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Maria do Livramento Ferreira de Aviz

A HISTORIA DO NEP/BENGUI

NUCLEO DE EDUCAÇÃO POPULAR “RAIMUNDO REIS” - NEP: UMA CAMINHADA


DE MAIS DE 20 ANOS DE LUTA E RESSISTENCIA POR DIGNIDADE, JUSTIÇA
SOCIAL E CIDADANIA.

Belém/2010
O BAIRRO DO BENGUI:

O bairro do Benguí resulta de um processo desordenado de ocupação nas décadas de


70 e 80, consequente do êxodo rural e da especulação imobiliária, fato que culminou
com a chegada de pessoas de diferentes localidades do Estado do Pará e do norte e
nordeste brasileiro. desta forma, seria impossível falar do NEP, sem antes falar do bairro
do Bengui, da luta pelo direito de morar, dignidade, respeito e transformações sociais na
perspectiva da inclusão social. E, conseguinte, de várias historias e diferentes olhares
sobre historias do bairro, da luta de um povo que desde sempre buscou construir
alternativas para o exercício da sua cidadania e afirmação da identidade e diversidade de
sujeitos históricos.

É importante destacar que, como toda periferia, o bairro do Benguí, vivencia situações de
abandono, pobreza e discriminação social, também consequente da ausência de políticas
públicas. Realidades injustas que contribuiu para o aumento das desigualdades sociais e
condições injustas de moradia, educação, saúde e trabalho. E a partir dessas
necessidades que os moradores, iniciam um processo novo de mobilização e
organização popular em defesa da vida, promoção humana e resgate da cidadania de
homens e mulheres, enquanto sujeitos históricos. Portanto, fazendo na outra ponta a
nossa parte, na perspectiva da construção de espaços de organização e sociabilidade de
sujeitos críticos, capazes de assumir a construção de sua própria história.

Desta forma,as experiencias de educação popular, tem se constituído como uma


ferramenta de resistência, formação de lideranças e educadores/as populares que tem
buscado contribuir para a construção de espaços de educação, tendo como principio,
uma educação libertadora, pautada na possibilidade do desenvolvimento justo e
sustentável e com equidade para o exercício da cidadania de homens e mulheres,
enquanto sujeitos histórico.

Pensamento: “No caminho por onde andei, muitos espinhos encontrei. Plantei flores, colhi
espinhos, mas eu cheguei. A luta pela paz endureceu-me, mas calaram as vozes e nem
os sonhos para que outro mundo melhor que este seja possível”.
O QUE É O NÚCLEO DE EDUCAÇÃO POPULAR “RAIMUNDO REIS” – NEP

Fundado em 23 de Outubro de 1989, o Núcleo de Educação Popular “Raimundo Reis”


NEP, é uma entidade de caráter popular, sem fins lucrativos, com sede e foro na Rua
Benfica Quadra Q – Nº 08 – Jardim Bom Futuro, no bairro do Bengui, Belém – Pará -
Brasil.

A ORIGEM DO NEP:

Deu-se em 1985, quando um grupo de lideranças, preocupadas com as situações de


pobreza, abandono e analfabetismo, decidiu fazer na outra ponta a sua parte, desenvolver
através dos círculos de cultura a alfabetização de jovens e adultos, a fim d enfrentar
situações de analfabetismo, violência, risco e exclusão social em contexto de
comunidade.

QUANTOS AOS OBJETIVOS:

Promover a formação e informação dos moradores do Bengui e adjacência, a partir de


uma educação libertadora, contextualizada na realidade sócia político, econômico e
cultural, privilegiando sua realidade especifica e a capacidade de participação, sem
discriminação étnica racial, gênero, credo ou opção partidária, através de um processo
educativo que leve em conta os sabres socioculturais dos povos da Amazônia;

Estimular e desenvolver ações que respondam as necessidades de formação de seus


integrantes, lideranças e educadores populares que atuam na comunidade a nível formal
e não formal;

Contribuir na organização dos segmentos populares desenvolvendo junto aos grupos


organizados do bairro, ações coletivas concretas que fomente a consciência critica
participativa de transformação da sociedade;

Incentivar e apoiar o surgimento de novos grupos populares e culturais, cujo compromisso


seja de construção de uma nova sociedade, tendo como principio o respeito, a
solidariedade e o resgate dos valores socioculturais regionais das pessoas que vivem no
bairro;

Promover atividades socioculturais, manuais e profissionalizantes para o auto sustento da


entidade;

Oportunizar ações de geração de trabalho e renda para jovens e adultos, na perspectiva


da inserção no mundo do trabalho.

Portanto, contribuir para o processo educativo e cultural dos moradores, sendo um


espaço aberto a comunidade, a partir dos princípios norteadores de Educação popular, na
perspectiva de uma educação cidadã, capaz de intervir na realidade do bairro, em defesa
e garantia de direitos humanos, enquanto sujeitos históricos;

A educação popular, nesse contexto de comunidade, constituiu-se como instrumento de


mobilização e educação para a cidadania de homens e mulheres, enquanto sujeitos de
direitos.
Essas experiências sempre ocorreram de forma voluntaria a partir de educadores
populares da própria comunidade, a fim de superar processos excludentes, cujas
possibilidades sejam de inserção no mundo do trabalho, enquanto sujeitos históricos.

DAS ATIVIDADES DO NEP

OS CIRCULOS DE CULTURA:

Tem como finalidade, promover a Educação de jovens e adultos, através da alfabetização,


no intuito de contribuir para a superação do analfabetismo e garantir o acesso ao
processo de escolarização de homens e mulheres, enquanto sujeitos de direitos.

Proporcionar atividades de formação e valorização da cultura popular regional,


contextualizada nas vivencia e experiências de vida dos educandos e educadores, na
perspectiva da afirmação da identidade e diversidade dos povos da Amazônia.

Esse trabalho é possível, porque um grupo de lideranças - moradores/as do bairro,


buscaram construir no bairro espaços para do enfrentamento das desigualdades sociais.,
como situações de analfabetismo, e violência contra mulheres chefas de família, operários
da construção civil e jovens que nunca haviam frequentado a escola.

SALA DE LEITURA

Fomentar práticas de leitura, letramento, estudos e pesquisas para estudantes do bairro,


especialmente para quem mora em espaços exíguos e não tem onde estudar;

Incentivar ações de estimulo e apoio a elevação da escolaridade, cultura e cidadania de


crianças, adolescentes, jovens, adultos do bairro o Bengui e adjacência.

A proposta também tem como finalidade, enfrentar, situações de risco e vulnerabilidade


social, especialmente entre crianças, adolescente e jovem. Com base nesses desafios, foi
implantada a sala e leitura, como extensão da proposta política pedagógica da NEP.

O trabalho no NEP sempre ocorreu de forma voluntario de educadores populares,


lideranças e colaboradores, que se identificam com a proposta da entidade. Sendo esse
um o nosso maior desafio na atualidade. Portanto, um processo árduo e de muita
resistência e paciência, mas principalmente de compromisso que contribui para a
educação cidadã de sujeitos históricos.
CENTRO DE INCLUSÃO DIGITAL – CID /NEP/2010. UAM PARCERIA ENTRE O NEP,
FUNDAÇÃO BRADESCO E UNICEF. INICIO JUNHO 2010.

Segundo a coordenadora da UNICEFE, a região Norte é que apresenta o maior índice de


exclusão digital no País, desta forma, o Projeto de Inclusão Digital pretende ser uma
ferramenta de inclusão social e cidadania de crianças, adolescentes, jovens e adultos,
excluídos socialmente do acesso as novas tecnologias de educação.

O projeto visa superar desafios de exclusão e marginalização social entre as classes


populares, na perspectiva do desenvolvimento da educação, trabalho para o exercício da
cidadania de pessoas socialmente excluídas desses bens e serviços.

Objetiva também fomentar pesquisas e estudos, focados na diversidade e identidade


sócio-histórico e cultural do educando, na perspectiva da afirmação da identidade e
saberes dos povos da Amazônia e de inserção no mundo do trabalho.

O Projeto é uma parceria entre o NEP e a FUNDAÇÃO BRADESCO e UNICEF, portanto


ainda com muitos desafios. Participam deste projeto de Inclusão digital – CID, seis
entidades de Belém e da Ilha de Cotijuba.

“Por uma cultura de PAZ, é preciso investir em uma educação de qualidade a todos os
povos, sem distinção de raça, credo PA que se faça justiça aos que tem fome e sede de
justiça no Brasil e no mundo”.

Essas atividades de arte educação, esporte cultura e lazer, realizadas no NEP são
possíveis porque existem as parcerias entre educadores populares do bairro, entidades
do bairro como: AMOB, GMB, EMAUS, Paróquia Rainha da Paz através do Pe. João
Dereck, mas também com instituições públicas como a UFPA e outros.
ATIVIDADES DE ESPORTE, CULTURA E LAZER:

O KARATE: uma parceria que vem dano certo e tem ajudado crianças, adolescentes e
jovens, do nosso bairro a reencontrar espaços de lazer, educação e cidadania.

Essas atividades têm oportunizado a crianças, adolescentes e jovens de nossa


comunidade, além do lazer, perspectivas de cidadania e inclusão social, coordenado pelo
Arte Educador: Robson Moreira, parceria que iniciou em 2009, através da colaboração
voluntaria nas atividades do NEP desde 2009.

A Sala de Leitura vem retomando o seu papel, através de uma parceria com o GRUPO
DE ESTUDO E PESQUISA RURAL DA AMAZONIA - GEPERUAZ/UFPA e o Instituto de
Ciências da Educação – ICED/UFPA.

Desta parceria, vem fomentando as formações de educadores populares que atuam no


sistema formal e informal de educação, bem como a revitalização das atividades da Sala
de Leitura.

Assim como momentos fortes de reflexão, estudos e debates sobre o papel da educação,
focado na educação de jovens e adultos – a EJA, mas também de crianças, adolescentes
e jovens em situação de risco e vulnerabilidade social.

Também por entendemos que a educação extrapola os muros da escola, e como tal,
precisa ser refletida a luz da realidade dos educandos para que venha proporcionar uma
educação ao longo da vida, a partir da diversidade e identidade dos povos da Amazônia.

De fato, uma educação que possibilite uma formação integral de sujeitos históricos.

Nesse sentido a sala de leitura, vem fomentando práticas de leitura, letramento, estudos,
pesquisas, e incentivar ações de apoio e estimulo a elevação da escolaridade, cultura e
cidadania de crianças, adolescentes, jovens e adultos do bairro e adjacência.

Incentivando o intercâmbio, na perspectiva de contribuir para a organização sociocultural


e promoção de ações e apoio e estimulo a elevação da escolaridade de crianças e
adolescentes e adultos da comunidade, contextualizada no resgate e valorização da
cultura Amazônica.

As atividades da sala de leitura do NEP se constituíram a partir de 1989, tendo como


finalidade proporcionar aos filhos dos alfabetizandos e da comunidade um espaço de
leitura, especialmente de quem mora em espaços exíguos e não tem onde estudar.

As atividades sala de leitura em 2010 têm possibilitado encontros culturais importantes de


resgate cultural da historia do bairro, através de contação de historias, letramento e
cidadania.

Esperara-se que possamos dá continuidade a esse processo em 2011. Superar desafios


e construir oportunidades de inserção ao ensino aprendizagem adolescentes, jovens e
adultos com baixa escolaridade escolar ou em situação de risco e vulnerabilidade social.
INTERCAMBIO CULTURA, ARTE EDUCAÇÃO, CULTURA, LAZER E EDUCAÇÃO
POPULAR E CIDADANIA SÃO ESPAÇOS DE ORGANIZAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA
CULTURA POPULAR.

O NEP tem sido ao longo desses 21 anos, um instrumento de educação para o exercício
da cidadania e tem oportunizado a inclusão de sujeitos críticos, capazes de construir a
sua própria historia.

Estimular vivencia e intercâmbios culturais, valorização a cultura regional, através da


organização de grupos culturais e troca de experiências entre os sujeitos da comunidade.

Essa iniciativa ocorreu a partir de 1993, quando uma equipe de educadores, viajou até
Bragança/PA, para fazer uma pesquisa sobre a marujada com a finalidade de conhecer e
possibilidades de construir oportunidades para o desenvolvimento de atividades
socioculturais que resgatasse a identidade na diversidade dos sujeitos da comunidade e
possibilitasse valores e de solidariedade, contextualizado nos saberes e realidade
histórica e cultural do bairro e dos povos da Amazônia.

Nesse contexto, nasceu o grupo para-folclórico - PARANATIVO, hoje reconhecido pelo


seu trabalho, é um grupo autônomo e conhecido a nível local, regional e nacional e tem
contribuído para a promoção e valorização da cultura regional.

Em 2005 e 2007, o NEP participou do projeto primeiro emprego do governo Federal,


através do Consorcio Social da Juventude – WAPOKAI.

Na primeira versão/2005, atendeu 60 jovens do bairro do Bengui e adjacência, através


das ações de apoio a elevação da escolaridade, cidadania e direitos humanos. Na
segunda versão, desenvolveu cursos de empreendedorismo solidário, serviços gerais e
informática e também ações de apoio a elevação da escolaridade, cidadania, direitos
humanos e atendeu 90 jovens, destes 40% foram inseridos no mundo do trabalho. Como
parceiros: EMAUS, GMB e A paróquia Rainha da Paz.

CIRCULO DE CULTURA: alfabetização de jovens e adultos. Desde 2008, o NEP vem


participando do programa MOVA PARA – Programa BRASIL ALFABETIZADO e nessas
três versões (2008, 2009 e 2010), alfabetizou 75 pessoas: jovens e adultos que ainda não
haviam tido acesso ao processo de escolarização e destes 30% estão inserido no sistema
regular de ensino.

A maioria são mulheres chefas de famílias, idosos que não querem ir para a escola
formal, algumas chegaram a ingressar, mas saíram, não se adaptaram as formalidades da
escola. Mas o que se observa é que a escola e o educador/professor não estar preparado
para atuar nesta modalidade. Contudo a escola deve repensar sua pratica pedagógica ou
continuará contribuindo para o processo de exclusão e marginalidade social em nosso
país.

No NEP, mulheres e homens, buscam um ponto de apoio, educação, cultura e lazer. E os


círculos de cultura tem proporcionado esses espaços de socialização, afetividade, lazer e
troca de experiencias.
E a arte educação consiste nesse espaço, oportunidade socialização de saberes e
valores de integração, ensino aprendizagem, na perspectiva do resgate histórico e cultural
de homens e mulheres que historicamente tiveram seus direitos negados.

Promover a Educação de jovens e adultos, através da alfabetização e contribuir para a


superação do analfabetismo e garantir o acesso ao processo de escolarização de homens
e mulheres, enquanto sujeitos de direitos.

Mas essas ações para ser mantidas são fáceis, porem não impossível de se fazer
acontecer. A pesar das dificuldades estamos confiantes, as pessoas precisam de trabalho,
educação, saúde, moradia e lazer e essa luta é nossa. Pois no Brasil cresce o
individualismo forjado em uma cultura neoliberal que excluir direitos fundamentais da
população.

Nesse contexto, o NEP vem atuando e de forma voluntaria, mas principalmente de


compromisso com a transformação de realidades injustas de nossa sociedade. Nesse
sentido, os sócios efetivos, parceiros e colaboradores da entidade têm sido a força que
precisamos para continuar esse trabalho e oportunizar homens e mulheres a construir sua
própria história.

Essa realidade é característica da própria realidade do bairro. E nesse contexto, as


mulheres tem se destacado na luta por seus direitos, oportunidades para o debate sobre
gênero e cidadania enquanto espaço e libertações de forças opressoras da sociedade.

Não podemos negar que muitos homens também são parcerias e têm contribuído na
formação e organização das mulheres, assim como na defesa e garantia dos direitos
humanos. No NEP também é assim, um conjunto de ações onde mulheres e homens
somam esforços para que a educação popular continue sendo uma referência de
cidadania no bairro o Bengui.

Também é preciso estar atentos as mudanças que vem ocorrendo no bairro e no seu
entorno. Mudanças pertinentes do desenvolvimento do sistema capitalista.

Nossos rios e florestas antes espaços de lazer, foram destruídos e contaminados,


assoreados e hoje dão lugar às obras de concreto que cresce em torno do bairro,
aumentando ainda mais as desigualdades sociais.

Esse fato já se discutia na década de 80, agora concretizado pelas obras construídas em
torno do bairro, condomínios fechado que continuam sendo privilégios das elites
constituídas em nosso Estado. Enquanto isso, a população continua sem acesso a uma
educação de qualidade, o desemprego preocupa e a violência aumenta, especialmente
entre jovens e adolescentes.

Nesse sentido as mobilizações culturais e sociais são fundamentais para estimular o


debate, estudos e reflexões acerca da realidade do bairro.

A cultura popular também é um fator importante e a marca da luta no bairro do Bengui.


Grandes mobilizações sociais por melhores condições de vida e dignidade.
Os empreendimentos imobiliários, portanto, não representam o desenvolvimento da
população que ainda convivem com situações de abandono, pobreza e exclusão social.

Por isso o motivo de nossa luta, instrumento de organização e participação popular, vida
e cidadania.

Ações de mobilização por uma cultura de paz, organizada pelas entidades do bairro,
idealizada pela Paróquia Rainha da Paz e os movimentos sociais do bairro como
oportunidade de denuncia, manifestação e repudio ao descaso e omissão das
autoridades. Mas principalmente de enfrentamento da violência e das desigualdades
sociais. De fato, chamar atenção dos órgãos competentes sobre as situações de
abandono em que vive a população.

A COORDENAÇÃO, EDUCADORES E COLABORADORES VOLUNTARIOS DO NEP:

“O CAMINHAR JUNTOS/AS, UNIDOS NA DIVERSIDADE, TEM NOS FORTALECIDOS E


AJUDADO A SERMOS CAPAZES DE SUPERAR AS DIFICULDADES”.

”NUNCA FOI FACIL O NOSSO TRABALHO E NEM SERÁ UM DIA, MAS ACREDITAMOS
E TEMOS ESPERANÇAS DE QUE É POSSIVEL MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA
DE GENTE COMO A GENTE”.

FORMAÇÃO DE EUCADORES POPULARES DO BAIRRO DO BENGUI E ADJACENCIA:

Formação de educadores populares e lideranças do bairro do Bengui e adjacência,


realizada em 2008, em parceria com o movimento dos Trabalhadores Cristãos – MTC e o
NEP. Tendo com tema, gênero, educação e trabalho no contexto Amazônico.

“O PROTAGONISMO E CIDADANIA, ENTENDEMOS QUE É UMA QUESTÃO DE


DIREITOS ARANTIDO POR LEI, NEP BENGUI/2010”.

Foi no NEP que dei os primeiros passos, hoje com o ensino médio, me sito mais forte,
respeitado e pretendo fazer o vestibular, também tenho pensado na educação dos meus
filhos, afinal sou um pai de família que precisa oferecer aos filhos, uma educação justa.

Hoje me sinto livre, como um pássaro fora da gaiola, minha vida e minha historia mudou
muito nesses últimos anos e não vou parar por aqui, quero tentar o vestibular - Jurandir
Maria José/ NEP/07.

Na minha infância, trabalhei na roça e depois na casa de família para ajudar meus pais.
Aos 16 anos, casei tive filhos e parei de estudar. Mas meus pais diziam que estudar era
coisa pra homem, mulher tinha que casar ter filhos, mas sempre busquei algo mais na
minha vida. Então conheci o NEP, gostei e fiquei para passar o tempo e esquecer os
meus problemas, mas descobrir como moradora deste bairro, que posso fazer algo mais
por mim e pelos outros, aprendi a falar sobre minhas experiências de vida, a valorizar
meu bairro, perceber que aqui mora muita gente boa e coisas boas para participar. Aqui
não é o que falam por ai, que só tem violência, pois a vida na comunidade é muito bonita
e podemos lutar por um mundo melhor. “AS CRIANÇAS SEMPRE ESTIVERAM
PRESENTE NO NEP E JAMAIS DEVEM SER EXCLUIDAS DESSE PROCEESO”.
DIA INTERNACIONAL DA MULHER - NEP/06

Bazar solidário é uma experiência que vem dando certo e é fundamental para garantir o
autofinanciamento das linhas de ações do NEP funcionando. Responsável pela
coordenação: Carlinda Moreira.

SALA DE LEITURA

COORDENADORES E COLABORADORES DO NEP/09 E 2010.

UMA CONSTRUÇÃO PELA PAZ E CIDADANIA DE HOMENS E MULHERES


ENQUANTO SUJEITOS DE DIREITOS- NEP /09/10. RELATOS DE EXPERIENCIAS DE
ALFABETIZANDOS:

Nasci no interior do Maranhão, trabalhava na roça, sem estudo, fui para São Luiz, mas
vivia sozinho, sem trabalho, me tornei alcoólatra e abandonado pela minha família. Então
peguei carona na estrada e parei aqui, fui trabalhar na construção civil e um dia decidi que
precisava voltar a estudar, melhorar minha vida, mas tinha vergonha de ir para a escola.
Então conheci uma pessoa que me convidou para conhecer o NEP, fui, mas achava tudo
uma besteira, mas foi lá que me alfabetizei, depois fui para outra escola onde estudei até
a 4º ETAPA, depois fui para o Maria Luiza onde terminei o ensino médio.

B - Circulo de cultura /2005.

FESTA JUNINA 2009, ESPAÇO DE CULTURA, LAZER E CIDADANIA.


PARCEIROS E COLABORADORES DO NEP/BENGUI:

PESSOAS:

Adelaide Laís Brasileiro;

Ana Maria Orlandina Tancrede;

Charles Antonio Aviz;

David V. da Rosa;

Domingas Martins Caldas;

Inácia W. de Souza;

Pe. João Derick;

Salomão M. Hage;

Sandra Borges;

Werick do Socorro/Mova/PA

Robson Moreira e Carlinda.

1. Associação de Moradores do Benguí - AMOB;

2. Grupo de Pesquisas Rural da Amazônia – GEPERUAZ/UFPA;

3. Grupo de Mulheres Brasileiro – GMB /Benguí;

4. MOVA PARÁ – Programa Brasil alfabetizado;

5. Movimento de Emaús;

6. Movimento dos Trabalhadores (as) Cristãos – MTC;

7. Paróquia Nossa Senhora Rainha da Paz/Benguí;

8. Fundação Bradesco/Unicef (CIDS/em construção).

1. Licenciatura Plena em Pedagogia pela Universidade Vale do Acara – UVA;

2. Especialização em Educação no Campo pela Universidade Federal do Pará –


UFPA.

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