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DESEMPENHO &
TREINAMENTO DE
DESENVOLVIMENTO
DE PESSOAS
Nas ultimas décadas a característica mas
notável que tem impulsionado o avanço
das disciplinas empresariais tem sido a
crescente necessidade de dirigir uma
empresa num entorno global competitivo,
caracterizado por incertezas,
dinamicidades e complexidades.
A própria natureza do entorno tem
contribuído para a consolidação da Gestão
de Pessoas - em especial ao sub-sistema de
Treinamento e Desenvolvimento de
Pessoas dentro das empresas, desprezá-la
pode ser fatal para seu empreendimento.
Mas o que é Treinamento e
Desenvolvimento? Para que serve, para
agradar aos clientes internos? Externos?
É necessário fazer planejamento de
Treinamento? Treinamento e custo ou
investimento?
Vamos partir da premissa que o trabalho
humano encontra-se na base da existência
das organizações e, por isso, requerem
esforço organizacional no sentido de
melhorá-lo. Entre as possibilidades,
encontram-se as ações de educação no
contexto empresarial.
Delors (1998), coordenador do relatório
aprender a conhecer,
“Educação: um tesouro a descobrir”,
aprender a fazer,
pontua quatro saberes da educação para o
século XXI.
aprender São eles:e
a conviver
aprender a ser.
Muito embora a educação profissionalizante
dê foco ao “aprender a fazer”, ela ganha
novos contornos ao incorporar os outros
saberes.
A educação, como o relatório propõe, tem
como perspectiva a pessoa em sua inteireza
e a vida em sua totalidade, da qual decorre
multiplicidade de papéis na sociedade.
Educação para toda a vida é o pressuposto
básico.
Ao considerar que o ser humano não é um
ser separado: cidadão, profissional,
compreende-se que pressupostos da
educação no geral possam ser aplicáveis aos
processos educativos no meio empresarial,
em particular.
Depende, única e exclusivamente, da
interação estratégica adotada pelas
organizações produtivas: educar para o
trabalho e educar para a vida.
Pergunta-se: que futuro as organizações
produtivas estão dispostas a construir? Não
se pode esquecer de que sem
desenvolvimento das pessoas não há
competitividade das empresas, isso porque a
capacidade de enfrentar os desafios que o
mundo organizacional se defronta, em
mercados cada vez mais competitivos e
mundiais, encontra-se nas pessoas que lá
trabalham.
Demandas da sociedade vêm colocando às
organizações desafios que vão além da
produção. Se elas se engajarem em
programas educacionais que englobem
preocupações com a vida como um todo, e
não apenas com relação à vida no trabalho,
estarão respondendo mais adequadamente
os anseios da sociedade. Alimenta-se, com
isso, um sonho de um novo futuro. Para as
pessoas. Para as organizações. E para a
sociedade.
Os estudos da área apontam, por um lado, um
longo percurso em termos de pesquisas e, por
outro, ainda prevalece a necessidade de
clareza conceitual. Várias expressões são
utilizadas, como sinônimas, para se referir às
iniciativas organizacionais que visam
proporcionar processos de aprendizagem em
empresas.
É frequente o uso dos termos: treinamento,
desenvolvimento, educação, educação
empresarial, capacitação profissional,
desenvolvimento de competências,
engenharia do conhecimento e, mais
recentemente, educação corporativa.
Treinamento é o termo mais frequente em
estudos da área. Segundo Carvalho (2001)
treinamento é, uma forma de educação
voltada para o trabalho, uma vez que seu
objetivo central é preparar o treinando para
o desempenho eficiente de uma determinada
tarefa que lhe é confiada.
Para Borges-Andrade (2002),
tradicionalmente treinamento vincula-se à
identificação de deficiências de desempenho
e necessidade de superação; necessidade de
preparação dos trabalhadores para novas
funções ou para adaptação à introdução de
novas tecnologias (desempenhos atuais e
futuros).
Dentre esses autores citaremos Chiavenato
(2003), onde relata que a educação é o
preparo para a vida e pela vida. Pode se
falar em educação social, religiosa, cultural,
moral profissional etc. Interessa-nos, assim,
a educação profissional.
Educação Profissional – é a educação
institucionalizada ou não, que visa ao preparo
Que prepara a pessoa para uma profissão:
do homem para a vida profissional.
formação profissional;
Compreende três etapas interdependentes,
que aperfeiçoa a pessoa para
mas perfeitamente distintas: uma carreira:
Aperfeiçoamento ou desenvolvimento
profissional;
que adapta a pessoa para uma função:
treinamento
Formação Profissional – É a educação
institucionalizada ou não, que visa preparar e
formar o homem para o exercício de uma
profissão, em determinado mercado de
trabalho. Seus objetivos são amplos e
mediatos, visando qualificar a pessoa para
uma futura profissão.
Desenvolvimento profissional – è a educação
que visa ampliar, desenvolver e aperfeiçoar a
pessoa para seu crescimento profissional em
determinada carreira na organização ou
para que se torne mais eficiente e produtivo
em seu cargo.
Seus objetivos perseguem prazos mais
longos, visando dar ao homem aqueles
conhecimentos que transcendem o que é
exigido no cargo atual, preparando-o para
assumir funções mais complexas ou
numerosas.
Treinamento – é a educação que visa
adaptar a pessoa para o exercício de
determinada função ou para a execução de
tarefa específica (conforme acima citado).
Esses três tipos de educação
profissionalizantes não tem fronteiras
perfeitamente definidas entre si, fazendo com
que um mesmo esforço educacional possa
muitas vezes ser dirigido para a formação ou
para o desenvolvimento ou ainda para o
treinamento.
Portanto, queremos fechar este tópico
fazendo uma referência a aprendizagem –
Para Abbad e Borges-Andrade (2004): “O
conceito de aprendizagem envolve, além da
aquisição e retenção, a generalização e
transferência”.
Aquisição pode ser entendida como a
capacidade de assimilar e apreender conteúdo
(conhecimento, habilidades e atitudes);
retenção é a capacidade de guardar na
memória os conteúdos assimilados,
apreendidos; recuperação diz respeito à
capacidade de acessar, quando necessário, os
conteúdos retidos na memória; generalização
refere à extensão em que habilidades e
comportamentos adquiridos são exibidos no
ambiente de transferência em situações
diferentes daquelas em que ouve aquisição.
A aprendizagem pode ser natural e induzida.
A aprendizagem natural é aquela que ocorre
em situações do dia-a-dia, sem um
planejamento intencional pré-estabelecido
para tal finalidade. Acontece de acordo com
preferências, estilo e ritmo do aprendiz.
Aprendizagem induzida é aquela que decorre
de experiência sistematicamente planejadas
para facilitar seu processo (programas de
T&D nas empresas, por exemplo).
Requer o desenho de estratégias de ensino-
aprendizagem que promovam a aquisição e
retenção de CHA (conhecimento, habilidade e
atitudes) e favoreçam sua recuperação,
generalização e transferência.
Vamos verificar os resultados de
aprendizagem, que é composta de 5 (cinco)
tipos: