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Módulo 13

CURVA S
Carlos Nery
Prof. Eng. Civil
carlos.nery.connect@gmail.com

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1. Conceito.
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Conceito.
A curva S, em termos práticos, nos permite visualizar o quão distante uma execução está daquilo que
realmente foi planejado. Trata-se de uma ferramenta gerencial que fornece dados que permitem um
comparativo entre Planejado x Realizado.

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Conceito.
A curva S é uma representação da soma acumulada de parcelas de um total qualquer. Seja em Homem-
hora, avanço físico, financeiro ou alocação de recursos. Pode ser elaborada com números absolutos ou
em percentuais.

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Conceito.
No início dos projetos, a distribuição de recursos ou nível de atividade é baixa, mas à medida que as
etapas vão se encaminhando para o nível de “execução” o risco do projeto diminui, as incertezas caem
e os recursos vão sendo mais aplicados. Portanto, é a partir da fase de execução que se elevam o
consumo de recursos. Ao início e ao final da obra, há menor consumo de recursos, quando se compara
com o meio do projeto. É exatamente esse “pico” que dá a nossa curva o formato que tem.

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Vantagens.
Sendo uma ferramenta de controle gerencial de projeto, de posse de
informações fidedignas, os “controllers” poderão extrair uma série de
decisões administrativas e financeiras. Tais como:

• definição do total de recursos necessários para a conclusão da obra;


• atendimento a demandas previstas em contratos;
• acompanhamento de gastos, mão e obra ou recursos alocados;
• realizar atualizações corretivas em casos de atrasos ou gastos excessivos.

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Linha de Base dos Custos.
De maneira simples, uma linha de base do projeto seria a representação da
integração entre escopo, tempo e custo. É o percurso pelo qual a obra deveria
seguir.
A linha de base dos custos é a versão aprovada do orçamento do projeto,
excluindo quaisquer reservas gerenciais. Dessa forma, só pode ser mudada
através de procedimentos formais de controle de mudanças. É usada como
base para comparação com resultados reais. A linha de base dos custos é
desenvolvida como um somatório dos orçamentos aprovados para as
diferentes atividades de cronograma.

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Linha de Base dos Custos.
As estimativas dos custos que constituem a linha de base dos custos estão
diretamente ligadas as atividades do cronograma, permitindo uma visão
referencial da linha de base dos custos que é normalmente mostrada na forma
de uma curva S.

Para projetos que usam o gerenciamento do valor agregado, a linha de base


dos custos e referida como a linha de base da medição do desempenho.

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Procedimentos.
Vamos encontrar a Curva “S” para um orçamento planejado. É importante
que saibamos que os mesmos passos valem para determinar a curva para os
gastos reais (“curva de realizados”).
Na tabela a seguir, basicamente, inicia-se com colunas: período considerado e
valor destinado. Neste exemplo, dividiu-se o estudo em ciclos semanais de
custos; ou seja, qual valor deverá ser gasto em cada semana.
A partir desses dados, faz-se uma segunda coluna para o custo planejado
acumulado. Isso reproduzirá quantos reais foram gastos até determinada data,
desde o início da obra.

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Procedimentos.

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Procedimentos.

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Observações importantes.
OBSERVAÇÃO 1: Não analise a curva por si só!
Embora seja uma ferramenta gerencial importantíssima, existem certas
conclusões que não pode tirar apenas com base na curva S.
É comum engenheiros, ao analisarem a curva S, afirmarem que uma obra está
adianta ou atrasada, em termos de cronograma! Isto é, analisando unicamente
a baseline e o curva de valor agregado. Este é um erro grave.
Não necessariamente uma obra está atrasada analisando somente a curva
Planejado x Executado. Isso porque a obra pode estourar prazos em setores da
obra, cujo o atraso não afetarão o caminho crítico do projeto.

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Observações importantes.
OBSERVAÇÃO 2: Descolamento
horizontal
Par esse exemplo, vamos
considerar que a obra foi
executada até a semana 4, sendo a
duração total igual a 8 semanas.
Abaixo, está a representação das
curvas comparativas entre
planejado e realizado.

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Observações importantes.
Perceba que há um “descolamento”
entre a curva de realizado e a de
planejado. Ou seja, uma está acima da
outra.
Quando analisa-se o distanciamento
horizontal, podemos tirar algumas
conclusões. Veja que, ainda na semana
04, os gastos previstos foram
antecipados em aproximadamente uma
semana.
Cabe então ao gestor da obra entender
se as motivações foram positivas ou
negativas. 15
Observações importantes.
OBSERVAÇÃO 3: Descolamento vertical
Do mesmo modo, o “deslocamento vertical”
nos retornará como os recursos estão sendo
aproveitados ao longo do tempo.
O gasto planejado para a semana 04 é de R$
28.000,00. Contudo, o gasto realizado
acumulado atingiu um valor de R$ 36.700,00.
Ou seja, o descolamento vertical demonstra
que se está gastando mais recursos do que o
previsto para a semana atual.

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O uso da Curva S nos permite analisar o andamento das
atividades por meio da linha de base do projeto,
referente ao que foi planejado, e da linha real do projeto
que nos mostra os valores reais do projeto.

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Boa noite e bons estudos!

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