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Relátorio - indicadores ácidos

e bases
Engenharia Química
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão
Pernambucano (IF Sertão)
13 pag.

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GRADUAÇÃO PLENA EM LICENCIATURA EM QUÍMICA

ISMAEL HOLANDA DO VALE


IVAN DOS SANTOS LOPES
MARIA DANIELE CLEMENTINO ARAÚJO
MATHEUS DE SOUZA CARVALHO
ELIAS GUSTAVO CAVALCANTE PESSOA DE MORAIS

Prática Geral I
Identificadores ácidos - base.

Petrolina
2016

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ISMAEL HOLANDA DO VALE
IVAN DOS SANTOS LOPES
MARIA DANIELE CLEMENTINO DE ARAÚJO
MATHEUS DE SOUZA CARVALHO
ELIAS GUSTAVO CAVALCANTE PESSOA DE MORAIS

Prática Geral I
Identificadores ácidos - base.

Relatório de Química Geral I,


oferecido ao curso de Licenciatura em
Química, com o intuito de facilitar a
aprendizagem dos conceitos ácidos e
bases por meio da prática
experimental.

Docente responsável: Juciele Araújo

Petrolina
2016

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I. INTRODUÇÃO

Historicamente, os químicos tem procurado relacionar as propriedades de ácidos e bases às


suas composições e estruturas moleculares. Na década 1880, o químico sueco Svante
Arrehnius (1859-1927) ligou o comportamento ácido com a presença de íons de H+ e o
comportamento de base com a presença de íons de OH- em solução aquosa. Ele definiu
ácidos como substâncias que produzem íons H+ em água, e bases como substâncias que
produzem íons de OH- em água. As propriedades das soluções aquosas de ácidos, como
sabor azedo, devem-se a H+(aq), enquanto as propriedades aquosas de bases devem-se a
OH-(aq). Mais tarde o conceito de ácido e base veio a ser expresso da seguinte maneira: os
ácidos são substâncias que, quando dissolvidas em água, aumentam a concentração de íons
de H+. De forma semelhante, as bases são substâncias que, quando dissolvidas em água,
aumentam a concentração de OH- (BROWN, 2005).

O Conceito de ácidos e bases de arrhenius é limitado ao meio aquoso, por isso em 1923
simultaneamente os químicos Johannes brosnted (1879-1947) e Thomas lowry (1874 – 1936)
propuseram uma definição mais geral de ácidos e bases, envolvendo transferência de íons
H+ de uma substancia para outra.

Para Bronsted-lowry:

 Ácido é toda espécie química doadora de prótons H+.


 Base é toda espécie química receptora de prótons H+.
 A equação genérica expressa de maneira conveniente o fundamento da teoria:

O ácido gera uma base conjugada e a base gera um ácido conjugado (ATKINS, 2006).

Os conceitos de ácidos e bases são bem mais amplos do que a simples transferência de
prótons proposta por Bronsted-lowry, outras substancias só conseguem ser classificadas
como ácidas ou básicas pela definição desenvolvida por G. N. Lewis.

Para Lewis:

 Ácido é um aceitador de par de elétrons.


 Base é um doador de par de elétrons.

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A definição de lewis é a mais abrangente, pois se ajusta a praticamente todas as
reações químicas (ATKINS, 2006).

Todas as substâncias possuem características químicas e físicas que nos permite caracterizá-
las, e uma que pode facilmente ser utilizada é o pH.

O pH é o potencial de hidrogênio, ou seja, refere-se à concentração de íons [H+] ( ou H3O+)


em uma solução. Quanto maior a quantidade desses íons, mais ácida é a solução. Esses
valores estão presentes em uma escala, Essa escala varia de 0 a 14, embora algumas
soluções possam apresentar valores fora dela. Uma substância com pH igual a sete recebe o
nome de básica menor que sete ácida e maior que sete alcalina (RUSSEL, 1994).

Escala de pH e alguns exemplos.

É de extrema importância conhecer o pH das substâncias para o manuseio em laboratório,


um dos testes para essa análise, seria por meio dos indicadores ácido-base.

*Indicadores ácido-base
Os indicadores ácido-base são substâncias naturais ou sintéticas que têm a propriedade de
mudarem de cor em função do pH do meio

Desse modo, os indicadores apresentam uma cor quando estão em meio ácido e outra cor
quando estão em meio básico. (RUSSEL, 1996)

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II. OBJETIVO
Relacionar o pH dos ácidos e das bases com as mudanças de cor dos indicadores.

III. MATERIAL E REAGENTES

Relação dos materiais e reagentes utilizados na prática


Materiais Reagentes
14 tubos de ensaio Solução de Ácido clorídrico 0, 1mol.l-1
02 suportes para tubos de ensaio Solução de Hidróxido de sódio 0, 1mol.l-1
02 Pipetas graduadas Fenolftaleína 1%
02 Pêra Alaranjado de metila 0,1 %
02 Béqueres Azul de bromotimol 0,1%
PHmetro Papel de tornassol vermelho
Papel universal
Papel de tornassol universal

IV. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

1. Pegaram-se dois suportes para tubos de ensaio e em cada um deles


colocou-se 07 tubos de ensaio.
2. Para o primeiro suporte, pipetou-se 05mL de solução de HCl para cada
tudo, para o segundo pipetou-se 05mL de NaOH para cada tubo.
3. Nos tubos 01, colocou-se 04 gotas de fenolftaleína, observou-se;
4. Nos tubos 02, colocou-se 04 gotas de alaranjado de metila, observou-se;
5. Nos tubos 03, colocou-se 04 gotas de azul de bromotimol, observou-se;
6. Nos tubos 04, colocou-se um pedacinho de papel de tornassol vermelho,
observou-se;
7. Nos tubos 05, colocou-se um pedacinho de papel de tornassol universal,
observou-se;
8. Nos tubos 06, colocou-se um pedacinho de papel universal, observou-se;
9. Nos tubos 07, verificou-se o pH no pHmetro.

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V. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Diante de observações feitas durante a realização do experimento, podem-se obter os


seguintes resultados:

Relação dos indicadores com as amostras de HCl e NaOH


Indicadores Amostra de HCl Amostra de NaOH
Fenolftaleína Incolor Rosa
Alaranjado de metila Vermelho Laranja
Azul de Bromotimol Amarelo Azul
Papel de tornassol vermelho Vermelho Azul
Papel de tornassol universal 2 na escala 8 na escala
Papel de tornassol Universal 2 3 na escala 12 na escala
PHmetro 0.834 12,50

Experimento I – Comportamento dos reagentes no meio ácido.

Ao reagir com a meio ácido do tubo de ensaio 01 a fenolftaleína ficou incolor (Figura 01) isso
acontece porque à fenolftaleína tem uma zona de viragem de 8,3 a 10,0 essas zonas são
localizadas geralmente em soluções básicas, como o Hcl é uma solução ácida, a fenolftaleína é
incolor nessa solução.

Figura 1: Fenolftaleína reagindo com HCl

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Ao reagir com o meio ácido do tubo de ensaio 02 o alaranjado de metila ficou na cor vermelho
alaranjado (Figura 02), porque a faixa de viragem do indicador corresponde à 3,1-4,4 que
corresponde a soluções ácidas.

Figura 2: Alaranjado de metila reagindo com HCl

Ao reagir com o meio ácido do tubo de ensaio 03 o azul de bromotimol que tem faixa de viragem
entre 6,0-7,6 fica na cor amarela (Figura 03).

Figura 3: azul de Bromotimol no meio ácido.

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Ao entrar em contato com o meio ácido do tubo de ensaio 04, foi observado que o papel de
tornassol vermelho, continuou vermelho (Figura 04), isso acontece porque o papel de tornassol
vermelho é um indicar bem simples, que só muda sua coloração quando submetido ao meio
básico, em meio ácido ele continua com sua coloração.

Figura 4: Papel de tornassol vermelho no


meio ácido.

Nos tubos de ensaio 05 e 06 o caráter ácido da solução foi testado por meio do papel universal
que é um indicar preciso, eles são imergidos nas soluções que se quer analisar e depois de
secos apresentam cores diferentes referentes ao pH (Figura 05), para fazer a análise da
solução usa-se a escala que fica no verso da caixa do indicador.

Figura 5: Verificação do caráter ácido ou básico da solução de HCl.

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No tubo de ensaio 07 a análise da solução foi feita por meio do pHmetro que é um aparelho
usado para medição de pH. Constituído basicamente por um eletrodo e um circuito potenciômetro, O
aparelho é calibrado (ajustado) de acordo com os valores referenciado em cada soluções de calibração.
Para que se conclua o ajuste é então calibrado em dois ou mais pontos ( 0 à 14 ), sendo os valores
abaixo de 7 considerados ácidos.

Figura 6: Aferição do caráter ácido da solução por meio do pHmetro.

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Experimento II – Comportamento dos reagentes no meio Básico.

Ao reagir com o meio básico do tudo de ensaio 01 (Figura 07) a fenolftaleína que tem faixa de
viragem de 8,3 a 10,0 comum em soluções básicas, muda a sua cor para rosa.

Figura 7: Fenolftaleína em meio básico

Ao reagir com o meio básico do tubo de ensaio 02 o alaranjado de metila que tem sua faixa de
viragem na faixa de 3,1-4,4 fica com coloração alaranjada em soluções básicas (Figura 08).

Figura 7: Alaranjado de metila em meio básico.

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Ao reagir com o meio básico do tubo de ensaio 03 o azul de bromotimol que tem faixa de
viragem entre 6,0-7,6 fica com sua coloração azul (Figura 09).

Figura 8: Azul de bromotimol em meio básico.

Em contato com o meio básico do tubo de ensaio 04, o papel de tornassol vermelho, muda sua
coloração para azul (Figura 10) isso acontece porque ele é um indicador bem simples, que em
meio ácido mantem sua coloração original (vermelha) e em meio básico muda a sua cor.

Figura 9: Resultado do papel de tornassol vermelho em meio básico.

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Nos tubos 05 e 06 de solução básica testou-se o caráter da solução por meio dos papeis
universais, as mesmas indicaram como resultado a basicidade da solução (Figura 11) uma a
muda a cor para azul, cor geralmente básica, e o outra à indicar o número 12 na escala de pH.

Figura 10: Análise do caráter básico da solução.

Analisou-se o caráter básico da solução do tubo de ensaio 11 no pHmetro, instrumento de alta


precisão, o mesmo aferiu um valor corresponde a 12,50, valor de pH que corresponde a
soluções básicas.

Figura 11: Verificação do caráter básico da solução, por meio do pHmetro.

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VI. CONCLUSÕES

Ao termino dessa prática concluí-se que, a partir dos experimentos realizados pode se
observar mudança de cores dos indicadores no meio ácido e básico a partir das suas
respectivas faixas de pH, indicando assim se o meio é um ácido ou uma base.

VII. REFERÊNCIAS

ATKINS, P.W.; JONES, Loretta. Princípios de química: questionando a vida moderna e o


meio ambiente. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
BROWN, Theodore; LEMAY, H. Eugene; BURSTEN, Bruce E. Química: a ciência central.
9 ed. Prentice-Hall, 2005.
RUSSEL, John B. Química geral, 2. ed. Vol 2 Pearson Makron Books, 1996.

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