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ORIENTAÇÕES PARA A APLICAÇÃO DA DIAGNOSE INICIAL –

2023
ANOS INICIAIS
A Diagnose Inicial é o ponto de partida para o trabalho a ser desenvolvido em sala de aula,
pois o levantamento dos conhecimentos prévios e o mapeamento das experiências dos estudan-
tes são essenciais para a construção do planejamento pedagógico.
LÍNGUA PORTUGUESA

Em Língua Portuguesa serão avaliadas a escrita e a leitura dos estudantes. Os dois


processos são complementares e essenciais à alfabetização. Para análise da hipótese de
escrita (Anexo 1) será utilizada a escrita do nome de imagens do mesmo campo semântico para
1º e 2º anos (Apêndice A), ditado de palavras para 3º, 4º e 5º anos (Apêndice B) e de uma
frase/parlenda ditada pelo professor aos estudantes (do 1º ao 5º ano). Para sua realização,
alguns aspectos procedimentais devem ser considerados, entre eles:

➢ Realizar a leitura das imagens iniciando pela imagem cuja escrita seja polissílaba, depois a
trissílaba e a dissílaba, evitando o uso da monossílaba, sempre nesta ordem (turmas de 1º
e 2º ano) e ditar palavras seguindo o mesmo critério quanto ao número de sílabas (turmas
de 3º, 4º e 5º anos).
➢ Após a escrita dos nomes das imagens/ditado de palavras, ditar a frase/parlenda.
➢ Solicitar que os estudantes, imediatamente, após a escrita, leiam o que escreveram com a
observação do(a) professor(a), para verificar a relação que estabelecem entre a escrita e a
leitura (procedimento importante à confirmação da hipótese). Neste momento da leitura,
o(a) professor(a) deve chamar cada estudante individualmente.

A análise de produção textual nas turmas de 3º, 4º e 5º anos, se dará pela reescrita de
uma fábula conhecida (Apêndice D), cuja finalidade é analisar se o estudante:
➢ compreende a proposta e escreve respeitando as características do gênero.
➢ faz uso da acentuação, pontuação, ortografia, separação etc.
➢ escreve com coesão (articulação das ideias e paragrafação) e coerência (progressão e
continuidade das ideias).

A partir da realização da leitura, será observado o perfil leitor de cada estudante. A seguir,
há uma síntese de cada perfil leitor:

PRÉ-LEITOR: Os estudantes alocados neste perfil não dispõem de condições mínimas para
realizar a leitura oral, ainda que de palavras isoladamente. Isso ocorre porque apresentam
dificuldades relacionadas ao processo de decodificação de palavras, especialmente daquelas

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palavras formadas por padrões silábicos não canônicos, mas também pode apresentar
dificuldades relacionadas à associação de consoantes e/ou vogais aos seus valores sonoros.
Consideramos pré-leitor o estudante que:

➢ nomeou letras isoladas.


➢ leu letras, sílabas ou palavras que não constavam no item (“palavras de memorização”).
➢ soletrou/silabou sem ler a palavra integralmente.
➢ teve outros desvios durante a leitura (substituição, omissão, adição ou inversão de
letras, sílabas ou palavras).

LEITOR INICIANTE: Os estudantes alocados neste perfil leem palavras e pequenas


sequências textuais, porém o fazem de forma pausada, em um padrão de leitura silabada, pois
ainda precisam de tempo para realizar uma decodificação, sílaba a sílaba, da palavra escrita. Isso
acontece muito, especialmente, no caso de palavras que apresentam padrões silábicos não
canônicos (CVC, VC, CCV etc.) e/ou que são pouco frequentes. Consideramos leitor iniciante o
estudante que:

➢ apropriou-se das regras que organizam o sistema de escrita alfabética, mas ainda
apresenta dificuldades com a base ortográfica.

LEITOR FLUENTE: Os estudantes alocados neste perfil são aqueles que já venceram os
desafios relacionados à decodificação das palavras e, por isso, leem mais rapidamente, ou seja,
de modo mais automático. Dessa forma, é possível que esses estudantes possam dedicar mais
esforços à compreensão do que estão lendo e construam significados para cada vocábulo lido.
Consideramos leitor fluente o estudante que:

➢ leu textos com vocabulário e/ou estrutura sintática mais complexa e/ou de maior extensão,
respeitando ou não a pontuação e a entonação.

➢ Na diagnose, a análise de perfil leitor será através da leitura de uma lista de palavras e de
um texto (Apêndice C).

MATEMÁTICA
Em Matemática serão avaliadas a escrita de números e a resolução de situações-problema
do campo aditivo e multiplicativo (Apêndice E).
A análise da escrita de número será realizada a partir do ditado de dez números. Já para
análise das situações-problema serão utilizadas situações-problema do campo aditivo que
envolvam a ideia de composição e de transformação, e para o campo multiplicativo situações-
problema com ideia de proporcionalidade.
A partir da escrita de número será observado se os estudantes:

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➢ conhecem a escrita dos números redondos - 10, 20, 30, 40, 100, 200,1000.
➢ relacionam o "nome do número" com a forma de escrevê-lo. Se o nome de um número
é quarenta e seis e o do outro é quarenta e três, a escrita desses dois números deve
começar com 4, ou seja, 46 e 43.

A partir das situações-problema do campo aditivo, serão observados se os estudantes


interpretam os enunciados de adição e subtração, e conseguem resolvê-los.

Na análise das situações-problema do campo multiplicativo serão observados se os


estudantes resolvem problemas de multiplicação e divisão. As turmas de 1º e 2º anos neste
primeiro momento não serão avaliadas no campo multiplicativo.

Fonte:
BRASIL. Programa de formação de professores alfabetizadores. Brasília: MEC, 2001. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/colet_m1.pdf. Acesso em 07 de dez. 2022. Adaptado.

Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/2698/diagnostico-em-matematica-voce-sabe-o-que-eles-ja-sabem.


Acesso em 07 de dez. 2022. Adaptado.

ANEXO 01

HIPÓTESES DE ESCRITA DOS ALUNOS

NÍVEL DE PALAVRAS:
ESCRITA CARACTERIZAÇÃO Apontador, Caneta, Lápis e Giz

Predomínio de rabiscos e pseudoletras.


Desenvolvem procedimentos para diferenciar escritas.

ARMSMOHAORUILNM
AMTOXAMHNTSKHUIMHOTIPER
TCLPMNBO
A criança escreve ocupando toda a largura da folha ATROCDGPESIPUTDF
ou do espaço destinado à escrita. F
Pré-silábica

A
L
A criança utiliza somente uma letra para representar a F
palavra. C

ALNI
ALNI
A mesma série de letras numa mesma ordem serve ALNI
para diferenciar nomes. ALNI
Predomínio de grafias convencionais.

SAMT
AMT
Algumas letras aparecem na mesma ordem e lugar, AMTSA
outras letras de forma diferente. Varia a quantidade SAT
de letras para cada palavra.

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HRUM
ASGK
Quantidade constante para todas as escritas. Porém, ONBJ
usa-se o recurso da diferenciação qualitativa: as letras CFTV
mudam ou muda a ordem das letras.
RAMQN
ABEAMF
Expressam máxima diferenciação controlada para GEPFA
diferenciar uma escrita da outra. OSDL

A criança escreve uma letra para representar a sílaba ROMT


ATMOBUD
valor sonoro
Silábica sem

sem se preocupar com o valor sonoro AQA


correspondente. AS–PE
R–HI
É comum, nessa fase, a criança começar a realizar HI
correspondências sonoras, ainda que escrevendo
uma letra para cada sílaba.
A criança escreve uma letra para cada sílaba, AOAO–APTDCNT–AEA
LP–AIS
utilizando letras que correspondem ao som da sílaba;
Silábico com valor

IS–GS
às vezes, ela usa só vogais e, outras vezes,
consoantes e vogais.
sonoro

Quantidade mínima de letras: momento de conflito APOTD


CETAN–KETA
cognitivo relacionado à quantidade mínima de letras LIAS–APS
(BIS/ISIS), a contradição entre a interpretação silábica GS–IZ
e as escritas alfabéticas que têm sempre mais letras.
APOTADO
alfabético
Silábico

KNTA
A criança, ora escreve uma letra para representar a LAPS
sílaba, ora escreve a sílaba completa. Dificuldade é GS
mais visível nas sílabas complexas.

A criança já compreende o sistema de escrita faltando APÃTADOR


CANETA
apenas apropriar-se das convenções ortográficas; LAPIZ
principalmente nas sílabas complexas.
Alfabético

GIS

A criança já compreende o sistema de escrita e APONTADOR


CANETA
escreve convencionalmente, preocupando-se com a LÁPIS
norma ortográfica. GIZ

APÊNDICE A – Para análise da escrita do nome e hipótese de escrita do 1º e 2º ano.

PROFESSOR
ESCOLA:________________________________________ ANO/TURMA:__________

DIAGNOSE INICIAL – 1º E 2º ANOS


*Para análise da escrita do nome e hipótese de escrita

1. MEU NOME É:

2. ESCREVA O NOME DOS ANIMAIS ABAIXO:

1. 2. 3.
dinossauro elefante tucano

4
4. 5. 6.
camelo gato peru

7.
O camelo vive no deserto.

APÊNDICE B – Para análise da escrita do nome e hipótese de escrita do 3º ao 5º ano.

PROFESSOR

ESCOLA:________________________________________ ANO/TURMA:__________

DIAGNOSE INICIAL – 3º, 4º E 5º ANOS

*Para análise da escrita do nome e hipótese de escrita


1. Escreva seu nome completo.
_____________________________________________________________

1. Ditado de palavras

PANETONE
TAPIOCA
PAÇOCA
BISCOITO
PUDIM
CAFÉ

2. Ditado da parlenda.

Eu sou pequenininha,
do tamanho de um botão.
Carrego papai no bolso
e mamãe no coração.

APÊNDICE C – Para análise do perfil leitor do 1º ao 5º ano.


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*Para análise do perfil leitor – 1º ao 5º ano

1. Lista de palavras.

LISTA DE PALAVRAS

BOI VENTILADOR JURADO DANÇA FADIGA

CINEMA MARIDO XICARA GEMIDO MILHA

JOIA JIBÃO SABIDO CACHO TORRADA

SALAME TARIFA QUEDA RÃ URUBU

PANETONE TAPIOCA PAÇOCA BISCOITO PUDIM

2. Leitura do texto.

1º e 2º anos

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3º, 4º e 5º anos

As serpentes
Existem cerca de 3 mil espécies de cobras no
mundo. Uma delas é a serpente.
As serpentes vivem de muitos jeitos. Umas
preferem comer, passear e namorar durante o dia,
outras à noite. Algumas vivem no chão, outras nas
árvores, embaixo da terra ou na água. As serpentes
mostram a língua para sentir odores que estão no ar.
Elas sentem estes odores pelas duas pontinhas da
sua língua.
Disponível
em:<http://recreionline.abril.com.br/fique_dentro/ciencia/bichos/conteudo49387.shtml?/vc_sabia/vocesabia_49341.shtml&
gt;.
Acesso em: 21jul. 2010.
APÊNDICE D – Para análise da produção textual do 3º ao 5º ano.

*Para análise de produção textual.


3º, 4º e 5º anos

LER A FÁBULA OU PASSAR O VÍDEO.


O LEÃO E O RATINHO
Fábula de Esopo
Numa floresta bem distante vivia um leão que
era muito temido por todos os animais que lá moravam.
Ele gostava de caçar e andar por todos os lugares.
Certo dia cansado de tanto caçar e já com a
barriga cheia, dormia espichado debaixo da sombra de
uma boa árvore. Veio um ratinho passear por cima dele
e ele acordou.
O leão acordou muito nervoso e prendeu o ratinho debaixo de sua pata. O ratinho ficou
apavorado com a situação que se encontrava. Tanto o ratinho pediu e implorou que o leão desis-
tiu de comê-lo e deixou que fosse embora.
O tempo passou e o leão estava em seu passeio matinal, sem perceber, ficou preso na re-
de de uns caçadores. Não conseguindo se soltar, fazia a floresta tremer com seus urros de raiva.
Não tinha quem não escutasse os urros do leão feroz.

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O ratinho, que não estava muito longe do lugar, foi ver de perto o que estava acontecendo.
Quando chegou, se deparou com o leão preso na armadilha, no mesmo momento o ratinho, com
seus dentes afiados, roeu as cordas e soltou o leão.
Moral: uma boa ação ganha a outra.
APÊNDICE E – Para análise na diagnose de Matemática do 1º ao 5º ano.
DITADO DE NÚMEROS (1º ao 5º ano)

10 20 21 30 43 46 100 200 1.000 5.000

SITUAÇÕES-PROBLEMA DO CAMPO ADITIVO

CAMPO ADITIVO – COMPOSIÇÃO (1º e 2º anos)

Ana tem 2 gatos e Rita tem 5 gatos. Quantos gatos elas têm juntas?

Ilustração Cálculo

CAMPO ADITIVO – TRANSFORMAÇÃO (1º e 2º anos)

Paulinho tem 18 bolinhas de gude, deu 5 para Pedrinho. Com quantas ele ficou?
Ilustração Cálculo

CAMPO ADITIVO – COMPOSIÇÃO (3º, 4º e 5º anos)

Num trem 110 passageiros em pé e 85 sentados. Quantos passageiros estavamno trem?


Cálculo Resposta

CAMPO ADITIVO – TRANSFORMAÇÃO (3º, 4º E 5º anos)

Carlos tinha 34 cards, mas perdeu alguns. Agora ele tem 22 cards. Quantos cards ele perdeu?
Cálculo Resposta

SITUAÇÕES-PROBLEMA DO CAMPO MULTIPLICATIVO

CAMPO MULTIPLICATIVO – PROPORCIONALIDADE (3º, 4º e 5º anos)

Se 2 lápis custam R$ 3,00, quanto custam 6 lápis iguais a esses?


Cálculo Resposta

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