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Brasília Secreta Enigma do Antigo Egito


Iara Kern e Ernani Figueiras Pimentel
KERN Iara; PIMENTEL Ernani Figueiras. Brasília Secreta Enigma do Antigo Egito. Brasília: Pórtico,
2000.

Nota de Esclarecimento
Esse documento constitui-se apenas como um fichamento do arquivo em PDF impresso
do livro “Brasília Secreta”, escrito por Iara Kern e Ernani Figueiras Pimentel, ou seja,
não é o livro na íntegra, apesar de apresentar, entre aspas, trechos retirados do livro.
Esses trechos retirados integralmente do livro indicam, entre parênteses, o número da
página, porém, não seguem o formato de citação sugerido pela ABNT, visto que, esse
fichamento não foi elaborado visando o ambiente acadêmico. Alguns trechos entre
parênteses não apresentam o número da página do livro pois não foi possível ver a
página no documento impresso.

Esse resumo foi elaborado em julho de 2020, vinte anos após a publicação da obra,
portanto, tomei a liberdade de acrescentar prints do Google Maps, linhas nos mapas que
formam os triângulos e fotos que não estavam inicialmente no livro para tornar o
assunto mais didático. Foram acrescentados pequenas informações como o nome atual
dos locais (a exemplo do Lago Moeris) e outros dados achados na internet, como a
utilização atual de certos locais de Brasília. A tabela de comparação entre Brasília e
Akhenaton (página 4) não estava presente no livro inicial, mas foi elaborada a partir do
que estava escrito, com o intuito de tornar o material visualmente mais didático.
Infelizmente, algumas informações não foram possíveis de identificar devido a
mudanças na localização dos locais. Ao final do arquivo encontra-se a bibliografia do
livro.
A leitura desse resumo não substitui, de forma alguma, a leitura integral do livro, o qual
contém muitos dados, entrevistas, trechos de livros e diários que não foram transpostos
aqui, apenas resumidos. Esse fichamento não visa, de forma alguma, sobrepor o livro,
mas constitui-se como uma forma de disseminar o conhecimento para aqueles que não
puderem ler o livro terem acesso aos principais dados da obra. Por fim, esse material
não visa, em hipótese alguma, a arrecadação monetária ou comercialização pois foi
elaborado para uso privado e doméstico.

Aline Serenato

21 de Julho de 2020
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Sumário

1. APRESENTAÇÃO .................................................................................................................. 3

2. ESCLARECIMENTOS PRELIMINARES SOBRE O ANTIGO EGITO ................................................ 3

3. ONDE ESTAMOS HOJE ......................................................................................................... 3

4. A ERMIDA DE PHILAE E A ERMIDA D. BOSCO........................................................................ 4

5. O LAGO MOERIS E O LAGO PARANOÁ .................................................................................. 5

6. ARQUITETURA DO ANTIGO EGITO E ARQUITETURA DE BRASÍLIA .......................................... 5

7. OCULTISMO, NUMEROLOGIA, SIMBOLOGIA. COINCIDÊNCIAS?............................................. 6

TRIÂNGULO NACIONAL ......................................................................................................................................7


TRIÂNGULO LOCAL ...........................................................................................................................................7
TRIÂNGULO DAS COMUNICAÇÕES .........................................................................................................................8
A CATEDRAL ...................................................................................................................................................9
O CEMITÉRIO ..................................................................................................................................................9
NUMEROLOGIA.............................................................................................................................................. 10
O SANTUÁRIO DOM BOSCO .............................................................................................................................. 10
O TRÊS ........................................................................................................................................................ 11
OUTROS DADOS ............................................................................................................................................. 11

8. TEMPLO DA BOA VONTADE A MAIS MARCANTE CONSTRUÇÃO PIRAMIDAL DO SÉCULO XX 13

9. DE QUÉOPS AO TEATRO NACIONAL ................................................................................... 14

10. PEQUENO HINO AO SOL .................................................................................................... 14

11. O PRESIDENTE JUSCELINO KUBITSCHEK DE OLIVEIRA E O FARAÓ AKHENATON ................... 15

12. EXPEDIÇÃO A TELL-EL-AMARNA (RELATO DO PROF. ERNANI) ............................................. 15

13. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................... 16


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1. Apresentação

A obra é uma reedição da tese “De Akhenaton a JK- Das Pirâmides a Brasília” escrita por Iara
Kern em 1984.

No livro “A Nova Capital” (1957) é explicada que


para a construção de Brasília houve um concurso
para escolher o plano piloto da cidade.
Participaram 26 projetos, de 66 profissionais
brasileiros mas quem ganhou foi Lúcio Costa. Seu
plano de apresentação era o mais simples: usava
apenas papel comum, lápis, tinta e borracha.
Desde a apresentação do projeto até a
inauguração da cidade decorreram 3 anos e 1
mês. Ainda, o professor Lúcio Costa nem queria
participar do concurso inicialmente. Ele disse:
“Não pretendia competir e, na verdade, não
concorro – apenas me desvencilho de uma solução
possível, que não foi procurada mas surgiu, por
assim dizer, já pronta”.

2. Esclarecimentos preliminares sobre o Antigo Egito

O Egito faraônico conseguiu permanecer intacto na sua essência de modo a influenciar outras
culturas. Pode-se dizer que o Antigo Egito é filho do sol, com suas 30 dinastias e 360 faraós e
atingiu seu apogeu no período do antigo império, até a sexta dinastia.
Em 1978 começou a se explorar o Egito. O francês Jean-François Champollion decifrou as três
línguas, grego, hieróglifo e demótico, da Pedra da Roseta, o que deu origem a Egiptologia.

3. Onde estamos hoje

Os egípcios formaram uma grande nação da antiguidade e tiveram muito cuidado em preservar
sua cultura e costumes, preservando-os até chegar a nós.

No Antigo Egito a construção de um só templo demorava séculos mas o faraó Akhenaton inovou
nos projetos de engenharia ao mandar cortar as pedras em blocos de 30 a 40 centímetros, o que
permitiu construir uma cidade toda (Akhenaton) em apenas quatro anos.

A construção extremamente rápida da cidade de Brasília foi comparada às construções do faraó.


Em 1987 foi considerada pela imprensa internacional a 8ª maravilha do mundo. Em seguida dá
uma tabela feita comparando ambas as cidades com base nos parágrafos desse capítulo do livro.
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Brasília Akhenaton
O Eixo-Rodoviário na posição norte-sul se cruza com o Apresentava duas asas no sentido norte-sul, cortada por
Eixo Monumental que aponta leste-oeste. Apresenta duas avenidas que se cruzavam no sentido leste-oeste. Traçada
asas no sentido norte-sul. à semelhança de um pássaro em voo.

Amplas avenidas, largas ruas, grandes espaços Amplas avenidas, espaço amplo entre as construções,
arborizados e ajardinados entre as construções e baixo grandes jardins e arvoredos, plano que permitia aos
gabarito de edificações. homens pleno contato com o céu e o sol.

Projetada para ser a capital administrativa do país, Projetada para ser a capital administrativa do país,
dividida em setores, destinados cada qual a um segmento dividida em setores, cada um dedicado a um segmento
social: civis, militares, políticos, religiosos, funcionários social; sacerdotes, militares, artesãos etc.
médicos, serviçais etc.

A Catedral de Brasília tem seu altar em céu aberto, O grande templo central inovava arquitetonicamente pois
permitindo a presença constante de luz em seu interior. seu altar era ao ar livre, a céu aberto, pois o culto era
Antigamente os vidros azuis eram todos transparentes. dirigido ao deus sol.

Foi construída em um local escolhido previamente, que é Foi construída em um local previamente escolhido, que
o centro geográfico do Brasil. era o centro geográfico do Antigo Egito (delta, ao norte,
até a ilha de Philae, ao sul).
Cidade do horizonte do sol, no Brasil atual e futuro. Cidade do horizonte do sol, no Antigo Egito.

4. A Ermida de Philae e a Ermida D. Bosco

Na ilha de Philae há um templo que serviu como marco para a cidade de Akhenaton, onde
também encontraram a 2ª Pedra da Roseta. Ali o templo era cercado por água, exceto na entrada.

Em Brasília existe a Ermida D. Bosco (padroeiro da cidade), de forma piramidal junto ao Lago
Paranoá, situada precisamente na altura de paralelos 15º a 20º, como predissera D. Bosco.

“A profecia de um Santo”, documento de 1882 narra uma espécie de sonho ou visão que São João
Bosco teve, em que descortinou um futuro grandioso reservado à América Latina. Pela visão dele
Brasília seria o Celeiro do Mundo, de onde jorraria leite e mel, fartura e paz. Segundo ele quando
escavassem as minas escondidas apareceria uma riqueza inconcebível. De fato no dia que
cavaram em torno de Brasília acharam urânio e petróleo.
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Assim, em homenagem a D. Bosco ergueu-se uma ermida; paralelamente ao Antigo Egito, onde
erigiam monumentos em homenagem a seus fundadores e idealizadores.

5. O Lago Moeris e o Lago Paranoá

O Egito é o próprio Nilo. Quando havia inundação das cheias então havia imensa fertilidade.
Devido a essa fertilidade o local recebia visitantes de vários locais. Segundo Heródoto, os
habitantes do Egito eram o povo mais saudável do mundo, com seu sol claro, céu azul e clima de
inverno seco. A irrigação também era muito usada. Ali se construiu o primeiro lago artificial do
mundo, o lago Moeris, hoje chamado Lago Birket Qarun.

Brasília hoje atrai pessoas de vários locais, para trabalho ou outros motivos. Segundo a própria
profecia de D. Bosco, a região teria fartura. Hoje a cultura do cerrado aflora, produz e exporta
grãos, frutas, cereais e legumes. “Se situa geograficamente no centro da maior área contínua
agricultável no mundo – o cerrado do Planalto Central do Brasil” (p.36). O céu de Brasília, azul e
límpido, assim como seu clima e luminosidade remete a terra dos faraós. Na cidade construiu-se o
grande lago artificial do Paranoá.

6. Arquitetura do Antigo Egito e Arquitetura de Brasília

A arquitetura egípcia iniciou-se a partir da terceira dinastia, quando a pedra começou a ser usada
nas construções. Destaca-se o rei Djoser e o engenheiro Iemhotep, que construíram a pirâmide de
degraus de Sakara, a mais antiga estrutura de pedra erguida pelo homem no mundo. Era uma
estrutura de degraus destinada à guarda da energia cósmica e controle da energia vital dos que a
ela iam, isto é, uso medicinal da energia.
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Em Brasília havia uma pirâmide escalonada, a pirâmide da CEB (Centrais de Elétricas de


Brasília), para controlar e supervisionar o sistema de energia elétrica da cidade, inclusive nas
mesmas proporções das de Sakara. O arquiteto Gladson da Rocha foi o arquiteto da pirâmide e de
seu estacionamento. Em entrevista a Ernani F. Pimentel, disse que não havia optado pela forma
de pirâmide. No edifício da pirâmide da CEB aparece também o formato do pássaro Íbis no
estacionamento fronteiriço. O pássaro era guardião das pirâmides e foram encontradas mil
múmias dessa ave sagrada no Egito.

7. Ocultismo, Numerologia, Simbologia. Coincidências?

A arquitetura de Brasília também pode ser analisada por meio da numerologia, tarot egípcio e da
cabala hebraica.

A rodoviária do plano piloto tem a forma de um H deitado, que pode ser visto como representativo
do homem mortal. Ele se repete em três planos: o subterrâneo, o nível do solo e o aéreo, assim
como há três planos psíquicos do homem (Id, Ego e Superego).
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Já o H em pé, como do Congresso Nacional, pode simbolizar o homem espiritual. O Congresso


situa-se entre duas conchas ou semiesferas: um polo aponta para cima (captação de energia
cósmica) e outro para baixo (energia telúrica).

Triângulo Nacional

A praça dos três poderes tem forma de triângulo em cujos ângulos se situam os poderes da
república: o Executivo (Palácio do Planalto), Legislativo (Congresso Nacional) e Judiciário
(Supremo Tribunal Federal). O triângulo é equilátero, sugerindo equidistância, igualdade e
equilíbrio.

Triângulo Local
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No Eixo Monumental há três construções que configuram um triângulo: o Centro de Convenções,


o Tribunal de Justiça do DF e o Palácio do Buriti.

(Os triângulos nessa imagem não estão em posição exata devido a escala menor).
O Triângulo Nacional tem um vértice para oeste, apontando para a Torre de TV. O Triângulo
Local tem um vértice para o leste, apostando para a mesma torre. Mentalize o deslocamento
desses dois triângulos até pairarem sobre a Torre. Outra estrela de Davi, representando o
equilíbrio entre os interesses nacionais e locais.

Triângulo das Comunicações

A Torre de TV tem base triangular e representa as comunicações com suas três correspondentes
linguagens: escrita, falada e mímica, isto é, letra, som e imagem.
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A Catedral
Apesar das linhas modernas é concebida dentro da simbologia antiga, como as pirâmides, em que
várias partes eram subterrâneas. A Catedral tem uma parte subterrânea e passagens ligando a
Cúria, a Sacristia e o Batistério. A entrada é um túnel escuro que eclode na iluminação da nave.

Na parte interior descem três anjo, representação da Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito
Santo, correspondentes no Egito Antigo a Ísis, Hórus e Osíris. Na entrada do lado de fora há
quatro estátuas dos evangelistas, além de ser cercada por água. No Egito Antigo, na entrada dos
templos havia estátuas de deuses, como se veem nos templos de Abu-Simbel (foto), de Set I, do Rei
Unas, do Faraó Miquerinos.

O Cemitério
O Cemitério Campo da Esperança é espiralado. Talvez demonstrando a evolução e transcendência
do ser humano. Abaixo encontra-se um mapa do local.
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Pietro Ubaldi, em “A Grande Síntese”,


demonstra que sua filosofia tem a
finalidade de fornecer ao homem uma
nova consciência cósmica, unindo fé e
ciência. Ubaldi diz que “a evolução é
um conceito de libertação de limites
[...] que se expressa na concentricidade
de todas as volutas da espiral.
Também é a vida um ciclo, com sua
fase evolutiva e o retorno ao ponto de
partida”.

Numerologia
“Os prédios de cada lado do H do Congresso Nacional têm 28 andares (28 + 28 = 56, que é o
número dos menores arcanos do tarot egípcio e da cabala hebraica, indicando local onde se
encontram todos os interesses e vontades).
5 + 6 = 11, número mestre que indica evolução superior e sugere altíssima responsabilidade na
decisão dos destinos do país. Ainda, o plano piloto inteiro forma 4 grupos de 32 superquadras. 4 x
32 = 128; 1 + 2 + 8 = 11.

O número 12 rege o universo, sugerindo completude, equilíbrio, totalidade. Doze são os signos do
zodíaco, os meses do ano, o som das notas musicais, os apóstolos, os cavaleiros da Távola
Redonda, do rei Arthur.

A bandeira nacional, em frente à Praça dos Três


Poderes, hasteia-se sobre um gigantesco mastro de 12
pares de vigas.

Os edifícios de Brasília têm andares com números


múltiplos de 12. Em casa superquadra existem 11
edifícios de 6 andares. 11 x 6 = 66; 6 +6 = 12. As
superquadras de cada Asa são 64 (6 + 4 = 10). Dez é o
maior número da cabala hebraica e sugere fortuna e
boa sorte. No norte e no sul há um a mesma quantidade
de quadras, o que indica compromisso com o equilíbrio
e a estabilidade.

A Catedral de Brasília foi construída para uso de todas


as religiões e projetada dentro da simbologia antiga,
expressa em todas as Cartelas do Tarot. É sustentada
por 16 colunas, número esse que tanto na cabala
hebraica quanto no tarot egípcio é o número destinado ao
templo”.

O Santuário Dom Bosco


O Santuário foi projetado por Carlos Alberto Neves, sendo que o número 16, na cabala e no tarot,
se associa ao templo. “O local tem 16 metros de altura, 80 colunas (8 é submúltiplo de 16). É
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localizado na Avenida W3 (W = 5; 5 + 3 = 8). A cruz mede 8 metros. O lustre pesa 2.600 kg (2 + 6


= 8). Sabe-se que o número 8 indica infinito, união, ligação de duas esferas, de dois mundos. O
lustre tem 7.400 copos de vidro Murano (7 + 4 = 11) e os vitrais se desenham com 12 tonalidades
de azul.” O número 11 é o número mestre (indica evolução superior) e o 12 rege o universo.

O Três
O número três, que é a síntese de equilíbrio, está onipresente na cidade: Praça dos Três Poderes
(triângulo nacional), o triângulo local, no triângulo das comunicações, na face de todas as formas
piramidais e na espiral para o cemitério (espiral de três pontas).

Outros dados
As formas das tumbas faraônicas são reproduzidas na cidade, como na arquitetura da Igreja
Messiânica, da Ordem Rosa Cruz AMORC, da Igreja Católica de Santa Cruz, do Edifício do
Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq).

O Memorial JK, como a grande pirâmide, foi revestido de mármore e colocado bem na base de
todos os triângulos (ver mapas anteriores).
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Assim como no Egito Antigo na pirâmide guardava-se o sarcófago dos faraós. No Memorial JK
também se encontra o sarcófago do presidente JK e no Templo da Boa Vontade, o sarcófago do
fundador Alziro Zarur.

“Assim como no Antigo Egito, na Grande Pirâmide de Quéops, o sol nascia em cima do sarcófago
do Faraó no dia de ser aniversario, em Brasília, em certa parte do ano, o sol nasce exatamente
dentro do H do Congresso e ilumina a tumba do presidente fundador”.

Algumas semelhanças entre Juscelino Kubitscheck, fundador da cidade, e o faraó Akhenaton são
interessantes: ambos construíram suas cidades em 4 anos, ambas servindo de transição política
para o país. Ambos viveram apenas 16 anos após a inauguração de suas cidades e ambos tiveram
uma morte violenta (p. 64).
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8. Templo da Boa Vontade a mais marcante construção piramidal do


século XX

O Templo da Boa Vontade (TBV) foi construído e dirigido por José de Paiva Netto, sendo um
centro ecumênico no Brasil. Possui entrada escura e subterrânea, sendo que na nave há uma
explosão de luz por um cristal gigante fixado no topo da pirâmide. “Esse cristal de 21 kg, extraído
do subsolo do Planalto Central, catalisando as energias cósmicas e telúricas, simboliza a presença
das forças divinas” (p. 67).

No piso da pirâmide-templo há uma espiral de mármore escuro, que é percorrida pelos visitantes
descalços. Ali eles tem contato com a energia cósmica captada pelo grande cristal e pela energia
telúrica, pelo contato dos pés com a bronze. “A espiral do piso lembra a ideia de evolução e
transformação, conforme a filosofia de Pietro Ubaldi [ver capítulo anterior sobre o Cemitério] que
se casa ao transcendentalismo da cosmovisão do Antigo Egito”.
Em 1995, no sexto aniversário do Templo. Paiva Netto inaugurou a Sala Egípcia, onde o visitante
pode ver atos do cotidiano e até uma réplica do trono de Tutancâmon, tudo em azul e dourado.
Hoje a sala também é usada para meditação. No livro a autora apresenta trechos do texto que é
distribuído aos visitantes as Sala Egípcia (p. 71 – 76).
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9. De Quéops ao Teatro Nacional

“O ponto alto no Egito foi a construção da grande pirâmide de Quéops, com mais de dois milhões
de blocos de pedras, que chegam a pesar cada um de duas a setenta toneladas [...]. Os blocos do
interior eram obtidos localmente, mas as pedras de mármore fino eram cortadas em Turah, do
outro lado do rio, a 400km do vale de Gize [...]. A Grande Pirâmide foi diferente das outras, pois
era local de iniciação da Escola de Mistério, sendo que ninguém entrou nela por séculos” (p. 77,
78).

Paralelamente Brasília possui o Teatro Nacional “que em seu exterior apresenta 78 espécies de
formas piramidais, como atesta o matemático Júlio Lociks” (p. 79).

10. Pequeno Hino ao Sol

Os autores apresentam uma tradução de um pequeno hino a Aton, escrito pelo faraó Akhenaton,
da XVIII dinastia, “o primeiro homem a expressar o monoteísmo, numa época de incontáveis
deuses” (p.81). Segue abaixo a primeira estrofe do hino, traduzido pelos autores do livro da versão
espanhola presente no livro “Nefertiti e Akhenaton” de Christian Jacq:

“Oh! Aton vivente, senhor eterno,


és esplêndido quando nasces.
És resplandecente, perfeito, poderoso.
Teu amor é grande, imenso.
teus raios iluminam todos os rostos,
Teu brilho dá vida aos corações
quando enches as Duas Terras com teu amor.
Deus venerável que se fez a si mesmo,
que criou cada Terra e o que nela se encontra,
todos os homens, os rebanhos e o gado,
todas as árvores, que crescem no chão.
Vivem quando tu para eles apareces.
Tu és o pai e a mãe de tudo o que criaste”
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11. O Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira e o Faraó


Akhenaton

O presidente JK possuía um imenso conhecimento sobre o Antigo Egito, principalmente da época


do faraó Akhenaton, conforme ele escreve no livro “Meu Caminho para Brasília” nas páginas 110
e adiante. Ali ele discorre sobre o Antigo Egito, conta sobre sua viagem ao país e confessa sua
admiração pelo autocrata visionário. O presidente também narra quando levou a princesa Marina
da Grécia para conhecer Brasília quando ainda era um canteiro de obras; a duquesa disse-o que
ele construía como os faraós do Egito antigo, ao que o presidente respondeu que ao contrário
deles, que construíam para os mortos, ele construía para as gerações do futuro. (p. 87 – 91). Assim
como Akhenaton se instalava em uma tenda provisória perto das obras da futura capital, JK se
instalou em uma pequena residência de madeira, o catetinho (conforme imagem abaixo).

No livro “Cinquenta Anos em Cinco”, na página 171, “o presidente expõe sua aceitação das forças
misteriosas que regem o mundo” conforme o trecho a seguir: “As forças misteriosas que regem o
mundo haviam agido no sentido de que as circunstancias se articulassem e criassem a
‘oportunidade’ para que o velho sonho se convertesse em realidade”. Sobre a conclusão das obras o
presidente continua: “E o mundo assistiu ao nascimento da obra prevista por um sonho-visão, e
realizada pela determinação de um grande construtor do futuro que se impunha à aceitação de
forças superiores a si mesmo”.
Brasília foi projetada para ser diferente de todas as outras e, conforme Yuri Gagarin disse ao
visitar a cidade em 1961, “tenho a impressão de que estou desembarcando num planeta diferente,
não na Terra".

No livro os autores ainda incluem o poema “Esquina do Mundo”, de Newton Rossi sobre Brasília.

12. Expedição a Tell-El-Amarna (relato do Prof. Ernani)

Esse capítulo final é narrado pelo prof. Ernani, o qual visitou o local em dezembro de 1999
durante quinze dias. Na época ele foi acompanhado pelo guia Mohamed Charif (egiptólogo e filho
de alto diplomata), Jean Claude (diretor de filmagens), Norma (sua esposa) e dois carros patrulha
do exército.
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A cidade de Akhenaton, hoje é denominada Tell-El-Amarna, ou Tell el Amarna, constituindo-se


um sítio arqueológico com “alicerces de barro de quatro milênios”.

O livro ainda inclui alguns mapas de sítios arqueológicos da cidade, os quais hoje (ano de 2020)
devem incluir outras regiões.

Link do documentário no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=bhUrG2xlet0.

13. Bibliografia

ALDRED, Cyril. Akhenaten, King of Egypt. Londres: Editora Thames and Hudson, LTD, 1988.

AZIZ, Philippe. Atlantida, civilização desaparecida. Genève: Editions Famot, 1975.

BRISSAUD, Jean-Marc. O Egito dos Faraós. Genève: Editions Famot, 1976.

BRUNTON, Paul. O Egito Secreto. São Paulo: Editora Pensamento.

CARDILL, Edmundo. A energia da forma. São Paulo: Aquarius, 1982.

CARPICECI, Alberto Carlo. Arte e História. Egipto – 5000 años de civilización. Firenze: Editora
Bonechi, 1999.

DAUMAS, François. La vie dans l’Egypte ancienne. P.U.F.

HERMAN, A. e RANKE, H. La civilisation Égyptienne. Payot.

_________. La religion des Egyptiens. Payot.

JACO, Christian. Nefertiti y Akhenatón. Colección Enigmas de la Historia. Ediciones Martínez


Roca, S.A.

KUBITSCHECK, Juscelino. Cinquenta anos em cinco. Editora Bloch.

_________. Meu caminho para Brasília, volume III. Editora Bloch.

LAUER, Jean-Philippe. Le mystère des piramides. Presses de la cité.

REVISTA HORUS. Empresa Egyptair, edição de outubro/dezembro de 1999.

SILVEIRA, Peixoto da. A Nova Capital. Editora Pongetti, 1957.

VANDIER, Jacques. La Religion Égyptienne. Payot.

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