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Tendências Pedagógicas

Tendências Pedagógicas
Este tema é uma "pedra no sapato" na vida de quem não conhece,
porém com um pouco de leitura é possível ir "pegando o jeitinho".
O que é essencial é saber o nome de cada uma e o representante,
pois há questões que cobram do candidato apenas isso, então a
tabela abaixo não pode ficar de fora jamais:
Por outro lado, dependendo da banca, a questão pode ser mais
elabora pedindo um conceito mais específico de cada tendência.
Então é importante ler sobre cada tendência e resolver muito
exercício.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino
fundamental:
Pode-se identificar,na tradição pedagógica brasileira, a presença de
quatro grandes tendências: A tradicional, a renovada, a tecnicista e
aquelas marcadas centralmente por preocupações sociais e
políticas(As progressistas).
A “pedagogia tradicional” é uma proposta de educação centrada no
professor, cuja função se define como a de vigiar e aconselhar os
alunos, corrigir e ensinar a matéria.
A metodologia decorrente de tal concepção baseia-se na exposição oral dos conteúdos, numa seqüência predeterminada
e fixa, independentemente do contexto escolar; enfatiza-se a necessidade de exercícios repetidos para garantir a
memorização dos conteúdos. A função primordial da escola, nesse modelo, é transmitir conhecimentos disciplinares para
a formação geral do aluno, formação esta que o levará, ao inserir-se futuramente na sociedade, a optar por uma profissão
valorizada.
Nesse modelo, a escola se caracteriza pela postura conservadora. O professor é visto como a autoridade máxima, um
organizador dos conteúdos e estratégias de ensino e, portanto, o guia exclusivo do processo educativo.(focada no
Ensino, segundo Demerval)
A “pedagogia renovada” é uma concepção que inclui várias correntes que, de uma forma ou de outra, estão ligadas ao
movimento da Escola Nova ou Escola Ativa. Tais correntes, embora admitam divergências, assumem um mesmo princípio
norteador de valorização do indivíduo como ser livre, ativo e social.
O centro da atividade escolar não é o professor nem os conteúdos disciplinares, mas sim o aluno, como ser ativo e
curioso. O mais importante não é o ensino, mas o processo de aprendizagem. Escola Nova destaca o princípio da
aprendizagem por descoberta e estabelece que a atitude de aprendizagem parte do interesse dos alunos, que, por sua
vez, aprendem fundamentalmente pela experiência, pelo que descobrem por si mesmos.
O professor é visto, então, como facilitador no processo de busca de conhecimento que deve partir do
aluno. Cabe ao professor organizar e coordenar as situações de aprendizagem, adaptando suas ações às características
individuais dos alunos, para desenvolver suas capacidades e habilidades intelectuais.(focada no Aprendizagem, segundo
Demerval).

A "pedagogia tecnicista", nos anos 70 proliferou o que se chamou de “tecnicismo educacional”, inspirado nas teorias
behavioristas da aprendizagem e da abordagem sistêmica do ensino, que definiu uma prática pedagógica altamente
controlada e dirigida pelo professor, com atividades mecânicas inseridas numa proposta educacional rígida e passível de
ser totalmente programada em detalhes. A supervalorização da tecnologia programada de ensino trouxe conseqüências:
a escola se revestiu de uma grande auto-suficiência, reconhecida por ela e por toda a comunidade atingida, criando assim
a falsa ideia de que aprender não é algo natural do ser humano, mas que depende exclusivamente de especialistas e de
técnicas. O que é valorizado nessa perspectiva não é o professor, mas a tecnologia; o professor passa a ser um mero
especialista na aplicação de manuais e sua criatividade fica restrita aos limites possíveis e estreitos da técnica utilizada.
A função do aluno é reduzida a um indivíduo que reage aos estímulos de forma a corresponder às respostas esperadas
pela escola, para ter êxito e avançar.
A “pedagogia libertadora” tem suas origens nos movimentos de educação popular que ocorreram no final dos anos 50 e
início dos anos 60, quando foram interrompidos pelo golpe militar de 1964; teve seu desenvolvimento retomado no final
dos anos 70 e início dos anos 80. Nessa proposta, a atividade escolar pauta-se em discussões de temas sociais e
políticos e em ações sobre a realidade social imediata; analisam-se os problemas, seus fatores determinantes e organiza-
se uma forma de atuação para que se possa transformar a realidade social e política. O professor é um coordenador de
atividades que organiza e atua conjuntamente com os alunos.

A “pedagogia crítico-social dos conteúdos” que surge no final dos anos 70 e início dos 80 se põe como uma reação de
alguns educadores que não aceitam a pouca relevância que a “pedagogia libertadora” dá ao aprendizado do chamado
“saber elaborado”, historicamente acumulado, que constitui parte do acervo cultural da humanidade.
A “pedagogia crítico-social dos conteúdos” assegura a função social e política da escola mediante o
trabalho com conhecimentos sistematizados, a fim de colocar as classes populares em condições de uma efetiva
participação nas lutas sociais. Entende que não basta ter como conteúdo escolar as questões sociais atuais, mas que é
necessário que se tenha domínio de conhecimentos, habilidades e capacidades mais amplas para que os alunos possam
interpretar suas experiências de vida e defender seus interesses de classe.
Demerval Saviani cita também as pedagogias contra-hegemônicas "Aquelas orientações que não apenas não
conseguiram se tornar dominantes, mas que buscam intencional e sistematicamente colocar a educação a serviço das
forças que lutam para transformar a ordem vigente visando a instaurar uma nova forma de sociedade." Situam-se nesse
âmbito as pedagogias libertadora, histórico-crítica e libertária, já citadas acima, como também as socialista e comunista.
Questões:

1) Ano: 2015 Banca: CONSULPLAN


NÃO é uma característica correspondente às tendências pedagógicas:
a) A pedagogia tradicional centra‐se na mera transmissão de conteúdos e na autoridade do professor.
b) A pedagogia tecnicista está associada à transmissão de conteúdos, mas põe um peso forte no desenvolvimento de
habilidades práticas, no saber fazer.
c) A pedagogia da escola nova não se exclui a transmissão de conhecimentos, mas se considera mais importante a
organização do ambiente de aprendizagem para que o aluno possa desenvolver sua própria atividade de aprender.
d) As pedagogias sócio‐críticas consistem na formulação de conteúdos por especialistas nas disciplinas e a utilização de
técnicas mais refinadas de transmissão, incluindo o computador e as mídias, em geral, o que resulta em um alto nível de
ensino.

2) Ano: 2014 Banca: FEPESE


As tendências pedagógicas brasileiras foram muito infuenciadas pelo momento cultural e político da sociedade, pois
foram levadas à luz graças aos movimentos sociais e filosóficos. Essas formaram a prática pedagógica do país.
Pesquisadores do campo educacional apresentam reflexões a respeito das tendências pedagógicas e mostram que as
principais tendências pedagógicas, usadas na educação brasileira, se dividem em duas grandes linhas de pensamento
pedagógico.
a) Pensamento Moderno e Pensamento Transgressor
b) Pensamento Conservador e Pensamento Liberal.
c) Tendências Tecnicistas e Tendências Liberais.
d) Tendências Liberais e Tendências Progressistas.
e) Tendências Transgressoras e Tendências Progressistas.

3) Ano: 2013 Banca: UFAM


As ideias pedagógicas expressas no Ratio Studiorum correspondem ao que passou a ser conhecido na modernidade
como:
a) Pedagogia Tradicional.
b) Pedagogia Crítico Reprodutivistas.
c) Pedagogia Humanista.
d) Pedagogia Dialética.
e) Pedagogia Renovadora.

4) Ano: 2016 Banca: FUNCAB Libâneo (1995) divide as tendências pedagógicas em dois grupos: “pedagogia liberal” e
“pedagogia progressista”. No primeiro grupo estão as vertentes que concebem a educação como:
a) instrumento de prevenção e de correção de desvios.
b) responsável pelo caráter essencialmente político, valorizando a experiência como fundamento na relação pedagógica.
c) uma forma de resistência contra o Estado.
d) instrumento de construção e sistematização de um saber que terá ressonância na vida dos alunos, no sentido de
favorecer mudanças sociais.
e) ação que visa à interação entre o meio cultural, social e natural e o educando, sendo o professor mediador.

5) Ano: 2013 Banca: UFAM: O inspirador da pedagogia não-diretiva foi:


a) Dermeval Saviani
b) Paulo Freire
c) Freinet
d) José Carlos Libâneo
e) Carl Rogers

Gabarito:1-d; 2-d; 3-a; 4-a; 5-e;

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