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- Princípios:
*abolitio criminis: lei posterior deixa de considerar tal ato como crime (ex: crime
de sedução) > é uma causa de extinção da punibilidade > cessam todos os
efeitos penais (ex: não será considerado reincidente se vier a cometer novo
crime - manda soltar se estiver preso) > efeitos extrapenais não cessam (ex:
indenização na esfera cível)
*novatio legis in mellius: fato continua sendo criminoso, mas lei nova dá
tratamento mais benéfico (ex: diminuição da pena) > essa é a lei que irá
prevalecer (em razão do princ. da retroatividade mais benéfica) > essa
lei deverá retroagir para alcançar os fatos praticados antes da sua vigência,
ainda que eles já tenham transitado em julgado > estando na fase de execução
da pena, o juiz competente será o juiz da execução penal
*novatio legis incriminadora: fato não era crime, mas lei posterior vem
considerar tal fato criminoso > não irá retroagir para alcançar fatos praticados
antes de sua vigência
*novatio legis in pejus: fato continua sendo criminosa, mas lei nova dá
tratamento mais severo > princ. da irretroatividade: não retroage para alcançar
fatos praticados antes de sua vigência > ultratividade: lei revogada continuará
gerando efeitos
- Tempo do crime:
- Lugar do Crime:
CONDUTA E RESULTADO
obs: fulano dá uma facada em ciclano, porém ciclano havia tomado veneno
antes e vem a falecer unicamente por conta do veneno > fulano responde só
pelo que praticou > tentativa de homicídio > resultado independe da conduta
obs 2: fulano, sabendo que ciclano é hemofílico, dá uma facada nele e este
vem a falecer > fulano responde pelo homicídio
fulano atira em ciclano, que ao tentar fugir, é atropelado por uma caminhão e
morre > fulano responde pelo homicídio
fulano dispara contra ciclano, e ocorre um acidente coma ambulância e vem a
falecer > fulano responde apenas pela tentativa
fulano da facada em ciclano que vai para o hospital e lá contrai forte infecção,
vindo a falecer > fulano responde por homicídio consumado > há um
desdobramento natural da conduta do agente
fulano da facada em ciclano que vai para o hospital e lá ocorre um incêndio,
vindo a falecer por causa deste > responde por tentativa de homicídio > não é
um desdobramento natural da conduta do agente
- Relevância da omissão:
- Iter Criminis:
*tentativa perfeita: sujeito esgota sua potencialidade lesiva (faz tudo que está
em seu alcance, mas não atinge o resultado final)
*crime preterdoloso > sujeito tem dolo na conduta e culpa no resultado, ou seja,
não deseja o resultado > não se pune tentativa
- Arrependimento posterior:
- Crime impossível:
*exclui a tipicidade
- Teoria do Dolo:
*dolo eventual: sujeito não deseja diretamente o resultado, mas tem a previsão
do resultado e segue em diante, assumindo o risco e aceitando o resultado >
teoria do consentimento/assentimento
- Crime culposo:
*crime culposo só existe quando expressamente previsto em lei (exemplo: só
existe modalidade dolosa)
*na imperícia tem postura ativa > age com precipitação, de forma descuidada >
há uma ação
*na imperícia deixa de observar as regras de seu ofício, arte ou profissão >
culpa profissional
obs: culpa consciente ≠ dolo eventual > no dolo eventual o agente prevê o
resultado como possível, mas segue em diante com a sua conduta assumindo
o risco de produzi-lo, aceitando a incidência de eventual evento lesivo. Na
culpa consciente, o agente, embora tenha previsto o resultado, não o aceita,
pois considera, sinceramente, que não ocorrerá ou que terá habilidade
suficiente para evitar o evento lesivo.
*se o erro for vencível (podia ser evitado) > exclusão do dolo, mas reponde
pela modalidade culposa, dede que prevista em lei (se não houver = fato
atípico)
1) erro sobre a pessoa: erro na identificação > atinge pessoa diversa >
considera condições e qualidade da vítima pretendida
2) erro na execução (aberratio ictus): por erro no uso dos meios de execução
ou acidente (ex: erro na pontaria), atinge pessoa diversa > considera-se
a pessoa pretendida > se atingir a pessoa pretendida E pessoa diversa há
concurso formal (pega a pena do crime mais grave e aumenta de um sexto até
metade)
*responde pelo crime que de fato praticou na modalidade culposa (se houver
previsão) > se praticar o pretendido e o diverso, há concurso formal
*se o crime pretendido for mais grave do que o que foi efetivamente praticado,
responderá pela tentativa do mais grave (ex: quero atirar em alguém mas
acerto em um carro > crime de homicídio é mais grave que crime de dano >
responde por crime de tentativa de homicídio)
- Erro de Proibição:
*é o erro do agente que recai sobre a ilicitude do fato, isto é, o agente que
supõe que sua conduta é permitida quando, na verdade, é proibida > agente
sabe exatamente o que faz, mas acredita que age licitamente > autor carece de
consciência da ilicitude do fato
- Descriminante Putativa:
*isento de pena quando o erro for plenamente justificado pelas circunstâncias >
não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como
crime culposo > teoria limitada