
to”, afirma-se que a conclusão é inconsequente, pois baseia-se em apresentados.
uma relação de causa-feito difícil de ser comprovada. Para contra-
argumentar, propõese uma relação inversa: “o desenvolvimento é
que gera o controle demográfico”. ANALISAR O USO DE RECURSOS PERSUASIVOS EM TEXTOS
Apresentam-se aqui sugestões, um dos roteiros possíveis para ARGUMENTATIVOS DIVERSOS (COMO A ELABORAÇÃO DO
desenvolver um tema, que podem ser analisadas e adaptadas ao TÍTULO, ESCOLHAS LEXICAIS, CONSTRUÇÕES METAFÓRI-
desenvolvimento de outros temas. Elege-se um tema, e, em segui- CAS, A EXPLICITAÇÃO OU A OCULTAÇÃO DE FONTES DE
da, sugerem-se os procedimentos que devem ser adotados para a INFORMAÇÃO) E SEUS EFEITOS DE SENTIDO.
elaboração de um Plano de Redação.

Tema: O homem e a máquina: necessidade e riscos da evolução Prezado Candidato, o tema acima supracitado, já foi abordado
tecnológica em tópicos anteriores.
- Questionar o tema, transformá-lo em interrogação, responder
a interrogação (assumir um ponto de vista); dar o porquê da respos-
ta, justificar, criando um argumento básico; APREENDER INFORMAÇÕES ]NÃO EXPLICITADAS, APOIAN-
- Imaginar um ponto de vista oposto ao argumento básico e DO-SE EM DEDUÇÕES. IDENTIFICAR ELEMENTOS QUE
construir uma contra-argumentação; pensar a forma de refutação PERMITAM EXTRAIR CONCLUSÕES NÃO EXPLICITADAS NO
que poderia ser feita ao argumento básico e tentar desqualificá-la TEXTO
(rever tipos de argumentação);
- Refletir sobre o contexto, ou seja, fazer uma coleta de ideias
que estejam direta ou indiretamente ligadas ao tema (as ideias po- Definição
dem ser listadas livremente ou organizadas como causa e consequ- Ao contrário das informações explícitas, que são expressadas
ência); pelo autor no texto, as informações implícitas não são expressadas
- Analisar as ideias anotadas, sua relação com o tema e com o da mesma forma. Em muitos casos, para que se faça uma leitura
argumento básico; eficiente, é necessário que se vá além do que está mencionado,
- Fazer uma seleção das ideias pertinentes, escolhendo as que sendo necessário preciso inferir as informações de um texto, ou
poderão ser aproveitadas no texto; essas ideias transformam-se em seja, decifrar suas entrelinhas.  
argumentos auxiliares, que explicam e corroboram a ideia do argu-
mento básico; Inferência: quer dizer concluir alguma coisa com base em
- Fazer um esboço do Plano de Redação, organizando uma se- outra já conhecida. Fazer inferências é uma habilidade essencial
quência na apresentação das ideias selecionadas, obedecendo às para a interpretação correta dos enunciados e dos textos. As
partes principais da estrutura do texto, que poderia ser mais ou principais informações que podem ser inferidas recebem o nome
menos a seguinte: de subtendidas e pressupostas.   
Introdução
- função social da ciência e da tecnologia; Informação pressuposta: é aquela cujo enunciado depende
- definições de ciência e tecnologia; para fazer que consiga gerar sentido. Analise o seguinte exemplo:
- indivíduo e sociedade perante o avanço tecnológico. “Arnaldo retornará para casa?”, O enunciado, nesse caso, somente
fará sentido se for levada em consideração que Arnaldo saiu de casa,
pelo menos provisoriamente – e essa é a informação pressuposta.
O fato de Arnaldo se encontrar em casa invalidará o enunciado.
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Observe que as informações pressupostas estão assinaladas por ser direta, com a transcrição integral (cópia) da passagem útil, ou
meio de termos e expressões expostos no próprio enunciado e indireta, que é uma clara exploração das informações, mas sem
implicam de um critério lógico. Desse modo, no enunciado “Arnaldo transcrição, re-elaborada e explicada nas palavras do autor.
ainda não retornou para casa”, o termo “ainda” aponta que o – Intertextualidade implícita: esse modo compreende os textos
retorno de Arnaldo para casa é dado como certo pelos enunciados.   que, ao aproveitarem conceitos, dados e informações presentes em
produções prévias, não fazem a referência clara e não reproduzem
Informação subtendida: diversamente à informação integralmente em sua estrutura as passagens envolvidas. Em
pressupostas, a subentendida não é assinalada no enunciado, outras palavras, faz-se a menção sem revelá-la ou anunciá-la.
sendo, portanto, apenas uma sugestão, isto é, pode ser percebida De qualquer forma, para que se compreenda o significado da
como insinuações. O emprego de subentendidos “camufla” o relação estabelecida, é indispensável que o leitor seja capaz de
enunciado por trás de uma declaração, pois, nesse caso, ele não reconhecer as marcas intertextuais e, em casos mais específicos,
quer se comprometer com ela. Em razão disso, pode-se afirmar ter lido e compreendido o primeiro material. As características da
que as informações são de responsabilidade do receptor da fala, intertextualidade implícita são: conexão indireta com o texto fonte;
ao passo que as pressupostas são comuns tanto aos falantes o leitor não a reconhece com facilidade; demanda conhecimento
quanto aos receptores. As informações subentendidas circundam prévio do leitor; exigência de análise e deduções por parte do leitor;
nosso dia-a-dia nas as anedotas e na publicidade por exemplo; os elementos do texto pré-existente não estão evidentes na nova
enquanto a primeira consiste em um gênero textual cujos sentido estrutura.
está profundamente submetido à ruptura dos subentendidos, a
segunda se baseia nos pensamentos e comportamentos sociais — Tipos de Intertextualidade
para produzir informações subentendidas. 1 – Paródia: é o processo de intertextualidade que faz uso da
crítica ou da ironia, com a finalidade de subverter o sentido original
do texto. A modificação ocorre apenas no conteúdo, enquanto a
INTEGRAR E SISTEMATIZAR INFORMAÇÕES IDENTIFICAR estrutura permanece inalterada. É muito comum nas músicas, no
ELEMENTOS QUE PERMITAM RELACIONAR O TEXTO LIDO cinema e em espetáculos de humor. Observe o exemplo da primeira
A OUTRO TEXTO OU A OUTRA PARTE DO MESMO TEXTO estrofe do poema “Vou-me embora pra Pasárgada”, de Manuel
Bandeira:

— Definições gerais TEXTO ORIGINAL


Intertextualidade é, como o próprio nome sugere, uma relação “Vou-me embora para Pasárgada
entre textos que se exerce com a menção parcial ou integral de Lá sou amigo do rei
elementos textuais (formais e/ou semânticos) que fazem referência Lá tenho a mulher que eu quero
a uma ou a mais produções pré-existentes; é a inserção em um texto Na cama que escolherei?”
de trechos extraídos de outros textos. Esse diálogo entre textos
não se restringe a textos verbais (livros, poemas, poesias, etc.) e PARÓDIA DE MILLÔR FERNANDES
envolve, também composições de natureza não verbal (pinturas, “Que Manoel Bandeira me perdoe, mas vou-me embora de
esculturas, etc.) ou mista (filmes, peças publicitárias, música, Pasárgada
desenhos animados, novelas, jogos digitais, etc.). Sou inimigo do Rei
Não tenho nada que eu quero
— Intertextualidade Explícita x Implícita Não tenho e nunca terei”
– Intertextualidade explícita: é a reprodução fiel e integral
da passagem conveniente, manifestada aberta e diretamente nas 2 – Paráfrase: aqui, ocorre a reafirmação sentido do texto
palavras do autor. Em caso de desconhecimento preciso sobre a inicial, porém, a estrutura da nova produção nada tem a ver com
obra que originou a referência, o autor deve fazer uma prévia da a primeira. É a reprodução de um texto com as palavras de quem
existência do excerto em outro texto, deixando a hipertextualidade escreve o novo texto, isto é, os conceitos do primeiro texto são
evidente. preservados, porém, são relatados de forma diferente. Exemplos:
As características da intertextualidade explícita são: observe as frases originais e suas respectivas paráfrases:
– Conexão direta com o texto anterior;
– Obviedade, de fácil identificação por parte do leitor, sem “Deus ajuda quem cedo madruga” – A professora ajuda quem
necessidade de esforço ou deduções; muito estuda.
– Não demanda que o leitor tenha conhecimento preliminar “To be or not to be, that is the question” – Tupi or not tupi,
do conteúdo; that is the question.
– Os elementos extraídos do outro texto estão claramente
transcritos e referenciados. 3 – Alusão: é a referência, em um novo texto, de uma dada
obra, situação ou personagem já retratados em textos anteriores,
– Intertextualidade explícita direta e indireta: em textos de forma simples, objetiva e sem quaisquer aprofundamentos. Veja
acadêmicos, como dissertações e monografias, a intertextualidade o exemplo a seguir:
explícita é recorrente, pois a pesquisa acadêmica consiste
justamente na contribuição de novas informações aos saberes já “Isso é presente de grego” – alusão à mitologia em que os
produzidos. Ela ocorre em forma de citação, que, por sua vez, pode troianos caem em armadilhada armada pelos gregos durante a
Guerra de Troia.
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4 – Citação: trata-se da reescrita literal de um texto, isto é,


consiste em extrair o trecho útil de um texto e copiá-lo em outro. INFERIR O SENTIDO DE PALAVRAS A PARTIR DO CON-
A citação está sempre presente em trabalhos científicos, como TEXTO. IDENTIFICAR OBJETIVOS DISCURSIVOS DO TEXTO
artigos, dissertações e teses. Para que não configure plágio (uma (INFORMAR OU DEFENDER UMA OPINIÃO, ESTABELECER
falta grave no meio acadêmico e, inclusive, sujeita a processo CONTATO, PROMOVER POLÊMICA, HUMOR, ETC.)
judicial), a citação exige a indicação do autor original e inserção
entre aspas. Exemplo:
“Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se Compreender um texto trata da análise e decodificação do que
transforma.” de fato está escrito, seja das frases ou das ideias presentes. Inter-
(Lavoisier, Antoine-Laurent, 1773). pretar um texto, está ligado às conclusões que se pode chegar ao
conectar as ideias do texto com a realidade. Interpretação trabalha
5 – Crossover: com denominação em inglês que significa com a subjetividade, com o que se entendeu sobre o texto.
“cruzamento”, esse tipo de intertextualidade tem sido muito Interpretar um texto permite a compreensão de todo e qual-
explorado nas mídias visuais e audiovisuais, como televisão, séries quer texto ou discurso e se amplia no entendimento da sua ideia
e cinema. Basicamente, é a inserção de um personagem próprio de principal. Compreender relações semânticas é uma competência
um universo fictício em um mundo de ficção diferente. Freddy & imprescindível no mercado de trabalho e nos estudos.
Jason” é um grande crossover do gênero de horror no cinema. Quando não se sabe interpretar corretamente um texto pode-
Exemplo: -se criar vários problemas, afetando não só o desenvolvimento pro-
fissional, mas também o desenvolvimento pessoal.

Busca de sentidos
Para a busca de sentidos do texto, pode-se retirar do mesmo
os tópicos frasais presentes em cada parágrafo. Isso auxiliará na
apreensão do conteúdo exposto.
Isso porque é ali que se fazem necessários, estabelecem uma
relação hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias já
citadas ou apresentando novos conceitos.
Por fim, concentre-se nas ideias que realmente foram explici-
tadas pelo autor. Textos argumentativos não costumam conceder
espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas
entrelinhas. Deve-se ater às ideias do autor, o que não quer dizer
que o leitor precise ficar preso na superfície do texto, mas é fun-
damental que não sejam criadas suposições vagas e inespecíficas.

Importância da interpretação
A prática da leitura, seja por prazer, para estudar ou para se
informar, aprimora o vocabulário e dinamiza o raciocínio e a inter-
Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br pretação. A leitura, além de favorecer o aprendizado de conteúdos
específicos, aprimora a escrita.
6) Epígrafe: é a transição de uma pequena passagem do texto Uma interpretação de texto assertiva depende de inúmeros
de origem na abertura do texto corrente. Em geral, a epígrafe está fatores. Muitas vezes, apressados, descuidamo-nos dos detalhes
localizada no início da página, à direita e em itálico. Mesmo sendo presentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz
uma passagem “solta”, esse tipo de intertextualidade está sempre suficiente. Interpretar exige paciência e, por isso, sempre releia o
relacionado ao teor do novo texto. texto, pois a segunda leitura pode apresentar aspectos surpreen-
Exemplo: dentes que não foram observados previamente. Para auxiliar na
busca de sentidos do texto, pode-se também retirar dele os tópicos
“A tarefa não é tanto ver aquilo que ninguém viu, frasais presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na
mas pensar o que ninguém ainda pensou sobre apreensão do conteúdo exposto. Lembre-se de que os parágrafos
aquilo que todo mundo vê.” não estão organizados, pelo menos em um bom texto, de maneira
Arthur Schopenhauser aleatória, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem ne-
cessários, estabelecendo uma relação hierárquica do pensamento
defendido, retomando ideias já citadas ou apresentando novos con-
ceitos.
Concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo
autor: os textos argumentativos não costumam conceder espaço
para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entreli-
nhas. Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que
você precise ficar preso na superfície do texto, mas é fundamental

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que não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecífi- Receita: texto instrucional e injuntivo que tem como objetivo
cas. Ler com atenção é um exercício que deve ser praticado à exaus- de informar, aconselhar, ou seja, recomendam dando uma certa li-
tão, assim como uma técnica, que fará de nós leitores proficientes. berdade para quem recebe a informação.

Diferença entre compreensão e interpretação – Dialogismo: no processo ensino-aprendizagem, a interação


A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do entre mentor e aprendiz tem sua fundamentação no dialogismo, o
texto e verificar o que realmente está escrito nele. Já a interpreta- que consiste no requisito essencial do sentido da manifestação da
ção imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade. O linguagem. O dialogismo é o entendimento do que é o diálogo, suas
leitor tira conclusões subjetivas do texto. funções consistem em:
1 – Conceder sentido ao ser humano, pois a ele estão sempre
Gêneros Discursivos associadas a reflexão e a ação;
Romance: descrição longa de ações e sentimentos de perso- 2 – Contextos históricos, sociais e culturais, que são essenciais
nagens fictícios, podendo ser de comparação com a realidade ou para a existência do diálogo, por isso, os diálogos não constituem
totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e uma meramente um intercâmbio aleatório de códigos. Os agentes co-
novela é a extensão do texto, ou seja, o romance é mais longo. No municativos recorrem às suas subjetividades particulares ao atri-
romance nós temos uma história central e várias histórias secun- buírem significado ao discurso que emite e ao discurso que escu-
dárias. ta. Assim, a linguagem dialógica constitui o elo entre educador e
educando, fazendo com que o conhecimento floresça a partir dessa
Conto: obra de ficção onde é criado seres e locais totalmente interação.  
imaginário. Com linguagem linear e curta, envolve poucas perso-
nagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única – Polifonia: um mesmo texto pode não apresentar apenas um
ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações enunciado, mas diversos, constituindo, assim, o fenômeno da poli-
encaminham-se diretamente para um desfecho. fonia, que consiste na presença de muitas vozes em um único texto.
Existem algumas unidades gramaticais que podem operar como si-
Novela: muito parecida com o conto e o romance, diferencia- nais para identificar a presença das vozes no texto, sendo elas:
do por sua extensão. Ela fica entre o conto e o romance, e tem a 1 – Índices de determinados elementos gramaticais que podem
história principal, mas também tem várias histórias secundárias. O funcionar como indícios da presença de outra “voz”.
tempo na novela é baseada no calendário. O tempo e local são de- Alguns dos principais são: marcadores de pressuposição, , de-
finidos pelas histórias dos personagens. A história (enredo) tem um terminados operadores argumentativos (representados, em geral,
ritmo mais acelerado do que a do romance por ter um texto mais por conectivos), discurso indireto livre, recursos gráficos como ne-
curto. grito ou itálico ou mesmo aspas, em alguns casos.  

Crônica: texto que narra o cotidiano das pessoas, situações que – Discurso: em termos científicos e linguísticos, o discurso é
nós mesmos já vivemos e normalmente é utilizado a ironia para um modo de linguagem escrita ou falada, respectivamente, texto
mostrar um outro lado da mesma história. Na crônica o tempo não e conversação nos contextos político, social ou cultura. Em termos
é relevante e quando é citado, geralmente são pequenos intervalos gerais, discurso é toda conjuntura que implica a comunicação em
como horas ou mesmo minutos. um dado contexto. No que se refere aos elementos, o discurso está
estruturado em três níveis:
Poesia: apresenta um trabalho voltado para o estudo da lin- 1 – A pessoa que fala;
guagem, fazendo-o de maneira particular, refletindo o momento, 2 – A pessoa para quem se fala;
a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação de 3 – Sobre o que se fala.
imagens. A fala, presente em todos os níveis, ocorre em forma de nar-
rativa nos discursos direto, indireto e indireto livre. O discurso atua
Editorial: texto dissertativo argumentativo onde expressa a como a ação oral e verbal de voltar-se a uma audiência, visa não
opinião do editor através de argumentos e fatos sobre um assunto somente à exposição ou à comunicação de algo, como também de
que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é con- convencer o ouvinte.
vencer o leitor a concordar com ele.
Existem três tipo de discurso, são eles:
Entrevista: texto expositivo e é marcado pela conversa de um – Direto (onde existe uma pausa na narrativa, para que o narra-
entrevistador e um entrevistado para a obtenção de informações. dor reproduza de forma fiel a fala de um personagem);
Tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas – Indireto (onde a fala da personagem não é reproduzida de
de destaque sobre algum assunto de interesse. forma fiel ou explícita, mas nas palavras do narrador);
– Indireto livre (misto dos discursos direto e indireto, em que
Cantiga de roda: gênero empírico, que na escola se materiali- as falas são reproduzidas e explícitas, tanto do narrador quanto dos
za em uma concretude da realidade. A cantiga de roda permite as personagens).
crianças terem mais sentido em relação a leitura e escrita, ajudando
os professores a identificar o nível de alfabetização delas. – Enunciado: sumariamente, o enunciado é uma ocorrência
discursiva, ou seja, é a unidade real de interação/comunicação ver-
bal entre os agentes comunicativos, onde estão envolvidas as mais
diversas formas de manifestação linguística. Melhor dizendo, o dis-
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curso é a organização das palavras de modo a criar uma frase, uma Há aquelas constituídas pelo verbal (representadas na imagem
sentença ou uma ideia concluída. Dessa forma, um simples termo pelo livro, pela pena e o papel), outras pelo visual (representadas na
significativo (como “Veja!” ou “Saia!”) pode consistir em um enun- imagem pela câmera fotográfica, pela paleta e o pincel, pelas más-
ciado.   caras do teatro mudo), aquelas constituídas pelo vocal (representa-
– Enunciação: diz respeito à função internacional e social a das na imagem pela nota musical, pelas imagens de instrumento),
partir da qual o enunciador (pessoa que comunica oral ou verbal- e ainda as constituídas pela junção dessas três linguagens (repre-
mente), coloca a língua em prática, considerando um enunciatário sentadas pelo cinema e pelo teatro). Em cada uma dessas situações
(pessoa para quem se comunica). No âmbito da linguagem, como a linguagem se comporta de formas características, com forma e
também em outras áreas, a enunciação, dependendo da aborda- conteúdo específicos.
gem teórica, assume diversas definições. O enunciado é o produto Esses textos mais cristalizados que utilizamos recorrentemente
da enunciação. em nosso cotidiano de acordo com as situações diversas de comu-
nicação são chamados de gêneros textuais. Eles dizem respeito a
– Texto: a definição ampla de texto é uma produção (verbal forma como a língua é estruturada nos textos nas interações em
ou não), constituída por um código da linguagem, com a intenção sociedade.
de informar algo a alguém, em tempo e espaço determinados. Em Ao longo do tempo, de acordo com as diversas situações sócio-
termos gramaticais, texto é a mais elevada unidade linguística, -comunicativas-culturais, são elaborados diferentes gêneros. Cada
transcendendo a sentença. O texto compõe o sistema linguístico, um possui uma forma de organização da linguagem, com conteú-
pois suas estruturas viáveis em toda língua estão submetidas a uma do (assunto) característico daquele tipo de situação comunicativa
gramática textual. e pode estar mais aberto ou mais fechado ao estilo (marca pessoal)
de escrita do autor.
– Gêneros discursivos: segundo o linguista Mikhail Bakhtin, os . É importante lembrar que um texto não precisa ter apenas um
gêneros discursivos são tipos constantes de enunciados. Sua função gênero textual, porém há apenas um que se sobressai. Os textos,
principal é organizar o discurso, e, por isso, contribuem amplamen- tanto orais quanto escritos, que têm o objetivo de estabelecer al-
te para o ensino de línguas. Os PCNs recomendam o trabalho com gum tipo de comunicação, possuem algumas características básicas
os gêneros discursivos, argumentando que: que fazem com que possamos saber em qual gênero textual o texto
Todo texto se organiza dentro de determinado gênero em fun- se encaixa. Algumas dessas características são: o tipo de assunto
ção das intenções comunicativas, como parte das condições de pro- abordado, quem está falando, para quem está falando, qual a fi-
dução dos discursos, as quais geram usos sociais que os determi- nalidade do texto, qual o tipo do texto (narrativo, argumentativo,
nam (BRASIL, 1998, p. 21). instrucional, etc.).
Para Bakhtin, os gêneros discursivos classificam-se em dois ti-
pos: Distinguindo
1 – Os primários, que se referem, principalmente, ao âmbito
da oralidade, isto é, ao diálogo, a maneira mais tradicional da co- Existem diferentes nomenclaturas relacionadas à questão dos
municação, o que atribui às ideias cotidianas uma relevância única; gêneros, porém nem todas se referem a mesma coisa. É essencial
2 – Os secundários, relacionados ao conto, à crônica, aos ro- saber distinguir o que é gênero textual, gênero literário e tipo tex-
mances, aos manuais de instrução, aos textos científicos ou publi- tual. Cada uma dessas classificações é referente aos textos, porém
citários, etc. é preciso ter atenção, cada uma possui um significado totalmente
diferente da outra. Veja uma breve descrição do que é um gênero
literário e um tipo textual:
Gênero Textuais: referem-se às formas de organização dos tex-
IDENTIFICAR AS DIFERENTES PARTES CONSTITUTIVAS DE tos de acordo com as diferentes situações de comunicação. Podem
UM TEXTO. RECONHECER E IDENTIFICAR A ESTRUTURA ocorrer nas diferentes esferas de comunicação (literária, jornalísti-
DOS GÊNEROS DISCURSIVOS ca, digital, judiciária, entre outras). São exemplos de gêneros textu-
ais: romance, conto, receita, notícia, bula de remédio.
GÊNEROS TEXTUAIS Gênero Literário – são os gêneros textuais em que a constitui-
ção da forma, a aplicação do estilo autoral e a organização da lin-
Na hora de escrever, é necessário pensar qual a situação de guagem possuem uma preocupação estética. São classificados de
escrita proposta. Diversas são as situações de comunicação e seu acordo com a sua forma, podendo ser do gênero lírico, dramático
texto pode se estruturar de diversas maneiras de acordo com a situ- ou épico. Pode-se afirmar que todo gênero literário é um gênero
ação e com o objetivo de comunicação. textual, mas nem todo gênero textual é um gênero literário.
Existem situações comunicativas em que a linguagem é usada Tipo Textual - é a forma como a linguagem se estrutura dentro
de uma forma mais padronizada. Por exemplo, quando você precisa de cada um dos gêneros. Refere-se ao emprego dos verbos, poden-
ensinar alguém a fazer um bolo, a linguagem aparece quase sem- do ser classificado como narrativo, descritivo, expositivo, dissertati-
pre na forma de uma receita. Se a intenção for anunciar ou vender vo-argumentativo, injuntivo, preditivo e dialogal. Cada uma dessas
um determinado produto utilizamos anúncios publicitários. Se o classificações varia de acordo como o texto se apresenta e com a
objetivo for, no entanto, relatar para a população um fato ocorrido, finalidade para o qual foi escrito.
recorremos à notícia. Ou seja, quantas forem as situações de comu- Exporemos abaixo os gêneros discursivos mais comuns. Cada
nicação, assim serão as diversas formas de uso da linguagem. um dos gêneros são agrupados segundo a predominância do tipo
textual.

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Gêneros textuais predominantemente do tipo textual narrativo Diário


É escrito em linguagem informal, sempre consta a data e não
Romance há um destinatário específico, geralmente, é para a própria pessoa
É um texto completo, com tempo, espaço e personagens bem que está escrevendo, é um relato dos acontecimentos do dia. O
definidosl. Pode ter partes em que o tipo narrativo dá lugar ao des- objetivo desse tipo de texto é guardar as lembranças e em alguns
critivo em função da caracterização de personagens e lugares. As momentos desabafar. Veja um exemplo:
ações são mais extensas e complexas. Pode contar as façanhas de
um herói em uma história de amor vivida por ele e uma mulher, “Domingo, 14 de junho de 1942
muitas vezes, “proibida” para ele. Entretanto, existem romances Vou começar a partir do momento em que ganhei você, quan-
com diferentes temáticas: romances históricos (tratam de fatos li- do o vi na mesa, no meio dos meus outros presentes de aniversá-
gados a períodos históricos), romances psicológicos (envolvem as rio. (Eu estava junto quando você foi comprado, e com isso eu não
reflexões e conflitos internos de um personagem), romances sociais contava.)
(retratam comportamentos de uma parcela da sociedade com vis-
tas a realização de uma crítica social). Para exemplo, destacamos Na sexta-feira, 12 de junho, acordei às seis horas, o que não é
os seguintes romancistas brasileiros: Machado de Assis, Guimarães de espantar; afinal, era meu aniversário. Mas não me deixam levan-
Rosa, Eça de Queiroz, entre outros. tar a essa hora; por isso, tive de controlar minha curiosidade até
quinze para as sete. Quando não dava mais para esperar, fui até a
Conto sala de jantar, onde Moortje (a gata) me deu as boas-vindas, esfre-
É um texto narrativo breve, e de ficção, geralmente em prosa, gando-se em minhas pernas.”
que conta situações rotineiras, anedotas e até folclores. Inicialmen- Trecho retirado do livro “Diário de Anne Frank”.
te, fazia parte da literatura oral. Boccacio foi o primeiro a reproduzi- Gêneros textuais predominantemente do tipo textual descri-
-lo de forma escrita com a publicação de Decamerão. tivo
Ele é um gênero da esfera literária e se caracteriza por ser uma
narrativa densa e concisa, a qual se desenvolve em torno de uma Currículo
única ação. Geralmente, o leitor é colocado no interior de uma ação É um gênero predominantemente do tipo textual descritivo.
já em desenvolvimento. Não há muita especificação sobre o antes Nele são descritas as qualificações e as atividades profissionais de
e nem sobre o depois desse recorte que é narrado no conto. Há a uma determinada pessoa.
construção de uma tensão ao longo de todo o conto.
Diversos contos são desenvolvidos na tipologia textual narrati- Laudo
va: conto de fadas, que envolve personagens do mundo da fantasia; É um gênero predominantemente do tipo textual descritivo.
contos de aventura, que envolvem personagens em um contexto Sua função é descrever o resultado de análises, exames e perícias,
mais próximo da realidade; contos folclóricos (conto popular); con- tanto em questões médicas como em questões técnicas.
tos de terror ou assombração, que se desenrolam em um contexto
sombrio e objetivam causar medo no expectador; contos de misté- Outros exemplos de gêneros textuais pertencentes aos textos
rio, que envolvem o suspense e a solução de um mistério. descritivos são: folhetos turísticos; cardápios de restaurantes; clas-
sificados; etc.
Fábula
É um texto de caráter fantástico que busca ser inverossímil. As Gêneros textuais predominantemente do tipo textual exposi-
personagens principais não são humanos e a finalidade é transmitir tivo
alguma lição de moral.
Resumos e Resenhas
Novela O autor faz uma descrição breve sobre a obra (pode ser cine-
É um texto caracterizado por ser intermediário entre a longevi- matográfica, musical, teatral ou literária) a fim de divulgar este tra-
dade do romance e a brevidade do conto. Esse gênero é constituído balho de forma resumida.
por uma grande quantidade de personagens organizadas em dife- Na verdade resumo e/ou resenha é uma análise sobre a obra,
rentes núcleos, os quais nem sempre convivem ao longo do enredo. com uma linguagem mais ou menos formal, geralmente os rese-
Como exemplos de novelas, podem ser citadas as obras O Alienista, nhistas são pessoas da área devido o vocabulário específico, são
de Machado de Assis, e A Metamorfose, de Kafka. estudiosos do assunto, e podem influenciar a venda do produto de-
vido a suas críticas ou elogios.
Crônica
É uma narrativa informal, breve, ligada à vida cotidiana, com Verbete de dicionário
linguagem coloquial. Pode ter um tom humorístico ou um toque de Gênero predominantemente expositivo. O objetivo é expor
crítica indireta, especialmente, quando aparece em seção ou arti- conceitos e significados de palavras de uma língua.
go de jornal, revistas e programas da TV. Há na literatura brasileira
vários cronistas renomados, dentre eles citamos para seu conhe- Relatório Científico
cimento: Luís Fernando Veríssimo, Rubem Braga, Fernando Sabido Gênero predominantemente expositivo. Descreve etapas de
entre outros. pesquisa, bem como caracteriza procedimentos realizados.

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Conferência Requerimento
Predominantemente expositivo. Pode ser argumentativo tam- Predominantemente dissertativo-argumentativo. O requeri-
bém. Expõe conhecimentos e pontos de vistas sobre determinado mento tem a função de solicitar determinada coisa ou procedimen-
assunto. Gênero executado, muitas vezes, na modalidade oral. to. Ele é dissertativo-argumentativo pela presença de argumenta-
ção com vistas ao convencimento
Outros exemplos de gêneros textuais pertencentes aos textos
expositivos são: enciclopédias; resumos escolares; etc. Outros exemplos de gêneros textuais pertencentes aos textos
argumentativos são: abaixo-assinados; manifestos; sermões; etc.
Gêneros textuais pertencentes aos textos argumentativos
Gêneros textuais predominantemente do tipo textual injuntivo
Artigo de Opinião
É comum encontrar circulando no rádio, na TV, nas revistas, Bulas de remédio
nos jornais, temas polêmicos que exigem uma posição por parte A bula de remédio traz também o tipo textual descritivo. Nela
dos ouvintes, espectadores e leitores, por isso, o autor geralmente aparecem as descrições sobre a composição do remédio bem como
apresenta seu ponto de vista sobre o tema em questão através do instruções quanto ao seu uso.
artigo de opinião.
Nos tipos textuais argumentativos, o autor geralmente tem Manual de instruções
a intenção de convencer seus interlocutores e, para isso, precisa O manual de instruções tem como objetivo instruir sobre os
apresentar bons argumentos, que consistem em verdades e opini- procedimentos de uso ou montagem de um determinado equipa-
ões. mento.
O artigo de opinião é fundamentado em impressões pessoais
do autor do texto e, por isso, são fáceis de contestar. Exemplos de gêneros textuais pertencentes aos textos injunti-
vos são: receitas culinárias, instruções em geral.
Discurso Político Gêneros textuais predominantemente do tipo textual prescri-
O discurso político é um texto argumentativo, fortemente per- tivo
suasivo, em nome do bem comum, alicerçado por pontos de vista
do emissor ou de enunciadores que representa, e por informações Exemplos de gêneros textuais pertencentes aos textos prescri-
compartilhadas que traduzem valores sociais, políticos, religiosos tivos são: leis; cláusulas contratuais; edital de concursos públicos;
e outros. Frequentemente, apresenta-se como uma fala coletiva receitas médicas, etc.
que procura sobrepor-se em nome de interesses da comunidade
e constituir norma de futuro. Está inserido numa dinâmica social Outros Exemplos
que constantemente o altera e ajusta a novas circunstâncias. Em
períodos eleitorais, a sua maleabilidade permite sempre uma res- Carta
posta que oscila entre a satisfação individual e os grandes objetivos Esta, dependendo do destinatário pode ser informal, quando é
sociais da resolução das necessidades elementares dos outros. destinada a algum amigo ou pessoa com quem se tem intimidade. E
Hannah Arendt (em The Human Condition) afirma que o dis- formal quando destinada a alguém mais culto ou que não se tenha
curso político tem por finalidade a persuasão do outro, quer para intimidade.
que a sua opinião se imponha, quer para que os outros o admirem. Dependendo do objetivo da carta a mesma terá diferentes es-
Para isso, necessita da argumentação, que envolve o raciocínio, e tilos de escrita, podendo ser dissertativa, narrativa ou descritiva. As
da eloquência da oratória, que procura seduzir recorrendo a afetos cartas se iniciam com a data, em seguida vem a saudação, o corpo
e sentimentos. da carta e para finalizar a despedida.
O discurso político é, provavelmente, tão antigo quanto a vida
do ser humano em sociedade. Na Grécia antiga, o político era o Propaganda
cidadão da “pólis” (cidade, vida em sociedade), que, responsável Este gênero aparece também na forma oral, diferente da maio-
pelos negócios públicos, decidia tudo em diálogo na “agora” (praça ria dos outros gêneros. Suas principais características são a lingua-
onde se realizavam as assembleias dos cidadãos), mediante pala- gem argumentativa e expositiva, pois a intenção da propaganda é
vras persuasivas. Daí o aparecimento do discurso político, baseado fazer com que o destinatário se interesse pelo produto da propa-
na retórica e na oratória, orientado para convencer o povo. ganda. O texto pode conter algum tipo de descrição e sempre é
O discurso político implica um espaço de visibilidade para o ci- claro e objetivo.
dadão, que procura impor as suas ideias, os seus valores e projetos,
recorrendo à força persuasiva da palavra, instaurando um processo Notícia
de sedução, através de recursos estéticos como certas construções, Este é um dos tipos de texto que é mais fácil de identificar. Sua
metáforas, imagens e jogos linguísticos. Valendo-se da persuasão e linguagem é narrativa e descritiva e o objetivo desse texto é infor-
da eloquência, fundamenta-se em decisões sobre o futuro, prome- mar algo que aconteceu.
tendo o que pode ser feito. A notícia é um dos principais tipos de textos jornalísticos exis-
tentes e tem como intenção nos informar acerca de determinada
ocorrência. Bastante recorrente nos meios de comunicação em ge-
ral, seja na televisão, em sites pela internet ou impresso em jornais
ou revistas.

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Caracteriza-se por apresentar uma linguagem simples, clara, - Gênero lírico;


objetiva e precisa, pautando-se no relato de fatos que interessam - Gênero épico ou narrativo;
ao público em geral. A linguagem é clara, precisa e objetiva, uma - Gênero dramático.
vez que se trata de uma informação.
Gênero Lírico
Editorial É certo tipo de texto no qual um eu lírico (a voz que fala no po-
O editorial é um tipo de texto jornalístico que geralmente apa- ema e que nem sempre corresponde à do autor) exprime suas emo-
rece no início das colunas. Diferente dos outros textos que com- ções, ideias e impressões em face do mundo exterior. Normalmente
põem um jornal, de caráter informativo, os editoriais são textos os pronomes e os verbos estão em 1ª pessoa e há o predomínio da
opinativos. função emotiva da linguagem.
Embora sejam textos de caráter subjetivo, podem apresentar
certa objetividade. Isso porque são os editoriais que apresentam Elegia
os assuntos que serão abordados em cada seção do jornal, ou seja, Um texto de exaltação à morte de alguém, sendo que a mor-
Política, Economia, Cultura, Esporte, Turismo, País, Cidade, Classifi- te é elevada como o ponto máximo do texto. O emissor expressa
cados, entre outros. tristeza, saudade, ciúme, decepção, desejo de morte. É um poema
Os textos são organizados pelos editorialistas, que expressam melancólico. Um bom exemplo é a peça Roan e Yufa, de William
as opiniões da equipe e, por isso, não recebem a assinatura do au- Shakespeare.
tor. No geral, eles apresentam a opinião do meio de comunicação
(revista, jornal, rádio, etc.). Epitalâmia
Tanto nos jornais como nas revistas podemos encontrar os edi- Um texto relativo às noites nupciais líricas, ou seja, noites ro-
toriais intitulados como “Carta ao Leitor” ou “Carta do Editor”. mânticas com poemas e cantigas. Um bom exemplo de epitalâmia é
Em relação ao discurso apresentado, esse costuma se apoiar a peça Romeu e Julieta nas noites nupciais.
em fatos polêmicos ligados ao cotidiano social. E quando falamos
em discurso, logo nos atemos à questão da linguagem que, mesmo Ode (ou hino)
em se tratando de impressões pessoais, o predomínio do padrão É o poema lírico em que o emissor faz uma homenagem à
formal, fazendo com que prevaleça o emprego da 3ª pessoa do sin- pátria (e aos seus símbolos), às divindades, à mulher amada, ou a
gular, ocupa lugar de destaque. alguém ou algo importante para ele. O hino é uma ode com acom-
panhamento musical.
Reportagem
Reportagem é um texto jornalístico amplamente divulgado nos Idílio (ou écloga)
meios de comunicação de massa. A reportagem informa, de modo Poema lírico em que o emissor expressa uma homenagem à
mais aprofundado, fatos de interesse público. Ela situa-se no ques- natureza, às belezas e às riquezas que ela dá ao homem. É o poema
tionamento de causa e efeito, na interpretação e no impacto, so- bucólico, ou seja, que expressa o desejo de desfrutar de tais belezas
mando as diferentes versões de um mesmo acontecimento. e riquezas ao lado da amada (pastora), que enriquece ainda mais
A reportagem não possui uma estrutura rígida, mas geralmen- a paisagem, espaço ideal para a paixão. A écloga é um idílio com
te costuma estabelecer conexões com o fato central, anunciado no diálogos (muito rara).
que chamamos de lead. A partir daí, desenvolve-se a narrativa do
fato principal, ampliada e composta por meio de citações, trechos Sátira
de entrevistas, depoimentos, dados estatísticos, pequenos resu- É o poema lírico em que o emissor faz uma crítica a alguém
mos, dentre outros recursos. É sempre iniciada por um título, como ou a algo, em tom sério ou irônico. Tem um forte sarcasmo, pode
todo texto jornalístico. abordar críticas sociais, a costumes de determinada época, assun-
O objetivo de uma reportagem é apresentar ao leitor várias tos políticos, ou pessoas de relevância social.
versões para um mesmo fato, informando-o, orientando-o e contri-
buindo para formar sua opinião. Acalanto
A linguagem utilizada nesse tipo de texto é objetiva, dinâmi- Canção de ninar.
ca e clara, ajustada ao padrão linguístico divulgado nos meios de
comunicação de massa, que se caracteriza como uma linguagem Acróstico
acessível a todos os públicos, mas pode variar de formal para mais Composição lírica na qual as letras iniciais de cada verso for-
informal dependendo do público a que se destina. Embora seja im- mam uma palavra ou frase. Ex.:
pessoal, às vezes é possível perceber a opinião do repórter sobre os
fatos ou sua interpretação. Amigos são
Muitas vezes os
Gêneros Textuais e Gêneros Literários Irmãos que escolhemos.
Zelosos, eles nos
Conforme o próprio nome indica, os gêneros textuais se refe- Ajudam e
rem a qualquer tipo de texto, enquanto os gêneros literários se re- Dedicam-se por nós, para que nossa relação seja verdadeira e
ferem apenas aos textos literários. Eterna
Os gêneros literários são divisões feitas segundo características https://www.todamateria.com.br/acrostico/
formais comuns em obras literárias, agrupando-as conforme crité-
rios estruturais, contextuais e semânticos, entre outros.
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Balada Farsa
Uma das mais primitivas manifestações poéticas, são cantigas A farsa consiste no exagero do cômico, graças ao emprego de
de amigo (elegias) com ritmo característico e refrão vocal que se processos como o absurdo, as incongruências, os equívocos, a ca-
destinam à dança. ricatura, o humor primário, as situações ridículas e, em especial, o
engano.
Canção (ou Cantiga, Trova)
Poema oral com acompanhamento musical. Comédia
É a representação de um fato inspirado na vida e no sentimento
Gazal (ou Gazel) comum, de riso fácil. Sua origem grega está ligada às festas popu-
Poesia amorosa dos persas e árabes; odes do oriente médio. lares.

Soneto Tragicomédia
É um texto em poesia com 14 versos, dividido em dois quarte- Modalidade em que se misturam elementos trágicos e cômi-
tos e dois tercetos. cos. Originalmente, significava a mistura do real com o imaginário.

Vilancete Poesia de cordel


São as cantigas de autoria dos poetas vilões (cantigas de escár- Texto tipicamente brasileiro em que se retrata, com forte apelo
nio e de maldizer); satíricas, portanto. linguístico e cultural nordestinos, fatos diversos da sociedade e da
realidade vivida por este povo.
Gênero Épico ou Narrativo
Na Antiguidade Clássica, os padrões literários reconhecidos Discurso Religioso
eram apenas o épico, o lírico e o dramático. Com o passar dos anos,
o gênero épico passou a ser considerado apenas uma variante do A Análise Crítica do Discurso (ADC) tem como fulcro a aborda-
gênero literário narrativo, devido ao surgimento de concepções de gem das relações (internas e recíprocas) entre linguagem e socie-
prosa com características diferentes: o romance, a novela, o conto, dade. Os textos produzidos socialmente em eventos autênticos são
a crônica, a fábula. resultantes da estruturação social da linguagem que os consome
e os faz circular. Por outro lado, esses mesmos textos são também
Épico (ou Epopeia) potencialmente transformadores dessa estruturação social da lin-
Os textos épicos são geralmente longos e narram histórias de guagem, assim como os eventos sociais são tanto resultado quanto
um povo ou de uma nação, envolvem aventuras, guerras, viagens, substrato dessas estruturas sociais.
gestos heroicos, etc. Normalmente apresentam um tom de exalta- O discurso religioso é “aquele em que há uma relação espon-
ção, isto é, de valorização de seus heróis e seus feitos. Dois exem- tânea com o sagrado” sendo, portanto, “mais informal”; enquanto
plos são Os Lusíadas, de Luís de Camões, e Odisseia, de Homero. o teológico é o tipo de “discurso em que a mediação entre a alma
religiosa e o sagrado se faz por uma sistematização dogmática das
Ensaio verdades religiosas, e onde o teólogo (...) aparece como aquele que
É um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, faz a relação entre os dois mundos: o mundo hebraico e o mundo
expondo ideias, críticas e reflexões morais e filosóficas a respeito de cristão”, sendo, assim, “mais formal”. Porém, podemos falar em DR
certo tema. É menos formal e mais flexível que o tratado. de maneira globalizante.
Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e Assim, temos:
subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico, político, social, - Desnivelamento, assimetria na relação entre o locutor e o ou-
cultural, moral, comportamental, etc.), sem que se paute em for- vinte – o locutor está no plano espiritual (Deus), e o ouvinte está no
malidades como documentos ou provas empíricas ou dedutivas de plano temporal (os adoradores). As duas ordens de mundo são to-
caráter científico. Exemplo: Ensaio sobre a tolerância, de John Lo- talmente diferentes para os sujeitos, e essa ordem é afetada por um
cke. valor hierárquico, por uma desigualdade, por um desnivelamento.
Deus, o locutor, é imortal, eterno, onipotente, onipresente, onis-
Gênero Dramático ciente, em resumo, o todo-poderoso. Os seres humanos, os ouvin-
Trata-se do texto escrito para ser encenado no teatro. Nesse tes, são mortais, efêmeros e finitos.
tipo de texto, não há um narrador contando a história. Ela “aconte- - Modos de representação. A voz no discurso religioso (DR) se
ce” no palco, ou seja, é representada por atores, que assumem os fala em seus representantes (Padre, pastor, profeta), essa é uma
papéis das personagens nas cenas. forma de relação simbólica. Essa apropriação ocorre sem explicitar
os mecanismos de incorporação da voz, aspecto que caracteriza a
Tragédia mistificação.
É a representação de um fato trágico, suscetível de provocar - O ideal do DR é que o ‘representante’, o que se apropria do
compaixão e terror. Aristóteles afirmava que a tragédia era “uma re- discurso de Deus’, não o modifique. Ele deve seguir regras restritas
presentação duma ação grave, de alguma extensão e completa, em reguladas pelo texto sagrado, pela Igreja, pelas liturgias. Deve-se
linguagem figurada, com atores agindo, não narrando, inspirando manter distância entre ‘o dito de Deus’ e ‘o dizer do homem’.
dó e terror”. Ex.: Romeu e Julieta, de Shakespeare. - A interpretação da palavra de Deus é regulada. “Os sentidos
não podem ser quaisquer sentidos: o discurso religioso tende forte-
mente para a monossemia”.

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- Dualismos, as formas da ilusão da reversibilidade: plano hu- gais (e.g. reclamantes, rés, testemunhas, etc.) estão expostas a um
mano e plano divino; ordem temporal e ordem espiritual; sujeitos e duplo grau de discriminação e exclusão: primeiro, como leigas, elas
Sujeito; homem e Deus. A ilusão ocorre na passagem de um plano ocupam uma posição desfavorecida se comparadas com militantes
para outro e pode ter duas direções: de cima para baixo, ou seja, legais (advogados, juízes, promotores, etc.); segundo, elas são estig-
de Deus para os homens, momento em que Ele compartilha suas matizadas também por serem mulheres, e têm seu comportamento
propriedades (ministração de sacramentos, bênçãos); de baixo para social e sexual avaliado e controlado pelo discurso jurídico.
cima, quando o homem se alça a Deus, principalmente, através da
visão, da profecia. Estas são formas de ‘ultrapassagem’. Discurso Técnico
- Escopo do discurso religioso. A fé separa os fiéis dos não-fiéis,
“os convictos dos não-convictos. Logo, é o parâmetro pelo qual de- Para o desempenho de tal papel, eles contam com suas carac-
limita a comunidade e constitui o escopo do discurso religioso em terísticas intrínsecas, as quais são responsáveis pelo “rótulo” que
suas duas formações características: para os que creem, o discurso cada tipo textual carrega.
religioso é uma promessa, para os que não creem é uma ameaça. Tais características se evidenciam formal e funcionalmente e
são percebidas, de maneira mais ou menos clara pelo leitor/ouvin-
Os discursos religiosos, como já vimos, se mostram com estru- te. Afinal, todos os tipos de texto têm um público fiel, ao qual se
turas rígidas quanto aos papéis dos interlocutores (a divindade e os destinam.
seres humanos). Os dogmas sagrados, por exemplos, fé e Deus, são Os autores que têm o texto técnico como objeto de estudo con-
intocáveis. “Deus define-se (...) a si mesmo como sujeito por exce- cordam que ele apresenta as seguintes características:
lência, aquele que é por si e para si (Sou aquele que É) e aquele que • Linguagem monossêmica;
interpela seu sujeito (...) eis quem tu és: é Pedro.” • Vocabulário específico ou léxico especializado;
Outros traços do DR se configuram com o uso do imperativo e • Objetividade;
do vocativo – características inerentes de discursos de doutrinação; • Emprego de voz passiva;
uso de metáforas – explicitadas por paráfrases que indicam a leitura • Preferência pelo emprego do tempo verbal presente.
apropriada para as metáforas utilizadas; uso de citações no original
(grego, hebraico, latim) – traduzidas para a língua em uso através de As características apontadas acima coadunam-se com o obje-
perífrases extensas e explicativas em que se busca aproveitar o má- tivo principal de qualquer produção de cunho técnico: transmissão
ximo o efeito de sentido advindo da língua original; o uso de perfor- de conhecimentos de forma clara e imparcial. Embora a objetivida-
mativos – uso de verbos em que o ‘dizer’ representa o ‘fazer’; o uso de e a neutralidade sejam fiéis parceiras do texto técnico, não se
de sintagmas cristalizados – usadas em orações e funções fáticas. pode afirmar que esse tipo textual seja isento das marcas de seu
Ainda em relação às unidades textuais, podemos acrescentar o autor, enquanto produtor de ideias e veiculador de informações.
uso de determinadas formas simbólicas do DR como as parábolas, a Quando há a troca da 3ª pessoa do singular pela 1ª pessoa do plu-
utilização de certos temas, como a efemeridade da vida humana, a ral, por exemplo, o autor tem a intenção de conquistar o seu in-
vida eterna, o galardão, entre outros. Acrescenta-se também como terlocutor, tornando-o um parceiro “na assunção das informações
marca a intertextualidade. dadas, numa forma de estratégia argumentativa.”
Todo tipo textual possui a argumentatividade, porém essa apa-
Discurso Jurídico rece de modo mais intenso e explícito em alguns textos e de modo
menos intenso e explícito em outros. Para complementar a afirma-
O discurso legal caracteriza-se como um discurso hierárquico ção dessas autoras, cita-se Benveniste para o qual, o sujeito está
e dominante, baseado numa estrutura de exclusão e discriminação sempre presente no texto, não havendo, portanto, texto neutro ou
de várias minorias sociais, como os pobres, os negros, os homos- imparcial.
sexuais, as mulheres, etc. A especificidade da linguagem jurídica, Percebe-se, então, que o texto técnico possui características
e as restrições educacionais quanto a quem pode militar na Área que o diferenciam dos demais tipos de textos. No entanto, não se
(advogados, promotores, juízes, etc.), são apenas algumas das es- deve afirmar que ele seja desprovido de marcas autorais. Tanto é
tratégias utilizadas pelo sistema jurídico para manter o discurso le- verdade, que alguns autores de textos técnicos não dispensam o
gal inacessível à maioria das pessoas, e desta forma protege-lo de uso de certos advérbios e conjunções, por exemplo, expedientes
análises e críticas. que têm a função de modalizar o discurso.
Como em todo discurso dominante, as posições de poder cria- A modalização, nesse tipo de texto, pode aparecer de forma
das para os participantes de textos legais são particularmente assi- implícita e/ou explícita. Sob essa última forma, verificam-se o apa-
métricas, como é o caso num julgamento (e.g. entre o juiz e o réu; recimento de construções específicas, tais como as nominalizações,
entre o juiz e as testemunhas; etc.). Os juízes, por exemplo, detêm a voz passiva, o emprego de determinadas conjunções e preposi-
um poder especial devido ao seu status social e ao seu acesso privi- ções.
legiado ao discurso legal (são eles que produzem a forma final dos
textos legais). Portanto, é a visão de mundo do juiz que prevalece Discurso Acadêmico/Científico
nas sentenças, em detrimento de outras posições alternativas.
Além de relações de poder, os textos legais também expressam O texto como objeto abstrato se configura no campo da lin-
relações de gênero. A lei e a cultura masculina estão intimamen- guística como teoria geral. Já discurso é uma realidade de intera-
te ligadas; o sistema jurídico é quase que inteiramente dominado ção-enunciação objeto de análises discursivas. Enquanto os textos,
por homens (só recentemente as mulheres passaram a fazer parte como objetos concretos, são aqueles que se apresentam completos
de instituições jurídicas) e, de forma geral, ele expressa uma visão constituídos de um ato de enunciação que visa à interação entre
masculina do mundo. As mulheres que são parte em processos le- produtor e interlocutor. Partindo dessas concepções, percebe- se
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que texto e discurso se complementam, pois, para o autor, “a sepa- nente ao tema (conceitos, técnicas, constructos) e dados secundá-
ração do textual e do discursivo é essencialmente metodológica”, rios; instrumentos de pesquisa (questionário); pesquisa empírica;
o que leva à distinção entre os dois a anular-se. Neste caso, texto e análise; conclusões e resultados.
discurso são unidades complementares. No terceiro modelo, monografia de estudo de caso, o autor/
A partir da compreensão de discurso, passa-se a refletir sobre pesquisador faz uma análise específica da relação existente entre
o que vem ser discurso científico. Para Guimarães é aquele em que um caso e hipóteses, modelos e teorias. O modelo metodológico
“o autor pretende fazer o leitor saber.” Ou seja, a intenção do autor adotado obedece aos seguintes passos: escolha do assunto/delimi-
é fazer o leitor ou pesquisador saber como os resultados daquela tação do tema; bibliografia pertinente ao tema (área específica sob
pesquisa foram alcançados, dando-lhe oportunidade de repetir os estudo); fundamentação teórica; levantamento de dados da organi-
procedimentos metodológicos em outras pesquisas similares. zação sob estudo; caracterização da organização; análise e interpre-
Para Carioca, “o discurso científico é a forma de apresentação tação das informações; conclusões e resultados.
da linguagem que circula na comunidade científica em todo o mun- Observa-se que esses modelos possuem suas particularidades,
do. Sua formulação depende de uma pesquisa minuciosa e efetiva mas também aspectos que coincidem. Este é o caso da pesquisa
sobre um objeto, que é metodologicamente analisado à luz de uma bibliográfica, que é imprescindível em qualquer trabalho científico.
teoria.” Outra posição é que o discurso científico não se dá apenas
pela comprovação ou refutação do que foi escrito, dá-se também Discurso Literário
pela aceitabilidade dos pares que compõem a comunidade espe-
cífica. O discurso literário pode não ser apenas ligado aos procedi-
Desse modo, pode-se dizer que a estrutura global da comunica- mentos adotados pelo autor, mas também, e talvez mais direta-
ção científica está respaldada em parâmetros normativos referen- mente do que se pensa, ligado ao contexto sociocultural no qual
tes à produção de gêneros e à produção da linguagem, ou seja, o está inserido, evidenciando-se, nem sempre claramente, uma influ-
discurso acadêmico se estabeleceu dentro de convenções instituí- ência das instituições que o cercam na escolha de determinados
das pela comunidade científica, que, ao longo do tempo, se expres- procedimentos de linguagem.
sa por características, como impessoalidade, objetividade, clareza, A ideia de que o discurso literário constrói-se a partir de ele-
precisão, modéstia, simplicidade, fluência, dentre outros. mentos intrínsecos ao texto literário tomou corpo com os estudos
É importante apresentar a posição de Charaudeau sobre a realizados no início do século XX. Foram os formalistas russos que
problemática entre o discurso informativo (DI) e discurso científico demonstraram uma preocupação com a materialidade do texto lite-
(DC). Para o autor, o que eles têm em comum é a problemática da rário, recusando, num primeiro momento, explicações de base ex-
prova. “[...] o primeiro se atém essencialmente a uma prova pela traliterária. Neste sentido, o que importava para os integrantes do
designação e pela figuração (a ordem da constatação, do testemu- movimento era o procedimento, ou seja, o princípio da organização
nho, do relato de reconstituição dos fatos), o segundo inscreve a da obra como produto estético. Assim, a preocupação dos formalis-
prova num programa de demonstração racional.”. tas era investigar e explicar o que faz de uma determinada obra uma
Percebe-se que o interesse principal do discurso informativo é obra literária, nas palavras de Jakobson: “a poesia é linguagem em
transmitir uma verdade através dos fatos. Já o discurso científico se sua função estética. Deste modo, o objeto do estudo literário não é
impõe pela prova da racionalidade que reside na força da argumen- a literatura, mas a literariedade, isto é, aquilo que torna determina-
tatividade. E mais, este deve se comprometer com a logicidade das da obra uma obra literária”. A questão da literariedade como pro-
ideias para estas se tornem mais convincentes. cesso ou procedimento de elaboração está centrado nas estruturas
Como se viu, o discurso acadêmico é produzido dentro de uma que diferenciam o texto literário de outros textos.
esfera de comunicação relativamente definida chamada de comuni- A literariedade é conceituada não só pela linguagem diferen-
dade científica. Em geral, no ensino superior, vão se encontrar mo- ciada que gera o estranhamento, mas também histórica e cultural-
delos de discurso acadêmico que já se tornaram consagrados para mente. Uma obra literária não pode ser apenas uma construção
essa comunidade. Na subseção que segue se mostrará especifica- bem elaborada, mas deve também retratar o homem de sua época
mente alguns deles. ou época anterior, com todas as suas angústias, desejos e forma de
O primeiro modelo, monografia de análise teórica, evidencia pensar. Tornando-se, assim, não apenas um material para ser estu-
uma organização de ideias advindas de bibliografias selecionadas dado linguisticamente, mas também e, principalmente, uma obra
sobre um determinado assunto. Nesse tipo, pode-se fazer uma aná- viva em que toda vez que se relê encontre-se algo novo e represen-
lise crítica ou comparativa de uma teoria ou modelo já consagrado tativo do ser humano.
pela comunidade científica. O modelo metodológico indicado pelos
autores é: escolha do assunto/ delimitação do tema; bibliografia
pertinente ao tema; levantamento de dados específicos da área sob UTILIZAR E PERCEBER MECANISMOS DE PROGRESSÃO TE-
estudo; fundamentação teórica; metodologia e modelos aplicáveis; MÁTICA, TAIS COMO RETOMADAS ANAFÓRICAS, CATÁFO-
análise e interpretação das informações; conclusões e resultados. RAS, USO DE ORGANIZADORES TEXTUAIS, DE COESIVOS,
No segundo modelo, monografia de análise teórico-empírica, ETC.
faz-se uma análise interpretativa de dados primários, com apoio de
fontes secundárias, passando-se para o teste de hipóteses, mode-
los ou teorias. A partir dos dados primários e secundários, o autor Definição
/pesquisador mostrará um trabalho inovador. Quanto ao modelo A progressão Temática é um método pelo qual o texto se
metodológico, tem-se: realidade observável; pergunta problema e desenvolve, com a inserção de uma nova informação, associada
objetivo proposto; bibliografia e dados secundários; teoria perti- à informação que já foi fornecida no próprio texto ou que já é
conhecida pelo leitor. Esse procedimento faz com que o texto
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avance na apresentação das novas informações acerca do tema ções que o leitor faz a partir das informações explícitas e implícitas
abordado. É pela articulação entre esses eixos de informação que do texto. Essas pressuposições e inferências podem ser fundamen-
texto progride. É possível que manter um tema único e apresentar tais para a compreensão de ambiguidades, ironias e expressões fi-
sobre ele vários remas, várias informações novas. Mas é possível, guradas utilizadas no texto.
também, que o tema ou tópico principal se desdobre em subtemas As ambiguidades, por sua vez, são palavras ou frases que po-
ou subtópicos, fazendo o texto avançar. Resumidamente, a dem ter mais de um significado. A compreensão da ambiguidade
progressão temática está associada ao conteúdo, à habilidade de depende da leitura de todo o contexto, bem como das pressupo-
dar sequência às ideias e de conservá-las conectadas a uma rede sições e inferências do leitor. As ironias e expressões figuradas são
comum de sentidos. recursos utilizados pelo enunciador ou autor para transmitir uma
mensagem de maneira sutil, muitas vezes com conotação negativa.
Temas e Remas Esses recursos podem ser facilmente mal interpretados caso o leitor
– Tema: é uma informação fornecida que atua como o princípio não tenha o conhecimento necessário para identificá-los.
da mensagem. Por fim, é preciso levar em consideração as intenções do enun-
– Rema: é o desenvolvimento dessa mensagem, a interpretação ciador ou autor. As opiniões e valores implícitos presentes no texto
do tema com a introdução de novas informações que são, podem ser revelados pela forma como as informações são apre-
sequencialmente, assimiladas pelo leitor, ouse seja, é o que faz o sentadas e organizadas, bem como pelos recursos linguísticos ex-
tema avançar.   pressivos utilizados. A análise das intenções do autor pode ajudar a
– A função de Tema e Rema no texto: esses elementos são compreender o objetivo do texto e a identificar possíveis viéses ou
responsáveis pela organização da lógica e da clareza entre as ideias, ideologias subjacentes.
já que a construção do texto de dá de oração em oração, e cada A compreensão plena de um texto depende da articulação de
oração tem o seu Tema e Rema que oferece uma orientação para conhecimentos prévios e informações textuais, incluindo pressu-
o entendimento das informações mais relevantes do texto. O Tema posições e inferências semânticas e pragmáticas autorizadas pelo
toma a posição introdutória para apontar o que virá em seguida, próprio texto, para explicar ambiguidades, ironias e expressões fi-
e o Rema toma a posição de desfecho para indicar a sequência da guradas, opiniões e valores implícitos, bem como as intenções do
mensagem, o que se diz do Tema, que conduz à interpretação e enunciador ou autor.
compreensão do leitor.

Progressão Temática Linear: acontece sempre que o rema IDENTIFICAR EFEITOS DE SENTIDO DECORRENTES DO
de cada oração passa a funcionar como tema na oração ulterior; EMPREGO DE MARCAS LINGUÍSTICAS NECESSÁRIAS À
é o modo como os temas e remas se encadeiam em frases que COMPREENSÃO DO TEXTO (MECANISMOS ANAFÓRICOS
se sucedem no texto. A manutenção e a progressão do tema são E DÊITICOS, OPERADORES LÓGICOS E ARGUMENTATIVOS,
requisitos indispensáveis para a coesão e para a coerência textual. MARCADORES DE SEQUENCIAÇÃO DO TEXTO, MARCADO-
RES TEMPORAIS, FORMAS DE INDETERMINAÇÃO DO
AGENTE)
ESTABELECER ARTICULAÇÃO ENTRE INFORMAÇÕES TEX-
TUAIS, INCLUSIVE AS QUE DEPENDEM DE PRESSUPO-
SIÇÕES E INFERÊNCIAS (SEMÂNTICAS, PRAGMÁTICAS) Prezado Candidato, o tema acima supracitado, já foi abordado
AUTORIZADAS PELO TEXTO, PARA DAR CONTA DE AMBI- em tópicos anteriores.
GUIDADES, IRONIAS E OPINIÕES DO AUTOR
IDENTIFICAR, EM TEXTOS DADOS, AS CLASSES DE PALA-
A leitura de um texto envolve muito mais do que a decodifi- VRAS COMO MECANISMOS DE COESÃO E COERÊNCIA
cação de palavras e frases. Para compreendermos plenamente o TEXTUAL;ESTABELECER RELAÇÕES ENTRE OS DIVERSOS
significado de um texto, é preciso articular nossos conhecimentos SEGMENTOS DO PRÓPRIO TEXTO E ENTRE TEXTOS DIFE-
prévios com as informações que o texto apresenta, incluindo pres- RENTES.
suposições e inferências semânticas e pragmáticas autorizadas pelo
próprio texto. Além disso, para entendermos ambiguidades, ironias,
expressões figuradas, opiniões e valores implícitos, é fundamental CLASSES DE PALAVRAS
considerar as intenções do enunciador ou autor.
Quando lemos um texto, nosso conhecimento prévio influencia — Definição
a compreensão e interpretação dele. Isso ocorre porque utilizamos Classes gramaticais são grupos de palavras que organizam
nossas experiências anteriores, crenças, valores, cultura e contexto o estudo da gramática. Isto é, cada palavra existente na língua
para dar sentido ao que estamos lendo. Dessa forma, um mesmo portuguesa condiz com uma classe gramatical, na qual ela é inserida
texto pode ser interpretado de maneiras diferentes por pessoas em razão de sua função. Confira abaixo as diversas funcionalidades
com vivências e bagagens culturais distintas. de cada classe gramatical.
Além disso, as pressuposições e inferências semânticas e prag-
máticas autorizadas pelo texto são essenciais para a compreensão — Artigo
completa do significado das palavras e frases utilizadas. As pressu- É a classe gramatical que, em geral, precede um substantivo,
posições são aquelas informações que o texto assume que o leitor podendo flexionar em número e em gênero.
já sabe e, por isso, não precisa explicar. Já as inferências são dedu-
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A classificação dos artigos


Artigos definidos: servem para especificar um substantivo ou para referirem-se a um ser específico por já ter sido mencionado ou por
ser conhecido mutuamente pelos interlocutores. Eles podem flexionar em número (singular e plural) e gênero (masculino e feminino).
Artigos indefinidos: indicam uma generalização ou a ocorrência inicial do representante de uma dada espécie, cujo conhecimento não
é compartilhado entre os interlocutores, por se tratar da primeira vez em que aparece no discurso. Podem variar em número e gênero.
Observe:

NÚMERO/GÊNERO MASCULINO FEMININO EXEMPLOS


Preciso de um pedreiro.
Singular Um Uma
Vi uma moça em frente à casa.
Localizei uns documentos antigos.
Plural Umas Umas
Joguei fora umas coisas velhas.

Outras funções do artigo


Substantivação: é o nome que se dá ao fenômeno de transformação de adjetivos e verbos em substantivos a partir do emprego do
artigo. Observe:  
– Em “O caminhar dela é muito elegante.”, “caminhar”, que teria valor de verbo, passou a ser o substantivo do enunciado.

Indicação de posse: antes de palavras que atribuem parentesco ou de partes do corpo, o artigo definido pode exprimir relação de
posse. Por exemplo:
“No momento em que ela chegou, o marido já a esperava.”
Na frase, o artigo definido “a” esclarece que se trata do marido do sujeito “ela”, omitindo o pronome possessivo dela.

Expressão de valor aproximado: devido à sua natureza de generalização, o artigo indefinido inserido antes de numeral indica valor
aproximado. Mais presente na linguagem coloquial, esse emprego dos artigos indefinidos representa expressões como “por volta de” e
“aproximadamente. Observe:
“Faz em média uns dez anos que a vi pela última vez.”
“Acrescente aproximadamente umas três ou quatro gotas de baunilha.”

Contração de artigos com preposições


Os artigos podem fazer junção a algumas preposições, criando uma única palavra contraída. A tabela abaixo ilustra como esse processo
ocorre:

PREPOSIÇÃO
de em a per/por
singular o do no ao pelo
masculino
plural os dos nos aos pelos
ARTIGOS
DEFINIDOS singular a da na à pela
feminino plural as das nas às pelas
singular um dum num
masculino plural uns duns nuns
ARTIGOS
INDEFINIDOS singular uma duma numa
feminino plural umas dumas numas

— Substantivo
Essa classe atribui nome aos seres em geral (pessoas, animais, qualidades, sentimentos, seres mitológicos e espirituais). Os substantivos
se subdividem em:
Próprios ou Comuns: são próprios os substantivos que nomeiam algo específico, como nomes de pessoas (Pedro, Paula) ou lugares
(São Paulo, Brasil). São comuns os que nomeiam algo na sua generalidade (garoto, caneta, cachorro).
Primitivos ou derivados: se não for formado por outra palavra, é substantivo primitivo (carro, planeta); se formado por outra palavra,
é substantivo derivado (carruagem, planetário).
Concretos ou abstratos: os substantivos que nomeiam seres reais ou imaginativos, são concretos (cavalo, unicórnio); os que nomeiam
sentimentos, qualidades, ações ou estados são abstratos.  

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Substantivos coletivos: são os que nomeiam os seres Pronome adjetivo


pertencentes ao mesmo grupo. Exemplos: manada (rebanho de Recebem esse nome porque, assim como os adjetivos, esses
gado), constelação (aglomerado de estrelas), matilha (grupo de pronomes alteram os substantivos aos quais se referem. Assim,
cães).   esse tipo de pronome flexiona em gênero e número para fazer
concordância com os substantivos. Exemplos: “Esta professora é
— Adjetivo a mais querida da escola.” (o pronome adjetivo esta determina o
É a classe de palavras que se associa ao substantivo para alterar substantivo comum professora).
o seu significado, atribuindo-lhe caracterização conforme uma
qualidade, um estado e uma natureza, bem como uma quantidade Locução adjetiva
ou extensão à palavra, locução, oração, pronome, enfim, ao que Uma locução adjetiva é formada por duas ou mais palavras,
quer que seja nomeado. que, associadas, têm o valor de um único adjetivo. Basicamente,
consiste na união preposição + substantivo ou advérbio.
Os tipos de adjetivos Exemplos:
Simples e composto: com apenas um radical, é adjetivo simples – Criaturas da noite (criaturas noturnas).
(bonito, grande, esperto, miúdo, regular); apresenta mais de um – Paixão sem freio (paixão desenfreada).
radical, é composto (surdo-mudo, afrodescendente, amarelo- – Associação de comércios (associação comercial).
limão).  
Primitivo e derivado: o adjetivo que origina outros adjetivos é — Verbo
primitivo (belo, azul, triste, alegre); adjetivos originados de verbo, É a classe de palavras que indica ação, ocorrência, desejo,
substantivo ou outro adjetivo são classificados como derivados (ex.: fenômeno da natureza e estado. Os verbos se subdividem em:
substantivo morte → adjetivo mortal; adjetivo lamentar → adjetivo Verbos regulares: são os verbos que, ao serem conjugados, não
lamentável). têm seu radical modificado e preservam a mesma desinência do
Pátrio ou gentílico: é a palavra que indica a nacionalidade ou verbo paradigma, isto é, terminado em “-ar” (primeira conjugação),
origem de uma pessoa (paulista, brasileiro, mineiro, latino).   “-er” (segunda conjugação) ou “-ir” (terceira conjugação).  Observe
o exemplo do verbo “nutrir”:
O gênero dos adjetivos – Radical: nutr (a parte principal da palavra, onde reside seu
Uniformes: possuem forma única para feminino e masculino, significado).
isto é, não flexionam seu termo. Exemplo: “Fred é um amigo leal.” / – Desinência: “-ir”, no caso, pois é a terminação da palavra e,
“Ana é uma amiga leal.”   tratando-se dos verbos, indica pessoa (1a, 2a, 3a), número (singular
Biformes: os adjetivos desse tipo possuem duas formas, que ou plural), modo (indicativo, subjuntivo ou imperativo) e tempo
variam conforme o gênero. Exemplo: “Menino travesso.” / “Menina (pretérito, presente ou futuro). Perceba que a conjugação desse
travessa”. no presente do indicativo: o radical não sofre quaisquer alterações,
tampouco a desinência. Portanto, o verbo nutrir é regular: Eu nutro;
O número dos adjetivos tu nutre; ele/ela nutre; nós nutrimos; vós nutris; eles/elas nutrem.
Por concordarem com o número do substantivo a que se – Verbos irregulares: os verbos irregulares, ao contrário dos
referem, os adjetivos podem estar no singular ou no plural. Assim, regulares, têm seu radical modificado quando conjugados e /ou
a sua composição acompanha os substantivos. Exemplos: pessoa têm desinência diferente da apresentada pelo verbo paradigma.
instruída → pessoas instruídas; campo formoso → campos Exemplo: analise o verbo dizer conjugado no pretérito perfeito
formosos. do indicativo: Eu disse; tu dissestes; ele/ela disse; nós dissemos;
vós dissestes; eles/elas disseram. Nesse caso, o verbo da segunda
O grau dos adjetivos conjugação (-er) tem seu radical, diz, alterado, além de apresentar
Quanto ao grau, os adjetivos se classificam em comparativo duas desinências distintas do verbo paradigma”. Se o verbo dizer
(compara qualidades) e superlativo (intensifica qualidades). fosse regular, sua conjugação no pretérito perfeito do indicativo
seria: dizi, dizeste, dizeu, dizemos, dizestes, dizeram.
Comparativo de igualdade: “O novo emprego é tão bom quanto
o anterior.”   — Advérbio
Comparativo de superioridade: “Maria é mais prestativa do É a classe de palavras invariável que atua junto aos verbos, aos
que Luciana.” adjetivos e mesmo aos advérbios, com o objetivo de modificar ou
Comparativo de inferioridade: “O gerente está menos atento intensificar seu sentido, ao adicionar-lhes uma nova circunstância.
do que a equipe.”    De modo geral, os advérbios exprimem circunstâncias de tempo,
Superlativo absoluto: refere-se a apenas um substantivo, modo, lugar, qualidade, causa, intensidade, oposição, aprovação,
podendo ser: afirmação, negação, dúvida, entre outras noções. Confira na tabela:
– Analítico - “A modelo é extremamente bonita.”
– Sintético - “Pedro é uma pessoa boníssima.”

Superlativo relativo: refere-se a um grupo, podendo ser de:


– Superioridade - “Ela é a professora mais querida da escola.”
– Inferioridade - “Ele era o menos disposto do grupo.”  

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CLASSIFICAÇÃO PRINCIPAIS TERMOS EXEMPLOS


Bem, mal, assim, melhor, pior, depressa,
devagar.
“Coloquei-o cuidadosamente no berço.”
ADVÉRBIO DE MODO Grande parte das palavras terminam em
“Andou depressa por causa da chuva”
“-mente”, como cuidadosamente, calmamente,
tristemente.
“O carro está fora.”
ADVERBIO DE LUGAR Perto, longe, dentro, fora, aqui, ali, lá e atrás. “Foi bem no teste?”
“Demorou, mas chegou longe!”
Antes, depois, hoje, ontem, amanhã sempre, “Sempre que precisar de algo, basta chamar-me.”
ADVÉRBIO DE TEMPO
nunca, cedo e tarde. “Cedo ou tarde, far-se-á justiça.”
“Eles formam um casal tão bonito!”
ADVÉRBIO DE INTENSIDADE Muito, pouco, bastante, tão, demais, tanto. “Elas conversam demais”
“Você saiu muito depressa”
Sim e decerto e palavras afirmativas com o
“Decerto passaram por aqui”
sufixo “-mente” (certamente, realmente).
ADVÉRBIO DE AFIRMAÇÃO “Claro que irei!”
Palavras como claro e positivo, podem ser
“Entendi, sim.”
advérbio, dependendo do contexto.
Não e nem. Palavras como negativo, nenhum, “Jamais reatarei meu namoro com ele.”
ADVÉRBIO DE NEGAÇÃO nunca, jamais, entre outras, podem ser “Sequer pensou para falar.”
advérbio de negação, conforme o contexto. “Não pediu ajuda.”
Talvez, quiçá, porventura e palavras que “Quiçá seremos recebidas.”
ADVÉRBIO DE DÚVIDA expressem dúvida acrescidas do sufixo “Provavelmente sairei mais cedo.”
“-mente”, como possivelmente. “Talvez eu saia cedo.”
“Por que vendeu o livro?” (oração interrogativa
Quando, como, onde, aonde, donde, por que. direta, que indica causa)
ADVÉRBIO DE Esse advérbio pode indicar circunstâncias de “Quando posso sair?” (oração interrogativa direta,
INTERROGAÇÃO modo, tempo, lugar e causa. É usado somente que indica tempo)
em frases interrogativas diretas ou indiretas. “Explica como você fez isso.”
(oração interrogativa indireta, que indica modo).

— Conjunção
As conjunções integram a classe de palavras que tem a função de conectar os elementos de um enunciado ou oração e, com isso,
estabelecer uma relação de dependência ou de independência entre os termos ligados. Em função dessa relação entre os termos
conectados, as conjunções podem ser classificadas, respectivamente e de modo geral, como coordenativas ou subordinativas. Em outras
palavras, as conjunções são um vínculo entre os elementos de uma sentença, atribuindo ao enunciado uma maior mais clareza e precisão
ao enunciado.

Conjunções coordenativas: observe o exemplo:


“Eles ouviram os pedidos de ajuda. Eles chamaram o socorro.” – “Eles ouviram os pedidos de ajuda e chamaram o socorro.”

No exemplo, a conjunção “e” estabelece uma relação de adição ao enunciado, ao conectar duas orações em um mesmo período: além
de terem ouvido os pedidos de ajuda, chamaram o socorro. Perceba que não há relação de dependência entre ambas as sentenças, e que,
para fazerem sentido, elas não têm necessidade uma da outra. Assim, classificam-se como orações coordenadas, e a conjunção que as
relaciona, como coordenativa.

Conjunções subordinativas: analise este segundo caso:


“Não passei na prova, apesar de ter estudado muito.”

Neste caso, temos uma locução conjuntiva (duas palavras desempenham a função de conjunção). Além disso, notamos que o sentido
da segunda sentença é totalmente dependente da informação que é dada na primeira. Assim, a primeira oração recebe o nome de oração
principal, enquanto a segunda, de oração subordinada. Logo, a conjunção que as relaciona é subordinativa.

Classificação das conjunções


Além da classificação que se baseia no grau de dependência entre os termos conectados (coordenação e subordinação), as conjunções
possuem subdivisões.
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Conjunções coordenativas: essas conjunções se reclassificam em razão do sentido que possuem cinco subclassificações, em função o
sentido que estabelecem entre os elementos que ligam. São cinco:

CLASSIFICAÇÃO FUNÇÃO EXEMPLOS


Estabelecer relação de adição (positiva
“No safári, vimos girafas, leões e zebras.” /
Conjunções coordenativas ou negativa). As principais conjunções
“Ela ainda não chegou, nem sabemos quando vai
aditivas coordenativas aditivas são “e”, “nem” e
chegar.”
“também”.
Estabelecer relação de oposição. As principais
“Havia flores no jardim, mas estavam murchando.” /
Conjunções coordenativas conjunções coordenativas adversativas
“Era inteligente e bom com palavras, entretanto,
adversativas são “mas”, “porém”, “contudo”, “todavia”,
estava nervoso na prova.”
“entretanto”.
Estabelecer relação de alternância. As principais “Pode ser que o resultado saia amanhã ou depois.” /
Conjunções coordenativas
conjunções coordenativas alternativas são “ou”, “Ora queria viver ali para sempre, ora queria mudar
alternativas
“ou... ou”, “ora... ora”, “talvez... talvez”.. de país.”
Estabelecer relação de conclusão. As principais “Não era bem remunerada, então decidi trocar de
Conjunções coordenativas
conjunções coordenativas conclusivas são emprego.” /
conclusivas
“portanto”, “então”, “assim”, “logo”. “Penso, logo existo.”
Estabelecer relação de explicação. As principais “Quisemos viajar porque não conseguiríamos
Conjunções coordenativas
conjunções coordenativas explicativas são descansar aqui em casa.” /
explicativas
“porque”, “pois”, “porquanto”. “Não trouxe o pedido, pois não havia ouvido.”

Conjunções subordinativas: com base no sentido construído entre as duas orações relacionadas, a conjunção subordinativa pode ser
de dois subtipos:  

1 – Conjunções integrantes: introduzem a oração que cumpre a função de sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo,
complemento nominal ou aposto de outra oração. Essas conjunções são que e se. Exemplos:  
«É obrigatório que o senhor compareça na data agendada.”   
“Gostaria de saber se o resultado sairá ainda hoje.”

2 – Conjunções adverbiais: introduzem sintagmas adverbiais (orações que indicam uma circunstância adverbial relacionada à oração
principal) e se subdividem conforme a tabela abaixo:

CLASSIFICAÇÃO FUNÇÃO EXEMPLOS


São empregadas para introduzir a oração que Que e se. Analise:
cumpre a função de sujeito, objeto direito, “É obrigatório que o senhor compareça na data
Conjunções Integrantes
objeto indireto, predicativo, complemento agendada.” e
nominal ou aposto de outra oração. “Gostaria de saber se o resultado sairá ainda hoje.”
Conjunções subornativas Introduzem uma oração subordinada que Porque, pois, por isso que, uma vez que, já que, visto
causais denota causa. que, que, porquanto.
Estabelecer relação de alternância. As principais
Conjunções subornativas
conjunções coordenativas alternativas são “ou”, Conforme, segundo, como, consoante.
conformativas
“ou... ou”, “ora... ora”, “talvez... talvez”..
Introduzem uma oração subordinada em que
Conjunções subornativas é indicada uma hipótese ou uma condição Se, caso, salvo se, desde que, contanto que, dado
condicionais necessária para que seja realizada ou não o fato que, a menos que, a não ser que.
principal.
Mais, menos, menor, maior, pior, melhor, seguidas
Conjunções subornativas Introduzem uma oração que expressa uma de que ou do que. Qual depois de tal. Quanto depois
comparativas comparação. de tanto. Como, assim como, como se, bem como,
que nem.
Indicam uma oração em que se admite um Por mais que, por menos que, apesar de que,
Conjunções subornativas
fato contrário à ação principal, mas incapaz de embora, conquanto, mesmo que, ainda que, se bem
concessivas
impedí-la. que.
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Introduzem uma oração, cujos acontecimentos


Conjunções subornativas são simultâneos, concomitantes, ou seja, À proporção que, ao passo que, à medida que, à
proporcionais ocorrem no mesmo espaço temporal daqueles proporção que.
contidos na outra oração.
Depois que, até que, desde que, cada vez que, todas
Conjunções subornativas Introduzem uma oração subordinada indicadora
as vezes que, antes que, sempre que, logo que, mal,
temporais de circunstância de tempo.
quando.
Introduzem uma oração na qual é indicada a Tal, tão, tamanho, tanto (em uma oração, seguida
Conjunções subornativas
consequência do que foi declarado na oração pelo que em outra oração). De maneira que, de
consecutivas
anterior. forma que, de sorte que, de modo que.
Conjunções subornativas Introduzem uma oração indicando a finalidade
A fim de que, para que.
finais da oração principal.

— Numeral
É a classe de palavra variável que exprime um número determinado ou a colocação de alguma coisa dentro de uma sequência. Os
numerais podem ser: cardinais (um, dois, três), ordinais (primeiro, segundo, terceiro), fracionários (meio, terço, quarto) e multiplicativos
(dobro, triplo, quádruplo). Antes de nos aprofundarmos em cada caso, vejamos o emprego dos numerais, que tem três principais finalidades:
1 – Indicar leis e decretos: nesses casos, emprega-se o numeral ordinal somente até o número nono; após, devem ser utilizados os
numerais cardinais. Exemplos: Parágrafo 9° (parágrafo nono); Parágrafo 10 (Parágrafo 10).
2 – Indicar os dias do mês: nessas situações, empregam-se os numerais cardinais, sendo que a única exceção é a indicação do primeiro
dia do mês, para a qual deve-se utilizar o numeral ordinal. Exemplos: dezesseis de outubro; primeiro de agosto.
3 – Indicar capítulos, séculos, capítulos, reis e papas: após o substantivo emprega-se o numeral ordinal até o décimo; após o décimo
utiliza-se o numeral cardinal. Exemplos: capítulo X (décimo); século IV (quarto); Henrique VIII (oitavo), Bento XVI (dezesseis).

Os tipos de numerais
Cardinais: são os números em sua forma fundamental e exprimem quantidades.
Exemplos: um dois, dezesseis, trinta, duzentos, mil.  
– Alguns deles flexionam em gênero (um/uma, dois/duas, quinhentos/quinhentas).
– Alguns números cardinais variam em número, como é o caso: milhão/milhões, bilhão/bilhões, trilhão/trilhões, e assim por diante.
– Apalavra ambos(as) é considerada um numeral cardinal, pois significa os dois/as duas. Exemplo: Antônio e Pedro fizeram o teste,
mas os dois/ambos foram reprovados.

Ordinais: indicam ordem de uma sequência (primeiro, segundo, décimo, centésimo, milésimo…), isto é, apresentam a ordem de
sucessão e uma série, seja ela de seres, de coisas ou de objetos.
– Os numerais ordinais variam em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural). Exemplos: primeiro/primeira, primeiros/
primeiras, décimo/décimos, décima/décimas, trigésimo/trigésimos, trigésima/trigésimas.  
– Alguns numerais ordinais possuem o valor de adjetivo. Exemplo: A carne de segunda está na promoção.  

Fracionários: servem para indicar a proporções numéricas reduzidas, ou seja, para representar uma parte de um todo. Exemplos: meio
ou metade (½), um quarto (um quarto (¼), três quartos (¾), 1/12 avos.  
– Os números fracionários flexionam-se em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural). Exemplos: meio copo de leite,
meia colher de açúcar; dois quartos do salário-mínimo.   

Multiplicativos: esses numerais estabelecem relação entre um grupo, seja de coisas ou objetos ou coisas, ao atribuir-lhes uma
característica que determina o aumento por meio dos múltiplos. Exemplos: dobro, triplo, undécuplo, doze vezes, cêntuplo.  
– Em geral, os multiplicativos são invariáveis, exceto quando atuam como adjetivo, pois, nesse caso, passam a flexionar número e
gênero (masculino e feminino). Exemplos: dose dupla de elogios, duplos sentidos.

Coletivos: correspondem aos substantivos que exprimem quantidades precisas, como dezena (10 unidades) ou dúzia (12 unidades).
– Os numerais coletivos sofrem a flexão de número: unidade/unidades, dúzia/dúzias, dezena/dezenas, centena/centenas.

— Preposição
Essa classe de palavras cujo objetivo é marcar as relações gramaticais que outras classes (substantivos, adjetivos, verbos e advérbios)
exercem no discurso. Por apenas marcarem algumas relações entre as unidades linguísticas dentro do enunciado, as preposições não
possuem significado próprio se isoladas no discurso. Em razão disso, as preposições são consideradas classe gramatical dependente, ou
seja, sua função gramatical (organização e estruturação) é principal, embora o desempenho semântico, que gera significado e sentido,
esteja presente, possui um valor menor.

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Classificação das preposições autônomas, que usufruem de independência em relação aos demais
Preposições essenciais: são aquelas que só aparecem na língua elementos do enunciado. As interjeições podem ser empregadas
propriamente como preposições, sem outra função. São elas: a, também para chamar exigir algo ou para chamar a atenção do
antes, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, interlocutor e são unidades cuja forma pode sofrer variações como:
por (ou per, em dadas variantes geográficas ou históricas), sem, – Locuções interjetivas: são formadas por grupos e palavras
sob, sobre, trás. que, associadas, assumem o valor de interjeição. Exemplos: “Ai de
mim!”, “Minha nossa!” Cruz credo!”.
Exemplo 1 – ”Luís gosta de viajar.” e “Prefiro doce de coco.” Em – Palavras da língua: “Eita!” “Nossa!”
ambas as sentenças, a preposição de manteve-se sempre sendo – Sons vocálicos: “Hum?!”, “Ué!”, “Ih…!»
preposição, apesar de ter estabelecido relação entre unidades
linguísticas diferentes, garantindo-lhes classificações distintas Os tipos de interjeição
conforme o contexto. De acordo com as reações que expressam, as interjeições
podem ser de:
Exemplo 2 – “Estive com ele até o reboque chegar.” e “Finalizei
o quadro com textura.” Perceba que nas duas fases, a mesma ADMIRAÇÃO “Ah!”, “Oh!”, “Uau!”
preposição tem significados distintos: na primeira, indica recurso/
instrumento; na segunda, exprime companhia. Por isso, afirma-se ALÍVIO “Ah!, “Ufa!”
que a preposição tem valor semântico, mesmo que secundário ao ANIMAÇÃO “Coragem!”, “Força!”, “Vamos!”
valor estrutural (gramática).
APELO “Ei!”, “Oh!”, “Psiu!”
Classificação das preposições APLAUSO “Bravo!”, “Bis!”
Preposições acidentais: são aquelas que, originalmente, não
apresentam função de preposição, porém, a depender do contexto, DESPEDIDA/SAUDAÇÃO “Alô!”, “Oi!”, “Salve!”, “Tchau!”
podem assumir essa atribuição.  São elas: afora, como, conforme,
durante, exceto, feito, fora, mediante, salvo, segundo, visto, entre DESEJO “Tomara!”
outras. DOR “Ai!”, “Ui!”
Exemplo: ”Segundo o delegado, os depoimentos do
suspeito apresentaram contradições.” A palavra “segundo”, que, DÚVIDA “Hã?!”, “Hein?!”, “Hum?!”
normalmente seria um numeral (primeiro, segundo, terceiro), ao ESPANTO “Eita!”, “Ué!”
ser inserida nesse contexto, passou a ser uma preposição acidental,
por tem o sentido de “de acordo com”, “em conformidade com”.   IMPACIÊNCIA
“Puxa!”
(FRUSTRAÇÃO)
Locuções prepositivas IMPOSIÇÃO “Psiu!”, “Silêncio!”
Recebe esse nome o conjunto de palavras com valor e
SATISFAÇÃO “Eba!”, “Oba!”
emprego de uma preposição. As principais locuções prepositivas
são constituídas por advérbio ou locução adverbial acrescido da SUSPENSÃO “Alto lá!”, “Basta!”, “Chega!”
preposição de, a ou com. Confira algumas das principais locuções
prepositivas. COESÃO E COERÊNCIA

— Definições e diferenciação
abaixo de de acordo junto a
Coesão e coerência são dois conceitos distintos, tanto que um
acerca de debaixo de junto de texto coeso pode ser incoerente, e vice-versa. O que existe em comum
acima de de modo a não obstante entre os dois é o fato de constituírem mecanismos fundamentais
para uma produção textual satisfatória. Resumidamente, a coesão
a fim de dentro de para com textual se volta para as questões gramaticais, isto é, na articulação
à frente de diante de por debaixo de interna do texto. Já a coerência textual tem seu foco na articulação
externa da mensagem.
antes de embaixo de por cima de
a respeito de em cima de por dentro de — Coesão Textual
atrás de em frente de por detrás de Consiste no efeito da ordenação e do emprego adequado
das palavras que proporcionam a ligação entre frases, períodos e
através de em razão de quanto a parágrafos de um texto. A coesão auxilia na sua organização e se
com respeito a fora de sem embargo de realiza por meio de palavras denominadas conectivos.

— Interjeição As técnicas de coesão


É a palavra invariável ou sintagma que compõem frases que A coesão pode ser obtida por meio de dois mecanismos
manifestam por parte do emissor do enunciado uma surpresa, uma principais, a anáfora e a catáfora. Por estarem relacionados à
hesitação, um susto, uma emoção, um apelo, uma ordem, etc., mensagem expressa no texto, esses recursos classificam-se como
por parte do emissor do enunciado. São as chamadas unidades endofóricas. Enquanto a anáfora retoma um componente, a catáfora
o antecipa, contribuindo com a ligação e a harmonia textual.
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As regras de coesão prejudica a fluência da leitura e a clareza do discurso. Isso quer dizer
Para que se garanta a coerência textual, é necessário que as que a falta de coerência não consiste apenas na ignorância por parte
regras relacionadas abaixo sejam seguidas. dos interlocutores com relação a um determinado assunto, mas da
emissão de ideias contrárias e do mal uso dos tempos verbais.
Referência Observe os exemplos:
– Pessoal: emprego de pronomes pessoais e possessivos. “A apresentação está finalizada, mas a estou concluindo até
Exemplo: o momento.” Aqui, temos um processo verbal acabado e um
«Ana e Sara foram promovidas. Elas serão gerentes de inacabado.
departamento.” Aqui, tem-se uma referência pessoal anafórica
(retoma termo já mencionado). “Sou vegana e só como ovos com gema mole.” Os veganos
não consomem produtos de origem animal.
– Comparativa: emprego de comparações com base em
semelhanças. Princípios Básicos da Coerência
Exemplo: – Relevância: as ideias têm que estar relacionadas.
“Mais um dia como os outros…”. Temos uma referência – Não Contradição: as ideias não podem se contradizer.
comparativa endofórica. – Não Tautologia: as ideias não podem ser redundantes.

– Demonstrativa: emprego de advérbios e pronomes Fatores de Coerência


demonstrativos. – As inferências: se partimos do pressuposto que os
Exemplo: interlocutores partilham do mesmo conhecimento, as inferências
“Inclua todos os nomes na lista, menos este: Fred da Silva.” podem simplificar as informações.
Temos uma referência demonstrativa catafórica. Exemplo:
“Sempre que for ligar os equipamentos, não se esqueça de que
– Substituição: consiste em substituir um elemento, quer seja voltagem da lavadora é 220w”.
nome, verbo ou frase, por outro, para que ele não seja repetido.
Analise o exemplo: Aqui, emissor e receptor compartilham do conhecimento de
“Iremos ao banco esta tarde, elas foram pela manhã.” que existe um local adequado para ligar determinado aparelho.

Perceba que a diferença entre a referência e a substituição é – O conhecimento de mundo: todos nós temos uma bagagem
evidente principalmente no fato de que a substituição adiciona ao de saberes adquirida ao longo da vida e que é arquivada na nossa
texto uma informação nova. No exemplo usado para a referência, o memória. Esses conhecimentos podem ser os chamados scripts
pronome pessoal retoma as pessoas “Ana e Sara”, sem acrescentar (roteiros, tal como normas de etiqueta), planos (planejar algo
quaisquer informações ao texto. com um objetivo, tal como jogar um jogo), esquemas (planos de
funcionamento, como a rotina diária: acordar, tomar café da manhã,
– Elipse: trata-se da omissão de um componente textual – sair para o trabalho/escola), frames (rótulos), etc.
nominal, verbal ou frasal – por meio da figura denominando eclipse. Exemplo:
Exemplo: “Coelhinho e ovos de chocolate! Vai ser um lindo Natal!”
“Preciso falar com Ana. Você a viu?” Aqui, é o contexto que
proporciona o entendimento da segunda oração, pois o leitor fica O conhecimento cultural nos leva a identificar incoerência na
ciente de que o locutor está procurando por Ana. frase, afinal, “coelho” e “ovos de chocolate” são elementos, os
chamados frames, que pertencem à comemoração de Páscoa, e
– Conjunção: é o termo que estabelece ligação entre as orações. nada têm a ver com o Natal.
Exemplo:
“Embora eu não saiba os detalhes, sei que um acidente
aconteceu.” Conjunção concessiva. IDENTIFICAR OS RECURSOS LINGUÍSTICOS QUE CONCOR-
REM PARA O EMPREGO DA LÍNGUA EM DIFERENTES FUN-
– Coesão lexical: consiste no emprego de palavras que fazem ÇÕES, ESPECIALMENTE NO QUE SE REFERE AO USO DOS
parte de um mesmo campo lexical ou que carregam sentido PRONOMES, DOS MODOS E TEMPOS VERBAIS E AO USO
aproximado. É o caso dos nomes genéricos, sinônimos, hiperônimos, DAS VOZES VERBAIS
entre outros.
Exemplo:
“Aquele hospital público vive lotado. A instituição não está — Pronome
dando conta da demanda populacional.” O pronome tem a função de indicar a pessoa do discurso
(quem fala, com quem se fala e de quem se fala), a posse de um
— Coerência Textual objeto e sua posição. Essa classe gramatical é variável, pois flexiona
A Coerência é a relação de sentido entre as ideias de um texto em número e gênero. Os pronomes podem suplantar o substantivo
que se origina da sua argumentação – consequência decorrente ou acompanhá-lo; no primeiro caso, são denominados “pronome
dos saberes conhecimentos do emissor da mensagem. Um texto substantivo” e, no segundo, “pronome adjetivo”. Classificam-se em:
redundante e contraditório, ou cujas ideias introduzidas não pessoais, possessivos, demonstrativos, interrogativos, indefinidos e
apresentam conclusão, é um texto incoerente. A falta de coerência relativos.
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Pronomes pessoais
Os pronomes pessoais apontam as pessoas do discurso (pessoas gramaticais), e se subdividem em pronomes do caso reto
(desempenham a função sintática de sujeito) e pronomes oblíquos (atuam como complemento), sendo que, para cada caso reto, existe
um correspondente oblíquo.

CASO RETO CASO OBLÍQUO


Eu Me, mim, comigo.
Tu Te, ti, contigo.
Ele Se, o, a , lhe, si, consigo.
Nós Nos, conosco.
Vós Vos, convosco.
Eles Se, os, as, lhes, si, consigo.

Observe os exemplos:
– Na frase “Maria está feliz. Ela vai se casar.”, o pronome cabível é do caso reto. Quem vai se casar? Maria.  
– Na frase “O forno? Desliguei-o agora há pouco. O pronome “o” completa o sentido do verbo. Fechei o que? O forno.

Lembrando que os pronomes oblíquos o, a, os, as, lo, la, los, las, no, na nos, e nas desempenham apenas a função de objeto direto.  

Pronomes possessivos
Esses pronomes indicam a relação de posse entre o objeto e a pessoa do discurso.

PESSOA DO DISCURSO PRONOME


1 pessoa – Eu
a
Meu, minha, meus, minhas
2 pessoa – Tu
a
Teu, tua, teus, tuas
3a pessoa– Seu, sua, seus, suas

Exemplo: “Nossos filhos cresceram.” → o pronome indica que o objeto pertence à 1ª pessoa (nós).

Pronomes de tratamento
Tratam-se termos solenes que, em geral, são empregados em contextos formais — a única exceção é o pronome você. Eles têm a
função de promover uma referência direta do locutor para interlocutor (parceiros de comunicação). São divididos conforme o nível de
formalidade, logo, para cada situação, existe um pronome de tratamento específico. Apesar de expressarem interlocução (diálogo), à qual
seria adequado o emprego do pronome na segunda pessoa do discurso (“tu”), no caso dos pronomes de tratamento, os verbos devem ser
usados em 3a pessoa.

PRONOME USO ABREVIAÇÕES


Você situações informais V./VV
Senhor (es) e
pessoas mais velhas Sr. Sr.a (singular) e Srs. , Sra.s. (plural)
Senhora (s)
Vossa Senhoria em correspondências e outros textos redigidos V. S.a/V.Sas
altas autoridades, como Presidente da República, senadores,
Vossa Excelência V. Ex.a/ V. Ex.as
deputados, embaixadores
Vossa Magnificência reitores das Universidades V. Mag.a/V. Mag.as
Vossa Alteza príncipes, princesas, duques V.A (singular) e V.V.A.A. (plural)
Vossa Reverendíssima sacerdotes e religiosos em geral V. Rev. m.a/V. Rev. m. as
Vossa Eminência cardeais V. Ex.a/V. Em.as
Vossa Santidade Papa V.S.

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Pronomes demonstrativos
Sua função é indicar a posição dos seres no que se refere ao tempo ao espaço e à pessoa do discurso – nesse último caso, o pronome
determina a proximidade entre um e outro. Esses pronomes flexionam-se em gênero e número.

PESSOA DO DISCURSO PRONOMES POSIÇÃO


1 pessoa
a
Este, esta, estes, estas, isto. Os seres ou objetos estão próximos da pessoa que fala.
Os seres ou objetos estão próximos da pessoa com quem se
2a pessoa Esse, essa, esses, essas, isso.
fala.
3a pessoa Aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo. Com quem se fala.

Observe os exemplos:
“Esta caneta é sua?”
“Esse restaurante é bom e barato.”

Pronomes Indefinidos
Esses pronomes indicam indeterminação ou imprecisão, assim, estão sempre relacionados à 3ª pessoa do discurso. Os pronomes
indefinidos podem ser variáveis (flexionam conforme gênero e número) ou invariáveis (não flexionam). Analise os exemplos abaixo:
– Em “Alguém precisa limpar essa sujeira.”, o termo “alguém” quer dizer uma pessoa de identidade indefinida ou não especificada).
– Em “Nenhum convidado confirmou presença.”, o termo “nenhum” refere-se ao substantivo “convidado” de modo vago, pois não se
sabe de qual convidado se trata.
– Em “Cada criança vai ganhar um presente especial.”, o termo “cada” refere-se ao substantivo da frase “criança”, sem especificá-lo.
– Em “Outras lojas serão abertas no mesmo local.”, o termo “outras” refere-se ao substantivo “lojas” sem especificar de quais lojas se
trata.
Confira abaixo a tabela com os pronomes indefinidos:

CLASSIFICAÇÃO PRONOMES INDEFINIDOS


VARIÁVEIS Muito, pouco, algum, nenhum, outro, qualquer, certo, um, tanto, quanto, bastante, vários, quantos, todo.
INVARIÁVEIS Nada, ninguém, cada, algo, alguém, quem, demais, outrem, tudo.

Pronomes relativos
Os pronomes relativos, como sugere o nome, se relacionam ao termo anterior e o substituem, sendo importante, portanto, para
prevenir a repetição indevida das palavras em um texto. Eles podem ser variáveis (o qual, cujo, quanto) ou invariáveis (que, quem, onde).
Observe os exemplos:
– Em “São pessoas cuja história nos emociona.”, o pronome “cuja” se apresenta entre dois substantivos (“pessoas” e “história”) e se
relaciona àquele que foi dito anteriormente (“pessoas”).
– Em “Os problemas sobre os quais conversamos já estão resolvidos.” , o pronome “os quais” retoma o substantivo dito anteriormente
(“problemas”).

CLASSIFICAÇÃO PRONOMES RELATIVOS


VARIÁVEIS O qual, a qual, os quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quantas.
INVARIÁVEIS Quem, que, onde.

Pronomes interrogativos
Os pronomes interrogativos são palavras variáveis e invariáveis cuja função é formular perguntas diretas e indiretas. Exemplos:
“Quanto vai custar a passagem?” (oração interrogativa direta)
“Gostaria de saber quanto custará a passagem.” (oração interrogativa indireta)

CLASSIFICAÇÃO PRONOMES INTERROGATIVOS


VARIÁVEIS Qual, quais, quanto, quantos, quanta, quantas.
INVARIÁVEIS Quem, que.

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Exemplos:
IDENTIFICAR A IMPORTÂNCIA DA ORGANIZAÇÃO GRÁFI- Nós corremos, se eles corressem. (DNP);
CA E DIAGRAMAÇÃO PARA A COESÃO E COERÊNCIA DE Se nós corrêssemos, tu correras. (DMT)
UM TEXTO

IDENTIFICAR RECURSOS LINGUÍSTICOS PRÓPRIOS DA LÍN-


FLEXÃO VERBAL GUA ESCRITA FORMAL: PONTUAÇÃO

Dentre todas as classes gramaticais , a que mais se apresenta


passível de flexões é a representada pelos verbos. Flexões estas re- — Visão Geral
lacionadas a: O sistema de pontuação consiste em um grupo de sinais
gráficos que, em um período sintático, têm a função primordial
Pessoa de indicar um nível maior ou menor de coesão entre estruturas
Indica as três pessoas relacionadas ao discurso, representadas e, ocasionalmente, manifestar as propriedades da fala (prosódias)
tanto no modo singular, quanto no plural. em um discurso redigido. Na escrita, esses sinais substituem os
gestos e as expressões faciais que, na linguagem falada, auxiliam a
Número compreensão da frase.
Representa a forma pela qual o verbo se refere a essas pessoas O emprego da pontuação tem as seguintes finalidades:
gramaticais. – Garantir a clareza, a coerência e a coesão interna dos diversos
tipos textuais;
Singular Plural – Garantir os efeitos de sentido dos enunciados;
Eu gosto de estudar. Nós chegamos cedo. – Demarcar das unidades de um texto;
Tu andas depressa. Vós estais com pressa. – Sinalizar os limites das estruturas sintáticas.
Ele é muito gentil. Eles são educados.
— Sinais de pontuação que auxiliam na elaboração de um
Por meio dos exemplos em evidência, podemos constatar que enunciado
o processo verbal se encontra devidamente flexionado, tendo em
vista as pessoas do discurso (eu, tu, ele, nós, vós, eles). Vírgula
De modo geral, sua utilidade é marcar uma pausa do enunciado
Tempo para indicar que os termos por ela isolados, embora compartilhem
Relaciona-se ao momento expresso pela ação verbal, denotan- da mesma frase ou período, não compõem unidade sintática. Mas,
do a ideia de um processo ora concluído, em fase de conclusão ou se, ao contrário, houver relação sintática entre os termos, estes
que ainda está para concluir, representado pelo tempo presente, não devem ser isolados pela vírgula. Isto quer dizer que, ao mesmo
pretérito e futuro. tempo que existem situações em que a vírgula é obrigatória, em
outras, ela é vetada. Confira os casos em que a vírgula deve ser
Modo empregada:
Revela a circunstância em que o fato verbal ocorre. Assim ex-
presso: • No interior da sentença
Modo indicativo – exprime um fato certo, concreto. 1 – Para separar elementos de uma enumeração e repetição:
Modo subjuntivo – exprime um fato hipotético, duvidoso.
Modo imperativo – exprime uma ordem, expressa um pedido. ENUMERAÇÃO

Voz Adicione leite, farinha, açúcar, ovos, óleo e chocolate.


A voz verbal caracteriza a ação expressa pelo verbo em relação Paguei as contas de água, luz, telefone e gás.
ao sujeito, classificada em:
Voz ativa – o sujeito é o agente da ação verbal. Ex.: Os profes-
REPETIÇÃO
sores aplicaram as provas.
Voz passiva – o sujeito sofre a ação expressa pelo verbo. Ex.: As Os arranjos estão lindos, lindos!
provas foram aplicadas pelos professores. Sua atitude foi, muito, muito, muito indelicada.
Voz reflexiva – o sujeito, de forma simultânea, pratica e recebe
a ação verbal. Ex.: O garoto feriu-se com o instrumento. 2 – Isolar o vocativo
Voz reflexiva recíproca – representa uma ação mútua entre os “Crianças, venham almoçar!”
elementos expressos pelo sujeito. Ex.: Os formandos cumprimenta- “Quando será a prova, professora?”
ram-se respeitosamente.
3 – Separar apostos
Desinência Verbal “O ladrão, menor de idade, foi apreendido pela polícia.”
Existem dois tipos de desinências verbais:
Desinências modo-temporal (DMT) e Desinências número-pes-
soal (DNP). 4 – Isolar expressões explicativas:
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“As CPIs que terminaram em pizza, ou seja, ninguém foi “(…) e os desenrolamentos, e os incêndios, e a fome, e a sede;
responsabilizado.” e dez meses de combates, e cem dias de cancioneiro contínuo; e o
esmagamento das ruínas...” (Euclides da Cunha)
5 – Separar conjunções intercaladas
“Não foi explicado, porém, o porquê das falhas no sistema.” 3 – Emprega-se a vírgula sempre que orações coordenadas
apresentam sujeitos distintos, por exemplo:
6 – Isolar o adjunto adverbial anteposto ou intercalado: “A mulher ficou irritada, e o marido, constrangido.”
“Amanhã pela manhã, faremos o comunicado aos funcionários
do setor.” O uso da vírgula é vetado nos seguintes casos: separar sujeito
“Ele foi visto, muitas vezes, vagando desorientado pelas ruas.” e predicado, verbo e objeto, nome de adjunto adnominal, nome
e complemento nominal, objeto e predicativo do objeto, oração
7 – Separar o complemento pleonástico antecipado: substantiva e oração subordinada (desde que a substantivo não seja
“Estas alegações, não as considero legítimas.” apositiva nem se apresente inversamente).

8 – Separar termos coordenados assindéticos (não conectadas Ponto


por conjunções) 1 – Para indicar final de frase declarativa:
“Os seres vivos nascem, crescem, reproduzem-se, morrem.” “O almoço está pronto e será servido.”

9 – Isolar o nome de um local na indicação de datas: 2 – Abrevia palavras:


“São Paulo, 16 de outubro de 2022”. – “p.” (página)
– “V. Sra.” (Vossa Senhoria)
10 – Marcar a omissão de um termo: – “Dr.” (Doutor)
“Eu faço o recheio, e você, a cobertura.” (omissão do verbo
“fazer”). 3 – Para separar períodos:
“O jogo não acabou. Vamos para os pênaltis.”
• Entre as sentenças
1 – Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas Ponto e Vírgula
“Meu aluno, que mora no exterior, fará aulas remotas.” 1 – Para separar orações coordenadas muito extensas ou
orações coordenadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula:
2 – Para separar as orações coordenadas sindéticas e “Gosto de assistir a novelas; meu primo, de jogos de RPG;
assindéticas, com exceção das orações iniciadas pela conjunção “e”: nossa amiga, de praticar esportes.”
“Liguei para ela, expliquei o acontecido e pedi para que nos
ajudasse.” 2 – Para separar os itens de uma sequência de itens:
“Os planetas que compõem o Sistema Solar são:
3 – Para separar as orações substantivas que antecedem a Mercúrio;
principal: Vênus;
“Quando será publicado, ainda não foi divulgado.” Terra;
Marte;
4 – Para separar orações subordinadas adverbiais desenvolvidas Júpiter;
ou reduzidas, especialmente as que antecedem a oração principal: Saturno;
Urano;
Por ser sempre assim, ninguém dá Netuno.”
Reduzida
atenção!
Dois Pontos
Porque é sempre assim, já ninguém dá 1 – Para introduzirem apostos ou orações apositivas,
Desenvolvida
atenção! enumerações ou sequência de palavras que explicam e/ou resumem
ideias anteriores.
5 – Separar as sentenças intercaladas: “Anote o endereço: Av. Brasil, 1100.”
“Querida, disse o esposo, estarei todos os dias aos pés do seu “Não me conformo com uma coisa: você ter perdoado aquela
leito, até que você se recupere por completo.” grande ofensa.”

• Antes da conjunção “e” 2 – Para introduzirem citação direta:


1 – Emprega-se a vírgula quando a conjunção “e” adquire “Desse estudo, Lavoisier extraiu o seu princípio, atualmente
valores que não expressam adição, como consequência ou muito conhecido: “Nada se cria, nada se perde, tudo se
diversidade, por exemplo. transforma’.”
“Argumentou muito, e não conseguiu convencer-me.” 3 – Para iniciar fala de personagens:
“Ele gritava repetidamente:
2 – Utiliza-se a vírgula em casos de polissíndeto, ou seja, sempre – Sou inocente!”
que a conjunção “e” é reiterada com com a finalidade de destacar
alguma ideia, por exemplo:
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Reticências
1 – Para indicar interrupção de uma frase incompleta Aspas
sintaticamente: 1 – Para isolar palavras ou expressões que violam norma culta,
“Quem sabe um dia...” como termos populares, gírias, neologismos, estrangeirismos,
arcaísmos, palavrões, e neologismos.
2 – Para indicar hesitação ou dúvida: “Na juventude, ‘azarava’ todas as meninas bonitas.”
“Então... tenho algumas suspeitas... mas prefiro não revelar “A reunião será feita ‘online’.”
ainda.”
2 – Para indicar uma citação direta:
3 – Para concluir uma frase gramaticalmente inacabada com o “A índole natural da ciência é a longanimidade.” (Machado de
objetivo de prolongar o raciocínio: Assis)
“Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas
faces duns longes cor-de-rosa...” (Cecília - José de Alencar).
ORTOGRAFIA
4 – Suprimem palavras em uma transcrição:
“Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros -
Raimundo Fagner). — Definições
Com origem no idioma grego, no qual orto significa “direito”,
Ponto de Interrogação “exato”, e grafia quer dizer “ação de escrever”, ortografia é o nome
1 – Para perguntas diretas: dado ao sistema de regras definido pela gramática normativa que
“Quando você pode comparecer?” indica a escrita correta das palavras. Já a Ortografia Oficial se refe-
re às práticas ortográficas que são consideradas oficialmente como
2 – Algumas vezes, acompanha o ponto de exclamação para adequadas no Brasil. Os principais tópicos abordados pela ortogra-
destacar o enunciado: fia são: o emprego de acentos gráficos que sinalizam vogais tônicas,
“Não brinca, é sério?!” abertas ou fechadas; os processos fonológicos (crase/acento grave);
os sinais de pontuação elucidativos de funções sintáticas da língua e
Ponto de Exclamação decorrentes dessas funções, entre outros.  
1 – Após interjeição: Os acentos: esses sinais modificam o som da letra sobre a qual
“Nossa Que legal!” recaem, para que palavras com grafia similar possam ter leituras
diferentes, e, por conseguinte, tenham significados distintos.  Re-
2 – Após palavras ou sentenças com carga emotiva sumidamente, os acentos são agudo (deixa o som da vogal mais
“Infelizmente!” aberto), circunflexo (deixa o som fechado), til (que faz com que o
som fique nasalado) e acento grave (para indicar crase).
3 – Após vocativo O alfabeto: é a base de qualquer língua. Nele, estão estabele-
“Ana, boa tarde!” cidos os sinais gráficos e os sons representados por cada um dos
sinais; os sinais, por sua vez, são as vogais e as consoantes.  
4 – Para fechar de frases imperativas: As letras K, Y e W: antes consideradas estrangeiras, essas letras
“Entre já!” foram integradas oficialmente ao alfabeto do idioma português bra-
sileiro em 2009, com a instauração do Novo Acordo Ortográfico. As
Parênteses possibilidades da vogal Y e das consoantes K e W são, basicamente,
a) Para isolar datas, palavras, referências em citações, frases para nomes próprios e abreviaturas, como abaixo:  
intercaladas de valor explicativo, podendo substituir o travessão ou – Para grafar símbolos internacionais e abreviações, como Km
a vírgula: (quilômetro), W (watt) e Kg (quilograma).
“Mal me viu, perguntou (sem qualquer discrição, como – Para transcrever nomes próprios estrangeiros ou seus deri-
sempre) vados na língua portuguesa, como Britney, Washington, Nova York.  
quem seria promovido.”
Relação som X grafia: confira abaixo os casos mais complexos
Travessão do emprego da ortografia correta das palavras e suas principais re-
1 – Para introduzir a fala de um personagem no discurso direto: gras:
“O rapaz perguntou ao padre:
— Amar demais é pecado?” «ch” ou “x”?: deve-se empregar o X nos seguintes casos:
– Em palavras de origem africana ou indígena. Exemplo: oxum,
2 – Para indicar mudança do interlocutor nos diálogos: abacaxi.  
“— Vou partir em breve. – Após ditongos. Exemplo: abaixar, faixa.
— Vá com Deus!” – Após a sílaba inicial “en”. Exemplo: enxada, enxergar.
– Após a sílaba inicial “me”. Exemplo: mexilhão, mexer, mex-
3 – Para unir grupos de palavras que indicam itinerários: erica.   
“Esse ônibus tem destino à cidade de São Paulo — SP.”
4 – Para substituir a vírgula em expressões ou frases explicativas: s” ou “x”?: utiliza-se o S nos seguintes casos:
“Michael Jackson — o retorno rei do pop — era imbatível.”
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– Nos sufixos “ese”, “isa”, “ose”. Exemplo: síntese, avisa, ver- II – Sempre que se quiser determinar o sujeito;
minose. III – Sempre que os sujeitos da primeira e segunda oração fo-
– Nos sufixos “ense”, “osa” e “oso”, quando formarem adjeti- rem distintos.
vos. Exemplo: amazonense, formosa, jocoso.
– Nos sufixos “ês” e “esa”, quando designarem origem, título Observe os exemplos:
ou nacionalidade. Exemplo: marquês/marquesa, holandês/holan- “Eu pedir para eles fazerem a solicitação.”
desa, burguês/burguesa. “Isto é para nós solicitarmos.”
– Nas palavras derivadas de outras cujo radical já apresenta “s”.
Exemplo: casa – casinha – casarão; análise – analisar. Concordância verbal com o infinitivo impessoal: não há flexão
verbal quando o sujeito não for definido, ou sempre que o sujeito
Porque, Por que, Porquê ou Por quê? da segunda oração for igual ao da primeira oração, ou mesmo em
– Porque (junto e sem acento): é conjunção explicativa, ou seja, locuções verbais, com verbos preposicionados e com verbos impe-
indica motivo/razão, podendo substituir o termo pois. Portanto, rativos.
toda vez que essa substituição for possível, não haverá dúvidas de
que o emprego do porque estará correto. Exemplo: Não choveu, Exemplos:
porque/pois nada está molhado.   “Os membros conseguiram fazer a solicitação.”
– Por que (separado e sem acento): esse formato é empregado “Foram proibidos de realizar o atendimento.”
para introduzir uma pergunta ou no lugar de “o motivo pelo qual”,
para estabelecer uma relação com o termo anterior da oração. Concordância verbal com verbos impessoais: nesses casos,
Exemplos: Por que ela está chorando? / Ele explicou por que do verbo ficará sempre em concordância com a 3a pessoa do singular,
cancelamento do show.   tendo em vista que não existe um sujeito.
– Porquê (junto e com acento): trata-se de um substantivo e, Observe os casos a seguir:
por isso, pode estar acompanhado por artigo, adjetivo, pronome – Verbos que indicam fenômenos da natureza, como anoitecer,
ou numeral. Exemplo: Não ficou claro o porquê do cancelamento nevar, amanhecer.
do show.   Exemplo: “Não chove muito nessa região” ou “Já entardeceu.»
– Por quê (separado e com acento): deve ser empregado ao
fim de frases interrogativas. Exemplo: Ela foi embora novamente. – O verbo haver com sentido de existir. Exemplo: “Havia duas
Por quê?   professoras vigiando as crianças.”
– O verbo fazer indicando tempo decorrido. Exemplo: “Faz duas
Parônimos e homônimos horas que estamos esperando.”
– Parônimos: são palavras que se assemelham na grafia e na
pronúncia, mas se divergem no significado. Exemplos: absolver Concordância verbal com o verbo ser: diante dos pronomes
(perdoar) e absorver (aspirar); aprender (tomar conhecimento) e tudo, nada, o, isto, isso e aquilo como sujeito, há concordância ver-
apreender (capturar). bal com o predicativo do sujeito, podendo o verbo permanecer no
– Homônimos: são palavras com significados diferentes, mas singular ou no plural:
que divergem na pronúncia. Exemplos: “gosto” (substantivo) e – “Tudo que eu desejo é/são férias à beira-mar.”
“gosto” (verbo gostar) / “este” (ponto cardeal) e “este” (pronome – “Isto é um exemplo do que o ocorreria.” e “Isto são exemplos
demonstrativo). do que ocorreria.”

Concordância verbal com pronome relativo quem: o verbo, ou


CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL faz concordância com o termo precedente ao pronome, ou perma-
nece na 3a pessoa do singular:
– “Fui eu quem solicitou.» e “Fomos nós quem solicitou.»
Visão Geral: sumariamente, as concordâncias verbal e nominal
estudam a sintonia entre os componentes de uma oração. Concordância verbal com pronome relativo que: o verbo con-
– Concordância verbal: refere-se ao verbo relacionado ao su- corda com o termo que antecede o pronome:
jeito, sendo que o primeiro deve, obrigatoriamente, concordar em – “Foi ele que fez.» e “Fui eu que fiz.»
número (flexão em singular e plural) e pessoa (flexão em 1a, 2a, ou – “Foram eles que fizeram.” e “Fomos nós que fizemos.»
3a pessoa) com o segundo. Isto é, ocorre quando o verbo é flexiona-
do para concordar com o sujeito. Concordância verbal com a partícula de indeterminação do su-
– Concordância nominal: corresponde à harmonia em gênero jeito se: nesse caso, o verbo cria concordância com a 3a pessoa do
(flexão em masculino e feminino) e número entre os vários nomes singular sempre que a oração for constituída por verbos intransiti-
da oração, ocorrendo com maior frequência sobre os substantivos vos ou por verbos transitivos indiretos:
e o adjetivo. Em outras palavras, refere-se ao substantivo e suas – «Precisa-se de cozinheiro.” e «Precisa-se de cozinheiros.”
formas relacionadas: adjetivo, numeral, pronome, artigo. Tal con-
cordância ocorre em gênero e pessoa Concordância com o elemento apassivador se: aqui, verbo con-
Casos específicos de concordância verbal corda com o objeto direto, que desempenha a função de sujeito
Concordância verbal com o infinitivo pessoal: existem três si- paciente, podendo aparecer no singular ou no plural:
tuações em que o verbo no infinitivo é flexionado: – Aluga-se galpão.” e “Alugam-se galpões.”
I – Quando houver um sujeito definido;
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Concordância verbal com as expressões a metade, a maioria, a maior parte: preferencialmente, o verbo fará concordância com a 3°
pessoa do singular. Porém, a 3a pessoa do plural também pode ser empregada:
– “A maioria dos alunos entrou” e “A maioria dos alunos entraram.”
– “Grande parte das pessoas entendeu.” e “Grande parte das pessoas entenderam.”

Concordância nominal muitos substantivos: o adjetivo deve concordar em gênero e número com o substantivo mais próximo, mas
também concordar com a forma no masculino plural:
– “Casa e galpão alugado.” e “Galpão e casa alugada.”
– “Casa e galpão alugados.” e “Galpão e casa alugados.”

Concordância nominal com pronomes pessoais: o adjetivo concorda em gênero e número com os pronomes pessoais:
– “Ele é prestativo.” e “Ela é prestativa.”
– “Eles são prestativos.” e “Elas são prestativas.”

Concordância nominal com adjetivos: sempre que existir dois ou mais adjetivos no singular, o substantivo permanece no singular, se
houver um artigo entre os adjetivos. Se o artigo não aparecer, o substantivo deve estar no plural:

– “A blusa estampada e a colorida.” e “O casaco felpudo e o xadrez.”


– “As blusas estampada e colorida.” e “Os casacos felpudo e xadrez.”

Concordância nominal com é proibido e é permitido: nessas expressões, o adjetivo flexiona em gênero e número, sempre que houver
um artigo determinando o substantivo. Caso não exista esse artigo, o adjetivo deve permanecer invariável, no masculino singular:
– “É proibida a circulação de pessoas não identificadas.” e “É proibido circulação de pessoas não identificadas.”
– “É permitida a entrada de crianças.” e “É permitido entrada de crianças acompanhadas.”
Concordância nominal com menos: a palavra menos permanece é invariável independente da sua atuação, seja ela advérbio ou ad-
jetivo:
– “Menos pessoas / menos pessoas”.
– “Menos problema /menos problemas.”

Concordância nominal com muito, pouco, bastante, longe, barato, meio e caro: esses termos instauram concordância em gênero e
número com o substantivo quando exercem função de adjetivo:
– “Tomei bastante suco.” e “Comprei bastantes frutas.”
– “A jarra estava meia cheia.” e “O sapato está meio gasto”.
– “Fizemos muito barulho.” e “Compramos muitos presentes.

REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL

Visão geral: na Gramática, regência é o nome dado à relação de subordinação entre dois termos. Quando, em um enunciado ou
oração, existe influência de um tempo sobre o outro, identificamos o que se denomina termo determinante, essa relação entre esses
termos denominamos regência.

— Regência Nominal
É a relação entre um nome o seu complemento por meio de uma preposição. Esse nome pode ser um substantivo, um adjetivo ou um
advérbio e será o termo determinante.
O complemento preenche o significado do nome, cujo sentido estaria impreciso ou ambíguo se não fosse pelo complemento.
Observe os exemplos:
“A nova entrada é acessível a cadeirantes.”
“Eu tenho o sonho de viajar para o nordeste.”
“Ele é perito em investigações como esta.”

Na primeira frase, adjetivo “acessível” exige a preposição a, do contrário, seu sentido ficaria incompleto. O mesmo ocorre com os
substantivos “sonho“ e “perito”, nas segunda e terceira frases, em que os nomes exigem as preposições de e em para completude de seus
sentidos. Veja nas tabelas abaixo quais são os nomes que regem. Veja nas tabelas abaixo quais são os nomes que regem uma preposição
para que seu sentido seja completo.

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REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO A


acessível a cego a fiel a nocivo a
agradável a cheiro a grato a oposto a
alheio a comum a horror a perpendicular a
análogo a contrário a idêntico a posterior a
anterior a desatento a inacessível a prestes a
apto a equivalente a indiferente a surdo a
atento a estranho a inerente a visível a
avesso a favorável a necessário a

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO POR


admiração por devoção por responsável por
ansioso por respeito por

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO DE


sedento
amante de cobiçoso de digno de inimigo de natural de
de
amigo de contemporâneo de dotado de livre de obrigação de seguro de
ávido de desejoso de fácil de longe de orgulhoso de sonho de
capaz de diferente de impossível de louco de passível de
cheio de difícil de incapaz de maior de possível de

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO EM


doutor em hábil em interesse em negligente em primeiro em
exato em incessante em lento em parco em versado em
firme em indeciso em morador em perito em

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO PARA


apto para essencial para mau para
bastante para impróprio para pronto para
bom para inútil para próprio para

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO COM


amoroso com compatível com descontente com intolerante com
aparentado com cruel com furioso com liberal com
caritativo com cuidadoso com impaciente com solícito com

— Regência Verbal
Os verbos são os termos regentes, enquanto os objetos (direto e indireto) e adjuntos adverbiais são os termos regidos. Um verbo
possui a mesma regência do nome do qual deriva.

Observe as duas frases:


I – “Eles irão ao evento.” O verbo ir requer a preposição a (quem vai, vai a algum lugar), e isso o classifica como verbo transitivo direto;
“ao evento” são os termos regidos pelo verbo, isto é, constituem seu complemento.  
II – “Ela mora em região pantanosa.” O verbo morar exige a preposição em (quem mora mora em algum lugar), portanto, é verbo
transitivo indireto.  

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No sentido de / pela REGE


VERBO EXEMPLO
transitividade PREPOSIÇÃO?
ajudar, dar assistência NÃO “Por favor, assista o time.”
Assistir ver SIM “Você assistiu ao jogo?”
pertencer SIM “Assiste aos cidadãos o direito de protestar.”
valor, preço NÃO “Esse imóvel custa caro.”
Custar
desafio, dano, peso moral SIM “Dizer a verdade custou a ela.”
fundamento / verbo
NÃO “Isso não procede.”
Proceder instransitivo
origem SIM “Essa conclusão procede de muito vivência.”
finalidade, objetivo SIM “Visando à garantia dos direitos.”
Visar
avistar, enxergar NÃO “O vigia logo visou o suspeito.”
desejo NÃO “Queremos sair cedo.”
Querer
estima SIM “Quero muito aos meus sogros.”
pretensão SIM “Aspiro a ascensão política.”
Aspirar
absorção ou respiração NÃO “Evite aspirar fumaça.”
consequência / verbo
NÃO “A sua solicitação implicará alteração do meu trajeto.”
Implicar transitivo direto
insistência, birra SIM “Ele implicou com o cachorro.”
convocação NÃO “Chame todos!”
“Chamo a Talita de Tatá.”
Chamar Rege complemento, com “Chamo Talita de Tatá.”
apelido
e sem preposição “Chamo a Talita Tatá.”
“Chamo Talita Tatá.”
o que se paga NÃO “Paguei o aluguel.”
Pagar
a quem se paga SIM “Pague ao credor.”
quem chega, chega a algum
Chegar lugar / verbo transitivo SIM “Quando chegar ao local, espere.”
indireto
quem obedece a algo /
Obedecer SIM “Obedeçam às regras.”
alguém / transitivo indireto
Esquecer verbo transitivo direito NÃO “Esqueci as alianças.”
... exige um
verbo transitivo direito e
Informar complemento sem e “Informe o ocorrido ao gerente.”
indireto, portanto...
outro com preposição
quem vai vai a algum lugar /
Ir SIM “Vamos ao teatro.”
verbo transitivo indireto
Quem mora em algum lugar “Eles moram no interior.”
Morar SIM
(verbo transitivo indireto) (Preposição “em” + artigo “o”).
Namorar verbo transitivio direito NÃO “Júlio quer namorar Maria.”
verbo bi transitivo (direto e
Preferir SIM “Prefira assados a frituras.”
indireto)
quem simpatiza simpatiza
Simpatizar com algo/ alguém/ verbo SIM “Simpatizei-me com todos.”
transitivo indireto

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COLOCAÇÃO PRONOMINAL

A colocação do pronome átono está relacionada à harmonia da frase. A tendência do português falado no Brasil é o uso do pronome
antes do verbo – próclise. No entanto, há casos em que a norma culta prescreve o emprego do pronome no meio – mesóclise – ou após
o verbo – ênclise.
De acordo com a norma culta, no português escrito não se inicia um período com pronome oblíquo átono. Assim, se na linguagem
falada diz-se “Me encontrei com ele”, já na linguagem escrita, formal, usa-se “Encontrei-me’’ com ele.
Sendo a próclise a tendência, é aconselhável que se fixem bem as poucas regras de mesóclise e ênclise. Assim, sempre que estas não
forem obrigatórias, deve-se usar a próclise, a menos que prejudique a eufonia da frase.

Próclise
Na próclise, o pronome é colocado antes do verbo.

Palavra de sentido negativo: Não me falou a verdade.


Advérbios sem pausa em relação ao verbo: Aqui te espero pacientemente.
Havendo pausa indicada por vírgula, recomenda-se a ênclise: Ontem, encontrei-o no ponto do ônibus.
Pronomes indefinidos: Ninguém o chamou aqui.
Pronomes demonstrativos: Aquilo lhe desagrada.
Orações interrogativas: Quem lhe disse tal coisa?
Orações optativas (que exprimem desejo), com sujeito anteposto ao verbo: Deus lhe pague, Senhor!
Orações exclamativas: Quanta honra nos dá sua visita!
Orações substantivas, adjetivas e adverbiais, desde que não sejam reduzidas: Percebia que o observavam.
Verbo no gerúndio, regido de preposição em: Em se plantando, tudo dá.
Verbo no infinitivo pessoal precedido de preposição: Seus intentos são para nos prejudicarem.

Ênclise
Na ênclise, o pronome é colocado depois do verbo.

Verbo no início da oração, desde que não esteja no futuro do indicativo: Trago-te flores.
Verbo no imperativo afirmativo: Amigos, digam-me a verdade!
Verbo no gerúndio, desde que não esteja precedido pela preposição em: Saí, deixando-a aflita.
Verbo no infinitivo impessoal regido da preposição a. Com outras preposições é facultativo o emprego de ênclise ou próclise: Apres-
sei-me a convidá-los.

Mesóclise
Na mesóclise, o pronome é colocado no meio do verbo.

É obrigatória somente com verbos no futuro do presente ou no futuro do pretérito que iniciam a oração.
Dir-lhe-ei toda a verdade.
Far-me-ias um favor?

Se o verbo no futuro vier precedido de pronome reto ou de qualquer outro fator de atração, ocorrerá a próclise.
Eu lhe direi toda a verdade.
Tu me farias um favor?

Colocação do pronome átono nas locuções verbais


Verbo principal no infinitivo ou gerúndio: Se a locução verbal não vier precedida de um fator de próclise, o pronome átono deverá ficar
depois do auxiliar ou depois do verbo principal.
Exemplos:
Devo-lhe dizer a verdade.
Devo dizer-lhe a verdade.

Havendo fator de próclise, o pronome átono deverá ficar antes do auxiliar ou depois do principal.
Exemplos:
Não lhe devo dizer a verdade.
Não devo dizer-lhe a verdade.

Verbo principal no particípio: Se não houver fator de próclise, o pronome átono ficará depois do auxiliar.
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Exemplo: Havia-lhe dito a verdade.


Unidade sintática (ou termo sintático): a sintaxe de uma oração
Se houver fator de próclise, o pronome átono ficará antes do é formada por cada um dos termos, que, por sua vez, estabelecem
auxiliar. relação entre si para dar atribuir sentido à frase. No exemplo supra-
Exemplo: Não lhe havia dito a verdade. citado, a palavra “quero” deve unir-se às palavras “Eu” e “silêncio”
para que o receptor compreenda a mensagem. Dessa forma, cada
Haver de e ter de + infinitivo: Pronome átono deve ficar depois palavra desta oração recebe o nome de termo ou unidade sintática,
do infinitivo. desempenhando, cada qual, uma função sintática diferente.
Exemplos:
Hei de dizer-lhe a verdade.
Tenho de dizer-lhe a verdade. Classificação das orações: as orações podem ser simples ou
compostas. As orações simples apresentam apenas uma frase; as
Observação compostas apresentam duas ou mais frases na mesma oração.
Não se deve omitir o hífen nas seguintes construções: Analise os exemplos abaixo e perceba que a oração composta tem
Devo-lhe dizer tudo. duas frases, e cada uma tem seu próprio sentido.
Estava-lhe dizendo tudo. – Oração simples: “Eu quero silêncio.”
Havia-lhe dito tudo. – Oração composta: “Eu quero silêncio para poder ouvir o no-
ticiário”.

ESTRUTURAÇÃO DE ORAÇÕES E PERÍODOS. Período


É a construção composta por uma ou mais orações, sempre
com sentido completo. Assim como as orações, o período também
Definição: sintaxe é a área da Gramática que se dedica ao es- pode ser simples ou composto, que se diferenciam em razão do nú-
tudo da ordenação das palavras em uma frase, das frases em um mero de orações que apresenta: o período simples contém apenas
discurso e também da coerência (relação lógica) que estabelecem uma oração, e o composto mais de uma. Lembrando que a oração é
entre si. Sempre que uma frase é construída, é fundamental que uma frase que contém um verbo. Assim, para não ter dúvidas quan-
ela contenha algum sentido para que possa ser compreendida pelo to à classificação, basta contar quantos verbos existentes na frase.
receptor. Por fazer a mediação da combinação entre palavras e ora- – Período simples: “Resolvo esse problema até amanhã.” -
ções, a sintaxe é essencial para que essa compreensão se efetive. apresenta apenas um verbo.
Para que se possa compreender a análise sintática, é importante – Período composto: Resolvo esse problema até amanhã ou fi-
retomarmos alguns conceitos, como o de frase, oração e período. carei preocupada.” - contém dois verbos.
Vejamos:
— Análise Sintática
Frase É o nome que se dá ao processo que serve para esmiuçar a
Trata-se de um enunciado que carrega um sentido completo estrutura de um período e das orações que compõem um período.
que possui sentido integral, podendo ser constituída por somen- Termos da oração: é o nome dado às palavras que atribuem
te uma ou várias palavras podendo conter verbo (frase verbal) ou sentido a uma frase verbal. A reunião desses elementos forma o
não (frase nominal). Uma frase pode exprimir ideias, sentimentos, que chamamos de estrutura de um período. Os termos essenciais
apelos ou ordens. Exemplos: “Saia!”, “O presidente vai fazer seu se subdividem em: essenciais, integrantes e acessórios. Acompanhe
discurso.”, “Atenção!”, “Que horror!”. a seguir as especificidades de cada tipo.

A ordem das palavras: associada à pontuação apropriada, a dis- 1 – Termos Essenciais (ou fundamentais) da oração
posição das palavras na frase também é fundamental para a com- Sujeito e Predicado: enquanto um é o ser sobre quem/o qual
preensão da informação escrita, e deve seguir os padrões da Língua se declara algo, o outro é o que se declara sobre o sujeito e, por
Portuguesa. Observe que a frase “A professora já vai falar.” Pode isso, sempre apresenta um verbo ou uma locução verbal, como nos
ser modificada para, por exemplo, “Já vai falar a professora.” , sem respectivos exemplos a seguir:
que haja prejuízo de sentido. No entanto, a construção “Falar a já Exemplo: em “Fred fez um lindo discurso.”, o sujeito é “Fred”,
professora vai.” , apesar da combinação das palavras, não poderá que “fez um lindo discurso” (é o restante da oração, a declaração
ser compreendida pelo interlocutor. sobre o sujeito).
Oração Nem sempre o sujeito está no início da oração (sujeito direto),
É uma unidade sintática que se estrutura em redor de um ver- podendo apresentar-se também no meio da fase ou mesmo após
bo ou de uma locução verbal. Uma frase pode ser uma oração, des- o predicado (sujeito inverso). Veja um exemplo para cada um dos
de que tenha um verbo e um predicado; quanto ao sujeito, nem respectivos casos:
sempre consta em uma oração, assim como o sentido completo. O “Fred fez um lindo discurso.”
importante é que seja compreensível pelo receptor da mensagem. “Um lindo discurso Fred fez.”
Analise, abaixo, uma frase que é oração com uma que não é. “Fez um lindo discurso, Fred.”
1 – Silêncio!”: É uma frase, mas não uma oração, pois não con-
tém verbo. – Sujeito determinado: é aquele identificável facilmente pela
2 – “Eu quero silêncio.”: A presença do verbo classifica a frase concordância verbal.
como oração.
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– Sujeito determinado simples: possui apenas um núcleo ligado – Predicado Verbo-Nominal: esse tipo deve apresentar sempre
ao verbo. Ex.: “Júlia passou no teste”. um predicativo do sujeito associado a uma ação do sujeito acresci-
– Sujeito determinado composto: possui dois ou mais núcleos. da de uma qualidade sua. Exemplo: “As meninas saíram mais cedo
Ex.: “Júlia e Felipe passaram no teste.” da aula. Por isso, estavam contentes.
O sujeito “As meninas” possui como predicado o verbo “sair”
– Sujeito determinado implícito: não aparece facilmente na e também o adjetivo “contentes”. Logo, “estavam contentes” é o
oração, mas a frase é dotada de entendimento. Ex.: “Passamos no predicativo do sujeito e o verbo de ligação é “estar”.
teste.” Aqui, o termo “nós” não está explícito na oração, mas a
concordância do verbo o destaca de forma indireta. 2 – Termos integrantes da oração
– Sujeito indeterminado: é o que não está visível na oração e, Basicamente, são os termos que completam os verbos de uma
diferente do caso anterior, não há concordância verbal para deter- oração, atribuindo sentindo a ela. Eles podem ser complementos
miná-lo. verbais, complementos nominais ou mesmo agentes da passiva.
– Complementos Verbais: como sugere o nome, esses termos
Esse sujeito pode aparecer com: completam o sentido de verbos, e se classificam da seguinte forma:
– Verbo na 3a pessoa do plural. Ex.: “Reformaram a casa velha”. – Objeto direto: completa verbos transitivos diretos, não exi-
– Verbo na 3a pessoa do singular + pronome “se”: “Contrata-se gindo preposição.
padeiro.”». – Objeto indireto: complementam verbos transitivos indiretos,
– Verbo no infinitivo impessoal: “Vai ser mais fácil se você es- isto é, aqueles que dependem de preposição para que seu sentido
tiver lá.” seja compreendido.

– Orações sem sujeito: são compostas somente por predicado, Quanto ao objeto direto, podemos ter:
e sua mensagem está centralizada no verbo, que é impessoal. Essas – Um pronome substantivo: “A equipe que corrigiu as provas.”
orações podem ter verbos que constituam fenômenos da natureza, – Um pronome oblíquo direto: “Questionei-a sobre o aconte-
ou os verbos ser, estar, haver e fazer quando indicativos de fenôme- cido.”
no meteorológico ou tempo. Observe os exemplos: – Um substantivo ou expressão substantivada: “Ele consertou
“Choveu muito ontem”. os aparelhos.»
“Era uma hora e quinze”.
– Complementos Nominais: esses termos completam o senti-
– Predicados Verbais: resultam da relação entre sujeito e verbo, do de uma palavra, mas não são verbos; são nomes (substantivos,
ou entre verbo e complementos. Os verbos, por sua vez, também adjetivos ou advérbios), sempre seguidos por preposição. Observe
recebem sua classificação, conforme abaixo: os exemplos:
– Verbo transitivo: é o verbo que transita, isto é, que vai adian- – “Maria estava satisfeita com seus resultados.” – observe que
te para passar a informação adequada. Em outras palavras, é o ver- “satisfeita” é adjetivo, e “com seus resultados” é complemento no-
bo que exige complemento para ser entendido. Para produzir essa minal.
compreensão, esse trânsito do verbo, o complemento pode ser di- – “O entregador atravessou rapidamente pela viela. – “rapida-
reto ou indireto. No primeiro caso, a ligação direta entre verbo e mente” é advérbio de modo.
complemento. Ex.: “Quero comprar roupas.”. No segundo, verbo e – “Eu tenho medo do cachorro.” – Nesse caso, “medo” é um
complemento são unidos por preposição. Ex.: “Preciso de dinheiro.” substantivo.
– Verbo intransitivo: não requer complemento, é provido de
sentido completo. São exemplos: morrer, acordar, nascer, nadar, – Agentes da Passiva: são os termos de uma oração que prati-
cair, mergulhar, correr. cam a ação expressa pelo verbo, quando este está na voz passiva.
– Verbo de ligação: servem para expressar características de Assim, estão normalmente acompanhados pelas preposições de e
estado ao sujeito, sendo eles: estado permanente (“Pedro é alto.”), por. Observe os exemplos do item anterior modificados para a voz
estado de transição (“Pedro está acamado.”), estado de mutação passiva:
(“Pedro esteve enfermo.”), estado de continuidade (“Pedro conti- – “Os resultados foram motivo de satisfação de Maria.”
nua esbelto.”) e estado aparente (“Pedro parece nervoso.”). – “O cachorro foi alvo do meu medo.”
– Predicados nominais: são aqueles que têm um nome (subs- – “A viela foi atravessada rapidamente pelo entregador.”
tantivo ou adjetivo) como cujo núcleo significativo da oração. Ade-
mais, ele se caracteriza pela indicação de estado ou qualidade, e é 3 – Termos acessórios da oração
composto por um verbo de ligação mais o predicativo do sujeito. Diversamente dos termos essenciais e integrantes, os termos
– Predicativo do sujeito: é um termo que atribui características acessórios não são fundamentais o sentido da oração, mas servem
ao sujeito por meio de um verbo. Exemplo: em “Marta é inteligen- para complementar a informação, exprimindo circunstância, deter-
te.”, o adjetivo é o predicativo do sujeito “Marta”, ou seja, é sua minando o substantivo ou caracterizando o sujeito. Confira abaixo
característica de estado ou qualidade. Isso é comprovado pelo “ser” quais são eles:
(é), que é o verbo de ligação entre Marta e sua característica atual. – Adjunto adverbial: são os termos que modificam o sentido do
Esse elemento não precisa ser, obrigatoriamente, um adjetivo, mas verbo, do adjetivo ou do advérbio. Analise os exemplos:
pode ser uma locução adjetiva, ou mesmo um substantivo ou pala- “Dormimos muito.”
vra substantivada.
O termo acessório “muito” classifica o verbo “dormir”.
“Ele ficou pouco animado com a notícia.”
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O termo acessório “pouco” classifica o adjetivo “animado” – Oração coordenada explicativa: “Marta passou no exame por-
“Maria escreve bastante bem.” que estudou bastante.”

O termo acessório “bastante” modifica o advérbio “bem”. – Período composto por subordinação: são constituídos por
orações dependentes uma da outra. Como as orações subordina-
Os adjuntos adverbiais podem ser: das apresentam sentidos incompletos, não podem ser entendidas
– Advérbios: pouco, bastante, muito, ali, rapidamente longe, etc. de forma separada. As orações subordinadas são divididas em subs-
– Locuções adverbiais: o tempo todo, às vezes, à beira-mar, etc. tantivas, adverbiais e adjetivas. Veja os exemplos:
– Orações: «Quando a mercadoria chegar, avise.” (advérbio de – Oração subordinada substantiva subjetiva: “Ficou provado
tempo). que o suspeito era realmente o culpado.”
– Oração subordinada substantiva objetiva direta: “Eu não que-
– Adjunto adnominal: é o termo que especifica o substantivo, ria que isso acontecesse.”
com função de adjetivo. Em razão disso, pode ser representado por – Oração subordinada substantiva objetiva indireta: “É obriga-
adjetivos, locuções adjetivas, artigos, numerais adjetivos ou prono- tório de que todos os estudantes sejam assíduos.”
mes adjetivos. Analise o exemplo: – Oração subordinada substantiva completiva nominal: “Tenho
“O jovem apaixonado presenteou um lindo buquê à sua colega expectativa de que os planos serão melhores em breve!”
de escola.” – Oração subordinada substantiva predicativa: “O que importa
– Sujeito: “jovem apaixonado” é que meus pais são saudáveis.”
– Núcleo do predicado verbal: “presenteou”
– Objeto direto do verbo entregar: “um lindo buquê” – Oração subordinada substantiva apositiva: “Apenas saiba dis-
– Objeto indireto: “à amiga de classe” – Adjuntos adnominais: to: que tudo esteja organizado quando eu voltar!”
no sujeito, temos o artigo “o” e “apaixonado”, pois caracterizam – Oração subordinada adverbial causal: “Não posso me demo-
o “jovem”, núcleo do sujeito; o numeral “um” e o adjetivo “lindo” rar porque tenho hora marcada na psicóloga.”
fazem referência a “buquê” (substantivo); o artigo “à” (contração – Oração subordinada adverbial consecutiva: “Ficamos tão feli-
da preposição + artigo feminino) e a locução “de trabalho” são os zes que pulamos de alegria.”
adjuntos adnominais de “colega”. – Oração subordinada adverbial final: “Eles ficaram vigiando
para que nós chegássemos a casa em segurança.”
– Aposto: é o termo que se relaciona com o sujeito para carac- – Oração subordinada adverbial temporal: “Assim que eu che-
terizá-lo, contribuindo para a complementação uma informação já guei, eles iniciaram o trabalho.”
completa. Observe os exemplos: – Oração subordinada adverbial condicional: “Se você vier logo,
“Michael Jackson, o rei do pop, faleceu há uma década.” espero por você.»
“Brasília, capital do Brasil, foi construída na década de 1950.” – Oração subordinada adverbial concessiva: “Ainda que esti-
vesse cansado, concluiu a maratona.”
– Vocativo: esse termo não apresenta relação sintática nem – Oração subordinada adverbial comparativa: “Marta sentia
com sujeito nem com predicado, tendo sua função no chamamento como se ainda vivesse no interior.”
ou na interpelação de um ouvinte, e se relaciona com a 2a pessoa – Oração subordinada adverbial conformativa: “Conforme
do discurso. Os vocativos são o receptor da mensagem, ou seja, a combinamos anteriormente, entregarei o produto até amanhã.”
quem ela é dirigida. Podem ser acompanhados de interjeições de – Oração subordinada adverbial proporcional: “Quanto mais
apelo. Observe: me exercito, mais tenho disposição.”
“Ei, moça! Seu documento está pronto!” – Oração subordinada adjetiva explicativa: “Meu filho, que pas-
“Senhor, tenha misericórdia de nós!” sou no concurso, mudou-se para o interior.”
“Vista o casaco, filha!” – Oração subordinada adjetiva restritiva: “A aluna que esteve
enferma conseguiu ser aprovada nas provas.”
— Estudo da relação entre as orações
Os períodos compostos são formados por várias orações. As
orações estabelecem entre si relações de coordenação ou de su-
bordinação.
– Período composto por coordenação: é formado por orações
independentes. Apesar de estarem unidas por conjunções ou vírgu-
las, as orações coordenadas podem ser entendidas individualmen-
te porque apresentam sentidos completos. Acompanhe a seguir a
classificação das orações coordenadas:
– Oração coordenada aditiva: “Assei os salgados e preparei os
doces.”
– Oração coordenada adversativa: “Assei os salgados, mas não
preparei os doces.”
– Oração coordenada alternativa: “Ou asso os salgados ou pre-
paro os doces.”
– Oração coordenada conclusiva: “Marta estudou bastante,
logo, passou no exame.”
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QUESTÕES

1. PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO CEDRO-SC — PROFESSOR DE PORTUGUÊS — AMEOSC — 2020

Acerca da estrutura da oração e do período, é correto afirmar que a partícula “que” (linha 26) introduz uma:
(A) Oração subordinada substantiva completiva nominal.
(B) Oração subordinada substantiva predicativa.
(C) Oração subordinada adjetiva restritiva.
(D) Oração subordinada adjetiva explicativa.

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2. INSTITUTO RIO BRANCO – DIPLOMATA – IADES – 2021


Tendo em vista a estrutura gramatical do texto, julgue (C ou E) o item a seguir.

A oração iniciada por “que” (linha 39) introduz uma explicação acerca da oração que inicia o período, sendo classificada como adjetiva
explicativa.
( ) CERTO
( ) ERRADO

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3. PREFEITURA DE SONORA-MS – ASSISTENTE DE ADMINISTRAÇÃO – MS CONCURSOS – 2019


Quanto à significação das palavras, marque a alternativa correta em relação aos itens:
1 – Homônimos: são palavras que apresentam significados diferentes, mas que são pronunciadas da mesma forma, como cem e sem.
2 – Parônimos: grafia(escrita) parecida, fonética(som) parecido, significado diferente: comprimento e cumprimento.
3 – Ortoepia: é o emprego correto da acentuação tônica das palavras, ela está ligada à oralidade: côndor (errado), condor (correto).
4 – Prosódia: é o estudo da correta pronúncia das palavras, ocupa-se não só da correta pronúncia dos fonemas, mas também do ritmo
e entoação delas.
(A) Apenas 1 e 2 estão corretos.
(B) Apenas 1, 2 e 3 estão corretos.
(C) Apenas 2, 3 e 4 estão corretos.
(D) 1, 2, 3 e 4 estão corretos.

4. CODEBA – GUARDA PORTUÁRIO – FGV – 2018


O Manual de Redação da Presidência da República lista uma série de vocábulos que devem ser escritos com “e” e não com “i”.
Assinale a opção que apresenta um erro ortográfico
(A) granjear / falsear.
(B) frear / delapidar.
(C) antecipar / despender.
(D) hastear / prevenir.
(E) rarear / sanear.

5. ME – AGENTE ADMINISTRATIVO – CESPE/CEBRASPE – 2018


Julgue o fragmento de redação oficial indicada em cada item que se segue quanto à propriedade no emprego dos vocábulos subli-
nhados.
Ata: Devido às chuvas, o perigo de desabamento às margens da rodovia era eminente; por isso, as autoridades iminentes resolveram
suspender o colóquio e transferi-lo para outra data.
( ) CERTO
( ) ERRADO

6. ME – AGENTE ADMINISTRATIVO – CESPE/CEBRASPE – 2018


Julgue o fragmento de redação oficial indicada em cada item que se segue quanto à propriedade no emprego dos vocábulos subli-
nhados.
Relatório: O juiz não deferiu o requerimento; considerou que o requerente, de fato, infringiu a lei e, em conseqüência, infligiu-lhe uma
multa.
( ) CERTO
( ) ERRADO

7. SEE-AC – PROFESSOR EJA I – CESPE/CEBRASPE – 2018


O texto adiante é uma adaptação da matéria ,“Educação de Jovens e Adultos resgata oportunidades para acrianos” publicada original-
mente, em 03 de julho de 2014, por Astorige Carneiro, no portal eletrônico da Agência de notícias do Governo do Acre.
Leia-o, atentamente, e responda às questões propostas a seguir.

Para alguns, existem mais obstáculos na vida do que para outros. Esse fato também inclui a área da educação. Muitas são as histórias
de pessoas que, por diversas razões, abandonam a sala de aula e perdem os anos escolares - ou, pior ainda, não chegama concluir o pro-
cesso de alfabetização.
Com essas pessoas em mente, e com o objetivo de garantir a plena efetivação do direito constitucional à educação, o governo do
Estado, por meio da Secretaria de Educação e Esporte (SEE), trabalha há 15 anos com o sistema da Educação de Jovens e Adultos (EJA)
O público-alvo da modalidade são os jovens - com idade a partir de 15 anos e ingresso na Alfabetização e Ensino Fundamental - e adul-
tos, com idade a partir de 18 anos, para conclusão do Ensino Médio. O sistema realiza atendimento em escolas públicas das redes estadual
e municipal, unidades prisionais, centros socioeducativos e em espaços alternativos que beneficiem as comunidades.

A responsável pela coordenação de EJA da SEE, destaca que, de 1999 (ano de início) a 2013, mais de 400 mil matrículas foram efetua-
das, exemplificando o desejo que as pessoas têm de buscar o crescimento pessoal e acadêmico.
O titular da Secretaria de Estado de Educação e Esporte do Acre afirma que é preciso colaborar e incentivar para que ninguém desista
dos seus estudos. “A formação acadêmica colabora não apenas para o aumento das chances profissionais, mas resgata a autoestima das
pessoas”
“A responsável pela coordenação de EJA da SEE, destaca que, de 1999 (ano de início) a 2013, mais de 400mil matrículas foram efe-
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tuadas [...].”

Relativamente ao uso dos sinais de pontuação, é correto afirmar que nesse trecho:
(A) A primeira vírgula é indevida.
(B) Falta um ponto e vírgula.
(C) A segunda vírgula é indevida.
(D) Falta travessão.
(E) A terceira vírgula é indevida.

8. PREFEITURA DE CARNAÍBA-MG – ASSISTENTE SOCIAL – FCM – 2019


Segundo Silveira Bueno (2014, p. 419), “para melhor estruturar o texto, o emprego da pontuação tem por objetivo, além de configurar
pausa e entonação, separar termos ou orações a fim de garantir a coerência.”
A esse respeito, leia o texto seguinte.

Considere os sinais de pontuação do texto e avalie o que se afirma.


I – A palavra “flor” deveria ser grafada entre aspas para salientar um termo empregado em sentido irônico.
II – Os dois pontos poderiam ser empregados no lugar da vírgula, pois apresenta-se um resumo sobre algo que foi dito anteriormente.
III – Na reescrita do texto, o emprego das vírgulas está de acordo com a norma-padrão de pontuação em “Chuva por mais, que tente,
não desbota flor.”
IV – Na frase reescrita “Por mais que tente, chuva não, desbota flor.”, a mudança de posicionamento da segunda vírgula altera tanto a
entonação quanto o sentido pretendido.

Está correto apenas o que se afirma em:


(A) III.
(B) IV.
(C) I e II.
(D) III e IV.

9. MPE-PE – ANALISTA MINISTERIAL – FCC – 2018


Na elaboração de resumos, a paráfrase:
(A) É perigosa, pois pode conduzir o leitor a ideias diferentes das do autor.
(B) É vedada, devendo o resumidor empregar o vocabulário usado pelo autor.
(C) Utiliza as mesmas palavras do original para manter o estilo do autor.
(D) Busca resumos originais e breves, sendo redigidos pelo próprio autor.
(E) Consiste no uso de jargão, visando a simplificar as palavras do autor.

10. AL-SP – AGENTE TÉCNICO LEGISLATIVO – FCC – 2018


Entende-se por epígrafe:
(A) A cobertura de papel que protege a capa de determinada publicação.
(B) Todo e qualquer material que, intercalado no miolo do livro, fica excluído de sua numeração sequencial.
(C) A relação das páginas e linhas em que ocorrem erros, com as devidas correções.
(D) A indicação, no final do livro, do nome da editora responsável.
(E) A citação que, a título de mote, precede o trabalho ou alguma das partes em que se subdivide.
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11. PREFEITURA DE LUZIÂNIA-GO – PROFESSOR I – COPESE-UFT — 2018


Leia o texto a seguir: “A fênix é um pássaro das Arábias. Não morre nunca. Ou melhor, morre muitas vezes queimada no fogo, e cada
vez renasce das cinzas. Como a fênix só renasce a cada 1.500 anos, fica difícil saber se foi ela mesma que renasceu. Mas os egípcios dizem
que sim. Então é o único pássaro do mundo que é pai, mãe e filho de si mesmo.”
(NESTROVSKI, Arthur. Bichos que existem e bichos que não existem. São Paulo: Cosac & Naify, 2002.)

Existe uma paráfrase no referido texto. Assinale o marcador correto que introduz o parafraseamento.
(A) Então.
(B) Mas.
(C) Como.
(D) Ou melhor.

12. DPE-MP – CONTADOR – FGV – 2017

A charge é produzida com alusão:


(A) À crise de energia no país.
(B) À perda de controle da inflação.
(C) Ao aumento geral de preços.
(D) À falta grave de água.
(E) Ao consumo exagerado de álcool.

13. PREFEITURA DE JI-PARANÁ – RO – PROFESSOR NÍVEL II – IBADE – 2018

Texto para responder à questão.

Escrever

A estudante perguntou como era essa coisa de escrever. Eu fiz o gênero fofo. Moleza, disse.
Primeiro, evite estes coloquialismos de “fofo” e “moleza”, passe longe das gírias ainda não dicionarizadas e de tudo mais que soe mais
falado do que escrito. Isto aqui não é rádio FM. De vez em quando, [...] aplique uma gíria como se fosse um piparote de leve no cangote
do texto, mas, em geral, evite. Fuja dessas rimas bobinhas, desses motes sonoros. O leitor pode se achar diante de um rapper frustrado e
dar cambalhotas. Mas, atenção, se soar muito escrito, reescreva.
Quando quiser aplicar um “mas”, tome fôlego, ligue para o 0800 do Instituto Fernando Pessoa, peça autorização ao bispo de plantão
e, por favor, volte atrás. É um cacoete facilitador.
Dele deve ter vindo a expressão “cheio de mas-mas”, ou seja, uma pessoa cheia de “não é bem assim”, uma chata que usa o truque

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de afirmar e depois, como se fosse estilo, obtemperar. sua própria vida. Não há conversa ou um sorriso amigável. Rostos
É mais ou menos por aí, eu disse para a menina que me pergun- sérios e cansados sem ao menos se preocupar em lhe desejar um
tou como é essa coisa de escrever. bom dia. Parece que ninguém está tendo um bom dia.
Para sinalizar o trânsito das ideias, use apenas o ponto e a vír- Na rua, todos têm pressa. Mochila à frente do corpo, senão
gula, nunca juntos. Faça com que o primeiro chegue logo, e a outra você é roubado. Olhar no chão para manter o ritmo do passo, ou
apareça o mínimo possível. Vista Hemingway, só frases curtas. Ouça logo à frente, como quem quer chegar logo sem ser importunado.
João Cabral, nada de perfumar a rosa com adjetivos. Um braço estendido me tira do devaneio. É alguém sentado
O texto deve correr sem obstáculos, interjeições, dois pontos, no chão, com um cobertor fino, pedindo algumas moedas. Como
reticências e sinais que só confundem o passageiro que quer chegar boa integrante de uma multidão fria e apressada, ignoro e continuo
logo ao ponto final. Cuidado com o “que quer” da frase anterior, meu caminho. Essa é uma visão tão rotineira que se torna banal e,
pois da plateia um gaiato pode ecoar um “quequerequé” e estará assim como eu, ninguém ali observou aquele cidadão com olhos
coberto de razão. A propósito, eu disse para a menina, perca a razão sinceros. Não me julgue, eu sei que você faz o mesmo. O calor hu-
quando lhe aparecer um clichê desses pela frente. mano não parece suficiente para aquecer corações.
Você já se livrou do “mas”, agora vai cuidar do “que” e em bre- É um mar de gente. Mas não me sinto como mais uma onda,
ve ficará livre da tentação de sofisticar o texto com uma expres- que compõe a beleza do oceano. Sinto-me em um pequeno barco
são estrangeira. É out. Escreva em português. Aproveite e diga ao à vela, perdida em alto mar. Parada no meio da multidão, sinto sua
diagramador para colocar o título da matéria na horizontal e não tensão constante, como se a qualquer momento fosse chegar um
de cabeça para baixo, como está na moda, como se estivesse num tsunami. Sinto-me naufragando.
jornal japonês. Você já pegou a estrada à noite? É ali que percebemos que a ci-
De vez em quando, abra um parágrafo para o leitor respirar. dade nunca dorme por completo. Carros a perder de vista em qual-
Alguns deles têm a mania de pegar o bonde no meio do caminho e, quer horário, com luzes que compõem uma beleza única. Porém,
com mais parágrafos abertos, mais possibilidades de ele embarcar esquecemos que em cada carro não existe somente uma pessoa ou
na viagem que o texto oferece. Escrever é dar carona. Eu disse isso outra, mas sim histórias.
e outro tanto do mesmo para a menina. Jamais afirmei, jamais ex- Para onde cada um está indo é um mistério. Neste momento,
pliquei, jamais contei ou usei qualquer outro verbo de carregação percebo que, assim como eu enxergava alguns minutos atrás, nin-
da frase que não fosse o dizer. Evitei também qualquer advérbio em guém ali me vê como ser humano. Veem-me como mais um carro,
seguida, como “enfaticamente”, “seriamente” ou “bemhumorada- mais uma máquina que atrapalha o trânsito de um local tão movi-
mente”. Antes do ponto final, eu disse para a menina que tantas re- mentado. Só eu sei meu próprio caminho e para onde vou. Estou
gras, e outras a serem ditas num próximo encontro, serviam apenas sozinha entre centenas de pessoas.
de lençol. Elas forram o texto, deixam tudo limpo e dão conforto. Mesmo assim, muitas dizem preferir a cidade ao campo. Morar
Escrever é desarrumar a cama. no interior não é uma opção para a maior parte das multidões – elas
dizem que lá não há nada de interessante acontecendo e o silêncio
SANTOS, Joaquim Ferreira dos. Escrever. Veja, jan 2011. Disponível em: da natureza as faz sentir muito distantes do mundo.
https://veja.abril.com.br
Por Beatriz Gimenez Disponível em: https://falauniversidades.com.br/
A citação dos autores em “Vista Hemingway, só frases curtas. cronica-solidao-cidade-grande/
Ouça João Cabral, nada de perfumar a rosa com adjetivos.” pode
auxiliar e deixar consistente o que é dito pelo autor. Em relação à vida na cidade grande, a autora se mostra:
Esse instrumento de construção textual é denominado argu- (A) Iludida.
mento: (B) Atônita.
(A) Por causa e consequência. (C) Envergonhada.
(B) De autoridade. (D) Exausta.
(C) De exemplificação. (E) Precavida.
(D) De probabilidade.
(E) De senso comum. 15. CÂMARA DE DIVINO-MG – RECEPCIONISTA – GUALIMP –
2020
14. CORE-SP – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – INAZ – 2019 As classes de palavras se dividem em variáveis e invariáveis.
Qual das classes de palavras abaixo é invariável?
Solidão Coletiva – uma crônica sobre o vazio de uma cidade (A) Substantivo.
grande (B) Verbo.
(C) Adjetivo.
Se pararmos para pensar, a solidão nos persegue. Sempre esta- (D) Interjeição.
mos tão juntos e, ao mesmo tempo, tão sozinhos.
O simples fato de estarmos rodeados por dezenas, centenas ou
milhares de pessoas, não nos garante que pertençamos ao grupo.
A cidade é um dos maiores exemplos. Trem, metrô, ônibus em
horário de pico. Homens ou mulheres. Jovens ou velhos. Gordos ou
magros. Trabalho ou estudo. Cada um do seu jeito, indo cuidar da
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16. PREFEITURA DE AVELINÓPOLIS-GO – FISCAL DE TRIBUTOS (A) palavras de sentido negativo


– ITAME – 2019 (B) advérbios
Das classes de palavras a seguir, as invariáveis são: (C) conjunções subordinativas
(A) Advérbio - numeral - conjunção. (D) pronomes demonstrativos
(B) Advérbio - adjetivo - preposição. (E) pronomes relativos
(C) Pronome - substantivo - advérbio.
(D) Preposição - conjunção - interjeição. 19. (SEDUC/SP – 2018) Preencha as lacunas das frases abaixo
com “por que”, “porque”, “por quê” ou “porquê”. Depois, assinale a
17 CÂMARA DE CORUMBABA-RO – ASSISTENTE SOCIAL – MS alternativa que apresenta a ordem correta, de cima para baixo, de
CONCURSOS – 2020 classificação.
Quanto à coesão e coerência textual, coloque (C) correto ou (I) “____________ o céu é azul?”
incorreto e assinale a alternativa devida: “Meus pais chegaram atrasados, ____________ pegaram trân-
( ) O significado do texto se depreende das relações que se sito pelo caminho.”
estabelecem entre as palavras da frase e entre as frases do texto. “Gostaria muito de saber o ____________ de você ter faltado
Essas relações linguísticas formam a textualidade, isto é, a unidade ao nosso encontro.”
significativa do texto. É esse todo significativo que coloca os indiví- “A Alemanha é considerada uma das grandes potências mun-
duos em interação comunicativa, momento em que a palavra ad- diais. ____________?”
quire seu sentido pleno: a ideia compartilhada dos interlocutores.
( ) A coesão textual é feita por meio de elementos linguísticos. (A) Porque – porquê – por que – Por quê
São elementos gramaticais que ligam as palavras, expressões, ou (B) Porque – porquê – por que – Por quê
frases do texto, estabelecendo entre elas relações de sentido. (C) Por que – porque – porquê – Por quê
( ) A coerência textual está relacionada às ligações de sig- (D) Porquê – porque – por quê – Por que
nificados presentes no texto. É coerente o texto que tem unidade (E) Por que – porque – por quê – Porquê
significativa, ou seja, o texto que traduz de maneira precisa o senti-
do pretendido pelo autor. Os princípios fundamentais da coerência 20. 2019 – CESPE - PC-PA - INVESTIGADOR DE POLÍCIA CIVIL -
textual encontram-se nas relações semânticas das palavras, na re- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
tomada e na progressão de informações. A respeito da articulação de conhecimentos prévios e informa-
( ) Prosódia: trata da pronúncia normal e correta das palavras. ções textuais para a compreensão de inferências semânticas e prag-
( ) Ortoepia: trata da pronúncia correta das palavras, quanto máticas, julgue o item a seguir.
à posição da sílaba tônica. (A) A linguagem figurada é uma estratégia do autor para dizer
o que quer sem expressar suas opiniões de forma clara e ob-
Ao erro prosódico dá-se o nome de silabada. jetiva.
(A) C – I – I – C – C. (B) A ironia é uma figura de linguagem que consiste em dizer
(B) C – C – C – I – C. algo de forma direta e objetiva, sem rodeios.
(C) C – C – I – C – C. (C) A ambiguidade é uma característica presente somente nos
(D) C – C – C – I – I. textos literários.
(D) As inferências são conclusões que o leitor tira a partir de
18 (Prefeitura de Blumenau - SC - Professor - Português – Ma- informações explícitas e implícitas do texto.
tutino - FURB – 2019) (E) A ironia é uma figura de linguagem que pode ser utilizada
para expressar opiniões de forma indireta e sutil.
Determinado, batalhador, estudioso, dedicado e inquieto. Mui-
tos são os adjetivos que encontramos nos livros de história para
definir Hermann Blumenau. Desde os primeiros anos da colônia, es- GABARITO
teve determinado a construir uma casa melhor para viver com sua
família, talvez em um terreno que lhe pertencia no morro do aipim.
Infelizmente, nunca concretizou este sonho, porém, nunca deixou 1 D
de zelar por tudo aquilo que lhe dizia respeito.[...] 2 ERRADO

Disponível em: <https://www.blumenau.sc.gov.br/secretarias/funda- 3 A


cao-cultural/fcblu/memaoria-digital-ao-comemoraacaao-200-anos-dr- 4 B
-blumenau85>. Acesso em: 05 set. 2019. [adaptado]
5 ERRADO
Sobre a colocação dos pronomes átonos nos excertos: “...talvez 6 CERTO
em um terreno que lhe pertencia no morro do aipim.” e “...zelar por 7 A
tudo aquilo que lhe dizia respeito.”, podemos afirmar que ambas
8 B
as próclises estão corretas, pois o verbo está precedido de palavras
que atraem o pronome para antes do verbo. Assinale a alternativa 9 A
que identifica essas palavras atrativas dos excertos:
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LÍNGUA PORTUGUESA

10 E ______________________________________________________

11 D ______________________________________________________
12 D ______________________________________________________
13 B
______________________________________________________
14 B
15 D ______________________________________________________
16 D ______________________________________________________
17 D
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18 E
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19 C
20 E ______________________________________________________

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ANOTAÇÕES ______________________________________________________

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

– Windows 10 S: edição otimizada em termos de segurança e


MS-WINDOWS 10: CONTROLE DE ACESSO E AUTENTICA- desempenho, funcionando exclusivamente com aplicações da Loja
ÇÃO DE USUÁRIOS, PAINEL DE CONTROLE, CENTRAL DE Microsoft.
AÇÕES, ÁREA DE TRABALHO, MANIPULAÇÃO DE ARQUI- – Windows 10 Pro – Workstation: como o nome sugere, o Win-
VOS E PASTAS, COMPACTAÇÃO DE ARQUIVOS, USO DOS dows 10 Pro for Workstations é voltado principalmente para uso
MENUS, FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO, MANUTENÇÃO profissional mais avançado em máquinas poderosas com vários
E RESTAURAÇÃO, BACKUP DE ARQUIVOS, COMPARTILHA- processadores e grande quantidade de RAM.
MENTO DE ARQUIVOS E IMPRESSORAS, UTILIZAÇÃO
DO ONEDRIVE Área de Trabalho (pacote aero)
Aero é o nome dado a recursos e efeitos visuais introduzidos no
Windows a partir da versão 7.
Lançado em 2015, O Windows 10 chega ao mercado com a
proposta ousada, juntar todos os produtos da Microsoft em uma
única plataforma. Além de desktops e notebooks, essa nova versão
equipará smartphones, tablets, sistemas embarcados, o console
Xbox One e produtos exclusivos, como o Surface Hub e os óculos de
realidade aumentada HoloLens1.

Versões do Windows 10

– Windows 10 Home: edição do sistema operacional voltada


para os consumidores domésticos que utilizam PCs (desktop e no-
tebook), tablets e os dispositivos “2 em 1”.
– Windows 10 Pro: o Windows 10 Pro também é voltado para
PCs (desktop e notebook), tablets e dispositivos “2 em 1”, mas traz
algumas funcionalidades extras em relação ao Windows 10 Home,
Área de Trabalho do Windows 10.2
os quais fazem com que essa edição seja ideal para uso em peque-
nas empresas, apresentando recursos para segurança digital, su-
Aero Glass (Efeito Vidro)
porte remoto, produtividade e uso de sistemas baseados na nuvem.
Recurso que deixa janelas, barras e menus transparentes, pa-
– Windows 10 Enterprise: construído sobre o Windows 10 Pro,
recendo um vidro.
o Windows 10 Enterprise é voltado para o mercado corporativo.
Os alvos dessa edição são as empresas de médio e grande porte,
e o Sistema apresenta capacidades que focam especialmente em
tecnologias desenvolvidas no campo da segurança digital e produ-
tividade.
– Windows 10 Education: Construída a partir do Windows 10
Enterprise, essa edição foi desenvolvida para atender as necessida-
des do meio escolar.
– Windows 10 Mobile: o Windows 10 Mobile é voltado para os
dispositivos de tela pequena cujo uso é centrado no touchscreen,
como smartphones e tablets
– Windows 10 Mobile Enterprise: também voltado para smar-
tphones e pequenos tablets, o Windows 10 Mobile Enterprise tem
como objetivo entregar a melhor experiência para os consumidores
que usam esses dispositivos para trabalho.
– Windows 10 IoT: edição para dispositivos como caixas ele- Efeito Aero Glass.3
trônicos, terminais de autoatendimento, máquinas de atendimento
para o varejo e robôs industriais – todas baseadas no Windows 10
2 https://edu.gcfglobal.org/pt/tudo-sobre-o-windows-10/sobre-a-are-
Enterprise e Windows 10 Mobile Enterprise.
a-de-trabalho-do-windows-10/1/
1 https://estudioaulas.com.br/img/ArquivosCurso/materialDemo/Sli- 3 https://www.tecmundo.com.br/windows-10/64159-efeito-aero-glas-
deDemo-4147.pdf s-lancado-mod-windows-10.htm
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Aero Flip (Alt+Tab)


Permite a alternância das janelas na área de trabalho, organizando-as de acordo com a preferência de uso.

Efeito Aero Flip.


Aero Shake (Win+Home)
Ferramenta útil para quem usa o computador com multitarefas. Ao trabalhar com várias janelas abertas, basta “sacudir” a janela
ativa, clicando na sua barra de título, que todas as outras serão minimizadas, poupando tempo e trabalho. E, simplesmente, basta sacudir
novamente e todas as janelas serão restauradas.

Efeito Aero Shake (Win+Home)


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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Aero Snap (Win + Setas de direção do teclado)


Recurso que permite melhor gerenciamento e organização das janelas abertas.
Basta arrastar uma janela para o topo da tela e a mesma é maximizada, ou arrastando para uma das laterais a janela é dividida de
modo a ocupar metade do monitor.

Efeito Aero Snap.

Aero Peek (Win+Vírgula – Transparência / Win+D – Minimizar Tudo)


O Aero Peek (ou “Espiar área de trabalho”) permite que o usuário possa ver rapidamente o desktop. O recurso pode ser útil quando
você precisar ver algo na área de trabalho, mas a tela está cheia de janelas abertas. Ao usar o Aero Peek, o usuário consegue ver o que
precisa, sem precisar fechar ou minimizar qualquer janela. Recurso pode ser acessado por meio do botão Mostrar área de trabalho (parte
inferior direita do Desktop). Ao posicionar o mouse sobre o referido botão, as janelas ficam com um aspecto transparente. Ao clicar sobre
ele, as janelas serão minimizadas.

Efeito Aero Peek.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Menu Iniciar
Algo que deixou descontente grande parte dos usuários do Windows 8 foi o sumiço do Menu Iniciar.
O novo Windows veio com a missão de retornar com o Menu Iniciar, o que aconteceu de fato. Ele é dividido em duas partes: na direita,
temos o padrão já visto nos Windows anteriores, como XP, Vista e 7, com a organização em lista dos programas. Já na direita temos uma
versão compacta da Modern UI, lembrando muito os azulejos do Window

Menu Iniciar no Windows 10.4


Nova Central de Ações
A Central de Ações é a nova central de notificações do Windows 10. Ele funciona de forma similar à Central de Ações das versões an-
teriores e também oferece acesso rápido a recursos como modo Tablet, Bloqueio de Rotação, Luz noturna e VPN.

Central de ações do Windows 10.5

Paint 3D
O novo App de desenhos tem recursos mais avançados, especialmente para criar objetos em três dimensões. As ferramentas antigas
de formas, linhas e pintura ainda estão lá, mas o design mudou e há uma seleção extensa de funções que prometem deixar o programa
mais versátil.
Para abrir o Paint 3D clique no botão Iniciar ou procure por Paint 3D na caixa de pesquisa na barra de tarefas.

4 https://pplware.sapo.pt/microsoft/windows/windows-10-5-dicas-usar-melhor-menu-iniciar
5 Fonte: https://support.microsoft.com/pt-br/help/4026791/windows-how-to-open-action-center
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Paint 3D.

Cortana
Cortana é um/a assistente virtual inteligente do sistema operacional Windows 10.
Além de estar integrada com o próprio sistema operacional, a Cortana poderá atuar em alguns aplicativos específicos. Esse é o caso
do Microsoft Edge, o navegador padrão do Windows 10, que vai trazer a assistente pessoal como uma de suas funcionalidades nativas. O
assistente pessoal inteligente que entende quem você é, onde você está e o que está fazendo. O Cortana pode ajudar quando for solicita-
do, por meio de informações-chave, sugestões e até mesmo executá-las para você com as devidas permissões.
Para abrir a Cortana selecionando a opção na Barra de Tarefas. Podendo teclar ou falar o
tema que deseja.

Cortana no Windows 10.6

Microsot Edge
O novo navegador do Windows 10 veio para substituir o Internet Explorer como o browser-padrão do sistema operacional da Mi-
crosoft. O programa tem como características a leveza, a rapidez e o layout baseado em padrões da web, além da remoção de suporte a
tecnologias antigas, como o ActiveX e o Browser Helper Objects.
Dos destaques, podemos mencionar a integração com serviços da Microsoft, como a assistente de voz Cortana e o serviço de armaze-
namento na nuvem OneDrive, além do suporte a ferramentas de anotação e modo de leitura.
O Microsoft Edge é o primeiro navegador que permite fazer anotações, escrever, rabiscar e realçar diretamente em páginas da Web.
Use a lista de leitura para salvar seus artigos favoritos para mais tarde e lê-los no modo de leitura . Focalize guias abertas para visu-
alizá-las e leve seus favoritos e sua lista de leitura com você quando usar o Microsoft Edge em outro dispositivo.
6 https://www.tecmundo.com.br/cortana/76638-cortana-ganhar-novo-visual-windows-10-rumor.htm
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O Internet Explorer 11, ainda vem como acessório do Windows 10. Devendo ser descontinuado nas próximas atualizações.
Para abrir o Edge clique no botão Iniciar , Microsoft Edge ou clique no ícone na barra de tarefas.

Microsoft Edge no Windows 10.

Windows Hello
O Windows Hello funciona com uma tecnologia de credencial chamada Microsoft Passport, mais fácil, mais prática e mais segura do
que usar uma senha, porque ela usa autenticação biométrica. O usuário faz logon usando face, íris, impressão digital, PIN, bluetooth do
celular e senha com imagem.
Para acessar o Windows Hello, clique no botão , selecione Configurações > Contas > Opções de entrada. Ou procure por Hello
ou Configurações de entrada na barra de pesquisa.

Windows Hello.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Bibliotecas
As Bibliotecas são um recurso do Windows 10 que permite a exibição consolidada de arquivos relacionados em um só local. Você pode
pesquisar nas Bibliotecas para localizar os arquivos certos rapidamente, até mesmo quando esses arquivos estão em pastas, unidades
ou em sistemas diferentes (quando as pastas são indexadas nos sistemas remotos ou armazenadas em cache localmente com Arquivos
Offline).

Tela Bibliotecas no Windows 10.7

One Drive
O OneDrive é serviço um de armazenamento e compartilhamento de arquivos da Microsoft. Com o Microsoft OneDrive você pode
acessar seus arquivos em qualquer lugar e em qualquer dispositivo.
O OneDrive é um armazenamento on-line gratuito que vem com a sua conta da Microsoft. É como um disco rígido extra que está dis-
ponível para todos os dispositivos que você usar.

OneDivre.8

7 https://agorafunciona.wordpress.com/2017/02/12/como-remover-as-pastas-imagens-da-camera-e-imagens-salvas
8 Fonte: https://tecnoblog.net/286284/como-alterar-o-local-da-pasta-do-onedrive-no-windows-10
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Manipulação de Arquivos
É um conjunto de informações nomeadas, armazenadas e organizadas em uma mídia de armazenamento de dados. O arquivo está
disponível para um ou mais programas de computador, sendo essa relação estabelecida pelo tipo de arquivo, identificado pela extensão
recebida no ato de sua criação ou alteração.
Há arquivos de vários tipos, identificáveis por um nome, seguido de um ponto e um sufixo com três (DOC, XLS, PPT) ou quatro letras
(DOCX, XLSX), denominado extensão. Assim, cada arquivo recebe uma denominação do tipo arquivo.extensão. Os tipos mais comuns são
arquivos de programas (executavel.exe), de texto (texto.docx), de imagens (imagem.bmp, eu.jpg), planilhas eletrônicas (tabela.xlsx) e
apresentações (monografia.pptx).

Pasta
As pastas ou diretórios: não contém informação propriamente dita e sim arquivos ou mais pastas. A função de uma pasta é organizar
tudo o que está dentro das unidades.
O Windows utiliza as pastas do computador para agrupar documentos, imagens, músicas, aplicações, e todos os demais tipos de ar-
quivos existentes.
Para visualizar a estrutura de pastas do disco rígido, bem como os arquivos nela armazenados, utiliza-se o Explorador de Arquivos.

Manipulação de arquivos e/ou pastas (Recortar/Copiar/Colar)


Existem diversas maneiras de manipular arquivos e/ou pastas.
1. Através dos botões RECORTAR, COPIAR E COLAR. (Mostrados na imagem acima – Explorador de arquivos).
2. Botão direito do mouse.
3. Selecionando e arrastando com o uso do mouse (Atenção com a letra da unidade e origem e destino).

Central de Segurança do Windows Defender


A Central de Segurança do Windows Defender fornece a área de proteção contra vírus e ameaças.
Para acessar a Central de Segurança do Windows Defender, clique no botão , selecione Configurações > Atualização e seguran-
ça > Windows Defender. Ou procure por Windows Defender na barra de pesquisa.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Windows Defender.9

Lixeira
A Lixeira armazena temporariamente arquivos e/ou pastas excluídos das unidades internas do computador (c:\).
Para enviar arquivo para a lixeira:
- Seleciona-lo e pressionar a tecla DEL.
- Arrasta-lo para a lixeira.
- Botão direito do mouse sobre o arquivo, opção excluir.
- Seleciona-lo e pressionar CTRL+D.

Arquivos apagados permanentemente:


- Arquivos de unidades de rede.
- Arquivos de unidades removíveis (pen drive, ssd card...).
- Arquivos maiores do que a lixeira. (Tamanho da lixeira é mostrado em MB (megabytes) e pode variar de acordo com o tamanho do
HD (disco rígido) do computador).
- Deletar pressionando a tecla SHIFT.
- Desabilitar a lixeira (Propriedades).

Para acessar a Lixeira, clique no ícone correspondente na área de trabalho do Windows 10.

Outros Acessórios do Windows 10

Existem outros, outros poderão ser lançados e incrementados, mas os relacionados a seguir são os mais populares:
– Alarmes e relógio.
– Assistência Rápida.
– Bloco de Notas.
– Calculadora.
– Calendário.
– Clima.
– E-mail.
– Facilidade de acesso (ferramenta destinada a deficientes físicos).
– Ferramenta de Captura.
– Gravador de passos.
– Internet Explorer.
– Mapas.
9 Fonte: https://answers.microsoft.com/pt-br/protect/forum/all/central-de-seguran%C3%A7a-do-windows-defender/9ae1b77e-de7c-4ee7-b90f-
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

– Mapa de Caracteres.
– Paint.
– Windows Explorer.
– WordPad.
– Xbox.

Principais teclas de atalho


CTRL + F4: fechar o documento ativo.
CTRL + R ou F5: atualizar a janela.
CTRL + Y: refazer.
CTRL + ESC: abrir o menu iniciar.
CTRL + SHIFT + ESC: gerenciador de tarefas.
WIN + A: central de ações.
WIN + C: cortana.
WIN + E: explorador de arquivos.
WIN + H: compartilhar.
WIN + I: configurações.
WIN + L: bloquear/trocar conta.
WIN + M: minimizar as janelas.
WIN + R: executar.
WIN + S: pesquisar.
WIN + “,”: aero peek.
WIN + SHIFT + M: restaurar as janelas.
WIN + TAB: task view (visão de tarefas).
WIN + HOME: aero shake.
ALT + TAB: alternar entre janelas.
WIN + X: menu de acesso rápido.
F1: ajuda.

MS-WORD 2013: ESTRUTURA BÁSICA DOS DOCUMENTOS, EDIÇÃO E FORMATAÇÃO DE TEXTOS, CABEÇALHOS, RODAPÉS, PA-
RÁGRAFOS, FONTES, COLUNAS, MARCADORES SIMBÓLICOS E NUMÉRICOS, TABELAS, IMPRESSÃO, CONTROLE DE QUEBRAS
E NUMERAÇÃO DE PÁGINAS, LEGENDAS, ÍNDICES, INSERÇÃO DE OBJETOS, CAMPOS PREDEFINIDOS, CAIXAS DE TEXTO,
MALA DIRETA, CORRESPONDÊNCIAS, ENVELOPES E ETIQUETAS, CORREÇÃO ORTOGRÁFICA

Conhecido como o mais popular editor de textos do mercado, a versão 2013 do Microsoft Word traz tudo o que é necessário para
editar textos simples ou enriquecidos com imagens, links, gráficos e tabelas, entre outros elementos10.
A compatibilidade entre todos os componentes da família Office 2013 é outro dos pontos fortes do Microsoft Word 2013. É possível
exportar texto e importar outros elementos para o Excel, o PowerPoint ou qualquer outro dos programas incluídos no Office.
Outra das novidades do Microsoft Word 2013 é a possibilidade de guardar os documentos na nuvem usando o serviço SkyDrive. Dessa
forma, é possível acessar documentos do Office de qualquer computador e ainda compartilhá-los com outras pessoas.

10 https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4685295/mod_resource/content/1/Apostila%20de%20Word.pdf
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

11

Os menus e as barras de ferramentas foram substituídos pela Faixa de Opções (Guias e Comandos) e pelo modo de exibição Backstage
(área de gerenciamento de arquivo)12.

Barra de Ferramentas de Acesso Rápido


Esta barra permite acesso rápido para alguns comandos que são executados com frequência: como iniciar um novo arquivo, salvar um
documento, desfazer e refazer uma ação, entre outros.

Na parte superior do Word 2013 você encontra uma faixa de opções, que também é organizada por guias. Cada guia tem várias faixas
de opções diferentes. Estas faixas de são formadas por grupos e estes grupos têm vários comandos. O comando é um botão, uma caixa
para inserir informações ou um menu.
11 Fonte: http://www.etec.sp.gov.br/view/file/wv_file.aspx?id=84AFA42DFAD089D53534D753C0488CE2E8CCFF5EC8324596BECE07A8164EDF-
12521C97DA04C93379CD1A503BE1561B8D7DFDD0202571B27264EF62AF01F952C6
12 https://centraldefavoritos.com.br/2019/06/20/word-2013-estrutura-basica-dos-documentos/
Editora
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Botão Arquivo
Ao clicar sobre ele será exibido opções como Informações, Novo, Abrir, Salvar, Salvar como, Imprimir, etc. Portanto, clique sobre ele e
visualize essas opções.

Página inicial
Área de transferência, Fonte, Parágrafo, Estilo e Edição.

Inserir
Páginas, Tabelas, Ilustrações, Aplicativos, Links, comentários, Cabeçalho e Rodapé, Texto e Símbolos.

Design
Formatação do documento.

Editora
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68
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Layout da Página
Configurar Página, Parágrafo e Organizar.

Referências
Sumário, Notas de Rodapé, Citações e Bibliografia, Legendas e Índice.

Correspondências
Criar, Iniciar Mala Direta, Gravar e Inserir Campos, Visualizar Resultados e Concluir.

Exibição
Modo de Exibição, Mostrar, Zoom, Janela e Macros.

Formatos de arquivos Word 2013


Formatos de arquivo suportados e suas extensões13:
.doc: documento do Word 97-2003
.docm: documento para macro do Word. Baseado em XML par macro do Word 2019, 2016, 2013 2010 e 2007
.docx: padrão Word 2019, 2016, 2013, 2010 e 2007 e Documento Strict de Open XML
.htm e .html: página da Web Página da Web, Filtrado
.mht e .mhtml: página da Web de Arquivo Único
.odt: texto do OpenDocument. Este é a extensão do LibreOffice, mas o Word dá suporte para que os arquivos salvos do Word 2019,
2016 e 2013 possam ser abertos no Writer do LibreOffice e arquivos do Writer possam ser abertos no Word 2019, 2016 e 2013, mas aten-
ção, a formatação do documento pode ser perdida.
.dot: modelo do Word 97-2003
.dotm: modelo habilitado para macro do Word
.dotx: modelo do Word
.pdf: arquivos que usam o formato de arquivo PDF podem ser visualizados, editados e salvos em .docx ou .pdf usando o Word 2019,
o Word 2016 e o Word 2013. Atenção: Os arquivos PDF podem não ter uma correspondência perfeita de página para paginação com o
original.
.rtf: formato Rich Text . Formato para ser multiplataforma. Os documentos criados em diferentes sistemas operacionais e aplicativos
de software podem ser utilizados entre eles.
.txt: texto simples. Quando o documento é salvo perde sua formatação. É o formato do bloco de notas e WordPad.
.xml: documento XML do Word 2003 e Word 2019, 2016, 2013 e 2007 (Open XML). É também chamado de MetaFile e arquivo de
MetaDados (arquivos com informações extras).
.xps: XML Paper Specification, um formato de arquivo que preserva a formatação do documento e habilita o compartilhamento de
arquivos.

13 https://centraldefavoritos.com.br/2019/06/17/word-2013-formatos-de-arquivos/
Editora
69
a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

.wps: documento Works 6-9. Este é o formato de arquivo padrão do Microsoft Works, versões 6.0 a 9.0.

Criando um documento
Ao criar um documento no Word 2013, é possível começar com um documento em branco ou deixar que um modelo faça a maior
parte do trabalho14.

Iniciando um documento
A maioria das pessoas costuma criar um documento a partir de uma página em branco, apesar de o Word ter vários modelos com
temas e estilos pré-definidos, assim só é preciso adicionar conteúdo.

Abrir um documento
Ao iniciar o Word, aparece uma galeria de modelo separado por categorias. É só clicar em uma delas e escolher um modelo que atenda
melhor seu objetivo.
Aparecerá do lado esquerdo (ver imagem anterior) uma lista com os documentos recentes que você usou.
É só clicar em uma delas e escolher um modelo que atenda melhor seu objetivo.
Caso queira outro documento que não está nesta lista você verá bem abaixo desta coluna a opção abrir outros documentos.

14 https://centraldefavoritos.com.br/2019/06/21/edicao-e-formatacao-de-textos-word-2013/
Editora
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70
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Se já estiver trabalhando no Word e quiser abrir um arquivo é só ir na Barra de Opções e clicar em Arquivo > Abrir e navegar até o local
onde se encontra o arquivo.
Caso você esteja abrindo um documento criado em versões anteriores do Word, você verá Modo de Compatibilidade na barra de títu-
lo da janela do documento. Você pode trabalhar no modo de compatibilidade ou atualizar o documento e usar os recursos do Word 2013.
Ctrl + O: atalho para abrir um documento novo documento.
Ctrl + A: atalho para abrir um documento já existente.
Salvando e Fechando o Arquivo
Para salvar um documento digitado, clique na guia Arquivo.

Em seguida, clique na opção Salvar como.

Após o clique, a caixa de diálogo Salvar como será aberta, onde devemos informar o nome do arquivo e o local onde será salvo.
É possível também salvar na nuvem (on-line) clicando em OneDrive e assim podendo compartilhar o arquivo em vários dispositivos
como no celular ou outros computadores.
O Word já salva automaticamente o arquivo no formato .docx mas caso queira salvar em outro formato, logo abaixo do nome do ar-
quivo tem uma lista de tipos de arquivos suportados pelo Word 2013.

NO WORD TEM UMA BARRA DE ACESSO RÁPIDO NO TOPO DO EDITOR NA QUAL O DOCUMENTO
PODE IR SENDO SALVO CONFORME SE VAI TRABALHANDO NELE.
Ctrl + B: atalho para salvar documento.

Funções básicas em um editor de texto


Ctrl + C (Copiar): é quando copiar um texto para repetir no mesmo texto ou colar em outro lugar. Selecione o texto e clique com direito
do mouse e clique em Copiar.
Ctrl + X (Recortar): recurso para tirar o texto selecionado e colar em outro lugar. Selecione o texto e clique com botão direito do mouse
e selecione Recortar. Este arquivo copiado ou recortado irá para a área de transferência.
Área de transferência: área separada do sistema operacional para guardar uma pequena quantidade de dados.
Ctrl + V (Colar): recurso para colar o texto que foi copiado ou recortado. Selecione o local que quer colar e clique no botão direito do
mouse e selecione o tipo de colagem.

Cabeçalho e rodapé
Para colocar números das páginas, título ou data em todas as páginas de seu documento, você deve adicionar um cabeçalho ou ro-
dapé15.
Basta clicar na aba Inserir e em adicionar Cabeçalho ou rodapé.

15 https://centraldefavoritos.com.br/2019/06/28/cabecalho-e-rodape-word-2013/
Editora
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Seleciona o formato clicando no modelo de seu interesse. Abrirá o cabeçalho para editar a parte interna dele.

Digite o Título e feche o cabeçalho.

Todas as páginas do documento terão o mesmo cabeçalho.

Parágrafos
No Word 2013 tem dois lugares em que encontramos funções para formatarmos parágrafos16.

Guia Página Inicial

Guia Layout de Páginas

16 https://centraldefavoritos.com.br/2019/10/28/paragrafos-word-2013/
Editora
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

A formatação propriamente dita é feita na página inicial. Sombreamento de parágrafo

Alinhamento de parágrafos

Para realçar o texto, parágrafo ou célula de tabela selecionada.


Ele simplesmente muda a cor atrás dando maior destaque.
Alinhar à esquerda (Ctrl+Q): alinha todo parágrafo na margem
esquerda do documento. Bordas
Centralizar (Ctrl+E): centraliza o texto no centro da página, Além do sombreamento, você pode dar um destaque a um tex-
dando ao documento uma aparência mais formal to colocando uma borda. E clicando na seta você poderá alterar o
Alinhar à direita (Ctrl+G): alinha o conteúdo à margem direita estilo da borda.
do documento.
Justificar (Ctrl+J): distribui o texto uniformemente entre as
margens

Espaçamento de linhas e parágrafos

Escolhe o espaçamento entre linha ou parágrafos.


Clicando na seta de opções tem os valores de espaçamento.
Quanto maior o número maior o espaçamento.

Editora
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Para colocar a borda basta selecionar o texto ou parágrafo e Guia Inserir (Grupo Tabelas)
clica na borda desejada.

Classificar Tabela: permite inserir e trabalhar com tabelas no


documento17. Ao clicar na setinha logo abaixo do botão
Tabela, abre-se um menu com opções.

Nesta opção, pode-se classificar itens selecionado em ordem


alfabética ou numérica.
Ex.: Lista de animais
Vaca
Elefante
Porco
Girafa

AO SELECIONAR A LISTA E CLICA NA OPÇÃO ELA FICA


EM ORDEM ALFABÉTICA; NA JANELA QUE ABRIR, PODE-SE
COLOCAR A LISTA EM ORDEM CRESCENTE OU DECRESCENTE.

Recuos Selecionando-se uma sequência de quadradinhos, é possível


inserir uma tabela automaticamente, após soltar o mouse.
Exemplo: Na figura abaixo, é possível notar a seleção de alguns
quadradinhos e a indicação Tabela 3x2, o que significa que ao soltar
o botão do mouse, será inserida no documento uma tabela com 3
colunas e 2 linhas.

A primeira opção o parágrafo vai para mais perto da margem


(DIMINUIR RECUO)
A segunda opção o parágrafo vai para mais longe da margem
(AUMENTAR RECUO)
É só selecionar o parágrafo e clicar na opção. Cada clicada ele
salta 1,25 cm.

Mostrar tudo (Ctrl+*)

Inserir Tabela: permite inserir


uma tabela na posição do cursor. Note
que a opção tem reticências no final, o
que significa que será aberta uma ja-
Mostra as marcas de parágrafo e outros símbolos de formata- nela de opções, para que sejam feitas
ção ocultos. É útil para formatação de layouts avançados. as configurações da tabela que será
inserida no documento.

17 https://bit.ly/2BH2KiN
Editora
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74
a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Neste quadro é possível configurar o número de colunas e o número de linhas da tabela, além de largura de coluna fixa, ajustada
automaticamente.

MS-EXCEL 2013: ESTRUTURA BÁSICA DAS PLANILHAS, CONCEITOS DE CÉLULAS, LINHAS, COLUNAS, PASTAS E GRÁFICOS,
ELABORAÇÃO DE TABELAS E GRÁFICOS, USO DE FÓRMULAS, FUNÇÕES E MACROS, IMPRESSÃO, INSERÇÃO DE OBJETOS,
CAMPOS PREDEFINIDOS, CONTROLE DE QUEBRAS E NUMERAÇÃO DE PÁGINAS, OBTENÇÃO DE DADOS EXTERNOS, CLASSI-
FICAÇÃO E FILTRAGEM DE DADOS.

É o principal software de planilhas eletrônicas entre as empresas quando se trata de operações financeiras e contabilísticas18.
O Microsoft Excel 2013 tem um aspeto diferente das versões anteriores.

Tela inicial do Excel 2013.

18 http://www.prolinfo.com.br
Editora
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

As cinco principais funções do Excel são: Guia de Planilhas


– Planilhas: Você pode armazenar manipular, calcular e anali- Quando abrirmos um arquivo do Excel, na verdade estamos
sar dados tais como números, textos e fórmulas. Pode acrescentar abrindo uma pasta de trabalho onde pode conter planilhas, gráfi-
gráfico diretamente em sua planilha, elementos gráficos, tais como cos, tabelas dinâmicas, então essas abas são identificadoras de cada
retângulos, linhas, caixas de texto e botões. É possível utilizar for- item contido na pasta de trabalho, onde consta o nome de cada um.
matos pré-definidos em tabelas. Nesta versão quando abrimos uma pasta de trabalho, por pa-
– Bancos de dados: você pode classificar pesquisar e adminis- drão encontramos apenas uma planilha.
trar facilmente uma grande quantidade de informações utilizando
operações de bancos de dados padronizadas.
– Gráficos: você pode rapidamente apresentar de forma visual
seus dados. Além de escolher tipos pré-definidos de gráficos, você
pode personalizar qualquer gráfico da maneira desejada.
– Apresentações: Você pode usar estilos de células, ferramen-
tas de desenho, galeria de gráficos e formatos de tabela para criar Guia de Planilhas.
apresentações de alta qualidade.
– Macros: as tarefas que são frequentemente utilizadas podem – Coluna: é o espaçamento entre dois traços na vertical. As co-
ser automatizadas pela criação e armazenamento de suas próprias lunas do Excel são representadas em letras de acordo com a ordem
macros. alfabética crescente sendo que a ordem vai de “A” até “XFD”, e tem
no total de 16.384 colunas em cada planilha.
Planilha Eletrônica – Linha: é o espaçamento entre dois traços na horizontal. As
A Planilha Eletrônica é uma folha de cálculo disposta em forma linhas de uma planilha são representadas em números, formam um
de tabela, na qual poderão ser efetuados rapidamente vários tipos total de 1.048.576 linhas e estão localizadas na parte vertical es-
de cálculos matemáticos, simples ou complexos. querda da planilha.
Além disso, a planilha eletrônica permite criar tabelas que cal-
culam automaticamente os totais de valores numéricos inseridos,
imprimir tabelas em layouts organizados e criar gráficos simples.

Barra de ferramentas de acesso rápido


Essa barra localizada na parte superior esquerdo, ajudar a dei-
xar mais perto os comandos mais utilizados, sendo que ela pode ser
personalizada. Um bom exemplo é o comando de visualização de
impressão que podemos inserir nesta barra de acesso rápido. Linhas e colunas.

– Célula: é o cruzamento de uma linha com uma coluna. Na


figura abaixo podemos notar que a célula selecionada possui um
endereço que é o resultado do cruzamento da linha 4 e a coluna
B, então a célula será chamada B4, como mostra na caixa de nome
logo acima da planilha.

Barra de ferramentas de acesso rápido.

Barra de Fórmulas
Nesta barra é onde inserimos o conteúdo de uma célula poden-
do conter fórmulas, cálculos ou textos, mais adiante mostraremos Células.
melhor a sua utilidade.
Faixa de opções do Excel (Antigo Menu)
Como na versão anterior o MS Excel 2013 a faixa de opções
está organizada em guias/grupos e comandos. Nas versões anterio-
res ao MS Excel 2007 a faixa de opções era conhecida como menu.
Guias: existem sete guias na parte superior. Cada uma repre-
Barra de Fórmulas.
senta tarefas principais executadas no Excel.
Grupos: cada guia tem grupos que mostram itens relacionados
reunidos.

Editora
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Comandos: um comando é um botão, uma caixa para inserir informações ou um menu.

Pasta de trabalho
É denominada pasta todo arquivo que for criado no MS Excel. Tudo que for criado será um arquivo com extensão: xls, xlsx, xlsm, xltx
ou xlsb.

Fórmulas
Fórmulas são equações que executam cálculos sobre valores na planilha. Uma fórmula sempre inicia com um sinal de igual (=).
Uma fórmula também pode conter os seguintes itens: funções, referências, operadores e constantes.

– Referências: uma referência identifica uma célula ou um intervalo de células em uma planilha e informa ao Microsoft Excel onde
procurar os valores ou dados a serem usados em uma fórmula.
– Operadores: um sinal ou símbolo que especifica o tipo de cálculo a ser executado dentro de uma expressão. Existem operadores
matemáticos, de comparação, lógicos e de referência.

OPERADOR ARITMÉTICO SIGNIFICADO EXEMPLO


+ (Sinal de Adição) Adição 3+3
- (Sinal de Subtração) Subtração 3-1
* (Sinal de Multiplicação) Multiplicação 3*3
/ (Sinal de Divisão) Divisão 10/2
% (Símbolo de Percentagem) Percentagem 15%
^ (Sinal de Exponenciação) Exponenciação 3^4

OPERADOR DE COMPARAÇÃO SIGNIFICADO EXEMPLO


> (Sinal de Maior que) Maior do que B2 > V2
< (Sinal de Menor que) Menor do que C8 < G7
>= (Sinal de Maior ou igual a) Maior ou igual a B2 >= V2
=< (Sinal de Menor ou igual a) Menor ou igual a C8 =< G7
<> (Sinal de Diferente) Diferente J10 <> W7

OPERADOR DE REFERÊNCIA SIGNIFICADO EXEMPLO


: (Dois pontos) Operador de intervalo sem exceção B5 : J6
; (Ponto e Vírgula) Operador de intervalo intercalado B8; B7 ; G4

– Constantes: é um valor que não é calculado, e que, portanto, não é alterado. Por exemplo: =C3+5.
O número 5 é uma constante. Uma expressão ou um valor resultante de uma expressão não é considerado uma constante.

Níveis de prioridade de cálculo


Quando o Excel cria fórmulas múltiplas, ou seja, misturar mais de uma operação matemática diferente dentro de uma mesma fórmula,
ele obedece a níveis de prioridade.
Os Níveis de Prioridade de Cálculo são os seguintes:
Prioridade 1: Exponenciação e Radiciação (vice-versa).
Prioridade 2: Multiplicação e Divisão (vice-versa).
Prioridade 3: Adição e Subtração (vice-versa).
Os cálculos são executados de acordo com a prioridade matemática, conforme esta sequência mostrada, podendo ser utilizados pa-
rênteses “ () ” para definir uma nova prioridade de cálculo.
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Criando uma fórmula


Para criar uma fórmula simples como uma soma, tendo como referência os conteúdos que estão em duas células da planilha, digite
o seguinte:

Funções
Funções são fórmulas predefinidas que efetuam cálculos usando valores específicos, denominados argumentos, em uma determinada
ordem ou estrutura. As funções podem ser usadas para executar cálculos simples ou complexos.
Assim como as fórmulas, as funções também possuem uma estrutura (sintaxe), conforme ilustrado abaixo:

Estrutura da função.

NOME DA FUNÇÃO: todas as funções que o Excel permite usar em suas células tem um nome exclusivo.
Para obter uma lista das funções disponíveis, clique em uma célula e pressione SHIFT+F3.
ARGUMENTOS: os argumentos podem ser números, texto, valores lógicos, como VERDADEIRO ou FALSO, matrizes, valores de erro
como #N/D ou referências de célula. O argumento que você atribuir deve produzir um valor válido para esse argumento. Os argumentos
também podem ser constantes, fórmulas ou outras funções.

Função SOMA
Esta função soma todos os números que você especifica como argumentos. Cada argumento pode ser um intervalo, uma referência
de célula, uma matriz, uma constante, uma fórmula ou o resultado de outra função. Por exemplo, SOMA (A1:A5) soma todos os números
contidos nas células de A1 a A5. Outro exemplo: SOMA (A1;A3; A5) soma os números contidos nas células A1, A3 e A5.

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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Função MÉDIA
Esta função calcula a média aritmética de uma determinada faixa de células contendo números. Para tal, efetua o cálculo somando os
conteúdos dessas células e dividindo pela quantidade de células que foram somadas.

• Função MÁXIMO e MÍNIMO


Essas funções dado um intervalo de células retorna o maior e menor número respectivamente.

• Função SE
A função SE é uma função do grupo de lógica, onde temos que tomar uma decisão baseada na lógica do problema. A função SE verifica
uma condição que pode ser Verdadeira ou Falsa, diante de um teste lógico.

Sintaxe
SE (teste lógico; valor se verdadeiro; valor se falso)

Exemplo:
Na planilha abaixo, como saber se o número é negativo, temos que verificar se ele é menor que zero.
Na célula A2 digitaremos a seguinte formula:

Editora
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Intervalo analisado (obrigatório): intervalo em que a função vai


analisar o critério.
Critério (obrigatório): Valor ou Texto a ser procurado no inter-
valo a ser analisado.

Função SOMASE
A função SOMASE é uma junção de duas funções já estudadas
aqui, a função SOMA e SE, onde buscaremos somar valores desde
que atenda a uma condição especificada:

Sintaxe
SOMASE (intervalo analisado; critério; intervalo a ser somado) Aproveitando o mesmo exemplo da função anterior, podemos
Onde: contar a quantidade de homens e mulheres.
Intervalo analisado (obrigatório): intervalo em que a função vai Na planilha acima, na célula C9 digitaremos a função =CONT.SE
analisar o critério. (B2:B7;”M”) para obter a quantidade de vendedores.
Critério (obrigatório): Valor ou Texto a ser procurado no inter-
valo a ser analisado.
MS-POWER POINT 2013: ESTRUTURA BÁSICA DAS APRE-
Intervalo a ser somado (opcional): caso o critério seja atendido
SENTAÇÕES, CONCEITOS DE SLIDES, SLIDE MESTRE, MO-
é efetuado a soma da referida célula analisada. Não pode conter
DOS DE EXIBIÇÃO, ANOTAÇÕES, RÉGUA, GUIAS, CABEÇA-
texto neste intervalo.
LHOS E RODAPÉS, NOÇÕES DE EDIÇÃO E FORMATAÇÃO DE
APRESENTAÇÕES, INSERÇÃO DE OBJETOS, NUMERAÇÃO
DE PÁGINAS, BOTÕES DE AÇÃO, ANIMAÇÃO E TRANSIÇÃO
ENTRE SLIDES. CORREIO ELETRÔNICO: USO DO APLI-
CATIVO DE CORREIO ELETRÔNICO

O PowerPoint 2013 é um do programa para produção de apre-


sentações incluído no conjunto de programas do Microsoft Office
201319. Munido de um vasto conjunto de ferramentas, o Power-
Point permite ao utilizador produzir apresentações dinâmicas e
profissionais.

Exemplo:
Vamos calcular a somas das vendas dos vendedores por Gêne-
ro. Observando a planilha acima, na célula C9 digitaremos a função
=SOMASE (B2:B7;”M”; C2:C7) para obter a soma dos vendedores.

Função CONT.SE
Esta função conta quantas células se atender ao critério solici-
tado. Ela pede apenas dois argumentos, o intervalo a ser analisado
e o critério para ser verificado.

Sintaxe
CONT.SE (intervalo analisado; critério)
Onde:
19 https://carlosdiniz.pt/manuais/Manual_PowerPoint2013.pdf
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Tela inicial do PowerPoint 2013.

– Ideal para apresentar uma ideia, proposta, empresa, produto ou processo, com design profissional e slides de grande impacto;
– Os seus temas personalizados, estilos e opções de formatação dão ao utilizador uma grande variedade de combinações de cor, tipos
de letra e feitos;
– Permite enfatizar as marcas (bullet points), com imagens, formas e textos com estilos especiais;
– Inclui gráficos e tabelas com estilos semelhantes ao dos restantes programas do Microsoft Office (Word e Excel), tornando a apre-
sentação de informação numérica apelativa para o público.
– Com a funcionalidade SmartArt é possível criar diagramas sofisticados, ideais para representar projetos, hierarquias e esquemas
personalizados.
– Permite a criação de temas personalizados, ideal para utilizadores ou empresas que pretendam ter o seu próprio layout.
Pode ser utilizado como ferramenta colaborativa, onde os vários intervenientes (editores da apresentação) podem trocar informações
entre si através do documento, através de comentários.

1. Guia Arquivo: ao clicar na guia Arquivo, serão exibidos comandos básicos: Novo, Abrir, Salvar, Salvar Como, Imprimir, Preparar,
Enviar, Publicar e Fechar.

2. Barra de Ferramentas de Acesso Rápido : localiza-se no canto superior esquerdo ao lado do Botão do
Microsoft Office (local padrão), é personalizável e contém um conjunto de comandos independentes da guia exibida no momento. É pos-
sível adicionar botões que representam comandos à barra e mover a barra de um dos dois locais possíveis.

3. Barra de Título: exibe o nome do programa (Microsoft PowerPoint) e, também exibe o nome do documento ativo.

4. Botões de Comando da Janela: acionando esses botões, é possível minimizar, maximizar e restaurar a janela do programa Power-
Point.

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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

5. Faixa de Opções: a Faixa de Opções é usada para localizar rapidamente os comandos necessários para executar uma tarefa. Os
comandos são organizados em grupos lógicos, reunidos em guias. Cada guia está relacionada a um tipo de atividade como gravação ou
disposição de uma página. Para diminuir a desorganização, algumas guias são exibidas somente quando necessário. Por exemplo, a guia
Ferramentas de Imagem somente é exibida quando uma imagem for selecionada.
Grande novidade do Office 2007/2010, a faixa de opções elimina grande parte da navegação por menus e busca aumentar a produti-
vidade por meio do agrupamento de comandos em uma faixa localizada abaixo da barra de títulos20.

6. Painel de Anotações: nele é possível digitar as anotações que se deseja incluir em um slide.
7. Barra de Status: exibe várias informações úteis na confecção dos slides, entre elas: o número de slides; tema e idioma.

8. Nível de Zoom: clicar para ajustar o nível de zoom.

Modos de Exibição do PowerPoint


O menu das versões anteriores, conhecido como menu Exibir, agora é a guia Exibição no Microsoft PowerPoint 2010. O PowerPoint
2010 disponibiliza aos usuários os seguintes modos de exibição:
– Normal,
– Classificação de Slides,
– Anotações,
– Modo de exibição de leitura,
– Slide Mestre,
– Folheto Mestre,
– Anotações Mestras.

O modo de exibição Normal é o principal modo de edição, onde você escreve e projeta a sua apresentação.

20 LÊNIN, A; JUNIOR, M. Microsoft Office 2010. Livro Eletrônico.


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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Criar apresentações
Criar uma apresentação no Microsoft PowerPoint 2013 engloba: iniciar com um design básico; adicionar novos slides e conteúdo; es-
colher layouts; modificar o design do slide, se desejar, alterando o esquema de cores ou aplicando diferentes modelos de estrutura e criar
efeitos, como transições de slides animados.
Para iniciar uma nova apresentação basta clicar no Botão do Microsoft Office, e em seguida clicar em Novo.
Então escolher um modelo para a apresentação (Em Branco, Modelos Instalados, Meus modelos, Novo com base em documento exis-
tente ou Modelos do Microsoft Office On-line).
Depois de escolhido o modelo clicar em Criar.

Tema
No PowerPoint, você verá alguns modelos e temas internos. Um tema é um design de slide que contém correspondências de cores,
fontes e efeitos especiais como sombras, reflexos, dentre outros recursos.
1. Clique na guia Design.

2. Clique no tema com as cores, as fontes e os efeitos desejados.


3. Para alterar o Layout do slide selecionado, basta clicar na guia Início e depois no botão Layout, escolha o layout desejado clicando
sobre ele.

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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Então basta começar a digitar.

Formatar texto
Para alterar um texto, é necessário primeiro selecioná-lo. Para selecionar um texto ou palavra, basta clicar com o botão esquerdo
sobre o ponto em que se deseja iniciar a seleção e manter o botão pressionado, arrastar o mouse até o ponto desejado e soltar o botão
esquerdo.

Fonte: altera o tipo de fonte.


Tamanho da fonte: altera o tamanho da fonte.
Negrito: aplica negrito ao texto selecionado. Também pode ser acionado através do comando Ctrl+N.
Itálico: aplica Itálico ao texto selecionado. Também pode ser acionado através do comando Ctrl+I.
Sublinhado: sublinha o texto selecionado. Também pode ser acionado através do comando Ctrl+S.
Tachado: desenha uma linha no meio do texto selecionado.
Sombra de Texto: adiciona uma sombra atrás do texto selecionado para destacá-lo no slide.
Espaçamento entre Caracteres: ajusta o espaçamento entre caracteres.
Maiúsculas e Minúsculas: altera todo o texto selecionado para MAIÚSCULAS, minúsculas, ou outros usos comuns de maiúsculas/
minúsculas.
Cor da Fonte: altera a cor da fonte.
Alinhar Texto à Esquerda: alinha o texto à esquerda. Também pode ser acionado através do comando Ctrl+Q.
Centralizar: centraliza o texto. Também pode ser acionado através do comando Ctrl+E.
Alinhar Texto à Direita: alinha o texto à direita. Também pode ser acionado através do comando Ctrl+G.
Justificar: alinha o texto às margens esquerda e direita, adicionando espaço extra entre as palavras conforme o necessário, promoven-
do uma aparência organizada nas laterais esquerda e direita da página.
Colunas: divide o texto em duas ou mais colunas.

Excluir slide
Selecione o slide com um clique e tecle Delete no teclado.

Salvar Arquivo
Para salvar o arquivo, acionar a guia Arquivo e sem sequência, salvar como ou pela tecla de atalho Ctrl + B.

Inserir Figuras
Para inserir uma figura no slide clicar na guia Inserir, e clicar em um desses botões:
– Imagem do Arquivo: insere uma imagem de um arquivo.

– Clip-Art: é possível escolher entre várias figuras que acompanham o Microsoft Office.
– Formas: insere formas prontas, como retângulos e círculos, setas, linhas, símbolos de fluxograma e textos explicativos.
– SmartArt: insere um elemento gráfico SmartArt para comunicar informações visualmente. Esses elementos gráficos variam desde
listas gráficas e diagramas de processos até gráficos mais complexos, como diagramas de Venn e organogramas.
– Gráfico: insere um gráfico para ilustrar e comparar dados.
– WordArt: insere um texto com efeitos especiais.

Transição de Slides
A Microsoft Office PowerPoint 2013 inclui vários tipos diferentes de transições de slides. Basta clicar no guia transição e escolher a
transição de slide desejada.

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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Exibir apresentação
Para exibir uma apresentação de slides no Power Point.
1. Clique na guia Apresentação de Slides, grupo Iniciar Apresentação de Slides.
2. Clique na opção Do começo ou pressione a tecla F5, para iniciar a apresentação a partir do primeiro slide.
3. Clique na opção Do Slide Atual, ou pressione simultaneamente as teclas SHIFT e F5, para iniciar a apresentação a partir do slide
atual.

Slide mestre
O slide mestre é um slide padrão que replica todas as suas características para toda a apresentação. Ele armazena informações como
plano de fundo, tipos de fonte usadas, cores, efeitos (de transição e animação), bem como o posicionamento desses itens. Por exemplo, na
imagem abaixo da nossa apresentação multiuso Power View, temos apenas um item padronizado em todos os slides que é a numeração
da página no topo direito superior.
Ao modificar um ou mais dos layouts abaixo de um slide mestre, você modifica essencialmente esse slide mestre. Embora cada layout
de slide seja configurado de maneira diferente, todos os layouts que estão associados a um determinado slide mestre contêm o mesmo
tema (esquema de cor, fontes e efeitos).
Para criar um slide mestre clique na Guia Exibição e em seguida em Slide Mestre.

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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

MOZILLA THUNDERBIRD E MICROSOFT OUTLOOK 2013, PROTOCOLOS, PREPARO E ENVIO DE MENSAGENS, ANEXAÇÃO DE
ARQUIVOS.

Mozilla Thunderbird

O Mozilla Thunderbird é um aplicativo usado principalmente para enviar e receber e-mails . Também pode ser usado para gerenciar
vários tipos de dados pessoais, incluindo compromissos de calendário e entradas, tarefas, contatos e anotações semelhantes.

Atalhos das funções principais

AÇÃO ATALHO
Nova mensagem CTRL + N
Responder à mensagem (apenas
CTRL + R
remetente)
Responder a todos na mensagem
CTRL + SHIFT + R
(remetente e todos os destinatários)
Responder à lista CTRL + SHIFT + L
Reencaminhar mensagem CTRL + L
Editar como nova mensagem CTRL + E
Obter novas mensagens para a conta
F5
atual
Obter novas mensagens para todas as
SHIFT + F5
contas
Abrir mensagem (numa nova janela ou
CTRL + O ENTER
separador)
Abrir mensagem na conversa CTRL + SHIFT + O
Ampliar CTRL +
Reduzir CTRL -

Endereços de e-mail
• Nome do Usuário: é o nome de login escolhido pelo usuário na hora de fazer seu e-mail. Exemplo: joaodasilva
@ – Símbolo padronizado
• Nome do domínio a que o e-mail pertence.

Vejamos um exemplo real: joaodasilva@empresa.com.br


• Caixa de Entrada: Onde ficam armazenadas as mensagens recebidas;
• Caixa de Saída: Onde ficam armazenadas as mensagens ainda não enviadas;
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• E-mails Enviados: Como o próprio nome diz, é onde ficam os e-mails que foram enviados;
• Rascunho: Guarda as mensagens que você ainda não terminou de redigir;
• Lixeira: Armazena as mensagens excluídas.

Ao escrever mensagem, temos os seguintes campos :


• Para: é o campo onde será inserido o endereço do destinatário do e-mail;
• CC: este campo é usado para mandar cópias da mesma mensagem. Ao usar este campo os endereços aparecerão para todos os
destinatários envolvidos;
• CCO: sua funcionalidade é semelhante ao campo anterior, no entanto os endereços só aparecerão para os respectivos donos;
• Assunto: campo destinado ao assunto da mensagem;
• Anexos: são dados que são anexados à mensagem (imagens, programas, música, textos e outros);
• Corpo da Mensagem: espaço onde será escrita a mensagem.

Contas de e-mail
É um endereço de e-mail vinculado a um domínio, que está apto a receber, enviar ou até mesmo guardar mensagens conforme a
necessidade.

Escrever novo e-mail

Ao clicar em Write é aberta uma outra janela para digitação do texto e colocar o destinatário. Podemos preencher também os campos
CC (outra pessoa que também receberá uma cópia deste e-mail) e o campo CCO ou BCC (outra pessoa que receberá outra cópia do e-mail,
porém esta outra pessoa não estará visível aos outros destinatários)

Enviar e-mail
De acordo com a figura abaixo, deve-se clicar em “Enviar” (Send) do lado esquerdo para enviar o e-mail.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Responder e Encaminhar mensagens


Utiliza-se os botões Reply e Forward, ilustrador a seguir

Destinatário oculto

Arquivos anexos
A melhor maneira de anexar é colar o objeto desejado no corpo do e-mail. Pode-se ainda usar o botão indicado a seguir, para ter
acesso a caixa de diálogo na qual selecionará arquivos desejados.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Microsoft Outlook 2013

O Microsoft Outlook é um gerenciador de e-mail usado principalmente para enviar e receber e-mails. O Microsoft Outlook também
pode ser usado para administrar vários tipos de dados pessoais, incluindo compromissos de calendário e entradas, tarefas, contatos e
anotações.

Funcionalidades mais comuns:

PARA FAZER ISTO ATALHO CAMINHOS PARA EXECUÇÃO


1 Entrar na mensagem Enter na mensagem fechada ou click Verificar coluna atalho
2 Fechar Esc na mensagem aberta Verificar coluna atalho
3 Ir para a guia Página Inicial Alt+H Menu página inicial
4 Nova mensagem Ctrl+Shift+M Menu página inicial => Novo e-mail
5 Enviar Alt+S Botão enviar
6 Delete Excluir (quando na mensagem fechada) Verificar coluna atalho
7 Pesquisar Ctrl+E Barra de pesquisa
8 Responder Ctrl+R Barra superior do painel da mensagem
9 Encaminhar Ctrl+F Barra superior do painel da mensagem
10 Responder a todos Ctrl+Shift+R Barra superior do painel da mensagem
11 Copiar Ctrl+C Click direito copiar
12 Colar Ctrl+V Click direito colar

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

13 Recortar Ctrl+X Click direito recortar


14 Enviar/Receber Ctrl+M Enviar/Receber (Reatualiza tudo)
15 Acessar o calendário Ctrl+2 Canto inferior direito ícone calendário
16 Anexar arquivo ALT+T AX Menu inserir ou painel superior
17 Mostrar campo cco (cópia oculta) ALT +S + B Menu opções CCO

Endereços de e-mail
• Nome do Usuário – é o nome de login escolhido pelo usuário na hora de fazer seu e-mail. Exemplo: joaodasilva, no caso este é nome
do usuário;
• @ – Símbolo padronizado para uso;
• Nome do domínio – domínio a que o e-mail pertence, isto é, na maioria das vezes, a empresa. Vejamos um exemplo real: joaodasil-
va@solucao.com.br;
• Caixa de Entrada – Onde ficam armazenadas as mensagens recebidas;
• Caixa de Saída – Onde ficam armazenadas as mensagens ainda não enviadas;
• E-mails Enviados – Como próprio nome diz, e aonde ficam os e-mails que foram enviados;
• Rascunho – Guarda as mensagens que ainda não terminadas;
• Lixeira – Armazena as mensagens excluídas;

Escrevendo e-mails
Ao escrever uma mensagem, temos os seguintes campos:
• Para – é o campo onde será inserido o endereço do destinatário do e-mail;
• CC – este campo é usado para mandar cópias da mesma mensagem. Ao usar este campo os endereços aparecerão para todos os
destinatários envolvidos.
• CCO – sua funcionalidade é semelhante ao campo anterior, no entanto os endereços só aparecerão para os respectivos donos;
• Assunto – campo destinado ao assunto da mensagem.
• Anexos – são dados que são anexados à mensagem (imagens, programas, música, textos e outros.)
• Corpo da Mensagem – espaço onde será escrita a mensagem.

Contas de e-mail
É um endereço de e-mail vinculado a um domínio, que está apto a receber e enviar mensagens, ou até mesmo guarda-las conforme
a necessidade.

Adicionar conta de e-mail


Siga os passos de acordo com as imagens:

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

A partir daí devemos seguir as diretrizes sobre nomes de e-mail, referida no item “Endereços de e-mail”.

Criar nova mensagem de e-mail

Ao clicar em novo e-mail é aberto uma outra janela para digitação do texto e colocar o destinatário, podemos preencher também os
campos CC (cópia), e o campo CCO (cópia oculta), porém esta outra pessoa não estará visível aos outros destinatários.
Enviar
De acordo com a imagem a seguir, o botão Enviar fica em evidência para o envio de e-mails.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Encaminhar e responder e-mails


Funcionalidades importantes no uso diário, você responde a
e-mail e os encaminha para outros endereços, utilizando os botões
indicados. Quando clicados, tais botões ativam o quadros de texto,
para a indicação de endereços e digitação do corpo do e-mail de
resposta ou encaminhamento.

Adicionar, abrir ou salvar anexos


A melhor maneira de anexar e colar o objeto desejado no corpo
do e-mail, para salvar ou abrir, basta clicar no botão corresponden-
te, segundo a figura abaixo:

Imprimir uma mensagem de e-mail


Por fim, um recurso importante de ressaltar, é o que nos pos-
sibilita imprimir e-mails, integrando-os com a impressora ligada ao
computador. Um recurso que se assemelha aos apresentados pelo
Adicionar assinatura de e-mail à mensagem pacote Office e seus aplicativos.
Um recurso interessante, é a possibilidade de adicionarmos
assinaturas personalizadas aos e-mails, deixando assim definida a
nossa marca ou de nossa empresa, de forma automática em cada
mensagem.

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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

computadores adotem as mesmas regras para o envio e o recebi-


mento de informações. Este conjunto de regras é conhecido como
Protocolo de Comunicação. No protocolo de comunicação estão de-
finidas todas as regras necessárias para que o computador de desti-
no, “entenda” as informações no formato que foram enviadas pelo
computador de origem.
Existem diversos protocolos, atualmente a grande maioria das
redes utiliza o protocolo TCP/IP já que este é utilizado também na
Internet.
O protocolo TCP/IP acabou se tornando um padrão, inclusive
para redes locais, como a maioria das redes corporativas hoje tem
INTERNET: NAVEGAÇÃO INTERNET (MICROSOFT EDGE, acesso Internet, usar TCP/IP resolve a rede local e também o acesso
MOZILLA FIREFOX, GOOGLE CHROME), PROTOCOLOS externo.
HTTP/HTTPS/FTP, CONCEITOS DE URL, PROXY, LINKS/
APONTADORES, SITES/SÍTIOS WEB, SITES/SÍTIOS DE PES- TCP / IP
QUISA (EXPRESSÕES PARA PESQUISA DE CONTEÚDOS/ Sigla de Transmission Control Protocol/Internet Protocol (Pro-
SITES (GOOGLE) tocolo de Controle de Transmissão/Protocolo Internet).
Embora sejam dois protocolos, o TCP e o IP, o TCP/IP aparece
nas literaturas como sendo:
Internet - O protocolo principal da Internet;
A Internet é uma rede mundial de computadores interligados - O protocolo padrão da Internet;
através de linhas de telefone, linhas de comunicação privadas, ca- - O protocolo principal da família de protocolos que dá suporte
bos submarinos, canais de satélite, etc21. Ela nasceu em 1969, nos ao funcionamento da Internet e seus serviços.
Estados Unidos. Interligava originalmente laboratórios de pesquisa
e se chamava ARPAnet (ARPA: Advanced Research Projects Agency). Considerando ainda o protocolo TCP/IP, pode-se dizer que:
Com o passar do tempo, e com o sucesso que a rede foi tendo, o nú- A parte TCP é responsável pelos serviços e a parte IP é respon-
mero de adesões foi crescendo continuamente. Como nesta época, sável pelo roteamento (estabelece a rota ou caminho para o trans-
o computador era extremamente difícil de lidar, somente algumas porte dos pacotes).
instituições possuíam internet.
No entanto, com a elaboração de softwares e interfaces cada Domínio
vez mais fáceis de manipular, as pessoas foram se encorajando a Se não fosse o conceito de domínio quando fossemos acessar
participar da rede. O grande atrativo da internet era a possibilida- um determinado endereço na web teríamos que digitar o seu en-
de de se trocar e compartilhar ideias, estudos e informações com dereço IP. Por exemplo: para acessar o site do Google ao invés de
outras pessoas que, muitas vezes nem se conhecia pessoalmente. você digitar www.google.com você teria que digitar um número IP
– 74.125.234.180.
Conectando-se à Internet É através do protocolo DNS (Domain Name System), que é pos-
Para se conectar à Internet, é necessário que se ligue a uma sível associar um endereço de um site a um número IP na rede.
rede que está conectada à Internet. Essa rede é de um provedor de O formato mais comum de um endereço na Internet é algo como
acesso à internet. Assim, para se conectar você liga o seu computa- http://www.empresa.com.br, em que:
dor à rede do provedor de acesso à Internet; isto é feito por meio www: (World Wide Web): convenção que indica que o ende-
de um conjunto como modem, roteadores e redes de acesso (linha reço pertence à web.
telefônica, cabo, fibra-ótica, wireless, etc.). empresa: nome da empresa ou instituição que mantém o ser-
viço.
World Wide Web com: indica que é comercial.
A web nasceu em 1991, no laboratório CERN, na Suíça. Seu br: indica que o endereço é no Brasil.
criador, Tim Berners-Lee, concebeu-a unicamente como uma lin-
guagem que serviria para interligar computadores do laboratório e URL
outras instituições de pesquisa, e exibir documentos científicos de Um URL (de Uniform Resource Locator), em português, Locali-
forma simples e fácil de acessar. zador-Padrão de Recursos, é o endereço de um recurso (um arqui-
Hoje é o segmento que mais cresce. A chave do sucesso da vo, uma impressora etc.), disponível em uma rede; seja a Internet,
World Wide Web é o hipertexto. Os textos e imagens são interli- ou uma rede corporativa, uma intranet.
gados por meio de palavras-chave, tornando a navegação simples Uma URL tem a seguinte estrutura: protocolo://máquina/ca-
e agradável. minho/recurso.
Protocolo de comunicação HTTP
Transmissão e fundamentalmente por um conjunto de proto- É o protocolo responsável pelo tratamento de pedidos e res-
colos encabeçados pelo TCP/IP. Para que os computadores de uma postas entre clientes e servidor na World Wide Web. Os endereços
rede possam trocar informações entre si é necessário que todos os web sempre iniciam com http:// (http significa Hypertext Transfer
21 https://cin.ufpe.br/~macm3/Folders/Apostila%20Internet%20-%20 Protocol, Protocolo de transferência hipertexto).
Avan%E7ado.pdf
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Hipertexto – Histórico: opção que mostra o histórico de navegação do


São textos ou figuras que possuem endereços vinculados a usuário usando determinado navegador. É muito útil para recupe-
eles. Essa é a maneira mais comum de navegar pela web. rar links, páginas perdidas ou revisitar domínios antigos. Pode ser
apagado, caso o usuário queira.
Navegadores – Gerenciador de Downloads: permite administrar os downlo-
Um navegador de internet é um programa que mostra informa- ads em determinado momento. É possível ativar, cancelar e pausar
ções da internet na tela do computador do usuário. por tempo indeterminado. É um maior controle na usabilidade do
Além de também serem conhecidos como browser ou web navegador de internet.
browser, eles funcionam em computadores, notebooks, dispositi- – Extensões: já é padrão dos navegadores de internet terem
vos móveis, aparelhos portáteis, videogames e televisores conec- um mecanismo próprio de extensões com mais funcionalidades.
tados à internet. Com alguns cliques, é possível instalar temas visuais, plug-ins com
Um navegador de internet condiciona a estrutura de um site novos recursos (relógio, notícias, galeria de imagens, ícones, entre
e exibe qualquer tipo de conteúdo na tela da máquina usada pelo outros.
internauta. – Central de Ajuda: espaço para verificar a versão instalada do
Esse conteúdo pode ser um texto, uma imagem, um vídeo, um navegador e artigos (geralmente em inglês, embora também exis-
jogo eletrônico, uma animação, um aplicativo ou mesmo servidor. tam em português) de como realizar tarefas ou ações específicas
Ou seja, o navegador é o meio que permite o acesso a qualquer no navegador.
página ou site na rede.
Para funcionar, um navegador de internet se comunica com Firefox, Internet Explorer, Google Chrome, Safari e Opera são
servidores hospedados na internet usando diversos tipos de pro- alguns dos navegadores mais utilizados atualmente. Também co-
tocolos de rede. Um dos mais conhecidos é o protocolo HTTP, que nhecidos como web browsers ou, simplesmente, browsers, os na-
transfere dados binários na comunicação entre a máquina, o nave- vegadores são uma espécie de ponte entre o usuário e o conteúdo
gador e os servidores. virtual da Internet.

Funcionalidades de um Navegador de Internet Internet Explorer


A principal funcionalidade dos navegadores é mostrar para o Lançado em 1995, vem junto com o Windows, está sendo
usuário uma tela de exibição através de uma janela do navegador. substituído pelo Microsoft Edge, mas ainda está disponível como
Ele decodifica informações solicitadas pelo usuário, através de segundo navegador, pois ainda existem usuários que necessitam de
códigos-fonte, e as carrega no navegador usado pelo internauta. algumas tecnologias que estão no Internet Explorer e não foram
Ou seja, entender a mensagem enviada pelo usuário, solicitada atualizadas no Edge.
através do endereço eletrônico, e traduzir essa informação na tela Já foi o mais navegador mais utilizado do mundo, mas hoje per-
do computador. É assim que o usuário consegue acessar qualquer deu a posição para o Google Chrome e o Mozilla Firefox.
site na internet.
O recurso mais comum que o navegador traduz é o HTML, uma
linguagem de marcação para criar páginas na web e para ser inter-
pretado pelos navegadores.
Eles também podem reconhecer arquivos em formato PDF,
imagens e outros tipos de dados.
Essas ferramentas traduzem esses tipos de solicitações por
meio das URLs, ou seja, os endereços eletrônicos que digitamos na
parte superior dos navegadores para entrarmos numa determinada
página. Principais recursos do Internet Explorer:
Abaixo estão outros recursos de um navegador de internet: – Transformar a página num aplicativo na área de trabalho,
– Barra de Endereço: é o espaço em branco que fica localiza- permitindo que o usuário defina sites como se fossem aplicativos
do no topo de qualquer navegador. É ali que o usuário deve digitar instalados no PC. Através dessa configuração, ao invés de apenas
a URL (ou domínio ou endereço eletrônico) para acessar qualquer manter os sites nos favoritos, eles ficarão acessíveis mais facilmente
página na web. através de ícones.
– Botões de Início, Voltar e Avançar: botões clicáveis básicos – Gerenciador de downloads integrado.
que levam o usuário, respectivamente, ao começo de abertura do – Mais estabilidade e segurança.
navegador, à página visitada antes ou à página visitada seguinte. – Suporte aprimorado para HTML5 e CSS3, o que permite uma
– Favoritos: é a aba que armazena as URLs de preferência do navegação plena para que o internauta possa usufruir dos recursos
usuário. Com um único simples, o usuário pode guardar esses en- implementados nos sites mais modernos.
dereços nesse espaço, sendo que não existe uma quantidade limite – Com a possibilidade de adicionar complementos, o navega-
de links. É muito útil para quando você quer acessar as páginas mais dor já não é apenas um programa para acessar sites. Dessa forma, é
recorrentes da sua rotina diária de tarefas. possível instalar pequenos aplicativos que melhoram a navegação e
– Atualizar: botão básico que recarrega a página aberta naque- oferecem funcionalidades adicionais.
le momento, atualizando o conteúdo nela mostrado. Serve para – One Box: recurso já conhecido entre os usuários do Google
mostrar possíveis edições, correções e até melhorias de estrutura Chrome, agora está na versão mais recente do Internet Explorer.
no visual de um site. Em alguns casos, é necessário limpar o cache Através dele, é possível realizar buscas apenas informando a pala-
para mostrar as atualizações. vra-chave digitando-a na barra de endereços.
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Microsoft Edge
Da Microsoft, o Edge é a evolução natural do antigo Explorer22.
O navegador vem integrado com o Windows 10. Ele pode receber
aprimoramentos com novos recursos na própria loja do aplicativo.
Além disso, a ferramenta otimiza a experiência do usuário con-
vertendo sites complexos em páginas mais amigáveis para leitura.

Principais recursos do Google Chrome:


– Desempenho ultra veloz, desde que a máquina tenha recur-
sos RAM suficientes.
– Gigantesca quantidade de extensões para adicionar novas
funcionalidades.
– Estável e ocupa o mínimo espaço da tela para mostrar conte-
údos otimizados.
Outras características do Edge são: – Segurança avançada com encriptação por Certificado SSL (HT-
– Experiência de navegação com alto desempenho. TPS).
– Função HUB permite organizar e gerenciar projetos de qual- – Disponível em desktop e mobile.
quer lugar conectado à internet.
– Funciona com a assistente de navegação Cortana. Opera
– Disponível em desktops e mobile com Windows 10. Um dos primeiros navegadores existentes, o Opera segue evo-
– Não é compatível com sistemas operacionais mais antigos. luindo como um dos melhores navegadores de internet.
Ele entrega uma interface limpa, intuitiva e agradável de usar.
Firefox Além disso, a ferramenta também é leve e não prejudica a qualida-
Um dos navegadores de internet mais populares, o Firefox é de da experiência do usuário.
conhecido por ser flexível e ter um desempenho acima da média.
Desenvolvido pela Fundação Mozilla, é distribuído gratuita-
mente para usuários dos principais sistemas operacionais. Ou seja,
mesmo que o usuário possua uma versão defasada do sistema ins-
talado no PC, ele poderá ser instalado.

Outros pontos de destaques do Opera são:


– Alto desempenho com baixo consumo de recursos e de ener-
gia.
– Recurso Turbo Opera filtra o tráfego recebido, aumentando a
velocidade de conexões de baixo desempenho.
– Poupa a quantidade de dados usados em conexões móveis
Algumas características de destaque do Firefox são: (3G ou 4G).
– Velocidade e desempenho para uma navegação eficiente. – Impede armazenamento de dados sigilosos, sobretudo em
– Não exige um hardware poderoso para rodar. páginas bancárias e de vendas on-line.
– Grande quantidade de extensões para adicionar novos recur- – Quantidade moderada de plug-ins para implementar novas
sos. funções, além de um bloqueador de publicidade integrado.
– Interface simplificada facilita o entendimento do usuário. – Disponível em desktop e mobile.
– Atualizações frequentes para melhorias de segurança e pri-
vacidade. Safari
– Disponível em desktop e mobile. O Safari é o navegador oficial dos dispositivos da Apple. Pela
sua otimização focada nos aparelhos da gigante de tecnologia, ele
Google Chorme é um dos navegadores de internet mais leves, rápidos, seguros e
É possível instalar o Google Chrome nas principais versões do confiáveis para usar.
sistema operacional Windows e também no Linux e Mac.
O Chrome é o navegador de internet mais usado no mundo.
É, também, um dos que têm melhor suporte a extensões, maior
compatibilidade com uma diversidade de dispositivos e é bastante
convidativo à navegação simplificada.

22 https://bit.ly/2WITu4N
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95
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O Safari também se destaca em: A segurança da informação se baseia nos seguintes pilares25:
– Sincronização de dados e informações em qualquer disposi- – Confidencialidade: o conteúdo protegido deve estar disponí-
tivo Apple (iOS). vel somente a pessoas autorizadas.
– Tem uma tecnologia anti-rastreio capaz de impedir o direcio- – Disponibilidade: é preciso garantir que os dados estejam
namento de anúncios com base no comportamento do usuário. acessíveis para uso por tais pessoas quando for necessário, ou seja,
– Modo de navegação privada não guarda os dados das páginas de modo permanente a elas.
visitadas, inclusive histórico e preenchimento automático de cam- – Integridade: a informação protegida deve ser íntegra, ou seja,
pos de informação. sem sofrer qualquer alteração indevida, não importa por quem e
– Compatível também com sistemas operacionais que não seja nem em qual etapa, se no processamento ou no envio.
da Apple (Windows e Linux). – Autenticidade: a ideia aqui é assegurar que a origem e auto-
– Disponível em desktops e mobile. ria do conteúdo seja mesmo a anunciada.

Intranet Existem outros termos importantes com os quais um profissio-


A intranet é uma rede de computadores privada que assenta nal da área trabalha no dia a dia.
sobre a suíte de protocolos da Internet, porém, de uso exclusivo de Podemos citar a legalidade, que diz respeito à adequação do
um determinado local, como, por exemplo, a rede de uma empresa, conteúdo protegido à legislação vigente; a privacidade, que se re-
que só pode ser acessada pelos seus utilizadores ou colaboradores fere ao controle sobre quem acessa as informações; e a auditoria,
internos23. que permite examinar o histórico de um evento de segurança da
Pelo fato, a sua aplicação a todos os conceitos emprega-se à informação, rastreando as suas etapas e os responsáveis por cada
intranet, como, por exemplo, o paradigma de cliente-servidor. Para uma delas.
tal, a gama de endereços IP reservada para esse tipo de aplicação
situa-se entre 192.168.0.0 até 192.168.255.255. Alguns conceitos relacionados à aplicação dos pilares
Dentro de uma empresa, todos os departamentos possuem – Vulnerabilidade: pontos fracos existentes no conteúdo pro-
alguma informação que pode ser trocada com os demais setores, tegido, com potencial de prejudicar alguns dos pilares de segurança
podendo cada sessão ter uma forma direta de se comunicar com as da informação, ainda que sem intenção
demais, o que se assemelha muito com a conexão LAN (Local Area – Ameaça: elemento externo que pode se aproveitar da vulne-
Network), que, porém, não emprega restrições de acesso. rabilidade existente para atacar a informação sensível ao negócio.
A intranet é um dos principais veículos de comunicação em cor- – Probabilidade: se refere à chance de uma vulnerabilidade ser
porações. Por ela, o fluxo de dados (centralização de documentos, explorada por uma ameaça.
formulários, notícias da empresa, etc.) é constante, pretendendo – Impacto: diz respeito às consequências esperadas caso o con-
reduzir os custos e ganhar velocidade na divulgação e distribuição teúdo protegido seja exposto de forma não autorizada.
de informações. – Risco: estabelece a relação entre probabilidade e impacto,
Apesar do seu uso interno, acessando aos dados corporativos, ajudando a determinar onde concentrar investimentos em seguran-
a intranet permite que computadores localizados numa filial, se co- ça da informação.
nectados à internet com uma senha, acessem conteúdos que este-
jam na sua matriz. Ela cria um canal de comunicação direto entre Tipos de ataques
a empresa e os seus funcionários/colaboradores, tendo um ganho Cada tipo de ataque tem um objetivo específico, que são eles26:
significativo em termos de segurança. – Passivo: envolve ouvir as trocas de comunicações ou gravar
de forma passiva as atividades do computador. Por si só, o ataque
passivo não é prejudicial, mas a informação coletada durante a ses-
NOÇÕES DE SEGURANÇA E PROTEÇÃO: VÍRUS, CAVALOS são pode ser extremamente prejudicial quando utilizada (adultera-
DE TRÓIA, WORMS, SPYWARE, PHISHING, PHARMING, ção, fraude, reprodução, bloqueio).
SPAM E DERIVADOS. – Ativos: neste momento, faz-se a utilização dos dados cole-
tados no ataque passivo para, por exemplo, derrubar um sistema,
infectar o sistema com malwares, realizar novos ataques a partir da
Segurança da informação é o conjunto de ações para proteção máquina-alvo ou até mesmo destruir o equipamento (Ex.: intercep-
de um grupo de dados, protegendo o valor que ele possui, seja para tação, monitoramento, análise de pacotes).
um indivíduo específico no âmbito pessoal, seja para uma organi-
zação24. Política de Segurança da Informação
É essencial para a proteção do conjunto de dados de uma corpo- Este documento irá auxiliar no gerenciamento da segurança
ração, sendo também fundamentais para as atividades do negócio. da organização através de regras de alto nível que representam os
Quando bem aplicada, é capaz de blindar a empresa de ata- princípios básicos que a entidade resolveu adotar de acordo com
ques digitais, desastres tecnológicos ou falhas humanas. Porém, a visão estratégica da mesma, assim como normas (no nível táti-
qualquer tipo de falha, por menor que seja, abre brecha para pro- co) e procedimentos (nível operacional). Seu objetivo será manter
blemas. a segurança da informação. Todos os detalhes definidos nelas serão
para informar sobre o que pode e o que é proibido, incluindo:
23 https://centraldefavoritos.com.br/2018/01/11/conceitos-basicos-
-ferramentas-aplicativos-e-procedimentos-de-internet-e-intranet-par- 25 https://bit.ly/2E5beRr
te-2/ 26 https://www.diegomacedo.com.br/modelos-e-mecanismos-de-se-
24 https://ecoit.com.br/seguranca-da-informacao/ guranca-da-informacao/
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• Política de senhas: define as regras sobre o uso de senhas nos • Assinatura Digital: é muito usado com chaves públicas e per-
recursos computacionais, como tamanho mínimo e máximo, regra mitem ao destinatário verificar a autenticidade e a integridade da
de formação e periodicidade de troca. informação recebida. Além disso, uma assinatura digital não permi-
• Política de backup: define as regras sobre a realização de có- te o repúdio, isto é, o emitente não pode alegar que não realizou a
pias de segurança, como tipo de mídia utilizada, período de reten- ação. A chave é integrada ao documento, com isso se houver algu-
ção e frequência de execução. ma alteração de informação invalida o documento.
• Política de privacidade: define como são tratadas as infor- • Sistemas biométricos: utilizam características físicas da pes-
mações pessoais, sejam elas de clientes, usuários ou funcionários. soa como os olhos, retina, dedos, digitais, palma da mão ou voz.
• Política de confidencialidade: define como são tratadas as
informações institucionais, ou seja, se elas podem ser repassadas Firewall
a terceiros. Firewall ou “parede de fogo” é uma solução de segurança ba-
seada em hardware ou software (mais comum) que, a partir de um
Mecanismos de segurança conjunto de regras ou instruções, analisa o tráfego de rede para
Um mecanismo de segurança da informação é uma ação, técni- determinar quais operações de transmissão ou recepção de dados
ca, método ou ferramenta estabelecida com o objetivo de preservar podem ser executadas. O firewall se enquadra em uma espécie de
o conteúdo sigiloso e crítico para uma empresa. barreira de defesa. A sua missão, por assim dizer, consiste basica-
Ele pode ser aplicado de duas formas: mente em bloquear tráfego de dados indesejado e liberar acessos
– Controle físico: é a tradicional fechadura, tranca, porta e bem-vindos.
qualquer outro meio que impeça o contato ou acesso direto à infor-
mação ou infraestrutura que dá suporte a ela – Malicioso: quando executa ações que podem comprometer a
– Controle lógico: nesse caso, estamos falando de barreiras privacidade do usuário e a segurança do computador, como monitorar
eletrônicas, nos mais variados formatos existentes, desde um anti- e capturar informações referentes à navegação do usuário ou inseridas
vírus, firewall ou filtro anti-spam, o que é de grande valia para evitar em outros programas (por exemplo, conta de usuário e senha).
infecções por e-mail ou ao navegar na internet, passa por métodos Alguns tipos específicos de programas spyware são:
de encriptação, que transformam as informações em códigos que – Keylogger: capaz de capturar e armazenar as teclas digitadas
terceiros sem autorização não conseguem decifrar e, há ainda, a pelo usuário no teclado do computador.
certificação e assinatura digital, sobre as quais falamos rapidamente – Screenlogger: similar ao keylogger, capaz de armazenar a po-
no exemplo antes apresentado da emissão da nota fiscal eletrônica. sição do cursor e a tela apresentada no monitor, nos momentos em
que o mouse é clicado, ou a região que circunda a posição onde o
Todos são tipos de mecanismos de segurança, escolhidos por mouse é clicado.
profissional habilitado conforme o plano de segurança da informa- – Adware: projetado especificamente para apresentar propa-
ção da empresa e de acordo com a natureza do conteúdo sigiloso. gandas.

Criptografia Backdoor
É uma maneira de codificar uma informação para que somen- Backdoor é um programa que permite o retorno de um invasor
te o emissor e receptor da informação possa decifrá-la através de a um computador comprometido, por meio da inclusão de serviços
uma chave que é usada tanto para criptografar e descriptografar a criados ou modificados para este fim.
informação27. Pode ser incluído pela ação de outros códigos maliciosos, que
Tem duas maneiras de criptografar informações: tenham previamente infectado o computador, ou por atacantes,
• Criptografia simétrica (chave secreta): utiliza-se uma chave que exploram vulnerabilidades existentes nos programas instalados
secreta, que pode ser um número, uma palavra ou apenas uma no computador para invadi-lo.
sequência de letras aleatórias, é aplicada ao texto de uma mensa- Após incluído, o backdoor é usado para assegurar o acesso fu-
gem para alterar o conteúdo de uma determinada maneira. Tanto turo ao computador comprometido, permitindo que ele seja aces-
o emissor quanto o receptor da mensagem devem saber qual é a sado remotamente, sem que haja necessidade de recorrer nova-
chave secreta para poder ler a mensagem. mente aos métodos utilizados na realização da invasão ou infecção
• Criptografia assimétrica (chave pública): tem duas chaves e, na maioria dos casos, sem que seja notado.
relacionadas. Uma chave pública é disponibilizada para qualquer
pessoa que queira enviar uma mensagem. Uma segunda chave pri- Cavalo de troia (Trojan)
vada é mantida em segredo, para que somente você saiba. Cavalo de troia, trojan ou trojan-horse, é um programa que,
Qualquer mensagem que foi usada a chave púbica só poderá além de executar as funções para as quais foi aparentemente proje-
ser descriptografada pela chave privada. tado, também executa outras funções, normalmente maliciosas, e
Se a mensagem foi criptografada com a chave privada, ela só sem o conhecimento do usuário.
poderá ser descriptografada pela chave pública correspondente. Exemplos de trojans são programas que você recebe ou obtém
A criptografia assimétrica é mais lenta o processamento para de sites na Internet e que parecem ser apenas cartões virtuais ani-
criptografar e descriptografar o conteúdo da mensagem. mados, álbuns de fotos, jogos e protetores de tela, entre outros.
Um exemplo de criptografia assimétrica é a assinatura digital. Estes programas, geralmente, consistem de um único arquivo e ne-
cessitam ser explicitamente executados para que sejam instalados
no computador.
27 https://centraldefavoritos.com.br/2016/11/19/conceitos-de-prote-
cao-e-seguranca-da-informacao-parte-2/
Editora
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Trojans também podem ser instalados por atacantes que, após invadirem um computador, alteram programas já existentes para que,
além de continuarem a desempenhar as funções originais, também executem ações maliciosas.

Rootkit
Rootkit é um conjunto de programas e técnicas que permite esconder e assegurar a presença de um invasor ou de outro código mali-
cioso em um computador comprometido.
Rootkits inicialmente eram usados por atacantes que, após invadirem um computador, os instalavam para manter o acesso privilegia-
do, sem precisar recorrer novamente aos métodos utilizados na invasão, e para esconder suas atividades do responsável e/ou dos usuários
do computador. Apesar de ainda serem bastante usados por atacantes, os rootkits atualmente têm sido também utilizados e incorporados
por outros códigos maliciosos para ficarem ocultos e não serem detectados pelo usuário e nem por mecanismos de proteção.

Ransomware
Ransomware é um tipo de código malicioso que torna inacessíveis os dados armazenados em um equipamento, geralmente usando
criptografia, e que exige pagamento de resgate (ransom) para restabelecer o acesso ao usuário28.
O pagamento do resgate geralmente é feito via bitcoins.
Pode se propagar de diversas formas, embora as mais comuns sejam através de e-mails com o código malicioso em anexo ou que indu-
zam o usuário a seguir um link e explorando vulnerabilidades em sistemas que não tenham recebido as devidas atualizações de segurança.

Antivírus
O antivírus é um software de proteção do computador que elimina programas maliciosos que foram desenvolvidos para prejudicar o
computador.
O vírus infecta o computador através da multiplicação dele (cópias) com intenção de causar danos na máquina ou roubar dados.
O antivírus analisa os arquivos do computador buscando padrões de comportamento e códigos que não seriam comuns em algum tipo
de arquivo e compara com seu banco de dados. Com isto ele avisa o usuário que tem algo suspeito para ele tomar providência.
O banco de dados do antivírus é muito importante neste processo, por isso, ele deve ser constantemente atualizado, pois todos os
dias são criados vírus novos.
Uma grande parte das infecções de vírus tem participação do usuário. Os mais comuns são através de links recebidos por e-mail ou
download de arquivos na internet de sites desconhecidos ou mesmo só de acessar alguns sites duvidosos pode acontecer uma contami-
nação.
Outro jeito de contaminar é através de dispositivos de armazenamentos móveis como HD externo e pen drive. Nestes casos devem
acionar o antivírus para fazer uma verificação antes.
Existem diversas opções confiáveis, tanto gratuitas quanto pagas. Entre as principais estão:
– Avast;
– AVG;
– Norton;
– Avira;
– Kaspersky;
– McAffe.

Filtro anti-spam
Spam é o termo usado para referir-se aos e-mails não solicitados, que geralmente são enviados para um grande número de pessoas.
Spam zombies são computadores de usuários finais que foram comprometidos por códigos maliciosos em geral, como worms, bots,
vírus e cavalos de tróia. Estes códigos maliciosos, uma vez instalados, permitem que spammers utilizem a máquina para o envio de spam,
sem o conhecimento do usuário. Enquanto utilizam máquinas comprometidas para executar suas atividades, dificultam a identificação da
origem do spam e dos autores também. Os spam zombies são muito explorados pelos spammers, por proporcionar o anonimato que tanto
os protege.
Estes filtros são responsáveis por evitar que mensagens indesejadas cheguem até a sua caixa de entrada no e-mail.

Anti-malwares
Ferramentas anti-malware são aquelas que procuram detectar e, então, anular ou remover os códigos maliciosos de um computador.
Antivírus, anti-spyware, anti-rootkit e anti-trojan são exemplos de ferramentas deste tipo.

28 https://cartilha.cert.br/ransomware/
Editora
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Representação de um firewall.29

Formas de segurança e proteção


– Controles de acesso através de senhas para quem acessa, com autenticação, ou seja, é a comprovação de que uma pessoa que está
acessando o sistema é quem ela diz ser30.
– Se for empresa e os dados a serem protegidos são extremamente importantes, pode-se colocar uma identificação biométrica como
os olhos ou digital.
– Evitar colocar senhas com dados conhecidos como data de nascimento ou placa do seu carro.
– As senhas ideais devem conter letras minúsculas e maiúsculas, números e caracteres especiais como @ # $ % & *.
– Instalação de antivírus com atualizações constantes.
– Todos os softwares do computador devem sempre estar atualizados, principalmente os softwares de segurança e sistema operacio-
nal. No Windows, a opção recomendada é instalar atualizações automaticamente.
– Dentre as opções disponíveis de configuração qual opção é a recomendada.
– Sempre estar com o firewall ativo.
– Anti-spam instalados.
– Manter um backup para caso de pane ou ataque.
– Evite sites duvidosos.
– Não abrir e-mails de desconhecidos e principalmente se tiver anexos (link).
– Evite ofertas tentadoras por e-mail ou em publicidades.
– Tenha cuidado quando solicitado dados pessoais. Caso seja necessário, fornecer somente em sites seguros.
– Cuidado com informações em redes sociais.
– Instalar um anti-spyware.
– Para se manter bem protegido, além dos procedimentos anteriores, deve-se ter um antivírus instalado e sempre atualizado.

NOÇÕES DE ARQUITETURA E MANUTENÇÃO DO COMPUTADOR: MEMÓRIA, PROCESSADOR, DISPOSITIVOS DE ENTRADA E


SAÍDA, INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO DE IMPRESSORAS E OUTROS DISPOSITIVOS.

Abaixo está uma descrição detalhada de cada um dos tópicos relacionados à manutenção de computadores, focando na substitui-
ção de hardware, incluindo exemplos como fontes de alimentação, placa base, processador, cooler e dispositivos de armazenamento de
dados.

Introdução à Manutenção de Computadores


A manutenção de computadores é um processo essencial para garantir o bom funcionamento de dispositivos de hardware e software.
O objetivo da manutenção de computadores é prolongar a vida útil do equipamento e melhorar a eficiência do sistema.

Substituição de fontes de alimentação


As fontes de alimentação são responsáveis por fornecer energia para todos os componentes do computador.
A substituição de uma fonte de alimentação pode ser necessária quando a fonte de alimentação atual não está fornecendo energia
suficiente ou está falhando.
A escolha da nova fonte de alimentação deve levar em consideração a potência necessária para o sistema, o tamanho do gabinete do
computador e a eficiência energética.

29 Fonte: https://helpdigitalti.com.br/o-que-e-firewall-conceito-tipos-e-arquiteturas/#:~:text=Firewall%20%C3%A9%20uma%20solu%C3%A7%-
C3%A3o%20de,de%20dados%20podem%20ser%20executadas.
30 https://centraldefavoritos.com.br/2016/11/19/conceitos-de-protecao-e-seguranca-da-informacao-parte-3/
Editora
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Substituição da Placa Base som do seu computador, etc. Dentro do sistema operacional você
A placa base é responsável por conectar todos os componentes ainda terá os programas, que dão funcionalidades diferentes ao
do computador. computador.
A substituição da placa base pode ser necessária quando a
placa atual está danificada ou não suporta os componentes mais Gabinete
recentes. O gabinete abriga os componentes internos de um computa-
A escolha da nova placa base deve levar em consideração o dor, incluindo a placa mãe, processador, fonte, discos de armaze-
processador e a memória RAM compatíveis, o tamanho e o layout namento, leitores de discos, etc. Um gabinete pode ter diversos
do gabinete do computador e as opções de expansão futura. tamanhos e designs.

Substituição do Processador
O processador é o “cérebro” do computador e é responsável
por executar todas as tarefas.
A substituição do processador pode ser necessária para melho-
rar o desempenho do sistema ou para substituir um processador
antigo ou defeituoso.
A escolha do novo processador deve levar em consideração a
compatibilidade com a placa base, a potência e o desempenho ne-
cessários para as tarefas a serem executadas e a dissipação de calor
adequada.

Substituição do Cooler
O cooler é responsável por manter o processador e outros
componentes resfriados.
A substituição do cooler pode ser necessária quando o cooler
atual não está funcionando adequadamente ou quando é necessá-
rio um cooler mais potente para lidar com a dissipação de calor do Gabinete.32
novo processador.
A escolha do novo cooler deve levar em consideração a compa- Processador ou CPU (Unidade de Processamento Central)
tibilidade com o processador e a placa base, a potência de resfria-
mento necessária e o tamanho do cooler. É o cérebro de um computador. É a base sobre a qual é cons-
truída a estrutura de um computador. Uma CPU funciona, basica-
Substituição de Dispositivos de Armazenamento de Dados mente, como uma calculadora. Os programas enviam cálculos para
Os dispositivos de armazenamento de dados são responsáveis o CPU, que tem um sistema próprio de “fila” para fazer os cálculos
por armazenar todas as informações do sistema. mais importantes primeiro, e separar também os cálculos entre os
A substituição de dispositivos de armazenamento pode ser ne- núcleos de um computador. O resultado desses cálculos é traduzido
cessária para aumentar a capacidade de armazenamento do siste- em uma ação concreta, como por exemplo, aplicar uma edição em
ma ou substituir um dispositivo antigo ou defeituoso. uma imagem, escrever um texto e as letras aparecerem no monitor
A escolha do novo dispositivo de armazenamento deve levar do PC, etc. A velocidade de um processador está relacionada à velo-
em consideração a capacidade de armazenamento necessária, a ve- cidade com que a CPU é capaz de fazer os cálculos.
locidade de leitura e gravação, a compatibilidade com a placa base
e o tipo de interface (SATA, NVMe, etc.).

Hardware
O hardware são as partes físicas de um computador. Isso inclui
a Unidade Central de Processamento (CPU), unidades de armazena-
mento, placas mãe, placas de vídeo, memória, etc.31. Outras partes
extras chamados componentes ou dispositivos periféricos incluem
o mouse, impressoras, modems, scanners, câmeras, etc.
Para que todos esses componentes sejam usados apropriada-
mente dentro de um computador, é necessário que a funcionalida-
de de cada um dos componentes seja traduzida para algo prático.
Surge então a função do sistema operacional, que faz o intermédio
desses componentes até sua função final, como, por exemplo, pro- CPU.33
cessar os cálculos na CPU que resultam em uma imagem no moni-
tor, processar os sons de um arquivo MP3 e mandar para a placa de
31 https://www.palpitedigital.com/principais-componentes-inter- 32 https://www.chipart.com.br/gabinete/gabinete-gamer-gamemax-
nos-pc-perifericos-hardware-software/#:~:text=O%20hardware%20 -shine-g517-mid-tower-com-1-fan-vidro-temperado-preto/2546
s%C3%A3o%20as%20partes,%2C%20scanners%2C%20c%C3%A2me- 33 https://www.showmetech.com.br/porque-o-processador-e-uma-
ras%2C%20etc. -peca-importante
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100
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Coolers Fonte
Quando cada parte de um computador realiza uma tarefa, elas É responsável por fornecer energia às partes que compõe um
usam eletricidade. Essa eletricidade usada tem como uma consequ- computador, de forma eficiente e protegendo as peças de surtos
ência a geração de calor, que deve ser dissipado para que o compu- de energia.
tador continue funcionando sem problemas e sem engasgos no de-
sempenho. Os coolers e ventoinhas são responsáveis por promover
uma circulação de ar dentro da case do CPU. Essa circulação de ar
provoca uma troca de temperatura entre o processador e o ar que
ali está passando. Essa troca de temperatura provoca o resfriamen-
to dos componentes do computador, mantendo seu funcionamento
intacto e prolongando a vida útil das peças.

Fonte 36

Placas de vídeo
Permitem que os resultados numéricos dos cálculos de um pro-
cessador sejam traduzidos em imagens e gráficos para aparecer em
um monitor.

Cooler.34

Placa-mãe
Se o CPU é o cérebro de um computador, a placa-mãe é o es-
queleto. A placa mãe é responsável por organizar a distribuição dos
cálculos para o CPU, conectando todos os outros componentes ex-
ternos e internos ao processador. Ela também é responsável por
enviar os resultados dos cálculos para seus devidos destinos. Uma
placa mãe pode ser on-board, ou seja, com componentes como pla-
cas de som e placas de vídeo fazendo parte da própria placa mãe,
ou off-board, com todos os componentes sendo conectados a ela.

Placa de vídeo 37

Periféricos de entrada, saída e armazenamento


São placas ou aparelhos que recebem ou enviam informações
para o computador. São classificados em:
– Periféricos de entrada: são aqueles que enviam informações
para o computador. Ex.: teclado, mouse, scanner, microfone, etc.

tar-b360mhd-pro-ddr4-lga-1151
Placa-mãe.35 36 https://www.magazineluiza.com.br/fonte-atx-alimentacao-pc-
34 https://www.terabyteshop.com.br/produto/10546/cooler-deepco- -230w-01001-xway/p/dh97g572hc/in/ftpc
ol-gammaxx-c40-dp-mch4-gmx-c40p-intelam4-ryzen 37https://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2012/12/conheca-
35 https://www.terabyteshop.com.br/produto/9640/placa-mae-bios- -melhores-placas-de-video-lancadas-em-2012.html
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101
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

– Periféricos de armazenamento: são aqueles que armazenam


informações. Ex.: pen drive, cartão de memória, HD externo, etc.

Periféricos de entrada.38 Periféricos de armazenamento.41

– Periféricos de saída: São aqueles que recebem informações Software


do computador. Ex.: monitor, impressora, caixas de som. Software é um agrupamento de comandos escritos em uma lin-
guagem de programação42. Estes comandos, ou instruções, criam as
ações dentro do programa, e permitem seu funcionamento.
Um software, ou programa, consiste em informações que po-
dem ser lidas pelo computador, assim como seu conteúdo audiovi-
sual, dados e componentes em geral. Para proteger os direitos do
criador do programa, foi criada a licença de uso. Todos estes com-
ponentes do programa fazem parte da licença.
A licença é o que garante o direito autoral do criador ou dis-
tribuidor do programa. A licença é um grupo de regras estipuladas
pelo criador/distribuidor do programa, definindo tudo que é ou não
é permitido no uso do software em questão.
Os softwares podem ser classificados em:
– Software de Sistema: o software de sistema é constituído pe-
Periféricos de saída.39 los sistemas operacionais (S.O). Estes S.O que auxiliam o usuário,
para passar os comandos para o computador. Ele interpreta nossas
– Periféricos de entrada e saída: são aqueles que enviam e re- ações e transforma os dados em códigos binários, que podem ser
cebem informações para/do computador. Ex.: monitor touchscre- processados
en, drive de CD – DVD, HD externo, pen drive, impressora multifun- – Software Aplicativo: este tipo de software é, basicamente,
cional, etc. os programas utilizados para aplicações dentro do S.O., que não es-
tejam ligados com o funcionamento do mesmo. Exemplos: Word,
Excel, Paint, Bloco de notas, Calculadora.
– Software de Programação: são softwares usados para criar
outros programas, a parir de uma linguagem de programação,
como Java, PHP, Pascal, C+, C++, entre outras.
– Software de Tutorial: são programas que auxiliam o usuário
de outro programa, ou ensine a fazer algo sobre determinado as-
sunto.
– Software de Jogos: são softwares usados para o lazer, com
vários tipos de recursos.
– Software Aberto: é qualquer dos softwares acima, que tenha
o código fonte disponível para qualquer pessoa.

Periféricos de entrada e saída.40


38https://mind42.com/public/970058ba-a8f4-451b-b121-3ba-
35c51e1e7
39 https://aprendafazer.net/o-que-sao-os-perifericos-de-saida-para- trada-e-saida
-que-servem-e-que-tipos-existem 41 https://www.slideshare.net/contatoharpa/perifricos-4041411
40 https://almeida3.webnode.pt/trabalhos-de-tic/dispositivos-de-en- 42 http://www.itvale.com.br
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Todos estes tipos de software evoluem muito todos os dias. ( ) - O Windows Explorer é um gerenciador de informações,
Sempre estão sendo lançados novos sistemas operacionais, novos arquivos, pastas e programas do sistema operacional Windows da
games, e novos aplicativos para facilitar ou entreter a vida das pes- Microsoft.
soas que utilizam o computador. ( ) - São bibliotecas padrão do Windows: Programas, Documen-
tos, Imagens, Músicas, Vídeos.
A sequência CORRETA das afirmações é:
QUESTÕES
(A) F, V, V, F, F.
(B) V, F, V, V, F.
(C) V, F, F, V, V.
1. (PREFEITURA DE SENTINELA DO SUL/RS - FISCAL - OBJETI-
(D) F, V, F, F, V.
VA/2020) Considerando-se o Internet Explorer 11, marcar C para as
(E) V, V, F, V, F.
afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa
que apresenta a sequência CORRETA:
4 (PREFEITURA DE AREAL - RJ - TÉCNICO EM INFORMÁTICA -
(---) No Windows 10, é necessário instalar o aplicativo do Inter-
GUALIMP/2020) São características exclusivas da Intranet:
net Explorer.
(A) Acesso restrito e Rede Local (LAN).
(---) É possível fixar o aplicativo do Internet Explorer na barra de
(B) Rede Local (LAN) e Compartilhamento de impressoras.
tarefas do Windows 10.
(C) Comunicação externa e Compartilhamento de Dados.
(A) C - C.
(D) Compartilhamento de impressoras e Acesso restrito.
(B) C - E.
(C) E - E.
5. (PREFEITURA DE SÃO FRANCISCO/MG - ASSISTENTE ADMI-
(D) E – C
NISTRATIVO - COTEC/2020) Os termos internet e World Wide Web
(WWW) são frequentemente usados como sinônimos na linguagem
2. (PREFEITURA DE SÃO FRANCISCO/MG - ASSISTENTE SOCIAL
corrente, e não são porque
- COTEC/2020) Um usuário de computador realiza comumente um
(A) a internet é uma coleção de documentos interligados (pági-
conjunto de atividades como copiar, recortar e colar arquivos uti-
nas web) e outros recursos, enquanto a WWW é um serviço de
lizando o Windows Explorer. Dessa forma, existe um conjunto de acesso a um computador.
ações de usuários, como realizar cliques com o mouse e utilizar-se (B) a internet é um conjunto de serviços que permitem a co-
de atalhos de teclado, que deve ser seguido com o fim de realizar nexão de vários computadores, enquanto WWW é um serviço
o trabalho desejado. Assim, para mover um arquivo entre partições especial de acesso ao Google.
diferentes do sistema operacional Windows 10, é possível adotar o (C) a internet é uma rede mundial de computadores especial,
seguinte conjunto de ações: enquanto a WWW é apenas um dos muitos serviços que fun-
(A) Clicar sobre o arquivo com o botão direito do mouse, man- cionam dentro da internet.
tendo-o pressionado e mover o arquivo para a partição de des- (D) a internet possibilita uma comunicação entre vários compu-
tino e escolher a ação de colar. tadores, enquanto a WWW, o acesso a um endereço eletrônico.
(B) Clicar sobre o arquivo com o botão esquerdo do mouse, (E) a internet é uma coleção de endereços eletrônicos, enquan-
mantendo-o pressionado e mover o arquivo para a partição de to a WWW é uma rede mundial de computadores com acesso
destino. Por fim soltar o botão do mouse. especial ao Google.
(C) Clicar sobre o arquivo com o botão direito do mouse, man-
tendo-o pressionado e mover o arquivo para a partição de des- 6. (PREFEITURA DE JAHU/SP - MONITOR DE ALUNOS COM
tino. Por fim soltar o botão do mouse. NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS - OBJETIVA/2019) Em
(D) Clicar uma vez sobre o arquivo com o botão direito do mou- conformidade com a Cartilha de Segurança para Internet, quanto
se e mover o arquivo para a partição de destino. a alguns cuidados que se deve tomar ao usar redes, independente-
(E) Clicar sobre o arquivo com o botão direito do mouse, man-
mente da tecnologia, analisar os itens abaixo:
tendo-o pressionado e mover o arquivo para a partição de des-
I. Manter o computador atualizado, com as versões mais recen-
tino e escolher a ação de mover.
tes e com todas as atualizações aplicadas.
II. Utilizar e manter atualizados mecanismos de segurança,
3. (PREFEITURA DE BRASÍLIA DE MINAS/MG - ENGENHEIRO
como programa antimalware e firewall pessoal.
AMBIENTAL - COTEC/2020) Sobre organização e gerenciamento
III. Ser cuidadoso ao elaborar e ao usar suas senhas.
de informações, arquivos, pastas e programas, analise as seguintes
Estão CORRETOS:
afirmações e assinale V para as verdadeiras e F para as falsas.
(A) Somente os itens I e II.
( ) - Arquivos ocultos são arquivos que normalmente são re-
(B) Somente os itens I e III.
lacionados ao sistema. Eles ficam ocultos, pois alterações podem
(C) Somente os itens II e III.
danificar o Sistema Operacional.
(D) Todos os itens.
( ) - Existem vários tipos de arquivos, como arquivos de textos,
arquivos de som, imagem, planilhas, sendo que o arquivo .rtf só é
aberto com o WordPad.
( ) - Nas versões Vista, 7, 8 e 10 do Windows, é possível usar
criptografia para proteger todos os arquivos que estejam armazena-
dos na unidade em que o Windows esteja instalado.
Editora
103
a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

7. (PREFEITURA DE CUNHA PORÃ/SC - ENFERMEIRO - UNI- (D) O primeiro software necessário para o funcionamento de
FIL/2020) Devido aos riscos e a sua importância, a segurança da um computador é o Sistema Operacional.
informação é um tópico que se tornou um objetivo constante para (E) No software livre, existe a liberdade de estudar o funciona-
as organizações. Contudo, para que ele possa ser reforçado nas mento do programa e de adaptá-lo as suas necessidades.
empresas, é preciso atenção aos três pilares que sustentam a se-
gurança das informações em um ambiente informatizado. Assinale 12. (PREFEITURA DE CARLOS BARBOSA/RS - AGENTE ADMI-
a alternativa que não representa um dos pilares de segurança da NISTRATIVO (LEGISLATIVO) - OBJETIVA/2019) Sobre as classifica-
informação. ções de software, analisar a sentença abaixo:
(A) Confidencialidade. Software de sistema são programas que permitem a interação
(B) Integridade. do usuário com a máquina, como exemplo pode-se citar o Windows
(C) Disponibilidade. (1ª parte).
(D) Imparcialidade. Software de aplicativo são programas de uso cotidiano do usu-
ário, permitindo a realização de tarefas, como editores de texto,
8. (PREFEITURA DE PINTO BANDEIRA/RS - AUXILIAR DE SER- planilhas, navegador de internet, etc. (2ª parte).
VIÇOS GERAIS - OBJETIVA/2019) Sobre a navegação na internet, A sentença está:
analisar a sentença abaixo: (A) Totalmente correta.
Os acessos a sites de pesquisa e de notícias são geralmente re- (B) Correta somente em sua 1ª parte.
alizados pelo protocolo HTTP, onde as informações trafegam com (C) Correta somente em sua 2ª parte.
o uso de criptografia (1ª parte). O protocolo HTTP não garante que (D) Totalmente incorreta.
os dados não possam ser interceptados (2ª parte). A sentença está:
(A) Totalmente correta. 13. (PREFEITURA DE SANTO ANTÔNIO DO SUDOESTE/PR -
(B) Correta somente em sua 1ª parte. PROFESSOR - INSTITUTO UNIFIL/2018) Assinale a alternativa que
(C) Correta somente em sua 2ª parte. representa um Software.
(D) Totalmente incorreta. (A) Windows.
(B) Mouse.
9. (CRN - 3ª REGIÃO (SP E MS) - OPERADOR DE CALL CENTER - (C)Hard Disk – HD.
IADES/2019) A navegação na internet e intranet ocorre de diversas (D) Memória Ram.
formas, e uma delas é por meio de navegadores. Quanto às funções
dos navegadores, assinale a alternativa correta.
(A) Na internet, a navegação privada ou anônima do navegador 14. (PREFEITURA DE JAHU/SP - AUXILIAR DE DESENVOLVI-
Firefox se assemelha funcionalmente à do Chrome. MENTO INFANTIL - OBJETIVA/2018) Quanto aos periféricos de um
(B) O acesso à internet com a rede off-line é uma das vantagens computador, assinalar a alternativa que apresenta somente perifé-
do navegador Firefox. ricos de armazenamento:
(C) A função Atualizar recupera as informações perdidas quan- (A) Teclado e drive de CD.
do uma página é fechada incorretamente. (B) Pen drive e cartão de memória.
(D) A navegação privada do navegador Chrome só funciona na (C) Monitor e mouse.
intranet. (D) Impressora e caixas de som.
(E) Os cookies, em regra, não são salvos pelos navegadores
quando estão em uma rede da internet. 15. (PREFEITURA DE SOBRAL/CE - ANALISTA DE INFRAESTRU-
TURA - UECE-CEV/2018) O componente do hardware do computa-
10. (PREFEITURA DE PORTÃO/RS - MÉDICO - OBJETIVA/2019) dor que tem como função interligar diversos outros componentes
São exemplos de dois softwares e um hardware, respectivamente: é a:
(A) Placa de vídeo, teclado e mouse. (A) memória diferida.
(B) Microsoft Excel, Mozilla Firefox e CPU. (B) memória intangível.
(C) Internet Explorer, placa-mãe e gravador de DVD. (C) placa de fase.
(D) Webcam, editor de imagem e disco rígido. (D) placa mãe.

11. (GHC-RS - CONTADOR - MS CONCURSOS/2018) Nas alter-


nativas, encontram-se alguns conceitos básicos de informática, ex-
ceto:
(A) Hardware são os componentes físicos do computador, ou
seja, a máquina propriamente dita.
(B) Software é o conjunto de programas que permite o funcio-
namento e utilização da máquina.
(C) Entre os principais sistemas operacionais, pode-se destacar
o Windows, Linux e o BrOffice.

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104
104
a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

______________________________________________________
GABARITO
______________________________________________________

______________________________________________________
1 D
______________________________________________________
2 E
3 B ______________________________________________________

4 B ______________________________________________________
5 C ______________________________________________________
6 D
______________________________________________________
7 D
8 C ______________________________________________________
9 A ______________________________________________________
10 B
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11 C
12 A ______________________________________________________

13 A ______________________________________________________
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V - a idade mínima de dezoito anos;


REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS VI - aptidão física e mental.
DA UNIÃO. LEI Nº 8.112 DE 1990 E SUAS ALTERAÇÕES § 1o As atribuições do cargo podem justificar a exigência de
outros requisitos estabelecidos em lei.
§ 2o Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o dire-
LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 ito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo
cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são
Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por
União, das autarquias e das fundações públicas federais. cento) das vagas oferecidas no concurso.
PUBLICAÇÃO CONSOLIDADA DA LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEM- § 3o As universidades e instituições de pesquisa científica e
BRO DE 1990, DETERMINADA PELO ART. 13 DA LEI Nº 9.527, DE 10 tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores,
DE DEZEMBRO DE 1997. técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os
procedimentos desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.515, de 20.11.97)
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na- Art. 6o O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante
cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: ato da autoridade competente de cada Poder.
Art. 7o A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.
TÍTULO I Art. 8o São formas de provimento de cargo público:
CAPÍTULO ÚNICO I - nomeação;
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES II - promoção;
III - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 1o Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públi- IV - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
cos Civis da União, das autarquias, inclusive as em regime especial, V - readaptação;
e das fundações públicas federais. VI - reversão;
Art. 2o Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente VII - aproveitamento;
investida em cargo público. VIII - reintegração;
Art. 3o Cargo público é o conjunto de atribuições e responsab- IX - recondução.
ilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser come-
tidas a um servidor. SEÇÃO II
Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os bra- DA NOMEAÇÃO
sileiros, são criados por lei, com denominação própria e vencimento
pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou Art. 9o A nomeação far-se-á:
em comissão. I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de
Art. 4o É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os provimento efetivo ou de carreira;
casos previstos em lei. II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos
de confiança vagos. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
TÍTULO II Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão
DO PROVIMENTO, VACÂNCIA, REMOÇÃO, REDISTRIBUIÇÃO E ou de natureza especial poderá ser nomeado para ter exercício,
SUBSTITUIÇÃO interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das
atribuições do que atualmente ocupa, hipótese em que deverá
CAPÍTULO I optar pela remuneração de um deles durante o período da interini-
DO PROVIMENTO dade. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado
SEÇÃO I de provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso
DISPOSIÇÕES GERAIS público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de
classificação e o prazo de sua validade.
Art. 5o São requisitos básicos para investidura em cargo pú- Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e o de-
blico: senvolvimento do servidor na carreira, mediante promoção, serão
I - a nacionalidade brasileira; estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira
II - o gozo dos direitos políticos; na Administração Pública Federal e seus regulamentos. (Redação
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
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SEÇÃO III § 3o À autoridade competente do órgão ou entidade para onde


DO CONCURSO PÚBLICO for nomeado ou designado o servidor compete dar-lhe exercício.
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos, po- § 4o O início do exercício de função de confiança coincidirá
dendo ser realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei com a data de publicação do ato de designação, salvo quando o ser-
e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a vidor estiver em licença ou afastado por qualquer outro motivo le-
inscrição do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, gal, hipótese em que recairá no primeiro dia útil após o término do
quando indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses de impedimento, que não poderá exceder a trinta dias da publicação.
isenção nele expressamente previstas. (Redação dada pela Lei nº (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
9.527, de 10.12.97) (Regulamento) Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do ex-
Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois ) anos, ercício serão registrados no assentamento individual do servidor.
podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período. Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor apresentará
§ 1o O prazo de validade do concurso e as condições de sua ao órgão competente os elementos necessários ao seu assenta-
realização serão fixados em edital, que será publicado no Diário Ofi- mento individual.
cial da União e em jornal diário de grande circulação. Art. 17. A promoção não interrompe o tempo de exercício, que
§ 2o Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato é contado no novo posicionamento na carreira a partir da data de
aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expira- publicação do ato que promover o servidor. (Redação dada pela Lei
do. nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro município
SEÇÃO IV em razão de ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ou
DA POSSE E DO EXERCÍCIO posto em exercício provisório terá, no mínimo, dez e, no máximo,
trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para a retoma-
Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, da do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse
no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabi- prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova sede.
lidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados § 1o Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença ou
os atos de ofício previstos em lei. afastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo será conta-
§ 1o A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da pub- do a partir do término do impedimento. (Parágrafo renumerado e
licação do ato de provimento. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de alterado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
10.12.97) § 2o É facultado ao servidor declinar dos prazos estabelecidos
§ 2o Em se tratando de servidor, que esteja na data de pub- no caput. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
licação do ato de provimento, em licença prevista nos incisos I, III Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada
e V do art. 81, ou afastado nas hipóteses dos incisos I, IV, VI, VIII, em razão das atribuições pertinentes aos respectivos cargos, res-
alíneas “a”, “b”, “d”, “e” e “f”, IX e X do art. 102, o prazo será contado peitada a duração máxima do trabalho semanal de quarenta horas
do término do impedimento. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de e observados os limites mínimo e máximo de seis horas e oito ho-
10.12.97) ras diárias, respectivamente. (Redação dada pela Lei nº 8.270, de
§ 3o A posse poderá dar-se mediante procuração específica. 17.12.91)
§ 4o Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por § 1o O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança
nomeação. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) submete-se a regime de integral dedicação ao serviço, observado o
§ 5o No ato da posse, o servidor apresentará declaração de disposto no art. 120, podendo ser convocado sempre que houver
bens e valores que constituem seu patrimônio e declaração quanto interesse da Administração. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública. 10.12.97)
§ 6o Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse § 2o O disposto neste artigo não se aplica a duração de tra-
não ocorrer no prazo previsto no § 1o deste artigo. balho estabelecida em leis especiais. (Incluído pela Lei nº 8.270, de
Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia in- 17.12.91)
speção médica oficial. Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo
Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for jul- de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por perío-
gado apto física e mentalmente para o exercício do cargo. do de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e
Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo,
cargo público ou da função de confiança. (Redação dada pela Lei nº observados os seguinte fatores: (vide EMC nº 19)
9.527, de 10.12.97) I - assiduidade;
§ 1o É de quinze dias o prazo para o servidor empossado II - disciplina;
em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse. III - capacidade de iniciativa;
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) IV - produtividade;
§ 2o O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem V- responsabilidade.
efeito o ato de sua designação para função de confiança, se não § 1o 4 (quatro) meses antes de findo o período do estágio pro-
entrar em exercício nos prazos previstos neste artigo, observado o batório, será submetida à homologação da autoridade competente
disposto no art. 18. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) a avaliação do desempenho do servidor, realizada por comissão
constituída para essa finalidade, de acordo com o que dispuser a lei

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ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da SEÇÃO VIII


continuidade de apuração dos fatores enumerados nos incisos I a V DA REVERSÃO
do caput deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008 (REGULAMENTO DEC. Nº 3.644, DE 30.11.2000)
§ 2o O servidor não aprovado no estágio probatório será exon-
erado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposenta-
observado o disposto no parágrafo único do art. 29. do: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
§ 3o O servidor em estágio probatório poderá exercer quais- I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insub-
quer cargos de provimento em comissão ou funções de direção, sistentes os motivos da aposentadoria; ou (Incluído pela Medida
chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de lotação, e so- Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
mente poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar II - no interesse da administração, desde que: (Incluído pela
cargos de Natureza Especial, cargos de provimento em comissão do Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e a) tenha solicitado a reversão; (Incluído pela Medida Provisória
4, ou equivalentes. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) nº 2.225-45, de 4.9.2001)
§ 4o Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser b) a aposentadoria tenha sido voluntária; (Incluído pela Medi-
concedidas as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 81, da Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento para participar c) estável quando na atividade; (Incluído pela Medida Provisória
de curso de formação decorrente de aprovação em concurso para nº 2.225-45, de 4.9.2001)
outro cargo na Administração Pública Federal. (Incluído pela Lei nº d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores
9.527, de 10.12.97) à solicitação; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
§ 5o O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças 4.9.2001)
e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, § 1o, 86 e 96, bem e) haja cargo vago. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-
assim na hipótese de participação em curso de formação, e será 45, de 4.9.2001)
retomado a partir do término do impedimento. (Incluído pela Lei nº § 1o A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo result-
9.527, de 10.12.97) ante de sua transformação. (Incluído pela Medida Provisória nº
2.225-45, de 4.9.2001)
SEÇÃO V § 2o O tempo em que o servidor estiver em exercício será con-
DA ESTABILIDADE siderado para concessão da aposentadoria. (Incluído pela Medida
Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 21. O servidor habilitado em concurso público e empos- § 3o No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o ser-
sado em cargo de provimento efetivo adquirirá estabilidade no vidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência
serviço público ao completar 2 (dois) anos de efetivo exercício. (pra- de vaga. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
zo 3 anos - vide EMC nº 19) § 4o O servidor que retornar à atividade por interesse da ad-
Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de ministração perceberá, em substituição aos proventos da aposenta-
sentença judicial transitada em julgado ou de processo administra- doria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, inclusive com
tivo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa. as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente à
aposentadoria. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
SEÇÃO VI 4.9.2001)
DA TRANSFERÊNCIA § 5o O servidor de que trata o inciso II somente terá os proven-
tos calculados com base nas regras atuais se permanecer pelo
ART. 23. (REVOGADO PELA LEI Nº 9.527, DE 10.12.97) menos cinco anos no cargo. (Incluído pela Medida Provisória nº
2.225-45, de 4.9.2001)
SEÇÃO VII § 6o O Poder Executivo regulamentará o disposto neste artigo.
DA READAPTAÇÃO (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 26. (Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de 4.9.2001)
atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que já tiver comple-
tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em in- tado 70 (setenta) anos de idade.
speção médica.
§ 1o Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando SEÇÃO IX
será aposentado. DA REINTEGRAÇÃO
§ 2o A readaptação será efetivada em cargo de atribuições af-
ins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equiva- Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no
lência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago, cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua trans-
o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocor- formação, quando invalidada a sua demissão por decisão adminis-
rência de vaga. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) trativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.
§ 1o Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará
em disponibilidade, observado o disposto nos arts. 30 e 31.
§ 2o Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante
será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização ou
aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.
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SEÇÃO X CAPÍTULO III


DA RECONDUÇÃO DA REMOÇÃO E DA REDISTRIBUIÇÃO

Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo SEÇÃO I


anteriormente ocupado e decorrerá de: DA REMOÇÃO
I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;
II - reintegração do anterior ocupante. Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou
Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem, o de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de
servidor será aproveitado em outro, observado o disposto no art. sede.
30. Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se
por modalidades de remoção: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
SEÇÃO XI 10.12.97)
DA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO I - de ofício, no interesse da Administração; (Incluído pela Lei
nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 30. O retorno à atividade de servidor em disponibili- II - a pedido, a critério da Administração; (Incluído pela Lei nº
dade far-se-á mediante aproveitamento obrigatório em cargo de 9.527, de 10.12.97)
atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocu- III - a pedido, para outra localidade, independentemente do in-
pado. teresse da Administração: (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 31. O órgão Central do Sistema de Pessoal Civil determi- a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também serv-
nará o imediato aproveitamento de servidor em disponibilidade em idor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos
vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da Administração Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no
Pública Federal. interesse da Administração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Parágrafo único. Na hipótese prevista no § 3o do art. 37, o ser- b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou
vidor posto em disponibilidade poderá ser mantido sob responsa- dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamen-
bilidade do órgão central do Sistema de Pessoal Civil da Admin- to funcional, condicionada à comprovação por junta médica oficial;
istração Federal - SIPEC, até o seu adequado aproveitamento em (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
outro órgão ou entidade. (Parágrafo incluído pela Lei nº 9.527, de c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em
10.12.97) que o número de interessados for superior ao número de vagas,
Art. 32. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade
disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, em que aqueles estejam lotados. (Incluído pela Lei nº 9.527, de
salvo doença comprovada por junta médica oficial. 10.12.97)

CAPÍTULO II SEÇÃO II
DA VACÂNCIA DA REDISTRIBUIÇÃO

Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de: Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provi-
I - exoneração; mento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pes-
II - demissão; soal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia
III - promoção; apreciação do órgão central do SIPEC, observados os seguintes pre-
IV - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) ceitos: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
V - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) I - interesse da administração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de
VI - readaptação; 10.12.97)
VII - aposentadoria; II - equivalência de vencimentos; (Incluído pela Lei nº 9.527,
VIII - posse em outro cargo inacumulável; de 10.12.97)
IX - falecimento. III - manutenção da essência das atribuições do cargo; (Incluí-
Art. 34. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do do pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
servidor, ou de ofício. IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e complexi-
Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á: dade das atividades; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório; V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação
II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em profissional; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
exercício no prazo estabelecido. VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as final-
Art. 35. A exoneração de cargo em comissão e a dispensa de idades institucionais do órgão ou entidade. (Incluído pela Lei nº
função de confiança dar-se-á: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 9.527, de 10.12.97)
10.12.97) § 1o A redistribuição ocorrerá ex officio para ajustamento de
I - a juízo da autoridade competente; lotação e da força de trabalho às necessidades dos serviços, inclu-
II - a pedido do próprio servidor. sive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão ou
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) entidade. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

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LEGISLAÇÃO

§ 2o A redistribuição de cargos efetivos vagos se dará mediante § 4o É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de
ato conjunto entre o órgão central do SIPEC e os órgãos e entidades atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre ser-
da Administração Pública Federal envolvidos. (Incluído pela Lei nº vidores dos três Poderes, ressalvadas as vantagens de caráter indi-
9.527, de 10.12.97) vidual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho.
§ 3o Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou enti- § 5o Nenhum servidor receberá remuneração inferior ao
dade, extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade no órgão ou salário mínimo. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
entidade, o servidor estável que não for redistribuído será coloca- Art. 42. Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a
do em disponibilidade, até seu aproveitamento na forma dos arts. título de remuneração, importância superior à soma dos valores
30 e 31. (Parágrafo renumerado e alterado pela Lei nº 9.527, de percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, no
10.12.97) âmbito dos respectivos Poderes, pelos Ministros de Estado, por
§ 4o O servidor que não for redistribuído ou colocado em dis- membros do Congresso Nacional e Ministros do Supremo Tribunal
ponibilidade poderá ser mantido sob responsabilidade do órgão Federal.
central do SIPEC, e ter exercício provisório, em outro órgão ou en- Parágrafo único. Excluem-se do teto de remuneração as vanta-
tidade, até seu adequado aproveitamento. (Incluído pela Lei nº gens previstas nos incisos II a VII do art. 61.
9.527, de 10.12.97) Art. 43. (Revogado pela Lei nº 9.624, de 2.4.98) (Vide Lei nº
9.624, de 2.4.98)
CAPÍTULO IV Art. 44. O servidor perderá:
DA SUBSTITUIÇÃO I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo
justificado; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de di- II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos,
reção ou chefia e os ocupantes de cargo de Natureza Especial terão ausências justificadas, ressalvadas as concessões de que trata o art.
substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omissão, 97, e saídas antecipadas, salvo na hipótese de compensação de
previamente designados pelo dirigente máximo do órgão ou enti- horário, até o mês subsequente ao da ocorrência, a ser estabelecida
dade. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) pela chefia imediata. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1o O substituto assumirá automática e cumulativamente, Parágrafo único. As faltas justificadas decorrentes de caso
sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercício do cargo ou função fortuito ou de força maior poderão ser compensadas a critério da
de direção ou chefia e os de Natureza Especial, nos afastamentos, chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exercício.
impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacância do (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
cargo, hipóteses em que deverá optar pela remuneração de um de- Art. 45. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nen-
les durante o respectivo período. (Redação dada pela Lei nº 9.527, hum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento. (Vide
de 10.12.97) Decreto nº 1.502, de 1995) (Vide Decreto nº 1.903, de 1996) (Vide
§ 2o O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo Decreto nº 2.065, de 1996) (Regulamento) (Regulamento)
ou função de direção ou chefia ou de cargo de Natureza Especial, § 1o (Revogado pela Lei nº 14.509, de 2022)
nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do titular, su- § 2o (Revogado pela Lei nº 14.509, de 2022)
periores a trinta dias consecutivos, paga na proporção dos dias de Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até
efetiva substituição, que excederem o referido período. (Redação 30 de junho de 1994, serão previamente comunicadas ao servidor
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo
Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares de máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do in-
unidades administrativas organizadas em nível de assessoria. teressado. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
4.9.2001)
TÍTULO III § 1o O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao corre-
DOS DIREITOS E VANTAGENS spondente a dez por cento da remuneração, provento ou pensão.
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
CAPÍTULO I § 2o Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês
DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO anterior ao do processamento da folha, a reposição será feita im-
ediatamente, em uma única parcela. (Redação dada pela Medida
Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
de cargo público, com valor fixado em lei. § 3o Na hipótese de valores recebidos em decorrência de cum-
Parágrafo único. (Revogado pela Medida Provisória nº 431, de primento a decisão liminar, a tutela antecipada ou a sentença que
2008). (Revogado pela Lei nº 11.784, de 2008) venha a ser revogada ou rescindida, serão eles atualizados até a
Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acres- data da reposição. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-
cido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei. 45, de 4.9.2001)
§ 1o A remuneração do servidor investido em função ou cargo Art. 47. O servidor em débito com o erário, que for demitido,
em comissão será paga na forma prevista no art. 62. exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cas-
§ 2o O servidor investido em cargo em comissão de órgão ou sada, terá o prazo de sessenta dias para quitar o débito. (Redação
entidade diversa da de sua lotação receberá a remuneração de dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
acordo com o estabelecido no § 1o do art. 93. Parágrafo único. A não quitação do débito no prazo previsto
§ 3o O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens implicará sua inscrição em dívida ativa. (Redação dada pela Medida
de caráter permanente, é irredutível. Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

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Art. 48. O vencimento, a remuneração e o provento não serão Art. 56. Será concedida ajuda de custo àquele que, não sendo
objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto nos casos de servidor da União, for nomeado para cargo em comissão, com mu-
prestação de alimentos resultante de decisão judicial. dança de domicílio.
Parágrafo único. No afastamento previsto no inciso I do art. 93,
CAPÍTULO II a ajuda de custo será paga pelo órgão cessionário, quando cabível.
DAS VANTAGENS Art. 57. O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de custo
quando, injustificadamente, não se apresentar na nova sede no pra-
Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as zo de 30 (trinta) dias.
seguintes vantagens:
I - indenizações; SUBSEÇÃO II
II - gratificações; DAS DIÁRIAS
III - adicionais.
§ 1o As indenizações não se incorporam ao vencimento ou Art. 58. O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter
provento para qualquer efeito. eventual ou transitório para outro ponto do território nacional ou
§ 2o As gratificações e os adicionais incorporam-se ao venci- para o exterior, fará jus a passagens e diárias destinadas a indenizar
mento ou provento, nos casos e condições indicados em lei. as parcelas de despesas extraordinária com pousada, alimentação e
Art. 50. As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem locomoção urbana, conforme dispuser em regulamento. (Redação
acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer outros acrésci- dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
mos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico funda- § 1o A diária será concedida por dia de afastamento, sendo
mento. devida pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite
fora da sede, ou quando a União custear, por meio diverso, as desp-
SEÇÃO I esas extraordinárias cobertas por diárias. (Redação dada pela Lei nº
DAS INDENIZAÇÕES 9.527, de 10.12.97)
§ 2o Nos casos em que o deslocamento da sede constituir ex-
Art. 51. Constituem indenizações ao servidor: igência permanente do cargo, o servidor não fará jus a diárias.
I - ajuda de custo; § 3o Também não fará jus a diárias o servidor que se deslocar
II - diárias; dentro da mesma região metropolitana, aglomeração urbana ou
III - transporte. microrregião, constituídas por municípios limítrofes e regularmente
IV - auxílio-moradia. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) instituídas, ou em áreas de controle integrado mantidas com países
Art. 52. Os valores das indenizações estabelecidas nos incisos I limítrofes, cuja jurisdição e competência dos órgãos, entidades e
a III do art. 51, assim como as condições para a sua concessão, serão servidores brasileiros considera-se estendida, salvo se houver per-
estabelecidos em regulamento. (Redação dada pela Lei nº 11.355, noite fora da sede, hipóteses em que as diárias pagas serão sempre
de 2006) as fixadas para os afastamentos dentro do território nacional. (In-
cluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
SUBSEÇÃO I Art. 59. O servidor que receber diárias e não se afastar da sede,
DA AJUDA DE CUSTO por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las integralmente, no
prazo de 5 (cinco) dias.
Art. 53. A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas Parágrafo único. Na hipótese de o servidor retornar à sede em
de instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar a ter prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, restituirá as
exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter per- diárias recebidas em excesso, no prazo previsto no caput.
manente, vedado o duplo pagamento de indenização, a qualquer
tempo, no caso de o cônjuge ou companheiro que detenha também SUBSEÇÃO III
a condição de servidor, vier a ter exercício na mesma sede. (Redação DA INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1o Correm por conta da administração as despesas de trans- Art. 60. Conceder-se-á indenização de transporte ao serv-
porte do servidor e de sua família, compreendendo passagem, ba- idor que realizar despesas com a utilização de meio próprio de
gagem e bens pessoais. locomoção para a execução de serviços externos, por força das
§ 2o À família do servidor que falecer na nova sede são asse- atribuições próprias do cargo, conforme se dispuser em regulamen-
gurados ajuda de custo e transporte para a localidade de origem, to.
dentro do prazo de 1 (um) ano, contado do óbito.
§ 3o Não será concedida ajuda de custo nas hipóteses de re- SUBSEÇÃO IV
moção previstas nos incisos II e III do parágrafo único do art. 36. DO AUXÍLIO-MORADIA
(Incluído pela Lei nº 12.998, de 2014) (INCLUÍDO PELA LEI Nº 11.355, DE 2006)
Art. 54. A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração do
servidor, conforme se dispuser em regulamento, não podendo ex- Art. 60-A. O auxílio-moradia consiste no ressarcimento das
ceder a importância correspondente a 3 (três) meses. despesas comprovadamente realizadas pelo servidor com aluguel
Art. 55. Não será concedida ajuda de custo ao servidor que se de moradia ou com meio de hospedagem administrado por empre-
afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo. sa hoteleira, no prazo de um mês após a comprovação da despesa
pelo servidor. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

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Art. 60-B. Conceder-se-á auxílio-moradia ao servidor se aten- SEÇÃO II


didos os seguintes requisitos: (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) DAS GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS
I - não exista imóvel funcional disponível para uso pelo serv-
idor; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) Art. 61. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta
II - o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe imóvel Lei, serão deferidos aos servidores as seguintes retribuições, grati-
funcional; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) ficações e adicionais: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
III - o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou I - retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e as-
tenha sido proprietário, promitente comprador, cessionário ou pro- sessoramento; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
mitente cessionário de imóvel no Município aonde for exercer o II - gratificação natalina;
cargo, incluída a hipótese de lote edificado sem averbação de con- III - (Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
strução, nos doze meses que antecederem a sua nomeação; (Incluí- IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas
do pela Lei nº 11.355, de 2006) ou penosas;
IV - nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba V - adicional pela prestação de serviço extraordinário;
auxílio-moradia; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) VI - adicional noturno;
V - o servidor tenha se mudado do local de residência para VII - adicional de férias;
ocupar cargo em comissão ou função de confiança do Grupo-Di- VIII - outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho.
reção e Assessoramento Superiores - DAS, níveis 4, 5 e 6, de Na- IX - gratificação por encargo de curso ou concurso. (Incluído
tureza Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
pela Lei nº 11.355, de 2006)
VI - o Município no qual assuma o cargo em comissão ou SUBSEÇÃO I
função de confiança não se enquadre nas hipóteses do art. 58, § 3o, DA RETRIBUIÇÃO PELO EXERCÍCIO DE FUNÇÃO DE DIREÇÃO,
em relação ao local de residência ou domicílio do servidor; (Incluído CHEFIA E ASSESSORAMENTO
pela Lei nº 11.355, de 2006) (REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 9.527, DE 10.12.97)
VII - o servidor não tenha sido domiciliado ou tenha residido
no Município, nos últimos doze meses, aonde for exercer o cargo Art. 62. Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em
em comissão ou função de confiança, desconsiderando-se prazo in- função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de provimento
ferior a sessenta dias dentro desse período; e (Incluído pela Lei nº em comissão ou de Natureza Especial é devida retribuição pelo seu
11.355, de 2006) exercício. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
VIII - o deslocamento não tenha sido por força de alteração Parágrafo único. Lei específica estabelecerá a remuneração
de lotação ou nomeação para cargo efetivo. (Incluído pela Lei nº dos cargos em comissão de que trata o inciso II do art. 9o. (Redação
11.355, de 2006) dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
IX - o deslocamento tenha ocorrido após 30 de junho de 2006. Art. 62-A. Fica transformada em Vantagem Pessoal Nominal-
(Incluído pela Lei nº 11.490, de 2007) mente Identificada - VPNI a incorporação da retribuição pelo ex-
Parágrafo único. Para fins do inciso VII, não será considerado o ercício de função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de
prazo no qual o servidor estava ocupando outro cargo em comissão provimento em comissão ou de Natureza Especial a que se referem
relacionado no inciso V. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) os arts. 3o e 10 da Lei no 8.911, de 11 de julho de 1994, e o art.
Art. 60-C. (Revogado pela Lei nº 12.998, de 2014) 3o da Lei no 9.624, de 2 de abril de 1998. (Incluído pela Medida
Art. 60-D. O valor mensal do auxílio-moradia é limitado a 25% Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
(vinte e cinco por cento) do valor do cargo em comissão, função Parágrafo único. A VPNI de que trata o caput deste artigo so-
comissionada ou cargo de Ministro de Estado ocupado. (Incluído mente estará sujeita às revisões gerais de remuneração dos serv-
pela Lei nº 11.784, de 2008 idores públicos federais. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-
§ 1o O valor do auxílio-moradia não poderá superar 25% (vinte 45, de 4.9.2001)
e cinco por cento) da remuneração de Ministro de Estado. (Incluído
pela Lei nº 11.784, de 2008 SUBSEÇÃO II
§ 2o Independentemente do valor do cargo em comissão ou DA GRATIFICAÇÃO NATALINA
função comissionada, fica garantido a todos os que preencherem
os requisitos o ressarcimento até o valor de R$ 1.800,00 (mil e oito- Art. 63. A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze
centos reais). (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008 avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no mês de dezem-
§ 3o (Incluído pela Medida Provisória nº 805, de 2017) (Vigên- bro, por mês de exercício no respectivo ano.
cia encerrada) Parágrafo único. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias
§ 4o (Incluído pela Medida Provisória nº 805, de 2017) (Vigên- será considerada como mês integral.
cia encerrada) Art. 64. A gratificação será paga até o dia 20 (vinte) do mês de
Art. 60-E. No caso de falecimento, exoneração, colocação de dezembro de cada ano.
imóvel funcional à disposição do servidor ou aquisição de imóvel, o Parágrafo único. (VETADO).
auxílio-moradia continuará sendo pago por um mês. (Incluído pela Art. 65. O servidor exonerado perceberá sua gratificação na-
Lei nº 11.355, de 2006) talina, proporcionalmente aos meses de exercício, calculada sobre
a remuneração do mês da exoneração.
Art. 66. A gratificação natalina não será considerada para cál-
culo de qualquer vantagem pecuniária.

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SUBSEÇÃO III Parágrafo único. Em se tratando de serviço extraordinário, o


DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO acréscimo de que trata este artigo incidirá sobre a remuneração
prevista no art. 73.
Art. 67. (Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
2001, respeitadas as situações constituídas até 8.3.1999) SUBSEÇÃO VII
DO ADICIONAL DE FÉRIAS
SUBSEÇÃO IV
DOS ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE, PERICULOSIDADE OU Art. 76. Independentemente de solicitação, será pago ao serv-
ATIVIDADES PENOSAS idor, por ocasião das férias, um adicional correspondente a 1/3 (um
terço) da remuneração do período das férias.
Art. 68. Os servidores que trabalhem com habitualidade em lo- Parágrafo único. No caso de o servidor exercer função de di-
cais insalubres ou em contato permanente com substâncias tóxicas, reção, chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em comissão, a
radioativas ou com risco de vida, fazem jus a um adicional sobre o respectiva vantagem será considerada no cálculo do adicional de
vencimento do cargo efetivo. que trata este artigo.
§ 1o O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e
de periculosidade deverá optar por um deles. SUBSEÇÃO VIII
§ 2o O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade DA GRATIFICAÇÃO POR ENCARGO DE CURSO OU CONCURSO
cessa com a eliminação das condições ou dos riscos que deram (INCLUÍDO PELA LEI Nº 11.314 DE 2006)
causa a sua concessão.
Art. 69. Haverá permanente controle da atividade de serv- Art. 76-A. A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso é
idores em operações ou locais considerados penosos, insalubres ou devida ao servidor que, em caráter eventual: (Incluído pela Lei nº
perigosos. 11.314 de 2006) (Regulamento) (Vide Decreto nº 11.069, de
Parágrafo único. A servidora gestante ou lactante será afasta- 2022) Vigência
da, enquanto durar a gestação e a lactação, das operações e locais I - atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvi-
previstos neste artigo, exercendo suas atividades em local salubre e mento ou de treinamento regularmente instituído no âmbito da
em serviço não penoso e não perigoso. administração pública federal; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
Art. 70. Na concessão dos adicionais de atividades penosas, de II - participar de banca examinadora ou de comissão para ex-
insalubridade e de periculosidade, serão observadas as situações ames orais, para análise curricular, para correção de provas discur-
estabelecidas em legislação específica. sivas, para elaboração de questões de provas ou para julgamento
Art. 71. O adicional de atividade penosa será devido aos serv- de recursos intentados por candidatos; (Incluído pela Lei nº 11.314
idores em exercício em zonas de fronteira ou em localidades cujas de 2006)
condições de vida o justifiquem, nos termos, condições e limites III - participar da logística de preparação e de realização de
fixados em regulamento. concurso público envolvendo atividades de planejamento, coorde-
Art. 72. Os locais de trabalho e os servidores que operam com nação, supervisão, execução e avaliação de resultado, quando tais
Raios X ou substâncias radioativas serão mantidos sob controle per- atividades não estiverem incluídas entre as suas atribuições perma-
manente, de modo que as doses de radiação ionizante não ultra- nentes; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
passem o nível máximo previsto na legislação própria. IV - participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de ex-
Parágrafo único. Os servidores a que se refere este artigo serão ame vestibular ou de concurso público ou supervisionar essas ativi-
submetidos a exames médicos a cada 6 (seis) meses. dades. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
§ 1o Os critérios de concessão e os limites da gratificação de
SUBSEÇÃO V que trata este artigo serão fixados em regulamento, observados os
DO ADICIONAL POR SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO seguintes parâmetros: (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
I - o valor da gratificação será calculado em horas, observadas a
Art. 73. O serviço extraordinário será remunerado com acrésci- natureza e a complexidade da atividade exercida; (Incluído pela Lei
mo de 50% (cinquenta por cento) em relação à hora normal de tra- nº 11.314 de 2006)
balho. II - a retribuição não poderá ser superior ao equivalente a 120
Art. 74. Somente será permitido serviço extraordinário para (cento e vinte) horas de trabalho anuais, ressalvada situação de ex-
atender a situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite cepcionalidade, devidamente justificada e previamente aprovada
máximo de 2 (duas) horas por jornada. pela autoridade máxima do órgão ou entidade, que poderá au-
torizar o acréscimo de até 120 (cento e vinte) horas de trabalho
SUBSEÇÃO VI anuais; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
DO ADICIONAL NOTURNO III - o valor máximo da hora trabalhada corresponderá aos
seguintes percentuais, incidentes sobre o maior vencimento básico
Art. 75. O serviço noturno, prestado em horário compreen- da administração pública federal: (Incluído pela Lei nº 11.314 de
dido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do 2006)
dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de 25% (vinte e cinco por a) 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento), em se tratan-
cento), computando-se cada hora como cinquenta e dois minutos do de atividades previstas nos incisos I e II do caput deste artigo;
e trinta segundos. (Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007)

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b) 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento), em se tratan- CAPÍTULO IV


do de atividade prevista nos incisos III e IV do caput deste artigo. DAS LICENÇAS
(Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007)
§ 2o A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso somente SEÇÃO I
será paga se as atividades referidas nos incisos do caput deste ar- DISPOSIÇÕES GERAIS
tigo forem exercidas sem prejuízo das atribuições do cargo de que
o servidor for titular, devendo ser objeto de compensação de carga Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença:
horária quando desempenhadas durante a jornada de trabalho, na I - por motivo de doença em pessoa da família;
forma do § 4o do art. 98 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 11.314 de II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;
2006) III - para o serviço militar;
§ 3o A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso não se IV - para atividade política;
incorpora ao vencimento ou salário do servidor para qualquer efei- V - para capacitação; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
to e não poderá ser utilizada como base de cálculo para quaisquer 10.12.97)
outras vantagens, inclusive para fins de cálculo dos proventos da VI - para tratar de interesses particulares;
aposentadoria e das pensões. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) VII - para desempenho de mandato classista.
§ 1o A licença prevista no inciso I do caput deste artigo bem
CAPÍTULO III como cada uma de suas prorrogações serão precedidas de exame
DAS FÉRIAS por perícia médica oficial, observado o disposto no art. 204 desta
Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)
Art. 77. O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem § 2o (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de neces- § 3o É vedado o exercício de atividade remunerada durante o
sidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação período da licença prevista no inciso I deste artigo.
específica. (Redação dada pela Lei nº 9.525, de 10.12.97) (Vide Lei Art. 82. A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do
nº 9.525, de 1997) término de outra da mesma espécie será considerada como pror-
§ 1o Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos rogação.
12 (doze) meses de exercício.
§ 2o É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço. SEÇÃO II
§ 3o As férias poderão ser parceladas em até três etapas, des- DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍ-
de que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da adminis- LIA
tração pública. (Incluído pela Lei nº 9.525, de 10.12.97)
Art. 78. O pagamento da remuneração das férias será efetuado Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo
até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período, observan- de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do pa-
do-se o disposto no § 1o deste artigo. (Vide Lei nº 9.525, de 1997) drasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas ex-
§ 1° e § 2° (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) pensas e conste do seu assentamento funcional, mediante compro-
§ 3o O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, vação por perícia médica oficial. (Redação dada pela Lei nº 11.907,
perceberá indenização relativa ao período das férias a que tiver di- de 2009)
reito e ao incompleto, na proporção de um doze avos por mês de § 1o A licença somente será deferida se a assistência direta
efetivo exercício, ou fração superior a quatorze dias. (Incluído pela do servidor for indispensável e não puder ser prestada simultan-
Lei nº 8.216, de 13.8.91) eamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de
§ 4o A indenização será calculada com base na remuneração horário, na forma do disposto no inciso II do art. 44. (Redação dada
do mês em que for publicado o ato exoneratório. (Incluído pela Lei pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
nº 8.216, de 13.8.91) § 2o A licença de que trata o caput, incluídas as prorrogações,
§ 5o Em caso de parcelamento, o servidor receberá o valor poderá ser concedida a cada período de doze meses nas seguintes
adicional previsto no inciso XVII do art. 7o da Constituição Feder- condições: (Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)
al quando da utilização do primeiro período. (Incluído pela Lei nº I - por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, mantida a
9.525, de 10.12.97) remuneração do servidor; e (Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010)
Art. 79. O servidor que opera direta e permanentemente com II - por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, sem remu-
Raios X ou substâncias radioativas gozará 20 (vinte) dias consecu- neração. (Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010)
tivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida em § 3o O início do interstício de 12 (doze) meses será contado a
qualquer hipótese a acumulação. partir da data do deferimento da primeira licença concedida. (In-
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) cluído pela Lei nº 12.269, de 2010)
Art. 80. As férias somente poderão ser interrompidas por mo- § 4o A soma das licenças remuneradas e das licenças não remu-
tivo de calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, neradas, incluídas as respectivas prorrogações, concedidas em um
serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do serviço declarada mesmo período de 12 (doze) meses, observado o disposto no § 3o,
pela autoridade máxima do órgão ou entidade. (Redação dada pela não poderá ultrapassar os limites estabelecidos nos incisos I e II do
Lei nº 9.527, de 10.12.97) (Vide Lei nº 9.525, de 1997) § 2o. (Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010)
Parágrafo único. O restante do período interrompido será go-
zado de uma só vez, observado o disposto no art. 77. (Incluído pela
Lei nº 9.527, de 10.12.97)

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SEÇÃO III SEÇÃO VII


DA LICENÇA POR MOTIVO DE AFASTAMENTO DO CÔNJUGE DA LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICULARES

Art. 84. Poderá ser concedida licença ao servidor para acom- Art. 91. A critério da Administração, poderão ser concedidas
panhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado para outro pon- ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em es-
to do território nacional, para o exterior ou para o exercício de man- tágio probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo
dato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo. prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração. (Redação
§ 1o A licença será por prazo indeterminado e sem remuner- dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
ação. Parágrafo único. A licença poderá ser interrompida, a qualquer
§ 2o No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou compan- tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço. (Redação
heiro também seja servidor público, civil ou militar, de qualquer dos dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-
pios, poderá haver exercício provisório em órgão ou entidade da SEÇÃO VIII
Administração Federal direta, autárquica ou fundacional, desde que DA LICENÇA PARA O DESEMPENHO DE MANDATO CLASSISTA
para o exercício de atividade compatível com o seu cargo. (Redação
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Art. 92. É assegurado ao servidor o direito à licença sem remu-
neração para o desempenho de mandato em confederação, feder-
SEÇÃO IV ação, associação de classe de âmbito nacional, sindicato represent-
DA LICENÇA PARA O SERVIÇO MILITAR ativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profissão ou, ainda,
para participar de gerência ou administração em sociedade coop-
Art. 85. Ao servidor convocado para o serviço militar será con- erativa constituída por servidores públicos para prestar serviços a
cedida licença, na forma e condições previstas na legislação espe- seus membros, observado o disposto na alínea c do inciso VIII do
cífica. art. 102 desta Lei, conforme disposto em regulamento e observa-
Parágrafo único. Concluído o serviço militar, o servidor terá dos os seguintes limites: (Redação dada pela Lei nº 11.094, de 2005)
até 30 (trinta) dias sem remuneração para reassumir o exercício do (Regulamento)
cargo. I - para entidades com até 5.000 (cinco mil) associados, 2 (dois)
servidores; (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)
SEÇÃO V II - para entidades com 5.001 (cinco mil e um) a 30.000 (trinta
DA LICENÇA PARA ATIVIDADE POLÍTICA mil) associados, 4 (quatro) servidores; (Redação dada pela Lei nº
12.998, de 2014)
Art. 86. O servidor terá direito a licença, sem remuneração, III - para entidades com mais de 30.000 (trinta mil) associados,
durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção 8 (oito) servidores. (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)
partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro § 1o Somente poderão ser licenciados os servidores eleitos
de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral. para cargos de direção ou de representação nas referidas entidades,
§ 1o O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desde que cadastradas no órgão competente. (Redação dada pela
desempenha suas funções e que exerça cargo de direção, chefia, Lei nº 12.998, de 2014)
assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele será afastado, a § 2o A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser
partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a renovada, no caso de reeleição. (Redação dada pela Lei nº 12.998,
Justiça Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao do pleito. (Redação de 2014)
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 2o A partir do registro da candidatura e até o décimo dia CAPÍTULO V
seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença, assegurados os DOS AFASTAMENTOS
vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período de três meses.
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) SEÇÃO I
DO AFASTAMENTO PARA SERVIR A OUTRO ÓRGÃO OU
SEÇÃO VI ENTIDADE
DA LICENÇA PARA CAPACITAÇÃO
(REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 9.527, DE 10.12.97) Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em out-
ro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do Dis-
Art. 87. Após cada quinquênio de efetivo exercício, o servidor trito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses: (Redação
poderá, no interesse da Administração, afastar-se do exercício do dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91) (Regulamento) (Vide Decreto
cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por até três meses, nº 4.493, de 3.12.2002) (Vide Decreto nº 5.213, de 2004) (Vide De-
para participar de curso de capacitação profissional. (Redação dada creto nº 9.144, de 2017)
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) (Vide Decreto nº 5.707, de 2006) I - para exercício de cargo em comissão ou função de confi-
Parágrafo único. Os períodos de licença de que trata o caput ança; (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)
não são acumuláveis. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) II - em casos previstos em leis específicas. (Redação dada pela
Art. 88. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Lei nº 8.270, de 17.12.91)
Art. 89. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 90. (VETADO).

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§ 1o Na hipótese do inciso I, sendo a cessão para órgãos ou en- SEÇÃO III


tidades dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, o ônus DO AFASTAMENTO PARA ESTUDO OU MISSÃO NO EXTERIOR
da remuneração será do órgão ou entidade cessionária, mantido o
ônus para o cedente nos demais casos. (Redação dada pela Lei nº Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do País para estu-
8.270, de 17.12.91) do ou missão oficial, sem autorização do Presidente da República,
§ 2º Na hipótese de o servidor cedido a empresa pública ou Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do Supre-
sociedade de economia mista, nos termos das respectivas normas, mo Tribunal Federal. (Vide Decreto nº 1.387, de 1995)
optar pela remuneração do cargo efetivo ou pela remuneração do § 1o A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a
cargo efetivo acrescida de percentual da retribuição do cargo em missão ou estudo, somente decorrido igual período, será permitida
comissão, a entidade cessionária efetuará o reembolso das desp- nova ausência.
esas realizadas pelo órgão ou entidade de origem. (Redação dada § 2o Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não
pela Lei nº 11.355, de 2006) será concedida exoneração ou licença para tratar de interesse par-
§ 3o A cessão far-se-á mediante Portaria publicada no Diário ticular antes de decorrido período igual ao do afastamento, res-
Oficial da União. (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91) salvada a hipótese de ressarcimento da despesa havida com seu
§ 4o Mediante autorização expressa do Presidente da Repú- afastamento.
blica, o servidor do Poder Executivo poderá ter exercício em out- § 3o O disposto neste artigo não se aplica aos servidores da
ro órgão da Administração Federal direta que não tenha quadro carreira diplomática.
próprio de pessoal, para fim determinado e a prazo certo. (Incluído § 4o As hipóteses, condições e formas para a autorização de
pela Lei nº 8.270, de 17.12.91) que trata este artigo, inclusive no que se refere à remuneração do
§ 5º Aplica-se à União, em se tratando de empregado ou serv- servidor, serão disciplinadas em regulamento. (Incluído pela Lei nº
idor por ela requisitado, as disposições dos §§ 1º e 2º deste artigo. 9.527, de 10.12.97)
(Redação dada pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002) Art. 96. O afastamento de servidor para servir em organismo
§ 6º As cessões de empregados de empresa pública ou de so- internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-
ciedade de economia mista, que receba recursos de Tesouro Na- se-á com perda total da remuneração. (Vide Decreto nº 3.456, de
cional para o custeio total ou parcial da sua folha de pagamento 2000)
de pessoal, independem das disposições contidas nos incisos I e II
e §§ 1º e 2º deste artigo, ficando o exercício do empregado cedido SEÇÃO IV
condicionado a autorização específica do Ministério do Planeja- (INCLUÍDO PELA LEI Nº 11.907, DE 2009)
mento, Orçamento e Gestão, exceto nos casos de ocupação de car-
go em comissão ou função gratificada. (Incluído pela Lei nº 10.470, Do Afastamento para Participação em Programa de Pós-Gradu-
de 25.6.2002) ação Stricto Sensu no País
§ 7° O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, com
a finalidade de promover a composição da força de trabalho dos Art. 96-A. O servidor poderá, no interesse da Administração, e
órgãos e entidades da Administração Pública Federal, poderá de- desde que a participação não possa ocorrer simultaneamente com
terminar a lotação ou o exercício de empregado ou servidor, inde- o exercício do cargo ou mediante compensação de horário, afas-
pendentemente da observância do constante no inciso I e nos §§ 1º tar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração,
e 2º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002) (Vide para participar em programa de pós-graduação stricto sensu em
Decreto nº 5.375, de 2005) instituição de ensino superior no País. (Incluído pela Lei nº 11.907,
de 2009)
SEÇÃO II § 1o Ato do dirigente máximo do órgão ou entidade definirá,
DO AFASTAMENTO PARA EXERCÍCIO DE MANDATO ELETIVO em conformidade com a legislação vigente, os programas de capac-
itação e os critérios para participação em programas de pós-gradu-
Art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se ação no País, com ou sem afastamento do servidor, que serão aval-
as seguintes disposições: iados por um comitê constituído para este fim. (Incluído pela Lei nº
I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará 11.907, de 2009)
afastado do cargo; § 2o Os afastamentos para realização de programas de mestra-
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, do e doutorado somente serão concedidos aos servidores titulares
sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; de cargos efetivos no respectivo órgão ou entidade há pelo menos
III - investido no mandato de vereador: 3 (três) anos para mestrado e 4 (quatro) anos para doutorado, in-
a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vanta- cluído o período de estágio probatório, que não tenham se afastado
gens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo; por licença para tratar de assuntos particulares para gozo de licença
b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do capacitação ou com fundamento neste artigo nos 2 (dois) anos an-
cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração. teriores à data da solicitação de afastamento. (Incluído pela Lei nº
§ 1o No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirá 11.907, de 2009)
para a seguridade social como se em exercício estivesse. § 3o Os afastamentos para realização de programas de
§ 2o O servidor investido em mandato eletivo ou classista não pós-doutorado somente serão concedidos aos servidores titulares
poderá ser removido ou redistribuído de ofício para localidade di- de cargos efetivo no respectivo órgão ou entidade há pelo menos
versa daquela onde exerce o mandato. quatro anos, incluído o período de estágio probatório, e que não
tenham se afastado por licença para tratar de assuntos particulares

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ou com fundamento neste artigo, nos quatro anos anteriores à data Parágrafo único. O disposto neste artigo estende-se ao cônjuge
da solicitação de afastamento. (Redação dada pela Lei nº 12.269, ou companheiro, aos filhos, ou enteados do servidor que vivam na
de 2010) sua companhia, bem como aos menores sob sua guarda, com au-
§ 4o Os servidores beneficiados pelos afastamentos previstos torização judicial.
nos §§ 1o, 2o e 3o deste artigo terão que permanecer no exercício
de suas funções após o seu retorno por um período igual ao do CAPÍTULO VII
afastamento concedido. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009) DO TEMPO DE SERVIÇO
§ 5o Caso o servidor venha a solicitar exoneração do cargo ou
aposentadoria, antes de cumprido o período de permanência pre- Art. 100. É contado para todos os efeitos o tempo de serviço
visto no § 4o deste artigo, deverá ressarcir o órgão ou entidade, na público federal, inclusive o prestado às Forças Armadas.
forma do art. 47 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, dos Art. 101. A apuração do tempo de serviço será feita em dias,
gastos com seu aperfeiçoamento. (Incluído pela Lei nº 11.907, de que serão convertidos em anos, considerado o ano como de trezen-
2009) tos e sessenta e cinco dias.
§ 6o Caso o servidor não obtenha o título ou grau que justificou Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
seu afastamento no período previsto, aplica-se o disposto no § 5o Art. 102. Além das ausências ao serviço previstas no art. 97,
deste artigo, salvo na hipótese comprovada de força maior ou de são considerados como de efetivo exercício os afastamentos em vir-
caso fortuito, a critério do dirigente máximo do órgão ou entidade. tude de: (Vide Decreto nº 5.707, de 2006)
(Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009) I - férias;
§ 7o Aplica-se à participação em programa de pós-graduação II - exercício de cargo em comissão ou equivalente, em órgão
no Exterior, autorizado nos termos do art. 95 desta Lei, o disposto ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, Municípios e Dis-
nos §§ 1o a 6o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009) trito Federal;
III - exercício de cargo ou função de governo ou administração,
CAPÍTULO VI em qualquer parte do território nacional, por nomeação do Presi-
DAS CONCESSÕES dente da República;
IV - participação em programa de treinamento regularmente
Art. 97. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se instituído ou em programa de pós-graduação stricto sensu no
do serviço: (Redação dada pela Medida provisória nº 632, de 2013) País, conforme dispuser o regulamento; (Redação dada pela Lei nº
I - por 1 (um) dia, para doação de sangue; 11.907, de 2009) (Vide Decreto nº 5.707, de 2006)
II - pelo período comprovadamente necessário para alistamen- V - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, munici-
to ou recadastramento eleitoral, limitado, em qualquer caso, a 2 pal ou do Distrito Federal, exceto para promoção por merecimento;
(dois) dias; (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014) VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei;
III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de : VII - missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afasta-
a) casamento; mento, conforme dispuser o regulamento; (Redação dada pela Lei
b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou nº 9.527, de 10.12.97) (Vide Decreto nº 5.707, de 2006)
padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos. VIII - licença:
Art. 98. Será concedido horário especial ao servidor estudante, a) à gestante, à adotante e à paternidade;
quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e
da repartição, sem prejuízo do exercício do cargo. quatro meses, cumulativo ao longo do tempo de serviço público
§ 1o Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a com- prestado à União, em cargo de provimento efetivo; (Redação dada
pensação de horário no órgão ou entidade que tiver exercício, re- pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
speitada a duração semanal do trabalho. (Parágrafo renumerado e c) para o desempenho de mandato classista ou participação de
alterado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) gerência ou administração em sociedade cooperativa constituída
§ 2o Também será concedido horário especial ao servidor por- por servidores para prestar serviços a seus membros, exceto para
tador de deficiência, quando comprovada a necessidade por junta efeito de promoção por merecimento; (Redação dada pela Lei nº
médica oficial, independentemente de compensação de horário. 11.094, de 2005)
(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;
§ 3o As disposições constantes do § 2o são extensivas ao ser- e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento;
vidor que tenha cônjuge, filho ou dependente com deficiência. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
(Redação dada pela Lei nº 13.370, de 2016) f) por convocação para o serviço militar;
§ 4o Será igualmente concedido horário especial, vinculado à IX - deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18;
compensação de horário a ser efetivada no prazo de até 1 (um) ano, X - participação em competição desportiva nacional ou convo-
ao servidor que desempenhe atividade prevista nos incisos I e II do cação para integrar representação desportiva nacional, no País ou
caput do art. 76-A desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.501, de no exterior, conforme disposto em lei específica;
2007) XI - afastamento para servir em organismo internacional de
Art. 99. Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse que o Brasil participe ou com o qual coopere. (Incluído pela Lei nº
da administração é assegurada, na localidade da nova residência ou 9.527, de 10.12.97)
na mais próxima, matrícula em instituição de ensino congênere, em Art. 103. Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e
qualquer época, independentemente de vaga. disponibilidade:
I - o tempo de serviço público prestado aos Estados, Municípi-
os e Distrito Federal;
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II - a licença para tratamento de saúde de pessoal da família do Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da data da
servidor, com remuneração, que exceder a 30 (trinta) dias em perío- publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessa-
do de 12 (doze) meses. (Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010) do, quando o ato não for publicado.
III - a licença para atividade política, no caso do art. 86, § 2o; Art. 111. O pedido de reconsideração e o recurso, quando
IV - o tempo correspondente ao desempenho de mandato ele- cabíveis, interrompem a prescrição.
tivo federal, estadual, municipal ou distrital, anterior ao ingresso no Art. 112. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser
serviço público federal; relevada pela administração.
V - o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Prev- Art. 113. Para o exercício do direito de petição, é assegurada
idência Social; vista do processo ou documento, na repartição, ao servidor ou a
VI - o tempo de serviço relativo a tiro de guerra; procurador por ele constituído.
VII - o tempo de licença para tratamento da própria saúde que Art. 114. A administração deverá rever seus atos, a qualquer
exceder o prazo a que se refere a alínea “b” do inciso VIII do art. tempo, quando eivados de ilegalidade.
102. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Art. 115. São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos
§ 1o O tempo em que o servidor esteve aposentado será con- neste Capítulo, salvo motivo de força maior.
tado apenas para nova aposentadoria.
§ 2o Será contado em dobro o tempo de serviço prestado às TÍTULO IV
Forças Armadas em operações de guerra. DO REGIME DISCIPLINAR
§ 3o É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço
prestado concomitantemente em mais de um cargo ou função de CAPÍTULO I
órgão ou entidades dos Poderes da União, Estado, Distrito Federal DOS DEVERES
e Município, autarquia, fundação pública, sociedade de economia
mista e empresa pública. Art. 116. São deveres do servidor:
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
CAPÍTULO VIII II - ser leal às instituições a que servir;
DO DIREITO DE PETIÇÃO III - observar as normas legais e regulamentares;
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifesta-
Art. 104. É assegurado ao servidor o direito de requerer aos mente ilegais;
Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo. V - atender com presteza:
Art. 105. O requerimento será dirigido à autoridade compe- a) ao público em geral, prestando as informações requeridas,
tente para decidi-lo e encaminhado por intermédio daquela a que ressalvadas as protegidas por sigilo;
estiver imediatamente subordinado o requerente. b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito
Art. 106. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que ou esclarecimento de situações de interesse pessoal;
houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não poden- c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.
do ser renovado. (Vide Lei nº 12.300, de 2010) VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do
Parágrafo único. O requerimento e o pedido de reconsideração cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quando houver
de que tratam os artigos anteriores deverão ser despachados no suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autori-
prazo de 5 (cinco) dias e decididos dentro de 30 (trinta) dias. dade competente para apuração; (Redação dada pela Lei nº 12.527,
Art. 107. Caberá recurso: (Vide Lei nº 12.300, de 2010) de 2011)
I - do indeferimento do pedido de reconsideração; VII - zelar pela economia do material e a conservação do pat-
II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos. rimônio público;
§ 1o O recurso será dirigido à autoridade imediatamente supe- VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição;
rior à que tiver expedido o ato ou proferido a decisão, e, sucessiva- IX - manter conduta compatível com a moralidade adminis-
mente, em escala ascendente, às demais autoridades. trativa;
§ 2o O recurso será encaminhado por intermédio da autori- X - ser assíduo e pontual ao serviço;
dade a que estiver imediatamente subordinado o requerente. XI - tratar com urbanidade as pessoas;
Art. 108. O prazo para interposição de pedido de reconsid- XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de pod-
eração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, a contar da publicação er.
ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida. (Vide Lei nº Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será
12.300, de 2010) encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade su-
Art. 109. O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, perior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao repre-
a juízo da autoridade competente. sentando ampla defesa.
Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido de recon-
sideração ou do recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data do CAPÍTULO II
ato impugnado. DAS PROIBIÇÕES
Art. 110. O direito de requerer prescreve:
I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cas- Art. 117. Ao servidor é proibido: (Vide Medida Provisória nº
sação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem inter- 2.225-45, de 4.9.2001)
esse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho; I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia
II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando autorização do chefe imediato;
outro prazo for fixado em lei.
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II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, § 2o A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condiciona-
qualquer documento ou objeto da repartição; da à comprovação da compatibilidade de horários.
III - recusar fé a documentos públicos; § 3o Considera-se acumulação proibida a percepção de venci-
IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento mento de cargo ou emprego público efetivo com proventos da ina-
e processo ou execução de serviço; tividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remuner-
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto ações forem acumuláveis na atividade. (Incluído pela Lei nº 9.527,
da repartição; de 10.12.97)
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos Art. 119. O servidor não poderá exercer mais de um cargo em
previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua re- comissão, exceto no caso previsto no parágrafo único do art. 9o,
sponsabilidade ou de seu subordinado; nem ser remunerado pela participação em órgão de deliberação
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a coletiva. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
associação profissional ou sindical, ou a partido político; Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à remu-
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de neração devida pela participação em conselhos de administração
confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau e fiscal das empresas públicas e sociedades de economia mista,
civil; suas subsidiárias e controladas, bem como quaisquer empresas ou
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de out- entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha par-
rem, em detrimento da dignidade da função pública; ticipação no capital social, observado o que, a respeito, dispuser
X - participar de gerência ou administração de sociedade legislação específica. (Redação dada pela Medida Provisória nº
privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, 2.225-45, de 4.9.2001)
exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; (Redação Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acumu-
dada pela Lei nº 11.784, de 2008 lar licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargo de
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efe-
repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previ- tivos, salvo na hipótese em que houver compatibilidade de horário
denciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de e local com o exercício de um deles, declarada pelas autoridades
cônjuge ou companheiro; máximas dos órgãos ou entidades envolvidos. (Redação dada pela
XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de Lei nº 9.527, de 10.12.97)
qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado es- CAPÍTULO IV
trangeiro; DAS RESPONSABILIDADES
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas;
XV - proceder de forma desidiosa; Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrativa-
XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em mente pelo exercício irregular de suas atribuições.
serviços ou atividades particulares; Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou
XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou
que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias; a terceiros.
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis § 1o A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário
com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho; somente será liquidada na forma prevista no art. 46, na falta de
XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solic- outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial.
itado. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) § 2o Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o
Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do caput servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.
deste artigo não se aplica nos seguintes casos: (Incluído pela Lei nº § 3o A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores
11.784, de 2008 e contra eles será executada, até o limite do valor da herança rece-
I - participação nos conselhos de administração e fiscal de em- bida.
presas ou entidades em que a União detenha, direta ou indireta- Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e contra-
mente, participação no capital social ou em sociedade cooperativa venções imputadas ao servidor, nessa qualidade.
constituída para prestar serviços a seus membros; e (Incluído pela Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de
Lei nº 11.784, de 2008 ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou
II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, na função.
forma do art. 91 desta Lei, observada a legislação sobre conflito de Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão
interesses. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008 cumular-se, sendo independentes entre si.
Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será
CAPÍTULO III afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do
DA ACUMULAÇÃO fato ou sua autoria.
Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil,
Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Constituição, é ve- penal ou administrativamente por dar ciência à autoridade superi-
dada a acumulação remunerada de cargos públicos. or ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, a outra au-
§ 1o A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos toridade competente para apuração de informação concernente à
e funções em autarquias, fundações públicas, empresas públicas, prática de crimes ou improbidade de que tenha conhecimento, ain-
sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos da que em decorrência do exercício de cargo, emprego ou função
Estados, dos Territórios e dos Municípios. pública. (Incluído pela Lei nº 12.527, de 2011)
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CAPÍTULO V Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de


DAS PENALIDADES cargos, empregos ou funções públicas, a autoridade a que se refere
o art. 143 notificará o servidor, por intermédio de sua chefia ime-
Art. 127. São penalidades disciplinares: diata, para apresentar opção no prazo improrrogável de dez dias,
I - advertência; contados da data da ciência e, na hipótese de omissão, adotará pro-
II - suspensão; cedimento sumário para a sua apuração e regularização imediata,
III - demissão; cujo processo administrativo disciplinar se desenvolverá nas seguin-
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; tes fases: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
V - destituição de cargo em comissão; I - instauração, com a publicação do ato que constituir a
VI - destituição de função comissionada. comissão, a ser composta por dois servidores estáveis, e simultan-
Art. 128. Na aplicação das penalidades serão consideradas a eamente indicar a autoria e a materialidade da transgressão objeto
natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela da apuração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou II - instrução sumária, que compreende indiciação, defesa e
atenuantes e os antecedentes funcionais. relatório; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade mencion- III - julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
ará sempre o fundamento legal e a causa da sanção disciplinar. (In- § 1o A indicação da autoria de que trata o inciso I dar-se-á pelo
cluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) nome e matrícula do servidor, e a materialidade pela descrição dos
Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de cargos, empregos ou funções públicas em situação de acumulação
violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e ilegal, dos órgãos ou entidades de vinculação, das datas de ingres-
de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamenta- so, do horário de trabalho e do correspondente regime jurídico.
ção ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
mais grave. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) § 2o A comissão lavrará, até três dias após a publicação do
Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidên- ato que a constituiu, termo de indiciação em que serão transcritas
cia das faltas punidas com advertência e de violação das demais as informações de que trata o parágrafo anterior, bem como pro-
proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de de- moverá a citação pessoal do servidor indiciado, ou por intermédio
missão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias. de sua chefia imediata, para, no prazo de cinco dias, apresentar
§ 1o Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o serv- defesa escrita, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição,
idor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção observado o disposto nos arts. 163 e 164. (Redação dada pela Lei
médica determinada pela autoridade competente, cessando os nº 9.527, de 10.12.97)
efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação. § 3o Apresentada a defesa, a comissão elaborará relatório con-
§ 2o Quando houver conveniência para o serviço, a penali- clusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor, em
dade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de que resumirá as peças principais dos autos, opinará sobre a licitude
50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, da acumulação em exame, indicará o respectivo dispositivo legal e
ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço. remeterá o processo à autoridade instauradora, para julgamento.
Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão terão (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) § 4o No prazo de cinco dias, contados do recebimento do pro-
anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não hou- cesso, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão, aplicando-se,
ver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. quando for o caso, o disposto no § 3o do art. 167. (Incluído pela Lei
Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá nº 9.527, de 10.12.97)
efeitos retroativos. § 5o A opção pelo servidor até o último dia de prazo para defe-
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: sa configurará sua boa-fé, hipótese em que se converterá automati-
I - crime contra a administração pública; camente em pedido de exoneração do outro cargo. (Incluído pela
II - abandono de cargo; Lei nº 9.527, de 10.12.97)
III - inassiduidade habitual; § 6o Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé,
IV - improbidade administrativa; aplicar-se-á a pena de demissão, destituição ou cassação de apo-
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; sentadoria ou disponibilidade em relação aos cargos, empregos ou
VI - insubordinação grave em serviço; funções públicas em regime de acumulação ilegal, hipótese em que
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo os órgãos ou entidades de vinculação serão comunicados. (Incluído
em legítima defesa própria ou de outrem; pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; § 7o O prazo para a conclusão do processo administrativo disci-
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do plinar submetido ao rito sumário não excederá trinta dias, contados
cargo; da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio na- a sua prorrogação por até quinze dias, quando as circunstâncias o
cional; exigirem. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
XI - corrupção; § 8o O procedimento sumário rege-se pelas disposições deste
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públi- artigo, observando-se, no que lhe for aplicável, subsidiariamente,
cas; as disposições dos Títulos IV e V desta Lei. (Incluído pela Lei nº
XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. 9.527, de 10.12.97)

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Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com de-
do inativo que houver praticado, na atividade, falta punível com a missão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição
demissão. de cargo em comissão;
Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido por não II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de infração sujei- III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.
ta às penalidades de suspensão e de demissão. § 1o O prazo de prescrição começa a correr da data em que o
Parágrafo único. Constatada a hipótese de que trata este arti- fato se tornou conhecido.
go, a exoneração efetuada nos termos do art. 35 será convertida em § 2o Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se
destituição de cargo em comissão. às infrações disciplinares capituladas também como crime.
Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, § 3o A abertura de sindicância ou a instauração de processo
nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do art. 132, implica a indisponi- disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por
bilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação autoridade competente.
penal cabível. § 4o Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a
Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, correr a partir do dia em que cessar a interrupção.
por infringência do art. 117, incisos IX e XI, incompatibiliza o ex-ser-
vidor para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de TÍTULO V
5 (cinco) anos. DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público feder-
al o servidor que for demitido ou destituído do cargo em comissão CAPÍTULO I
por infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI. DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 138. Configura abandono de cargo a ausência intencional
do servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos. Art. 143. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no
Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata,
serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, asse-
durante o período de doze meses. gurada ao acusado ampla defesa.
Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade § 1o (Revogado pela Lei nº 11.204, de 2005)
habitual, também será adotado o procedimento sumário a que se § 2o (Revogado pela Lei nº 11.204, de 2005)
refere o art. 133, observando-se especialmente que: (Redação dada § 3o A apuração de que trata o caput, por solicitação da au-
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) toridade a que se refere, poderá ser promovida por autoridade de
I - a indicação da materialidade dar-se-á: (Incluído pela Lei nº órgão ou entidade diverso daquele em que tenha ocorrido a irregu-
9.527, de 10.12.97) laridade, mediante competência específica para tal finalidade, del-
a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação precisa egada em caráter permanente ou temporário pelo Presidente da
do período de ausência intencional do servidor ao serviço superior República, pelos presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos
a trinta dias; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República, no âmbito
b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos dias do respectivo Poder, órgão ou entidade, preservadas as competên-
de falta ao serviço sem causa justificada, por período igual ou supe- cias para o julgamento que se seguir à apuração. (Incluído pela Lei
rior a sessenta dias interpoladamente, durante o período de doze nº 9.527, de 10.12.97)
meses; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Art. 144. As denúncias sobre irregularidades serão objeto de
II - após a apresentação da defesa a comissão elaborará apuração, desde que contenham a identificação e o endereço do
relatório conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a auten-
servidor, em que resumirá as peças principais dos autos, indicará o ticidade.
respectivo dispositivo legal, opinará, na hipótese de abandono de Parágrafo único. Quando o fato narrado não configurar eviden-
cargo, sobre a intencionalidade da ausência ao serviço superior a te infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será arquivada,
trinta dias e remeterá o processo à autoridade instauradora para por falta de objeto.
julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Art. 145. Da sindicância poderá resultar:
Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas: I - arquivamento do processo;
I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas II - aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de
do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Ger- até 30 (trinta) dias;
al da República, quando se tratar de demissão e cassação de apo- III - instauração de processo disciplinar.
sentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao respectivo Parágrafo único. O prazo para conclusão da sindicância não ex-
Poder, órgão, ou entidade; cederá 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual período, a
II - pelas autoridades administrativas de hierarquia imediata- critério da autoridade superior.
mente inferior àquelas mencionadas no inciso anterior quando se Art. 146. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar
tratar de suspensão superior a 30 (trinta) dias; a imposição de penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta)
III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade,
respectivos regimentos ou regulamentos, nos casos de advertência ou destituição de cargo em comissão, será obrigatória a instauração
ou de suspensão de até 30 (trinta) dias; de processo disciplinar.
IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se
tratar de destituição de cargo em comissão.
Art. 142. A ação disciplinar prescreverá:
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CAPÍTULO II Art. 154. Os autos da sindicância integrarão o processo discipli-


DO AFASTAMENTO PREVENTIVO nar, como peça informativa da instrução.
Parágrafo único. Na hipótese de o relatório da sindicância con-
Art. 147. Como medida cautelar e a fim de que o servidor não cluir que a infração está capitulada como ilícito penal, a autoridade
venha a influir na apuração da irregularidade, a autoridade instau- competente encaminhará cópia dos autos ao Ministério Público, in-
radora do processo disciplinar poderá determinar o seu afastamen- dependentemente da imediata instauração do processo disciplinar.
to do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem Art. 155. Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada
prejuízo da remuneração. de depoimentos, acareações, investigações e diligências cabíveis,
Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado por objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a
igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda que não técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos
concluído o processo. fatos.
Art. 156. É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o
CAPÍTULO III processo pessoalmente ou por intermédio de procurador, arrolar e
DO PROCESSO DISCIPLINAR reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular
quesitos, quando se tratar de prova pericial.
Art. 148. O processo disciplinar é o instrumento destinado a § 1o O presidente da comissão poderá denegar pedidos con-
apurar responsabilidade de servidor por infração praticada no ex- siderados impertinentes, meramente protelatórios, ou de nenhum
ercício de suas atribuições, ou que tenha relação com as atribuições interesse para o esclarecimento dos fatos.
do cargo em que se encontre investido. § 2o Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a com-
Art. 149. O processo disciplinar será conduzido por comissão provação do fato independer de conhecimento especial de perito.
composta de três servidores estáveis designados pela autoridade Art. 157. As testemunhas serão intimadas a depor mediante
competente, observado o disposto no § 3o do art. 143, que indi- mandado expedido pelo presidente da comissão, devendo a segun-
cará, dentre eles, o seu presidente, que deverá ser ocupante de car- da via, com o ciente do interessado, ser anexado aos autos.
go efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade Parágrafo único. Se a testemunha for servidor público, a ex-
igual ou superior ao do indiciado. (Redação dada pela Lei nº 9.527, pedição do mandado será imediatamente comunicada ao chefe da
de 10.12.97) repartição onde serve, com a indicação do dia e hora marcados para
§ 1o A Comissão terá como secretário servidor designado pelo inquirição.
seu presidente, podendo a indicação recair em um de seus mem- Art. 158. O depoimento será prestado oralmente e reduzido a
bros. termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por escrito.
§ 2o Não poderá participar de comissão de sindicância ou de § 1o As testemunhas serão inquiridas separadamente.
inquérito, cônjuge, companheiro ou parente do acusado, consan- § 2o Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se
guíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau. infirmem, proceder-se-á à acareação entre os depoentes.
Art. 150. A Comissão exercerá suas atividades com independ- Art. 159. Concluída a inquirição das testemunhas, a comissão
ência e imparcialidade, assegurado o sigilo necessário à elucidação promoverá o interrogatório do acusado, observados os procedi-
do fato ou exigido pelo interesse da administração. mentos previstos nos arts. 157 e 158.
Parágrafo único. As reuniões e as audiências das comissões § 1o No caso de mais de um acusado, cada um deles será ouv-
terão caráter reservado. ido separadamente, e sempre que divergirem em suas declarações
Art. 151. O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes sobre fatos ou circunstâncias, será promovida a acareação entre
fases: eles.
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a § 2o O procurador do acusado poderá assistir ao interrogatório,
comissão; bem como à inquirição das testemunhas, sendo-lhe vedado inter-
II - inquérito administrativo, que compreende instrução, defe- ferir nas perguntas e respostas, facultando-se-lhe, porém, reinqui-
sa e relatório; ri-las, por intermédio do presidente da comissão.
III - julgamento. Art. 160. Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do
Art. 152. O prazo para a conclusão do processo disciplinar não acusado, a comissão proporá à autoridade competente que ele seja
excederá 60 (sessenta) dias, contados da data de publicação do ato submetido a exame por junta médica oficial, da qual participe pelo
que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual pra- menos um médico psiquiatra.
zo, quando as circunstâncias o exigirem. Parágrafo único. O incidente de sanidade mental será proces-
§ 1o Sempre que necessário, a comissão dedicará tempo in- sado em auto apartado e apenso ao processo principal, após a ex-
tegral aos seus trabalhos, ficando seus membros dispensados do pedição do laudo pericial.
ponto, até a entrega do relatório final. Art. 161. Tipificada a infração disciplinar, será formulada a in-
§ 2o As reuniões da comissão serão registradas em atas que diciação do servidor, com a especificação dos fatos a ele imputados
deverão detalhar as deliberações adotadas. e das respectivas provas.
§ 1o O indiciado será citado por mandado expedido pelo pres-
SEÇÃO I idente da comissão para apresentar defesa escrita, no prazo de 10
DO INQUÉRITO (dez) dias, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição.
§ 2o Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum e
Art. 153. O inquérito administrativo obedecerá ao princípio de 20 (vinte) dias.
do contraditório, assegurada ao acusado ampla defesa, com a uti- § 3o O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro, para
lização dos meios e recursos admitidos em direito. diligências reputadas indispensáveis.
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§ 4o No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia Art. 169. Verificada a ocorrência de vício insanável, a autori-
da citação, o prazo para defesa contar-se-á da data declarada, em dade que determinou a instauração do processo ou outra de hierar-
termo próprio, pelo membro da comissão que fez a citação, com a quia superior declarará a sua nulidade, total ou parcial, e ordenará,
assinatura de (2) duas testemunhas. no mesmo ato, a constituição de outra comissão para instauração
Art. 162. O indiciado que mudar de residência fica obrigado a de novo processo. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
comunicar à comissão o lugar onde poderá ser encontrado. § 1o O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do
Art. 163. Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sa- processo.
bido, será citado por edital, publicado no Diário Oficial da União e § 2o A autoridade julgadora que der causa à prescrição de que
em jornal de grande circulação na localidade do último domicílio trata o art. 142, § 2o, será responsabilizada na forma do Capítulo IV
conhecido, para apresentar defesa. do Título IV.
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo para defesa Art. 170. Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade
será de 15 (quinze) dias a partir da última publicação do edital. julgadora determinará o registro do fato nos assentamentos indi-
Art. 164. Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente viduais do servidor.
citado, não apresentar defesa no prazo legal. Art. 171. Quando a infração estiver capitulada como crime, o
§ 1o A revelia será declarada, por termo, nos autos do proces- processo disciplinar será remetido ao Ministério Público para in-
so e devolverá o prazo para a defesa. stauração da ação penal, ficando trasladado na repartição.
§ 2o Para defender o indiciado revel, a autoridade instaurado- Art. 172. O servidor que responder a processo disciplinar só
ra do processo designará um servidor como defensor dativo, que poderá ser exonerado a pedido, ou aposentado voluntariamente,
deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nív- após a conclusão do processo e o cumprimento da penalidade, aca-
el, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado. so aplicada.
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Parágrafo único. Ocorrida a exoneração de que trata o parágr-
Art. 165. Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório afo único, inciso I do art. 34, o ato será convertido em demissão, se
minucioso, onde resumirá as peças principais dos autos e mencion- for o caso.
ará as provas em que se baseou para formar a sua convicção. Art. 173. Serão assegurados transporte e diárias:
§ 1o O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou I - ao servidor convocado para prestar depoimento fora da
à responsabilidade do servidor. sede de sua repartição, na condição de testemunha, denunciado
§ 2o Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão ou indiciado;
indicará o dispositivo legal ou regulamentar transgredido, bem II - aos membros da comissão e ao secretário, quando obriga-
como as circunstâncias agravantes ou atenuantes. dos a se deslocarem da sede dos trabalhos para a realização de
Art. 166. O processo disciplinar, com o relatório da comissão, missão essencial ao esclarecimento dos fatos.
será remetido à autoridade que determinou a sua instauração, para
julgamento. SEÇÃO III
DA REVISÃO DO PROCESSO
SEÇÃO II
DO JULGAMENTO Art. 174. O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer
tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem fatos novos ou
Art. 167. No prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimento circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a
do processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão. inadequação da penalidade aplicada.
§ 1o Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autor- § 1o Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento
idade instauradora do processo, este será encaminhado à autori- do servidor, qualquer pessoa da família poderá requerer a revisão
dade competente, que decidirá em igual prazo. do processo.
§ 2o Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, § 2o No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão
o julgamento caberá à autoridade competente para a imposição da será requerida pelo respectivo curador.
pena mais grave. Art. 175. No processo revisional, o ônus da prova cabe ao re-
§ 3o Se a penalidade prevista for a demissão ou cassação de querente.
aposentadoria ou disponibilidade, o julgamento caberá às autori- Art. 176. A simples alegação de injustiça da penalidade não
dades de que trata o inciso I do art. 141. constitui fundamento para a revisão, que requer elementos novos,
§ 4o Reconhecida pela comissão a inocência do servidor, a au- ainda não apreciados no processo originário.
toridade instauradora do processo determinará o seu arquivamen- Art. 177. O requerimento de revisão do processo será dirigido
to, salvo se flagrantemente contrária à prova dos autos. (Incluído ao Ministro de Estado ou autoridade equivalente, que, se autorizar
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) a revisão, encaminhará o pedido ao dirigente do órgão ou entidade
Art. 168. O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo onde se originou o processo disciplinar.
quando contrário às provas dos autos. Parágrafo único. Deferida a petição, a autoridade competente
Parágrafo único. Quando o relatório da comissão contrariar as providenciará a constituição de comissão, na forma do art. 149.
provas dos autos, a autoridade julgadora poderá, motivadamente, Art. 178. A revisão correrá em apenso ao processo originário.
agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de Parágrafo único. Na petição inicial, o requerente pedirá dia e
responsabilidade. hora para a produção de provas e inquirição das testemunhas que
arrolar.
Art. 179. A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias para a
conclusão dos trabalhos.
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Art. 180. Aplicam-se aos trabalhos da comissão revisora, no Parágrafo único. Os benefícios serão concedidos nos termos
que couber, as normas e procedimentos próprios da comissão do e condições definidos em regulamento, observadas as disposições
processo disciplinar. desta Lei.
Art. 181. O julgamento caberá à autoridade que aplicou a pe- Art. 185. Os benefícios do Plano de Seguridade Social do serv-
nalidade, nos termos do art. 141. idor compreendem:
Parágrafo único. O prazo para julgamento será de 20 (vinte) I - quanto ao servidor:
dias, contados do recebimento do processo, no curso do qual a au- a) aposentadoria;
toridade julgadora poderá determinar diligências. b) auxílio-natalidade;
Art. 182. Julgada procedente a revisão, será declarada sem c) salário-família;
efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os direitos d) licença para tratamento de saúde;
do servidor, exceto em relação à destituição do cargo em comissão, e) licença à gestante, à adotante e licença-paternidade;
que será convertida em exoneração. f) licença por acidente em serviço;
Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar g) assistência à saúde;
agravamento de penalidade. h) garantia de condições individuais e ambientais de trabalho
satisfatórias;
TÍTULO VI II - quanto ao dependente:
DA SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR a) pensão vitalícia e temporária;
b) auxílio-funeral;
CAPÍTULO I c) auxílio-reclusão;
DISPOSIÇÕES GERAIS d) assistência à saúde.
§ 1o As aposentadorias e pensões serão concedidas e manti-
Art. 183. A União manterá Plano de Seguridade Social para o das pelos órgãos ou entidades aos quais se encontram vinculados
servidor e sua família. os servidores, observado o disposto nos arts. 189 e 224.
§ 1o O servidor ocupante de cargo em comissão que não seja, § 2o O recebimento indevido de benefícios havidos por fraude,
simultaneamente, ocupante de cargo ou emprego efetivo na ad- dolo ou má-fé, implicará devolução ao erário do total auferido, sem
ministração pública direta, autárquica e fundacional não terá direito prejuízo da ação penal cabível.
aos benefícios do Plano de Seguridade Social, com exceção da as-
sistência à saúde. (Redação dada pela Lei nº 10.667, de 14.5.2003) CAPÍTULO II
§ 2o O servidor afastado ou licenciado do cargo efetivo, sem DOS BENEFÍCIOS
direito à remuneração, inclusive para servir em organismo oficial
internacional do qual o Brasil seja membro efetivo ou com o qual SEÇÃO I
coopere, ainda que contribua para regime de previdência social no DA APOSENTADORIA
exterior, terá suspenso o seu vínculo com o regime do Plano de Se-
guridade Social do Servidor Público enquanto durar o afastamento Art. 186. O servidor será aposentado: (Vide art. 40 da Consti-
ou a licença, não lhes assistindo, neste período, os benefícios do tuição)
mencionado regime de previdência. (Incluído pela Lei nº 10.667, I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais
de 14.5.2003) quando decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional
§ 3o Será assegurada ao servidor licenciado ou afastado sem ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificada em lei, e
remuneração a manutenção da vinculação ao regime do Plano de proporcionais nos demais casos;
Seguridade Social do Servidor Público, mediante o recolhimento II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proven-
mensal da respectiva contribuição, no mesmo percentual devido tos proporcionais ao tempo de serviço;
pelos servidores em atividade, incidente sobre a remuneração total III - voluntariamente:
do cargo a que faz jus no exercício de suas atribuições, computan- a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos 30
do-se, para esse efeito, inclusive, as vantagens pessoais. (Incluído (trinta) se mulher, com proventos integrais;
pela Lei nº 10.667, de 14.5.2003) b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções de mag-
§ 4o O recolhimento de que trata o § 3o deve ser efetuado até istério se professor, e 25 (vinte e cinco) se professora, com proven-
o segundo dia útil após a data do pagamento das remunerações dos tos integrais;
servidores públicos, aplicando-se os procedimentos de cobrança e c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte e
execução dos tributos federais quando não recolhidas na data de cinco) se mulher, com proventos proporcionais a esse tempo;
vencimento. (Incluído pela Lei nº 10.667, de 14.5.2003) d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e aos
Art. 184. O Plano de Seguridade Social visa a dar cobertura aos 60 (sessenta) se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de
riscos a que estão sujeitos o servidor e sua família, e compreende serviço.
um conjunto de benefícios e ações que atendam às seguintes final- § 1o Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis,
idades: a que se refere o inciso I deste artigo, tuberculose ativa, alienação
I - garantir meios de subsistência nos eventos de doença, in- mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira posteri-
validez, velhice, acidente em serviço, inatividade, falecimento e re- or ao ingresso no serviço público, hanseníase, cardiopatia grave,
clusão; doença de Parkinson, paralisia irreversível e incapacitante, espon-
II - proteção à maternidade, à adoção e à paternidade; diloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avançados do
III - assistência à saúde.

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mal de Paget (osteíte deformante), Síndrome de Imunodeficiência Art. 195. Ao ex-combatente que tenha efetivamente participa-
Adquirida - AIDS, e outras que a lei indicar, com base na medicina do de operações bélicas, durante a Segunda Guerra Mundial, nos
especializada. termos da Lei nº 5.315, de 12 de setembro de 1967, será concedida
§ 2o Nos casos de exercício de atividades consideradas insalu- aposentadoria com provento integral, aos 25 (vinte e cinco) anos de
bres ou perigosas, bem como nas hipóteses previstas no art. 71, a serviço efetivo.
aposentadoria de que trata o inciso III, “a” e “c”, observará o dispos-
to em lei específica. SEÇÃO II
§ 3o Na hipótese do inciso I o servidor será submetido à junta DO AUXÍLIO-NATALIDADE
médica oficial, que atestará a invalidez quando caracterizada a in-
capacidade para o desempenho das atribuições do cargo ou a im- Art. 196. O auxílio-natalidade é devido à servidora por motivo
possibilidade de se aplicar o disposto no art. 24. (Incluído pela Lei de nascimento de filho, em quantia equivalente ao menor venci-
nº 9.527, de 10.12.97) mento do serviço público, inclusive no caso de natimorto.
Art. 187. A aposentadoria compulsória será automática, e § 1o Na hipótese de parto múltiplo, o valor será acrescido de
declarada por ato, com vigência a partir do dia imediato àquele em 50% (cinquenta por cento), por nascituro.
que o servidor atingir a idade-limite de permanência no serviço ati- § 2o O auxílio será pago ao cônjuge ou companheiro servidor
vo. público, quando a parturiente não for servidora.
Art. 188. A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará
a partir da data da publicação do respectivo ato. SEÇÃO III
§ 1o A aposentadoria por invalidez será precedida de licença DO SALÁRIO-FAMÍLIA
para tratamento de saúde, por período não excedente a 24 (vinte
e quatro) meses. Art. 197. O salário-família é devido ao servidor ativo ou ao ina-
§ 2o Expirado o período de licença e não estando em condições tivo, por dependente econômico.
de reassumir o cargo ou de ser readaptado, o servidor será apo- Parágrafo único. Consideram-se dependentes econômicos
sentado. para efeito de percepção do salário-família:
§ 3o O lapso de tempo compreendido entre o término da li- I - o cônjuge ou companheiro e os filhos, inclusive os enteados
cença e a publicação do ato da aposentadoria será considerado até 21 (vinte e um) anos de idade ou, se estudante, até 24 (vinte e
como de prorrogação da licença. quatro) anos ou, se inválido, de qualquer idade;
§ 4o Para os fins do disposto no § 1o deste artigo, serão con- II - o menor de 21 (vinte e um) anos que, mediante autorização
sideradas apenas as licenças motivadas pela enfermidade ense- judicial, viver na companhia e às expensas do servidor, ou do ina-
jadora da invalidez ou doenças correlacionadas. (Incluído pela Lei tivo;
nº 11.907, de 2009) III - a mãe e o pai sem economia própria.
§ 5o A critério da Administração, o servidor em licença para Art. 198. Não se configura a dependência econômica quando o
tratamento de saúde ou aposentado por invalidez poderá ser con- beneficiário do salário-família perceber rendimento do trabalho ou
vocado a qualquer momento, para avaliação das condições que de qualquer outra fonte, inclusive pensão ou provento da aposenta-
ensejaram o afastamento ou a aposentadoria. (Incluído pela Lei nº doria, em valor igual ou superior ao salário-mínimo.
11.907, de 2009) Art. 199. Quando o pai e mãe forem servidores públicos e viv-
Art. 189. O provento da aposentadoria será calculado com ob- erem em comum, o salário-família será pago a um deles; quando
servância do disposto no § 3o do art. 41, e revisto na mesma data e separados, será pago a um e outro, de acordo com a distribuição
proporção, sempre que se modificar a remuneração dos servidores dos dependentes.
em atividade. Parágrafo único. Ao pai e à mãe equiparam-se o padrasto, a
Parágrafo único. São estendidos aos inativos quaisquer madrasta e, na falta destes, os representantes legais dos incapazes.
benefícios ou vantagens posteriormente concedidas aos servidores Art. 200. O salário-família não está sujeito a qualquer tributo,
em atividade, inclusive quando decorrentes de transformação ou nem servirá de base para qualquer contribuição, inclusive para a
reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria. Previdência Social.
Art. 190. O servidor aposentado com provento proporcional ao Art. 201. O afastamento do cargo efetivo, sem remuneração,
tempo de serviço se acometido de qualquer das moléstias especi- não acarreta a suspensão do pagamento do salário-família.
ficadas no § 1o do art. 186 desta Lei e, por esse motivo, for consid-
erado inválido por junta médica oficial passará a perceber provento SEÇÃO IV
integral, calculado com base no fundamento legal de concessão da DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE
aposentadoria. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)
Art. 191. Quando proporcional ao tempo de serviço, o proven- Art. 202. Será concedida ao servidor licença para tratamento
to não será inferior a 1/3 (um terço) da remuneração da atividade. de saúde, a pedido ou de ofício, com base em perícia médica, sem
Art. 192. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) prejuízo da remuneração a que fizer jus.
Art. 193. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Art. 203. A licença de que trata o art. 202 desta Lei será conce-
Art. 194. Ao servidor aposentado será paga a gratificação na- dida com base em perícia oficial. (Redação dada pela Lei nº 11.907,
talina, até o dia vinte do mês de dezembro, em valor equivalente ao de 2009)
respectivo provento, deduzido o adiantamento recebido. § 1o Sempre que necessário, a inspeção médica será realizada
na residência do servidor ou no estabelecimento hospitalar onde se
encontrar internado.

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§ 2o Inexistindo médico no órgão ou entidade no local onde § 3o No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do even-
se encontra ou tenha exercício em caráter permanente o servidor, to, a servidora será submetida a exame médico, e se julgada apta,
e não se configurando as hipóteses previstas nos parágrafos do art. reassumirá o exercício.
230, será aceito atestado passado por médico particular. (Redação § 4o No caso de aborto atestado por médico oficial, a servidora
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) terá direito a 30 (trinta) dias de repouso remunerado.
§ 3o No caso do § 2o deste artigo, o atestado somente pro- Art. 208. Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor terá
duzirá efeitos depois de recepcionado pela unidade de recursos direito à licença-paternidade de 5 (cinco) dias consecutivos.
humanos do órgão ou entidade. (Redação dada pela Lei nº 11.907, Art. 209. Para amamentar o próprio filho, até a idade de seis
de 2009) meses, a servidora lactante terá direito, durante a jornada de tra-
§ 4o A licença que exceder o prazo de 120 (cento e vinte) dias balho, a uma hora de descanso, que poderá ser parcelada em dois
no período de 12 (doze) meses a contar do primeiro dia de afasta- períodos de meia hora.
mento será concedida mediante avaliação por junta médica oficial. Art. 210. À servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de
(Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009) criança até 1 (um) ano de idade, serão concedidos 90 (noventa) dias
§ 5o A perícia oficial para concessão da licença de que trata de licença remunerada. (Vide Decreto nº 6.691, de 2008)
o caput deste artigo, bem como nos demais casos de perícia ofi- Parágrafo único. No caso de adoção ou guarda judicial de cri-
cial previstos nesta Lei, será efetuada por cirurgiões-dentistas, nas ança com mais de 1 (um) ano de idade, o prazo de que trata este
hipóteses em que abranger o campo de atuação da odontologia. artigo será de 30 (trinta) dias.
(Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
Art. 204. A licença para tratamento de saúde inferior a 15 SEÇÃO VI
(quinze) dias, dentro de 1 (um) ano, poderá ser dispensada de perí- DA LICENÇA POR ACIDENTE EM SERVIÇO
cia oficial, na forma definida em regulamento. (Redação dada pela
Lei nº 11.907, de 2009) Art. 211. Será licenciado, com remuneração integral, o servidor
Art. 205. O atestado e o laudo da junta médica não se refer- acidentado em serviço.
irão ao nome ou natureza da doença, salvo quando se tratar de Art. 212. Configura acidente em serviço o dano físico ou mental
lesões produzidas por acidente em serviço, doença profissional ou sofrido pelo servidor, que se relacione, mediata ou imediatamente,
qualquer das doenças especificadas no art. 186, § 1o. com as atribuições do cargo exercido.
Art. 206. O servidor que apresentar indícios de lesões orgâni- Parágrafo único. Equipara-se ao acidente em serviço o dano:
cas ou funcionais será submetido a inspeção médica. I - decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo serv-
Art. 206-A. O servidor será submetido a exames médicos idor no exercício do cargo;
periódicos, nos termos e condições definidos em regulamento. (In- II - sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-ver-
cluído pela Lei nº 11.907, de 2009) (Regulamento). sa.
Parágrafo único. Para os fins do disposto no caput, a União e Art. 213. O servidor acidentado em serviço que necessite de
suas entidades autárquicas e fundacionais poderão: (Incluído pela tratamento especializado poderá ser tratado em instituição privada,
Lei nº 12.998, de 2014) à conta de recursos públicos.
I - prestar os exames médicos periódicos diretamente pelo Parágrafo único. O tratamento recomendado por junta médica
órgão ou entidade à qual se encontra vinculado o servidor; (Incluído oficial constitui medida de exceção e somente será admissível quan-
pela Lei nº 12.998, de 2014) do inexistirem meios e recursos adequados em instituição pública.
II - celebrar convênio ou instrumento de cooperação ou parce- Art. 214. A prova do acidente será feita no prazo de 10 (dez)
ria com os órgãos e entidades da administração direta, suas autar- dias, prorrogável quando as circunstâncias o exigirem.
quias e fundações; (Incluído pela Lei nº 12.998, de 2014)
III - celebrar convênios com operadoras de plano de assistência SEÇÃO VII
à saúde, organizadas na modalidade de autogestão, que possuam DA PENSÃO
autorização de funcionamento do órgão regulador, na forma do art.
230; ou (Incluído pela Lei nº 12.998, de 2014) Art. 215. Por morte do servidor, os seus dependentes, nas hipó-
IV - prestar os exames médicos periódicos mediante contra- teses legais, fazem jus à pensão por morte, observados os limites
to administrativo, observado o disposto na Lei no 8.666, de 21 de estabelecidos no inciso XI do caput do art. 37 da Constituição Fed-
junho de 1993, e demais normas pertinentes. (Incluído pela Lei nº eral e no art. 2º da Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004. (Redação
12.998, de 2014) dada pela Lei nº 13.846, de 2019)
Art. 216. (Revogado pela Medida Provisória nº 664, de 2014)
SEÇÃO V (Vigência) (Revogado pela Lei nº 13.135, de 2015)
DA LICENÇA À GESTANTE, À ADOTANTE E DA LICENÇA-PATER- Art. 217. São beneficiários das pensões:
NIDADE I - o cônjuge; (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
a) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
Art. 207. Será concedida licença à servidora gestante por 120 b) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
(cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuízo da remuneração. c) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
(Vide Decreto nº 6.690, de 2008) d) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
§ 1o A licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês de e) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
gestação, salvo antecipação por prescrição médica. II - o cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato,
§ 2o No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a com percepção de pensão alimentícia estabelecida judicialmente;
partir do parto. (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
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a) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) da respectiva cota até o trânsito em julgado da respectiva ação, res-
b) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) salvada a existência de decisão judicial em contrário. (Redação dada
c) Revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) pela Lei nº 13.846, de 2019)
d) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) § 3º Nas ações em que for parte o ente público responsável pela
III - o companheiro ou companheira que comprove união es- concessão da pensão por morte, este poderá proceder de ofício à
tável como entidade familiar; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) habilitação excepcional da referida pensão, apenas para efeitos de
IV - o filho de qualquer condição que atenda a um dos seguin- rateio, descontando-se os valores referentes a esta habilitação das
tes requisitos: (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) demais cotas, vedado o pagamento da respectiva cota até o trânsito
a) seja menor de 21 (vinte e um) anos; (Incluído pela Lei nº em julgado da respectiva ação, ressalvada a existência de decisão
13.135, de 2015) judicial em contrário. (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)
b) seja inválido; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) § 4º Julgada improcedente a ação prevista no § 2º ou § 3º deste
c) (Vide Lei nº 13.135, de 2015) (Vigência) artigo, o valor retido será corrigido pelos índices legais de reajusta-
d) tenha deficiência intelectual ou mental; (Redação dada pela mento e será pago de forma proporcional aos demais dependentes,
Lei nº 13.846, de 2019) de acordo com as suas cotas e o tempo de duração de seus benefíci-
V - a mãe e o pai que comprovem dependência econômica do os. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)
servidor; e (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) § 5º Em qualquer hipótese, fica assegurada ao órgão conces-
VI - o irmão de qualquer condição que comprove dependência sor da pensão por morte a cobrança dos valores indevidamente
econômica do servidor e atenda a um dos requisitos previstos no pagos em função de nova habilitação. (Incluído pela Lei nº 13.846,
inciso IV. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) de 2019)
§ 1o A concessão de pensão aos beneficiários de que tratam os Art. 220. Perde o direito à pensão por morte: (Redação dada
incisos I a IV do caput exclui os beneficiários referidos nos incisos V pela Lei nº 13.135, de 2015)
e VI. (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) I - após o trânsito em julgado, o beneficiário condenado pela
§ 2o A concessão de pensão aos beneficiários de que trata o in- prática de crime de que tenha dolosamente resultado a morte do
ciso V do caput exclui o beneficiário referido no inciso VI. (Redação servidor; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
dada pela Lei nº 13.135, de 2015) II - o cônjuge, o companheiro ou a companheira se compro-
§ 3o O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho medi- vada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no casamento ou na
ante declaração do servidor e desde que comprovada dependência união estável, ou a formalização desses com o fim exclusivo de con-
econômica, na forma estabelecida em regulamento. (Incluído pela stituir benefício previdenciário, apuradas em processo judicial no
Lei nº 13.135, de 2015) qual será assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa.
§ 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
Art. 218. Ocorrendo habilitação de vários titulares à pensão, Art. 221. Será concedida pensão provisória por morte presum-
o seu valor será distribuído em partes iguais entre os beneficiários ida do servidor, nos seguintes casos:
habilitados. (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) I - declaração de ausência, pela autoridade judiciária compe-
§ 1o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) tente;
§ 2o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) II - desaparecimento em desabamento, inundação, incêndio
§ 3o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) ou acidente não caracterizado como em serviço;
Art. 219. A pensão por morte será devida ao conjunto dos de- III - desaparecimento no desempenho das atribuições do cargo
pendentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da ou em missão de segurança.
data: (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019) Parágrafo único. A pensão provisória será transformada em
I - do óbito, quando requerida em até 180 (cento e oitenta dias) vitalícia ou temporária, conforme o caso, decorridos 5 (cinco) anos
após o óbito, para os filhos menores de 16 (dezesseis) anos, ou em de sua vigência, ressalvado o eventual reaparecimento do servidor,
até 90 (noventa) dias após o óbito, para os demais dependentes; hipótese em que o benefício será automaticamente cancelado.
(Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019) Art. 222. Acarreta perda da qualidade de beneficiário:
II - do requerimento, quando requerida após o prazo previs- I - o seu falecimento;
to no inciso I do caput deste artigo; ou (Redação dada pela Lei nº II - a anulação do casamento, quando a decisão ocorrer após a
13.846, de 2019) concessão da pensão ao cônjuge;
III - da decisão judicial, na hipótese de morte presumida. III - a cessação da invalidez, em se tratando de beneficiário
(Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019) inválido, ou o afastamento da deficiência, em se tratando de ben-
§ 1º A concessão da pensão por morte não será protelada pela eficiário com deficiência, respeitados os períodos mínimos decor-
falta de habilitação de outro possível dependente e a habilitação rentes da aplicação das alíneas a e b do inciso VII do caput deste
posterior que importe em exclusão ou inclusão de dependente só artigo; (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)
produzirá efeito a partir da data da publicação da portaria de con- IV - o implemento da idade de 21 (vinte e um) anos, pelo filho
cessão da pensão ao dependente habilitado. (Redação dada pela ou irmão; (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
Lei nº 13.846, de 2019) V - a acumulação de pensão na forma do art. 225;
§ 2º Ajuizada a ação judicial para reconhecimento da condição VI - a renúncia expressa; e (Redação dada pela Lei nº 13.135,
de dependente, este poderá requerer a sua habilitação provisória de 2015)
ao benefício de pensão por morte, exclusivamente para fins de VII - em relação aos beneficiários de que tratam os incisos I a III
rateio dos valores com outros dependentes, vedado o pagamento do caput do art. 217: (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

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a) o decurso de 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer sem que § 7º O exercício de atividade remunerada, inclusive na condição
o servidor tenha vertido 18 (dezoito) contribuições mensais ou se o de microempreendedor individual, não impede a concessão ou
casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 2 manutenção da cota da pensão de dependente com deficiência in-
(dois) anos antes do óbito do servidor; (Incluído pela Lei nº 13.135, telectual ou mental ou com deficiência grave. (Incluído pela Lei nº
de 2015) 13.846, de 2019)
b) o decurso dos seguintes períodos, estabelecidos de acordo § 8º No ato de requerimento de benefícios previdenciários,
com a idade do pensionista na data de óbito do servidor, depois de não será exigida apresentação de termo de curatela de titular ou
vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais e pelo menos 2 (dois) de beneficiário com deficiência, observados os procedimentos a
anos após o início do casamento ou da união estável: (Incluído pela serem estabelecidos em regulamento. (Incluído pela Lei nº 13.846,
Lei nº 13.135, de 2015) de 2019)
1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de idade; Art. 223. Por morte ou perda da qualidade de beneficiário, a
(Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) respectiva cota reverterá para os cobeneficiários. (Redação dada
2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de pela Lei nº 13.135, de 2015)
idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) I - (Revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos II - (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
de idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) Art. 224. As pensões serão automaticamente atualizadas na
4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de mesma data e na mesma proporção dos reajustes dos vencimentos
idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) dos servidores, aplicando-se o disposto no parágrafo único do art.
5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e 189.
três) anos de idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) Art. 225. Ressalvado o direito de opção, é vedada a percepção
6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade. cumulativa de pensão deixada por mais de um cônjuge ou com-
(Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) panheiro ou companheira e de mais de 2 (duas) pensões. (Redação
§ 1o A critério da administração, o beneficiário de pensão cuja dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
preservação seja motivada por invalidez, por incapacidade ou por
deficiência poderá ser convocado a qualquer momento para aval- SEÇÃO VIII
iação das referidas condições. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) DO AUXÍLIO-FUNERAL
§ 2o Serão aplicados, conforme o caso, a regra contida no inciso
III ou os prazos previstos na alínea “b” do inciso VII, ambos do caput, Art. 226. O auxílio-funeral é devido à família do servidor faleci-
se o óbito do servidor decorrer de acidente de qualquer natureza do na atividade ou aposentado, em valor equivalente a um mês da
ou de doença profissional ou do trabalho, independentemente do remuneração ou provento.
recolhimento de 18 (dezoito) contribuições mensais ou da compro- § 1o No caso de acumulação legal de cargos, o auxílio será
vação de 2 (dois) anos de casamento ou de união estável. (Incluído pago somente em razão do cargo de maior remuneração.
pela Lei nº 13.135, de 2015) § 2o (VETADO).
§ 3o Após o transcurso de pelo menos 3 (três) anos e desde § 3o O auxílio será pago no prazo de 48 (quarenta e oito) horas,
que nesse período se verifique o incremento mínimo de um ano por meio de procedimento sumaríssimo, à pessoa da família que
inteiro na média nacional única, para ambos os sexos, correspond- houver custeado o funeral.
ente à expectativa de sobrevida da população brasileira ao nascer, Art. 227. Se o funeral for custeado por terceiro, este será in-
poderão ser fixadas, em números inteiros, novas idades para os fins denizado, observado o disposto no artigo anterior.
previstos na alínea “b” do inciso VII do caput, em ato do Ministro de Art. 228. Em caso de falecimento de servidor em serviço fora
Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, limitado o acrésci- do local de trabalho, inclusive no exterior, as despesas de trans-
mo na comparação com as idades anteriores ao referido incremen- porte do corpo correrão à conta de recursos da União, autarquia ou
to. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) fundação pública.
§ 4o O tempo de contribuição a Regime Próprio de Previdência
Social (RPPS) ou ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS) será SEÇÃO IX
considerado na contagem das 18 (dezoito) contribuições mensais DO AUXÍLIO-RECLUSÃO
referidas nas alíneas “a” e “b” do inciso VII do caput. (Incluído pela
Lei nº 13.135, de 2015) Art. 229. À família do servidor ativo é devido o auxílio-reclusão,
§ 5º Na hipótese de o servidor falecido estar, na data de seu nos seguintes valores:
falecimento, obrigado por determinação judicial a pagar alimentos I - dois terços da remuneração, quando afastado por motivo de
temporários a ex-cônjuge, ex-companheiro ou ex-companheira, a prisão, em flagrante ou preventiva, determinada pela autoridade
pensão por morte será devida pelo prazo remanescente na data do competente, enquanto perdurar a prisão;
óbito, caso não incida outra hipótese de cancelamento anterior do II - metade da remuneração, durante o afastamento, em vir-
benefício. (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019) tude de condenação, por sentença definitiva, a pena que não deter-
§ 6º O beneficiário que não atender à convocação de que trata mine a perda de cargo.
o § 1º deste artigo terá o benefício suspenso, observado o disposto § 1o Nos casos previstos no inciso I deste artigo, o servidor terá
nos incisos I e II do caput do art. 95 da Lei nº 13.146, de 6 de julho direito à integralização da remuneração, desde que absolvido.
de 2015. (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019) § 2o O pagamento do auxílio-reclusão cessará a partir do dia
imediato àquele em que o servidor for posto em liberdade, ainda
que condicional.

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§ 3o Ressalvado o disposto neste artigo, o auxílio-reclusão será CAPÍTULO IV


devido, nas mesmas condições da pensão por morte, aos depend- DO CUSTEIO
entes do segurado recolhido à prisão. (Incluído pela Lei nº 13.135,
de 2015) Art. 231. (Revogado pela Lei nº 9.783, de 28.01.99)

CAPÍTULO III TÍTULO VII


DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE CAPÍTULO ÚNICO
DA CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE EXCEPCIONAL INTERES-
Art. 230. A assistência à saúde do servidor, ativo ou inativo, SE PÚBLICO
e de sua família compreende assistência médica, hospitalar, od-
ontológica, psicológica e farmacêutica, terá como diretriz básica Art. 232. (Revogado pela Lei nº 8.745, de 9.12.93)
o implemento de ações preventivas voltadas para a promoção da Art. 233. (Revogado pela Lei nº 8.745, de 9.12.93)
saúde e será prestada pelo Sistema Único de Saúde – SUS, direta- Art. 234. (Revogado pela Lei nº 8.745, de 9.12.93)
mente pelo órgão ou entidade ao qual estiver vinculado o servidor, Art. 235. (Revogado pela Lei nº 8.745, de 9.12.93)
ou mediante convênio ou contrato, ou ainda na forma de auxílio,
mediante ressarcimento parcial do valor despendido pelo servidor, TÍTULO VIII
ativo ou inativo, e seus dependentes ou pensionistas com planos ou CAPÍTULO ÚNICO
seguros privados de assistência à saúde, na forma estabelecida em DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
regulamento. (Redação dada pela Lei nº 11.302 de 2006)
§ 1o Nas hipóteses previstas nesta Lei em que seja exigida perí- Art. 236. O Dia do Servidor Público será comemorado a vinte e
cia, avaliação ou inspeção médica, na ausência de médico ou junta oito de outubro.
médica oficial, para a sua realização o órgão ou entidade celebrará, Art. 237. Poderão ser instituídos, no âmbito dos Poderes Ex-
preferencialmente, convênio com unidades de atendimento do sis- ecutivo, Legislativo e Judiciário, os seguintes incentivos funcionais,
tema público de saúde, entidades sem fins lucrativos declaradas de além daqueles já previstos nos respectivos planos de carreira:
utilidade pública, ou com o Instituto Nacional do Seguro Social - I - prêmios pela apresentação de idéias, inventos ou trabalhos
INSS. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) que favoreçam o aumento de produtividade e a redução dos custos
§ 2o Na impossibilidade, devidamente justificada, da aplicação operacionais;
do disposto no parágrafo anterior, o órgão ou entidade promoverá II - concessão de medalhas, diplomas de honra ao mérito, con-
a contratação da prestação de serviços por pessoa jurídica, que con- decoração e elogio.
stituirá junta médica especificamente para esses fins, indicando os Art. 238. Os prazos previstos nesta Lei serão contados em dias
nomes e especialidades dos seus integrantes, com a comprovação corridos, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o do venci-
de suas habilitações e de que não estejam respondendo a processo mento, ficando prorrogado, para o primeiro dia útil seguinte, o pra-
disciplinar junto à entidade fiscalizadora da profissão. (Incluído pela zo vencido em dia em que não haja expediente.
Lei nº 9.527, de 10.12.97) Art. 239. Por motivo de crença religiosa ou de convicção fi-
§ 3o Para os fins do disposto no caput deste artigo, ficam a losófica ou política, o servidor não poderá ser privado de quaisquer
União e suas entidades autárquicas e fundacionais autorizadas a: dos seus direitos, sofrer discriminação em sua vida funcional, nem
(Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006) eximir-se do cumprimento de seus deveres.
I - celebrar convênios exclusivamente para a prestação de Art. 240. Ao servidor público civil é assegurado, nos termos
serviços de assistência à saúde para os seus servidores ou emprega- da Constituição Federal, o direito à livre associação sindical e os
dos ativos, aposentados, pensionistas, bem como para seus respec- seguintes direitos, entre outros, dela decorrentes:
tivos grupos familiares definidos, com entidades de autogestão por a) de ser representado pelo sindicato, inclusive como substitu-
elas patrocinadas por meio de instrumentos jurídicos efetivamente to processual;
celebrados e publicados até 12 de fevereiro de 2006 e que possuam b) de inamovibilidade do dirigente sindical, até um ano após o
autorização de funcionamento do órgão regulador, sendo certo final do mandato, exceto se a pedido;
que os convênios celebrados depois dessa data somente poderão c) de descontar em folha, sem ônus para a entidade sindical a
sê-lo na forma da regulamentação específica sobre patrocínio de que for filiado, o valor das mensalidades e contribuições definidas
autogestões, a ser publicada pelo mesmo órgão regulador, no prazo em assembleia geral da categoria.
de 180 (cento e oitenta) dias da vigência desta Lei, normas essas d) (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
também aplicáveis aos convênios existentes até 12 de fevereiro de e) (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
2006; (Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006) Art. 241. Consideram-se da família do servidor, além do côn-
II - contratar, mediante licitação, na forma da Lei no 8.666, de juge e filhos, quaisquer pessoas que vivam às suas expensas e con-
21 de junho de 1993, operadoras de planos e seguros privados de stem do seu assentamento individual.
assistência à saúde que possuam autorização de funcionamento do Parágrafo único. Equipara-se ao cônjuge a companheira ou
órgão regulador; (Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006) companheiro, que comprove união estável como entidade familiar.
III - (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006) Art. 242. Para os fins desta Lei, considera-se sede o município
§ 4o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006) onde a repartição estiver instalada e onde o servidor tiver exercício,
§ 5o O valor do ressarcimento fica limitado ao total despendi- em caráter permanente.
do pelo servidor ou pensionista civil com plano ou seguro privado
de assistência à saúde. (Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006)

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TÍTULO IX Art. 249. Até a edição da lei prevista no § 1o do art. 231, os


CAPÍTULO ÚNICO servidores abrangidos por esta Lei contribuirão na forma e nos per-
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS centuais atualmente estabelecidos para o servidor civil da União
conforme regulamento próprio.
Art. 243. Ficam submetidos ao regime jurídico instituído por Art. 250. O servidor que já tiver satisfeito ou vier a satisfazer,
esta Lei, na qualidade de servidores públicos, os servidores dos Po- dentro de 1 (um) ano, as condições necessárias para a aposentado-
deres da União, dos ex-Territórios, das autarquias, inclusive as em ria nos termos do inciso II do art. 184 do antigo Estatuto dos Fun-
regime especial, e das fundações públicas, regidos pela Lei nº 1.711, cionários Públicos Civis da União, Lei n° 1.711, de 28 de outubro de
de 28 de outubro de 1952 - Estatuto dos Funcionários Públicos Civis 1952, aposentar-se-á com a vantagem prevista naquele dispositivo.
da União, ou pela Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo (Mantido pelo Congresso Nacional)
Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, exceto os contratados Art. 251. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
por prazo determinado, cujos contratos não poderão ser prorroga- Art. 252. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, com
dos após o vencimento do prazo de prorrogação. efeitos financeiros a partir do primeiro dia do mês subseqüente.
§ 1o Os empregos ocupados pelos servidores incluídos no re- Art. 253. Ficam revogadas a Lei nº 1.711, de 28 de outubro de
gime instituído por esta Lei ficam transformados em cargos, na data 1952, e respectiva legislação complementar, bem como as demais
de sua publicação. disposições em contrário.
§ 2o As funções de confiança exercidas por pessoas não in- Brasília, 11 de dezembro de 1990; 169o da Independência e
tegrantes de tabela permanente do órgão ou entidade onde têm 102o da República.
exercício ficam transformadas em cargos em comissão, e mantidas
enquanto não for implantado o plano de cargos dos órgãos ou enti- CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL NO SERVIÇO PÚBLICO.
dades na forma da lei. DECRETO Nº 1.171 DE 22 DE JUNHO DE 1994 E SUAS ALTE-
§ 3o As Funções de Assessoramento Superior - FAS, exercidas RAÇÕES
por servidor integrante de quadro ou tabela de pessoal, ficam extin-
tas na data da vigência desta Lei.
§ 4o (VETADO).
§ 5o O regime jurídico desta Lei é extensivo aos serventuários DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994
da Justiça, remunerados com recursos da União, no que couber.
§ 6o Os empregos dos servidores estrangeiros com estabili- Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do
dade no serviço público, enquanto não adquirirem a nacionalidade Poder Executivo Federal.
brasileira, passarão a integrar tabela em extinção, do respectivo
órgão ou entidade, sem prejuízo dos direitos inerentes aos planos O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe
de carreira aos quais se encontrem vinculados os empregos. confere o art. 84, incisos IV e VI, e ainda tendo em vista o disposto
§ 7o Os servidores públicos de que trata o caput deste artigo, no art. 37 da Constituição, bem como nos arts. 116 e 117 da Lei n°
não amparados pelo art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e nos arts. 10, 11 e 12 da Lei n°
Transitórias, poderão, no interesse da Administração e conforme 8.429, de 2 de junho de 1992,
critérios estabelecidos em regulamento, ser exonerados mediante
indenização de um mês de remuneração por ano de efetivo ex- DECRETA:
ercício no serviço público federal. (Incluído pela Lei nº 9.527, de
10.12.97) Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissional do Servidor
§ 8o Para fins de incidência do imposto de renda na fonte e na Público Civil do Poder Executivo Federal, que com este baixa.
declaração de rendimentos, serão considerados como indenizações
isentas os pagamentos efetuados a título de indenização prevista Art. 2° Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal
no parágrafo anterior. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) direta e indireta implementarão, em sessenta dias, as providências
§ 9o Os cargos vagos em decorrência da aplicação do disposto necessárias à plena vigência do Código de Ética, inclusive mediante
no § 7o poderão ser extintos pelo Poder Executivo quando consid- a Constituição da respectiva Comissão de Ética, integrada por três
erados desnecessários. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego
Art. 244. Os adicionais por tempo de serviço, já concedidos permanente.
aos servidores abrangidos por esta Lei, ficam transformados em Parágrafo único. A constituição da Comissão de Ética será co-
anuênio. municada à Secretaria da Administração Federal da Presidência da
Art. 245. A licença especial disciplinada pelo art. 116 da Lei nº República, com a indicação dos respectivos membros titulares e su-
1.711, de 1952, ou por outro diploma legal, fica transformada em plentes.
licença-prêmio por assiduidade, na forma prevista nos arts. 87 a 90.
Art. 246. (VETADO). Art. 3° Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 247. Para efeito do disposto no Título VI desta Lei, haverá
ajuste de contas com a Previdência Social, correspondente ao perío- Brasília, 22 de junho de 1994, 173° da Independência e 106°
do de contribuição por parte dos servidores celetistas abrangidos da República.
pelo art. 243. (Redação dada pela Lei nº 8.162, de 8.1.91) ITAMAR FRANCO
Art. 248. As pensões estatutárias, concedidas até a vigência
desta Lei, passam a ser mantidas pelo órgão ou entidade de origem
do servidor.
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ANEXO equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens


CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas
CIVIL DO PODER EXECUTIVO FEDERAL esperanças e seus esforços para construí-los.
X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solu-
CAPÍTULO I ção que compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo
a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na
SEÇÃO I prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética
DAS REGRAS DEONTOLÓGICAS ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos
usuários dos serviços públicos.
I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais
princípios morais são primados maiores que devem nortear o ser- de seus superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e,
vidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já assim, evitando a conduta negligente. Os repetidos erros, o descaso
que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e
atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a preser- caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da função
vação da honra e da tradição dos serviços públicos. pública.
II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de tra-
ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o balho é fator de desmoralização do serviço público, o que quase
legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, sempre conduz à desordem nas relações humanas.
o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura or-
o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, ganizacional, respeitando seus colegas e cada concidadão, colabora
da Constituição Federal. e de todos pode receber colaboração, pois sua atividade pública é
III - A moralidade da Administração Pública não se limita à dis- a grande oportunidade para o crescimento e o engrandecimento
tinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que da Nação.
o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a
finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar SEÇÃO II
a moralidade do ato administrativo. DOS PRINCIPAIS DEVERES DO SERVIDOR PÚBLICO
IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tribu-
tos pagos direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e XIV - São deveres fundamentais do servidor público:
por isso se exige, como contrapartida, que a moralidade adminis- a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou
trativa se integre no Direito, como elemento indissociável de sua emprego público de que seja titular;
aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como conseqüência, em b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimen-
fator de legalidade. to, pondo fim ou procurando prioritariamente resolver situações
V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de qualquer ou-
comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio tra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que
bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano moral ao usuário;
desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio. c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integri-
VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional dade do seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de
e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum;
Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição es-
vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na sencial da gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu
vida funcional. cargo;
VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações poli- e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoan-
ciais ou interesse superior do Estado e da Administração Pública, do o processo de comunicação e contato com o público;
a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios
nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo éticos que se materializam na adequada prestação dos serviços pú-
constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão blicos;
comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, res-
a negar. peitando a capacidade e as limitações individuais de todos os usu-
VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode ários do serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou
omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho
pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado político e posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes
pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito dano moral;
do erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mes- h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de re-
mo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação. presentar contra qualquer comprometimento indevido da estrutu-
IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedica- ra em que se funda o Poder Estatal;
dos ao serviço público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de
mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer fa-
significa causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a vores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações
qualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las;
por descuido ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao
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LEGISLAÇÃO

j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências espe- g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo
cíficas da defesa da vida e da segurança coletiva; de ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou van-
l) ser assíduo e freqüente ao serviço, na certeza de que sua tagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa,
ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo negativa- para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servi-
mente em todo o sistema; dor para o mesmo fim;
m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qual- h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encami-
quer ato ou fato contrário ao interesse público, exigindo as provi- nhar para providências;
dências cabíveis; i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do aten-
n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, se- dimento em serviços públicos;
guindo os métodos mais adequados à sua organização e distribui- j) desviar servidor público para atendimento a interesse parti-
ção; cular;
o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autoriza-
a melhoria do exercício de suas funções, tendo por escopo a reali- do, qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio
zação do bem comum; público;
p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito in-
exercício da função; terno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos
q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de ser- ou de terceiros;
viço e a legislação pertinentes ao órgão onde exerce suas funções; n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitual-
r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções mente;
superiores, as tarefas de seu cargo ou função, tanto quanto possí- o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra
vel, com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa humana;
boa ordem. p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a
s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de empreendimentos de cunho duvidoso.
direito;
t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais CAPÍTULO II
que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente DAS COMISSÕES DE ÉTICA
aos legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos juris-
dicionados administrativos; XVI - Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública
u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer
ou autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mes- órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder
mo que observando as formalidades legais e não cometendo qual- público, deverá ser criada uma Comissão de Ética, encarregada de
quer violação expressa à lei; orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no tra-
v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe so- tamento com as pessoas e com o patrimônio público, competin-
bre a existência deste Código de Ética, estimulando o seu integral do-lhe conhecer concretamente de imputação ou de procedimento
cumprimento. susceptível de censura.
XVII - (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)
SEÇÃO III XVIII - À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos
DAS VEDAÇÕES AO SERVIDOR PÚBLICO encarregados da execução do quadro de carreira dos servidores, os
registros sobre sua conduta ética, para o efeito de instruir e funda-
XV - E vedado ao servidor público; mentar promoções e para todos os demais procedimentos próprios
a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, po- da carreira do servidor público.
sição e influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou XIX-(Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)
para outrem; XX - (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)
b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servido- XXI -(Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)
res ou de cidadãos que deles dependam; XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de
c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente Ética é a de censura e sua fundamentação constará do respectivo
com erro ou infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do fal-
de sua profissão; toso.
d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício XXIII -(Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)
regular de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, en-
ou material; tende-se por servidor público todo aquele que, por força de lei,
e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu al- contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza
cance ou do seu conhecimento para atendimento do seu mister; permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição
f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer ór-
paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o gão do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas,
público, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas hie- as entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de
rarquicamente superiores ou inferiores; economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse
do Estado.
XXV - (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)

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CAPÍTULO I
LEI DA IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. LEI Nº 8.429/1992 DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
E SUAS ALTERAÇÕES
Art. 1º O sistema de responsabilização por atos de improbidade
administrativa tutelará a probidade na organização do Estado e no
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA exercício de suas funções, como forma de assegurar a integridade
A improbidade administrativa é a falta de probidade do servi- do patrimônio público e social, nos termos desta Lei. (Redação dada
dor no exercício de suas funções ou de governantes no desempe- pela Lei nº 14.230, de 2021)
nho das atividades próprias de seu cargo. Os atos de improbidade Parágrafo único. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230,
administrativa importam a suspensão dos direitos políticos, a perda de 2021)
da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento § 1º Consideram-se atos de improbidade administrativa as con-
do Erário (patrimônio da administração), na forma e gradação pre- dutas dolosas tipificadas nos arts. 9º, 10 e 11 desta Lei, ressalvados
vistas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. tipos previstos em leis especiais. (Incluído pela Lei nº 14.230, de
Com a inclusão do princípio da moralidade administrativa no 2021)
texto constitucional houve um reflexo da preocupação com a ética § 2º Considera-se dolo a vontade livre e consciente de alcan-
na Administração Pública, para evitar a corrupção de servidores. çar o resultado ilícito tipificado nos arts. 9º, 10 e 11 desta Lei, não
A matéria é regulada no plano constitucional pelo art. 37, §4º, bastando a voluntariedade do agente. (Incluído pela Lei nº 14.230,
da Constituição Federal, e no plano infraconstitucional pela Lei Fe- de 2021)
deral Nº 8.429, de 02.06.1992, que dispõe sobre “as sanções apli- § 3º O mero exercício da função ou desempenho de compe-
cáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no tências públicas, sem comprovação de ato doloso com fim ilícito,
exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração afasta a responsabilidade por ato de improbidade administrativa.
pública direta, indireta ou fundacional.” (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
A lei 8.429/92 pune os atos de improbidade praticados por § 4º Aplicam-se ao sistema da improbidade disciplinado nesta
qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração. Lei os princípios constitucionais do direito administrativo sanciona-
Agente público, para os efeitos desta lei, é todo aquele que exer- dor. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
ce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, § 5º Os atos de improbidade violam a probidade na organiza-
nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de ção do Estado e no exercício de suas funções e a integridade do
investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função. Con- patrimônio público e social dos Poderes Executivo, Legislativo e Ju-
tudo, a lei também poderá ser aplicada, àquele que, mesmo não diciário, bem como da administração direta e indireta, no âmbito da
sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. (Incluído
improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou in- pela Lei nº 14.230, de 2021)
direta. § 6º Estão sujeitos às sanções desta Lei os atos de improbida-
de praticados contra o patrimônio de entidade privada que receba
Os atos que constituem improbidade administrativa podem ser subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de entes pú-
divididos em quatro espécies: blicos ou governamentais, previstos no § 5º deste artigo. (Incluído
1. Ato de improbidade administrativa que importa enriqueci- pela Lei nº 14.230, de 2021)
mento ilícito (art. 9º) § 7º Independentemente de integrar a administração indireta,
2) Ato de improbidade administrativa que importa lesão ao erá- estão sujeitos às sanções desta Lei os atos de improbidade pratica-
rio (art. 10) dos contra o patrimônio de entidade privada para cuja criação ou
3) Ato de improbidade administrativa decorrente de concessão custeio o erário haja concorrido ou concorra no seu patrimônio ou
ou aplicação indevida de benefício financeiro ou tributário (art. 10- receita atual, limitado o ressarcimento de prejuízos, nesse caso, à
A) repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. (In-
4) Ato de improbidade administrativa que atenta contra os cluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
princípios da administração pública (art. 11). § 8º Não configura improbidade a ação ou omissão decorrente
de divergência interpretativa da lei, baseada em jurisprudência, ain-
LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992 da que não pacificada, mesmo que não venha a ser posteriormente
prevalecente nas decisões dos órgãos de controle ou dos tribunais
Dispõe sobre as sanções aplicáveis em virtude da prática de do Poder Judiciário. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
atos de improbidade administrativa, de que trata o § 4º do art. 37 Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se agente público
da Constituição Federal; e dá outras providências. (Redação dada o agente político, o servidor público e todo aquele que exerce, ainda
pela Lei nº 14.230, de 2021) que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação,
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o Congresso Na- designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou
cional decreta e eu sanciono a seguinte lei: vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades referi-
das no art. 1º desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
Parágrafo único. No que se refere a recursos de origem pública,
sujeita-se às sanções previstas nesta Lei o particular, pessoa física
ou jurídica, que celebra com a administração pública convênio, con-
trato de repasse, contrato de gestão, termo de parceria, termo de
cooperação ou ajuste administrativo equivalente. (Incluído pela Lei
nº 14.230, de 2021)
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Art. 3º As disposições desta Lei são aplicáveis, no que couber, II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para fa-
àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra cilitar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou
dolosamente para a prática do ato de improbidade. (Redação dada a contratação de serviços pelas entidades referidas no art. 1° por
pela Lei nº 14.230, de 2021) preço superior ao valor de mercado;
§ 1º Os sócios, os cotistas, os diretores e os colaboradores de III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para fa-
pessoa jurídica de direito privado não respondem pelo ato de im- cilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o forne-
probidade que venha a ser imputado à pessoa jurídica, salvo se, cimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de
comprovadamente, houver participação e benefícios diretos, caso mercado;
em que responderão nos limites da sua participação. (Incluído pela IV - utilizar, em obra ou serviço particular, qualquer bem móvel,
Lei nº 14.230, de 2021) de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades referidas
§ 2º As sanções desta Lei não se aplicarão à pessoa jurídica, no art. 1º desta Lei, bem como o trabalho de servidores, de empre-
caso o ato de improbidade administrativa seja também sanciona- gados ou de terceiros contratados por essas entidades; (Redação
do como ato lesivo à administração pública de que trata a Lei nº dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
12.846, de 1º de agosto de 2013. (Incluído pela Lei nº 14.230, de V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta
2021) ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar,
Art. 4° (Revogado pela Lei nº 14.230, de 2021) de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qual-
Art. 5° (Revogado pela Lei nº 14.230, de 2021) quer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem;
Art. 6° (Revogado pela Lei nº 14.230, de 2021) VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta
Art. 7º Se houver indícios de ato de improbidade, a autoridade ou indireta, para fazer declaração falsa sobre qualquer dado técni-
que conhecer dos fatos representará ao Ministério Público compe- co que envolva obras públicas ou qualquer outro serviço ou sobre
tente, para as providências necessárias. (Redação dada pela Lei nº quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de mercado-
14.230, de 2021) rias ou bens fornecidos a qualquer das entidades referidas no art.
Parágrafo único. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, 1º desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
de 2021) VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de manda-
Art. 8º O sucessor ou o herdeiro daquele que causar dano ao to, de cargo, de emprego ou de função pública, e em razão deles,
erário ou que se enriquecer ilicitamente estão sujeitos apenas à bens de qualquer natureza, decorrentes dos atos descritos no caput
obrigação de repará-lo até o limite do valor da herança ou do pa- deste artigo, cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimô-
trimônio transferido. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) nio ou à renda do agente público, assegurada a demonstração pelo
Art. 8º-A A responsabilidade sucessória de que trata o art. 8º agente da licitude da origem dessa evolução; (Redação dada pela
desta Lei aplica-se também na hipótese de alteração contratual, de Lei nº 14.230, de 2021)
transformação, de incorporação, de fusão ou de cisão societária. VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de con-
(Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) sultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica que te-
Parágrafo único. Nas hipóteses de fusão e de incorporação, a nha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou
responsabilidade da sucessora será restrita à obrigação de repara- omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a
ção integral do dano causado, até o limite do patrimônio transferi- atividade;
do, não lhe sendo aplicáveis as demais sanções previstas nesta Lei IX - perceber vantagem econômica para intermediar a libera-
decorrentes de atos e de fatos ocorridos antes da data da fusão ção ou aplicação de verba pública de qualquer natureza;
ou da incorporação, exceto no caso de simulação ou de evidente X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta
intuito de fraude, devidamente comprovados. (Incluído pela Lei nº ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declara-
14.230, de 2021) ção a que esteja obrigado;
XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens,
CAPÍTULO II rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das en-
DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA tidades mencionadas no art. 1° desta lei;
XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores
SEÇÃO I integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no
DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE IMPOR- art. 1° desta lei.
TAM ENRIQUECIMENTO ILÍCITO
SEÇÃO II
Art. 9º Constitui ato de improbidade administrativa importan- DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE CAUSAM
do em enriquecimento ilícito auferir, mediante a prática de ato do- PREJUÍZO AO ERÁRIO
loso, qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do
exercício de cargo, de mandato, de função, de emprego ou de ati- Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa
vidade nas entidades referidas no art. 1º desta Lei, e notadamente: lesão ao erário qualquer ação ou omissão dolosa, que enseje, efe-
(Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) tiva e comprovadamente, perda patrimonial, desvio, apropriação,
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades
imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou indire- referidas no art. 1º desta Lei, e notadamente: (Redação dada pela
ta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de Lei nº 14.230, de 2021)
quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido
ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do
agente público;
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I - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a indevida XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica
incorporação ao patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, privada utilize bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos
de bens, de rendas, de verbas ou de valores integrantes do acervo pela administração pública a entidade privada mediante celebração
patrimonial das entidades referidas no art. 1º desta Lei; (Redação de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regula-
dada pela Lei nº 14.230, de 2021) mentares aplicáveis à espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014)
II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica pri- (Vigência)
vada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo XVIII - celebrar parcerias da administração pública com entida-
patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a des privadas sem a observância das formalidades legais ou regula-
observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis mentares aplicáveis à espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014)
à espécie; (Vigência)
III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente desper- XIX - agir para a configuração de ilícito na celebração, na fisca-
sonalizado, ainda que de fins educativos ou assistências, bens, ren- lização e na análise das prestações de contas de parcerias firmadas
das, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das entidades pela administração pública com entidades privadas; (Redação dada
mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das formalidades pela Lei nº 14.230, de 2021)
legais e regulamentares aplicáveis à espécie; XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração
IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de pública com entidades privadas sem a estrita observância das nor-
bem integrante do patrimônio de qualquer das entidades referidas mas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação
no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço por parte delas, irregular. (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014, com a redação dada
por preço inferior ao de mercado; pela Lei nº 13.204, de 2015)
V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem XXI - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
ou serviço por preço superior ao de mercado; XXII - conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tribu-
VI - realizar operação financeira sem observância das normas tário contrário ao que dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei
legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidô- Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. (Incluído pela Lei nº
nea; 14.230, de 2021)
VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a obser- § 1º Nos casos em que a inobservância de formalidades legais
vância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à es- ou regulamentares não implicar perda patrimonial efetiva, não
pécie; ocorrerá imposição de ressarcimento, vedado o enriquecimento
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo sem causa das entidades referidas no art. 1º desta Lei. (Incluído
seletivo para celebração de parcerias com entidades sem fins lucra- pela Lei nº 14.230, de 2021)
tivos, ou dispensá-los indevidamente, acarretando perda patrimo- § 2º A mera perda patrimonial decorrente da atividade econô-
nial efetiva; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) mica não acarretará improbidade administrativa, salvo se compro-
IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autoriza- vado ato doloso praticado com essa finalidade. (Incluído pela Lei nº
das em lei ou regulamento; 14.230, de 2021)
X - agir ilicitamente na arrecadação de tributo ou de renda,
bem como no que diz respeito à conservação do patrimônio públi- SEÇÃO III
co; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE ATEN-
XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas TAM CONTRA OS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irre-
gular; Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta
XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enri- contra os princípios da administração pública a ação ou omissão
queça ilicitamente; dolosa que viole os deveres de honestidade, de imparcialidade e de
XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veí- legalidade, caracterizada por uma das seguintes condutas: (Reda-
culos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, ção dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencio- I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
nadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidor público, II - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
empregados ou terceiros contratados por essas entidades. III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão
XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por das atribuições e que deva permanecer em segredo, propiciando
objeto a prestação de serviços públicos por meio da gestão associa- beneficiamento por informação privilegiada ou colocando em risco
da sem observar as formalidades previstas na lei; (Incluído pela Lei a segurança da sociedade e do Estado; (Redação dada pela Lei nº
nº 11.107, de 2005) 14.230, de 2021)
XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem sufi- IV - negar publicidade aos atos oficiais, exceto em razão de sua
ciente e prévia dotação orçamentária, ou sem observar as formali- imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do Estado ou
dades previstas na lei. (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005) de outras hipóteses instituídas em lei; (Redação dada pela Lei nº
XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorpo- 14.230, de 2021)
ração, ao patrimônio particular de pessoa física ou jurídica, de bens, V - frustrar, em ofensa à imparcialidade, o caráter concorrencial
rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração de concurso público, de chamamento ou de procedimento licitató-
pública a entidades privadas mediante celebração de parcerias, rio, com vistas à obtenção de benefício próprio, direto ou indireto,
sem a observância das formalidades legais ou regulamentares apli- ou de terceiros; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
cáveis à espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)

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VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo, cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamen-
desde que disponha das condições para isso, com vistas a ocultar te, de acordo com a gravidade do fato: (Redação dada pela Lei nº
irregularidades; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) 14.230, de 2021)
VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de tercei- I - na hipótese do art. 9º desta Lei, perda dos bens ou valores
ro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou acrescidos ilicitamente ao patrimônio, perda da função pública, sus-
econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço. pensão dos direitos políticos até 14 (catorze) anos, pagamento de
VIII - descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização multa civil equivalente ao valor do acréscimo patrimonial e proibi-
e aprovação de contas de parcerias firmadas pela administração pú- ção de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou
blica com entidades privadas. (Redação dada pela Lei nº 13.019, de incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que
2014) (Vigência) por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário,
IX - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) pelo prazo não superior a 14 (catorze) anos; (Redação dada pela Lei
X - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) nº 14.230, de 2021)
XI - nomear cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, II - na hipótese do art. 10 desta Lei, perda dos bens ou valores
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autori- acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstân-
dade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido cia, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos até 12
em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de (doze) anos, pagamento de multa civil equivalente ao valor do dano
cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada e proibição de contratar com o poder público ou de receber bene-
na administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes fícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente,
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, com- ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio ma-
preendido o ajuste mediante designações recíprocas; (Incluído pela joritário, pelo prazo não superior a 12 (doze) anos; (Redação dada
Lei nº 14.230, de 2021) pela Lei nº 14.230, de 2021)
XII - praticar, no âmbito da administração pública e com recur- III - na hipótese do art. 11 desta Lei, pagamento de multa civil
sos do erário, ato de publicidade que contrarie o disposto no § 1º de até 24 (vinte e quatro) vezes o valor da remuneração percebida
do art. 37 da Constituição Federal, de forma a promover inequívoco pelo agente e proibição de contratar com o poder público ou de
enaltecimento do agente público e personalização de atos, de pro- receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou in-
gramas, de obras, de serviços ou de campanhas dos órgãos públi- diretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual
cos. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 4 (quatro) anos;
§ 1º Nos termos da Convenção das Nações Unidas contra a (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
Corrupção, promulgada pelo Decreto nº 5.687, de 31 de janeiro IV - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
de 2006, somente haverá improbidade administrativa, na aplica- Parágrafo único. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230,
ção deste artigo, quando for comprovado na conduta funcional do de 2021)
agente público o fim de obter proveito ou benefício indevido para § 1º A sanção de perda da função pública, nas hipóteses dos in-
si ou para outra pessoa ou entidade. (Incluído pela Lei nº 14.230, cisos I e II do caput deste artigo, atinge apenas o vínculo de mesma
de 2021) qualidade e natureza que o agente público ou político detinha com
§ 2º Aplica-se o disposto no § 1º deste artigo a quaisquer atos o poder público na época do cometimento da infração, podendo
de improbidade administrativa tipificados nesta Lei e em leis espe- o magistrado, na hipótese do inciso I do caput deste artigo, e em
ciais e a quaisquer outros tipos especiais de improbidade adminis- caráter excepcional, estendê-la aos demais vínculos, consideradas
trativa instituídos por lei. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) as circunstâncias do caso e a gravidade da infração. (Incluído pela
§ 3º O enquadramento de conduta funcional na categoria de Lei nº 14.230, de 2021)
que trata este artigo pressupõe a demonstração objetiva da prática § 2º A multa pode ser aumentada até o dobro, se o juiz conside-
de ilegalidade no exercício da função pública, com a indicação das rar que, em virtude da situação econômica do réu, o valor calculado
normas constitucionais, legais ou infralegais violadas. (Incluído pela na forma dos incisos I, II e III do caput deste artigo é ineficaz para
Lei nº 14.230, de 2021) reprovação e prevenção do ato de improbidade. (Incluído pela Lei
§ 4º Os atos de improbidade de que trata este artigo exigem nº 14.230, de 2021)
lesividade relevante ao bem jurídico tutelado para serem passíveis § 3º Na responsabilização da pessoa jurídica, deverão ser con-
de sancionamento e independem do reconhecimento da produção siderados os efeitos econômicos e sociais das sanções, de modo
de danos ao erário e de enriquecimento ilícito dos agentes públicos. a viabilizar a manutenção de suas atividades. (Incluído pela Lei nº
(Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) 14.230, de 2021)
§ 5º Não se configurará improbidade a mera nomeação ou indi- § 4º Em caráter excepcional e por motivos relevantes devida-
cação política por parte dos detentores de mandatos eletivos, sen- mente justificados, a sanção de proibição de contratação com o
do necessária a aferição de dolo com finalidade ilícita por parte do poder público pode extrapolar o ente público lesado pelo ato de
agente. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) improbidade, observados os impactos econômicos e sociais das
sanções, de forma a preservar a função social da pessoa jurídica,
CAPÍTULO III conforme disposto no § 3º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 14.230,
DAS PENAS de 2021)
§ 5º No caso de atos de menor ofensa aos bens jurídicos tute-
Art. 12. Independentemente do ressarcimento integral do dano lados por esta Lei, a sanção limitar-se-á à aplicação de multa, sem
patrimonial, se efetivo, e das sanções penais comuns e de respon- prejuízo do ressarcimento do dano e da perda dos valores obtidos,
sabilidade, civis e administrativas previstas na legislação específica, quando for o caso, nos termos do caput deste artigo. (Incluído pela
está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes Lei nº 14.230, de 2021)
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§ 6º Se ocorrer lesão ao patrimônio público, a reparação do § 3º Atendidos os requisitos da representação, a autoridade


dano a que se refere esta Lei deverá deduzir o ressarcimento ocorri- determinará a imediata apuração dos fatos, observada a legislação
do nas instâncias criminal, civil e administrativa que tiver por objeto que regula o processo administrativo disciplinar aplicável ao agen-
os mesmos fatos. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) te. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
§ 7º As sanções aplicadas a pessoas jurídicas com base nesta Art. 15. A comissão processante dará conhecimento ao Minis-
Lei e na Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013, deverão observar tério Público e ao Tribunal ou Conselho de Contas da existência de
o princípio constitucional do non bis in idem. (Incluído pela Lei nº procedimento administrativo para apurar a prática de ato de im-
14.230, de 2021) probidade.
§ 8º A sanção de proibição de contratação com o poder público Parágrafo único. O Ministério Público ou Tribunal ou Conselho
deverá constar do Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Sus- de Contas poderá, a requerimento, designar representante para
pensas (CEIS) de que trata a Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013, acompanhar o procedimento administrativo.
observadas as limitações territoriais contidas em decisão judicial, Art. 16. Na ação por improbidade administrativa poderá ser
conforme disposto no § 4º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 14.230, formulado, em caráter antecedente ou incidente, pedido de indis-
de 2021) ponibilidade de bens dos réus, a fim de garantir a integral recompo-
§ 9º As sanções previstas neste artigo somente poderão ser sição do erário ou do acréscimo patrimonial resultante de enrique-
executadas após o trânsito em julgado da sentença condenatória. cimento ilícito. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
(Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
§ 10. Para efeitos de contagem do prazo da sanção de suspen- § 1º-A O pedido de indisponibilidade de bens a que se refere
são dos direitos políticos, computar-se-á retroativamente o inter- o caput deste artigo poderá ser formulado independentemente da
valo de tempo entre a decisão colegiada e o trânsito em julgado da representação de que trata o art. 7º desta Lei. (Incluído pela Lei nº
sentença condenatória. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) 14.230, de 2021)
§ 2º Quando for o caso, o pedido de indisponibilidade de bens a
CAPÍTULO IV que se refere o caput deste artigo incluirá a investigação, o exame e
DA DECLARAÇÃO DE BENS o bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações financeiras man-
tidas pelo indiciado no exterior, nos termos da lei e dos tratados
Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicio- internacionais. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
nados à apresentação de declaração de imposto de renda e proven- § 3º O pedido de indisponibilidade de bens a que se refere o
tos de qualquer natureza, que tenha sido apresentada à Secretaria caput deste artigo apenas será deferido mediante a demonstração
Especial da Receita Federal do Brasil, a fim de ser arquivada no ser- no caso concreto de perigo de dano irreparável ou de risco ao re-
viço de pessoal competente. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de sultado útil do processo, desde que o juiz se convença da probabili-
2021) dade da ocorrência dos atos descritos na petição inicial com funda-
§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) mento nos respectivos elementos de instrução, após a oitiva do réu
§ 2º A declaração de bens a que se refere o caput deste arti- em 5 (cinco) dias. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
go será atualizada anualmente e na data em que o agente público § 4º A indisponibilidade de bens poderá ser decretada sem a
deixar o exercício do mandato, do cargo, do emprego ou da função. oitiva prévia do réu, sempre que o contraditório prévio puder com-
(Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) provadamente frustrar a efetividade da medida ou houver outras
§ 3º Será apenado com a pena de demissão, sem prejuízo de circunstâncias que recomendem a proteção liminar, não podendo a
outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar a urgência ser presumida. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
declaração dos bens a que se refere o caput deste artigo dentro do § 5º Se houver mais de um réu na ação, a somatória dos valores
prazo determinado ou que prestar declaração falsa. (Redação dada declarados indisponíveis não poderá superar o montante indicado
pela Lei nº 14.230, de 2021) na petição inicial como dano ao erário ou como enriquecimento ilí-
§ 4º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) cito. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
§ 6º O valor da indisponibilidade considerará a estimativa de
CAPÍTULO V dano indicada na petição inicial, permitida a sua substituição por
DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO E DO PROCESSO caução idônea, por fiança bancária ou por seguro-garantia judicial,
JUDICIAL a requerimento do réu, bem como a sua readequação durante a
instrução do processo. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade ad- § 7º A indisponibilidade de bens de terceiro dependerá da de-
ministrativa competente para que seja instaurada investigação des- monstração da sua efetiva concorrência para os atos ilícitos apu-
tinada a apurar a prática de ato de improbidade. rados ou, quando se tratar de pessoa jurídica, da instauração de
§ 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e incidente de desconsideração da personalidade jurídica, a ser pro-
assinada, conterá a qualificação do representante, as informações cessado na forma da lei processual. (Incluído pela Lei nº 14.230, de
sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de que tenha 2021)
conhecimento. § 8º Aplica-se à indisponibilidade de bens regida por esta Lei,
§ 2º A autoridade administrativa rejeitará a representação, em no que for cabível, o regime da tutela provisória de urgência da Lei
despacho fundamentado, se esta não contiver as formalidades es- nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil). (In-
tabelecidas no § 1º deste artigo. A rejeição não impede a represen- cluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
tação ao Ministério Público, nos termos do art. 22 desta lei.

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§ 9º Da decisão que deferir ou indeferir a medida relativa à in- § 6º-A O Ministério Público poderá requerer as tutelas provi-
disponibilidade de bens caberá agravo de instrumento, nos termos sórias adequadas e necessárias, nos termos dos arts. 294 a 310 da
da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil). Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil
(Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
§ 10. A indisponibilidade recairá sobre bens que assegurem § 6º-B A petição inicial será rejeitada nos casos do art. 330 da
exclusivamente o integral ressarcimento do dano ao erário, sem in- Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil),
cidir sobre os valores a serem eventualmente aplicados a título de bem como quando não preenchidos os requisitos a que se referem
multa civil ou sobre acréscimo patrimonial decorrente de atividade os incisos I e II do § 6º deste artigo, ou ainda quando manifestamen-
lícita. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) te inexistente o ato de improbidade imputado. (Incluído pela Lei nº
§ 11. A ordem de indisponibilidade de bens deverá priorizar ve- 14.230, de 2021)
ículos de via terrestre, bens imóveis, bens móveis em geral, semo- § 7º Se a petição inicial estiver em devida forma, o juiz mandará
ventes, navios e aeronaves, ações e quotas de sociedades simples autuá-la e ordenará a citação dos requeridos para que a contestem
e empresárias, pedras e metais preciosos e, apenas na inexistência no prazo comum de 30 (trinta) dias, iniciado o prazo na forma do
desses, o bloqueio de contas bancárias, de forma a garantir a sub- art. 231 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Pro-
sistência do acusado e a manutenção da atividade empresária ao cesso Civil). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
longo do processo. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 8º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
§ 12. O juiz, ao apreciar o pedido de indisponibilidade de bens § 9º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
do réu a que se refere o caput deste artigo, observará os efeitos § 9º-A Da decisão que rejeitar questões preliminares suscitadas
práticos da decisão, vedada a adoção de medida capaz de acarre- pelo réu em sua contestação caberá agravo de instrumento. (Incluí-
tar prejuízo à prestação de serviços públicos. (Incluído pela Lei nº do pela Lei nº 14.230, de 2021)
14.230, de 2021) § 10. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
§ 13. É vedada a decretação de indisponibilidade da quantia de § 10-A. Havendo a possibilidade de solução consensual, pode-
até 40 (quarenta) salários mínimos depositados em caderneta de rão as partes requerer ao juiz a interrupção do prazo para a contes-
poupança, em outras aplicações financeiras ou em conta-corrente. tação, por prazo não superior a 90 (noventa) dias. (Incluído pela Lei
(Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) nº 13.964, de 2019)
§ 14. É vedada a decretação de indisponibilidade do bem de § 10-B. Oferecida a contestação e, se for o caso, ouvido o autor,
família do réu, salvo se comprovado que o imóvel seja fruto de van- o juiz: (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
tagem patrimonial indevida, conforme descrito no art. 9º desta Lei. I - procederá ao julgamento conforme o estado do processo,
(Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) observada a eventual inexistência manifesta do ato de improbida-
Art. 17. A ação para a aplicação das sanções de que trata esta de; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
Lei será proposta pelo Ministério Público e seguirá o procedimento II - poderá desmembrar o litisconsórcio, com vistas a otimizar a
comum previsto na Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código instrução processual. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
de Processo Civil), salvo o disposto nesta Lei. (Redação dada pela Lei § 10-C. Após a réplica do Ministério Público, o juiz proferirá de-
nº 14.230, de 2021) cisão na qual indicará com precisão a tipificação do ato de improbi-
§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) dade administrativa imputável ao réu, sendo-lhe vedado modificar
§ 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) o fato principal e a capitulação legal apresentada pelo autor. (Inclu-
§ 3º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) ído pela Lei nº 14.230, de 2021)
§ 4º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) § 10-D. Para cada ato de improbidade administrativa, deverá
§ 4º-A A ação a que se refere o caput deste artigo deverá ser necessariamente ser indicado apenas um tipo dentre aqueles pre-
proposta perante o foro do local onde ocorrer o dano ou da pessoa vistos nos arts. 9º, 10 e 11 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.230,
jurídica prejudicada. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) de 2021)
§ 5º A propositura da ação a que se refere o caput deste ar- § 10-E. Proferida a decisão referida no § 10-C deste artigo, as
tigo prevenirá a competência do juízo para todas as ações poste- partes serão intimadas a especificar as provas que pretendem pro-
riormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o duzir. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
mesmo objeto. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) § 10-F. Será nula a decisão de mérito total ou parcial da ação
§ 6º A petição inicial observará o seguinte: (Redação dada pela de improbidade administrativa que: (Incluído pela Lei nº 14.230, de
Lei nº 14.230, de 2021) 2021)
I - deverá individualizar a conduta do réu e apontar os elemen- I - condenar o requerido por tipo diverso daquele definido na
tos probatórios mínimos que demonstrem a ocorrência das hipóte- petição inicial; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
ses dos arts. 9º, 10 e 11 desta Lei e de sua autoria, salvo impossi- II - condenar o requerido sem a produção das provas por ele
bilidade devidamente fundamentada; (Incluído pela Lei nº 14.230, tempestivamente especificadas. (Incluído pela Lei nº 14.230, de
de 2021) 2021)
II - será instruída com documentos ou justificação que con- § 11. Em qualquer momento do processo, verificada a inexis-
tenham indícios suficientes da veracidade dos fatos e do dolo tência do ato de improbidade, o juiz julgará a demanda improce-
imputado ou com razões fundamentadas da impossibilidade de dente. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
apresentação de qualquer dessas provas, observada a legislação § 12. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
vigente, inclusive as disposições constantes dos arts. 77 e 80 da Lei § 13. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil). (In- § 14. Sem prejuízo da citação dos réus, a pessoa jurídica inte-
cluído pela Lei nº 14.230, de 2021) ressada será intimada para, caso queira, intervir no processo. (In-
cluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
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§ 15. Se a imputação envolver a desconsideração de pessoa ju- § 1º A celebração do acordo a que se refere o caput deste ar-
rídica, serão observadas as regras previstas nos arts. 133, 134, 135, tigo dependerá, cumulativamente: (Incluído pela Lei nº 14.230, de
136 e 137 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de 2021)
Processo Civil). (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) I - da oitiva do ente federativo lesado, em momento anterior
§ 16. A qualquer momento, se o magistrado identificar a exis- ou posterior à propositura da ação; (Incluído pela Lei nº 14.230, de
tência de ilegalidades ou de irregularidades administrativas a se- 2021)
rem sanadas sem que estejam presentes todos os requisitos para II - de aprovação, no prazo de até 60 (sessenta) dias, pelo ór-
a imposição das sanções aos agentes incluídos no polo passivo da gão do Ministério Público competente para apreciar as promoções
demanda, poderá, em decisão motivada, converter a ação de im- de arquivamento de inquéritos civis, se anterior ao ajuizamento da
probidade administrativa em ação civil pública, regulada pela Lei nº ação; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
7.347, de 24 de julho de 1985. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) III - de homologação judicial, independentemente de o acordo
§ 17. Da decisão que converter a ação de improbidade em ação ocorrer antes ou depois do ajuizamento da ação de improbidade
civil pública caberá agravo de instrumento. (Incluído pela Lei nº administrativa. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
14.230, de 2021) § 2º Em qualquer caso, a celebração do acordo a que se refere
§ 18. Ao réu será assegurado o direito de ser interrogado sobre o caput deste artigo considerará a personalidade do agente, a natu-
os fatos de que trata a ação, e a sua recusa ou o seu silêncio não reza, as circunstâncias, a gravidade e a repercussão social do ato de
implicarão confissão. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) improbidade, bem como as vantagens, para o interesse público, da
§ 19. Não se aplicam na ação de improbidade administrativa: rápida solução do caso. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
(Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 3º Para fins de apuração do valor do dano a ser ressarcido,
I - a presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor em deverá ser realizada a oitiva do Tribunal de Contas competente, que
caso de revelia; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) se manifestará, com indicação dos parâmetros utilizados, no prazo
II - a imposição de ônus da prova ao réu, na forma dos §§ 1º e de 90 (noventa) dias. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
2º do art. 373 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de § 4º O acordo a que se refere o caput deste artigo poderá ser
Processo Civil); (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) celebrado no curso da investigação de apuração do ilícito, no curso
III - o ajuizamento de mais de uma ação de improbidade admi- da ação de improbidade ou no momento da execução da sentença
nistrativa pelo mesmo fato, competindo ao Conselho Nacional do condenatória. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
Ministério Público dirimir conflitos de atribuições entre membros § 5º As negociações para a celebração do acordo a que se re-
de Ministérios Públicos distintos; (Incluído pela Lei nº 14.230, de fere o caput deste artigo ocorrerão entre o Ministério Público, de
2021) um lado, e, de outro, o investigado ou demandado e o seu defensor.
IV - o reexame obrigatório da sentença de improcedência ou (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
de extinção sem resolução de mérito. (Incluído pela Lei nº 14.230, § 6º O acordo a que se refere o caput deste artigo poderá con-
de 2021) templar a adoção de mecanismos e procedimentos internos de in-
§ 20. A assessoria jurídica que emitiu o parecer atestando a tegridade, de auditoria e de incentivo à denúncia de irregularidades
legalidade prévia dos atos administrativos praticados pelo adminis- e a aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta no âmbito
trador público ficará obrigada a defendê-lo judicialmente, caso este da pessoa jurídica, se for o caso, bem como de outras medidas em
venha a responder ação por improbidade administrativa, até que a favor do interesse público e de boas práticas administrativas. (Inclu-
decisão transite em julgado. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) ído pela Lei nº 14.230, de 2021)
§ 21. Das decisões interlocutórias caberá agravo de instrumen- § 7º Em caso de descumprimento do acordo a que se refere o
to, inclusive da decisão que rejeitar questões preliminares suscita- caput deste artigo, o investigado ou o demandado ficará impedido
das pelo réu em sua contestação. (Incluído pela Lei nº 14.230, de de celebrar novo acordo pelo prazo de 5 (cinco) anos, contado do
2021) conhecimento pelo Ministério Público do efetivo descumprimento.
Art. 17-A. (VETADO): (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
I - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) Art. 17-C. A sentença proferida nos processos a que se refere
II - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) esta Lei deverá, além de observar o disposto no art. 489 da Lei nº
III - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil): (Incluí-
§ 1º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) do pela Lei nº 14.230, de 2021)
§ 2º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) I - indicar de modo preciso os fundamentos que demonstram
§ 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) os elementos a que se referem os arts. 9º, 10 e 11 desta Lei, que
§ 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) não podem ser presumidos; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
§ 5º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) II - considerar as consequências práticas da decisão, sempre
Art. 17-B. O Ministério Público poderá, conforme as circuns- que decidir com base em valores jurídicos abstratos; (Incluído pela
tâncias do caso concreto, celebrar acordo de não persecução civil, Lei nº 14.230, de 2021)
desde que dele advenham, ao menos, os seguintes resultados: (In- III - considerar os obstáculos e as dificuldades reais do gestor
cluído pela Lei nº 14.230, de 2021) e as exigências das políticas públicas a seu cargo, sem prejuízo dos
I - o integral ressarcimento do dano; (Incluído pela Lei nº direitos dos administrados e das circunstâncias práticas que houve-
14.230, de 2021) rem imposto, limitado ou condicionado a ação do agente; (Incluído
II - a reversão à pessoa jurídica lesada da vantagem indevida pela Lei nº 14.230, de 2021)
obtida, ainda que oriunda de agentes privados. (Incluído pela Lei nº IV - considerar, para a aplicação das sanções, de forma isolada
14.230, de 2021) ou cumulativa: (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)

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a) os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade; (Inclu- § 2º Caso a pessoa jurídica prejudicada não adote as providên-
ído pela Lei nº 14.230, de 2021) cias a que se refere o § 1º deste artigo no prazo de 6 (seis) meses,
b) a natureza, a gravidade e o impacto da infração cometida; contado do trânsito em julgado da sentença de procedência da
(Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) ação, caberá ao Ministério Público proceder à respectiva liquidação
c) a extensão do dano causado; (Incluído pela Lei nº 14.230, do dano e ao cumprimento da sentença referente ao ressarcimento
de 2021) do patrimônio público ou à perda ou à reversão dos bens, sem pre-
d) o proveito patrimonial obtido pelo agente; (Incluído pela Lei juízo de eventual responsabilização pela omissão verificada. (Incluí-
nº 14.230, de 2021) do pela Lei nº 14.230, de 2021)
e) as circunstâncias agravantes ou atenuantes; (Incluído pela § 3º Para fins de apuração do valor do ressarcimento, deverão
Lei nº 14.230, de 2021) ser descontados os serviços efetivamente prestados. (Incluído pela
f) a atuação do agente em minorar os prejuízos e as consequên- Lei nº 14.230, de 2021)
cias advindas de sua conduta omissiva ou comissiva; (Incluído pela § 4º O juiz poderá autorizar o parcelamento, em até 48 (qua-
Lei nº 14.230, de 2021) renta e oito) parcelas mensais corrigidas monetariamente, do débi-
g) os antecedentes do agente; (Incluído pela Lei nº 14.230, de to resultante de condenação pela prática de improbidade adminis-
2021) trativa se o réu demonstrar incapacidade financeira de saldá-lo de
V - considerar na aplicação das sanções a dosimetria das san- imediato. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
ções relativas ao mesmo fato já aplicadas ao agente; (Incluído pela Art. 18-A. A requerimento do réu, na fase de cumprimento da
Lei nº 14.230, de 2021) sentença, o juiz unificará eventuais sanções aplicadas com outras
VI - considerar, na fixação das penas relativamente ao terceiro, já impostas em outros processos, tendo em vista a eventual con-
quando for o caso, a sua atuação específica, não admitida a sua tinuidade de ilícito ou a prática de diversas ilicitudes, observado o
responsabilização por ações ou omissões para as quais não tiver seguinte: (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
concorrido ou das quais não tiver obtido vantagens patrimoniais I - no caso de continuidade de ilícito, o juiz promoverá a maior
indevidas; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) sanção aplicada, aumentada de 1/3 (um terço), ou a soma das pe-
VII - indicar, na apuração da ofensa a princípios, critérios obje- nas, o que for mais benéfico ao réu; (Incluído pela Lei nº 14.230,
tivos que justifiquem a imposição da sanção. (Incluído pela Lei nº de 2021)
14.230, de 2021) II - no caso de prática de novos atos ilícitos pelo mesmo sujeito,
§ 1º A ilegalidade sem a presença de dolo que a qualifique não o juiz somará as sanções. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
configura ato de improbidade. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) Parágrafo único. As sanções de suspensão de direitos políticos
§ 2º Na hipótese de litisconsórcio passivo, a condenação ocor- e de proibição de contratar ou de receber incentivos fiscais ou cre-
rerá no limite da participação e dos benefícios diretos, vedada qual- ditícios do poder público observarão o limite máximo de 20 (vinte)
quer solidariedade. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) anos. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
§ 3º Não haverá remessa necessária nas sentenças de que trata
esta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) CAPÍTULO VI
Art. 17-D. A ação por improbidade administrativa é repressiva, DAS DISPOSIÇÕES PENAIS
de caráter sancionatório, destinada à aplicação de sanções de ca-
ráter pessoal previstas nesta Lei, e não constitui ação civil, vedado Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbida-
seu ajuizamento para o controle de legalidade de políticas públicas de contra agente público ou terceiro beneficiário, quando o autor
e para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente da denúncia o sabe inocente.
e de outros interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos. Pena: detenção de seis a dez meses e multa.
(Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está su-
Parágrafo único. Ressalvado o disposto nesta Lei, o controle jeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais, morais ou à
de legalidade de políticas públicas e a responsabilidade de agentes imagem que houver provocado.
públicos, inclusive políticos, entes públicos e governamentais, por Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos
danos ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da sentença con-
artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico, a qualquer ou- denatória.
tro interesse difuso ou coletivo, à ordem econômica, à ordem urba- § 1º A autoridade judicial competente poderá determinar o
nística, à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos afastamento do agente público do exercício do cargo, do emprego
e ao patrimônio público e social submetem-se aos termos da Lei nº ou da função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida for
7.347, de 24 de julho de 1985. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) necessária à instrução processual ou para evitar a iminente prática
Art. 18. A sentença que julgar procedente a ação fundada nos de novos ilícitos. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
arts. 9º e 10 desta Lei condenará ao ressarcimento dos danos e à § 2º O afastamento previsto no § 1º deste artigo será de até 90
perda ou à reversão dos bens e valores ilicitamente adquiridos, con- (noventa) dias, prorrogáveis uma única vez por igual prazo, median-
forme o caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito. te decisão motivada. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
(Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe:
§ 1º Se houver necessidade de liquidação do dano, a pessoa I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo
jurídica prejudicada procederá a essa determinação e ao ulterior quanto à pena de ressarcimento e às condutas previstas no art. 10
procedimento para cumprimento da sentença referente ao ressar- desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
cimento do patrimônio público ou à perda ou à reversão dos bens. II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle
(Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.

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§ 1º Os atos do órgão de controle interno ou externo serão con- I - pelo ajuizamento da ação de improbidade administrativa;
siderados pelo juiz quando tiverem servido de fundamento para a (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
conduta do agente público. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) II - pela publicação da sentença condenatória; (Incluído pela Lei
§ 2º As provas produzidas perante os órgãos de controle e as nº 14.230, de 2021)
correspondentes decisões deverão ser consideradas na formação III - pela publicação de decisão ou acórdão de Tribunal de Jus-
da convicção do juiz, sem prejuízo da análise acerca do dolo na con- tiça ou Tribunal Regional Federal que confirma sentença condena-
duta do agente. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) tória ou que reforma sentença de improcedência; (Incluído pela Lei
§ 3º As sentenças civis e penais produzirão efeitos em relação à nº 14.230, de 2021)
ação de improbidade quando concluírem pela inexistência da con- IV - pela publicação de decisão ou acórdão do Superior Tribu-
duta ou pela negativa da autoria. (Incluído pela Lei nº 14.230, de nal de Justiça que confirma acórdão condenatório ou que reforma
2021) acórdão de improcedência; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
§ 4º A absolvição criminal em ação que discuta os mesmos fa- V - pela publicação de decisão ou acórdão do Supremo Tribunal
tos, confirmada por decisão colegiada, impede o trâmite da ação da Federal que confirma acórdão condenatório ou que reforma acór-
qual trata esta Lei, havendo comunicação com todos os fundamen- dão de improcedência. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
tos de absolvição previstos no art. 386 do Decreto-Lei nº 3.689, de § 5º Interrompida a prescrição, o prazo recomeça a correr do
3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal). (Incluído pela Lei dia da interrupção, pela metade do prazo previsto no caput deste
nº 14.230, de 2021) artigo. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
§ 5º Sanções eventualmente aplicadas em outras esferas deve- § 6º A suspensão e a interrupção da prescrição produzem efei-
rão ser compensadas com as sanções aplicadas nos termos desta tos relativamente a todos os que concorreram para a prática do ato
Lei. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) de improbidade. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta Lei, o Minis- § 7º Nos atos de improbidade conexos que sejam objeto do
tério Público, de ofício, a requerimento de autoridade administrati- mesmo processo, a suspensão e a interrupção relativas a qualquer
va ou mediante representação formulada de acordo com o disposto deles estendem-se aos demais. (Incluído pela Lei nº 14.230, de
no art. 14 desta Lei, poderá instaurar inquérito civil ou procedimen- 2021)
to investigativo assemelhado e requisitar a instauração de inquérito § 8º O juiz ou o tribunal, depois de ouvido o Ministério Público,
policial. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) deverá, de ofício ou a requerimento da parte interessada, reconhe-
Parágrafo único. Na apuração dos ilícitos previstos nesta Lei, cer a prescrição intercorrente da pretensão sancionadora e decre-
será garantido ao investigado a oportunidade de manifestação por tá-la de imediato, caso, entre os marcos interruptivos referidos no
escrito e de juntada de documentos que comprovem suas alegações § 4º, transcorra o prazo previsto no § 5º deste artigo. (Incluído pela
e auxiliem na elucidação dos fatos. (Incluído pela Lei nº 14.230, de Lei nº 14.230, de 2021)
2021) Art. 23-A. É dever do poder público oferecer contínua capacita-
ção aos agentes públicos e políticos que atuem com prevenção ou
CAPÍTULO VII repressão de atos de improbidade administrativa. (Incluído pela Lei
DA PRESCRIÇÃO nº 14.230, de 2021)
Art. 23-B. Nas ações e nos acordos regidos por esta Lei, não
Art. 23. A ação para a aplicação das sanções previstas nesta Lei haverá adiantamento de custas, de preparo, de emolumentos, de
prescreve em 8 (oito) anos, contados a partir da ocorrência do fato honorários periciais e de quaisquer outras despesas. (Incluído pela
ou, no caso de infrações permanentes, do dia em que cessou a per- Lei nº 14.230, de 2021)
manência. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) § 1º No caso de procedência da ação, as custas e as demais des-
I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) pesas processuais serão pagas ao final. (Incluído pela Lei nº 14.230,
II - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) de 2021)
III - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) § 2º Haverá condenação em honorários sucumbenciais em
§ 1º A instauração de inquérito civil ou de processo adminis- caso de improcedência da ação de improbidade se comprovada
trativo para apuração dos ilícitos referidos nesta Lei suspende o má-fé. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
curso do prazo prescricional por, no máximo, 180 (cento e oitenta) Art. 23-C. Atos que ensejem enriquecimento ilícito, perda patri-
dias corridos, recomeçando a correr após a sua conclusão ou, caso monial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação de re-
não concluído o processo, esgotado o prazo de suspensão. (Incluído cursos públicos dos partidos políticos, ou de suas fundações, serão
pela Lei nº 14.230, de 2021) responsabilizados nos termos da Lei nº 9.096, de 19 de setembro de
§ 2º O inquérito civil para apuração do ato de improbidade será 1995. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
concluído no prazo de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias corri-
dos, prorrogável uma única vez por igual período, mediante ato fun- CAPÍTULO VIII
damentado submetido à revisão da instância competente do órgão DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
ministerial, conforme dispuser a respectiva lei orgânica. (Incluído
pela Lei nº 14.230, de 2021) Art. 24. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
§ 3º Encerrado o prazo previsto no § 2º deste artigo, a ação de- Art. 25. Ficam revogadas as Leis n°s 3.164, de 1° de junho de
verá ser proposta no prazo de 30 (trinta) dias, se não for caso de ar- 1957, e 3.502, de 21 de dezembro de 1958 e demais disposições
quivamento do inquérito civil. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) em contrário.
§ 4º O prazo da prescrição referido no caput deste artigo inter-
rompe-se: (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)

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XI - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas


PROCESSO ADMINISTRATIVO. LEI Nº 9.784/1999 E SUAS as previstas em lei;
ALTERAÇÕES XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem preju-
ízo da atuação dos interessados;
XIII - interpretação da norma administrativa da forma que me-
LEI Nº 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999 lhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada
aplicação retroativa de nova interpretação.
Regula o processo administrativo no âmbito da Administração
Pública Federal. CAPÍTULO II
DOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na-
cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 3o O administrado tem os seguintes direitos perante a Ad-
ministração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados:
CAPÍTULO I I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de
suas obrigações;
Art. 1o Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo ad- II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em
ministrativo no âmbito da Administração Federal direta e indireta, que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter có-
visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e pias de documentos neles contidos e conhecer as decisões profe-
ao melhor cumprimento dos fins da Administração. ridas;
§ 1o Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos III - formular alegações e apresentar documentos antes da deci-
Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho são, os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente;
de função administrativa. IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo
§ 2o Para os fins desta Lei, consideram-se: quando obrigatória a representação, por força de lei.
I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Ad-
ministração direta e da estrutura da Administração indireta; CAPÍTULO III
II - entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade DOS DEVERES DO ADMINISTRADO
jurídica;
III - autoridade - o servidor ou agente público dotado de poder Art. 4o São deveres do administrado perante a Administração,
de decisão. sem prejuízo de outros previstos em ato normativo:
Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos I - expor os fatos conforme a verdade;
princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, pro- II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;
porcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, seguran- III - não agir de modo temerário;
ça jurídica, interesse público e eficiência. IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colabo-
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observa- rar para o esclarecimento dos fatos.
dos, entre outros, os critérios de:
I - atuação conforme a lei e o Direito; CAPÍTULO IV
II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia to- DO INÍCIO DO PROCESSO
tal ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei;
III - objetividade no atendimento do interesse público, vedada Art. 5o O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a
a promoção pessoal de agentes ou autoridades; pedido de interessado.
IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e Art. 6o O requerimento inicial do interessado, salvo casos em
boa-fé; que for admitida solicitação oral, deve ser formulado por escrito e
V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as conter os seguintes dados:
hipóteses de sigilo previstas na Constituição; I - órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;
VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obri- II - identificação do interessado ou de quem o represente;
gações, restrições e sanções em medida superior àquelas estrita- III - domicílio do requerente ou local para recebimento de co-
mente necessárias ao atendimento do interesse público; municações;
VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que deter- IV - formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus
minarem a decisão; fundamentos;
VIII – observância das formalidades essenciais à garantia dos V - data e assinatura do requerente ou de seu representante.
direitos dos administrados; Parágrafo único. É vedada à Administração a recusa imotivada
IX - adoção de formas simples, suficientes para propiciar ade- de recebimento de documentos, devendo o servidor orientar o in-
quado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos admi- teressado quanto ao suprimento de eventuais falhas.
nistrados; Art. 7o Os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar
X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de ale- modelos ou formulários padronizados para assuntos que importem
gações finais, à produção de provas e à interposição de recursos, pretensões equivalentes.
nos processos de que possam resultar sanções e nas situações de Art. 8o Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados
litígio; tiverem conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser formula-
dos em um único requerimento, salvo preceito legal em contrário.
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CAPÍTULO V CAPÍTULO VII


DOS INTERESSADOS DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO

Art. 9o São legitimados como interessados no processo admi- Art. 18. É impedido de atuar em processo administrativo o ser-
nistrativo: vidor ou autoridade que:
I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de I - tenha interesse direto ou indireto na matéria;
direitos ou interesses individuais ou no exercício do direito de re- II - tenha participado ou venha a participar como perito, teste-
presentação; munha ou representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao
II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro grau;
ou interesses que possam ser afetados pela decisão a ser adotada; III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o inte-
III - as organizações e associações representativas, no tocante a ressado ou respectivo cônjuge ou companheiro.
direitos e interesses coletivos; Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer em impedimen-
IV - as pessoas ou as associações legalmente constituídas quan- to deve comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se
to a direitos ou interesses difusos. de atuar.
Art. 10. São capazes, para fins de processo administrativo, os Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar o impedi-
maiores de dezoito anos, ressalvada previsão especial em ato nor- mento constitui falta grave, para efeitos disciplinares.
mativo próprio. Art. 20. Pode ser arguida a suspeição de autoridade ou servidor
que tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos inte-
CAPÍTULO VI ressados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes
DA COMPETÊNCIA e afins até o terceiro grau.
Art. 21. O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser
Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos objeto de recurso, sem efeito suspensivo.
administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de
delegação e avocação legalmente admitidos. CAPÍTULO VIII
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DO PROCESSO
houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a ou-
tros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquica- Art. 22. Os atos do processo administrativo não dependem de
mente subordinados, quando for conveniente, em razão de circuns- forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir.
tâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. § 1o Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à vernáculo, com a data e o local de sua realização e a assinatura da
delegação de competência dos órgãos colegiados aos respectivos autoridade responsável.
presidentes. § 2o Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: será exigido quando houver dúvida de autenticidade.
I - a edição de atos de caráter normativo; § 3o A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá
II - a decisão de recursos administrativos; ser feita pelo órgão administrativo.
III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autori- § 4o O processo deverá ter suas páginas numeradas sequencial-
dade. mente e rubricadas.
Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publi- Art. 23. Os atos do processo devem realizar-se em dias úteis,
cados no meio oficial. no horário normal de funcionamento da repartição na qual tramitar
§ 1o O ato de delegação especificará as matérias e poderes o processo.
transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os ob- Parágrafo único. Serão concluídos depois do horário normal os
jetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva atos já iniciados, cujo adiamento prejudique o curso regular do pro-
de exercício da atribuição delegada. cedimento ou cause dano ao interessado ou à Administração.
§ 2o O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela au- Art. 24. Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou
toridade delegante. autoridade responsável pelo processo e dos administrados que dele
§ 3o As decisões adotadas por delegação devem mencionar ex- participem devem ser praticados no prazo de cinco dias, salvo mo-
plicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo dele- tivo de força maior.
gado. Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo pode ser dilatado
Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos até o dobro, mediante comprovada justificação.
relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de Art. 25. Os atos do processo devem realizar-se preferencial-
competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. mente na sede do órgão, cientificando-se o interessado se outro for
Art. 16. Os órgãos e entidades administrativas divulgarão publi- o local de realização.
camente os locais das respectivas sedes e, quando conveniente, a
unidade fundacional competente em matéria de interesse especial. CAPÍTULO IX
Art. 17. Inexistindo competência legal específica, o processo DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS
administrativo deverá ser iniciado perante a autoridade de menor
grau hierárquico para decidir. Art. 26. O órgão competente perante o qual tramita o processo
administrativo determinará a intimação do interessado para ciência
de decisão ou a efetivação de diligências.
§ 1o A intimação deverá conter:
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I - identificação do intimado e nome do órgão ou entidade ad- Art. 33. Os órgãos e entidades administrativas, em matéria
ministrativa; relevante, poderão estabelecer outros meios de participação de
II - finalidade da intimação; administrados, diretamente ou por meio de organizações e associa-
III - data, hora e local em que deve comparecer; ções legalmente reconhecidas.
IV - se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se Art. 34. Os resultados da consulta e audiência pública e de ou-
representar; tros meios de participação de administrados deverão ser apresen-
V - informação da continuidade do processo independente- tados com a indicação do procedimento adotado.
mente do seu comparecimento; Art. 35. Quando necessária à instrução do processo, a audiên-
VI - indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes. cia de outros órgãos ou entidades administrativas poderá ser reali-
§ 2o A intimação observará a antecedência mínima de três dias zada em reunião conjunta, com a participação de titulares ou repre-
úteis quanto à data de comparecimento. sentantes dos órgãos competentes, lavrando-se a respectiva ata, a
§ 3o A intimação pode ser efetuada por ciência no processo, por ser juntada aos autos.
via postal com aviso de recebimento, por telegrama ou outro meio Art. 36. Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha ale-
que assegure a certeza da ciência do interessado. gado, sem prejuízo do dever atribuído ao órgão competente para a
§ 4o No caso de interessados indeterminados, desconhecidos instrução e do disposto no art. 37 desta Lei.
ou com domicílio indefinido, a intimação deve ser efetuada por Art. 37. Quando o interessado declarar que fatos e dados estão
meio de publicação oficial. registrados em documentos existentes na própria Administração
§ 5o As intimações serão nulas quando feitas sem observância responsável pelo processo ou em outro órgão administrativo, o ór-
das prescrições legais, mas o comparecimento do administrado su- gão competente para a instrução proverá, de ofício, à obtenção dos
pre sua falta ou irregularidade. documentos ou das respectivas cópias.
Art. 27. O desatendimento da intimação não importa o reco- Art. 38. O interessado poderá, na fase instrutória e antes da
nhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo tomada da decisão, juntar documentos e pareceres, requerer dili-
administrado. gências e perícias, bem como aduzir alegações referentes à matéria
Parágrafo único. No prosseguimento do processo, será garanti- objeto do processo.
do direito de ampla defesa ao interessado. § 1o Os elementos probatórios deverão ser considerados na
Art. 28. Devem ser objeto de intimação os atos do processo motivação do relatório e da decisão.
que resultem para o interessado em imposição de deveres, ônus, § 2o Somente poderão ser recusadas, mediante decisão fun-
sanções ou restrição ao exercício de direitos e atividades e os atos damentada, as provas propostas pelos interessados quando sejam
de outra natureza, de seu interesse. ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias.
Art. 39. Quando for necessária a prestação de informações ou
CAPÍTULO X a apresentação de provas pelos interessados ou terceiros, serão
DA INSTRUÇÃO expedidas intimações para esse fim, mencionando-se data, prazo,
forma e condições de atendimento.
Art. 29. As atividades de instrução destinadas a averiguar e Parágrafo único. Não sendo atendida a intimação, poderá o ór-
comprovar os dados necessários à tomada de decisão realizam-se gão competente, se entender relevante a matéria, suprir de ofício a
de ofício ou mediante impulsão do órgão responsável pelo proces- omissão, não se eximindo de proferir a decisão.
so, sem prejuízo do direito dos interessados de propor atuações Art. 40. Quando dados, atuações ou documentos solicitados ao
probatórias. interessado forem necessários à apreciação de pedido formulado, o
§ 1o O órgão competente para a instrução fará constar dos au- não atendimento no prazo fixado pela Administração para a respec-
tos os dados necessários à decisão do processo. tiva apresentação implicará arquivamento do processo.
§ 2o Os atos de instrução que exijam a atuação dos interessados Art. 41. Os interessados serão intimados de prova ou diligência
devem realizar-se do modo menos oneroso para estes. ordenada, com antecedência mínima de três dias úteis, mencionan-
Art. 30. São inadmissíveis no processo administrativo as provas do-se data, hora e local de realização.
obtidas por meios ilícitos. Art. 42. Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão
Art. 31. Quando a matéria do processo envolver assunto de consultivo, o parecer deverá ser emitido no prazo máximo de quin-
interesse geral, o órgão competente poderá, mediante despacho ze dias, salvo norma especial ou comprovada necessidade de maior
motivado, abrir período de consulta pública para manifestação de prazo.
terceiros, antes da decisão do pedido, se não houver prejuízo para § 1o Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emiti-
a parte interessada. do no prazo fixado, o processo não terá seguimento até a respectiva
§ 1o A abertura da consulta pública será objeto de divulgação apresentação, responsabilizando-se quem der causa ao atraso.
pelos meios oficiais, a fim de que pessoas físicas ou jurídicas pos- § 2o Se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de ser
sam examinar os autos, fixando-se prazo para oferecimento de ale- emitido no prazo fixado, o processo poderá ter prosseguimento e
gações escritas. ser decidido com sua dispensa, sem prejuízo da responsabilidade
§ 2o O comparecimento à consulta pública não confere, por si, de quem se omitiu no atendimento.
a condição de interessado do processo, mas confere o direito de Art. 43. Quando por disposição de ato normativo devam ser
obter da Administração resposta fundamentada, que poderá ser previamente obtidos laudos técnicos de órgãos administrativos e
comum a todas as alegações substancialmente iguais. estes não cumprirem o encargo no prazo assinalado, o órgão res-
Art. 32. Antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, ponsável pela instrução deverá solicitar laudo técnico de outro ór-
diante da relevância da questão, poderá ser realizada audiência pú- gão dotado de qualificação e capacidade técnica equivalentes.
blica para debates sobre a matéria do processo.
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Art. 44. Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de III - em que estejam envolvidas autoridades de Poderes distin-
manifestar-se no prazo máximo de dez dias, salvo se outro prazo for tos. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)
legalmente fixado. Art. 49-B. Poderão habilitar-se a participar da decisão coorde-
Art. 45. Em caso de risco iminente, a Administração Pública nada, na qualidade de ouvintes, os interessados de que trata o art.
poderá motivadamente adotar providências acauteladoras sem a 9º desta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)
prévia manifestação do interessado. Parágrafo único. A participação na reunião, que poderá incluir
Art. 46. Os interessados têm direito à vista do processo e a ob- direito a voz, será deferida por decisão irrecorrível da autoridade
ter certidões ou cópias reprográficas dos dados e documentos que responsável pela convocação da decisão coordenada. (Incluído pela
o integram, ressalvados os dados e documentos de terceiros prote- Lei nº 14.210, de 2021)
gidos por sigilo ou pelo direito à privacidade, à honra e à imagem. Art. 49-C. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)
Art. 47. O órgão de instrução que não for competente para emi- Art. 49-D. Os participantes da decisão coordenada deverão ser
tir a decisão final elaborará relatório indicando o pedido inicial, o intimados na forma do art. 26 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.210,
conteúdo das fases do procedimento e formulará proposta de deci- de 2021)
são, objetivamente justificada, encaminhando o processo à autori- Art. 49-E. Cada órgão ou entidade participante é responsável
dade competente. pela elaboração de documento específico sobre o tema atinente à
respectiva competência, a fim de subsidiar os trabalhos e integrar
CAPÍTULO XI o processo da decisão coordenada. (Incluído pela Lei nº 14.210, de
DO DEVER DE DECIDIR 2021)
Parágrafo único. O documento previsto no caput deste artigo
Art. 48. A Administração tem o dever de explicitamente emitir abordará a questão objeto da decisão coordenada e eventuais pre-
decisão nos processos administrativos e sobre solicitações ou recla- cedentes. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)
mações, em matéria de sua competência. Art. 49-F. Eventual dissenso na solução do objeto da decisão
Art. 49. Concluída a instrução de processo administrativo, a Ad- coordenada deverá ser manifestado durante as reuniões, de forma
ministração tem o prazo de até trinta dias para decidir, salvo prorro- fundamentada, acompanhado das propostas de solução e de alte-
gação por igual período expressamente motivada. ração necessárias para a resolução da questão. (Incluído pela Lei nº
14.210, de 2021)
CAPÍTULO XI-A Parágrafo único. Não poderá ser arguida matéria estranha ao
DA DECISÃO COORDENADA objeto da convocação. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)
(Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) Art. 49-G. A conclusão dos trabalhos da decisão coordenada
será consolidada em ata, que conterá as seguintes informações: (In-
Art. 49-A. No âmbito da Administração Pública federal, as de- cluído pela Lei nº 14.210, de 2021)
cisões administrativas que exijam a participação de 3 (três) ou mais I - relato sobre os itens da pauta; (Incluído pela Lei nº 14.210,
setores, órgãos ou entidades poderão ser tomadas mediante deci- de 2021)
são coordenada, sempre que: (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) II - síntese dos fundamentos aduzidos; (Incluído pela Lei nº
I - for justificável pela relevância da matéria; e (Incluído pela Lei 14.210, de 2021)
nº 14.210, de 2021) III - síntese das teses pertinentes ao objeto da convocação; (In-
II - houver discordância que prejudique a celeridade do proces- cluído pela Lei nº 14.210, de 2021)
so administrativo decisório. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) IV - registro das orientações, das diretrizes, das soluções ou das
§ 1º Para os fins desta Lei, considera-se decisão coordenada propostas de atos governamentais relativos ao objeto da convoca-
a instância de natureza interinstitucional ou intersetorial que atua ção; (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)
de forma compartilhada com a finalidade de simplificar o proces- V - posicionamento dos participantes para subsidiar futura atu-
so administrativo mediante participação concomitante de todas as ação governamental em matéria idêntica ou similar; e (Incluído pela
autoridades e agentes decisórios e dos responsáveis pela instrução Lei nº 14.210, de 2021)
técnico-jurídica, observada a natureza do objeto e a compatibilida- VI - decisão de cada órgão ou entidade relativa à matéria sujei-
de do procedimento e de sua formalização com a legislação perti- ta à sua competência. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)
nente. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) § 1º Até a assinatura da ata, poderá ser complementada a fun-
§ 2º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) damentação da decisão da autoridade ou do agente a respeito de
§ 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) matéria de competência do órgão ou da entidade representada. (In-
§ 4º A decisão coordenada não exclui a responsabilidade origi- cluído pela Lei nº 14.210, de 2021)
nária de cada órgão ou autoridade envolvida. (Incluído pela Lei nº § 2º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)
14.210, de 2021) § 3º A ata será publicada por extrato no Diário Oficial da União,
§ 5º A decisão coordenada obedecerá aos princípios da legali- do qual deverão constar, além do registro referido no inciso IV do
dade, da eficiência e da transparência, com utilização, sempre que caput deste artigo, os dados identificadores da decisão coordenada
necessário, da simplificação do procedimento e da concentração e o órgão e o local em que se encontra a ata em seu inteiro teor,
das instâncias decisórias. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) para conhecimento dos interessados. (Incluído pela Lei nº 14.210,
§ 6º Não se aplica a decisão coordenada aos processos admi- de 2021)
nistrativos: (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)
I - de licitação; (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)
II - relacionados ao poder sancionador; ou (Incluído pela Lei nº
14.210, de 2021)
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LEGISLAÇÃO

CAPÍTULO XII § 2o Considera-se exercício do direito de anular qualquer me-


DA MOTIVAÇÃO dida de autoridade administrativa que importe impugnação à vali-
dade do ato.
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com
indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresen-
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; tarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Ad-
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção ministração.
pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo lici- CAPÍTULO XV
tatório; DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício; Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão razões de legalidade e de mérito.
ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais; § 1o O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão,
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalida- a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará
ção de ato administrativo. à autoridade superior.
§ 1o A motivação deve ser explícita, clara e congruente, po- § 2o Salvo exigência legal, a interposição de recurso administra-
dendo consistir em declaração de concordância com fundamentos tivo independe de caução.
de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, § 3oSe o recorrente alegar que a decisão administrativa contra-
neste caso, serão parte integrante do ato. ria enunciado da súmula vinculante, caberá à autoridade prolatora
§ 2o Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode da decisão impugnada, se não a reconsiderar, explicitar, antes de
ser utilizado meio mecânico que reproduza os fundamentos das encaminhar o recurso à autoridade superior, as razões da aplicabili-
decisões, desde que não prejudique direito ou garantia dos inte- dade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso. (Incluído pela
ressados. Lei nº 11.417, de 2006).Vigência
Art. 57. O recurso administrativo tramitará no máximo por três
§ 3o A motivação das decisões de órgãos colegiados e comis- instâncias administrativas, salvo disposição legal diversa.
sões ou de decisões orais constará da respectiva ata ou de termo Art. 58. Têm legitimidade para interpor recurso administrativo:
escrito. I - os titulares de direitos e interesses que forem parte no pro-
cesso;
CAPÍTULO XIII II - aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente
DA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS DE EXTINÇÃO DO PROCES- afetados pela decisão recorrida;
SO III - as organizações e associações representativas, no tocante a
direitos e interesses coletivos;
Art. 51. O interessado poderá, mediante manifestação escrita, IV - os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses
desistir total ou parcialmente do pedido formulado ou, ainda, re- difusos.
nunciar a direitos disponíveis. Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo
§ 1o Havendo vários interessados, a desistência ou renúncia para interposição de recurso administrativo, contado a partir da ci-
atinge somente quem a tenha formulado. ência ou divulgação oficial da decisão recorrida.
§ 2o A desistência ou renúncia do interessado, conforme o caso, § 1o Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso adminis-
não prejudica o prosseguimento do processo, se a Administração trativo deverá ser decidido no prazo máximo de trinta dias, a partir
considerar que o interesse público assim o exige. do recebimento dos autos pelo órgão competente.
Art. 52. O órgão competente poderá declarar extinto o proces- § 2o O prazo mencionado no parágrafo anterior poderá ser
so quando exaurida sua finalidade ou o objeto da decisão se tornar prorrogado por igual período, ante justificativa explícita.
impossível, inútil ou prejudicado por fato superveniente. Art. 60. O recurso interpõe-se por meio de requerimento no
qual o recorrente deverá expor os fundamentos do pedido de ree-
CAPÍTULO XIV xame, podendo juntar os documentos que julgar convenientes.
DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem
efeito suspensivo.
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quan- Parágrafo único. Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou
do eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de incerta reparação decorrente da execução, a autoridade recorrida
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos adminis- efeito suspensivo ao recurso.
trativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários Art. 62. Interposto o recurso, o órgão competente para dele
decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, conhecer deverá intimar os demais interessados para que, no prazo
salvo comprovada má-fé. de cinco dias úteis, apresentem alegações.
§ 1o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de de- Art. 63. O recurso não será conhecido quando interposto:
cadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento. I - fora do prazo;
II - perante órgão incompetente;
III - por quem não seja legitimado;
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LEGISLAÇÃO

IV - após exaurida a esfera administrativa. Art. 69-A.Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão
§ 1o Na hipótese do inciso II, será indicada ao recorrente a auto- ou instância, os procedimentos administrativos em que figure como
ridade competente, sendo-lhe devolvido o prazo para recurso. parte ou interessado: (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).
§ 2o O não conhecimento do recurso não impede a Administra- I - pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos;(In-
ção de rever de ofício o ato ilegal, desde que não ocorrida preclusão cluído pela Lei nº 12.008, de 2009).
administrativa. II - pessoa portadora de deficiência, física ou mental; (Incluído
Art. 64. O órgão competente para decidir o recurso poderá con- pela Lei nº 12.008, de 2009).
firmar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a deci- III – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).
são recorrida, se a matéria for de sua competência. IV - pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose múltipla,
Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste artigo puder neoplasia maligna, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitan-
decorrer gravame à situação do recorrente, este deverá ser cientifi- te, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anqui-
cado para que formule suas alegações antes da decisão. losante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da
Art. 64-A.Se o recorrente alegar violação de enunciado da sú- doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação,
mula vinculante, o órgão competente para decidir o recurso explici- síndrome de imunodeficiência adquirida, ou outra doença grave,
tará as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, con- com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a
forme o caso. (Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006).Vigência doença tenha sido contraída após o início do processo.(Incluído
Art. 64-B.Acolhida pelo Supremo Tribunal Federal a reclamação pela Lei nº 12.008, de 2009).
fundada em violação de enunciado da súmula vinculante, dar-se-á § 1oA pessoa interessada na obtenção do benefício, juntando
ciência à autoridade prolatora e ao órgão competente para o julga- prova de sua condição, deverá requerê-lo à autoridade administra-
mento do recurso, que deverão adequar as futuras decisões admi- tiva competente, que determinará as providências a serem cumpri-
nistrativas em casos semelhantes, sob pena de responsabilização das. (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).
pessoal nas esferas cível, administrativa e penal.(Incluído pela Lei § 2oDeferida a prioridade, os autos receberão identificação pró-
nº 11.417, de 2006). Vigência pria que evidencie o regime de tramitação prioritária. (Incluído pela
Art. 65. Os processos administrativos de que resultem san- Lei nº 12.008, de 2009).
ções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, § 3o(VETADO)(Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).
quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetí- § 4o(VETADO)(Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).
veis de justificar a inadequação da sanção aplicada. Art. 70. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar
agravamento da sanção.

CAPÍTULO XVI QUESTÕES


DOS PRAZOS

Art. 66. Os prazos começam a correr a partir da data da cienti- 1. Assinale a alternativa que contempla afirmativa em confor-
ficação oficial, excluindo-se da contagem o dia do começo e incluin- midade com a Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/92).
do-se o do vencimento. (A) As disposições dessa Lei não são aplicáveis àquele que não
§ 1o Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil se- é agente público, ainda que induza ou concorra dolosamente
guinte se o vencimento cair em dia em que não houver expediente para a prática do ato de improbidade.
ou este for encerrado antes da hora normal. (B) Se houver indícios de ato de improbidade, a autoridade que
§ 2o Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo. conhecer dos fatos representará diretamente ao juiz compe-
§ 3o Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a tente, para as devidas sanções.
data. Se no mês do vencimento não houver o dia equivalente àque- (C) Considera-se dolo a vontade livre e consciente de alcançar
le do início do prazo, tem-se como termo o último dia do mês. o resultado ilícito tipificado nos dispositivos específicos da Lei,
Art. 67. Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, não bastando a voluntariedade do agente.
os prazos processuais não se suspendem. (D) Constitui ato de improbidade administrativa importando
em enriquecimento ilícito auferir, mediante a prática de ato
CAPÍTULO XVII doloso ou culposo, vantagem patrimonial indevida em razão
DAS SANÇÕES do exercício de cargo ou de emprego público.
(E) A contagem do prazo da sanção de suspensão dos direitos
Art. 68. As sanções, a serem aplicadas por autoridade compe- políticos terá início somente após o trânsito em julgado da sen-
tente, terão natureza pecuniária ou consistirão em obrigação de fa- tença condenatória.
zer ou de não fazer, assegurado sempre o direito de defesa.
2. A Lei nº 8429, de 2 de junho de 1992, dispõe sobre as san-
CAPÍTULO XVIII ções aplicáveis em virtude da prática de atos de improbidade admi-
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS nistrativa. Sobre os atos de improbidade administrativa considere
os enunciados a seguir.
Art. 69. Os processos administrativos específicos continuarão a I. Constitui ato de improbidade administrativa importando em
reger-se por lei própria, aplicando-se-lhes apenas subsidiariamente enriquecimento ilícito aceitar emprego, comissão ou exercer ativi-
os preceitos desta Lei.
dade de consultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurí-
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LEGISLAÇÃO

dica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado (D) resultado da produção científica que está submetida tem-
por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público, porariamente à restrição de acesso público em razão de sua im-
durante a atividade. prescindibilidade para a segurança da sociedade e do Estado.
II. Constitui ato de improbidade administrativa que causa pre- (E) dados, processados ou não, que podem ser utilizados para
juízo ao erário liberar recursos de parcerias firmadas pela adminis- produção e transmissão de conhecimento, contidos em qual-
tração pública com entidades privadas sem a estrita observância quer meio, suporte ou formato.
das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua
aplicação irregular. 6. Os procedimentos previstos na Lei nº 12.527/2011 desti-
III. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta nam-se a assegurar o direito fundamental de acesso à informação e
contra os princípios da administração pública frustrar, em ofensa devem ser executados em conformidade com os princípios básicos
à imparcialidade, o caráter concorrencial de concurso público, de da administração pública e com as seguintes diretrizes:
chamamento ou de procedimento licitatório, com vistas à obten- I. Observância da publicidade como preceito geral e do sigilo
ção de benefício próprio, direto ou indireto, ou de terceiros. como exceção.
IV. Constitui ato de improbidade administrativa que causa le- II. Divulgação de informações de interesse público e privado,
são ao erário permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se independentemente de solicitações.
enriqueça ilicitamente. III. Utilização de meios de comunicação viabilizados pela tecno-
Assinale a alternativa CORRETA. logia da informação.
(A) Somente I e II são corretos. IV. Fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência
(B) Somente II e III são corretos. nas entidades paraestatais e organizações não governamentais
(C) Somente I e III são corretos. (ONGs).
(D) I, II, III e IV são corretos. V. Desenvolvimento do controle burocrático da administração
pública.
3. A Lei nº 9.784/1999 regula o processo administrativo e es- Quais estão corretas?
tabelece os critérios que devem ser observados no âmbito da Ad- (A) Apenas I e III.
ministração Pública Federal. Esses critérios indicam que deve haver (B) Apenas I, III e IV.
(A) adequação entre meios, mas não quanto aos fins, vedada (C) Apenas II, III e V.
a imposição de restrições em medida superior àquelas estrita- (D) Apenas III, IV e V.
mente necessárias ao atendimento do interesse público. (E) Apenas I, II, IV e V.
(B) adequação entre fins, mas não quanto aos meios, vedada
a imposição de restrições em medida superior àquelas estrita- 7. Acerca da ética e função pública, assinale a alternativa in-
mente necessárias ao atendimento do interesse público. correta.
(C) adequação entre meios e fins permitida a imposição de res- (A) É dever do servidor atender com presteza ao público em
trições em medida superior àquelas necessárias ao atendimen- geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as pro-
to do interesse público. tegidas por sigilo
(D) adequação entre meios e fins, vedada a imposição de san- (B) É dever do servidor exercer com zelo e dedicação as atribui-
ções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao ções do cargo
atendimento do interesse público. (C) É dever do servidor participar de gerência ou administração
de sociedade privada, personificada ou não personificada
4. Nos procedimentos administrativos regidos pela Lei nº (D) É dever do servidor cumprir as ordens superiores, exceto
9.784/1999, a vedação de aplicação retroativa da nova interpreta- quando manifestamente ilegais
ção administrativa atende ao princípio da:
(A) Finalidade. 8. Acerca da ética e função pública, assinale a alternativa in-
(B) Segurança Jurídica. correta.
(C) Motivação. (A) É dever do servidor público exercer com zelo e dedicação as
(D) Proporcionalidade. atribuições do cargo
(E) Razoabilidade. (B) É dever do servidor levar as irregularidades de que tiver
ciência em razão do cargo ao conhecimento da autoridade su-
5. Assinale a alternativa que indica corretamente a definição de perior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao
informação de acordo com a Lei de Acesso à Informação. conhecimento de outra autoridade competente para apuração
(A) documentos produzidos pelo setor, público ou privado, não (C) O descumprimento dos deveres funcionais do servidor, des-
modificado, inclusive quanto à origem, trânsito e destino. critos no art. 116 da Lei 8.112/1990, ensejará a aplicação da
(B) conhecimento utilizado por indivíduos, equipamentos ou pena de advertência (art. 129), sendo que a reincidência impli-
sistemas autorizados necessários para a gestão de recursos pú- cará na pena de suspensão (art. 130)
blicos. (D) É direito do servidor promover manifestação de apreço ou
(C) conjunto de ações referentes à produção, recepção, classifi- desapreço no recinto da repartição
cação, utilização, acesso, reprodução, transporte, transmissão,
ou controle de documentos.

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LEGISLAÇÃO

reta.
9. Quanto à ética no Setor Público, assinale a alternativa cor- ANOTAÇÕES
(A) É desnecessário estabelecer um padrão de comportamento
a ser observado pelos servidores, uma vez que o agir ético deve ______________________________________________________
se basear nas decisões e nos conceitos individuais dos servido-
res públicos. ______________________________________________________
(B) A promoção da ética no serviço público prescinde da atua-
ção permanente de Conselhos ou Comissões de Ética. ______________________________________________________
(C) A ética, por tratar-se de elemento subjetivo, torna desne-
cessário fornecer aos servidores públicos diretrizes que afir- ______________________________________________________
mem o que deve e o que não deve ser feito. ______________________________________________________
(D) A gestão de ética no serviço público deve abordar o exercí-
cio das seguintes funções: normalização; educação; monitora- ______________________________________________________
mento; e aplicação de sistemas de consequências em caso de
atividades antiéticas. ______________________________________________________
(E) Todo servidor deve ter estabelecido o conceito do que é
ético ou antiético, motivo que leva a instituição de códigos de ______________________________________________________
ética de servidores públicos a ser desnecessária.
______________________________________________________
10. Sobre a ética no setor público, assinale a alternativa correta.
______________________________________________________
(A) Princípio da diligência se refere a agir com zelo e escrúpulo
em todas funções ______________________________________________________
(B) O princípio da conduta ilibada é o de agir da melhor manei-
ra esperada em sua profissão e fora dela, com técnica, justiça ______________________________________________________
e discrição
(C) O princípio da correção profissional diz respeito a não acu- _____________________________________________________
mular funções incompatíveis
(D) O princípio da lealdade e da verdade orienta a guardar se- _____________________________________________________
gredo sobre as informações que acessa no exercício da profis-
______________________________________________________
são
______________________________________________________

______________________________________________________
GABARITO
______________________________________________________

______________________________________________________
1 C
2 D ______________________________________________________

3 D ______________________________________________________
4 B
______________________________________________________
5 E
______________________________________________________
6 A
7 C ______________________________________________________
8 D ______________________________________________________
9 D
______________________________________________________
10 A
______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

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NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

6. Abordagem Sistêmica: centrada no conceito cibernético


ADMINISTRAÇÃO: CONCEITOS, TEORIAS E TENDÊNCIAS para a Administração, Teoria Matemática e a Teria de Sistemas da
Administração.
7. Abordagem Contingencial: que se desdobra na Teoria da
ADMINISTRAÇÃO GERAL Contingência da Administração.
Dentre tantas definições já apresentadas sobre o conceito de
administração, podemos destacar que:
“Administração é um conjunto de atividades dirigidas à utili-
zação eficiente e eficaz dos recursos, no sentido de alcançar um ou
mais objetivos ou metas organizacionais.”

Ou seja, a Administração vai muito além de apenar “cuidar de


uma empresa”, como muitos imaginam, mas compreende a capa-
cidade de conseguir utilizar os recursos existentes (sejam eles: re-
cursos humanos, materiais, financeiros,…) para atingir os objetivos
da empresa.
O conceito de administração representa uma governabilidade,
gestão de uma empresa ou organização de forma que as atividades
sejam administradas com planejamento, organização, direção, e
controle. Origem da Abordagem Clássica
1 — O crescimento acelerado e desorganizado das empresas:
O ato de administrar é trabalhar com e por intermédio de ou- • Ciência que substituísse o empirismo;
tras pessoas na busca de realizar objetivos da organização bem • Planejamento de produção e redução do improviso.
como de seus membros.
Montana e Charnov 2 — Necessidade de aumento da eficiência e a competência
das organizações:
Principais abordagens da administração (clássica até contin- • Obtendo melhor rendimento em face da concorrência;
gencial) • Evitando o desperdício de mão de obra.
É importante perceber que ao longo da história a Administra-
ção teve abordagens e ênfases distintas. Apesar de existir há pouco Abordagem Científica – ORT (Organização Racional do Traba-
mais de 100 (cem) anos, como todas as ciências, a Administração lho)
evoluiu seus conceitos com o passar dos anos. • Estudo dos tempos e movimentos;
De acordo com o Professor Idalberto Chiavenato (escritor, pro- • Estudo da fadiga humana;
fessor e consultor administrativo), a Administração possui 7 (sete) • Divisão do trabalho e especialização;
abordagens, onde cada uma terá seu aspecto principal e agrupa- • Desenho de cargo e tarefas;
mento de autores, com seu enfoque específico. Uma abordagem, • Incentivos salariais e premiação de produção;
poderá conter 2 (duas) ou mais teorias distintas. São elas: • Homo Economicus;
1. Abordagem Clássica: que se desdobra em Administração • Condições ambientais de trabalho;
científica e Teoria Clássica da Administração. • Padronização;
2. Abordagem Humanística: que se desdobra principalmente • Supervisão funcional.
na Teoria das Relações Humanas.
3. Abordagem Neoclássica: que se desdobra na Teoria Neo- Aspectos da conclusão da Abordagem Científica: A percep-
clássica da Administração, dos conceitos iniciais, processos admi- ção de que os coordenadores, gerentes e dirigentes deveriam se
nistrativos, como os tipos de organização, departamentalização e preocupar com o desenho da divisão das tarefas, e aos operários
administração por objetivos (APO). cabia única e exclusivamente a execução do trabalho, sem questio-
4. Abordagem Estruturalista: que se desdobra em Teoria Buro- namentos, apenas execução da mão de obra.
crática e Teoria Estruturalista da Administração. — Comando e Controle: o gerente pensa e manda e os traba-
5. Abordagem Comportamental: que é subdividida na Teoria lhadores obedecem de acordo com o plano.
Comportamental e Teoria do Desenvolvimento Organizacional (DO). — Uma única maneira correta (the best way).
— Mão de obra e não recursos humanos.

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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

— Segurança, não insegurança. As organizações davam a sensação de estabilidade dominando o mercado.

Teoria Clássica
• Aumento da eficiência melhorando a disposição dos órgãos componentes da empresa (departamentos);
• Ênfase na anatomia (estrutura) e na fisiologia (funcionamento);
• Abordagem do topo para a base (nível estratégico tático);
• Do todo para as partes.

Diferente do processo neoclássico, na Teoria Clássica temos 5 (cinco) funções – POC3:


— Previsão ao invés de planejamento: Visualização do futuro e traçar programa de ação.
— Organização: Constituir a empresa dos recursos materiais e social.
— Comando: Dirigir e orientar pessoas.
— Coordenação: Ligação, união, harmonizar todos os esforços coletivamente.

Controle: Se certificar de que tudo está ocorrendo de acordo com as regras estabelecidas e as ordens dadas.

• Princípios da Teoria Clássica:


— Dividir o trabalho;
— Autoridade e responsabilidade;
— Disciplina;
— Unidade de comando;
— Unidade de direção;
— Subordinação dos interesses individuais aos gerais;
— Remuneração do pessoal;
— Centralização;
— Cadeia escalar;
— Ordem;
— Equidade;
— Estabilidade do pessoal;
— Iniciativa;
— Espírito de equipe.

A Abordagem Clássica, junto da Burocrática, dentre todas as abordagens, chega a ser uma das mais importantes.

Abordagem Neoclássica
No início de 1950 nasce a Teoria Neoclássica, teoria mais contemporânea, remodelando a Teoria Clássica, colocando novo figurino
dentro das novas concepções trazidas pelas mudanças e pelas teorias anteriores. Funções essencialmente humanas começam a ser inse-
ridas, como: Motivação, Liderança e Comunicação. Preocupação com as pessoas passa a fazer parte da Administração.

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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

• Fundamentos da Abordagem Neoclássica No início da Teoria Estruturalista, vive-se a mesma gênese da


— A Administração é um processo operacional composto por Teoria da Burocracia, esse movimento onde só se encontram críti-
funções, como: planejamento, organização, direção e controle. cas da Teoria das Relações Humanas às outras Teorias e não se tem
— Deverá se apoiar em princípios basilares, já que envolve di- uma preposição de um novo método.
versas situações. • Teoria Clássica: Mecanicismo – Organização.
— Princípios universais. • Teoria das Relações Humanas: Romantismo Ingênuo – Pes-
— O universo físico e a cultura interferem no meio ambiente e soas.
afetam a Administração.
— Visão mais flexível, de ajustamento, de continuidade e inte- A Teoria Estruturalista é um desdobramento da Burocracia e
ratividade com o meio. uma leve aproximação à Teoria das Relações Humanas. Ainda que
— Ênfase nos princípios e nas práticas gerais da Administração. a Teoria das Relações Humanas tenha avançado, ela critica as ante-
— Reafirmando os postulados clássicos. riores e não proporciona bases adequadas para uma nova teoria. Já
— Ênfase nos objetivos e resultados. na Teoria Estruturalista da Organização percebemos que o TODO é
— Ecletismo (influência de teorias diversas) nos conceitos. maior que a soma das partes. Significa que ao se colocar todos os
indivíduos dentro de um mesmo grupo, essa sinergia e cooperação
Teoria Burocrática dos indivíduos gerará um valor a mais que a simples soma das indi-
Tem como pai Max Weber, por esse motivo é muitas vezes cha- vidualidades. É a ideia de equipe.
mada de Teoria Weberiana. Para a burocracia a organização alcan-
çaria a eficiência quando explicasse, em detalhes, como as coisas
deveriam ser feitas.
Burocracia não é algo negativo, o excesso de funções sim. A
Burocracia é a organização eficiente por excelência. O excesso da
Burocracia é que transforma ela em algo negativo, o que chama-
mos de disfunções.

• Características
— Caráter formal das normas e regulamentos.
— Caráter formal das comunicações.
— Caráter racional e divisão do trabalho.
— Impessoalidade nas relações.
— Hierarquia de autoridade.
— Rotinas e procedimentos padronizados.
— Competência técnica e meritocracia.
— Especialização da administração. • Teoria Estruturalista - Sociedade de Organizações
— Profissionalização dos participantes. — Sociedade = Conjunto de Organizações (escola, igreja, em-
— Completa previsibilidade de comportamento. presa, família).
— Organizações = Conjunto de Membros (papéis) – (aluno,
• Disfunções professor, diretor, pai).
— Internalização das regras e apego aos procedimentos. O mesmo indivíduo faz parte de diferentes organizações e tem
— Excesso de formalismo e de papelório. diferentes papéis.
— Resistência às mudanças.
— Despersonalização do relacionamento. • Teoria Estruturalista – O Homem Organizacional:
— Categorização como base do processo decisório. — Homem social que participa simultaneamente de várias or-
— “Superconformidade” às rotinas e aos procedimentos. ganizações.
— Exibição de sinais de autoridade. — Características: Flexibilidade; Tolerância às frustrações; Ca-
— Dificuldade no atendimento. pacidade de adiar as recompensas e poder compensar o trabalho,
em detrimento das suas preferências; Permanente desejo de rea-
Abordagem Estruturalista lização.
A partir da década de 40, tínhamos:
• Teoria Clássica: Mecanicismo – Organização. • Teoria Estruturalista – Abordagem múltipla:
• Teoria das Relações Humanas: Romantismo Ingênuo – Pes- — Tanto a organização formal, quanto a informal importam;
soas. — Tanto recompensas salariais e materiais, quanto sociais e
simbólicas geram mudanças de comportamento;
As duas correntes sofreram críticas que revelaram a falta de — Todos os diferentes níveis hierárquicos são importantes em
uma teoria sólida e abrangente, que servisse de orientação para o uma organização;
administrador. — Todas as diferentes organizações têm seu papel na socie-
A Abordagem Estruturalista é composta pela Teoria Burocráti- dade;
ca e a Teoria Estruturalista. Além da ênfase na estrutura, ela tam- — As análises intra organizacional e Inter organizacional são
bém se preocupa com pessoas e ambiente, se aproxima muito da fundamentais.
Teoria de Relações Humanas.
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

• Teoria Estruturalista – Conclusão:


— Tentativa de conciliação dos conceitos clássicos e humanísticos;
— Visão crítica ao modelo burocrático;
— Ampliação das abordagens de organização;
— Relações Inter organizacionais;
— Todas as heranças representam um avanço rumo à Abordagem Sistêmica e uma evolução no entendimento para a Teoria da Ad-
ministração.

Abordagem Humanística
É um desdobramento da Teoria das Relações Humanas. A Abordagem Humanística nasce no período de entendimento de que a pro-
dutividade era o elemento principal, e seu modelo era “homem-máquina”, em que o trabalhador era visto basicamente como operador
de máquinas, não havia a percepção com outro elemento que não fosse a produtividade.

• Suas preocupações:
— Nas tarefas (abordagem científica) e nas estruturas (teoria clássica) dão lugar para ênfase nas pessoas;
— Nasce com a Teoria das Relações Humanas (1930) e no desenvolvimento da Psicologia do Trabalho:
* Análise do trabalho e adaptação do trabalhador ao trabalho.
* Adaptação do trabalho ao trabalhador.
— A necessidade de humanizar e democratizar a Administração libertando dos regimes rígidos e mecanicistas;
— Desenvolvimento das ciências humanas, principalmente a psicologia, e sua influência no campo industrial;
— Trazendo ideias de John Dewey e Kurt Lewin para o humanismo na Administração e as conclusões da experiência em si.

• Principais aspectos:
— Psicologia do trabalho, que hoje chamamos de Comportamento Organizacional, demonstrando uma percepção diferenciada do
trabalhador, com viés de um homem mais social, com mais expectativas e desejos. Percebe-se então que o comportamento e a preocu-
pação com o ambiente de trabalho do indivíduo tornam-se parte responsável pela produtividade. Agregando a visão antagônica desse
homem econômico, trazendo o conceito de homem social.
— Experiência de Hawthorn desenvolvida por Elton Mayo, na qual a alteração de iluminação traz um resultado importante:
Essa experiência foi realizada no ano de 1927, pelo Conselho Nacional de Pesquisas dos Estados Unidos, em uma fábrica da Western
Eletric Company, situada em Chicago, no bairro de Hawthorn. Lá dois grupos foram selecionados e em um deles foi alterada a iluminação
no local de trabalho, observando assim, uma alteração no desempenho do comportamento e na produtividade do grupo em relação ao
outro. Não necessariamente ligada a alteração de iluminação, mas com a percepção dos indivíduos de estarem sendo vistos, começando
então a melhorarem seus padrões de trabalho. Sendo assim, chegou-se à conclusão de que:
1. A capacidade social do trabalhador determina principalmente a sua capacidade de executar movimentos, ou seja, é ela que de-
termina seu nível de competência. É a capacidade social do trabalhador que determina o seu nível de competência e eficiência e não sua
capacidade de executar movimentos eficientes dentro de um tempo estabelecido.
2. Os trabalhadores não agem ou reagem isoladamente como indivíduos, mas como membros de grupos, equipe de trabalho.
3. As pessoas são motivadas pela necessidade de reconhecimento.
4. Grupos informais: alicerçada no conceito de homem social, ou seja, o trabalhador é um indivíduo dotado de vontade e desejos
de estruturas sociais mais complexas, e que esse indivíduo reconhece em outros indivíduos elementos afins aos seus e esses elementos
passam a influenciar na produtividade do indivíduo. Os níveis de produtividade são controlados pelas normas informais do grupo e não
pela organização formal.
5. A Organização Informal:
• Relação de coesão e antagonismo. Simpatia e antipatia;
• Status ou posição social;
• Colaboração espontânea;
• Possibilidade de oposição à organização formal;
• Padrões de relações e atitudes;
• Mudanças de níveis e alterações dos grupos informais;
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NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

• A organização informal transcende a organização formal;


• Padrões de desempenho nos grupos informais.

Abordagem Comportamental
A partir do ano de 1950 a Abordagem Comportamental (behavorista) marca a influência das ciências do comportamento. Tem como
participantes: Kurt Lewin, Barnard, Homans e o livro de Herbert Simon que podem ser entendidos como desdobramento da Teoria das
Relações Humanas. Seus aspectos são:
— Homem é um animal social, dotado de necessidades;
— Homem pode aprender;
— Homem pode cooperar e/ou competir;
— Homem é dotado de sistema psíquico;

Tendo a Teoria das Relações Humanas uma visão ingênua do indivíduo, em que se pensava que a Organização é que fazia do homem
um indivíduo ruim, na Teoria Comportamental a visão é diferente, pois observa-se que o indivíduo voluntariamente é que escolhe partici-
par ou não das decisões e/ou ações da organização. Aparecendo o processo de empatia e simpatia, em que o indivíduo abre mão, ou não
da participação, podendo ser ou não protagonista.
— Abandono das posições afirmativas e prescritivas (como deve ser) para uma lógica mais explicativa e descritiva;
— Mantem-se a ênfase nas pessoas, mas dentro de uma posição organizacional mais ampla
— Estudo sobre: Estilo de Administração – Processo decisório – Motivação – Liderança – Negociação

• Evolução do entendimento do indivíduo

Teoria Comportamental – Desdobramentos


• É possível a integração das necessidades individuais de auto expressão com os requisitos de uma organização;
• As organizações que apresentam alto grau de integração entre objetivos individuais e organizacionais são mais produtivas;
• Ao invés de reprimir o desenvolvimento e o potencial do indivíduo, as organizações podem contribuir para sua melhor aplicação.

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NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

• Comportamento Organizacional
É a área que estuda a previsão, explicação, modificação e entendimento do comportamento humano e os processos mentais dos
indivíduos em relação ao seu trabalho dentro da organização. Tem grande relação com a Psicologia Organizacional e do trabalho, se
tornando uma fonte importante para a Administração e para a Gestão de Pessoas, pois passa-se a compreender melhor a relação entre
o indivíduo, o trabalho e as entidades organizacionais.
Baseia-se nas relações internas e externas, e que as forças psicológicas que atuam sobre o indivíduo nesse contexto, estão ligadas
também aos grupos e a própria organização.
• Objetos de estudo:
1. Impacto do emprego na vida humana (o quanto que esse elemento interfere na sua satisfação, felicidade, convivência com a fa-
mília);
2. Relação entre as pessoas e grupos dentro de um contexto de trabalho (contexto diferente da vida particular de casa, família, es-
cola);
3. Percepções, crenças e atitudes do indivíduo com relação ao trabalho (como as pessoas enxergam a organização, o seu papel dentro
das relações que ela desenvolve e quanto essas questões se tornam significativas para vida do indivíduo);
4. Desempenho e produtividade (que fatores levam ao maior produtividade e desempenho, como pode-se influenciar nisso);
5. Saúde no trabalho (como as organizações afetam a saúde do indivíduo e como pode-se minimizar o impacto das suas atividades
nessa questão);
6. Ética nas relações de trabalho (o quanto as relações internas, de poder e de subordinação levam em consideração questões mo-
rais);
7. Diversidade da força de trabalho (questões de gênero, raça e credo);
8. Ações ou comportamentos do indivíduo dentro desse contexto (aprendizagem, cultura organizacional, poder, grupos e equipes,
liderança, motivação, comprometimento, bem como as causas e consequências dessas ações).

O comportamento organizacional é fundamental para os gestores e para a Gestão de Pessoas, propiciando todo o conjunto de ferra-
mentas para facilitar as decisões relacionadas a Gestão de Pessoas e Administração, bem como a vida diária dos gestores.

Abordagem Sistêmica
A partir do ano de 1950, muitas das teorias começaram a aparecer paralelamente, entre elas nasce a abordagem sistêmica. Ludwig
Von Bertalanffy, biólogo alemão, coordenava um estudo interdisciplinar a fim de transcender problemas existentes em cada ciência e
proporcionar princípios gerais. Princípios esses que darão a visão de uma organização como organismo, ensinando quatro princípios im-
portantes que devem ser pensados dentro das organizações. Nasce a Teoria Geral dos Sistemas
— Visão Totalizante;
— Visão Expansionista;
— Visão Sistêmica;
— Visão Integrada;

• Características da abordagem sistêmica


— Expansionismo: Tem a ideia totalmente contrária ao Reducionismo, significa dizer que o desempenho de um sistema menor, de-
pende de como ele interage com o todo maior que o envolve e do qual faz parte.
— Pensamento Sintético: É o fenômeno visto como parte de um sistema maior e é explicado em termos do papel que desempenha
nesse sistema maior. Juntando as coisas e não as separando. Há uma coordenação com as demais variáveis, em que as trocas das partes
de um todo estão completamente ajustadas. Verificando-se assim, o comportamento de cada parte no todo.
— Teleologia: A lógica sistêmica procura entender a inter-relação entre as diversas variáveis de um campo de forças que atuam entre
si. O todo é diferente de cada uma das suas partes.

Exemplo: o indivíduo é o que é pelo meio onde nasceu, pela educação que recebeu, pela forma de relacionamentos e cultura que
conviveu. Existe grandes diferenças entre os indivíduos devido às influências que sofreram ao longo da vida e é isso que a Teoria Geral de
Sistemas vai procurar explicar, o indivíduo é produto do meio em que vive, não está sozinho e isolado, tudo está fortemente conectado.
• Os sistemas existem dentro de sistemas (uma pequena parte, faz parte de um todo maior);
• Os sistemas são abertos (intercambio com o todo);
• As funções de um sistema dependem de sua estrutura (pessoas, recursos, do meio onde está).

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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

Teoria dos Sistemas

• Sistema Aberto
— Está constantemente e de forma dual (entrega e recebimento) interagindo com o ambiente;
— É capacitado para o crescimento, mudanças, adaptações ao ambiente, podendo também ser autor reprodutor sob certas condi-
ções;
— É contingência do sistema aberto competir com outros sistemas.

Abordagem Contingencial
A Abordagem Contingencial traz para nós a ideia de que não se alcança eficácia organizacional seguindo um modelo exclusivo, ou
seja, não há uma fórmula única e exclusiva ou melhor de se alcançar os objetivos organizacionais. Ela abraça todas as Teorias e dá razão
para cada uma delas.

• Características
— Não há regra absoluta;
— Tudo é relativo;
— Tudo dependerá (de Ambiente, Mapeamento ambiental, Seleção ambiental, Percepção ambiental, Consonância e Dissonância,
Desdobramentos do ambiente, Tecnologia);

• Abordagem Contingencial – Conclusão


— A variável tecnologia passa a assumir um importante papel na sociedade e nas organizações;
— O foco em novos modelos organizacionais mais flexíveis, ajustáveis e orgânicos como: estrutura matricial, em redes e equipes;
— O modelo de homem complexo= social + econômico + organizacional.

Teoria Geral da Administração

TEORIAS ÊNFASE ENFOQUES PRINCIPAIS


Administração Científica Nas tarefas Racionalizar o trabalho no nível operacional
Taylor (1856-1915) - Gantt (1861-1919) - ORT
Gilbreth (1868-1924) - Ford (1863-1947) Padronização
Clássica e Neoclássica Na estrutura Organização formal
Fayol (1841-1925) – Mooney (1884-1957) Princípios Gerais da Administração
Urwick (1891-1979) – Gulik (1892-1993) e outros Funções de Administrador
Burocrática e Organização Formal Burocrática
Max Weber (1864-1920) Racionalidade organizacional
Chamada Teoria Weberiana.
Abordagem múltipla:
Estruturalista Organização Formal e Informal
Análise Intra e Inter organizacional

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NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

Relações Humanas - Humanística Nas pessoas Organização Informal


Experiência de Hawthorn (1927) Motivação, Liderança, Comunicação e Dinâ-
Desenvolvida por Elton Mayo mica em grupo
John Dewey e Kurt Lewin
Comportamento Organizacional Estilos de Administração
Abordagem Comportamental Teoria das decisões
Kurt Lewin, Barnard, Homans e Herbert Simon Integração dos objetivos organizacionais e
A partir de 1950 individuais

Desenvolvimento Organizacional Mudança organizacional planejada


Abordagem de sistema aberto
Sistêmica No ambiente Análise ambiental
Ludwig Von Bertalanffy, biólogo alemão (1950) Abordagem de sistema
Contingência No ambiente Administração da tecnologia
(tecnologia) (Imperativo tecnológico)

PLANEJAMENTO: OBJETIVOS E FORMULAÇÃO ESTRATÉGICA

Funções de administração

• Planejamento, organização, direção e controle

— Planejamento
Processo desenvolvido para o alcance de uma situação futura desejada. A organização estabelece num primeiro momento, através de
um processo de definição de situação atual, de oportunidades, ameaças, forças e fraquezas, que são os objetos do processo de planejamento.
O planejamento não é uma tarefa isolada, é um processo, uma sequência encadeada de atividades que trará um plano.
• Ele é o passo inicial;
• É uma maneira de ampliar as chances de sucesso;
• Reduzir a incerteza, jamais eliminá-la;
• Lida com o futuro: Porém, não se trata de adivinhar o futuro;
• Reconhece como o presente pode influenciar o futuro, como as ações presentes podem desenhar o futuro;
• Organização ser PROATIVA e não REATIVA;
• Onde a Organização reconhecerá seus limites e suas competências;
• O processo de Planejamento é muito mais importante do que seu produto final (assertiva);

Idalberto Chiavenato diz: “Planejamento é um processo de estabelecer objetivos e definir a maneira como alcança-los”.
• Processo: Sequência de etapas que levam a um determinado fim. O resultado final do processo de planejamento é o PLANO;
• Estabelecer objetivos: Processo de estabelecer um fim;
• Definir a maneira: um meio, maneira de como alcançar.
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NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

• Passos do Planejamento
— Definição dos objetivos: O que quer, onde quer chegar.
— Determinar a situação atual: Situar a Organização.
— Desenvolver possibilidades sobre o futuro: Antecipar even-
tos.
— Analisar e escolher entre as alternativas.
— Implementar o plano e avaliar o resultado.

• Vantagens do Planejamento
— Dar um “norte” – direcionamento;
— Ajudar a focar esforços;
— Definir parâmetro de controle;
— Ajuda na motivação;
— Auxilia no autoconhecimento da organização.
— Processo de planejamento

• Planejamento estratégico ou institucional


Estratégia é o caminho escolhido para que a organização possa
chegar no destino desejado pela visão estratégica. É o nível mais
amplo de planejamento, focado a longo prazo. É desdobrado no
Planejamento Tático, e o Planejamento Tático é desdobrado no Pla-
nejamento Operacional. • Negócio, Missão, Visão e Valores
— Global — Objetivos gerais e genéricos — Diretrizes estraté- Negócio, Visão, Missão e Valores fazem parte do Referencial
gicas — Longo prazo — Visão forte do ambiente externo. estratégico: A definição da identidade a organização.
— Negócio = O que é a organização e qual o seu campo de
Fases do Planejamento Estratégico: atuação. Atividade efetiva. Aspecto mais objetivo.
— Definição do negócio, missão, visão e valores organizacio- — Missão = Razão de ser da organização. Função maior. A Mis-
nais; são contempla o Negócio, é através do Negócio que a organização
— Diagnóstico estratégico (análise interna e externa); alcança a sua Missão. Aspecto mais subjetivo. Missão é a função do
— Formulação da estratégia; presente.
— Implantação; — Visão = Qual objetivo e a visão de futuro. Define o “grande
— Controle. plano”, onde a organização quer chegar e como se vê no futuro, no
destino desejado. Direção mais geral. Visão é a função do futuro.
• Planejamento tático ou intermediário — Valores = Crenças, Princípios da organização. Atitudes bá-
Complexidade menor que o nível estratégico e maior que o sicas que sem elas, não há negócio, não há convivência. Tutoriza a
operacional, de média complexidade e compõe uma abrangência escolha das estratégias da organização.
departamental, focada em médio prazo.
— Observa as diretrizes do Planejamento Estratégico; • Análise SWOT
— Determina objetivos específicos de cada unidade ou depar- Strenghs – Weaknesses – Opportunities – Threats.
tamento;
— Médio prazo. Ou FFOA
Forças – Fraquezas – Oportunidades – Ameaças.
• Planejamento operacional ou chão de fábrica
Baixa complexidade, uma vez que falamos de somente uma É a principal ferramenta para perceber qual estratégia a orga-
única tarefa, focado no curto ou curtíssimo prazo. Planejamento nização deve ter.
mais diário, tarefa a tarefa de cada dia para o alcance dos objetivos. É a análise que prescreve um comportamento a partir do cru-
Desdobramento minucioso do Planejamento Estratégico. zamento de 4 variáveis, sendo 2 do ambiente interno e 2 do am-
— Observa o Planejamento Estratégico e Tático; biente externo. Tem por intenção perceber a posição da organiza-
— Determina ações específicas necessárias para cada atividade ção em relação às suas ameaças e oportunidades, perceber quais
ou tarefa importante; são as forças e as fraquezas organizacionais, para que a partir disso,
— Seus objetivos são bem detalhados e específicos. a organização possa estabelecer posicionamento no mercado, sen-
do elas: Posição de Sobrevivência, de Manutenção, de Crescimento
ou Desenvolvimento. Em que para cada uma das posições a organi-
zação terá uma estratégia definida.
Ambiente Interno: É tudo o que influencia o negócio da organi-
zação e ela tem o poder de controle. Pontos Fortes: Elementos que
influenciam positivamente. Pontos Fracos: Elementos que influen-
ciam negativamente.

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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

Ambiente Externo: É tudo o que influencia o negócio da organização e ela NÃO tem o poder de controle. Oportunidades: Elementos
que influenciam positivamente. Ameaças: Elementos que influenciam negativamente.

• Matriz GUT
Gravidade + Urgência + Tendência
Gravidade: Pode afetar os resultados da Organização.
Urgência: Quando ocorrerá o problema.
Tendência: Irá se agravar com o passar do tempo.
Determinar essas 3 métricas plicando uma nota de 1-5, sendo 5 mais crítico, impactante e 1 menos crítico e com menos impacto.
Somando essas notas. Levando em consideração o problema que obtiver maior total.

PROBLEMA GRAVIDADE URGÊNCIA TENDÊNCIA TOTAL


X 1 3 3 7
Y 3 2 1 6

• Ferramenta 5W2H
Ferramenta que ajuda o gestor a construir um Plano de Ação. Facilitando a definição das tarefas e dos responsáveis por cada uma
delas. Funciona para todos os tipos de negócio, visando atingir objetivos e metas.
5W: What? – O que será feito? - Why? Porque será feito? - Where? Onde será feito? - When? Quando será feito? – Who? Quem fará?
2H: How? Como será feito? – How much? Quanto irá custar para fazer?

Não é uma ferramenta para buscar causa de problemas, mas sim elaborar o Plano de Ação.

WHAT WHY WHERE WHEN WHO HOW HOW MUCH


Padronização Otimizar Coordenação Agosto 2021 João Silva Contratação 2.500,00
de Rotinas tempo de Assessoria
externa
Sistema de Impedir Setor Compras 20/08/21 Paulo Compra de 4.000,00
Segurança entrada de Santos equipamentos e
Portaria pessoas não instalação
Central autorizadas

• Análise competitiva e estratégias genéricas


Gestão Estratégica: “É um processo que consiste no conjunto de decisões e ações que visam proporcionar uma adequação competi-
tivamente superior entre a organização e seu ambiente, de forma a permitir que a organização alcance seus objetivos”.
Michael Porter, Economista e professor norte-americano, nascido em 1947, propõe o segundo grande essencial conceito para a com-
preensão da vantagem competitiva, o conceito das “estratégias competitivas genéricas”.
Porter apresenta a estratégia competitiva como sendo sinônimo de decisões, onde devem acontecer ações ofensivas ou defensivas
com finalidade de criar uma posição que possibilite se defender no mercado, para conseguir lidar com as cinco forças competitivas e com
isso conseguir e expandir o retorno sobre o investimento.
Observa ainda, que há distintas maneiras de posicionar-se estrategicamente, diversificando de acordo com o setor de atuação, capa-
cidade e características da Organização. No entanto, Porter desenha que há três grandes pilares estratégicos que atuarão diretamente no
âmbito da criação da vantagem competitiva.
As 3 Estratégias genéricas de Porter são:
1. Estratégia de Diferenciação: Aumentar o valor – valor é a percepção que você tem em relação a determinado produto. Exemplo:
Existem determinadas marcas que se posicionam no mercado com este alto valor agregado.
2. Estratégia de Liderança em custos: Baixar o preço – preço é quanto custo, ser o produto mais barato no mercado. Quanto vai
custar na etiqueta.
3. Estratégia de Foco ou Enfoque: Significa perceber todo o mercado e selecionar uma fatia dele para atuar especificamente.

• As 5 forças Estratégicas
Chamada de as 5 Forças de Porter (Michael Porter) – é uma análise em relação a determinado mercado, levando em consideração 5
elementos, que vão descrever como aquele mercado funciona.
1. Grau de Rivalidade entre os concorrentes: com que intensidade eles competem pelos clientes e consumidores. Essa força tenciona
as demais forças.
2. Ameaça de Produtos substitutos: ameaça de que novas tecnologias venham a substituir o produto ou serviço que o mercado ofe-
rece.
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

3. Ameaça de novos entrantes: ameaças de que novas organi- Para que um negócio ganhe a vantagem competitiva é neces-
zações, ou pessoas façam aquilo que já está sendo feito. sário que ele alcance um desempenho superior. Para tanto, a or-
4. Poder de Barganha dos Fornecedores: Capacidade negocial ganização deve estabelecer uma estratégia adequada, tomando as
das empresas que oferecem matéria-prima à organização, poder de decisões certas.
negociar preços e condições.
5. Poder de Barganha dos Clientes: Capacidade negocial dos — Organização
clientes, poder de negociar preços e condições.
• Estrutura organizacional
• Redes e alianças A estrutura organizacional na administração é classificada
Formações que as demais organizações fazem para que te- como o conjunto de ordenações, ou conjunto de responsabilida-
nham uma espécie de fortalecimento estratégico em conjunto. A des, sejam elas de autoridade, das comunicações e das decisões de
formação de redes e alianças estratégicas de modo a poder com- uma organização ou empresa.
partilhar recursos e competências, além de reduzir seus custos. É estabelecido através da estrutura organizacional o desenvol-
Redes possibilitam um fortalecimento estratégico da organi- vimento das atividades da organização, adaptando toda e qualquer
zação diante de seus concorrentes, sem aumento significativo de alteração ou mudança dentro da organização, porém essa estru-
custos. Permite que a organização dê saltos maiores do que seriam tura pode não ser estabelecida unicamente, deve-se estar pronta
capazes sozinhas, ou que demorariam mais tempo para alcançar para qualquer transformação.
individualmente. Essa estrutura é dividida em duas formas, estrutura informal
Tipos: Joint ventures – Contratos de fornecimento de longo e estrutura formal, a estrutura informal é estável e está sujeita a
prazo – Investimentos acionários minoritário – Contratos de forne- controle, porém a estrutura formal é instável e não está sujeita a
cimento de insumos/ serviços – Pesquisas e desenvolvimento em controle.
conjunto – Funções e aquisições.
Vantagens: Ganho na posição de barganha (negociação) com • Tipos de departamentalização
seus fornecedores e Aumento do custo de entrada dos potenciais É uma forma de sistematização da estrutura organizacional,
concorrentes em um mercado = barreira de entrada. visa agrupar atividades que possuem uma mesma linha de ação
com o objetivo de melhorar a eficiência operacional da empresa.
• Administração por objetivos Assim, a organização junta recursos, unidades e pessoas que te-
A Administração por objetivos (APO) foi criada por Peter Duc- nham esse ponto em comum.
ker que se trata do esforço administrativo que vem de baixo para Quando tratamos sobre organogramas, entramos em concei-
cima, para fazer com que as organizações possam ser geridas atra- tos de divisão do trabalho no sentido vertical, ou seja, ligado aos
vés dos objetivos. níveis de autoridade e hierarquia existentes. Quando falamos sobre
Trata-se do envolvimento de todos os membros organizacio- departamentalização tratamos da especialização horizontal, que
nais no processo de definição dos objetivos. Parte da premissa de tem relação com a divisão e variedade de tarefas.
que se os colaboradores absorverem a ideia e negociarem os obje-
tivos, estarão mais dispostos e comprometidos com o atingimento • Departamentalização funcional ou por funções: É a forma
dos mesmos. mais utilizada dentre as formas de departamentalização, se tratan-
Fases: Especificação dos objetivos – Desenvolvimento de pla- do do agrupamento feito sob uma lógica de identidade de funções
nos de ação – Monitoramento do processo – Avaliação dos resul- e semelhança de tarefas, sempre pensando na especialização, agru-
tados. pando conforme as diferentes funções organizacionais, tais como
financeira, marketing, pessoal, dentre outras.
• Balanced scorecard Vantagens: especialização das pessoas na função, facilitando
Percepção de Kaplan e Norton de que existem bens que são a cooperação técnica; economia de escala e produtividade, mais
intangíveis e que também precisam ser medidos. É necessário apre- indicada para ambientes estáveis.
sentar mais do que dados financeiros, porém, o financeiro ainda faz Desvantagens: falta de sinergia entre os diferentes departa-
parte do Balanced scorecard. mentos e uma visão limitada do ambiente organizacional como um
Ativos tangíveis são importantes, porém ativos intangíveis me- todo, com cada departamento estando focado apenas nos seus
recem atenção e podem ser ponto de diferenciação de uma orga- próprios objetivos e problemas.
nização para a outra.
Por fim, é a criação de um modelo que complementa os dados • Por clientes ou clientela: Este tipo de departamentalização
financeiros do passado com indicadores que buscam medir os fato- ocorre em função dos diferentes tipos de clientes que a organiza-
res que levarão a organização a ter sucesso no futuro. ção possui. Justificando-se assim, quando há necessidades hete-
rogêneas entre os diversos públicos da organização. Por exemplo
• Processo decisório (loja de roupas): departamento masculino, departamento femini-
É o processo de escolha do caminho mais adequado à organi- no, departamento infantil.
zação em determinada circunstância. Vantagem: facilitar a flexibilidade no atendimento às deman-
Uma organização precisa estar capacitada a otimizar recursos e das específicas de cada nicho de clientes.
atividades, assim como criar um modelo competitivo que a possibi- Desvantagens: dificuldade de coordenação com os objetivos
lite superar os rivais. Julgando que o mercado é dinâmico e vive em globais da organização e multiplicação de funções semelhantes
constante mudança, onde as ideias emergem devido às pressões. nos diferentes departamentos, prejudicando a eficiência, além de

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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

poder gerar uma disputa entre as chefias de cada departamento Nesse contexto, há sempre autoridade dupla ou dual, por res-
diferente, por cada uma querer maiores benefícios ao seu tipo de ponder ao comando da linha funcional e ao gerente da horizontal.
cliente. Assim, há a matricial forte, a fraca e a equilibrada ou balanceada:
• Forte – aqui, o responsável pelo projeto tem mais autorida-
• Por processos: Resume-se em agregar as atividades da orga- de;
nização nos processos mais importantes para a organização. Sendo • Fraca – aqui, o gerente funcional tem mais autoridade;
assim, busca ganhar eficiência e agilidade na produção de produ- • Equilibrada ou Balanceada – predomina o equilíbrio entre os
tos/serviços, evitando o desperdício de recursos na produção orga- gerentes de projeto e funcional.
nizacional. É muito utilizada em linhas de produção.
Vantagem: facilita o emprego de tecnologia, das máquinas e Porém, não há consenso na literatura se a departamentaliza-
equipamentos, do conhecimento e da mão-de-obra e possibilita ção matricial de fato é um critério de departamentalização, ou um
um melhor arranjo físico e disposição racional dos recursos, au- tipo de estrutura organizacional.
mentando a eficiência e ganhos em produtividade.
Desvantagens: filiais, ou projetos, possuírem grande autono-
• Departamentalização por produtos: A organização se estru- mia para realizar seu trabalho, dificultando o processo administra-
tura em torno de seus diferentes tipos de produtos ou serviços. tivo geral da empresa. Além disso, a dupla subordinação a que os
Justificando-se quando a organização possui uma gama muito va- empregados são submetidos pode gerar ambiguidade de decisões
riada de produtos que utilizem tecnologias bem diversas entre si, e dificuldade de coordenação.
ou mesmo que tenham especificidades na forma de escoamento da
produção ou na prestação de cada serviço. • Organização formal e informal
Vantagem: facilitar a coordenação entre os departamentos en- Organização formal trata-se de uma organização onde duas ou
volvidos em um determinado nicho de produto ou serviço, possibi- mais pessoas se reúnem para atingir um objetivo comum com um
litando maior inovação na produção. relacionamento legal e oficial. A organização é liderada pela alta ad-
Desvantagem: a “pulverização” de especialistas ao longo da ministração e tem um conjunto de regras e regulamentos a seguir.
organização, dificultando a coordenação entre eles. O principal objetivo da organização é atingir as metas estabeleci-
das. Como resultado, o trabalho é atribuído a cada indivíduo com
• Departamentalização geográfica: Ou departamentalização base em suas capacidades. Em outras palavras, existe uma cadeia
territorial, trata-se de critério de departamentalização em que a de comando com uma hierarquia organizacional e as autoridades
empresa se estabelece em diferentes pontos do país ou do mundo, são delegadas para fazer o trabalho.
alocando recursos, esforços e produtos conforme a demanda da Além disso, a hierarquia organizacional determina a relação
região. lógica de autoridade da organização formal e a cadeia de coman-
Aqui, pensando em uma organização Multinacional, pressu- do determina quem segue as ordens. A comunicação entre os dois
pondo-se que há uma filial em Israel e outra no Brasil. Obviamen- membros é apenas por meio de canais planejados.
te, os interesses, hábitos e costumes de cada povo justificarão que
cada filial tenha suas especificidades, exatamente para atender a Tipos de estruturas de organização formal:
cada povo. Assim, percebemos que, dentro de cada filial nacional, — Organização de Linha
poderão existir subdivisões, para atender às diferentes regiões de — Organização de linha e equipe
cada país, com seus costumes e desejos. Como cada filial estará — Organização funcional
estabelecida em uma determinada região geográfica e as filiais es- — Organização de Gerenciamento de Projetos
tarão focadas em atender ao público dessa região. Logo, provavel- — Organização Matricial
mente haverá dificuldade em conciliar os interesses de cada filial
geográfica com os objetivos gerais da empresa. Organização informal refere-se a uma estrutura social interli-
gada que rege como as pessoas trabalham juntas na vida real. É
• Departamentalização por projetos: Os departamentos são possível formar organizações informais dentro das organizações.
criados e os recursos alocados em cada projeto da organização. Além disso, esta organização consiste em compreensão mútua, aju-
Exemplo (construtora): pode dividir sua organização em torno das da e amizade entre os membros devido ao relacionamento inter-
construções “A”, “B” e “C”. Aqui, cada projeto tende a ter grande pessoal que constroem entre si. Normas sociais, conexões e intera-
autonomia, o que viabiliza a melhor consecução dos objetivos de ções governam o relacionamento entre os membros, ao contrário
cada projeto. da organização formal.
Vantagem: grande flexibilidade, facilita a execução do projeto Embora os membros de uma organização informal tenham res-
e proporciona melhores resultados. ponsabilidades oficiais, é mais provável que eles se relacionem com
Desvantagem: as equipes perdem a visão da empresa como seus próprios valores e interesses pessoais sem discriminação.
um todo, focando apenas no seu projeto, duplicação de estruturas A estrutura de uma organização informal é plana. Além disso,
(sugando mais recursos), e insegurança nos empregados sobre sua as decisões são tomadas por todos os membros de forma coletiva.
continuidade ou não na empresa quando o projeto no qual estão A unidade é a melhor característica de uma organização informal,
alocados se findar. pois há confiança entre os membros. Além disso, não existem re-
• Departamentalização matricial gras e regulamentos rígidos dentro das organizações informais;
Também é chamada de organização em grade, e é uma mistu- regras e regulamentos são responsivos e adaptáveis ​​às mudanças.
ra da departamentalização funcional (mais verticalizada), com uma
outra mais horizontalizada, que geralmente é a por projetos.
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NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

Ambos os conceitos de organização estão inter-relacionados. Liderança


Existem muitas organizações informais dentro de organizações for- Fenômeno social, depende da relação das pessoas. Aspecto
mais, portanto, eles são mutuamente exclusivos. ligado a relação dos indivíduos. Capacidade de exercer liderança
• Cultura organizacional – influência: fazer com que as pessoas façam aquilo que elas não
A cultura organizacional é responsável por reunir os hábitos, fariam sem a presença do líder. Importante utilização do poder
comportamentos, crenças, valores éticos e morais e as políticas in- para influenciar o comportamento de outras pessoas, ocorrendo
ternas e externas da organização. em uma dada situação.
— Liderança precisa de pessoas.
— Direção — Influência: capacidade de fazer com que o indivíduo mude
Direção essencialmente como uma função humana, apêndice de comportamento.
de psicologia organizacional. Recrutar e ajustar os esforços para — Poder: que não está relacionado ao cargo, pode ser por via
que os indivíduos consigam alcançar os resultados pretendidos pela informal.
organização. — Situação: em determinadas situações a liderança pode apa-
Direção = Rota – Intensidade = Grau – Persistência = Capacida- recer.
de de sobrevivência (gatilhos da motivação)
Não confunda: Chefia (posição formal) – Autoridade (dada por
• Motivação algum aspecto) – Liderança – Poder.
“Pode ser entendido como o conjunto de razões, causa e mo- A influência acontece e gera a liderança, o poder é por onde
tivos que são responsáveis pela direção, intensidade e persistência essa influência acontece. Esse poder pode ser formal ou informal.
do comportamento humano em busca de resultados. ” É o que des- Segundo Max Weber: “Poder é a capacidade de algo ou alguém
perta no ser a vontade de alcançar os objetivos pretendidos. Algo fazer com que um indivíduo ou algo, faça alguma coisa, mesmo que
acontece no indivíduo e ele reage. Estímulos: quanto mais atingível este ofereça resistência. ” – Exemplo: votação, alistamento militar
parecer o resultado maior a motivação e vice-e-versa. para homens.
A (Razão, Causas, Motivos) pode ser: Intrínseca (Interna): do — Poderes formais são aqueles que estão relacionados ao car-
próprio ser ou, Extrínseca (Externa): algo que vem do meio. go e ficam no cargo independente de quem o ocupe. Já poderes
Porém a motivação é sempre um processo do indivíduo, sem- informais são aqueles que ficam com a pessoa, independente do
pre uma resposta interna aos estímulos. cargo que o indivíduo ocupe.
— Autoridade: Direito formal e legítimo, que algo ou alguém
tem, para te dar ordens, alocar recursos, tomar decisões e de con-
duzir ações.
— Dilema chefia e liderança: Chefe é aquele que toma ações
baseadas em seu cargo, onde sofre a influência dos poderes for-
mais. E o líder é aquele que toma as decisões, recebe e consegue
liderar os indivíduos, através de seu poder informal, independente
do cargo que ocupe.

Conceito de Poder, segundo o Dilema chefia e liderança é o


que consegue agrupar os dois distintos tipos de poder, os poderes
formais e informais.

• Tipos de Liderança:
Transacional: Baseada na troca. Liderança tradicional, incenti-
vos materiais. Funciona bem em ambientes estáveis, pois líderes e
liderados precisam estar “satisfeitos” com o negócio em si.
Transformacional: Baseada na mudança. Liderança atual: Ins-
pira seus subordinados. Quando construída, gera resultados acima
da transacional, já que os subordinados alcançam uma posição de
agentes de mudança e inovação.

• Comunicação
É a ligação entre a liderança e a motivação. Para motivar é ne-
cessário comunicar-se bem. A comunicação é essencial para o todo
dentro da organização. A organização que possui uma boa comuni-
cação, tende a ser valorizada pelos indivíduos, consequentemente
gera melhores resultados.
A comunicação organizacional eficiente é fundamental para o
êxito na organização. Caso a comunicação seja deficiente, acarreta-
rá um grau de incompreensão no ambiente organizacional, dificul-
tando a organização de atingir seus objetivos.

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NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

Através da comunicação a organização, bem como sua lide- — Posterior (ex-post): Controle reativo. Inspeção no final do
rança, obtém maior engajamento de seus colaboradores de forma processo produtivo se avalia o resultado dado. Acontece após.
mais efetiva.
A comunicação interna tem como objetivo manter os indiví- • Sistema de medição de desempenho organizacional
duos informados quanto as diretrizes, filosofia, cultura, valores e Faz parte das etapas do Processo de Controle os sistemas de
resultados obtidos pela organização. Agregando valor e tornando a medição de desempenho, onde pode-se:
organização competitiva no mercado. — Estabelecer padrões: definição de objetivos, metas e de-
sempenho esperado.
• Descentralização e delegação — Monitorar desempenho: acompanhar, coletar informação,
Centralização ocorre quando uma organização decide que a andar simultaneamente ao processo. Determinar o que medir,
maioria das decisões deve ser tomadas pelos ocupantes dos car- como medir e quando medir.
gos no topo somente. Descentralização ocorre quando o contrário — Comparação com o padrão: análise dos resultados reais em
acontece, ou seja, quando a autoridade para tomar as decisões está comparação com o objetivo previamente estabelecido.
dispersa pela empresa, na base, através dos diversos setores. — Medidas Corretivas: tomar as decisões que levem a orga-
Delegação é o processo usado para transferir autoridade e res- nização a atingir os resultados desejados. Caminhos: Não mudar
ponsabilidade para os membros organizacionais em níveis hierár- nada. Corrigir desempenho. Alterar padrões.
quicos inferiores.

— Controle ORGANIZAÇÃO: MODELOS, PODER E ESTRUTURAS ORGA-


Segundo Djalma de Oliveira: NIZACIONAIS
“Controle é uma função do processo administrativo que, me-
diante a comparação com padrões previamente estabelecidos, pro-
cura medir e avaliar o desempenho e o resultado das ações, com a As organizações formais modernas caracterizam-se como um
finalidade de realimentar os tomadores de decisões, de forma que sistema constituído de elementos interativos, que recebe entradas
possam corrigir ou reforçar esse desempenho ou interferir em fun- do ambiente, transformando-os, e emite saídas para o ambiente
ções do processo administrativo, para assegurar que os resultados externo. Nesse sentido, os elementos interativos da organização,
satisfaçam aos desafios e aos objetivos estabelecidos. ” pessoas e departamentos, dependem uns dos outros e devem tra-
Segundo Robbins e Coulter: balhar juntos.
“O processo de monitorar as atividades de forma a assegurar As organizações podem ser formais e informais.
que elas estejam sendo realizadas conforme o planejado e corrigir
quaisquer desvios significativos. ” — Formais
Segundo Maximiano: A estrutura formal das organizações é composta pela estrutura
“Consiste em fazer comparação e tomar a decisão de confir- instituída pela vontade humana para atingir determinado objetivo.
mar ou modificar os objetivos e os recursos empregados em sua Ela é representada por um organograma composto por órgãos, car-
realização. ” gos e relações de autoridade e responsabilidade.
Elas são regidas por normas e regulamentos que estabelecem
No processo administrativo o controle aparece como a etapa e especificam os padrões para atingir os objetivos organizacionais.
final, porém, o controle acontece durante todas as fases do proces-
so, é contínua.
Características das Organizações Formais
• Objetivo: São instituídas pela vontade humana;
— Identificar os problemas, falhas, erros e desvios.
São planejadas e deliberadamente estruturadas;
— Fazer com que os resultados obtidos estejam próximos dos
resultados esperados. São tangíveis (visíveis);
— Fazer com que a organização trabalhe de forma mais adequada. Seus líderes se valem da autoridade e responsabilidade (líderes
— Proporcionar informações gerenciais periódicas. formais);
— Redefinir e retroalimentar os objetivos (feedback).
São regidas por normas e regulamentos definidos de forma
• Características racional (lógica);
- Monitorar e avaliar ações. São representadas por organogramas;
- Verificar desvios (positivos e negativos)
- Promover mudanças (correção e aprimoramento) São flexíveis às modificações em sua estrutura e nos processos
organizacionais, em face da hierarquia formal e impessoal.
• Tipos, vantagens e desvantagens.
— Preventivo (ex-ante): Controle proativo. Objetiva prevenir, — Informais
evitar e identificar possíveis problemas, antes que eles aconteçam. Visto as organizações formais serem compostas por redes de
— Simultâneo: Controle reativo. Acontece durante a execução relacionamento no ambiente de trabalho, esse relacionamento
das tarefas. Controle estatístico da produção, verificar as margens dá origem à organização informal. As organizações informais defi-
de erro de produção. Avaliação, monitoramento.

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NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

nem-se como o conjunto de interações e relacionamentos que se São estruturas organizacionais modernas:
estabelecem entre as pessoas, sendo esta paralela à organização a) Estrutura Divisional: é caracterizada pela criação de unida-
formal. des denominadas centros de resultados, que operam com relativa
As organizações informais não possuem objetivos predetermi- autonomia, inclusive apurando lucros ou prejuízos para cada uma
nados, surgem de forma natural, estando presentes nos usos e cos- delas. Os departamentos prestam informações e se responsabili-
tumes, e se manifestam por meio de sentimentos e necessidade de zam pela execução integral dos serviços prestados, mediados por
associação pelos membros da organização formal. um sistema de gestão eficaz;
b) Estrutura Matricial: combina as vantagens da especialização
funcional com o foco e responsabilidades da departamentalização
Características das Organizações Informais
do produto, ou divisional. Suas aplicações acontecem, em hospitais,
São oriundas das relações pessoais e sociais desenvolvidas natu- laboratórios governamentais, instituições financeiras etc.
ralmente entre os membros de determinada organização;
Sua relação é de coesão ou antagonismo; O que a difere das outras formas de estrutura organizacional,
é que características de mais de uma estrutura atuam ao mesmo
As lideranças são informais, por meio da influência; tempo sobre os empregados. Além disso, existe múltipla subordina-
Possuem colaboração espontânea, independente da autoridade ção, ou seja, os empregados se reportam a mais de um chefe, o que
formal; pode gerar confusão nos subordinados e se tornar uma desvanta-
gem desse tipo de estrutura.
Têm possibilidade de oposição à organização formal;
É uma ótima alternativa para empresas que trabalham desen-
Transcende a organização formal, não se limitando ao horário de volvendo projetos e ações temporárias. Nesse tipo de estrutura o
trabalho, barreiras organizacionais ou hierarquias; processo de decisão é descentralizado, com existência de centros
São intangíveis (não visíveis); de resultados de duração limitada a determinados projetos;
c) Estrutura em Rede: competitividade global, a flexibilidade
São resistentes às modificações nos processos, uma vez que as da força de trabalho e a sua estrutura enxuta. As redes organiza-
pessoas tendem a defender excessivamente os seus padrões. cionais se caracterizam por constituir unidades interdependentes
orientadas para identificar e solucionar problemas;
— Tipos de estrutura organizacional d) Estrutura por Projeto: manutenção dos recursos necessários
A estrutura organizacional é o conjunto de responsabilidades, sob o controle de um único indivíduo.
autoridades, comunicações e decisões de unidades de uma empre-
sa. É um meio para o alcance dos objetivos, estando relacionada — Natureza
com a estratégia da organização, de tal forma que mudanças na es- Estão entre os fatores internos que influenciam a natureza da
tratégia precedem e promovem mudanças na estrutura. estrutura organizacional da empresa:
A estrutura organizacional de uma empresa define como as ta- • a natureza dos objetivos estabelecidos para a empresa e seus
refas são formalmente distribuídas, agrupadas e coordenadas. No membros;
tipo de estrutura formal, a relação hierárquica é impessoal e sem- • as atividades operantes exigidas para realizar esses objetivos;
pre realizada por meio de ordem escrita. • a sequência de passos necessária para proporcionar os bens
São seis os elementos básicos a serem focados pelos adminis- ou serviços que os membros e clientes desejam ou necessitam;
tradores quando projetam a estrutura das organizações: a especia- • as funções administrativas a desempenhar;
lização do trabalho, a departamentalização, a cadeia de comando, • as limitações da habilidade de cada pessoa na empresa, além
a amplitude de controle, a centralização e descentralização e, por das limitações tecnológicas;
fim, a formalização. • as necessidades sociais dos membros da empresa; e
Ao planejar a estrutura organizacional, uma das variáveis refe- • o tamanho da empresa.
re-se a quem os indivíduos e os grupos se reportam. Essa variável
consiste em estruturar a cadeia de comando. Da mesma forma consideram-se os elementos e as mudanças
São tipos tradicionais de organização: no ambiente externo que são também forças poderosas que dão
a) Organização Linear: autoridade única com base na hierar- forma à natureza das relações externas. Mas para o estabelecimen-
quia (unidade de comando), comunicação formal, decisões centra- to de uma estrutura organizacional, considera-se como mais ade-
lizadas e aspecto piramidal; quada a análise de seus componentes, condicionantes e níveis de
b) Organização Funcional: autoridade funcional ou dividida, influência.
linhas diretas de comunicação, decisões descentralizadas e ênfase
na especialização; — Finalidades
c) Organização Linha-staff: coexistência da estrutura linear A estrutura formal tem como finalidade o sistema de autorida-
com a estrutura funcional, ou seja, comunicação formal com asses- de, responsabilidade, divisão de trabalho, comunicação e processo
soria funcional, separação entre órgãos operacionais (de linha) e ór- decisório. São princípios fundamentais da organização formal:
gãos de apoio (staff). Há, ao mesmo tempo, hierarquia de comando a) Divisão do trabalho: é a decomposição de um processo com-
e da especialização técnica. plexo em pequenas tarefas, proporcionando maior produtividade,
melhorando a eficiência organizacional e o desempenho dos envol-
vidos e reduzindo custos de produção;

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NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

b) Especialização: considerada uma consequência da divisão


do trabalho. Cada cargo passa a ter funções específicas, assim como MOTIVAÇÃO, LIDERANÇA E COMUNICAÇÃO NAS ORGANI-
cada tarefa; ZAÇÕES
c) Hierarquia: divisão da empresa e, camadas hierárquicas. A
hierarquia visa assegurar que os subordinados aceitem e executem
rigorosamente as ordens e orientações dadas pelos seus superio-
— Motivação
res;
A implantação da psicologia nas organizações nas últimas dé-
d) Amplitude administrativa: também chamada de amplitude
cadas concedeu aos gestores, as respostas de certas lacunas sobre
de controle ou amplitude de comando, determina o número de fun-
o trabalho humano, pois o homem é movido por uma força interior,
cionários que um administrador consegue dirigir com eficiência e
mas, para que seja satisfatória, e traga bem estar, é estimulada por
eficácia. A estrutura organizacional que apresenta pequena ampli-
fatores externos. No ponto econômico das organizações, quando
tude de controle é a aguda ou vertical.
o colaborador trabalha com satisfação é sinal de mais resultado e
mais rentabilidade para a empresa.
— Critérios de departamentalização
Motivação é um processo responsável por impulso no compor-
Departamentalização é o nome dado à especialização hori-
tamento do ser humano para uma determinada ação, que o estimu-
zontal na organização por meio da criação de departamentos para
la para realizar suas tarefas de forma que o objetivo esperado seja
cuidar das atividades organizacionais. É decorrente da divisão do
alcançado de forma satisfatória.
trabalho e da homogeneização das atividades. É o agrupamento
De acordo com Robbins (2005) a motivação possui três proprie-
adequado das atividades em departamentos específicos.
dades que a regem, uma é a direção, o foco da pessoa em sua meta
São critérios de departamentalização:
e como realizar, outra é a intensidade, se o objetivo proposto é feito
a) Departamentalização Funcional: representa o agrupamento
como algo que vai lhe trazer satisfação ou será realizado por obriga-
por atividades ou funções principais. A divisão do trabalho ocor-
ção, e a permanência. “A motivação é específica. Uma pessoa mo-
re internamente, por especialidade. Abordagem indicada para cir-
tivada para trabalhar pode não ter motivação para estudar ou vice-
cunstâncias estáveis, de poucas mudanças e que requeiram desem-
-versa. Não há um estado geral de motivação, que leve uma pessoa
penho continuado de tarefas rotineiras;
a sempre ter disposição para tudo.” (MAXIMILIANO, 2007, p.250).
b) Departamentalização por Produtos ou Serviços: represen-
“Motivação é ter um motivo para fazer determinada tarefa, agir
ta o agrupamento por resultados quanto a produtos ou serviços.
com algum propósito ou razão. Ser feliz ou estar feliz no período
A divisão do trabalho ocorre por linhas de produtos/serviços. A
de execução da tarefa, auxiliado por fatores externos, mas princi-
orientação é para o alcance de resultados, por meio da ênfase nos
palmente pelos internos. O sentir-se bem num ambiente holístico,
produtos/serviços;
ambientar pessoas e manter-se em paz e harmonia, com a soma
c) Departamentalização Geográfica: também chamada de De-
dos diversos papéis que encaramos neste teatro da vida chamado
partamentalização Territorial, representa o agrupamento conforme
“sociedade”, resulta em uma parcialidade única e que requer cuida-
localização geográfica ou territorial. Caso uma organização, para
dos e atenção.” (KLAVA, 2010).
estabelecer seus departamentos, deseje considerar a distribuição
O que os gestores estão buscando são como manter sempre
territorial de suas atividades, ela deverá observar as técnicas de de-
seus colaboradores satisfeitos, para que assim possam exercer suas
partamentalização geográfica;
funções com o rendimento esperado pela organização, de modo
d) Departamentalização por Clientela: representa o agrupa-
que também, lhe seja prazeroso e satisfatório. Por exemplo, além
mento conforme o tipo ou tamanho do cliente ou comprador. Pos-
da remuneração, que já foi provado não ser o principal fator moti-
sui ênfase e direcionamento para o cliente;
vacional do ser humano, existe os fatores de relações interpessoais,
como ambiente de trabalho, o relacionamento com os demais co-
e) Departamentalização por Processos: representa o agrupa-
laboradores, são estímulos para que os funcionários se motivem ao
mento por etapas do processo, do produto ou da operação. Possui
trabalho.
ênfase na tecnologia utilizada;
A partir da análise do filme Invictus (2010) a liderança exercida
f) Departamentalização por Projetos: representa o agrupa-
com democracia revela o respeito das pessoas, sem forçá-las para
mento em função de entregas (saídas) ou resultados quanto a um
que isso aconteça. E dessa forma as pessoas se sentem motivadas
ou mais projetos. É necessária uma estrutura flexível e adaptável às
a realizarem seus trabalhos sem uma pressão superior, dando-lhes
circunstâncias do projeto, pois o mesmo pode ser encerrado antes
bem estar em seu ambiente.
do prazo previsto. Dessa forma, os recursos envolvidos, ao término
Com a compreensão desses pontos, sabemos de que forma
do projeto, são liberados;
uma pessoa pode sentir-se motivada dentro da organização. Mas,
g) Departamentalização Matricial: também chamada de orga-
por trás de tudo isso, tem a questão do poder, pois pela busca do
nização em grade, combina duas formas de departamentalização,
bem estar no trabalho, há também a ambição econômica e por sta-
a funcional com a departamentalização de produto ou projeto, na
tus dentro das organizações, cabe aos gestores a complicada tarefa
mesma estrutura organizacional. Representa uma estrutura mista
de fazer dos seus colaboradores, aliados, de forma benéfica para
ou híbrida.
todos da organização.
O desenho matricial apresenta duas dimensões: gerentes fun-
cionais e gerentes de produtos ou de projeto. Logo, não há unidade
Teorias que abordam a motivação
de comando. É criada uma balança de duplo poder e, por consequ-
De acordo com Zanelli (2004) ao longo do tempo foram sur-
ência, dupla subordinação.
gindo conceitos e posteriormente teorias abordando a motivação
humana, diversos teóricos contribuíram para tal propósito, anali-
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

sando o comportamento do indivíduo e buscando entender o que tanto para o indivíduo quanto para a organização. Segundo Chiavena-
o faz motivado, e como o processo da motivação ocorre na vida do to (2005, p.247). “Não faltam teorias sobre motivação. Nem pesqui-
ser humano, dentre esses teóricos se destacaram alguns, que ana- sas sobre o assunto. O fato é que o assunto é complexo”.
lisaram de forma a colocar essas teorias dentro do contexto organi-
zacional: Maslow, Herzberg, McGregor são alguns desses teóricos. Processo motivacional
Pode-se observar que Maslow em sua teoria destaca que o De acordo com Chiavenato (2005), a motivação vai estar atrela-
comportamento do indivíduo está sujeito a uma hierarquia de fa- da com o comportamento humano, quando este pretende alcançar
tores, baseada nas necessidades humanas, o teórico afirma que o algum objetivo, a uma variedade de fatores que poderão influenciar
indivíduo só será motivado a partir do momento que suas necessi- a motivação do indivíduo, quando o mesmo tem uma determinada
dades básicas forem supridas, colocando estas como sendo as ne- necessidade, imediatamente busca mecanismos que faz com que a
cessidades fisiológicas e de segurança, estando na base da pirâmide satisfação seja suprida de forma a lhe garantir um conforto e reali-
hierárquica de Maslow, o indivíduo conseguiria atingir uma nova zação, ainda segundo o autor:
necessidade a partir do momento que a anterior tiver sido satis- “Os seres humanos são motivados por uma grande variedade
feita, as necessidades superiores apresentam-se como motivadoras de fatores. O processo motivacional pode ser explicado da seguinte
da conduta humana, ou seja, as necessidades sociais, estima e au- forma: as necessidades e carências provocam tensão e desconforto
to-realização. Sobre esta mesma teoria Maximiano (2007, p.262), na pessoa e desencadeiam um processo que busca reduzir ou eli-
vai dizer: minar a tensão. A pessoa escolhe um curso de ação para satisfazer
Maslow desenvolveu a idéia de que as necessidades humanas determinada necessidade ou carência. Se a pessoa consegue satis-
dispõem-se numa hierarquia mais complexa que a simples divisão fazer a necessidade, o processo motivacional é bem-sucedido. Essa
em dois grandes grupos. Segundo Maslow, as necessidades huma- avaliação do desempenho determina algum tipo de recompensa ou
nas dividem-se em cinco grupos, necessidades fisiológicas ou bási- punição à pessoa.” (CHIAVENATO, 2005 p. 273).
cas, segurança, sociais, estima, auto-realização. Essas considerações referentes à motivação nos levam a enten-
Segundo Robbins (2005), Herzberg, com a teoria dos dois fa- der que o processo motivacional está intimamente ligado ao com-
tores, traz que os estímulos de insatisfação se eliminados podem portamento do indivíduo, ou seja, o que ele busca alcançar; é claro
apaziguar os colaboradores, mas não necessariamente trazem a sa- e faz se lembrar que o ambiente é fator preponderante para a busca
tisfação. Desse modo o contrário de satisfação é a não-satisfação; da realização das necessidades, vários fatores são responsáveis pela
e da insatisfação é a não-satisfação. Pelo fato das pessoas não es- motivação humana. Dentro do contexto organizacional entende-se,
tarem insatisfeitas, não quer dizer que estão satisfeitas. Os incenti- pois que o clima organizacional está relacionado com a motivação,
vos motivacionais que acercam as condições de trabalho, Herzberg segundo Chiavenato (2005).
caracterizou como fatores higiênicos. “O clima organizacional está intimamente relacionado com o
Ainda dentro da teoria de Herzberg, Chiavenato (2005), aborda grau de motivação de seus participantes. Quando há elevada moti-
dizendo que para Herzberg a motivação das pessoas para o trabalho vação entre os membros, o clima organizacional se eleva e traduz-
vai depender de dois fatores, sendo os higiênicos que correspon- -se em relações de satisfação, animação, interesse, colaboração ir-
dem ao contexto do trabalho e os motivacionais que correspondem restrita etc., todavia, quando a baixa motivação entre os membros,
ao cargo, tarefas e atividades relacionadas com o cargo. seja por frustração ou imposição de barreiras a satisfação, das ne-
“As condições ambientais, no entanto, não são suficientes para cessidades, o clima organizacional tende a baixar, caracterizando-se
induzir o estado de motivação para o trabalho. Para que haja moti- por estados de depressão, desinteresse, apatia, insatisfação etc.,
vação, de acordo com Herzberg, é preciso que a pessoa esteja sinto- podendo em casos extremos chegar ao estado de agressividade, tu-
nizada com seu trabalho, que enxergue nele a possibilidade de exer- multo, inconformismo etc., típicos de situação em que os membros
citar suas habilidades ou desenvolver suas aptidões.” (MAXIMIANO, se defrontam abertamente com a organização, como nos casos de
2007 p.268-269). greves, piquetes etc.” (CHIAVENATO, 2005 p. 269).
Seguindo ainda a linha das teorias que aborda à motivação Portanto, os gestores devem compreender que o clima organi-
Zanelli (2004), apresenta a teoria X e Y, onde McGregor abordou zacional é fator de grande importância nas organizações, a partir do
que o homem tem aversão ao trabalho, precisa ser controlado e momento que a organização oferece um ambiente que seja propí-
punido, só se interessa pela parte financeira que o trabalho irá lhe cio para o colaborador se sentir motivado, animado e interessado
proporcionar, sendo está à teoria X, dentro da teoria Y, McGregor com o trabalho, a organização caminhará ao alcance dos resultados
diz que o desempenho do homem no trabalho é um fator mais de positivos, colaborador que trabalha satisfeito a organização só ten-
natureza gerencial do que motivacional. O autor ainda acrescenta: de a crescer, mas para isso é preciso que haja condições; uma desta
“A conclusão de McGregor foi a de que a prática gerencial é favorecer um ambiente de trabalho agradável.
apoiada na teoria X ignorava os estudos da motivação desenvolvi-
dos por Maslow, que ressaltavam o quanto a motivação seria decor- As relações das teorias motivacionais contemporâneas e as
rente da emergência de necessidades humanas dispostas hierarqui- organizações
camente.” (ZANELLI, 2004 p.151-152). A expansão da globalização exige pessoas bem instruídas e
Entende-se pois, que várias teorias foram criadas para abordar qualificadas. As teorias contemporâneas baseiam-se na necessida-
a motivação, cada uma com um enfoque, mais aliadas a analisar de de de auto realização, a ambição por um bom cargo e status dos co-
forma criteriosa a respeito do comportamento do indivíduo; de que laboradores, essas teorias dão ênfase aos estímulos motivacionais
formas são motivados, quais os mecanismos que poderão ser usados principalmente no trabalho.
para que o processo motivacional aconteça de forma a trazer êxodo Clayton Alderfer, com a Teoria ERG (Existence, Relatedness,
Growth), somou à Teoria das Necessidades descrita por Maslow, in-
formações das organizações contemporâneas, e propôs três grupos
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

de motivação no trabalho. O primeiro grupo foi o de existência, que Os líderes devem procurar incrementar, um melhor relaciona-
está associado às necessidades básicas, como descritas por Maslow mento entre as pessoas, incentivando o trabalho em equipa, moti-
nas necessidades fisiológicas e de segurança. O segundo, as neces- vando os colaboradores e proporcionando um ambiente de traba-
sidades de relacionamento, desejo que os seres humanos têm em lho saudável, seguro e propício ao progresso e desenvolvimento das
manter relações sociais. No último grupo, aparece a necessidade de suas capacidades e talentos.
crescimento do colaborador, o desejo por cargos e status dentro da A Liderança é um tema muito atual e de importância estratégi-
organização, realização pessoal dá ênfase as necessidades de nível ca para as organizações, como tal, deve ser integrada na definição
alto da teoria de Maslow. “Um desejo intrínseco de desenvolvimen- da estratégia organizacional. As organizações precisam das pessoas
to pessoal. Isto inclui os componentes intrínsecos da categoria esti- para atingirem os seus objetivos e alcançar a sua visão e missão de
ma de Maslow, bem como as características da necessidade de auto futuro, assim como as pessoas necessitam das organizações para
realização”. (ROBBINS, 2005 p.136). atingirem as suas metas e realizações pessoais.
David McClelland e sua equipe deram ênfase a três necessi- As pessoas têm sido uma preocupação constante da gestão das
dades: realização, poder e associação; que aparecem de forma di- organizações, uma vez que uma boa gestão das mesmas se traduz
ferenciada em cada pessoa, caracterizando-as. A necessidade de no diferencial que alavanca os bons resultados. Para trabalhar o ca-
realização, a compulsão por eficiência, o desejo de ser cada vez pital humano de modo a maximizar o seu desempenho, é necessá-
melhor, e suprir sua necessidade pessoal, os grandes realizadores rio que os indivíduos se sintam motivados e satisfeitos com o seu
se destacam das outras pessoas pelo seu desejo de fazer melhor as líder e com a forma como que a Liderança vem sendo exercida.
coisas. As pessoas que gostam de estar no comando, se caracteriza Os líderes têm a missão de atingir os resultados pretendidos
pela necessidade de poder, em estar liderando e preferem situa- pela organização através das pessoas que lideram. Assim sendo,
ções competitivas e de status, tendem a se preocupar mais com o para que a gestão de pessoas seja eficaz, os líderes têm de ser os
prestígio e a influência do que propriamente com o desempenho modelos sociais, dando o exemplo, estando sempre na linha da
eficaz. “Pessoas orientadas pela necessidade de associação buscam frente, mostrando como se faz, fazendo.
a amizade, preferem situações de cooperação em vez de compe- A liderança é considerada como um processo dinâmico e que
tição e desejam relacionamentos que envolvam um alto grau de vem sofrendo alterações e adaptações aos vários níveis, daí a ne-
compreensão mútua.” (ROBBINS, 2005 p.139) cessidade de trabalhar algumas das suas principais características
As demais teorias, como, a teoria da fixação de objetivos, ênfa- que permitem obter o máximo de eficiência e eficácia.
se na produtividade; teoria do reforço, qualidade e volume de tra- Sejam quais forem as características pessoais e de personali-
balho; teoria do planejamento do trabalho, produtividade, absente- dade do líder, estas afetam as relações com os liderados e, conse-
ísmo, satisfação e rotatividade; teoria da equidade, ponto forte na quentemente, o desempenho destes nas tarefas que executam nas
previsão do absenteísmo e da rotatividade; e a teoria da expectati- organizações.
va, o colaborador se sente motivado sabendo que a força exercida As diversas definições de liderança não são unânimes e estão
para objetivo terá o resultado esperado. longe de gerar consenso entre os autores. Desta forma, tem sido
“O ambiente de trabalho moderno é, para dizer o mínimo, desafia- muito difícil definir o que é ser líder e o que é a liderança, havendo
dor. O sucesso das organizações e das pessoas que as fazem funcionar inúmeras definições para este conceito.
não vem fácil. Essa era de contrastes abre a porta para a criatividade na Segundo Yukl (1998, p.5), “A liderança é um processo através
administração. Os ganhos em produtividade, desempenho e lealdade do qual um membro de um grupo ou organização influencia a in-
do consumidor ficam à disposição daqueles que realmente respeitam terpretação dos eventos pelos restantes membros, a escolha dos
as necessidades dos trabalhadores, tanto no emprego quanto na vida objectivos e estratégias, a organização das actividades de trabalho,
pessoal.” (KLAVA apud SCHERMERHORN et al, 2010). a motivação das pessoas para alcançar os objectivos, a manutenção
As teorias motivacionais contemporâneas trouxeram uma nova das relações de cooperação, o desenvolvimento das competências
roupagem, sobre a motivação do indivíduo, adequando as teorias e confiança pelos membros, e a obtenção de apoio e cooperação de
anteriores a um contexto organizacional moderno e desafiador, que pessoas exteriores ao grupo ou organização.”
as organizações terão que enfrentar. A Liderança é uma tentativa de influência, de modo a conse-
guir dos seus liderados empenho e cooperação. Nessa perspectiva,
— Liderança quando um chefe manipula ou exige obediência e cooperação de
As organizações têm evoluído, sobretudo em termos estrutu- forma coerciva, não há liderança.
rais e tecnológicos. As mudanças e o conhecimento são os novos
paradigmas e têm vindo a exigir uma nova postura nos estilos pes- Liderança X Gestão
soais e organizacionais, voltados para uma realidade diferenciada A liderança e a gestão são vocábulos que por vezes são vistos
e emergente. Neste contexto, a Liderança passa a ser a chave para por muitos como sinônimos, no entanto existem diferenças bem
o sucesso organizacional, decorrendo de uma nova cultura e estru- notórias entre ambos, além disso um bom líder pode não ser um
tura, na qual se privilegia o capital intelectual, pois são as pessoas bom chefe e vice-versa.
que proporcionam as condições essenciais ao desenvolvimento das De acordo com Rost & Smith (1992), “A liderança é uma influên-
organizações. cia de relacionamento, ao passo que a gestão é um relacionamento
Ao longo dos tempos, a liderança tem sido alvo de interesse de autoridade. A liderança é levada a cabo com líderes seguidores,
por parte das organizações e dos gestores, estes começaram a per- enquanto a gestão é executada com gestores e subordinados.”
ceber a importância que a mesma tem para o sucesso e o alcance
dos objetivos traçados.

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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

• Liderança Quer a gestão quer a liderança têm diferentes formas de gerir


A liderança é um processo mais emocional, envolve o coração. a sua equipa, através dos diferentes líderes. Esta hipótese é bem
Os líderes são dinâmicos, criativos, carismáticos e inspiradores, são acolhida por Rowe (2001), através de um modelo triangular cujos
visionários, assumem os riscos e sabem lidar com a mudança. vértices são a liderança gestionária, a liderança visionária e a lide-
Os líderes são criativos e têm estilos mais imprevisíveis, são rança estratégica.
mais intuitivos do que racionais. Em vez de se adaptarem, tentam
transformar o estado das coisas. Os líderes atuam proativamente Tipos de liderança
formando ideias em vez de lhes reagirem.
Um bom líder não é aquele que se preocupa em sê-lo, mas
aquele que dá o exemplo mostrando como as coisas devem ser fei- • Líder Gestionário
tas, que tem ética e se preocupa com as pessoas que o rodeiam, O líder gestionário está mais virado para a estabilidade finan-
que envolve e motiva toda a equipa. Deve focar-se no desenvolvi- ceira a longo prazo e orientado para os comportamentos de curto
mento das pessoas com quem trabalha para que se tornem mais prazo e baixo custo. O seu relacionamento com as pessoas está in-
autónomas. timamente ligado com os seus papéis no processo de decisão, mas
O líder tem a capacidade de gerir diferentes personalidades raramente decide com base em valores. Não investe na inovação
mobilizando-as para objetivos comuns. Liderar é saber comunicar que pode mudar a organização pois falta-lhe visão, iniciativa e cria-
e conquistar a admiração e o respeito dos outros, fazendo com que tividade. Normalmente é reativo e adapta atitudes passivas perante
todo o grupo se identifique com o líder, o siga e execute as suas os objetivos, estes centram-se nas necessidades sentidas e não nos
decisões. desejosos ou sonhos.

Os líderes são inovadores e criativos, procuram agir sobre a si-


• Líder Visionário
tuação em causa, as suas perspectivas e aspirações são a longo pra-
Já o líder visionário fomenta a mudança, a inovação e a criati-
zo, têm uma atitude proativa, são emocionais e empáticos e atraem
vidade. É proativo, muda o modo de as pessoas pensarem acerca
fortes sentimentos de identidade e diferenciação. As competências
daquilo que é desejável e necessário. Está orientado para o desen-
de liderança não podem ser ensinadas nem aprendidas são inatas
volvimento das pessoas e para o sucesso das organizações. Normal-
ao ser humano, estas vão sendo moldadas pelas experiências e co-
mente decide com base em valores e relaciona-se com as pessoas
nhecimentos adquiridos.
de modo intuitivo e empático. Enfatiza a viabilidade de empresa a
Para Monford e tal. (2000, p.24), “Os líderes não nascem nem
longo prazo mas os seus sonhos podem ser destruidores da riqueza
são feitos; de facto, o seu potencial inato é moldado pelas experi-
no curto prazo.
ências que lhes permitem desenvolver as capacidades necessárias
à resolução de problemas sociais significativas. • Líder Estratégico
O líder estratégico combina as duas orientações, ou seja, com-
bina as qualidades dos gestores com as dos líderes. Acredita nas
• Gestão
escolhas estratégicas que fazem a diferença na organização. Essas
A gestão tem uma abrangência muito maior do que a liderança,
estratégias devem ter impacto imediato, sendo que as responsa-
envolve tanto os aspectos comportamentais como os que estão di-
bilidades serão a longo prazo. Fomenta o comportamento ético e
retamente ligados à sua gestão, tais como: planeamento, controlo e
as decisões baseadas em valores. Tem elevadas expectativas acerca
regulamentos internos e externos. Os gestores são mais racionais,
dos seus superiores, colaboradores e dele próprio.
trabalham mais com a “cabeça” do que com o “coração”.
Podemos então concluir que a liderança estratégica resulta da
Segundo Bennis & Nanus (1995), “gerir consiste em provocar,
conciliação da liderança visionária e gestionária.
realizar, assumir responsabilidades, comandar. Diferentemente, li-
Alguns indivíduos terão mais aptidão para liderar e outros para
derar consiste em exercer influência, guiar, orientar. Os gestores são
gerir, enquanto outros conciliam as duas vertentes.
pessoas que sabem o que devem fazer. Os líderes são as que sabem
No entanto, muitos líderes podem aprender a gerir e muitos
o que é necessário fazer.”
gestores podem melhorar as suas capacidades de liderança.
Os gestores são conservadores e analíticos, reagem e adaptam-
Estabelecendo a correspondência com a tese de Zaleznik, Rowe
-se aos factos ao invés de transformá-los. Tendem a adoptar atitu-
(2001) “ a liderança gestionária está para os gestores como a lide-
des impessoais, calculam as vantagens da competição, negoceiam e
rança visionária está para os líderes. Ao contrário de Zaleznik “con-
usam as recompensas e as punições como formas de coação. Estes
sidera ainda que os dois papéis são conciliáveis na figura do líder
estão perfeitamente enquadrados na cultura organizacional e lutam
estratégico.”
pela optimização dos recursos de modo a alcançarem os resultados
desejados.
A importância dos líderes
Para que as organizações possam sobreviver num mercado glo-
HARRIS (2001, p.394) “O Papel dos líderes é criar um ambiente
balizado e cada vez mais competitivo têm de ter uma boa gestão. A
em que as pessoas se sintam livres para experimentar, exprimir-se
gestão tem que ter a implementação da mudança através da visão
com franqueza, tentar novas coisas. Ainda mais importante, o seu
do seu líder de forma a alcançar os resultados previamente defini-
papel é o de (…) construir o espaço, remover obstáculos e permitir
dos. Sem uma boa gestão as organizações não conseguirão atingir
que os empregados façam o seu trabalho. Um dos objetivos primor-
esses resultados e tornam-se pouco produtivas e competitivas.
diais dos líderes deveria ser o de libertar os talentos de cada pessoa
para benefício delas próprias e da empresa como um todo.”

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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

Nas organizações é crucial que os líderes sejam pessoas idóne- • Liderança Liberal
as e sejam um exemplo para toda a equipa, pois sem um bom líder A liderança liberal é totalmente inversa à autocrática, “há liber-
não haverá uma boa equipa. É fundamental que exista uma boa dade total para as decisões grupais ou individuais, e mínima partici-
liderança por parte dos líderes, somente assim a equipa será coesa pação do líder.” (CHIAVENATO, 2003)
e trabalhará afincadamente para o alcance das metas organizacio- Na liderança laissez faire ou liberal não há imposição de regras,
nais e dos objetivos conjuntos. Se o objetivo primordial de um líder parte-se do princípio que o grupo atingiu a maturidade e não ne-
é fazer com que os outros o sigam, então é imprescindível que dê cessita do líder para o orientar e o supervisionar. Caracteriza-se pela
bons exemplos e lhes mostre o caminho a seguir. total liberdade da equipa o líder não interfere na divisão das tarefas
A liderança é um tópico fundamental nas relações de trabalho, nem na tomada de decisão, quem decide é o próprio grupo. Este é
os líderes têm de trabalhar no sentido de evitar conflitos laborais e considerado o pior estilo de liderança, uma vez que não há demar-
proporcionar benefícios para todos. cação dos níveis hierárquicos instala-se a confusão, a desorganiza-
Por vezes, as incompatibilidades pessoais e profissionais entre ção, o desrespeito e a falta de um líder com poder e autoridade
os líderes e os liderados, fazem com que surjam conflitos difíceis de para resolver os conflitos.
gerir, contribuindo para o insucesso das pessoas e o fracasso das Na liderança liberal o líder só participa na tomada de decisão
organizações, dificultando assim o alcance das metas traçadas. quando é solicitado pelo grupo, os níveis de produtividade são in-
Segundo Russo (2005) “a discussão se os líderes nascem líderes satisfatórios e existem fortes sinais de individualismo, insatisfação e
ou aprendem a sê-lo é longa. Contudo a resposta diz Russo é sim- desrespeito pelo líder.
ples e direta: as duas afirmações são verdadeiras.”
O líder deve ser capaz de criar um ambiente saudável, bem • Liderança Democrática
como interação e dinâmica com toda a equipa de trabalho. É fun- No que respeita à liderança democrática, participativa ou con-
damental criar desafios e dar autonomia, para que em conjunto se sultiva, este estilo está voltado para as pessoas e há participação de
implementem e tomem as melhores decisões. toda a equipa no processo de decisão. É o grupo que define as téc-
nicas para atingir os objetivos, no entanto o líder tem a responsabi-
Estilos de liderança lidade de alertar o grupo para as dificuldades existentes no alcance
As organizações, as equipas e as situações variam no tempo e desses mesmos objetivos.
no espaço, os líderes também, daí que é bastante comum que o su- Segundo, Chiavenato (2003, p.125), “As diretrizes são debati-
cesso do líder e dos seus seguidores esteja diretamente relacionado das e decididas pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder”.
com o estilo de liderança adoptado. O líder envolve todo grupo, pede sugestões e aceita opiniões,
White & Lippit (1939) fizeram os primeiros estudos para verifi- existe confiança mútua, relações amistosas e muita compreensão.
car o impacto causado pelas diferentes formas de liderar. Segundo Este estilo de liderança está orientado para as tarefas e para as pes-
eles existem essencialmente três estilos de liderança: liderança au- soas. Os grupos submetidos à liderança democrática, apresentam
toritária, liberal e democrática. elevados níveis de produtividade, quer em quantidade quer em
• Liderança Autoritária qualidade. Existe ainda, um clima de satisfação, integração e com-
Em primeiro lugar aparece a liderança autoritária, “o líder fixa prometimento das pessoas para com a organização.
as diretrizes, sem qualquer participação do grupo”, é ele que fixa De acordo com Fachada (1998), “A diferença entre o estilo efi-
todas as diretrizes e determina qual tarefa deve ser realizada, tudo caz e ineficaz não depende unicamente do comportamento do líder,
tem que ser feito como ele define. (CHIAVENATO, 2003) mas da adequação desses comportamentos ao ambiente onde ele
Na liderança autoritária, autocrática ou diretiva o líder foca- desempenha as suas funções.”
-se apenas nas tarefas e determina técnicas para a execução das
mesmas. O líder toma as decisões individualmente e não considera O estilo de liderança a adoptar vai depender sobretudo da
a opinião da equipe, ordena e impõe a sua vontade. Este tipo de equipa a liderar e do seu tamanho. Deverá estar adaptada a cada
liderança provoca tensão e frustração no grupo. O líder tem uma pessoa, à equipa e à tarefa a realizar, só assim se conseguirá a máxi-
postura essencialmente diretiva e não dá espaço à criatividade dos ma eficácia na persecução dos objetivos.
liderados. A sua postura por vezes é paternalista e fica satisfeito por
sentir que os outros dependem dele. É rápido na tomada de decisão Teorias da liderança
e os seus objetivos são o lucro e os resultados. Por norma, neste Existem várias teorias de liderança e podem ser classificadas
tipo de liderança as consequências são nefastas, existe ausência de em quatro grupos: teorias de traços de personalidade (até aos anos
espontaneidade e de iniciativa e quando o líder abandona a orga- 40), teorias sobre estilos de liderança/comportamento do líder (até
nização as pessoas sentem-se completamente perdidas pois não aos anos 60), teorias situacionais/contingências da liderança (desde
estavam habituadas a tomar decisões e a terem iniciativa própria. os anos 50 até final da década de 70) e por último as teorias dos
O trabalho só se realiza na presença do líder, pois na sua ausên- traços e do carisma (últimas décadas).
cia o grupo é pouco produtivo e indisciplinado. O líder autoritário
normalmente não delega tarefas, prefere ser ele a executá-las. A • Teoria dos Estilos de Liderança
liderança autoritária apresenta elevados níveis de produção, mas Na Teoria sobre os Estilos de Liderança a preocupação domi-
com evidentes sinais de frustração e agressividade. nante nas várias teorias foi definir o comportamento do líder mais
eficaz. A abordagem dos estilos refere-se não ao que o indivíduo é
mas ao que ele faz, ou seja, o seu estilo de liderar. Aqui destacam-se
as maneiras e estilos de comportamento adoptados pelo líder: au-

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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

tocracia, liberalismo e democracia, bem como a liderança centrada Segundo Yukl (1999, p.46), “as teorias da liderança carismáti-
nos resultados da tarefa e a liderança centrada na preocupação com ca e transformacional contribuem para o nosso entendimento da
as pessoas. eficácia de liderança, mas a sua singularidade e contributo foram
Como instrumento de avaliação dos estilos de liderança Black exagerados.”
e Mouton (1964), apresentam uma grelha de gestão, que é uma
tabela de dupla entrada, composta por dois eixos: o eixo vertical • Liderança Transacional
representa a “ênfase nas pessoas” e o eixo horizontal representa A Liderança Transacional baseia-se na relação do líder e do li-
a “ênfase na produção”. Nos quatro cantos e no centro da grelha derado. O líder conduz e motiva toda a equipa na direção dos obje-
os autores colocaram os principais estilos de liderança, de acordo tivos estabelecidos.
com a orientação para a tarefa ou para o relacionamento. Segundo Segundo Bass (1995), a liderança transacional “envolve a atri-
os autores, é muito importante que cada líder aprenda a observar buição de recompensas aos seguidores em troca da sua obediência.
o seu estilo de liderança através da grelha, a fim de melhorar o seu O líder reconhece as necessidades e desejos dos seus colaborado-
desempenho, contribuindo assim, para o seu desenvolvimento pro- res, clarificando-lhes como podem satisfazê-las em troca da execu-
fissional, bem como para o desenvolvimento da organização. ção das tarefas e do desempenho.”
Para Chiavenato (2003, p.124), “São teorias que estudam a li- Muitas situações de liderança são baseadas num entendimen-
derança em termos de estilos de comportamento do líder em rela- to entre o líder e os seus seguidores. Existe um contrato social im-
ção aos seus subordinados. A abordagem dos estilos de liderança plícito indicando que se concordar com o que o líder deseja fazer, o
se refere àquilo que o líder faz, isto é, o seu comportamento de seguidor terá certos benefícios, tais como remuneração melhorada
liderar”. ou a não-demissão.
As transações construtivas resultam em consequências posi-
• Teoria dos Traços e do Carisma tivas, tais como a obtenção de uma promoção. Essas promoções
Nas últimas décadas os psicólogos organizacionais começam a são vistas como mais eficazes e satisfatórias do que as transações
interessar-se pela cultura organizacional e pela mudança cultural. corretivas, que trazem consequências negativas, tais como uma hu-
De acordo com o trabalho de Shein (1989) os líderes têm de ter milhação.
capacidades específicas como a paciência, persistência, contenção Este tipo de liderança, a par da liderança carismática, constitui
da ansiedade, garantir estabilidade e confiança emocional, etc. Da o estilo de liderança mais apropriado para a mudança organizacio-
análise de Shein resultam dois importantes conceitos: a liderança nal.
transformacional e a liderança transacional. Não é a força da autoridade que os chefes possuem devido à
sua posição privilegiada no organograma da organização que lhes
• Liderança Transformacional proporciona eficácia para liderar as pessoas, mas a percepção posi-
Bass (1985), foi um dos pioneiros nos estudos da liderança tiva desses seguidores que faz dele um verdadeiro líder.
transformacional e transacional, a considerar que a liderança tanto Num mundo altamente dinâmico e instável onde o ambiente
envolve comportamentos transformacionais como transacionais. organizacional sofre continuamente profundas alterações impul-
Alguns autores (Barling, Slater e Kelloway, 2000; Judge e Bono, sionadas pelo processo de globalização, o mercado torna-se mais
2000) destacaram exclusivamente o papel da liderança transforma- exigente e competitivo, exigindo das organizações adaptações e
cional. respostas rápidas a estas mudanças e alterações sofridas. As em-
A Liderança Transformacional é o tipo de liderança que resul- presas necessitam de profissionais capazes de responderem de for-
ta do processo de influenciar as grandes mudanças das atitudes e ma ajustada e em tempo útil aos novos desafios.
comportamentos dos membros da organização e o comprometi- O alinhamento entre as Práticas de Liderança e a Cultura Orga-
mento com a missão e os objetivos da organização. nizacional é compreendido através dos conceitos percebidos atra-
Segundo Bass (1985), os líderes transformacionais têm “visão”, vés da revisão bibliográfica. A revisão da literatura permitiu uma
prendem-se às suas convicções internas, têm vontade de encorajar melhor compreensão dos conceitos de Liderança e dos principais
e olhar os problemas de diferentes formas. Estes líderes são donos fatores que a influenciam.
do seu próprio destino e têm talento para atravessar os tempos de A chave do sucesso para um elevado desempenho das orga-
adversidade com sucesso. nizações está na congruência entre os elementos da organização,
principalmente entre a estratégia, a estrutura, as pessoas, a própria
Bass (1995) descobriu que as três principais características de cultura e como não podia deixar de ser a Liderança. Assim sendo,
um líder transformacional são o carisma, reconhecimento e estímu- será crucial que a organização repense a forma como a Liderança
lo de cada seguidor como incentivo intelectual para que os segui- vem sendo exercida, só assim, conseguirá pessoas motivadas e feli-
dores examinem as situações de acordo com novas perspectivas. zes, contribuindo de forma decisiva para o aumento da performan-
O mesmo autor (BASS, 2000, p.297) sustenta que “as qualida- ce da organização.
des dos líderes transformacionais são afetadas pelas experiências
de infância (pais zelosos e que estabelecem objetivos desafiantes). Conclui-se, que diante das mudanças, o líder deve conciliar os
Afirma mesmo que causas hereditárias podem estar na sua origem.” interesses da organização com os da sua equipa de trabalho, em-
Um líder Transformacional consegue que os seus seguidores penhando-se afincadamente para proporcionar um ambiente fa-
prossigam além dos seus próprios interesses e altera ou transforma vorável ao desenvolvimento dos seus liderado, influenciando-os a
as suas metas em metas de todo o grupo ou da organização. Ele alcançarem os objetivos comuns.
faz com que os seguidores se envolvam integralmente para que se
atinjam os objetivos organizacionais.

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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

Comunicação • Porque é importante investir em uma comunicação eficaz?


Diferente do que muitos acreditam, a comunicação não está É importante que as empresas entendam o quão valioso é ter
ligada apenas ao fato de saber dizer algo a outras pessoas. Ela con- uma comunicação eficaz, que seja clara e direta entre todos aqueles
siste em fazer com que o outro lado – no caso, o receptor – entenda que fazem parte dos negócios. É essa comunicação que garante o
aquilo que é dito, sem que haja qualquer tipo de má interpretação. bom andamento dos processos, a execução das atividades e o al-
cance de resultados extraordinários.
• O que é comunicação eficaz? Pode soar como exagero, querida pessoa, mas não é. Quando
Uma comunicação eficaz no cenário organizacional pode ser uma mensagem ou uma informação relevante para a equipe é mal
entendida como aquela que transforma a atitude das pessoas. Se a transmitida ela, consequentemente, será mal compreendida. Essa
comunicação apenas muda suas ideias, mas não provoca nenhuma falha na comunicação – que impactará o andamento das atividades
mudança de comportamentos, então ela não atingiu seu resultado. de toda uma equipe – poderá afetar negativamente o ambiente de
Assim, quando falamos em comunicação eficaz, estamos falan- trabalho e trazer diversos outros prejuízos para os negócios.
do daquela que atinge com efetividade seu objetivo, que é transmi- Uma informação mal transmitida poderá impactar negativa-
tir uma mensagem com clareza, utilizando os mais diversos tipos de mente o atendimento aos clientes e fornecedores, por exemplo,
canais de comunicação para isso. Ou seja, basicamente é quando além de interferir nas relações interpessoais de colegas de trabalho.
o emissor passa uma informação ao seu receptor e este entende a Diante disso, é essencial que você, seja empreendedor, empre-
mensagem exatamente como ela foi transmitida, sem acrescentar sário ou colaborador de uma empresa, perceba como é importante
nada a mais ou a menos à sua interpretação. garantir que a comunicação dentro das organizações seja realmente
Veja que neste parágrafo eu falei sobre os elementos que com- eficaz, pois ela contribui de maneira positiva com o equilíbrio orga-
põem a comunicação eficaz, aos quais vou ressaltar mais uma vez, nizacional.
para que fique claro o que é necessário para que se estabeleça um
processo comunicacional: • Assertividade nos processos
– Emissor: Responsável por transmitir a mensagem, com todas Todos sabemos que um dos maiores gaps existentes nos mais
as informações necessárias para que haja o entendimento assertivo diversos ambientes corporativos é a falha na comunicação. Isso
e efetivo desta; acontece, pois, em grande parte dos casos, as pessoas que fazem
– Receptor: Trata-se de quem recebe a mensagem e faz a sua parte da empresa e dos negócios, de uma forma geral, não têm a
interpretação; consciência de que é necessário transmitir informações com clareza
– Linguagem: Aqui estamos falando dos códigos de linguagem e objetividade, para que assim, a execução dos processos organiza-
que são utilizados para que haja a transmissão correta das infor- cionais sejam o mais assertivos possíveis.
mações; Assim, criar esta consciência e este hábito em todos, indepen-
– Mensagem: Por fim, a mensagem é basicamente o conjunto dentemente dos cargos ocupados, faz com que os processos te-
de informações que são transmitidas nham um bom andamento e as demandas sejam executadas com
muito mais facilidade, tornando, assim, muito mais fácil, também, o
A junção de todos estes elementos, faz com que a comunicação alcance dos objetivos e resultados extraordinários.
aconteça, de forma verdadeiramente eficaz, nos mais diversos con-
textos, principalmente no empresarial. • Engaja e motiva os colaboradores
E por falar em mundo corporativo, é necessário lembrar que Quando existe uma comunicação eficaz nas empresas, os co-
a boa comunicação neste ambiente é bastante dinâmica. Ela não laboradores que dela fazem parte sentem-se altamente satisfeitos.
é realizada apenas por meio de conversas, formais e informais, te- Isso acontece, pois eles enxergam que estão em um lugar onde exis-
lefonemas e reuniões. Ela está presente desde a pausa do café até te transparência, objetividade e espírito de cooperação na forma de
a emissão de documentos importantes. Além disso, há também a se comunicar.
utilização de ferramentas de comunicação escrita – como e-mail, A consequência disso é um ambiente em que as atividades são
memorandos e circulares, por exemplo – que fazem parte do dia a realizadas com muito mais fluidez, o que traz resultados positivos
dia de qualquer organização atualmente. para todos. Além disso, quando observam que a comunicação é efi-
Por isso, saber escrever de forma clara e objetiva, assim como caz na empresa, ou seja, que o que cada um diz verdadeiramente
se comunicar de forma geral, utilizando todos os meios, é funda- importa e é levado em consideração, aumenta a sensação de per-
mental para o desenvolvimento das demandas. Neste sentido, tencimento destes colaboradores, fazendo com haja um aumento
investir em uma comunicação eficaz não é somente investir em significativo de seu engajamento e motivação.
comunicações verbais, uma vez que esta envolve também as comu-
nicações não verbais. • Diminuição de conflitos
Lembre-se sempre que um bom profissional deve saber plane- A partir do momento que uma empresa investe em comuni-
jar e esquematizar suas ideias para transmiti-las de forma eficiente cação eficaz, ela evita a incidência de conflitos entre seus colabo-
e serem entendidas com assertividade por aqueles que receberem radores. O motivo disso se dá pelo fato de que todos têm a grande
estas mensagens. preocupação de transmitirem suas mensagens com o maior núme-
ro de informações possíveis, que facilitem a interpretação do colega
que irá recebê-la e que, por ventura, executará determinada tarefa.

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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

Com isso, ocorre uma diminuição considerável de discussões Com isso, a forma de se expressar, a escolha das palavras, o
desnecessárias, que surgem por simples falhas que acontecem na tom da voz ou o meio utilizado na comunicação influencia tanto na
comunicação, seja por parte do emissor, ou por parte do receptor, maneira como o ouvinte interpretará a mensagem recebida quanto
situações estas que, infelizmente, ainda são bastante corriqueiras na forma que esta mensagem será transmitida.
nos mais diversos ambientes organizacionais. Devido a isso, é importante entender quem é o seu receptor,
para que assim você consiga se comunicar com ele, de uma maneira
Além disso, por tornar o ambiente organizacional o mais trans- que seja mais fácil para que ele compreenda e também para que
parente possível, caso ocorram conflitos, estes logo são resolvidos a sua mensagem seja recebida exatamente da forma como você
entre todos os envolvidos, uma vez que, através da comunicação transmitiu, sem interpretações dúbias no futuro.
eficaz, estes tornaram-se maduros o suficiente, para, em um con- • Invista na cultura de feedbacks
versa amigável, sentarem-se e resolverem suas diferenças, sem que O processo de comunicação deve estar em evolução contínua,
ninguém saia ofendido ou prejudicado com isso. sendo aperfeiçoado todos os dias. Para isso, o feedback é uma
ferramenta de suma importância, pois ele dá a oportunidade de
• Melhora o clima organizacional conversarmos com nossos receptores, no sentido de entender se a
Como um dos benefícios trazidos pelo investimento em uma mensagem que transmitimos foi bem compreendida, se eles neces-
comunicação assertiva e eficaz nas empresas é a transparência, o sitam de mais informações, entre outros pontos, assim como eles
clima organizacional melhora de forma considerável com isso. também podem nos ajudar com sugestões, dizendo de que forma
Isso acontece, pois os gestores, principalmente, fazem questão podemos melhorar estes processos dentro da empresa, para que
de compartilhar todas as informações necessárias com seus cola- se tornem verdadeiramente eficazes e contribuam com o trabalho
boradores, o que tem como resultado uma equipe mais motivada e de todos.
altamente valorizada, pois se sente parte dos processos, bem como Dessa maneira, assegure-se do retorno da mensagem que foi
a diminuição de fofocas e especulações, que geralmente são os mo- transmitida, certifique-se se ela cumpriu com o objetivo e, de fato,
tivos mais recorrentes dentro de uma empresa, que fazem com que gerou a atitude esperada. Caso isto não ocorra, o que você pode
o seu clima seja prejudicado, assim como o trabalho de todos. fazer é passar a informação novamente, porém, dessa vez, utilizan-
do mecanismos que a deixem mais clara, usando outros meios e
• Dicas para desenvolver a comunicação eficaz na sua orga- palavras, por exemplo.
nização O ideal aqui, na implementação da cultura de feedback, é que
Agora que conseguimos entender o quão importante é ter todos procurem entender quais são as dúvidas, a fim de esclarecê-
uma comunicação cada vez mais eficaz no ambiente corporativo, -las, e melhorar cada vez mais a comunicação existente entre cada
vou compartilhar com você algumas dicas para que você consiga um que faz parte da organização.
desenvolver e acelerar este processo em seus negócios. Continue
a leitura e confira: • Atente-se para o uso da Língua Portuguesa
Umas das situações, que ainda observamos bastante nos mais
• Avalie o cenário diversos tipos de empresas, é o uso incorreto da língua portuguesa,
No dia a dia das organizações é muito importante que os co- seja de forma falada ou escrita. Por mais que tenhamos acesso à
laboradores e a empresa estejam alinhados quanto aos objetivos uma infinidade de informações, bem como facilidade para aprimo-
a serem alcançados, para que assim, todos caminhem juntos em rar nossos conhecimentos, muitos de nós ainda comete inúmeros
direção aos resultados extraordinários. Sendo assim, é através da pecados linguísticos, o que acaba por prejudicar consideravelmente
comunicação eficaz que a organização conseguirá criar uma cultura a comunicação no ambiente organizacional.
corporativa, onde cada membro da equipe entende quais são os Sendo assim, é essencial que antes de falarmos algo ou, prin-
valores, crenças e regras de conduta da empresa. cipalmente, de escrevermos um e-mail ou ainda aquela mensagem
Neste sentido, para iniciar o processo de desenvolvimento de no bate-papo do trabalho, independentemente das pessoas com as
uma comunicação assertiva e transparente em seus negócios, é pri- quais estejamos conversando, nós façamos o exercício de nos certi-
mordial que o seu primeiro passo a ser dado seja reunir os gestores ficamos se estamos nos comunicando corretamente, ou seja, se as
e líderes da sua empresa, para avaliarem se a comunicação exis- palavras estão ortográfica e gramaticalmente certas, se cada uma
tente contribui positivamente com a cultura corporativa e também delas está transmitido a mensagem com o sentido que queremos
com todos os processos que citei nos parágrafos anteriores deste transmitir, entre outros cuidados, que farão com que a comunica-
texto. Caso a resposta não seja satisfatória, vejam o que pode ser ção seja de fato eficaz e alcance o seu objetivo, que é passar infor-
feito, levando em consideração o cenário da organização em si, bus- mações, sem que haja erros de interpretação, tanto decorrentes de
cando e pesquisando ferramentas que lhes ajude a reverter esse nossa parte, quanto do receptor.
quadro. Cultive o hábito de, sempre que tiver em dúvida sobre como
dizer ou escrever isso ou aquilo, pesquisar antes, seja na internet ou
• Conheça o seu receptor em um dicionário, pois isso não é vergonha nenhuma e vai te aju-
Quando se diz que cada indivíduo é único não é algo dito alea- dar no aprimoramento de seus conhecimentos e em seu repertório
toriamente. Cada pessoa tem a sua própria construção de significa- com o passar do tempo.
dos, que é pautada por toda uma carga cultural adquirida durante
toda a sua existência. Ou seja, as pessoas não agem igual, pois suas
formas de pensar são embasadas em questões culturais e particu-
lares.

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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

CONTROLE: PROCESSOS, SISTEMAS E INSTRUMENTOS DE CONTROLE DO DESEMPENHO ORGANIZACIONAL

O Controle em Administração pode assumir vários significados:

a) Controle como função restritiva e coercitiva: utilizado no sentido de coibir ou limitar certos tipos de desvios indesejáveis ou de
comportamentos não aceitos. Neste sentido, o controle apresenta um caráter negativo, sendo muitas vezes interpretado como inibição,
delimitação e manipulação. É o chamado controle social aplicado nas organizações e na sociedade para inibir o individualismo e a liber-
dade das pessoas.

b) Controle como um sistema automático de regulação: utilizado no sentido de manter automaticamente um grau constante de fluxo
de funcionamento de um sistema.
O mecanismo de controle detecta desvios e proporciona automaticamente ação corretiva para voltar à normalidade. Quando algo
está sob controle significa que está dentro do normal.

c) Controle como função administrativa: é o controle por parte do processo administrativo, como o planejamento, organização e
direção. Trataremos do controle sob o terceiro ponto de vista, ou seja, o controle como a quarta função administrativa e que depende do
planejamento, da organização e da direção para formar o processo administrativo. A finalidade do controle é assegurar que os resultados
do que foi planejado, organizado e dirigido se ajustem tanto quanto possível aos objetivos previamente estabelecidos. A essência do
controle reside na verificação se a atividade controlada está ou não alcançando os objetivos ou resultados desejados. O controle consiste,
fundamentalmente, em um processo que guia a atividade exercida para um fim previamente determinado.

Trataremos o controle como parte do processo administrativo. Assim, ele é a função administrativa que monitora e avalia as atividades
e resultados alcançados para assegurar que o planejamento, a organização e a direção sejam bem-sucedidos.
Tal como o planejamento, a organização e a direção, o controle é uma função administrativa que se distribui entre todos os níveis
organizacionais, como indica o quadro abaixo:

Controle nos Três Níveis Organizacionais


Nível Organiza- Tipo de Plane-
Conteúdo Tempo Amplitude
cional jamento
Genérico e Sin- Direcionado a
Institucional Estratégico Macro orientado
tético Longo Prazo
Menos genérico e Direcionado a Aborda cada unidade organi-
Intermediário Tático
Mais detalhado Médio Prazo zacional
Detalhado e Direcionado a Micro orientado aborda cada
Operacional Operacional
Analítico Curto Prazo operação em separado

Assim, quando falamos de controle, queremos dizer que o nível institucional efetua o controle estratégico, o nível intermediário faz os
controles táticos, e o nível operacional, os controles operacionais, cada qual dentro de sua área de competência. Os três níveis se interli-
gam e se entrelaçam intimamente. Contudo, o processo é exatamente o mesmo para todos os níveis: monitorar e avaliar incessantemente
as atividades e operações da organização.

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NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

Os Três Níveis de Controle

O controle está presente, em maior ou menor grau, em quase todas as formas de ação organizacional. Os administradores passam boa
parte de seu tempo observando, revendo e avaliando o desempenho de pessoas, unidades organizacionais, máquinas e equipamentos,
produtos e serviços, em todos os três níveis organizacionais.

Tipos de Controle

O processo de controle também pode ser classificado pela sua incidência no processo administrativo, conforme a seguir:
Controle pré-ação: aborda à análise dos recursos (financeiros, humanos e materiais) disponíveis para projetar se será possível imple-
mentar algo conforme o planejado. Os orçamentos financeiros são o tipo mais comum de controle preventivo ou controle pré-ação como
é chamado por alguns autores. Os cronogramas são outro tipo de controle preventivo pelo fato das atividades preliminares exigirem um
investimento de tempo.
Controle de direção ou controle concorrente ou controle de guia: tal controle ocorre durante a execução prevista por um planeja-
mento e auxilia na execução, uma vez que pode detectar desvios e corrigi-los ainda dentro do processo. Isto é, permite ao administrador
implementar ações corretivas no transcorrer do processo.
Controle de sim/não: é um tipo de controle capaz de interromper uma ação a fim de definir aquilo que será seguido, as condições para
isso e os ajustes/procedimentos necessários.
Controle pós-ação ou controle de feedback: ocorre após uma ação já ter sido executada, com o objetivo de verificar se o resultado foi
alcançado e tem como objetivo gerar feedback (retroalimentação do sistema). Concentram-se no resultado final, em oposição aos insumos
e atividades.
Controle Interno: Controle interno é o autocontrole. É exercido por pessoas motivadas a tomar conta de seu próprio comportamento
na função.
Controle Externo: o controle externo amplia o processo de controle em diversos modos. Ele envolve supervisão ativa dia-a-dia. Quan-
do os gerentes interagem e trabalham uns com os outros, frequentemente, descobrem coisas que precisam de correção, sugerindo ações
para o seu aperfeiçoamento.

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NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

Os Controles Organizados

Em todas as organizações, a administração cria mecanismos para controlar todos os aspectos possíveis da vida organizacional. Em
geral, os controles organizados servem para:
- Padronizar o desempenho, por meio de inspeções, pesquisas, supervisão, procedimentos escritos ou programas de produção.
- Padronizar a qualidade dos produtos e serviços oferecidos pela organização, mediante treinamento de pessoal, inspeções, verifica-
ções, controle estatístico de qualidade e sistemas de recompensas e incentivos.
- Proteger os bens organizados de abusos, desperdícios ou roubos, por meio de exigência de registros inscritos, inspeções, levanta-
mentos, procedimentos de auditoria e divisão de responsabilidades.
- Limitar a quantidade de autoridade que está sendo exercida pelas várias posições ou níveis organizacionais, mediante descrição de
cargos, diretrizes e políticas, regras e regulamentos e sistemas de auditoria.
- Avaliar e dirigir o desempenho das pessoas, por meio de sistemas de avaliação do desempenho do pessoal, supervisão direta, vigi-
lância e registro, incluindo informações sobre índices, como produção por empregado ou perdas com refugo por empregado, etc.
- Prevenir para garantir o alcance dos objetivos organizacionais, pela articulação de objetos em um planejamento, uma vez que eles
ajudam a definir o escopo apropriado e a direção do comportamento das pessoas para o alcance dos resultados desejados.

O Processo de Controle

A finalidade do controle é assegurar que os resultados do que foi planejado, organizado e dirigido se ajustem tanto quanto possível
aos objetos previamente estabelecidos. A essência do controle consiste em verificar se a atividade controlada está ou não alcançando os
objetivos ou resultados desejados.
Nesse sentido, o controle consiste basicamente de um processo que guia a atividade exercida para um fim previamente determinado.
O processo de controle apresenta quatro etapas ou fases:
- Estabelecimento de objetivos ou padrões de desempenho
- Avaliação ou mensuração do desempenho atual
- Comparação do desempenho atual com os objetos ou padrões estabelecidos
- Tomada de ação corretiva para corrigir possíveis desvios ou anormalidades

As Quatros Etapas do Processo de Controle

1. Estabelecimentos de Objetivos ou Padrões


O primeiro passo do processo de controle é estabelecer previamente os objetivos ou padrões que se deseja alcançar ou manter.
Aqueles, como já vimos anteriormente, servem de pontos de referência para o desempenho ou resultados de uma organização, unidade
organizacional ou atividade individual. O padrão é um nível de atividade estabelecido para servir como um modelo para a avaliação do
desempenho organizacional. Um padrão significa um nível de realização ou de desempenho que se pretende tomar como referência. Os
padrões funcionam como marcos que determinam se a atividade organizacional é adequada ou inadequada ou como normas que propor-
cionam a compreensão do que se deverá fazer.
Existem vários tipos de padrões utilizados para avaliar e controlar os diferentes recursos da organização:

- Padrões de quantidade: como números de empregados, volume de produção, total de vendas, porcentagem de rotação de estoque,
índice de acidentes, etc.
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NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

- Padrões de qualidade: como padrões de qualidade de produção, índice de manutenção das máquinas e equipamentos, qualidade
dos produtos e serviços oferecidos pela organização.
- Padrões de tempo: como permanência média do empregado na organização, tempo padrão de produção, tempo de processamento
dos pedidos dos clientes, etc.
- Padrões de custo: como custo de estocagem de matéria-prima, custo de um processamento de um pedido, custo de uma requisição
de um material, custo de uma ordem de serviço, custos diretos e indiretos na produção, etc.

Os padrões definem o que deve ser medido em termos de quantidade, qualidade, tempo e custos dentro de uma organização e quais
os instrumentos de medidas adequados.

Os Tipos de Padrões

2. Avaliação do Desempenho
O principal objetivo da avaliação do desempenho é verificar se os resultados estão sendo conseguidos e quais as correções necessárias
a serem feitas. A mensuração pode ser tanto um motivador como um ameaça às pessoas. O sistema de medição do desempenho deve
atuar mais como um reforço do bom desempenho e não simplesmente como uma tentativa de correção do mau desempenho.

3. Comparação do Desempenho com o Padrão


A comparação pode levar em conta duas situações:
- Resultados (quando a comparação entre o padrão e a variável é feita quando terminada a operação - é o controle sobre os fins)
- Desempenho (quando a comparação entre o padrão e a variável é feita paralelamente à operação, ou seja, quando a comparação
acompanha e monitora a execução da operação - é o controle sobre os meios).

Toda atividade ocasiona algum tipo de variação. Assim, torna-se importante determinar os limites dentro dos quais essa variação pode
ser aceita como normal. O controle procura separar o que é normal e o que é excepcional, para que a correção se concentre nas exceções.
A comparação dos resultados ou do desempenho com os resultados ou desempenho planejado é geralmente feita através de meios
de apresentação, como gráficos, relatórios, índices, porcentagens, medidas e estatísticas, etc. Veja, na figura, um exemplo gráfico desta
comparação.

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NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

4. Ação Corretiva Os padrões podem ser:


A ação corretiva é a ação administrativa que visa manter o Físicos: exemplos: quantidade de produtos ou mercadorias a
desempenho dentro do nível dos padrões estabelecidos. Ela tem produzir, unidades de serviços a executar, homens-hora de traba-
como objetivo fazer com que cada ação seja feita exatamente de lho, quantidade de vendas, etc.;
acordo com o preestabelecido. Esta ação é tomada a partir dos Expressos em dinheiro: exemplos: totais dos custos de produ-
dados quantitativos gerados nas 3 fases anteriores do processo de ção, valor dos investimentos, custo de um serviço, valor das recei-
controle. As decisões quanto às correções necessárias representam tas, etc.;
a conclusão do processo de controle. De forma resumida, após o De ordem pessoal: exemplos: atuação dos empregados, reação
levantamento, os passos são: dos clientes, opinião do público, etc.
- Determinar as variações que ocorrem, isto é, quais os resulta-
dos que estão muito acima ou muito abaixo dos padrões esperados. No segundo processo do controle, a avaliação do desempenho,
- Comunicar a informação às pessoas que produzem os resul- significa comparar, medir ou verificar os resultados obtidos em rela-
tados. ção ao padrão estabelecido. Contudo, nem sempre podemos esta-
- Utilizar a informação para reforçar o bom desempenho e cor- belecer padrões e também temos dificuldades em avaliar o desem-
rigir o desempenho precário. penho dos executantes. Todavia, sempre que possível, devemos
fazer tentativas de um controle eficiente (ou razoável) para garantia
Se os resultados excedem as expectativas, é altamente desejá- de uma boa administração.
vel comunicar o sucesso às pessoas e motivá-las a mantê-lo. Se os
resultados não alcançam as expectativas, deve-se verificar o moti- No terceiro processo do controle, a correção dos desvios, tem
vo, focalizando o problema em si e não atribuir culpa às pessoas. por fim modificar os planos (ou padrões) ou serviços, alterar os ob-
jetivos, ou então, se for o caso, designar novos empregados para
Características do Controle Administrativo a execução, selecionar ou treinar outros trabalhadores, ou, ainda,
em última instância, contratar novos empregados em substituição
Maleabilidade: possibilitar a introdução de mudanças decor- aos antigos, que se revelaram incapazes de satisfazer os padrões de
rentes de alterações nos planos e nas ordens; trabalho que foram estabelecidos.
Instantaneidade: acusar o mais depressa possível as faltas e os
erros verificados; Tipos de Padrão Usados na Prática
Correção: permitir a reparação das faltas e dos erros, evitando-
se a sua repetição. Conforme, Harold Koontz e Cyril O´Donnell1, são cinco os tipos
de padrão frequentemente usados na prática:
Além dessas características de um controle eficiente, não pode- 01. Padrões Físicos: não são expressos em termos monetários
mos ignorar algumas classificações do controle, principalmente as (ou dinheiro). Eles estão ligados à produção das empresas e podem
mais importantes. ser quantitativos (homens-hora por unidade de produção, unidades
de produção por máquinas-hora, etc.) ou qualitativos (firmeza
a) Primeira fase do controle de um serviço administrativo: de cor em tecidos, sabor em certos produtos ou mercadorias,
1. Quando do planejamento; durabilidade de determinados artigos de consumo, etc.).
2. Quando da execução;
3. Quando da apuração dos resultados. 02. Padrões de Custo: são expressos em termos monetários
(ou dinheiro) e estão diretamente ligados à produção. Trata-se, em
b) Classificação do controle quanto ao tempo: última análise, do custo da produção, principalmente da matéria-
1. Controle antecedente (antes do serviço); -prima e da mão-de-obra empregadas no processo de produção.
2. Controle concomitante (durante o serviço); Os padrões de custo podem ser estabelecidos antecipadamente
3. Controle subsequente (depois do serviço). (calculando-se quanto vai custar o consumo de matéria-prima e de
mão-de-obra) para se alcançar determinada produção de mercado-
c) Classificação do controle quanto à duração do controle: rias (o total produzido).
1. Controle permanente (execução constante);
2. Controle temporário (execução variável). 03. Padrões de Capital: como a própria denominação esclarece,
referem-se ao capital social da empresa, ou mais precisamente ao
d) Classificação do controle quanto ao processo: lucro líquido (ou os resultados globais do exercício - um ano) que
1. Estabelecimento de padrões (critérios ou normas de ser- proporciona o capital investido numa empresa.
viços);
2. Avaliação de desempenho (comparar, medir ou verificar 04. Padrões de Receita: são os que resultam da atribuição de
os resultados com o padrão); valores monetários às vendas realizadas por uma empresa. Por
3. Correção dos desvios (corrigir os planos, modificar obje- exemplo, uma empresa pode estabelecer um padrão de suas ven-
tivos e mudar o pessoal). das para determinado ano. Posteriormente, avalia o desempenho
do Departamento de Vendas em relação às estimativas feitas.
No primeiro processo de controle é o estabelecimento
de padrões (entendemos por padrões os critérios ou normas
estabelecidos, mediante os quais os resultantes podem ser medidos 1 KOONTZ, H. & ODONNELLL, C.; Princípios de Administração - Pri-
ou avaliados). meiro Volume - Pioneira - SP, s/d.
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

05. Padrões imponderáveis: também chamados de não ava- Custeio Marginal Direto ou Variável: é utilizado para a tomada
liáveis ou intangíveis, são os mais difíceis de estabelecer. De fato, de decisão por meio do uso gerencial da informação referente à
como eles não são expressos em termos monetários (ou em dinhei- margem de contribuição que é útil para solucionar diversos proble-
ro), tampouco físicos, tornando-se praticamente impossíveis de se- mas gerenciais.
rem elaborados e, por isso, a avaliação de desempenho também é Segundo Martins e Leone4, o custeamento marginal destina-se
tarefa complexa. a auxiliar a gerência no processo de planejamento e, consequente-
mente, na tomada de decisões. Tal afirmativa baseia-se no pressu-
Existem outros meios pelos quais a administração de uma em- posto que os custos variáveis são fixos por produto, a partir disto o
presa procura controlar seu desenvolvimento operacional, tais produto que apresentar maior margem de contribuição total será o
como: mais interessante para a empresa.
Orçamento: formulação de planos ou programas, em termos Portando este sistema pode ser considerado como uma impor-
numéricos, para um exercício futuro; tante ferramenta de tomada de decisões, uma vez que depende do
Demonstrações e tabelas estatísticas: movimento de vendas, objetivo da empresa em relação às informações de custos, pois não
demonstrações de recebimentos e pagamentos, movimento importa uma gama de informações se os gestores não conseguem
bancário, etc.); utilizá-las de maneira adequada.
Relatórios: exposição escrita sobre diversos aspectos das
operações da empresa, acompanhada às vezes de anexos Custeio por Absorção: também chamado de método tradicio-
ilustrativos; nal, é usado para atribuição de valor aos estoques dos produtos
Auditoria interna: executada por contadores designados para elaborados, no qual todos os custos de produção (fixos e variáveis,
tal fim e empregados da empresa; diretos, indiretos) são adicionados aos produtos elaborados pelas
Auditoria externa: executada por contadores de fora da empresas.
empresa e contratados pela administração; Observa-se que os custos indiretos fixos têm um comporta-
Observação pessoal: presença do administrador, visando acom- mento variável em relação à quantidade produzida, quando, na
panhar o trabalho de seus subordinados. realidade, não o são. Então é preciso ter cuidado ao utilizá-lo, pois
pode levar a empresa a tomar decisões erradas de formação de pre-
Ferramentas do Controle ço do produto, como também levá-la a achar que não é rentável
produzir determinado produto, quando na realidade o custo deste
O controle é definido como qualquer processo, no qual uma está sendo influenciado pelo rateio realizado.
pessoa, grupo, ou organizações de pessoas, determinam e assim
intencionalmente afetam o comportamento de uma outra pessoa, Custeamento Abc baseado em atividades (Activity Based Cos-
grupo ou organização de pessoas.2 ting): surgiu como um método de atribuição dos custos indiretos
aos produtos e serviços por meio das atividades.
Fundamentos do Controle O custeio ABC gera informações para a tomada de decisões
Padrão: expressão qualitativa ou quantitativa dos objetivos do gerenciais, identificando as atividades que não agregam valor, pro-
controle; vocando estimativas de custos que ajudam à tomada de decisão,
Informação: forma de comunicação e transporte entre as fases otimizando o resultado da empresa.
do processo;
Decisão: é a fase terminal do processo que depende de um Custo Meta (Target Costing)
elemento que traduz as informações em ações. a) Escopo estratégico;
b) Meta de lucro a médio prazo, e redução de custos;
Ferramentas mais usuais para a Aplicação do Controle c) Abordagem japonesa;
d) Inovação;
Métodos de Custeio3 e) Kaisen - evolução custo padrão, JIT, TQC; evolução custo pa-
Os sistemas de custeios são métodos utilizados para a coleta drão, JIT, TQC;
de dados que produzem informações gerenciais para toda a esfe- f) Manutenção;
ra organizacional e a contabilidade de custo utiliza-se de diversos g) Padrão de custo, controle de padrão de custo, controle de
sistemas que representam um conjunto de critérios, convenções, custos, orçamentos;
métodos e registros que interagem no sentido de atender a deter- h) Objetivos;
minada finalidade. Para isso podemos observar que o sistema de i) Reduzir o custo, planejar estrategicamente o lucro.
custeio pode ser dividido em:
Portanto, os gestores precisam estar atentos com a escolha do
sistema, pois a escolha depende do objetivo que se quer atingir; o
seu nível de detalhes além de quanto se gastara para a sua obten-
ção, uma vez que as informações más administradas podem sair
caras e sua utilização não é igual em todos os níveis de detalhes.
2 GARCIA, Elias. Análise das Ferramentas de Controle Gerencial para Na prática o administrador pode se vê em vários casos, entre
Melhoria da Performance Empresarial, 2006.
duas ou mais circunstância na qual, precisa tomar uma decisão que
3 SANTOS, C.S. Contabilidade De Custos Como Instrumento De Infor- melhor se adapta às condições da empresa. Diante disso, devido
mação Gerencial: Um Estudo de Caso, Numa Rede de Empresas do Comércio
Varejista de Calçados de Feira De Santana/BA. UEFS - Universidade Estadual de
Feira de Santana, 2009. 4 MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 1996.
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

à crescente concorrência do controle das operações e da determi- É importante ressaltar que, dentro de cada uma dessas
nação dos custos da empresa nas informações são estabelecidos perspectivas, devem ser estipulados objetivos, medições, metas
planos, planejamentos e metas para o aperfeiçoamento da orga- e iniciativas visando a um sistema de contínua monitoração. Essas
nização. perspectivas podem ser tantas quanto a organização necessite
Desse modo, para tomar uma decisão baseada em informações escolher em função da natureza do seu negócio, propósito, estilo
de custos, os gerenciadores precisam conhecer as informações para de atuação etc. O BSC busca estratégias e ações equilibradas em
determinada decisão, uma vez que segundo Jiambalvo5 “[...] antes todas as áreas que afetam o negócio da organização como um todo,
de tomar uma decisão, os gerentes precisam ter um entendimento permitindo que os esforços sejam dirigidos para as áreas de maior
profundo das informações de custos que são relevantes.” competência, detectando e indicando as áreas para eliminação de
E Oliveira6, descreve o processo de decisão em: “monitoramen- incompetências.
to do processo, analise da situação, escolha de um curso especifico
de ação, aplicação do processo decisório.” Pois se estes gestores Teoria das Restrições
não conhecerem o processo dessas informações suas decisões es- Fundamenta-se no princípio de que existe uma causa comum
tarão limitadas aos relatórios, ocasionando talvez em decisões ina- para muitos efeitos, de que os fenômenos que vemos são conse-
dequadas. quência de causas mais profundas.
A tomada de decisão é umas das funções da contabilidade de
custos, pois de acordo com Garrison e Noreen7, já que ela está sem- Metodologias da TOC - Theory of Constraints (Teorias das Res-
pre se deparando com questões do tipo: quais produtos vender, trições) - consiste em:
quais métodos de produção empregar, fabricar ou comprar, qual a) Identificar as restrições do sistema;
preço cobrar, quais canais de distribuição, quando aceitar pedidos b) Decidir como explorar a restrição;
especiais, etc. c) Subordinar tudo o mais à decisão acima;
d) Elevar a restrição do sistema;
Métodos de Gerenciamento e) Em caso de quebra de alguma etapa, volte à primeira, mas
Sistema Gecon não deixe que a inércia cause uma restrição no sistema.
a) Objetiva a otimização dos resultados por meio da melhoria
da produtividade e de eficiência operacionais; A Teoria das Restrições (TOC - Theory of Constraints) é um dos
b) É voltado para a eficácia empresarial, cuja concretização se métodos de gerenciamento utilizados na função de controle, o prin-
verifica pela otimização do resultado econômico. cipal objetivo dela é identificar o fator limitante mais importante
(ou seja, a restrição) que interfere, e acaba afetando na busca dos
Benefícios do Gecon objetivos da empresa, depois de fazer essa identificação, essa me-
a) Maior transparência e envolvimento dos gestores, que se todologia melhora essa restrição até que este não seja mais o fator
sentem donos de suas áreas; limitante.
b) Estimula a criatividade dos gestores, evidenciando que os Então podemos afirmar que essa metodologia adota uma abor-
resultados podem ser melhorados não só pela diminuição de des- dagem cientifica que busca sempre a melhoria do processo, e con-
pesas, mas pelo incremento de volume, mix, estocagem eficiente, sequentemente o alcance dos objetivos organizacionais, então todo
estocagem eficiente, etc. o sistema da empresa é muito complexo (incluindo todos os proces-
sos desde compra e fabricação até a comercialização do produto ou
Balanced Scorecard serviço), isso consiste em múltiplas atividades que estão vinculadas,
a) Conjunto de indicadores financeiros e não financeiros, nor- cada uma dessas atividades atua como uma restrição sobre o siste-
teados pelos objetivos e estratégias da empresa; ma como um todo, dessa forma a atividade de restrição é o elo mais
b) Divide a organização em quatro perspectivas constituídas de fraco desse sistema, por isso a necessidade de corrigi-la.
um conjunto equilibrado de indicadores que procuram traduzir o
desempenho e as ações para atingir os objetivos: Analise de Balanços
1. Finanças. Para analisar o negócio do ponto de vista finan- A Análise Financeira de Balanços propicia as avaliações do pa-
ceiro. trimônio da empresa e das decisões tomadas, tanto em relação ao
2. Clientes. Para analisar o negócio do ponto de vista dos clien- passado, retrato das demonstrações, como em relação ao futuro,
tes espelhado no orçamento financeiro.
3. Processos internos. Para analisar o negócio do ponto de vista
interno da organização. Análise Vertical - consiste da necessidade de conhecer a dis-
4. Aprendizagem/crescimento organizacional. Para analisar o tribuição dos valores no sistema patrimonial e de resultados. Visa
negócio do ponto de vista daquilo que é básico para alcançar o fu- apresentar a participação de cada item ou grupo com relação ao
turo com sucesso. grupo ou ao total do demonstrativo.

Análise Horizontal - busca medir a evolução dos itens que com-


5 JIAMBALVO, James. Contabilidade gerencial. Trad. Tatiana Carneiro põem a massa patrimonial da empresa, bem como para caracterizar
Quírico. Rio de Janeiro. LTC, 2002. tendências.
6 OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistemas de informações
gerenciais: estratégias, táticas, operacionais. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2001. Portanto podemos compreender que:
7 GARRISON, Ray H.; NOREEN, Eric W. Contabilidade gerencial. Trad.
a) O processo de gestão empresarial é altamente dinâmico;
José Luiz Paravato. Rio de Janeiro: LTC, 2001.
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

b) Quanto melhor a apuração do fluxo de informações na em- no rendimento e até no conceito que o funcionário tem na empre-
presa, mais fácil será a execução do processo de controle; sa. O gestor não precisa de quem faz tudo, mas de quem faz bem o
c) A qualidade do processo de controle é diretamente propor- que é realmente necessário - explica Imperador.
cional à qualidade do processo de planejamento.
Planejamento Diário
1. Rever o dia de ontem.
GESTÃO DE TEMPO, RECURSOS E INFORMAÇÕES. 2. Relacionar os eventos de hoje de forma realista.
3. Priorizar cada tarefa.
4. Ordenar as tarefas.
É uma ferramenta gerencial8, que tanto pode ser utilizada nas
empresas quanto em nossas vidas, permitindo a organização de Passo A Passo
metas pessoais e profissionais com menor dispêndio de energia fí-
sica e mental. A boa administração de tempo é provavelmente o Balança Biológica
fator mais importante na administração de si mesmo e do trabalho O primeiro ponto é a aceitação do problema - no caso, a não
executado. Ela começa com a autodescoberta, isto é, com a identi- administração do tempo - e o comprometimento com a mudança.
ficação de como utilizamos o nosso tempo, do que não nos satisfaz O período reservado para o lazer e descanso e para o trabalho deve
e do que desejamos mudar. ser igual, 50% para cada. O gerenciamento do tempo só é possível
quando a balança biológica está equilibrada.
O Profissional e o seu Tempo
Delegar Funções
Um dos maiores problemas, para todos é que nunca há tempo Não ser controlador é fundamental, alguém que tem inúmeras
suficiente para fazer tudo o que é necessário. Peter Drucker, diz que tarefas concentradas em si e que não as delega, é o exemplo clássi-
o profissional que não consegue gerenciar seu próprio tempo não co do profissional que nunca tem tempo. Outro tipo que não con-
consegue gerenciar nada mais. Pois é de vital importância que do- segue fazer o dia render é o tipo ditador. Quase sempre mal visto é
mine o seu tempo, ao invés de ser por ele dominado. constantemente boicotado. As tarefas que ele delega são mal feitas
e têm que ser executadas de novo, muitas vezes, por ele mesmo.
Passos fundamentais para se alcançar um melhor uso do Tem-
po: Dizer Não
O profissional que nunca se nega a fazer alguma tarefa é uma
• Quantificar como ele é utilizado atualmente; vítima em potencial da falta de tempo. Grande parte das empresas
• Eliminar os pontos de estrangulamento com base nesta quan- não tem uma definição clara de cargos e funções, de quem faz o
tificação; quê. Isso acaba sobrecarregando os funcionários mais proativos e
• Planejar efetivamente como aplicar o tempo economizado os chefes. A ordem é priorizar e saber dizer não.
com a eliminação dos estrangulamentos.
E-mail
Diante desses passos, importante se faz a reflexão sobre como Em vez de ajudar, o correio eletrônico pode acabar se tornando
transformar o tempo em aliado. um dos grandes vilões quando o assunto é poupar tempo. Corren-
tes, piadas e diversos assuntos que nada têm a ver com o trabalho
Dicas para fazer do tempo um aliado entopem a caixa de e-mail e tomam um tempo enorme dos funcio-
Descobrir, planejar, agir. Os três passos iniciais para quem quer nários. A solução é a definição pelas companhias de uma política
aprender a gerenciar o tempo podem parecer simples, mas exigem clara de uso da intranet. A dica é utilizar o correio eletrônico o
meticulosidade, força de vontade e, acima de tudo, disposição para mínimo possível nas conversas com colegas de trabalho. O ideal é ir
mudar o estilo de vida. Definir prioridades, planejar a execução de- até os colegas e falar pessoalmente. Além de poupar tempo, é uma
las e, por fim, realizá-las, é o caminho das pedras para aqueles que boa oportunidade de estreitar relacionamentos.
querem ter uma vida equilibrada e organizada.
Avaliar o que é realmente importante é fundamental para ge- Instrumentos Úteis
renciar o tempo. De acordo com o consultor Marco Antônio Impe- Agenda, bloco de anotações e gravador são alguns dos recursos
rador, da Franklin Covey do Brasil, quando não se sabe quais são as concretos que o profissional pode utilizar para otimizar seu tem-
prioridades, tudo parece urgente e imprescindível. po. No entanto é imprescindível não se deixar escravizar por es-
Infelizmente, quando os outros veem que estamos fazendo ses instrumentos de gerenciamento. Ele deve escolher apenas um
tudo, esperam sempre que todas as tarefas sejam realizadas. Isso e planejar e organizar suas tarefas nele. “São muitos os que usam
não é bom. Entre as consequências de não priorizar estão a queda agenda, e-mail, gravador... Em vez de ganharem tempo, acabam
perdendo porque tem que checar seus compromissos em vários
lugares diferentes.

8 ADRIANA LACERDA. COMO GERENCIAR O TEMPO. CONSELHO Reuniões


REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DO CEARÁ Objetividade deve ser um dos lemas do executivo que quer ge-
Administração Eficaz do Tempo. Pesquisa: CIPE – Centro Integrado de Pesquisa e renciar bem o seu tempo. Por isso, reuniões só devem ser convoca-
Ensino: Abril 2010.
ALEXANDER, Roy. GUIA PARA A ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO, Rio de Janeiro:
das se forem estritamente necessárias. Consomem muito tempo.
Campus, 1994.
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

Se forem inevitáveis, o ideal é discutir especificamente o assunto - Programe o que você vai fazer e realmente faça ou esqueça o
pautado. Delimitar o tempo de duração e o que vai ser abordado no que você não vai fazer.
encontro também evita o desperdício de tempo - Resolva os problemas enquanto eles são pequenos: Caso con-
trário seus problemas crescerão e consumirão mais tempo.
Simplicidade - Diminua as interrupções desnecessárias: Isso o ajudará a ser
A prolixidade é um dos grandes problemas nas empresas. Uma mais produtivo.
conversa telefônica que poderia durar cinco minutos, prolonga-se - Coloque os atrasos em dia: Os trabalhos atrasados criam o seu
por uma hora por pura falta de objetividade. O profissional que próprio trabalho extra.
tenta fazer mil coisas ao mesmo tempo, não se concentra em nada - Comece a operar visando o futuro e não o passado: Trabalhe
e não define prioridades certamente não conseguirá fazer seu dia sempre de forma preventiva, antecipando-se.
render. - Pare de se preocupar: O grande dano do adiamento é o cansa-
ço mental e psíquico que isso causa.
Quanto tempo utilizar em cada tarefa? Agora sinta-se melhor em relação a si mesmo: A conclusão de
tarefas evita o estresse e a ansiedade e traz mais autoconfiança e
A lei de Parkinson diz que o trabalho tende a preencher (ou auto respeito.
adaptar-se) ao tempo disponível ou alocado para ele. Se você alo-
car uma hora para uma determinada tarefa, terá mais chances de Esqueça lembrando
terminar o trabalho dentro desse prazo, caso estabeleça duas horas A maioria das pessoas tem certo orgulho da sua capacidade de
para o mesmo trabalho provavelmente utilizará as duas horas para se lembrar de “tudo” o que deve ser feito. É um jogo mental que
o trabalho. Estabeleça sempre a quantidade de horas e datas para fazem. Embora possam ter sido bem-sucedidas em uma certa épo-
conclusão de projetos, provavelmente descobrirá um meio de fa- ca, o ritmo atual do trabalho e da vida particular e o volume de
zê-lo dentro do prazo estabelecido por você, e sua produtividade atividades com as quais devemos estar em dia aumentaram tanto
aumentará bastante. que é impraticável estar por dentro de mil coisas a fazer. Essa preo-
cupação constante de tudo o que precisa fazer, lembrar-se de tudo,
Dividindo seu trabalho de rotina em lotes. simplesmente lhe sobrecarregam, principalmente porque acaba se
A divisão em categorias e o agrupamento de seu trabalho po- lembrando de “tudo” nos momentos menos interessantes.
dem ser chamados de “agrupamento”. Processe as informações e Os executivos e gerentes deveriam se interessar mais em es-
as tarefas semelhantes em lotes, reduzindo dessa forma, o desper- quecer todas as coisas que têm a fazer. Sim eu disse esquecer. O
dício e o deslocamento. Você executará cada tarefa de forma mais que as pessoas precisam é de ter um sistema adequado em prática
eficiente. Muitos elementos de seu trabalho podem ser reduzidos a para se lembrar dessa infinidade de detalhes quando, e só quando,
simples rotinas que lhe permitirão concluir tarefas semelhantes no for preciso.
mínimo tempo possível. Esses tipos de tarefas realmente se pres-
tam ao agrupamento. As vantagens de abordar o seu trabalho dessa Alguns Pontos de Estrangulamento Detectados:
maneira são várias. Você verá que o trabalho em lotes permite que • Reveja se realmente é necessário lidar com toda a papelada;
você se prepare e se organize para ele de uma só vez, ao invés de • Estabeleça horários predeterminados e pré-estabelecidos
ter de fazê-lo várias vezes se o trabalho for feito aleatoriamente. para as atividades;
• Agende e divulgue as reuniões;
Superando o adiamento • Discipline-se na utilização do telefone, ou seja “Fale somente
o necessário.”
O adiamento provavelmente consumirá mais tempo no seu lo- É claro que a eliminação de todos os pontos de estrangulamento
cal de trabalho do que em qualquer outro lugar. Se você for uma é, em certos casos, praticamente impossível, mas se você conseguir
pessoa que costuma adiar, a mudança de atitude para o Faça Ago- 50% do tempo bem administrado já alcançou um bom índice.
ra será um elemento chave para ajudá-lo a identificar onde existe
adiamento nos seus hábitos profissionais e a superá-lo. A maioria O que fazer com o tempo ganho?
das pessoas é muito inteligente, até mesmo engenhosa, no que diz
respeito a adiar as coisas. “Eu não tenho muito tempo” é uma des- Primeiro crie uma hora diária (tempo arbitrário) só sua na qual
culpa comum. você se isola sem telefonemas, reuniões, entrevistas, etc. E então:
“Eu acho que eles disseram que não estariam aqui hoje, então • Leia aqueles artigos importantes que estão se acumulando em
eu não liguei.” “Não é tão importante.” A lista e motivos pelos quais sua mesa;
uma tarefa não pode ser concluída é interminável. • Pare e repense as suas atividades diárias;
Seja tão esperto para concluir as coisas quanto o é para adiá-las. • Redescubra-se como profissional e como pessoa;
Insista até encontrar a solução para cada problema sem adiá-lo. É • Procure concentrar-se em tarefas multiplicadoras;
aí que você deve concentrar o poder de sua mente, e não em des- • Pense na qualidade dos serviços prestados e como melhorá-
culpas inteligentes. -las;
• Estabeleça ou melhore o seu relacionamento com os demais
As oito maneiras de superar o adiamento: profissionais da sua empresa.
Faça agora e fará uma vez somente:
- Não fique lendo e relendo para fazer uma ação. Leia e aja.
- Clareie a sua mente: Não postergue nada.

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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

Benefícios obtidos com uma melhor Administração Do Tempo: O Tempo é um recurso precioso, que não pode ser recuperado,
ou expandido, portanto saiba usá-lo pois ele proporciona oportuni-
• Desenvolve uma perspectiva real do que a vida oferece e dades iguais para todos.
como pode ser vivida;
• Permite aproveitar mais a vida;
• Possibilita maior domínio e controle do trabalho; LICITAÇÃO E CONTRATOS PÚBLICOS: LEI 14.133, DE 1º DE
• Evita pressão interna e pressões externas; ABRIL DE 2021. TÍTULO II – DAS LICITAÇÕES. CAPÍTULO I –
• Segurança e objetividade do trabalho; DO PROCESSO LICITATÓRIO. CAPÍTULO II, SEÇÃO II – DAS
• Aumenta a produtividade; MODALIDADES DE LICITAÇÃO
• Mantém o equilíbrio entre a vida pessoal, familiar e profis-
sional;
• Combate celulite e flacidez, melhora o condicionamento físi- LEI Nº 14.133, DE 1º DE ABRIL DE 2021
co.
Lei de Licitações e Contratos Administrativos.
A pessoa que não administra o seu tempo é porque passa a
maior parte do dia pensando no que fazer em 1º lugar, outra parte TÍTULO II
recomeçando o trabalho interrompido e finalmente a outra recla- DAS LICITAÇÕES
mando que não teve tempo para nada.
O primeiro passo é sabermos se estamos ou não utilizando bem CAPÍTULO I
o nosso tempo. A melhor maneira de descobrirmos é fazendo algu- DO PROCESSO LICITATÓRIO
mas perguntas, como, por exemplo, as listadas a seguir:
• Tenho a sensação de que nunca consigo terminar todas as ta- Art. 11. O processo licitatório tem por objetivos:
refas planejadas no tempo previsto? I - assegurar a seleção da proposta apta a gerar o resultado de
• Fico alternando entre uma tarefa e outra? contratação mais vantajoso para a Administração Pública, inclusive
• Sou constantemente interrompido enquanto estou executan- no que se refere ao ciclo de vida do objeto;
do meu trabalho? II - assegurar tratamento isonômico entre os licitantes, bem
• Gasto mais tempo do que deveria falando ao telefone ou len- como a justa competição;
do e-mails; ou nem sequer sei quanto tempo gasto com estas ati- III - evitar contratações com sobrepreço ou com preços mani-
vidades? festamente inexequíveis e superfaturamento na execução dos con-
tratos;
Desperdiçadores do Tempo: IV - incentivar a inovação e o desenvolvimento nacional sus-
tentável.
• Não definição / Classificação das metas; Parágrafo único. A alta administração do órgão ou entidade é
• Não fazer plano diário; responsável pela governança das contratações e deve implementar
• Prioridades não claras/ falta priorização; processos e estruturas, inclusive de gestão de riscos e controles in-
• Alterações constantes de ordens e de prioridades; ternos, para avaliar, direcionar e monitorar os processos licitatórios
• Não antecipar prováveis acontecimentos futuros e não se pre- e os respectivos contratos, com o intuito de alcançar os objetivos
parar para eles; estabelecidos no caput deste artigo, promover um ambiente ínte-
• Não se prevenir contra problemas rotineiros; gro e confiável, assegurar o alinhamento das contratações ao plane-
• Empreendendo mais do que pode menos estimativa de tempo jamento estratégico e às leis orçamentárias e promover eficiência,
não realista; efetividade e eficácia em suas contratações.
• Sobrecarga de trabalho; Art. 12. No processo licitatório, observar-se-á o seguinte:
• Atrasos; I - os documentos serão produzidos por escrito, com data e lo-
• Barulho; cal de sua realização e assinatura dos responsáveis;
• Desorganização pessoal; II - os valores, os preços e os custos utilizados terão como ex-
• Arquivos desorganizados; pressão monetária a moeda corrente nacional, ressalvado o dispos-
• Responsabilidade e autoridades confusas; to no art. 52 desta Lei;
• Não se ajustar a mudanças; III - o desatendimento de exigências meramente formais que
• Treinamento deficiente; não comprometam a aferição da qualificação do licitante ou a com-
• Excesso de controle e Reuniões improdutivas; preensão do conteúdo de sua proposta não importará seu afasta-
• Fazer eu próprio / não delegar; mento da licitação ou a invalidação do processo;
• Não saber dizer não; IV - a prova de autenticidade de cópia de documento público
• Excesso de material para ler; ou particular poderá ser feita perante agente da Administração, me-
• Excesso de comunicação; diante apresentação de original ou de declaração de autenticidade
• Falta de comunicação; por advogado, sob sua responsabilidade pessoal;
• Inexistência de padrões / critérios; V - o reconhecimento de firma somente será exigido quando
• Falta de diretrizes; houver dúvida de autenticidade, salvo imposição legal;
• Não adaptação / resistências à mudanças.

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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

VI - os atos serão preferencialmente digitais, de forma a permi- da sanção a ela aplicada, inclusive a sua controladora, controlada
tir que sejam produzidos, comunicados, armazenados e validados ou coligada, desde que devidamente comprovado o ilícito ou a utili-
por meio eletrônico; zação fraudulenta da personalidade jurídica do licitante.
VII - a partir de documentos de formalização de demandas, os § 2º A critério da Administração e exclusivamente a seu serviço,
órgãos responsáveis pelo planejamento de cada ente federativo po- o autor dos projetos e a empresa a que se referem os incisos I e II
derão, na forma de regulamento, elaborar plano de contratações do caput deste artigo poderão participar no apoio das atividades
anual, com o objetivo de racionalizar as contratações dos órgãos e de planejamento da contratação, de execução da licitação ou de
entidades sob sua competência, garantir o alinhamento com o seu gestão do contrato, desde que sob supervisão exclusiva de agentes
planejamento estratégico e subsidiar a elaboração das respectivas públicos do órgão ou entidade.
leis orçamentárias. (Regulamento) § 3º Equiparam-se aos autores do projeto as empresas inte-
§ 1º O plano de contratações anual de que trata o inciso VII grantes do mesmo grupo econômico.
do caput deste artigo deverá ser divulgado e mantido à disposição § 4º O disposto neste artigo não impede a licitação ou a con-
do público em sítio eletrônico oficial e será observado pelo ente tratação de obra ou serviço que inclua como encargo do contratado
federativo na realização de licitações e na execução dos contratos. a elaboração do projeto básico e do projeto executivo, nas contra-
§ 2º É permitida a identificação e assinatura digital por pessoa tações integradas, e do projeto executivo, nos demais regimes de
física ou jurídica em meio eletrônico, mediante certificado digital execução.
emitido em âmbito da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira § 5º Em licitações e contratações realizadas no âmbito de pro-
(ICP-Brasil). jetos e programas parcialmente financiados por agência oficial de
Art. 13. Os atos praticados no processo licitatório são públicos, cooperação estrangeira ou por organismo financeiro internacional
ressalvadas as hipóteses de informações cujo sigilo seja imprescin- com recursos do financiamento ou da contrapartida nacional, não
dível à segurança da sociedade e do Estado, na forma da lei. poderá participar pessoa física ou jurídica que integre o rol de pes-
Parágrafo único. A publicidade será diferida: soas sancionadas por essas entidades ou que seja declarada inidô-
I - quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva aber- nea nos termos desta Lei.
tura; Art. 15. Salvo vedação devidamente justificada no processo lici-
II - quanto ao orçamento da Administração, nos termos do art. tatório, pessoa jurídica poderá participar de licitação em consórcio,
24 desta Lei. observadas as seguintes normas:
Art. 14. Não poderão disputar licitação ou participar da execu- I - comprovação de compromisso público ou particular de cons-
ção de contrato, direta ou indiretamente: tituição de consórcio, subscrito pelos consorciados;
I - autor do anteprojeto, do projeto básico ou do projeto execu- II - indicação da empresa líder do consórcio, que será responsá-
tivo, pessoa física ou jurídica, quando a licitação versar sobre obra, vel por sua representação perante a Administração;
serviços ou fornecimento de bens a ele relacionados; III - admissão, para efeito de habilitação técnica, do somatório
II - empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável pela dos quantitativos de cada consorciado e, para efeito de habilitação
elaboração do projeto básico ou do projeto executivo, ou empre- econômico-financeira, do somatório dos valores de cada consorcia-
sa da qual o autor do projeto seja dirigente, gerente, controlador, do;
acionista ou detentor de mais de 5% (cinco por cento) do capital IV - impedimento de a empresa consorciada participar, na mes-
com direito a voto, responsável técnico ou subcontratado, quando ma licitação, de mais de um consórcio ou de forma isolada;
a licitação versar sobre obra, serviços ou fornecimento de bens a V - responsabilidade solidária dos integrantes pelos atos prati-
ela necessários; cados em consórcio, tanto na fase de licitação quanto na de execu-
III - pessoa física ou jurídica que se encontre, ao tempo da lici- ção do contrato.
tação, impossibilitada de participar da licitação em decorrência de § 1º O edital deverá estabelecer para o consórcio acréscimo de
sanção que lhe foi imposta; 10% (dez por cento) a 30% (trinta por cento) sobre o valor exigido
IV - aquele que mantenha vínculo de natureza técnica, comer- de licitante individual para a habilitação econômico-financeira, sal-
cial, econômica, financeira, trabalhista ou civil com dirigente do vo justificação.
órgão ou entidade contratante ou com agente público que desem- § 2º O acréscimo previsto no § 1º deste artigo não se aplica
penhe função na licitação ou atue na fiscalização ou na gestão do aos consórcios compostos, em sua totalidade, de microempresas e
contrato, ou que deles seja cônjuge, companheiro ou parente em pequenas empresas, assim definidas em lei.
linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, devendo § 3º O licitante vencedor é obrigado a promover, antes da ce-
essa proibição constar expressamente do edital de licitação; lebração do contrato, a constituição e o registro do consórcio, nos
V - empresas controladoras, controladas ou coligadas, nos ter- termos do compromisso referido no inciso I do caput deste artigo.
mos da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, concorrendo en- § 4º Desde que haja justificativa técnica aprovada pela auto-
tre si; ridade competente, o edital de licitação poderá estabelecer limite
VI - pessoa física ou jurídica que, nos 5 (cinco) anos anteriores máximo para o número de empresas consorciadas.
à divulgação do edital, tenha sido condenada judicialmente, com § 5º A substituição de consorciado deverá ser expressamente
trânsito em julgado, por exploração de trabalho infantil, por sub- autorizada pelo órgão ou entidade contratante e condicionada à
missão de trabalhadores a condições análogas às de escravo ou por comprovação de que a nova empresa do consórcio possui, no míni-
contratação de adolescentes nos casos vedados pela legislação tra- mo, os mesmos quantitativos para efeito de habilitação técnica e os
balhista. mesmos valores para efeito de qualificação econômico-financeira
§ 1º O impedimento de que trata o inciso III do caput deste apresentados pela empresa substituída para fins de habilitação do
artigo será também aplicado ao licitante que atue em substituição a consórcio no processo licitatório que originou o contrato.
outra pessoa, física ou jurídica, com o intuito de burlar a efetividade
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NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

Art. 16. Os profissionais organizados sob a forma de cooperati- CAPÍTULO II


va poderão participar de licitação quando: DA FASE PREPARATÓRIA
I - a constituição e o funcionamento da cooperativa observa-
rem as regras estabelecidas na legislação aplicável, em especial a SEÇÃO II
Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971, a Lei nº 12.690, de 19 de DAS MODALIDADES DE LICITAÇÃO
julho de 2012, e a Lei Complementar nº 130, de 17 de abril de 2009;
II - a cooperativa apresentar demonstrativo de atuação em re- Art. 28. São modalidades de licitação:
gime cooperado, com repartição de receitas e despesas entre os I - pregão;
cooperados; II - concorrência;
III - qualquer cooperado, com igual qualificação, for capaz de III - concurso;
executar o objeto contratado, vedado à Administração indicar no- IV - leilão;
minalmente pessoas; V - diálogo competitivo.
IV - o objeto da licitação referir-se, em se tratando de coope- § 1º Além das modalidades referidas no caput deste artigo, a
rativas enquadradas na Lei nº 12.690, de 19 de julho de 2012, a Administração pode servir-se dos procedimentos auxiliares previs-
serviços especializados constantes do objeto social da cooperativa, tos no art. 78 desta Lei.
a serem executados de forma complementar à sua atuação. § 2º É vedada a criação de outras modalidades de licitação ou,
Art. 17. O processo de licitação observará as seguintes fases, ainda, a combinação daquelas referidas no caput deste artigo.
em sequência: Art. 29. A concorrência e o pregão seguem o rito procedimental
I - preparatória; comum a que se refere o art. 17 desta Lei, adotando-se o pregão
II - de divulgação do edital de licitação; sempre que o objeto possuir padrões de desempenho e qualidade
III - de apresentação de propostas e lances, quando for o caso; que possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de
IV - de julgamento; especificações usuais de mercado.
V - de habilitação; Parágrafo único. O pregão não se aplica às contratações de
VI - recursal; serviços técnicos especializados de natureza predominantemente
VII - de homologação. intelectual e de obras e serviços de engenharia, exceto os serviços
§ 1º A fase referida no inciso V do caput deste artigo poderá, de engenharia de que trata a alínea “a” do inciso XXI do caput do
mediante ato motivado com explicitação dos benefícios decorren- art. 6º desta Lei.
tes, anteceder as fases referidas nos incisos III e IV do caput deste Art. 30. O concurso observará as regras e condições previstas
artigo, desde que expressamente previsto no edital de licitação. em edital, que indicará:
§ 2º As licitações serão realizadas preferencialmente sob a for- I - a qualificação exigida dos participantes;
ma eletrônica, admitida a utilização da forma presencial, desde que II - as diretrizes e formas de apresentação do trabalho;
motivada, devendo a sessão pública ser registrada em ata e gravada III - as condições de realização e o prêmio ou remuneração a ser
em áudio e vídeo. concedida ao vencedor.
§ 3º Desde que previsto no edital, na fase a que se refere o in- Parágrafo único. Nos concursos destinados à elaboração de
ciso IV do caput deste artigo, o órgão ou entidade licitante poderá, projeto, o vencedor deverá ceder à Administração Pública, nos ter-
em relação ao licitante provisoriamente vencedor, realizar análise mos do art. 93 desta Lei, todos os direitos patrimoniais relativos ao
e avaliação da conformidade da proposta, mediante homologação projeto e autorizar sua execução conforme juízo de conveniência e
de amostras, exame de conformidade e prova de conceito, entre oportunidade das autoridades competentes.
outros testes de interesse da Administração, de modo a comprovar Art. 31. O leilão poderá ser cometido a leiloeiro oficial ou a ser-
sua aderência às especificações definidas no termo de referência ou vidor designado pela autoridade competente da Administração, e
no projeto básico. regulamento deverá dispor sobre seus procedimentos operacionais.
§ 4º Nos procedimentos realizados por meio eletrônico, a Ad- § 1º Se optar pela realização de leilão por intermédio de leiloei-
ministração poderá determinar, como condição de validade e efi- ro oficial, a Administração deverá selecioná-lo mediante creden-
cácia, que os licitantes pratiquem seus atos em formato eletrônico. ciamento ou licitação na modalidade pregão e adotar o critério de
§ 5º Na hipótese excepcional de licitação sob a forma presen- julgamento de maior desconto para as comissões a serem cobradas,
cial a que refere o § 2º deste artigo, a sessão pública de apresenta- utilizados como parâmetro máximo os percentuais definidos na lei
ção de propostas deverá ser gravada em áudio e vídeo, e a gravação que regula a referida profissão e observados os valores dos bens a
será juntada aos autos do processo licitatório depois de seu encer- serem leiloados.
ramento. § 2º O leilão será precedido da divulgação do edital em sítio
§ 6º A Administração poderá exigir certificação por organização eletrônico oficial, que conterá:
independente acreditada pelo Instituto Nacional de Metrologia, I - a descrição do bem, com suas características, e, no caso de
Qualidade e Tecnologia (Inmetro) como condição para aceitação de: imóvel, sua situação e suas divisas, com remissão à matrícula e aos
I - estudos, anteprojetos, projetos básicos e projetos executi- registros;
vos; II - o valor pelo qual o bem foi avaliado, o preço mínimo pelo
II - conclusão de fases ou de objetos de contratos; qual poderá ser alienado, as condições de pagamento e, se for o
III - material e corpo técnico apresentados por empresa para caso, a comissão do leiloeiro designado;
fins de habilitação. III - a indicação do lugar onde estiverem os móveis, os veículos
e os semoventes;

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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

IV - o sítio da internet e o período em que ocorrerá o leilão, seleção da proposta mais vantajosa e abrir prazo, não inferior a 60
salvo se excepcionalmente for realizado sob a forma presencial por (sessenta) dias úteis, para todos os licitantes pré-selecionados na
comprovada inviabilidade técnica ou desvantagem para a Adminis- forma do inciso II deste parágrafo apresentarem suas propostas,
tração, hipótese em que serão indicados o local, o dia e a hora de que deverão conter os elementos necessários para a realização do
sua realização; projeto;
V - a especificação de eventuais ônus, gravames ou pendências IX - a Administração poderá solicitar esclarecimentos ou ajustes
existentes sobre os bens a serem leiloados. às propostas apresentadas, desde que não impliquem discrimina-
§ 3º Além da divulgação no sítio eletrônico oficial, o edital do ção nem distorçam a concorrência entre as propostas;
leilão será afixado em local de ampla circulação de pessoas na sede X - a Administração definirá a proposta vencedora de acordo
da Administração e poderá, ainda, ser divulgado por outros meios com critérios divulgados no início da fase competitiva, assegurada a
necessários para ampliar a publicidade e a competitividade da lici- contratação mais vantajosa como resultado;
tação. XI - o diálogo competitivo será conduzido por comissão de con-
§ 4º O leilão não exigirá registro cadastral prévio, não terá fase tratação composta de pelo menos 3 (três) servidores efetivos ou
de habilitação e deverá ser homologado assim que concluída a fase empregados públicos pertencentes aos quadros permanentes da
de lances, superada a fase recursal e efetivado o pagamento pelo Administração, admitida a contratação de profissionais para asses-
licitante vencedor, na forma definida no edital. soramento técnico da comissão;
Art. 32. A modalidade diálogo competitivo é restrita a contrata- XII - (VETADO).
ções em que a Administração: § 2º Os profissionais contratados para os fins do inciso XI do §
I - vise a contratar objeto que envolva as seguintes condições: 1º deste artigo assinarão termo de confidencialidade e abster-se-ão
a) inovação tecnológica ou técnica; de atividades que possam configurar conflito de interesses.
b) impossibilidade de o órgão ou entidade ter sua necessidade
satisfeita sem a adaptação de soluções disponíveis no mercado; e
c) impossibilidade de as especificações técnicas serem defini- QUESTÕES
das com precisão suficiente pela Administração;
II - verifique a necessidade de definir e identificar os meios e as
alternativas que possam satisfazer suas necessidades, com desta- 1. (FGV - 2017 - IBGE - Agente Censitário Regional) O processo
que para os seguintes aspectos: de organização segue alguns princípios básicos e exige que se to-
a) a solução técnica mais adequada; mem decisões acerca de certos elementos, entre eles:
b) os requisitos técnicos aptos a concretizar a solução já defi- (A) especialização do trabalho e amplitude de controle;
nida; (B) missão e visão organizacionais;
c) a estrutura jurídica ou financeira do contrato; (C) cultura organizacional e sistemas de gestão;
III - (VETADO). (D) divisão de tarefas e definição de metas;
§ 1º Na modalidade diálogo competitivo, serão observadas as (E) estrutura e estratégia organizacionais.
seguintes disposições:
I - a Administração apresentará, por ocasião da divulgação do
2. (IF-MT - 2014 - IF-MT - Tecnólogo - Gestão de Pessoas) Sobre
edital em sítio eletrônico oficial, suas necessidades e as exigências
tipos de organizações, analise as afirmativas.
já definidas e estabelecerá prazo mínimo de 25 (vinte e cinco) dias
I - Organização funcional é a forma estrutural baseada na es-
úteis para manifestação de interesse na participação da licitação;
pecialização e na supervisão funcional, na qual as linhas de comu-
II - os critérios empregados para pré-seleção dos licitantes de-
verão ser previstos em edital, e serão admitidos todos os interessa- nicação são diretas, a autoridade é funcional e as decisões são des-
dos que preencherem os requisitos objetivos estabelecidos; centralizadas.
III - a divulgação de informações de modo discriminatório que II - Organização linear é o formato estrutural híbrido que reúne
possa implicar vantagem para algum licitante será vedada; características lineares e características funcionais.
IV - a Administração não poderá revelar a outros licitantes as III - Organização linha – staff é a forma estrutural baseada em
soluções propostas ou as informações sigilosas comunicadas por linhas únicas de autoridade e responsabilidade, na qual predomina
um licitante sem o seu consentimento; a aplicação do principio de autoridade e do comando único.
V - a fase de diálogo poderá ser mantida até que a Administra- IV - Staff ou assessoria significa a propriedade de prestar con-
ção, em decisão fundamentada, identifique a solução ou as solu- sultoria, recomendações, sugestão ou prestar serviços especializa-
ções que atendam às suas necessidades; dos.
VI - as reuniões com os licitantes pré-selecionados serão regis-
tradas em ata e gravadas mediante utilização de recursos tecnoló- Estão corretas as afirmativas
gicos de áudio e vídeo; (A) II e III.
VII - o edital poderá prever a realização de fases sucessivas, (B) II e IV.
caso em que cada fase poderá restringir as soluções ou as propos- (C) I e IV.
tas a serem discutidas; (D) I e III.
VIII - a Administração deverá, ao declarar que o diálogo foi
concluído, juntar aos autos do processo licitatório os registros e as
gravações da fase de diálogo, iniciar a fase competitiva com a divul-
gação de edital contendo a especificação da solução que atenda às
suas necessidades e os critérios objetivos a serem utilizados para
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

3. (AMAUC - 2019 - Prefeitura de Itá - SC - Agente Administrati- 7. (Quadrix - 2019 - CREA-TO - Agente Administrativo) No que
vo) Sobre organização, análise as proposições e identifique com (V) se refere à administração, aos tipos de organização, às estruturas
as verdadeiras e (F) as falsas: organizacionais, à departamentalização e aos organogramas e flu-
( ) Organização é compreendida como uma unidade ou enti- xogramas, julgue o item.
dade social, na qual as pessoas interagem entre si para alcançar Na organização linha‐staff, somente existem órgãos de consul-
objetivos comuns. toria e assessoria.
( ) Organização é compreendida também como função admi- ( ) CERTO
nistrativa e parte do processo administrativo de organizar, estrutu- ( ) ERRADO
rar e integrar os recurso e os órgãos incumbidos de sua administra-
ção e estabelece relações entre eles. 8. (Quadrix - 2019 - CREA-TO - Agente de Fiscalização) No que
( ) A organização enquanto entidade social se divide em organi- se refere à administração, aos tipos de organização, às estruturas
zação formal e organização informal. organizacionais, à departamentalização e aos organogramas e flu-
( ) A organização informal é aquela baseada em uma divisão xogramas, julgue o item.
racional do trabalho e na diferenciação e integração de seus ór- Na organização linear, cada gerente centraliza as comunicações
gãos, representada por meio de organograma, ou seja, trata-se de em linha ascendente com relação aos subordinados.
organização formalizada oficialmente. ( ) CERTO
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de ( ) ERRADO
cima para baixo:
(A) F, V, F, F. 9. (Quadrix - 2019 - CRESS-GO - Agente Administrativo) Com
(B) V, V, V, V. relação às noções de administração, a funções administrativas e aos
(C) V, V, V, F. diversos enfoques da administração, julgue o item.
(D) F, V, V, V. As funções de administração devem ser executadas em sequ-
(E) V, F, V, V. ência nos procedimentos administrativos, de modo a manterem a
coerência e a eficiência.
4. (FASTEF - 2019 - UFCA - Assistente em Administração) Con- ( ) CERTO
siste em uma das particularidades da organização informal: ( ) ERRADO
(A) baseada em uma divisão racional do trabalho.
(B) circunscrita a um local físico.
(C) representada através do organograma. GABARITO
(D) amplia-se a todos os interesses comuns das pessoas envol-
vidas.
1 A
5. (INSTITUTO AOCP - 2018 - ADAF - AM - Administrador) O de-
senho de organogramas e fluxogramas define a estrutura organiza- 2 C
cional para a empresa poder 3 C
(A) dotar de conformidade seus produtos e serviços para seus 4 D
clientes.
(B) gerenciar a cadeia de fornecedores, funcionários e interme- 5 C
diários. 6 CERTO
(C) zelar pelas habilidades e pelos desempenhos individuais e
do grupo. 7 ERRADO
(D) auditar o sistema de qualidade de acordo com a normati- 8 CERTO
zação.
9 ERRADO
(E) conquistar e fidelizar seus compradores para sua sobrevi-
vência.

6. (Quadrix - 2019 - CRO-GO - Fiscal Regional) Em relação aos


conceitos básicos de administração, aos tipos de organização, às
estruturas organizacionais, à departamentalização e aos organogra-
mas e fluxogramas, julgue o item.
O aspecto piramidal é uma das características da organização
linear.
( ) CERTO
( ) ERRADO

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NOÇÕES EM ADMINISTRAÇÃO

ANOTAÇÕES

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REDAÇÃO OFICIAL

ind. Indicativo
ASPECTOS GERAIS DA REDAÇÃO OFICIAL. PANORAMA
DA COMUNICAÇÃO OFICIAL. O QUE É REDAÇÃO OFI- ICP - Brasil Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira
CIAL. ATRIBUTOS DA REDAÇÃO OFICIAL. CLAREZA E masc. Masculino
PRECISÃO. OBJETIVIDADE. CONCISÃO. IMPESSOALIDA-
DE. FORMALIDADE E PADRONIZAÇÃO. EMPREGO DOS obj. dir. Objeto direto
PRONOMES DE TRATAMENTO. CONCORDÂNCIA obj. ind. Objeto indireto
COM OS PRONOMES DE TRATAMENTO p. Página
p. us. Pouco usado
A terceira edição do Manual de Redação da Presidência da pess. Pessoa
República foi lançado no final de 2018 e apresenta algumas mu- pl. Plural
danças quanto ao formato anterior. Para contextualizar, o manu-
al foi criado em 1991 e surgiu de uma necessidade de padronizar pref. Prefixo
os protocolos à moderna administração pública. Assim, ele é re- pres. Presente
ferência quando se trata de Redação Oficial em todas as esferas
Res. Resolução do Congresso Nacional
administrativas.
O Decreto de nº 9.758 de 11 de abril de 2019 veio alte- RICD Regimento Interno da Câmara dos Deputados
rar regras importantes, quanto aos substantivos de tratamento. RISF Regimento Interno do Senado Federal
Expressões usadas antes (como: Vossa Excelência ou Excelen-
tíssimo, Vossa Senhoria, Vossa Magnificência, doutor, ilustre ou s. Substantivo
ilustríssimo, digno ou digníssimo e respeitável) foram retiradas s.f. Substantivo feminino
e substituídas apenas por: Senhor (a). Excepciona a nova regra s.m. Substantivo masculino
quando o agente público entender que não foi atendido pelo de-
creto e exigir o tratamento diferenciado. SEI! Sistema Eletrônico de Informações
sing. Singular
A redação oficial é
tb. Também
A maneira pela qual o Poder Público redige comunicações
oficiais e atos normativos e deve caracterizar-se pela: clareza e v. Ver ou verbo
precisão, objetividade, concisão, coesão e coerência, impesso- v.g. verbi gratia
alidade, formalidade e padronização e uso da norma padrão da
língua portuguesa. var. pop. Variante popular

A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela


SINAIS E ABREVIATURAS EMPREGADOS escrita. Para que haja comunicação, são necessários:
• Indica forma (em geral sintática) inaceitável ou a) alguém que comunique: o serviço público.
agramatical b) algo a ser comunicado: assunto relativo às atribuições do
órgão que comunica.
§ Parágrafo
c) alguém que receba essa comunicação: o público, uma ins-
adj. adv. Adjunto adverbial tituição privada ou outro órgão ou entidade pública, do Poder
arc. Arcaico Executivo ou dos outros Poderes.
art.; arts. Artigo; artigos Além disso, deve-se considerar a intenção do emissor e a
cf. Confronte finalidade do documento, para que o texto esteja adequado à
CN Congresso Nacional situação comunicativa. Os atos oficiais (atos de caráter norma-
tivo) estabelecem regras para a conduta dos cidadãos, regulam
Cp. Compare o funcionamento dos órgãos e entidades públicos. Para alcançar
EM Exposição de Motivos tais objetivos, em sua elaboração, precisa ser empregada a lin-
guagem adequada. O mesmo ocorre com os expedientes oficiais,
f.v. Forma verbal
cuja finalidade precípua é a de informar com clareza e objetivi-
fem. Feminino dade.
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a solução para o seu concurso!
REDAÇÃO OFICIAL

Atributos da redação oficial:


• clareza e precisão;
• objetividade;
• concisão;
• coesão e coerência;
• impessoalidade;
• formalidade e padronização; e
• uso da norma padrão da língua portuguesa.

CLAREZA PRECISÃO
Para a obtenção de clareza, sugere-se: O atributo da precisão complementa a clareza e caracte-
a) utilizar palavras e expressões simples, em seu sentido comum, salvo quando riza-se por:
o texto versar sobre assunto técnico, hipótese em que se utilizará nomenclatura a) articulação da linguagem comum ou técnica para a per-
própria da área; feita compreensão da ideia veiculada no texto;
b) usar frases curtas, bem estruturadas; apresentar as orações na ordem direta b) manifestação do pensamento ou da ideia com as mes-
e evitar intercalações excessivas. Em certas ocasiões, para evitar ambiguidade, mas palavras, evitando o emprego de sinonímia com pro-
sugere-se a adoção da ordem inversa da oração; pósito meramente estilístico; e
c) buscar a uniformidade do tempo verbal em todo o texto; c) escolha de expressão ou palavra que não confira duplo
d) não utilizar regionalismos e neologismos; sentido ao texto.
e) pontuar adequadamente o texto;
f) explicitar o significado da sigla na primeira referência a ela; e
g) utilizar palavras e expressões em outro idioma apenas quando indispensáveis,
em razão de serem designações ou expressões de uso já consagrado ou de não
terem exata tradução. Nesse caso, grafe-as em itálico.

Por sua vez, ser objetivo é ir diretamente ao assunto que se deseja abordar, sem voltas e sem redundâncias. Para conseguir isso,
é fundamental que o redator saiba de antemão qual é a ideia principal e quais são as secundárias. A objetividade conduz o leitor ao
contato mais direto com o assunto e com as informações, sem subterfúgios, sem excessos de palavras e de ideias. É errado supor
que a objetividade suprime a delicadeza de expressão ou torna o texto rude e grosseiro.
Conciso é o texto que consegue transmitir o máximo de informações com o mínimo de palavras. Não se deve de forma alguma
entendê-la como economia de pensamento, isto é, não se deve eliminar passagens substanciais do texto com o único objetivo de
reduzi-lo em tamanho. Trata-se, exclusivamente, de excluir palavras inúteis, redundâncias e passagens que nada acrescentem ao
que já foi dito.
É indispensável que o texto tenha coesão e coerência. Tais atributos favorecem a conexão, a ligação, a harmonia entre os ele-
mentos de um texto. Percebe-se que o texto tem coesão e coerência quando se lê um texto e se verifica que as palavras, as frases e
os parágrafos estão entrelaçados, dando continuidade uns aos outros. Alguns mecanismos que estabelecem a coesão e a coerência
de um texto são:
• Referência (termos que se relacionam a outros necessários à sua interpretação);
• Substituição (colocação de um item lexical no lugar de outro ou no lugar de uma oração);
• Elipse (omissão de um termo recuperável pelo contexto);
• Uso de conjunção (estabelecer ligação entre orações, períodos ou parágrafos).
A redação oficial é elaborada sempre em nome do serviço público e sempre em atendimento ao interesse geral dos cidadãos.
Sendo assim, os assuntos objetos dos expedientes oficiais não devem ser tratados de outra forma que não a estritamente impessoal.
As comunicações administrativas devem ser sempre formais, isto é, obedecer a certas regras de forma. Isso é válido tanto para
as comunicações feitas em meio eletrônico, quanto para os eventuais documentos impressos. Recomendações:
• A língua culta é contra a pobreza de expressão e não contra a sua simplicidade;
• O uso do padrão culto não significa empregar a língua de modo rebuscado ou utilizar figuras de linguagem próprias do estilo
literário;
• A consulta ao dicionário e à gramática é imperativa na redação de um bom texto.

O único pronome de tratamento utilizado na comunicação com agentes públicos federais é “senhor”, independentemente do
nível hierárquico, da natureza do cargo ou da função ou da ocasião.

Obs. O pronome de tratamento é flexionado para o feminino e para o plural.

São formas de tratamento vedadas:


I - Vossa Excelência ou Excelentíssimo;
II - Vossa Senhoria;
III - Vossa Magnificência;
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a solução para o seu concurso!
REDAÇÃO OFICIAL

IV - doutor;
V - ilustre ou ilustríssimo;
VI - digno ou digníssimo; e
VII - respeitável.

Todavia, o agente público federal que exigir o uso dos pronomes de tratamento, mediante invocação de normas especiais refe-
rentes ao cargo ou carreira, deverá tratar o interlocutor do mesmo modo. Ademais, é vedado negar a realização de ato administra-
tivo ou admoestar o interlocutor nos autos do expediente caso haja erro na forma de tratamento empregada.
O endereçamento das comunicações dirigidas a agentes públicos federais não conterá pronome de tratamento ou o nome do
agente público. Poderão constar o pronome de tratamento e o nome do destinatário nas hipóteses de:
I – A mera indicação do cargo ou da função e do setor da administração ser insuficiente para a identificação do destinatário; ou
II - A correspondência ser dirigida à pessoa de agente público específico.

Até a segunda edição deste Manual, havia três tipos de expedientes que se diferenciavam antes pela finalidade do que pela
forma: o ofício, o aviso e o memorando. Com o objetivo de uniformizá-los, deve-se adotar nomenclatura e diagramação únicas, que
sigam o que chamamos de padrão ofício.
Consistem em partes do documento no padrão ofício:

• Cabeçalho: O cabeçalho é utilizado apenas na primeira página do documento, centralizado na área determinada pela forma-
tação. No cabeçalho deve constar o Brasão de Armas da República no topo da página; nome do órgão principal; nomes dos órgãos
secundários, quando necessários, da maior para a menor hierarquia; espaçamento entrelinhas simples (1,0). Os dados do órgão, tais
como endereço, telefone, endereço de correspondência eletrônica, sítio eletrônico oficial da instituição, podem ser informados no
rodapé do documento, centralizados.

• Identificação do expediente:
a) nome do documento: tipo de expediente por extenso, com todas as letras maiúsculas;
b) indicação de numeração: abreviatura da palavra “número”, padronizada como Nº;
c) informações do documento: número, ano (com quatro dígitos) e siglas usuais do setor que expede o documento, da menor
para a maior hierarquia, separados por barra (/);
d) alinhamento: à margem esquerda da página.

• Local e data:
a) composição: local e data do documento;
b) informação de local: nome da cidade onde foi expedido o documento, seguido de vírgula. Não se deve utilizar a sigla da uni-
dade da federação depois do nome da cidade;
c) dia do mês: em numeração ordinal se for o primeiro dia do mês e em numeração cardinal para os demais dias do mês. Não se
deve utilizar zero à esquerda do número que indica o dia do mês;
d) nome do mês: deve ser escrito com inicial minúscula;
e) pontuação: coloca-se ponto-final depois da data;
f) alinhamento: o texto da data deve ser alinhado à margem direita da página.

• Endereçamento: O endereçamento é a parte do documento que informa quem receberá o expediente. Nele deverão constar :
a) vocativo;
b) nome: nome do destinatário do expediente;
c) cargo: cargo do destinatário do expediente;
d) endereço: endereço postal de quem receberá o expediente, dividido em duas linhas: primeira linha: informação de localida-
de/logradouro do destinatário ou, no caso de ofício ao mesmo órgão, informação do setor; segunda linha: CEP e cidade/unidade da
federação, separados por espaço simples. Na separação entre cidade e unidade da federação pode ser substituída a barra pelo ponto
ou pelo travessão. No caso de ofício ao mesmo órgão, não é obrigatória a informação do CEP, podendo ficar apenas a informação
da cidade/unidade da federação;
e) alinhamento: à margem esquerda da página.

• Assunto: O assunto deve dar uma ideia geral do que trata o documento, de forma sucinta. Ele deve ser grafado da seguinte
maneira:
a) título: a palavra Assunto deve anteceder a frase que define o conteúdo do documento, seguida de dois-pontos;
b) descrição do assunto: a frase que descreve o conteúdo do documento deve ser escrita com inicial maiúscula, não se deve
utilizar verbos e sugere-se utilizar de quatro a cinco palavras;
c) destaque: todo o texto referente ao assunto, inclusive o título, deve ser destacado em negrito;
d) pontuação: coloca-se ponto-final depois do assunto;
e) alinhamento: à margem esquerda da página.
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a solução para o seu concurso!
REDAÇÃO OFICIAL

• Texto:

NOS CASOS EM QUE NÃO SEJA USADO PARA QUANDO FOREM USADOS PARA ENCAMINHAMENTO DE
ENCAMINHAMENTO DE DOCUMENTOS, O EXPEDIENTE DEVE DOCUMENTOS, A ESTRUTURA É MODIFICADA:
CONTER A SEGUINTE ESTRUTURA:
a) introdução: em que é apresentado o objetivo da comunicação. a) introdução: deve iniciar com referência ao expediente que
Evite o uso das formas: Tenho a honra de, Tenho o prazer de, solicitou o encaminhamento. Se a remessa do documento não
Cumpre-me informar que. Prefira empregar a forma direta: tiver sido solicitada, deve iniciar com a informação do motivo
Informo, Solicito, Comunico; da comunicação, que é encaminhar, indicando a seguir os dados
b) desenvolvimento: em que o assunto é detalhado; se o texto completos do documento encaminhado (tipo, data, origem ou
contiver mais de uma ideia sobre o assunto, elas devem ser signatário e assunto de que se trata) e a razão pela qual está
tratadas em parágrafos distintos, o que confere maior clareza à sendo encaminhado;
exposição; e b) desenvolvimento: se o autor da comunicação desejar fazer
c) conclusão: em que é afirmada a posição sobre o assunto. algum comentário a respeito do documento que encaminha,
poderá acrescentar parágrafos de desenvolvimento. Caso
contrário, não há parágrafos de desenvolvimento em expediente
usado para encaminhamento de documentos.

Em qualquer uma das duas estruturas, o texto do documento deve ser formatado da seguinte maneira:
a) alinhamento: justificado;
b) espaçamento entre linhas: simples;
c) parágrafos: espaçamento entre parágrafos: de 6 pontos após cada parágrafo; recuo de parágrafo: 2,5 cm de distância da mar-
gem esquerda; numeração dos parágrafos: apenas quando o documento tiver três ou mais parágrafos, desde o primeiro parágrafo.
Não se numeram o vocativo e o fecho;
d) fonte: Calibri ou Carlito; corpo do texto: tamanho 12 pontos; citações recuadas: tamanho 11 pontos; notas de Rodapé: tama-
nho 10 pontos.
e) símbolos: para símbolos não existentes nas fontes indicadas, pode-se utilizar as fontes Symbol e Wingdings.

• Fechos para comunicações: O fecho das comunicações oficiais objetiva, além da finalidade óbvia de arrematar o texto, saudar
o destinatário.
a) Para autoridades de hierarquia superior a do remetente, inclusive o Presidente da República: Respeitosamente,
b) Para autoridades de mesma hierarquia, de hierarquia inferior ou demais casos: Atenciosamente,

• Identificação do signatário: Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da República, todas as demais comunicações
oficiais devem informar o signatário segundo o padrão:
a) nome: nome da autoridade que as expede, grafado em letras maiúsculas, sem negrito. Não se usa linha acima do nome do
signatário;
b) cargo: cargo da autoridade que expede o documento, redigido apenas com as iniciais maiúsculas. As preposições que liguem
as palavras do cargo devem ser grafadas em minúsculas; e
c) alinhamento: a identificação do signatário deve ser centralizada na página. Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a
assinatura em página isolada do expediente. Transfira para essa página ao menos a última frase anterior ao fecho.

• Numeração de páginas: A numeração das páginas é obrigatória apenas a partir da segunda página da comunicação. Ela deve
ser centralizada na página e obedecer à seguinte formatação:
a) posição: no rodapé do documento, ou acima da área de 2 cm da margem inferior; e
b) fonte: Calibri ou Carlito.

Quanto a formatação e apresentação, os documentos do padrão ofício devem obedecer à seguinte forma:
a) tamanho do papel: A4 (29,7 cm x 21 cm);
b) margem lateral esquerda: no mínimo, 3 cm de largura;
c) margem lateral direita: 1,5 cm;
d) margens superior e inferior: 2 cm;
e) área de cabeçalho: na primeira página, 5 cm a partir da margem superior do papel;
f) área de rodapé: nos 2 cm da margem inferior do documento;
g) impressão: na correspondência oficial, a impressão pode ocorrer em ambas as faces do papel. Nesse caso, as margens esquer-
da e direita terão as distâncias invertidas nas páginas pares (margem espelho);
h) cores: os textos devem ser impressos na cor preta em papel branco, reservando-se, se necessário, a impressão colorida para
gráficos e ilustrações;

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a solução para o seu concurso!
REDAÇÃO OFICIAL

i) destaques: para destaques deve-se utilizar, sem abuso, o negrito. Deve-se evitar destaques com uso de itálico, sublinhado,
letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bordas ou qualquer outra forma de formatação que afete a sobriedade e a padroni-
zação do documento;
j) palavras estrangeiras: palavras estrangeiras devem ser grafadas em itálico;
k) arquivamento: dentro do possível, todos os documentos elaborados devem ter o arquivo de texto preservado para consulta
posterior ou aproveitamento de trechos para casos análogos. Deve ser utilizado, preferencialmente, formato de arquivo que possa
ser lido e editado pela maioria dos editores de texto utilizados no serviço público, tais como DOCX, ODT ou RTF.
l) nome do arquivo: para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem ser formados da seguinte maneira: tipo do docu-
mento + número do documento + ano do documento (com 4 dígitos) + palavras-chaves do conteúdo.

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a solução para o seu concurso!
REDAÇÃO OFICIAL

deliberação de suas Casas; para apresentar veto; enfim, fazer


comunicações do que seja de interesse dos Poderes Públicos e
da Nação.
Minuta de mensagem pode ser encaminhada pelos minis-
térios à Presidência da República, a cujas assessorias caberá a
redação final. As mensagens mais usuais do Poder Executivo ao
Os documentos oficiais podem ser identificados de acordo
Congresso Nacional têm as seguintes finalidades:
com algumas possíveis variações:
a) Encaminhamento de proposta de emenda constitucional,
a) [NOME DO EXPEDIENTE] + CIRCULAR: Quando um órgão
de projeto de lei ordinária, de projeto de lei complementar e os
envia o mesmo expediente para mais de um órgão receptor. A
que compreendem plano plurianual, diretrizes orçamentárias,
sigla na epígrafe será apenas do órgão remetente.
orçamentos anuais e créditos adicionais.
b) [NOME DO EXPEDIENTE] + CONJUNTO: Quando mais de
b) Encaminhamento de medida provisória.
um órgão envia, conjuntamente, o mesmo expediente para um
c) Indicação de autoridades.
único órgão receptor. As siglas dos órgãos remetentes constarão
d) Pedido de autorização para o Presidente ou o Vice-Presi-
na epígrafe.
dente da República se ausentarem do país por mais de 15 dias.
c) [NOME DO EXPEDIENTE] + CONJUNTO CIRCULAR: Quando
e) Encaminhamento de atos de concessão e de renovação de
mais de um órgão envia, conjuntamente, o mesmo expediente
concessão de emissoras de rádio e TV.
para mais de um órgão receptor. As siglas dos órgãos remetentes
f) Encaminhamento das contas referentes ao exercício an-
constarão na epígrafe.
terior.
g) Mensagem de abertura da sessão legislativa.
Nos expedientes circulares, por haver mais de um receptor,
h) Comunicação de sanção (com restituição de autógrafos).
o órgão remetente poderá inserir no rodapé as siglas ou nomes
i) Comunicação de veto.
dos órgãos que receberão o expediente.
j) Outras mensagens remetidas ao Legislativo, ex. Aprecia-
ção de intervenção federal.
Exposição de motivos (EM)
As mensagens contêm:
É o expediente dirigido ao Presidente da República ou ao
a) brasão: timbre em relevo branco;
VicePresidente para:
b) identificação do expediente: MENSAGEM Nº, alinhada à
a) propor alguma medida;
margem esquerda, no início do texto;
b) submeter projeto de ato normativo à sua consideração;
c) vocativo: alinhado à margem esquerda, de acordo com o
ou
pronome de tratamento e o cargo do destinatário, com o recuo
c) informa-lo de determinado assunto.
de parágrafo dado ao texto;
d) texto: iniciado a 2 cm do vocativo;
A exposição de motivos é dirigida ao Presidente da Repú-
e) local e data: posicionados a 2 cm do final do texto, ali-
blica por um Ministro de Estado. Nos casos em que o assunto
nhados à margem direita. A mensagem, como os demais atos
tratado envolva mais de um ministério, a exposição de motivos
assinados pelo Presidente da República, não traz identificação
será assinada por todos os ministros envolvidos, sendo, por essa
de seu signatário.
razão, chamada de interministerial. Independentemente de ser
uma EM com apenas um autor ou uma EM interministerial, a
A utilização do e-mail para a comunicação tornou-se prática
sequência numérica das exposições de motivos é única. A nume-
comum, não só em âmbito privado, mas também na administra-
ração começa e termina dentro de um mesmo ano civil.
ção pública. O termo e-mail pode ser empregado com três sentidos.
A exposição de motivos é a principal modalidade de comuni-
Dependendo do contexto, pode significar gênero textual, endere-
cação dirigida ao Presidente da República pelos ministros. Além
ço eletrônico ou sistema de transmissão de mensagem eletrônica.
disso, pode, em certos casos, ser encaminhada cópia ao Con-
Como gênero textual, o e-mail pode ser considerado um documen-
gresso Nacional ou ao Poder Judiciário.
to oficial, assim como o ofício. Portanto, deve-se evitar o uso de
O Sistema de Geração e Tramitação de Documentos Oficiais
linguagem incompatível com uma comunicação oficial. Como en-
(Sidof) é a ferramenta eletrônica utilizada para a elaboração, a
dereço eletrônico utilizado pelos servidores públicos, o e-mail deve
redação, a alteração, o controle, a tramitação, a administração e
ser oficial, utilizando-se a extensão “.gov.br”, por exemplo. Como
a gerência das exposições de motivos com as propostas de atos
sistema de transmissão de mensagens eletrônicas, por seu baixo
a serem encaminhadas pelos Ministérios à Presidência da Repú-
custo e celeridade, transformou-se na principal forma de envio e
blica.
recebimento de documentos na administração pública.
Ao se utilizar o Sidof, a assinatura, o nome e o cargo do sig-
Nos termos da Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto
natário são substituídos pela assinatura eletrônica que informa
de 2001, para que o e-mail tenha valor documental, isto é, para
o nome do ministro que assinou a exposição de motivos e do
que possa ser aceito como documento original, é necessário exis-
consultor jurídico que assinou o parecer jurídico da Pasta.
tir certificação digital que ateste a identidade do remetente, se-
A Mensagem é o instrumento de comunicação oficial entre
gundo os parâmetros de integridade, autenticidade e validade ju-
os Chefes dos Poderes Públicos, notadamente as mensagens en-
rídica da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICPBrasil.
viadas pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo para
informar sobre fato da administração pública; para expor o plano
de governo por ocasião da abertura de sessão legislativa; para
submeter ao Congresso Nacional matérias que dependem de
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a solução para o seu concurso!
REDAÇÃO OFICIAL

O destinatário poderá reconhecer como válido o e-mail sem certificação digital ou com certificação digital fora ICP-Brasil; con-
tudo, caso haja questionamento, será obrigatório a repetição do ato por meio documento físico assinado ou por meio eletrônico
reconhecido pela ICP-Brasil. Salvo lei específica, não é dado ao ente público impor a aceitação de documento eletrônico que não
atenda os parâmetros da ICP-Brasil.
Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não interessa definir padronização da mensa-
gem comunicada. O assunto deve ser o mais claro e específico possível, relacionado ao conteúdo global da mensagem. Assim, quem
irá receber a mensagem identificará rapidamente do que se trata; quem a envia poderá, posteriormente, localizar a mensagem na
caixa do correio eletrônico.
O texto dos correios eletrônicos deve ser iniciado por uma saudação. Quando endereçado para outras instituições, para recep-
tores desconhecidos ou para particulares, deve-se utilizar o vocativo conforme os demais documentos oficiais, ou seja, “Senhor” ou
“Senhora”, seguido do cargo respectivo, ou “Prezado Senhor”, “Prezada Senhora”.
Atenciosamente é o fecho padrão em comunicações oficiais. Com o uso do e-mail, popularizou-se o uso de abreviações como
“Att.”, e de outros fechos, como “Abraços”, “Saudações”, que, apesar de amplamente usados, não são fechos oficiais e, portanto, não
devem ser utilizados em e-mails profissionais.
Sugere-se que todas as instituições da administração pública adotem um padrão de texto de assinatura. A assinatura do e-mail
deve conter o nome completo, o cargo, a unidade, o órgão e o telefone do remetente.
A possibilidade de anexar documentos, planilhas e imagens de diversos formatos é uma das vantagens do e-mail. A mensagem
que encaminha algum arquivo deve trazer informações mínimas sobre o conteúdo do anexo.
Os arquivos anexados devem estar em formatos usuais e que apresentem poucos riscos de segurança. Quando se tratar de do-
cumento ainda em discussão, os arquivos devem, necessariamente, ser enviados, em formato que possa ser editado.
A correção ortográfica é requisito elementar de qualquer texto, e ainda mais importante quando se trata de textos oficiais.
Muitas vezes, uma simples troca de letras pode alterar não só o sentido da palavra, mas de toda uma frase. O que na correspondên-
cia particular seria apenas um lapso na digitação pode ter repercussões indesejáveis quando ocorre no texto de uma comunicação
oficial ou de um ato normativo. Assim, toda revisão que se faça em determinado documento ou expediente deve sempre levar em
conta também a correção ortográfica.

HÍFEN ASPAS ITÁLICO NEGRITO E SUBLINHADO


Emprega-se itálico em:
a) títulos de publicações
O hífen é um sinal usado para:
As aspas têm os seguintes (livros, revistas, jornais,
a) ligar os elementos de
empregos: periódicos etc.) ou títulos de
palavras compostas: vice-
a) antes e depois de uma congressos, conferências,
ministro;
citação textual direta, quando slogans, lemas sem o uso de Usa-se o negrito para realce
b) para unir pronomes átonos
esta tem até três linhas, sem aspas (com inicial maiúscula de palavras e trechos. Deve-se
a verbos: agradeceu-lhe; e
utilizar itálico; em todas as palavras, exceto evitar o uso de sublinhado para
c) para, no final de uma
b) quando necessário, para nas de ligação); realçar palavras e trechos em
linha, indicar a separação
diferenciar títulos, termos b) palavras e as expressões comunicações oficiais.
das sílabas de uma palavra
técnicos, expressões fixas, em latim ou em outras
em duas partes (a chamada
definições, exemplificações e línguas estrangeiras não
translineação): com-/parar,
assemelhados. incorporadas ao uso comum
gover-/no.
na língua portuguesa ou não
aportuguesadas.

PARÊNTESES E TRAVESSÃO USO DE SIGLAS E ACRÔNIMOS


Os parênteses são empregados para intercalar, em um texto, Para padronizar o uso de siglas e acrônimos nos atos normativos,
explicações, indicações, comentários, observações, como por serão adotados os conceitos sugeridos pelo Manual de Elaboração
exemplo, indicar uma data, uma referência bibliográfica, uma de Textos da Consultoria Legislativa do Senado Federal (1999), em
sigla. que:
O travessão, que é representado graficamente por um hífen a) sigla: constitui-se do resultado das somas das iniciais de um
prolongado (–), substitui parênteses, vírgulas, dois-pontos. título; e
b) acrônimo: constitui-se do resultado da soma de algumas sílabas
ou partes dos vocábulos de um título.

Sintaxe é a parte da Gramática que estuda a palavra, não em si, mas em relação às outras, que, com ela, se unem para exprimir
o pensamento. Temos, assim, a seguinte ordem de colocação dos elementos que compõem uma oração:

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a solução para o seu concurso!
REDAÇÃO OFICIAL

SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO + ADJUNTO ADVERBIAL O ponto de interrogação, como se depreende de seu nome,
é utilizado para marcar o final de uma frase interrogativa direta.
O sujeito é o ser de quem se fala ou que executa a ação O ponto de exclamação é utilizado para indicar surpresa, espan-
enunciada na oração. De acordo com a gramática normativa, to, admiração, súplica etc. Seu uso na redação oficial fica geral-
o sujeito da oração não pode ser preposicionado. Ele pode ter mente restrito aos discursos e às peças de retórica.
complemento, mas não ser complemento. O uso do pronome demonstrativo obedece às seguintes cir-
Embora seja usada como recurso estilístico na literatura, a cunstâncias:
fragmentação de frases deve ser evitada nos textos oficiais, pois a) Emprega-se este(a)/isto quando o termo referente estiver
muitas vezes dificulta a compreensão. próximo ao emissor, ou seja, de quem fala ou redige.
A omissão de certos termos, ao fazermos uma compara- b) Emprega-se esse(a)/isso quando o termo referente esti-
ção, omissão própria da língua falada, deve ser evitada na lín- ver próximo ao receptor, ou seja, a quem se fala ou para quem
gua escrita, pois compromete a clareza do texto: nem sempre é se redige.
possível identificar, pelo contexto, o termo omitido. A ausência c) Emprega-se aquele(a)/aquilo quando o termo referente
indevida de um termo pode impossibilitar o entendimento do estiver distante tanto do emissor quanto do receptor da men-
sentido que se quer dar a uma frase. sagem.
Ambígua é a frase ou oração que pode ser tomada em mais d) Emprega-se este(a) para referir-se ao tempo presente;
de um sentido. Como a clareza é requisito básico de todo texto e) Emprega-se esse(a) para se referir ao tempo passado;
oficial, deve-se atentar para as construções que possam gerar f) Emprega-se aquele(a)/aquilo em relação a um tempo pas-
equívocos de compreensão. A ambiguidade decorre, em geral, sado mais longínquo, ou histórico.
da dificuldade de identificar-se a que palavra se refere um pro- g) Usa-se este(a)/isto para introduzir referência que, no tex-
nome que possui mais de um antecedente na terceira pessoa. to, ainda será mencionado;
A concordância é o processo sintático segundo o qual certas h) Usa-se este(a)para se referir ao próprio texto;
palavras se acomodam, na sua forma, às palavras de que depen- i) Emprega-se esse(a)/isso quando a informação já foi men-
dem. Essa acomodação formal se chama flexão e se dá quanto a cionada no texto.
gênero e número (nos adjetivos – nomes ou pronomes), núme-
ros e pessoa (nos verbos). Daí, a divisão: concordância nominal A Semântica estuda o sentido das palavras, expressões, fra-
e concordância verbal. ses e unidades maiores da comunicação verbal, os significados
que lhe são atribuídos. Ao considerarmos o significado de de-
CONCORDÂNCIA VERBAL CONCORDÂNCIA NOMINAL terminada palavra, levamos em conta sua história, sua estrutura
(radical, prefixos, sufixos que participam da sua forma) e, por
O verbo concorda com seu Adjetivos (nomes ou fim, o contexto em que se apresenta.
sujeito em pessoa e número. pronomes), artigos e numerais Sendo a clareza um dos requisitos fundamentais de todo
concordam em gênero e texto oficial, deve-se atentar para a tradição no emprego de
número com os substantivos determinada expressão com determinado sentido. O emprego
de que dependem. de expressões ditas de uso consagrado confere uniformidade e
transparência ao sentido do texto. Mas isso não quer dizer que
Regência é, em gramática, sinônimo de dependência, su- os textos oficiais devam limitar-se à repetição de chavões e de
bordinação. Assim, a sintaxe de regência trata das relações de clichês.
dependência que as palavras mantêm na frase. Dizemos que um Verifique sempre o contexto em que as palavras estão sen-
termo rege o outro que o complementa. Numa frase, os termos do utilizadas. Certifique-se de que não há repetições desne-
regentes ou subordinantes (substantivos, adjetivos, verbos) re- cessárias ou redundâncias. Procure sinônimos ou termos mais
gem os termos regidos ou subordinados (substantivos, adjetivos, precisos para as palavras repetidas; mas se sua substituição for
preposições) que lhes completam o sentido. comprometer o sentido do texto, tornando-o ambíguo ou menos
Os sinais de pontuação, ligados à estrutura sintática, têm as claro, não hesite em deixar o texto como está.
seguintes finalidades: É importante lembrar que o idioma está em constante mu-
a) assinalar as pausas e as inflexões da voz (a entoação) na tação. A própria evolução dos costumes, das ideias, das ciências,
leitura; da política, enfim da vida social em geral, impõe a criação de
b) separar palavras, expressões e orações que, segundo o novas palavras e de formas de dizer.
autor, devem merecer destaque; e A redação oficial não pode alhear-se dessas transformações,
c) esclarecer o sentido da frase, eliminando ambiguidades. nem incorporá-las acriticamente. Quanto às novidades vocabu-
lares, por um lado, elas devem sempre ser usadas com critério,
A vírgula serve para marcar as separações breves de sentido evitando-se aquelas que podem ser substituídas por vocábulos
entre termos vizinhos, as inversões e as intercalações, quer na já de uso consolidado sem prejuízo do sentido que se lhes quer
oração, quer no período. O ponto e vírgula, em princípio, sepa- dar.
ra estruturas coordenadas já portadoras de vírgulas internas. É De outro lado, não se concebe que, em nome de suposto
também usado em lugar da vírgula para dar ênfase ao que se purismo, a linguagem das comunicações oficiais fique imune
quer dizer. às criações vocabulares ou a empréstimos de outras línguas. A
Emprega-se este sinal de pontuação para introduzir citações, rapidez do desenvolvimento tecnológico, por exemplo, impõe a
marcar enunciados de diálogo e indicar um esclarecimento, um criação de inúmeros novos conceitos e termos, ditando de certa
resumo ou uma consequência do que se afirmou. forma a velocidade com que a língua deve incorporá-los. O im-
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portante é usar o estrangeirismo de forma consciente, buscar o Além do processo legislativo disciplinado na Constituição
equivalente português quando houver ou conformar a palavra (processo legislativo externo), a doutrina identifica o chamado
estrangeira ao espírito da Língua Portuguesa. processo legislativo interno, que se refere à forma de fazer ado-
O problema do abuso de estrangeirismos inúteis ou empre- tada para a tomada da decisão legislativa.
gados em contextos em que não cabem, é em geral causado ou Antes de decidir sobre as providências a serem tomadas, é
pelo desconhecimento da riqueza vocabular de nossa língua, ou essencial identificar o problema a ser enfrentado. Realizada a
pela incorporação acrítica do estrangeirismo. identificação do problema em decorrência de impulsos externos
• A homonímia é a designação geral para os casos em que (manifestações de órgãos de opinião pública, críticas de segmen-
palavras de sentidos diferentes têm a mesma grafia (os homô- tos especializados) ou graças à atuação dos mecanismos próprios
nimos homógrafos) ou a mesma pronúncia (os homônimos ho- de controle, o problema deve ser delimitado de forma precisa.
mófonos). A análise da situação questionada deve contemplar as cau-
• Os homógrafos podem coincidir ou não na pronúncia, sas ou o complexo de causas que eventualmente determinaram
como nos exemplos: quarto (aposento) e quarto (ordinal), man- ou contribuíram para o seu desenvolvimento. Essas causas po-
ga (fruta) e manga (de camisa), em que temos pronúncia idênti- dem ter influências diversas, tais como condutas humanas, de-
ca; e apelo (pedido) e apelo (com e aberto, 1ª pess. Do sing. Do senvolvimentos sociais ou econômicos, influências da política
pres. Do ind. Do verbo apelar), consolo (alívio) e consolo (com nacional ou internacional, consequências de novos problemas
o aberto, 1ª pess. Do sing. Do pres. Do ind. Do verbo consolar), técnicos, efeitos de leis antigas, mudanças de concepção etc.
com pronúncia diferente. Os homógrafos de idêntica pronúncia Para verificar a adequação dos meios a serem utilizados, de-
diferenciam-se pelo contexto em que são empregados. ve-se realizar uma análise dos objetivos que se esperam com a
• Já o termo paronímia designa o fenômeno que ocorre com aprovação da proposta. A ação do legislador, nesse âmbito, não
palavras semelhantes (mas não idênticas) quanto à grafia ou à difere, fundamentalmente, da atuação do homem comum, que
pronúncia. É fonte de muitas dúvidas, como entre descrição (ato se caracteriza mais por saber exatamente o que não quer, sem
de descrever) e discrição (qualidade do que é discreto), retificar precisar o que efetivamente pretende.
(corrigir) e ratificar (confirmar). A avaliação emocional dos problemas, a crítica generaliza-
da e, às vezes, irrefletida sobre o estado de coisas dominante
No Estado de Direito, as normas jurídicas cumprem a tarefa acabam por permitir que predominem as soluções negativistas,
de concretizar a Constituição. Elas devem criar os fundamentos que têm por escopo, fundamentalmente, suprimir a situação
de justiça e de segurança que assegurem um desenvolvimento questionada sem contemplar, de forma detida e racional, as al-
social harmônico em um contexto de paz e de liberdade. Esses ternativas possíveis ou as causas determinantes desse estado de
complexos objetivos da norma jurídica são expressos nas fun- coisas negativo. Outras vezes, deixa-se orientar por sentimento
ções: inverso, buscando, pura e simplesmente, a preservação do sta-
I) de integração: a lei cumpre função de integração ao com- tus quo.
pensar as diferenças jurídico-políticas no quadro de formação da Essas duas posições podem levar, nos seus extremos, a uma
vontade do Estado (desigualdades sociais, regionais); imprecisa definição dos objetivos. A definição da decisão legis-
II) de planificação: a lei é o instrumento básico de organiza- lativa deve ser precedida de uma rigorosa avaliação das alterna-
ção, de definição e de distribuição de competências; tivas existentes, seus prós e contras. A existência de diversas al-
III) de proteção: a lei cumpre função de proteção contra o ternativas para a solução do problema não só amplia a liberdade
arbítrio ao vincular os próprios órgãos do Estado; do legislador, como também permite a melhoria da qualidade da
decisão legislativa.
IV) de regulação: a lei cumpre função reguladora ao direcio- Antes de decidir sobre a alternativa a ser positivada, devem-
nar condutas por meio de modelos; -se avaliar e contrapor as alternativas existentes sob dois pontos
V) de inovação: a lei cumpre função de inovação na ordem de vista: a) De uma perspectiva puramente objetiva: verificar se
jurídica e no plano social. a análise sobre os dados fáticos e prognósticos se mostra con-
Requisitos da elaboração normativa: sistente; b) De uma perspectiva axiológica: aferir, com a utiliza-
• Clareza e determinação da norma; ção de critérios de probabilidade (prognósticos), se os meios a
• Princípio da reserva legal; serem empregados mostram-se adequados a produzir as conse-
• Reserva legal qualificada (algumas providências sejam pre- quências desejadas. Devem-se contemplar, igualmente, as suas
cedidas de específica autorização legislativa, vinculada à deter- deficiências e os eventuais efeitos colaterais negativos.
minada situação ou destinada a atingir determinado objetivo); O processo de decisão normativa estará incompleto caso se
• Princípio da legalidade nos âmbitos penal, tributário e ad- entenda que a tarefa do legislador se encerre com a edição do
ministrativo; ato normativo. Uma planificação mais rigorosa do processo de
• Princípio da proporcionalidade; elaboração normativa exige um cuidadoso controle das diversas
• Densidade da norma (a previsão legal contenha uma disci- consequências produzidas pelo novo ato normativo.
plina suficientemente concreta); É recomendável que o legislador redija as leis dentro de um
• Respeito ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à espírito de sistema, tendo em vista não só a coerência e a har-
coisa julgada; monia interna de suas disposições, mas também a sua adequada
• Remissões legislativas (se as remissões forem inevitáveis, inserção no sistema jurídico como um todo. Essa sistematização
sejam elas formuladas de tal modo que permitam ao intérprete expressa uma característica da cientificidade do Direito e cor-
apreender o seu sentido sem ter de compulsar o texto referido). responde às exigências mínimas de segurança jurídica, à medida
que impedem uma ruptura arbitrária com a sistemática adotada
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na aplicação do Direito. Costuma-se distinguir a sistemática da A estrutura dos atos normativos é composta por dois ele-
lei em sistemática interna (compatibilidade teleológica e au- mentos básicos: a ordem legislativa e a matéria legislada. A or-
sência de contradição lógica) e sistemática externa (estrutura dem legislativa compreende a parte preliminar e o fecho da lei
da lei). ou do decreto; a matéria legislada diz respeito ao texto ou ao
Regras básicas a serem observadas para a sistematização do corpo do ato.
texto do ato normativo, com o objetivo de facilitar sua estrutu- A lei ordinária é ato normativo primário e contém, em re-
ração: gra, normas gerais e abstratas. Embora as leis sejam definidas,
a) matérias que guardem afinidade objetiva devem ser tra- normalmente, pela generalidade e pela abstração (lei material),
tadas em um mesmo contexto ou agrupamento; estas contêm, não raramente, normas singulares (lei formal ou
b) os procedimentos devem ser disciplinados segundo a or- ato normativo de efeitos concretos).
dem cronológica, se possível; As leis complementares são um tipo de lei que não têm a
c) a sistemática da lei deve ser concebida de modo a permitir rigidez dos preceitos constitucionais, e tampouco comportam
que ela forneça resposta à questão jurídica a ser disciplinada; e a revogação por força de qualquer lei ordinária superveniente.
d) institutos diversos devem ser tratados separadamente. Com a instituição de lei complementar, o constituinte buscou
resguardar determinadas matérias contra mudanças céleres ou
• O artigo de alteração da norma deve fazer menção expres- apressadas, sem deixá-las exageradamente rígidas, o que difi-
sa ao ato normativo que está sendo alterado. cultaria sua modificação. A lei complementar deve ser aprovada
• Na hipótese de alteração parcial de artigo, os dispositivos pela maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Na-
que não terão o seu texto alterado serão substituídos por linha cional.
pontilhada, cujo uso é obrigatório para indicar a manutenção e a Lei delegada é o ato normativo elaborado e editado pelo
não alteração do trecho do artigo. Presidente da República em decorrência de autorização do Po-
der Legislativo, expedida por meio de resolução do Congresso
O termo “republicação” é utilizado para designar apenas a Nacional e dentro dos limites nela traçados. Medida provisória é
hipótese de o texto publicado não corresponder ao original as- ato normativo com força de lei que pode ser editado pelo Presi-
sinado pela autoridade. Não se pode cogitar essa hipótese por dente da República em caso de relevância e urgência. Decretos
motivo de erro já constante do documento subscrito pela au- são atos administrativos de competência exclusiva do Chefe do
toridade ou, muito menos, por motivo de alteração na opinião Executivo, destinados a prover as situações gerais ou individuais,
da autoridade. Considerando que os atos normativos somente abstratamente previstas, de modo expresso ou implícito, na lei.
produzem efeitos após a publicação no Diário Oficial da União, • Decretos singulares ou de efeitos concretos: Os decretos
mesmo no caso de republicação, não se poderá cogitar a existên- podem conter regras singulares ou concretas (por exemplo, de-
cia de efeitos retroativos com a publicação do texto corrigido. cretos referentes à questão de pessoal, de abertura de crédito,
Contudo, o texto publicado sem correspondência com aquele de desapropriação, de cessão de uso de imóvel, de indulto, de
subscrito pela autoridade poderá ser considerado inválido com perda de nacionalidade, etc.).
efeitos retroativos. • Decretos regulamentares: Os decretos regulamentares são
Já a retificação se refere aos casos em que texto publicado atos normativos subordinados ou secundários.
corresponde ao texto subscrito pela autoridade, mas que conti- • Decretos autônomos: Limita-se às hipóteses de organiza-
nha lapso manifesto. A retificação requer nova assinatura pelas ção e funcionamento da administração pública federal, quando
autoridades envolvidas e, em muitos casos, é menos convenien- não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de
te do que a mera alteração da norma. órgãos públicos, e de extinção de funções ou cargos públicos,
A correção de erro material que não afete a substância do quando vagos.
ato singular de caráter pessoal e as retificações ou alterações da
denominação de cargos, funções ou órgãos que tenham tido a Portaria é o instrumento pelo qual Ministros ou outras au-
denominação modificada em decorrência de lei ou de decreto toridades expedem instruções sobre a organização e o funcio-
superveniente à expedição do ato pessoal a ser apostilado são namento de serviço, sobre questões de pessoal e outros atos de
realizadas por meio de apostila. O apostilamento é de compe- sua competência.
tência do setor de recurso humanos do órgão, autarquia ou fun-
dação, e dispensa nova assinatura da autoridade que subscreveu O processo legislativo abrange não só a elaboração das leis
o ato originário. propriamente ditas (leis ordinárias, leis complementares, leis
Atenção: Deve-se ter especial atenção quando do uso do delegadas), mas também a elaboração das emendas constitu-
apostilamento para os atos relativos à vacância ou ao provimen- cionais, das medidas provisórias, dos decretos legislativos e das
to decorrente de alteração de estrutura de órgão, autarquia ou resoluções.
fundação pública. O apostilamento não se aplica aos casos nos A iniciativa é a proposta de edição de direito novo. A iniciati-
quais a essência do cargo em comissão ou da função de confian- va comum ou concorrente compete ao Presidente da República,
ça tenham sido alterados, tais como nos casos de alteração do a qualquer Deputado ou Senador, a qualquer comissão de qual-
nível hierárquico, transformação de atribuição de assessoramen- quer das Casas do Congresso, e aos cidadãos – iniciativa popu-
to em atribuição de chefia (ou vice-versa) ou transferência de lar. A Constituição confere a iniciativa da legislação sobre certas
cargo para unidade com outras competências. Também deve-se matérias, privativamente, a determinados órgãos, denominada
alertar para o fato que a praxe atual tem sido exigir que o apos- de iniciativa reservada. A Constituição prevê, ainda, sistema de
tilamento decorrente de alteração em estrutura regimental seja iniciativa vinculada, na qual a apresentação do projeto é obriga-
realizado na mesma data da entrada em vigor de seu decreto. tória. Nesse caso, o Chefe do Executivo Federal deve encaminhar
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a solução para o seu concurso!
REDAÇÃO OFICIAL

ao Congresso Nacional os projetos referentes às leis orçamentá- b) procedimento legislativo abreviado: Este procedimento
rias (plano plurianual, lei de diretrizes orçamentárias e o orça- dispensa a competência do Plenário, ocorrendo, por isso, a de-
mento anual). liberação terminativa sobre o projeto de lei nas próprias Comis-
sões Permanentes.
A disciplina sobre a discussão e a instrução do projeto de lei c) procedimento legislativo sumário: Entre as prerrogativas
é confiada, fundamentalmente, aos Regimentos das Casas Legis- regimentais das Casas do Congresso Nacional existe a de conferir
lativas. urgência a certas proposições.
Emenda é a proposição apresentada como acessória de d) procedimento legislativo sumaríssimo: Existe nas duas
outra proposição. Nem todo titular de iniciativa tem poder de Casas do Congresso Nacional mecanismo que assegura delibe-
emenda. Essa faculdade é reservada aos parlamentares. Se, en- ração instantânea sobre matérias submetidas à sua apreciação.
tretanto, for de iniciativa do Poder Executivo ou do Poder Ju- e) procedimento legislativo concentrado: O procedimento
diciário, o seu titular também pode apresentar modificações, legislativo concentrado tipifica-se, basicamente, pela apresenta-
acréscimos, o que fará por meio de mensagem aditiva, dirigida ção das matérias em reuniões conjuntas de deputados e senado-
ao Presidente da Câmara dos Deputados, que justifique a ne- res. Ex. para leis financeiras e delegadas.
cessidade do acréscimo. A apresentação de emendas a qualquer f) procedimento legislativo especial: Nesse procedimento,
projeto de lei oriundo de iniciativa reservada é autorizada, desde englobam-se dois ritos distintos com características próprias, um
que não implique aumento de despesa e que tenha estrita per- destinado à elaboração de emendas à Constituição; outro, à de
tinência temática. códigos.
A Constituição não impede a apresentação de emendas ao
projeto de lei orçamentária. Elas devem ser, todavia, compatíveis
com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias e CORREIO ELETRÔNICO. DEFINIÇÃO E FINALIDADE. VA-
devem indicar os recursos necessários, sendo admitidos apenas LOR DOCUMENTAL. FORMA E ESTRUTURA. ANEXOS.
aqueles provenientes de anulação de despesa. A Constituição RECOMENDAÇÕE S
veda a propositura de emendas ao projeto de lei de diretrizes
orçamentárias que não guardem compatibilidade com o plano
plurianual.
Prezado candidato, o tema supracitado foi abordado na
A votação da matéria legislativa constitui ato coletivo das
matéria de “NOÇÕES DE INFORMÁTICA”.
Casas do Congresso. Realiza-se, normalmente, após a instrução
Não deixe de conferir!
do projeto nas comissões e dos debates no plenário. A sanção é
Bons estudos!
o ato pelo qual o Chefe do Executivo manifesta a sua anuência ao
projeto de lei aprovado pelo Poder Legislativo. Verifica-se aqui a
fusão da vontade do Congresso Nacional com a do Presidente, COESÃO TEXTUAL. MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL.
da qual resulta a formação da lei. COESÃO REFERENCIAL. COESÃO SEQUENCIAL
O veto é o ato pelo qual o Chefe do Poder Executivo nega
sanção ao projeto – ou a parte dele –, obstando à sua conversão
em lei. Dois são os fundamentos para a recusa de sanção:
a) inconstitucionalidade; ou Prezado candidato, o tema supracitado foi abordado na
b) contrariedade ao interesse público. matéria de “LÍNGUA PORTUGUESA”.
O veto deve ser expresso e motivado, e oposto no prazo de Não deixe de conferir!
15 dias úteis, contado da data do recebimento do projeto, e co- Bons estudos!
municado ao Congresso Nacional nas 48 horas subsequentes à
sua oposição. O veto não impede a conversão do projeto em lei,
QUESTÕES
podendo ser superado por deliberação do Congresso Nacional.
A promulgação e a publicação constituem fases essenciais
da eficácia da lei. A promulgação das leis compete ao Presiden-
te da República. Ela deverá ocorrer dentro do prazo de 48 ho- 1. (OBJETIVA - 2019 - PREFEITURA DE SÃO JOÃO DA URTIGA -
ras, decorrido da sanção ou da superação do veto. Nesse último RS - AGENTE ADMINISTRATIVO)
caso, se o Presidente não promulgar a lei, competirá a promulga- Segundo o Manual de Redação da Presidência da República, a
ção ao Presidente do Senado Federal, que disporá, igualmente, finalidade básica da Redação Oficial é comunicar com:
de 48 horas para fazê-lo; se este não o fizer, deverá fazê-lo o (A) Subjetividade e máxima clareza.
Vice-Presidente do Senado Federal, em prazo idêntico. (B) Subjetividade e máxima imprecisão.
O período entre a publicação da lei e a sua entrada em vigor (C) Objetividade e máxima clareza.
é chamado de período de vacância ou vacatio legis. Na falta de (D) Objetividade e máxima imprecisão.
disposição especial, vigora o princípio que reconhece o decurso
de um lapso de tempo entre a data da publicação e o termo ini-
cial da obrigatoriedade (45 dias).
Podem-se distinguir seis tipos de procedimento legislativo:
a) procedimento legislativo normal: Trata da elaboração
das leis ordinárias (excluídas as leis financeiras e os códigos) e
complementares.
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a solução para o seu concurso!
REDAÇÃO OFICIAL

2. (FUNDATEC - 2019 - PREFEITURA DE NOVO HORIZONTE - SP


- AGENTE ADMINISTRATIVO)
ANOTAÇÕES
Segundo o Manual de Redação da Presidência da República
(2018), os documentos do padrão ofício devem obedecer à seguin- ______________________________________________________
te formatação, entre outras:
(I) Margem lateral direita: 1,5 cm; ______________________________________________________
(II) Margem lateral esquerda: no mínimo, 3 cm de largura;
(III) Margem superior e inferior: 2 cm; e ______________________________________________________
(IV) Tamanho do papel: A5 (14,8 cm x 21 cm). ______________________________________________________
Quais estão corretas?
(A) Apenas I. ______________________________________________________
(B) Apenas I e III.
(C) Apenas II e IV. ______________________________________________________
(D) Apenas I, II e III.
(E) Apenas II, III e IV. ______________________________________________________

______________________________________________________
3. (CPCON - 2019 - PREFEITURA DE GUARABIRA - PB - AGENTE
ADMINISTRATIVO) ______________________________________________________
O Manual de Redação da Presidência da República estabelece
o emprego de somente dois fechos diferentes para todas as moda- ______________________________________________________
lidades de comunicação oficial. Marque (V) ou (F), conforme sejam
verdadeiras ou falsas as proposições. ______________________________________________________
( ) Para autoridades superiores, inclusive o Presidente da Repú- ______________________________________________________
blica: Respeitosamente.
( ) Para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia in- ______________________________________________________
ferior: Atenciosamente.
( ) Para autoridades superiores, inclusive o Presidente da Repú- ______________________________________________________
blica: Atenciosamente.
( ) Para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia in- ______________________________________________________
ferior: Respeitosamente. ______________________________________________________
( ) Tal regra também é aplicável a comunicações dirigidas a
autoridades estrangeiras. ______________________________________________________
Marque a alternativa que contém a sequência CORRETA de pre-
enchimento dos parênteses. ______________________________________________________
(A) V, V, V, F e F.
(B) V, V, F, F e F ______________________________________________________
(C) F, F, F, V e V. ______________________________________________________
(D) F, F, F, F e V.
(D) V, V, F, F e V. ______________________________________________________

______________________________________________________
GABARITO
______________________________________________________

______________________________________________________
1 C
______________________________________________________
2 D
3 B ______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE SISTEMA ELETRÔNICO
DE INFORMAÇÕES (SEI)

INTRODUÇÃO ACESSO AO SISTEMA ELEMENTOS DA TELA INICIAL RECEBIMENTO E ATRIBUIÇÃO DE PROCESSOS IN-
CLUSÃO DE ANOTAÇÕES

INTRODUÇÃO
O Sistema Eletrônico de Informações (SEI) é uma plataforma para a gestão digital de documentos e processos A implantação na
administração pública estadual será coordenada pela Secretaria de Gestão e Governo Digital, com operação da PRODESP ( Empresa de
Tecnologia do Estado ).
O aplicativo do SEI permite aos usuários consultar, acompanhar, assinar e tramitar documentos eletrônicos .
-ACESSO AO SISTEMA

Os dados de login e senha do usuário são informados para a unidade solicitante no momento do cadastro. Para saber mais sobre os
tipos de login e formas de recuperação de senha, favor consultar a seção Recuperação de Senha.
- ELEMENTOS DA TELA INICIAL

Menu: permite ocultar ou mostrar o menu principal. Saiba mais na seção Menu
Principal.
Pesquisar: possibilita busca rápida pelo número de processo ou documento.
Quando o usuário preenche o campo com uma informação diferente ou clica no
ícone da lupa, o sistema abre a página da pesquisa avançada. Saiba mais na seção
Pesquisa.
Unidade: mostra ao usuário em qual unidade ele está logado e, ao clicar sobre
ela, possibilita a troca para outra unidade na qual tenha permissão.

Controle de processos: permite ao usuário retornar à tela principal do sistema.


Saiba mais na seção Tela Controle de Processos.

Novidades: disponibiliza informação sobre novas funcionalidades adicionadas


ao sistema, bem como comunicados relacionados. Fique de olho! Saiba mais na se-
ção Novidades.

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NOÇÕES DE SISTEMA ELETRÔNICO DE INFORMAÇÕES (SEI)

Usuário: identifica o usuário que está logado e permite visualizar o respectivo


registro dos últimos acessos ao sistema (Data/Hora, Navegador e IP).

Configurações do sistema: permite alterar o esquema de cores do sistema.

Sair do sistema: permite sair com segurança do sistema.

Exibir/ocultar ações: exibido quando a janela do navegador é reduzida na tela


do usuário, e permite a realização das ações disponíveis na Barra de Ferramentas.

Menu Principal

Tela de controle de processos


É a tela principal do SEI, onde são visualizados todos os processos que estão na sua unidade. Os processos estão separados em dois
grupos: a) processos recebidos de outras unidades; e b) processos gerados pela unidade na qual o usuário está logado.

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O quadro abaixo relata os itens de acordo com a sequência apresentada na imagem:

Enviar processo: permite tramitar processo(s) para outra unidade. Conclui o processo na unidade
remetente, a menos que, no momento do envio, o usuário assinale a opção “Manter o processo aberto
na unidade atual”. Se concluído, o processo desaparecerá da tela “Controle de Processos”, mas poderá ser
recuperado por meio de Pesquisa, Estatísticas da Unidade ou, ainda, Bloco Interno ou Acompanhamento
Especial – se utilizados pela unidade no respectivo processo.
Atualizar andamento: permite incluir informações meramente interlocutórias e explicações de situa-
ções no andamento do(s) processo(s) selecionado(s).
Atribuição de processos: permite distribuir processos entre os usuários da unidade, atribuindo-lhes
responsabilidade.
Incluir em bloco: utilizado para organizar os processos dentro do sistema, incluindo-os em Bloco
Interno ou Bloco de Reunião.
Sobrestar processo: utilizado quando o processo precisa aguardar alguma providência antes de ter
prosseguimento, mantendo-se suspenso temporariamente na unidade.
Concluir processo nesta unidade: permite finalizar o processo na unidade em que o usuário está
logado. O processo desaparecerá da tela “Controle de Processos”, mas poderá ser recuperado por meio
de Pesquisa, Estatísticas da Unidade ou, ainda, Bloco Interno ou Acompanhamento Especial – se utilizados
pela unidade no respectivo processo.
Anotações: permite inserir informações adicionais que não devem constar dos autos do processo.
Utilizado geralmente para orientações internas de trabalho da equipe. Essas informações não ficam dis-
poníveis para outras unidades que, eventualmente, consultarem o processo.
Acompanhamento especial: permite incluir processos em lista para acompanhamento de trâmite e
atualizações posteriores.
Incluir documento: permite incluir novo documento no(s) processo(s) selecionado(s).
Gerenciar ponto de controle: permite atribuir e gerenciar pontos de controle (fases ou categorias)
para acompanhamento da situação do(s) processo(s).
Adicionar marcador: permite que a unidade crie ou atribua marcadores (ícones com cor e descrição
própria) para os processos sob sua gestão. Utilizado para organização interna da equipe de trabalho. Essas
informações não ficam disponíveis para unidades que, eventualmente, consultarem o processo. Novidade
SEI 4.0! É possível atribuir mais de um marcador para cada processo.
Remover marcador: permite que a unidade remova marcadores de processos sob sua gestão.
Controle de prazos: permite a administração de prazos dentro da unidade; é uma ferramenta de
organização interna (diferente do Retorno Programado). Novidade SEI 4.0!
Processos com credencial de acesso nesta unidade: permite controlar os processos categorizados
como sigilosos em que o usuário possui credencial. Esta funcionalidade pode ser visualizada apenas pelos
usuários que possuem credencial de acesso a processo sigiloso na unidade.
Envio externo de processo em lote: permite tramitar processos em lote para um órgão externo ao
SEI/ME que esteja conectado ao barramento do PEN. Bloqueia o processo para trâmite interno ou inclu-
são de novos documentos no SEI/ME, e o conclui na unidade remetente após a entrega ao órgão destina-
tário. Está disponível apenas para as unidades mapeadas no módulo.

- RECEBIMENTO E ATRIBUIÇÃO DE PROCESSOS


Recebimento de processos
A tela Controle de Processos (tela inicial do sistema) organiza todos os processos abertos na unidade em dois grupos: a coluna da
esquerda apresenta os processos recebidos, e a da direita, os processos gerados na unidade.
Para confirmar o recebimento de um processo, basta clicar sobre o seu número, que aparece em vermelho. Automaticamente o SEI
registra no andamento do processo a hora, a unidade e o usuário que efetuou o recebimento.

Atribuição de processos
Os processos podem ser atribuídos a usuários específicos dentro da unidade, porém, isso não impede a consulta e a edição por outros
usuários da mesma unidade.
Para efetuar a atribuição, o usuário deve: a) abrir o processo desejado; b) clicar no ícone Atribuir Processo; c) selecionar o usuário
para o qual deseja atribuir o processo.
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Também é possível realizar essa ação em lote, atribuindo vários Caso a anotação tenha sido assinalada com prioridade, o sím-
processos de uma vez a uma determinada pessoa. bolo ficará vermelho
Para isso, o usuário deve:
a) na tela Controle de Processos, marcar as caixas de seleção (
) ao lado de cada número do processo desejado (colunas Recebidos OPERAÇÕES COM PROCESSOS CRIAÇÃO, ABERTURA E
e/ou Gerados); EXCLUSÃO. RELACIONAMENTO E ANEXAÇÃO. SOBRESTA-
b) clicar no ícone Atribuição de Processos; MENTO, DUPLICAÇÃO E ENVIO. CONCLUSÃO, RETORNO
c) selecionar o usuário para o qual deseja atribuir os processos PROGRAMADO E PONTOS DE CONTROLE
selecionados. Embora seja possível atribuir vários processos por
vez, não é possível a atribuição de mais de um usuário a um mesmo
processo dentro da unidade. - CRIAÇÃO, ABERTURA E EXCLUSÃO
Ao clicar em Ver processos atribuídos a mim, serão apresenta- Criação e abertura de processo
dos apenas os processos atribuídos ao usuário logado. Para voltar Para criação e abertura, através do menu, acessar o ícone:
à tela anterior, basta clicar no “x” de Processos atribuídos a mim.
Por meio dessa funcionalidade também é possível verificar todas as
pessoas que possuem acesso à unidade: basta ir à tela principal do
sistema e clicar no ícone Atribuição de Processos.
A relação apresentada inclui também os usuários de unidades
hierárquicas superiores com permissão de acesso estendido às su- Excluir processo
bunidades. Pesquisar o processo desejado, clicar no ícone:
Caso seja verificado acesso indevido, o responsável pela unida-
de deve, imediatamente, informar via e-mail para sei@economia.
gov.br o nome completo, CPF e unidade(s) de onde o usuário deve
ser desabilitado.
Importante saber: quando um usuário é desabilitado do siste-
ma, seu acesso só é bloqueado a contar das 23h59 do dia da desa- - RELACIONAMENTO E ANEXAÇÃO
tivação da permissão. Atenção! O servidor que estiver em processo Relacionamento
de desligamento ou de alteração de lotação deve, antes da efetiva- Para relacionar um processo ao outro, usamos o ícone:
ção da mudança, transferir a outro servidor ativo da sua unidade as
credenciais de acesso que possuir, e na sequência renunciar a elas.
É dever também da chefia imediata certificar-se de que o
usuário não possui processos atribuídos a ele na unidade, inclusive
credenciais em processos sigilosos (vide art. 49 da IN nº 23, de
2022), e quando houver, transferi-los para outro usuário ativo na Anexação
unidade Para anexar um processo basta pesquisar o processo desejado
- INCLUSÃO DE ANOTAÇÕES e clicar no ícone:
As anotações são de livre preenchimento e permitem que o
usuário insira informações adicionais ao processo, as quais não
constarão em seus autos, pois se trata de uma forma de comunica-
ção interna com a equipe da unidade.
Essas informações não ficam disponíveis para outras unidades
que, eventualmente, consultarem ou atuarem no processo.
Para criar anotações, o usuário deve: - SOBRESTAMENTO, DUPLICAÇÃO E ENVIO
a) selecionar ( ) o processo desejado na tela Controle de Pro- Essa funcionalidade permite que a contagem do tempo do
cessos; processo fique suspensa temporariamente.
b) clicar no ícone Anotações no menu superior da tela; Para sobrestar um processo clicar no ícone:
c) digitar as anotações/observações da unidade no campo Des-
crição;
d) selecionar o item Prioridade, quando for o caso;
e) clicar em Salvar.
Uma mesma anotação pode ser inserida em vários processos
Duplicação
ao mesmo tempo.
Para duplicar um processo basta localizar o processo e clicar
Basta selecionar as caixas de todos os processos desejados na
no ícone:
tela Controle de Processos.
Também é possível inserir anotações acessando o processo e
clicando no ícone Anotações, que se encontra no menu da tela do
processo.
Os processos com anotações são indicados com o símbolo “ ”
ao lado de seus respectivos números na tela Controle de Processos.

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Envio de um processo

Permite tramitar o processo para outra unidade, através do ícone:

- CONCLUSÃO, RETORNO PROGRAMADO E PONTOS DE CONTROLE

Conclusão

Para concluir um processo basta pesquisar o processo e clicar no ícone:

Retorno Programado
São processos que estão aguardando retorno de outras unidades, ou mesmos processos que a própria unidade tem que devolver
para outra.

Neste caso o ícone: exibe as informações sobre o retorno:

Pontos de Controle
Pontos de controle são fases ou categorias para o acompanhamento de um processo.

Neste caso o ícone gerencia os pontos de controle.

OPERAÇÕES COM DOCUMENTOS. CRIAÇÃO E EDIÇÃO. BARRA DE FERRAMENTAS. ASSINATURA. PADRÕES E MODE-
LOS. DOCUMENTOS EXTERNOS. EXCLUSÃO E CANCELAMENTO. MANIFESTAÇÃO DE CIÊNCIA

CRIAÇÃO E EDIÇÃO: Para produzir documentos, abrir processo desejado e clichê no ícone , seguir os passos solicitados
e clicar em salvar.
O documento será aberto para edição.
Após gerado o documento será gerado na árvore do processo.

- BARRA DE FERRAMENTAS
Opções da barra de ferramentas com operações possíveis para documentos, segundo as descrições nos quadros abaixo:

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- ASSINATURA
O aplicativo do SEI permite aos usuários consultar, acompanhar, assinar e tramitar documentos eletrônicos. Além disso, existe um
programa chamado Assinador de Documentos com Certificado Digital do SEI que permite a assinatura de documentos utilizando um cer-
tificado digital. Para assinar um documento utilizando o certificado digital, basta solicitar o processamento clicando no botão “Processar
dados de assinatura” e, após a exibição dos documentos, proceder com a assinatura por meio do botão “Assinar Documentos”.

Selecione o documento e cliquem no link

- PADRÕES E MODELOS
O sistema SEI permite criar textos padrões e salvar documentos como favoritos. Um Texto Padrão é um texto recorrente que pode ser
utilizado como um conteúdo padrão para documentos ou e-mails gerados no sistema .
Além disso, o SEI também permite salvar modelos de documentos, que são documentos inteiros que, pela necessidade de constante
repetição, o sistema permite que sejam salvos para reutilização . O objetivo é padronizar os documentos de um determinado tipo, para
que todos tenham a maior padronização possível .

Na árvore do processo clique sobre o documento que deseja salvar como modelo, clique no ícone e clique em salvar.

- DOCUMENTOS EXTERNOS
Documentos externos no SEI são aqueles provenientes de outras fontes, tais como PDFs, imagens, planilhas, documentos feitos em
editores de texto, entre outros. Os documentos externos são inseridos no SEI por meio de upload, ou seja, são carregados a partir do seu
computado.

Para incluir um documento externo no SEI, você deve entrar no processo que deseja incluir o documento externo, clicar no ícone
“Incluir documento” , selecionar a primeira opção “Externo” e preencher os metadados do documento. É importante selecionar o
formato adequado ao tipo do documento.

- EXCLUSÃO E CANCELAMENTO
A exclusão de documentos externos no SEI é possível sob algumas condições. Por exemplo, qualquer documento só pode ser excluído
pelos membros da unidade geradora do documento . Além disso, para excluir um documento externo do SEI, você deve clicar sobre o
nome/número do documento na árvore e clicar no botão “Excluir” .
No entanto, é importante notar que após o envio do processo para outra unidade, o sistema não permite mais a exclusão do docu-
mento. Nesse caso, o usuário deve cancelar o documento .

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Exclusão
O usuário deve selecionar o documento e clicar no ícone

Cancelamento
O usuário deve selecionar o documento em questão e clicar no ícone

- MANIFESTAÇÃO DE CIÊNCIA
A ciência indica que um documento já foi validado pelo usuário
O usuário deverá abrir um processo escolher o documento desejado e clicar no ícone

UTILIZAÇÃO DE BLOCOS. ASSINATURA EM UNIDADES DIFERENTES. CONSULTAS. VISUALIZAÇÃO DE MINUTAS EM BLOCOS


DE REUNIÃO. INCLUSÃO E VISUALIZAÇÃO DE PROCESSOS EM BLOCOS INTERNOS

Abaixo segue um quadro com as ações correspondentes a cada operação.

- ASSINATURA EM UNIDADES Menu Principal->Blocos->Assinatura


DIFERENTES
- CONSULTAS Menu Principal->Pesquisa->No Processo->Assinaturas
- VISUALIZAÇÃO DE MINUTAS Menu Principal->Pesquisa->No Processo->Documentos
EM BLOCOS DE REUNIÃO
- INCLUSÃO E VISUALIZA- PARA INCLUIR UM PROCESSO EM BLOCO INTERNOS:TELA CONTROLE
ÇÃO DE PROCESSOS EM BLOCOS
INTERNOS
DE PROCESSOS -> -> INCLUIR NO BLOCO->SELECIONAR
BLOCO=>SALVAR
Para visualizar: Menu Principal->Pesquisa (Dentro do processo, você po-
derá visualizar todas as informações e documentos associados a ele, incluindo
minutas, anexos e comentários.

RECUPERAÇÃO DE INFORMAÇÕES. HISTÓRICO DO PROCESSO. ACOMPANHAMENTO ESPECIAL. REABERTURA DE PRO-


CESSOS. EXPORTAÇÃO DE DOCUMENTOS. BASE DE CONHECIMENTOS E ESTATÍSTICA DE PROCESSOS

- HISTÓRICO DO PROCESSO Para incluir um histórico: Pesquisar processo->Histórico ou registros-


->Adicionar->Salvar ou enviar.
Para visualizar o histórico: Pesquisar processo->Histórico ou regis-
tros.
- ACOMPANHAMENTO ESPECIAL Para incluir: Pesquisar processo->Acompanhamento especiais->Adi-
cionar acompanhamento->Salvar ou enviar.
Para visualizar: Localizar o processo->Acompanhamento especiais-
->Adicionar acompanhamento (Nessa seção, você encontrará uma lista
dos acompanhamentos especiais relacionados ao processo. )

- REABERTURA DE PROCESSOS Localizar o processo->abrir o processo->reabrir o processo

- EXPORTAÇÃO DE DOCUMENTOS Localizar o documento->abra o documento->exportar ou download

- BASE DE CONHECIMENTOS E ESTATÍSTICA DE PROCESSOS


Base de conhecimento: A base de conhecimento no SEI geralmente contém informações, manuais, orientações e documentos de
referência para auxiliar os usuários no uso do sistema. Para acessá-la, procure por uma seção denominada “Base de Conhecimento” ou
“Ajuda” no menu principal do SEI. Lá, você pode encontrar documentos e informações relevantes sobre a utilização do sistema, incluindo
tutoriais, perguntas frequentes e guias de uso.

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Estatísticas de processos: As estatísticas de processos no SEI - VISUALIZAÇÃO E ASSINATURA DE PROCESSOS


podem fornecer informações sobre a quantidade de processos, o A visualização e a assinatura de processos por usuários exter-
tempo médio de tramitação, os tipos de documentos mais frequen- nos no SEI podem ser configuradas de diferentes maneiras, depen-
tes, entre outros dados estatísticos. Geralmente, essas informações dendo das políticas e permissões estabelecidas pela sua organiza-
estão disponíveis em um painel de estatísticas ou relatórios. Para ção. Aqui estão algumas possibilidades:
acessá-los, verifique se há uma opção de “Estatísticas” ou “Relató-
rios” no menu principal do SEI. Ao selecionar essa opção, você po- Visualização de processos:
derá visualizar dados estatísticos sobre os processos, como gráficos, 1. Visualização restrita: Em algumas configurações, os usuários
tabelas e informações analíticas. externos podem ter acesso apenas aos processos nos quais são di-
A disponibilidade e o acesso à base de conhecimento e esta- retamente envolvidos. Eles podem ver os documentos e informa-
tísticas de processos podem depender das permissões e configu- ções dentro desses processos, mas não têm permissão para acessar
rações estabelecidas pela sua organização no SEI. Se você não en- ou visualizar outros processos na plataforma.
contrar essas funcionalidades ou tiver dificuldades em acessá-las, 2. Visualização limitada: Em outras configurações, os usuários
é recomendado entrar em contato com o suporte do SEI dentro da externos podem ter acesso a uma seleção específica de processos.
sua instituição para obter assistência adicional e orientações espe- Eles podem visualizar os documentos e informações apenas nos
cíficas. processos designados para eles, mas não têm acesso a outros pro-
cessos na plataforma.
USUÁRIOS EXTERNOS. CADASTRO. VISUALIZAÇÃO E ASSI- 3. Visualização completa: Em configurações menos restritivas,
NATURA DE PROCESSOS. ENVIO DE MENSAGENS ELETRÔ- os usuários externos podem ter acesso a uma gama mais ampla de
NICAS processos. Eles podem visualizar documentos e informações em to-
dos os processos nos quais têm permissão, conforme definido pela
equipe de administração do SEI.

- CADASTRO Assinatura de processos:


O processo de cadastro de usuários externos no SEI (Sistema 1. Assinatura restrita: Em algumas configurações, os usuários
Eletrônico de Informações) pode variar de acordo com as configu- externos podem ter permissão para assinar apenas os processos
rações específicas do SEI em sua organização. No entanto, em geral, nos quais são diretamente envolvidos. Eles podem adicionar sua
o cadastro de usuários externos no SEI envolve os seguintes passos: assinatura em documentos específicos relacionados a esses proces-
1. Entre em contato com a equipe de administração do SEI em sos.
sua organização, pois normalmente são eles que têm autoridade 2. Assinatura limitada: Em outras configurações, os usuários
para cadastrar usuários externos. externos podem ter permissão para assinar apenas determinados
2. Forneça as informações necessárias sobre os usuários exter- tipos de documentos ou em processos selecionados. Eles podem
nos que você deseja cadastrar, como nome, endereço de e-mail e adicionar sua assinatura apenas nos documentos designados para
informações de contato relevantes. assinatura externa.
3. Aguarde as instruções e orientações da equipe de adminis- 3. Assinatura completa: Em configurações menos restritivas, os
tração do SEI sobre o processo de cadastro de usuários externos. usuários externos podem ter permissão para assinar documentos
4. Em alguns casos, a equipe de administração do SEI pode en- em uma ampla gama de processos. Eles podem adicionar sua assi-
viar um convite de registro por e-mail para os usuários externos. natura em documentos conforme necessário, desde que tenham a
O e-mail pode conter um link para o formulário de registro ou in- devida autorização.
struções adicionais. As configurações exatas para visualização e assinatura de pro-
5. Os usuários externos devem seguir as instruções fornecidas cessos por usuários externos no SEI são definidas pela equipe de
no e-mail e preencher o formulário de registro com as informações administração do SEI em sua organização. Recomenda-se entrar em
solicitadas. contato com a equipe de administração do SEI para obter informa-
6. Uma vez que os usuários externos tenham concluído o regis- ções detalhadas sobre as políticas e permissões específicas que se
tro, a equipe de administração do SEI revisará as informações forne- aplicam aos usuários externos em relação à visualização e assinatu-
cidas e poderá conceder acesso aos usuários externos ao sistema. ra de processos.
7. Os usuários externos receberão as credenciais de acesso ao
SEI (como nome de usuário e senha) por e-mail ou por outro meio - ENVIO DE MENSAGENS ELETRÔNICAS
de comunicação seguro. O envio de mensagens eletrônicas por usuários externos no
8. Os usuários externos podem fazer login no SEI usando suas SEI (Sistema Eletrônico de Informações) pode variar dependendo
credenciais de acesso fornecidas e começar a utilizar o sistema de das configurações e permissões estabelecidas pela sua organização.
acordo com as permissões atribuídas a eles pela equipe de admin- Geralmente, as opções de envio de mensagens eletrônicas para
istração do SEI. usuários externos incluem:
O processo exato de cadastro de usuários externos no SEI pode 1. Mensagens dentro de um processo: Os usuários externos
variar dependendo das políticas e procedimentos estabelecidos podem enviar mensagens eletrônicas relacionadas a um processo
pela sua organização. Portanto, é recomendado entrar em contato específico por meio do próprio SEI. Isso pode ser feito ao acessar
com a equipe de administração do SEI em sua organização para ob- o processo desejado e utilizar a funcionalidade de envio de men-
ter instruções específicas sobre como cadastrar usuários externos sagens disponível no sistema. Essas mensagens podem ser trocadas
no SEI. com outros usuários envolvidos no processo, como servidores in-
ternos da organização.
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NOÇÕES DE SISTEMA ELETRÔNICO DE INFORMAÇÕES (SEI)

2. Comunicações externas: Em algumas configurações, o SEI ______________________________________________________


pode permitir que usuários externos enviem mensagens eletrôni-
cas diretamente para o órgão ou departamento responsável pelo ______________________________________________________
processo, por meio de um canal de comunicação externo. Isso pode
ser feito por meio de um formulário de contato ou por um endereço ______________________________________________________
de e-mail específico designado para comunicações externas relacio-
______________________________________________________
nadas ao SEI. Essas mensagens podem ser utilizadas para solicitar
informações adicionais, esclarecer dúvidas ou fornecer feedback. ______________________________________________________
As opções de envio de mensagens eletrônicas por usuários ex-
ternos podem ser configuradas de forma diferente em cada organi- ______________________________________________________
zação, dependendo das políticas de comunicação estabelecidas e
das funcionalidades específicas implementadas no SEI. Recomen- ______________________________________________________
da-se entrar em contato com a equipe de administração do SEI em
sua organização para obter informações mais precisas sobre como ______________________________________________________
enviar mensagens eletrônicas como usuário externo e quais são as
______________________________________________________
opções disponíveis para comunicação dentro do SEI.
______________________________________________________

______________________________________________________
ANOTAÇÕES
______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

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