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Centro de Humanidades
Unidade Acadêmica de Letras
Disciplina: Fundamentos da Prática Educativa
Professora: Ana Paula Sarmento
Aluna: Ana Carolina Guedes do Nascimento Costa
ESTÁGIO 01
2. Dentre outros aspectos, Tardif e Lessard (2005) apontam em sua obra que, num
modelo de escola atual (que condiz com o apresentado na charge) a “ordem na
classe” depende, basicamente, de uma ordem na escola, na comunidade e,
essencialmente no âmbito familiar. Observando a charge (um aluno,
possivelmente, pobre que vive uma realidade social de violência e que está
armado em sala de aula. Enquanto a professora, portando uma prova deste aluno
onde ele não conseguiu atingir uma “boa nota”, se vê em uma situação de
vulnerabilidade e ameaça ao ter que informa-lo acerca da nota, por não saber
qual será a reação dele) e comparando-a a esta reflexão apresentada, nota-se uma
perda da postura autoritária e disciplinar por parte do professor para manter a
ordem na classe e respeito às regras escolares. Os alunos, diversas vezes, vivem
uma realidade social de violência, esta realidade “além dos portões da escola”
provavelmente exerce influência no comportamento deles na escola/sala de aula.
Os professores passam a ter medo de exercer sua função e isso interfere
diretamente no ensino-aprendizagem nas escolas: a violência se faz presente na
sala de aula, o professor fica limitado quanto ao exercício de sua função e,
consequentemente, o aluno não consegue um bom desempenho. A interação
professor-aluno fica comprometida.
4. Num mercado de trabalho cada vez mais competitivo e exigente, é uma das
principais funções da escola, preparar os alunos para serem indivíduos
produtivos. Basicamente, estuda-se na escola (educação básica), para obter-se
aprovação em uma prova de vestibular e ingressar na universidade (ensino
superior) e ter-se uma profissão (estar pronto para o trabalho). Ultimamente,
após “novas configurações” no modelo de educação brasileiro esta preparação
para o trabalho estaria ainda mais como objetivo central da escola: separar os
alunos de acordo com suas habilidades e interesses em determinadas matérias e
direcionar o ensino delas de acordo com a profissão a ser seguida. Preocupa-se,
basicamente, com a construção de um indivíduo produtivo, deixando a desejar,
provavelmente no que diz respeito aos outros aspectos que caracterizam a
função da escola, tais como, formar cidadãos críticos, por exemplo.