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Fundamentos de gestão empresarial

AULA 01

O que é administração?

O conceito é um termo que surge com a própria ideia do Capitalismo, com a Segunda
Revolução Industrial.

No século XX, com as organizações se tornando maiores e faltando um conceito do que é


administrar. Os gestores só faziam movimentos, mas pensar no termo ciência.

A administração como um conjunto de conhecimentos.

Teoria da Administração Científica – Taylor

Ex. ao invés de uma pessoa fazer o veículo sozinha, cada pessoa fica encarregada de se
especializar em algum movimento específico.

Trabalho apenas racional.

Teoria da Burocracia – Max Weber

Maneira ideal de administrar empresa. Relação entre os cargos. Não há titularidade de uma
função, onde a administração cuidará da racionalidade.

Introduzido primeiro conceito de organização – são processos que levam a divisão de trabalho.

O setor público adotou essa teoria, adotando-se a racionalização da organização, contudo


houve uma deturpação.

Teoria Clássica – Fayol

Diferença – coloca uma série de princípio todos ligados à ideia de administração.

Estruturalista – há divisão do trabalho, mas devendo observar alguns tópicos que os anteriores
não observaram (remuneração, hierarquia, etc.)

Teoria Neoclássica

Resgatar muitos conceitos da teoria clássica, adequando-se para o período em questão.

Busca de soluções práticas.

Teoria das Relações Humanas – Mayo

O retorno financeiro não é suficiente para motivar o trabalhador, devendo este ser valorizado.
Teoria Comportamental – Maslow

Todo indivíduo tem uma pirâmide de necessidades, sendo a autorrealização o topo desta.
Critérios sociais.

Teoria da Contingência

Entender que é possível ocorrer falhas, sendo necessário um plano B, batendo em cima da
ideia de que contingencia é uma oportunidade.

Conceitos complementares – Eficiência; Eficácia e Efetividade.

Eficiência: está ligada a atividade meio, dar prioridade para esta atividade, retratando a
metodologia.

Eficácia: faz referência à atividade fim, voltada ao resultado.

Efetividade: foca no valor agregado, algo que gera valor na atividade final, impacta a atividade
meio para transformar o ambiente externo.

LEITURA OBRIGATÓRIA: Capítulo 1 - A administração e suas perspectivas: delineando o papel


da administração, páginas 9 a 20.

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 10. ed. São Paulo: Atlas,
2020.

A Administração está sendo considerada a principal chave para a solução dos mais graves
problemas que atualmente afligem o mundo moderno.

Em termos genéricos, a Administração consiste no processo de planejar, organizar, dirigir e


controlar o uso de recursos e competências, a fim de alcançar os objetivos organizacionais
desejados.

Cada autor conceitua Administração em sua óptica particular. Vale a pena comparar cada
conceituação da Administração:

■Administração: é o processo de alcançar objetivos pelo trabalho com e por intermédio de


pessoas e outros recursos organizacionais.

■Administração: é o processo de planejar, organizar, liderar e controlar o trabalho dos


membros da organização e utilizar todos os recursos organizacionais disponíveis para alcançar
objetivos organizacionais definidos.

■Administração: é o processo de planejar, organizar, liderar e controlar o uso de recursos para


alcançar objetivos de desempenho.

■Administração: é o alcance de objetivos organizacionais de maneira eficaz e eficiente graças


ao planejamento, à organização, à liderança e ao controle dos recursos organizacionais.
■Administração: é o ato de trabalhar com e por intermédio de outras pessoas para realizar os
objetivos da organização, bem como de seus membros.

1.Administração: é um processo contínuo e sistêmico que envolve uma série de atividades


impulsionadoras como planejar, organizar, dirigir e controlar recursos e competências para
alcançar metas e objetivos organizacionais. Ela implica fixar objetivos a serem alcançados,
tomar decisões no meio desse caminho e liderar todo esse processo para o alcance dos
objetivos a fim de oferecer resultados aos públicos estratégicos da organização.

2.Administração: envolve a articulação e aplicação de vários conjuntos de recursos e


competências organizacionais para alcançar objetivos. Ela é um processo abrangente que
envolve e põe em uso uma variedade de recursos: humanos, financeiros, materiais,
tecnológicos e uma torrente de dados e informação.

3.Administração: exige ações orientadas para alcançar objetivos fazendo com que pessoas e
órgãos trabalhem de maneira conjunta e integrada. Não se trata de uma atividade randômica
ou casual, mas uma abordagem proposital e direcionada para alvos previamente definidos,
envolvendo objetivos individuais, grupais e organizacionais ou uma combinação deles. Inclui
esforços para completar atividades sequenciais e sucessivas a fim de alcançar níveis cada vez
mais elevados de excelência e competitividade.

4.Administração: envolve o direcionamento de atividades executadas por todo o conjunto


organizacional. É um processo desenvolvido nos vários níveis das organizações por pessoas
com diferentes funções intencionalmente estruturadas e coordenadas para o alcance de
propósitos comuns.

Nesses termos, pode-se chegar a algumas conclusões sobre a Administração:

1.A Administração ocorre exclusivamente dentro de organizações: ela não acontece em


situações isoladas. Todas as organizações – nações, estados e municípios, empresas,
empreendimentos de todo tipo não importando seu tamanho ou natureza – precisam ser
administradas. Ocorre que cada organização é única, singular e diferente das demais, e suas
características ímpares afetam tanto o administrador como todas as pessoas que com ele
interagem. Assim, o administrador precisa necessariamente compreender a organização que
dirige. Essa é a sua praia.

2.A Administração requer fazer as coisas por meio das pessoas: o papel do administrador não é
o de executar, mas o de assessorar as pessoas e desenvolver nelas capacidades e
competências para que executem adequadamente suas atividades. Ele deve saber ajustar as
capacidades e as competências das pessoas aos requisitos da organização e dos objetivos a
serem alcançados por meio do esforço conjunto. Para isso, deve saber comunicar, orientar,
engajar, ensinar, liderar e motivar pessoas.

3.A Administração requer simultaneamente lidar com situações múltiplas e complexas, muitas
vezes inesperadas e potencialmente conflitivas: assim, a Administração é um processo
complexo que requer integração, articulação e visão de conjunto, principalmente quando as
atividades são divididas, diferenciadas e fragmentadas. Isso requer consistência e flexibilidade;
reflexão e ação; espírito analítico e sintético; e o olhar para o todo e para suas partes,
simultaneamente. Requer uma perspectiva global e uma compreensão local do mercado, dos
clientes, dos concorrentes, da sociedade, do governo e do mundo globalizado. O administrador
trabalha sempre com o radar ligado monitorando tudo ao seu redor.

4.O administrador deve continuamente buscar, localizar e aproveitar novas oportunidades de


negócios: deve possuir uma mentalidade empreendedora focada no compromisso de
constantemente aprender novas habilidades, novos conhecimentos, e adquirir novas
competências. Deve ser um agente de mudança e de transformação das organizações.

5.O administrador precisa saber reunir simultaneamente conceitos e ação: em outras palavras,
juntar a teoria com a prática e o pensar com o agir. Conceitos sem ação não levam a nada;
ação sem conceitos é pura perda de tempo. Cada vez mais a Administração está sendo
envolvida por assuntos abstratos e complexos. No seu começo, ela foi eficiência e eficácia.
Depois, veio a produtividade e lucratividade. Mais adiante, veio o mercado, a excelência, a
competitividade, a sustentabilidade e a responsabilidade social. O que são esses assuntos
senão conceitos abstratos e intangíveis? Pura teoria. E, sem ela, o administrador fica sem saber
exatamente o que fazer em situações abstratas e intangíveis. A menos que ele queira trabalhar
exclusivamente com coisas concretas, ou seja, com a mão na massa e dentro de uma rotina
bitolada e repetitiva enquanto o mundo de negócios ao seu redor é dinâmico, mutável e
competitivo. Vai perder a parada.

AULA 02

Teoria da Adm. Científica

1903 – Taylor – indústria focada em produção em massa – exploração do tempo – criação de


modelos – ideia maior produção com menor custo, minimizando tempo e despesas das
organizações.

Após a 2ª Rev. Industrial – substituição da produção artesanal

Redesenhar processos para maior eficiência.

Atividade meio – estudar tempos e movimentos – problemática: visão do trabalhador como


uma máquina.

Princípio 1 – estudar e reunir conhecimento sobre o trabalho.

Princípio 2 – regras escritas, codificando novos métodos, padronizando.

Princípio 3 – selecionar os trabalhadores com mais habilidades e capacidade que atendam às


necessidades da tarefa e treiná-los para desempenhar a atividade de acordo com regras e
procedimentos estabelecidos.

Princípio 4 – estabelecer um nível justo de desempenho para a tarefa, desenvolvendo um


sistema de pagamento justo.

Características da Administração Científica

1 – Divisão do trabalho – predominava uma gestão artesanal, não se preocupando com o


externo. Satisfazer os anseios dos consumidores.
2 – Padronização – tornando o produto padronizado, gera melhor ou a mesma qualidade do
produto.

3 – Especialização – quando as pessoas se especializam há redução de tempo e esforço, já que


saberia os métodos para reduzir energia. Através disto, houve redução de custo e aumento do
lucro.

4 – Remuneração – deverá ser justa, trazendo a ideia do mérito, premiando aqueles que se
destacarem.

No século XX, criação da OIT, defendendo direitos dos trabalhadores, fugindo da ideia de
trabalho mecanizado e escravo.

LEITURA OBRIGATÓRIA: Capítulo 2 - Administração Científica: arrumando o chão da fábrica,


páginas 31 a 46.

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 10. ed. São Paulo: Atlas,
2020.

Aula 03 – A Escola Clássica da Administração e a Teoria dos Sistemas

Teoria Clássica da Administração

Henri Fayol – 1916

Organização no sentido de ser o primeiro que trata do conceito de empresa.

Necessita organizar o que acontece dentro de uma empresa.

Fayol introduz a ideia de funções e divisões.

Uma empresa tem funções básicas (comerciais – compra e venda de materiais/serviços,


financeiras, patrimoniais ou de segurança, produtiva, contábeis).

Existe a função administrativa, surge o papel do gestor.

4 verbos – PODC – Planejar; Organizar; Dirigir; Controlar.

O Administrador é uma ciência que tem o foco de unificar a empresa com base nestes quatro
verbos e criando divisões de trabalho.

Há divisões horizontais e verticais – na vertical deve existir hierarquia e subordinação; na


horizontal deverá haver pessoas que exerçam suas atividades, mas estando no mesmo nível.

Princípios Clássicos:

- Divisão do trabalho: Vertical e Horizontal;

- Autoridade/Responsabilidade: alguém tem o poder de chefia. Esta autoridade foi dada pelos
sócios ou acionistas, que são aqueles que detém poder na administração. A responsabilidade
está no mandar e ter responsabilidade sobre nossos atos. A ideia de Fayol é clara sobre a
prestação de contas nos casos em que houver consequências das atitudes e suas
responsabilidades;

- Unidade de comando: quando há muitas pessoas mandando, faz a organização perder o seu
foco. Imaginando a organização como uma pirâmide, há poucos no comando e muitos na base
com trabalhos mais mecânicos;

- Hierarquia/subordinação: há uma estrutura de poder que envolve subordinação, esta será


levada a um superior para análise daquele trabalho e aperfeiçoamento;

- Cadeia Escalar: escala de responsabilidades em cadeia de baixo para cima, quem está em
cima gerencia um número maior de pessoas;

- Remuneração: os funcionários devem ser bem remunerados já que desempenham serviços


com suas responsabilidades;

- Equidade: os funcionários que exercem a mesma função deverão ter a mesma remuneração.

A teoria de Fayol sofre várias críticas.

Sendo uma teoria estruturalista, cria uma estrutura da administração. A administração como
uma organização, mas nos dias de hoje e desde que vemos a gestão contemporâneos, com
trabalho de casa, com horários flexíveis, a teoria de Fayol perde a função, perdurando em
pequenas empresas. Toda empresa que começa estará pautada pelo dono, trazendo todas as
funções reportadas ao proprietário.

Fayol vai se tornando reducionistas, funcionando para pequenos negócios apenas, onde não
há ideia de estratégia, inovação, marketing, etc.

Leitura(s) obrigatória(s): Capítulo 3 – Teoria Clássica da Administração: organizando a


empresa, páginas 49 a 61

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 10. ed. São Paulo: Atlas,
2020.

Capítulo 8 – Teoria de Sistemas, tópicos 8.1 a 8.4, páginas 222 a 228.

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 10. ed. São Paulo: Atlas,
2020.

TGS – 1950

ORIGENS DA TEORIA DE SISTEMAS - Ludwig von Bertalanffy - produzir teorias e formulações


conceituais para aplicações na realidade empírica - visão diferente da realidade organizacional.

Pressupostos básicos: forte tendência para a integração das ciências naturais e sociais; Teoria
de Sistemas; modo mais abrangente de estudar os campos não físicos; desenvolve princípios
unificadores - objetivo da unidade da ciência objetivo da unidade da ciência; integração na
educação científica.

 Critica a visão que se tem do mundo dividida em diferentes áreas.


Deve estudar os sistemas globalmente.

TGS fundamenta-se em três premissas básicas:

1) Cada sistema é constituído de subsistemas; e também de um sistema maior, o supra-


sistema; encadeamento parece ser infinito;
2) Cada sistema existe dentro de um meio ambiente constituído por outros sistemas
maiores. Sistemas abertos são caracterizados por um processo infinito de intercâmbio
com o seu ambiente para trocar energia e informação continuamente;
3) Cada sistema tem um objetivo/finalidade e tem seu papel no intercâmbio com outros
sistemas dentro do meio ambiente. Estrutura define suas funções.

Sistemas abertos e dinâmicos que a todo instante derivam do meio.

Entropia e sinergia – É um conceito físico sobre energia interna que todo sistema tem, mas que
leva a ideia de desorganização, necessitando de um administrador e saindo da definição de
entropia.

Atividade Problema

Refletindo sobre um problema

É cada vez mais comum encontrarmos estatísticas e números a respeito do número e volume
de novos negócios abertos no Brasil todos os meses e mesmo anos. A bem da verdade, seja
por necessidade ou mesmo vocação, o brasileiro é empreendedor por excelência e, por tais
razões, as empresas concentram o centro da atividade econômica nacional, empregando
pessoas e fazendo girar os fatores de produção.

Entretanto, mais do que o volume de abertura de empresas, chama a atenção o volume de


encerramento precoce das atividades empresariais. Não raramente, vemos empresas que
sequer viram o seu primeiro ano de existência. Os estudos sobre o tema associam esses dados
negativos à falta de preocupação com a gestão empresarial.

Neste quesito, veja no material do Sebrae disponibilizado a seguir alguns números sobre a
mortalidade das empresas no nosso país. Trata-se de uma questão preocupante e que vem
apenas reforçar a necessidade da presença de uma gestão empresarial especializada, haja vista
que as principais causas deste encerramento precoce de atividades remetem a fatores como
falta de planejamento, ausência de fiscalização e controle, bem como à incapacidade de
inovação frente a uma concorrência acirrada.

Sobrevivência das empresas no Brasil – Relatório Sebrae

8 principais causas da mortalidade de empresas

Afinal, infelizmente muitos empreendedores são bons naquilo que fazem, mas não conseguem
se organizar enquanto empresa, conseguindo contratar e manter colaboradores, receber e
pagar suas contas em dia, bem como gerar resultados positivos ao final de cada período.

Entender o conceito da gestão empresarial é, portanto, o ponto de partida para todo e


qualquer estudo acerca da atividade gerencial nas empresas.

Você já pensou como uma empresa poderá alcançar a tão almejada estabilidade, adquirindo
participação de mercado e resultados satisfatórios sem que tenha uma gestão adequada?
Mais do que isso, a boa gestão envolve conhecimento de diversos conceitos. Quais
aspectos/conceitos o gestor precisa se atentar na sua atuação?

Por tais motivos, passamos aqui a estudar as raízes do conceito de Gestão Empresarial,
compreendendo suas principais ideias e teorias.

Reflita, percorra a Trilha 1 e até breve!

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