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GESTÃO DE PESSOAS E
PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
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Crédito: Arka38/Shutterstock.
Organizações Pessoas
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patrimônio para as pessoas, desenvolvendo-as, e as pessoas transferem para a
organização seu aprendizado, gerando condições para enfrentar novos desafios
(Dutra, 2002).
O conceito da competência admite análise em diversos níveis quando
estudada no contexto organizacional, tais como:
• competências essenciais;
• competências organizacionais;
• competências técnicas; e
• competências individuais.
Vimos até aqui o CHA, mas vermos abaixo o que significa o VE:
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Crédito: Arcady/Shutterstock.
Vimos nos estudos até aqui que a competência não diz respeito apenas um
profissional ser bom tecnicamente, mas existem outras características que se
relacionam com o sucesso das entregas profissionais com seus conhecimentos,
habilidades, atitudes, valores e no contexto em que está inserido. A partir de
demandas de determinadas culturas organizacionais, sugere-se levantar ações
ou comportamentos esperados para cada área de negócio e para a estrutura
organizacional como um todo, além de levantar questões de como serão as
entregas dos profissionais na realidade em que estão inseridos.
Dessa maneira, estudarmos e analisarmos as competências individuais
será fundamental para o processo de alinhamento com as competências gerais
da organização específica. Como cada sujeito percebe suas entregas e
características marcantes tende a ser fundamental nessa fase, pois cada ser
humano se percebe e traz consigo sua autoimagem a partir da sua história de
vida. Assim, as competências individuais caracterizam-se por esse fator subjetivo
de cada profissional e objetivos, ou seja, existem características observáveis no
comportamento, no cotidiano e em outras ainda não observáveis. Os observáveis
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tendem a ser mais fáceis de serem identificados e, dessa forma, desenvolvidos
na caminhada empresarial. Porém, questões da personalidade do sujeito e
modelos mentais fixos possuem desafios na tradução dos comportamentos
esperados nas instituições.
Observáveis
Não observáveis
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Biografia
Socialização
Formação educacional
Experiência profissional
Essa temática é desafiadora nos estudos até então, pois representa a soma
de competências individuais de dada organização e inicia-se com “jeitos” de
sócios-fundadores geralmente, o que tende a definir demais competências
coletivas nos próximos passos. Portanto, existem duas perspectivas para
abordarmos este tema:
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vividas por cada um no grupo, e de como lidaram para resolver por exemplo
alguns conflitos.
• compartilhamento;
• transformação; e
• criação de novas competências.
Talentos
individuais
Estilo de Elementos
gestão organizacionais
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vimos nos estudos até aqui como a memória coletiva, a linguagem compartilhada
e as experiências comuns e coletivas.
Competências
técnicas
Competências
comportamentais
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pessoa nasce com certas habilidades esperadas, e ela pode se valer de cursos e
treinamentos para desenvolver tais habilidades. Podem ser:
Crédito: Trueffelpix/Shutterstock.
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Este tornou-se um dilema da área de gestão de pessoas desde a contratação,
desenvolvimento e possível desligamento. Sobretudo, é necessário buscar a
combinação entre os dois atributos: técnicos e comportamentais. Considerando
que os resultados para agregar valor na prática estarão nesse olhar criterioso e
just in time. Sendo assim, para avaliar as competências técnicas e
comportamentais é fundamental analisar o que o mercado de trabalho está
necessitando. Pois as mudanças ocorrem de forma dinâmica e convida os
profissionais a desenvolvimento a todo momento. Todavia, a área de Recursos
Humanos possui desafios contates de buscar profissionais com competências e
diferenciais que façam movimentos significativos nas organizações.
Para a avaliação é fundamental que aconteçam algumas etapas para este
processo:
Novas tecnologias
Relacionamentos interpessoais
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expansão dos interesses tanto pessoais quanto profissionais, o
relacionamento com pessoas que desafiam suas visões de mundo e a fuga
da zona de conforto. Quanto mais flexível for o indivíduo, mais ele
conseguirá enxergar novos padrões e criar associações únicas entre ideias.
É exatamente esse tipo de habilidade que as empresas do futuro
aguardarão dos profissionais.
2. Negociação: com toda a automação do trabalho e ascensão das máquinas
no mercado que temos presenciado ultimamente, as habilidades sociais se
tornarão mais importantes do que nunca. Até mesmo profissionais com
cargos técnicos terão que demonstrar maior empenho em suas habilidades
interpessoais. Sendo assim, a capacidade de fazer negociações com
clientes, colegas, gestores e equipe estará no topo da lista de habilidades
desejáveis.
3. Orientação para servir: a inclinação para ajudar os outros é outra
habilidade muito requisitada no mercado. Além disso, empresas de
serviços financeiros, de alimentos e de tecnologia da informação têm sido
cada vez mais confrontadas com as novas preocupações dos clientes. As
dúvidas sobre privacidade e segurança alimentar, por exemplo, são muito
frequentes e, caso não sejam respondidas de maneira adequada pelas
empresas, conduzem à perda de prestígio e de clientes. Como as
mudanças de valores têm acontecido muito rapidamente, saber orientar os
consumidores corretamente será uma habilidade fundamental. Mais do que
saber orientar, o profissional deverá conhecer bem o seu público para
adaptar os produtos e serviços oferecidos à realidade dele.
4. Julgamento e tomada de decisões: levando em consideração a imensa
quantidade de dados que as empresas estão reunindo nos dias atuais, é
cada vez maior a necessidade de profissionais capazes de fazer a leitura e
interpretação dessas informações e também de tomar decisões cruciais.
Logo, julgamento e tomada de decisões serão habilidades cada vez mais
exigidas no mercado de trabalho.
5. Inteligência emocional: essa é uma habilidade que envolve o
reconhecimento e a avaliação das emoções de outras pessoas, o
estabelecimento de empatia com esses sentimentos e, claro, a produção
de resultados desejados. Além disso, a inteligência emocional compreende
a identificação dos nossos próprios sentimentos, para que consigamos gerir
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as emoções. É uma habilidade social relevante para todos os seres
humanos e já é necessária para os desafios atuais e futuros no mundo do
trabalho.
6. Coordenação com os outros: busca-se constantemente uma conexão e
colaboração entre os profissionais no ambiente de trabalho, pois são as
pessoas que efetivamente interagem e se conectam. O foco na contratação
de profissionais que apresentem habilidades interpessoais, e saibam
manter um bom relacionamento com os colegas de trabalho, conciliando
diferentes perfis. A coordenação com os outros é uma habilidade social que
envolve saber trabalhar com pessoas de personalidades distintas, saber se
comunicar e, acima de qualquer coisa, saber lidar com as diferenças
encontradas em cada uma delas, respeitando-as e identificando traços e
habilidades importantes para o desenvolvimento da própria empresa.
7. Gestão de pessoas: saber gerenciar pessoas é o mesmo que saber
maximizar a produtividade, motivar as equipes e responder às
necessidades dos funcionários para que se sintam acolhidos, tenham suas
necessidades atendidas e possam igualmente corresponder às demandas
de criatividade e produtividade da empresa. Vale destacar ainda que a
gestão de pessoas é uma ferramenta de extrema relevância, que se
conecta diretamente com a inteligência emocional.
8. Criatividade: o profissional criativo tem a capacidade de conectar
informações aparentemente diferentes e, a partir dessa conexão, construir
ideias inovadoras para apresentar algo “novo”. As novas tecnologias e os
novos produtos exigem dos profissionais uma significativa dose de
criatividade para que possam assimilar, usufruir e tirar vantagem de todas
essas mudanças. É importante deixar claro que, mesmo com toda a
evolução da robótica, as máquinas ainda não têm a capacidade criativa do
ser humano. Portanto, se a criatividade já é considerada uma ferramenta
essencial no mercado de trabalho hoje, nos próximos anos ela será uma
habilidade imprescindível nas organizações.
9. Pensamento crítico: ser um profissional crítico será uma habilidade muito
valiosa nos próximos anos. Os pensadores críticos serão muito bem-vindos
a qualquer equipe de trabalho. Isso porque o pensamento crítico envolve
raciocínio e lógica. O profissional do futuro deverá ser capaz de usar tanto
a lógica quanto o raciocínio para questionar determinados problemas,
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identificar os “prós” e “contras”, ponderá-los e considerar as diferentes
soluções para os obstáculos.
10. Resolução de problemas complexos: essa não é uma habilidade que já
nasce com o profissional, mas que é aprimorada com o passar dos anos.
A habilidade, que se resume na capacidade de solucionar problemas
indefinidos e novos em ambientes reais, vai ser construída a partir de uma
base sólida de pensamento crítico. Sendo assim, o profissional do futuro
terá de contar com uma elasticidade mental para resolver problemas que
jamais viu antes, e que podem se tornar ainda mais complexos. Em muito
breve, os “solucionadores de problemas difíceis” serão os profissionais
mais requisitados pelas empresas. Diante de um mundo veloz e volátil, o
cenário corporativo irá buscar profissionais que tenham habilidades
intrínsecas aos seres humanos, habilidades essas que os distinguem e
qualificam perante as máquinas que deverão saber instruir e programar,
habilidades que serão reconhecidas pelos profissionais que irão liderar.
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REFERÊNCIAS
World economic fórum. The 10 skills you need to thrive in the fourth industrial
revolution. Disponível em https://www.weforum.org/agenda/2016/01/the-10-
skills-you-need-to-thrive-in-the-fourth-industrial-revolution/. Acesso em: 6 jul 2021.
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