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IEFP - Alverca

EFA 21053
UFCD 9203
Setor do comércio e serviços
Trabalho individual:
Setor do comércio e serviços

Formadora: Marco Romão


Formando: Paulo Monteiro
2023/02/23
Índice
Evolução histórica do comércio e serviços Legislação fundamental a consultar
Evolução histórica do comércio e serviços Modelos organizacionais
Fase inicial Estruturas
Fase de desenvolvimento Estruturas Simples
Fase de vulnerabilidade Estruturas Funcionais
Evolução recente do Comércio em Portugal Estratégias
Modernização Grandes superfícies
Recente Power Boxes
Comércio e Distribuição - Definição e âmbito Comércio tradicional
Requisitos da atividade comercial Setor de distribuição
Obrigações dos comerciantes Sofisticação
Serviços Simplificação
Caracterização e classificação do Comércio Mercado
Classificação dos serviços Consumidores
Caracterização do sector do comércio e serviços Concorrência
Entidades internacionais Produtos
Entidades nacionais Cadeia de distribuição
Legislação fundamental Fontes
Afixação de preços de venda
Atendimento prioritário
Comércio eletrónico
Evolução histórica do comércio e serviços
Desde os primórdios
Desde os primórdios da civilização humana, o comércio e os
serviços têm sido essenciais para o funcionamento das
sociedades. Desde as primeiras trocas de bens entre tribos
nómadas até a globalização e a internet, a evolução histórica do
comércio e serviços tem sido fundamental para o
desenvolvimento económico e social de todo o mundo.

Idade Média
Durante a Idade Média, as rotas de comércio expandiram-se,
dando origem a grandes cidades comerciais como Veneza e
Génova. O comércio de especiarias, tecidos e outros produtos
de luxo tornaram-se uma atividade lucrativa, gerando riqueza
para as elites comerciais. Ao mesmo tempo, surgiram os
primeiros serviços financeiros, como casas de câmbio e bancos,
que facilitavam as transações comerciais e o investimento.
Evolução histórica do comércio e serviços
A Revolução Industrial do século XVIII e XIX
A Revolução Industrial do século XVIII e XIX transformou
completamente o comércio e os serviços. Com a produção em
massa, os produtos tornaram-se mais baratos e acessíveis, e o
comércio expandiu-se para novas áreas, como a Ásia e a África.
Ao mesmo tempo, a urbanização e a criação de novas indústrias
geraram uma demanda por serviços como transporte, saúde e
educação.

A globalização e a tecnologia
No século XX, a globalização e a tecnologia trouxeram mudanças
dramáticas para o comércio e serviços. Com a redução das
barreiras comerciais, as empresas puderam expandir seus
mercados para todo o mundo, criando uma economia global
interconectada. Ao mesmo tempo, a tecnologia transformou a
maneira como compramos e vendemos, com o comércio
electrónico e a entrega em domicílio.
Evolução histórica do comércio e serviços
Parte vital da economia global
Hoje, o comércio e serviços são uma parte vital da economia
global, gerando empregos e riqueza em todo o mundo. As
empresas estão a usar tecnologia avançada, como inteligência
artificial e blockchain, para melhorar a eficiência e a segurança
das operações comerciais. Ao mesmo tempo, os consumidores
exigem cada vez mais transparência e responsabilidade social
das empresas com as quais fazem negócios.

Progresso humano
Embora a evolução histórica do comércio e serviços tenha sido
marcada por desafios e mudanças, uma coisa permanece
constante: a importância fundamental do comércio e serviços
para o progresso humano. À medida que as sociedades
continuam a evoluir, o comércio e os serviços continuarão a
desempenhar um papel fundamental na construção de um
mundo mais próspero e sustentável para todos.
Representação do Canva: Starlink
Evolução histórica do comércio e serviços

Fase inicial

Na fase inicial da evolução do comércio


e serviços, uma nova forma de
comércio começou a emergir como
resposta a oportunidades não
satisfeitas no mercado. A fórmula
comercial era simples, com serviços
mínimos e baixos custos, o que
permitia praticar preços agressivos e
contribuía para acelerar a penetração
no mercado.
Evolução histórica do comércio e serviços

Fase inicial

Nessa época, a troca de bens e


serviços era feita através do sistema
de escambo, sem a utilização de
dinheiro. Essa forma de comércio
era bastante limitada e baseava-se
em relações de confiança e
necessidade mútua entre as
pessoas envolvidas.
Evolução histórica do comércio e serviços

Fase inicial
Com o tempo, algumas
comunidades começaram a
especializar-se em determinadas
atividades comerciais, como a
produção de alimentos, tecidos e
ferramentas, o que levou a uma
maior diversificação e sofisticação
do comércio. Surgiram feiras e
mercados, onde os comerciantes
podiam vender seus produtos
diretamente aos consumidores.
Evolução histórica do comércio e serviços
Fase inicial
A fase inicial também foi marcada
pela simplicidade e pela falta de
sofisticação dos processos
comerciais. No entanto, essas formas
básicas de comércio e serviços foram
fundamentais para o
desenvolvimento de modelos mais
complexos e sofisticados que
surgiriam nas fases seguintes da
evolução do comércio e serviços.
Evolução histórica do comércio e serviços

Fase de desenvolvimento
Na fase de desenvolvimento da
evolução do comércio e serviços, a
concorrência tornou-se mais intensa,
o que levou os operadores a
tentarem diferenciar-se oferecendo
novos produtos e serviços. Isso
contribuiu para um aumento das
quotas de mercado, bem como das
vendas e dos lucros dos principais
atores do mercado.
Evolução histórica do comércio e serviços

Fase de desenvolvimento
Durante essa fase, as empresas
começaram a adotar estratégias de
marketing mais sofisticadas, como a
segmentação de mercado e o
desenvolvimento de marcas fortes.
Os produtos e serviços tornaram-se
mais complexos e as empresas
começaram a investir em inovação
para se destacarem da concorrência.
Evolução histórica do comércio e serviços

Fase de desenvolvimento
O comércio e os serviços também
começaram a ser influenciados pelo
avanço tecnológico. As empresas
começaram a utilizar tecnologias de
informação e comunicação para
melhorar a eficiência dos seus
processos e aumentar a qualidade
dos seus serviços. A internet permitiu
que as empresas chegassem a um
público global e iniciassem negócios
online.
Evolução histórica do comércio e serviços

Fase de desenvolvimento

A fase de desenvolvimento foi


marcada por uma maior
profissionalização do setor de
comércio e serviços, com a adoção de
melhores práticas empresariais e a
criação de novos modelos de
negócios. A competição intensa levou
a um aumento da qualidade dos
produtos e serviços oferecidos aos
consumidores, o que contribuiu para
um maior desenvolvimento do
mercado.
Evolução histórica do comércio e serviços

Fase de vulnerabilidade
Na fase de vulnerabilidade da
evolução do comércio e serviços, o
mercado aproxima-se da saturação
e do abrandamento do
crescimento. Os operadores
tendem a diversificar ainda mais a
oferta, aumentando a
complexidade e os custos, numa
tentativa de se destacarem da
concorrência.
Evolução histórica do comércio e serviços

Fase de vulnerabilidade
O mercado deixa de ser
competitivo em preço, tornando-
se vulnerável a inovadores que
abram caminho a novos formatos
e a um novo ciclo da roda do
comércio. A concorrência
intensifica-se com mais oferta de
serviços, o que aumenta os
custos e coloca as margens sob
pressão.
Evolução histórica do comércio e serviços

Fase de vulnerabilidade
As empresas precisam de ser mais inovadoras e
criativas na forma como abordam o mercado,
desenvolvendo novos produtos e serviços que
atendam às necessidades dos consumidores de
forma diferenciada. A utilização de tecnologias
emergentes, como a inteligência artificial e a
internet das coisas, pode ajudar as empresas a
oferecer serviços mais personalizados e
eficientes.
Evolução histórica do comércio e serviços

Fase de vulnerabilidade
As empresas também podem optar
por expandir para novos mercados,
tanto geograficamente como em
termos de segmentação de
mercado, para diversificar o seu
negócio e minimizar o risco de
dependência de um mercado
específico. No entanto, a
diversificação também pode
aumentar os custos e complexidade
da gestão empresarial.
Evolução histórica do comércio e serviços

Fase de vulnerabilidade
Resumo:
A fase de vulnerabilidade é um
momento crítico na evolução do
comércio e serviços, que requer uma
abordagem estratégica e inovadora
para se adaptar às mudanças do
mercado e permanecer competitivo.
Evolução histórica do comércio e serviços

Evolução recente do Comércio em

Portugal - Modernização
A modernização do comércio em Portugal foi tardia,
devido ao atraso económico do país durante o século
XIX e primeira metade do século XX. O processo de
modernização começou a partir dos anos 80,
adotando o modelo francês de distribuição. Embora
os primeiros supermercados tenham surgido em
1959, o comércio alimentar em geral continuou
antiquado e pouco desenvolvido.
Até aos anos 70, o comércio em Portugal
caracterizava-se por estabilidade e falta de
competitividade, devido a uma economia fechada
e regulamentada. O retalho era constituído
principalmente por microempresas que
funcionavam de forma tradicional, com um sortido
limitado e escolha passiva.
Evolução histórica do comércio e serviços

Evolução recente do Comércio em

Portugal - Modernização
Com o surgimento dos primeiros supermercados e,
posteriormente, dos hipermercados nos anos 70,
houve uma abertura na atividade económica, apesar
da forte resistência contra essa forma de comércio.
Desde então, a concorrência tornou-se mais
intensa, levando os operadores a diversificar a
oferta e aumentar a complexidade e os custos. A
modernização do comércio em Portugal foi
impulsionada pela entrada na União Europeia e pela
globalização, com a introdução de novas tecnologias
e a adaptação a novas tendências de consumo.
Evolução recente do Comércio

em Portugal - Recente
Nos últimos anos, o comércio em Portugal tem
passado por uma evolução significativa, com
um crescimento notável do comércio eletrónico
e da adoção de tecnologias digitais pelas
empresas. A pandemia da Covid-19 veio
acelerar esta evolução, com as medidas de
distanciamento social a impulsionar o comércio
O comércio eletrónico tem vindo a ganhar
online e a mudar os hábitos de consumo dos
terreno em Portugal, com um aumento
portugueses.
significativo do número de empresas a vender
online e do volume de negócios gerado por este
canal. As empresas estão a investir em
plataformas de comércio eletrónico e em
estratégias de marketing digital para chegar a um
público cada vez mais amplo e diversificado.
Evolução recente do Comércio em

Portugal - Recente
A utilização de tecnologias digitais também está a
transformar a forma como as empresas operam e se
relacionam com os seus clientes. A inteligência artificial, a
análise de dados e a automação de processos estão a
permitir às empresas oferecer serviços mais
personalizados e eficientes, melhorar a sua eficiência
operacional e tomar decisões mais informadas.

Além disso, o comércio tradicional também está a evoluir,


com as empresas a adotar estratégias omnicanal que
integram o comércio eletrónico com o comércio físico. As
lojas físicas estão a transformar-se em espaços de
experiência, onde os clientes podem ver, tocar e
experimentar os produtos antes de efetuarem a compra
online ou em loja.
Evolução recente do Comércio em

Portugal - Recente
No entanto, esta evolução do comércio em Portugal não
está isenta de desafios. A concorrência intensa, a
necessidade de adaptar-se rapidamente às mudanças do
mercado e a crescente preocupação com a segurança dos
dados dos clientes são alguns dos desafios que as
empresas enfrentam.

Resumo:
A evolução recente do comércio em Portugal tem sido
marcada pela adoção de tecnologias digitais, pela
crescente importância do comércio eletrónico e pela
necessidade de adaptação rápida às mudanças do
mercado. As empresas que conseguem acompanhar esta
evolução e adotar uma abordagem inovadora e estratégica
são as que têm mais chances de se destacar e ter sucesso
no mercado atual.
Comércio e Distribuição - Definição

e âmbito
O setor do comércio e da distribuição desempenha
um papel importante na economia, sendo
responsável pela ligação entre a produção e o
consumo de bens. Este setor é constituído por um
conjunto de atividades distintas, desde a produção e
abastecimento até à venda final aos consumidores.

O comércio, por sua vez, é uma atividade essencial na


distribuição de produtos, consistindo na disponibilização
de bens para venda ou revenda aos consumidores. Este
setor abrange diversos tipos de comércio, desde o retalho
até ao comércio grossista, passando pelo comércio
eletrónico e outros formatos emergentes.
Comércio e Distribuição -

Definição e âmbito
A evolução do comércio e da distribuição
tem sido marcada por profundas
transformações, impulsionadas pela
globalização, pelas novas tecnologias e pela
mudança nos padrões de consumo. As
empresas deste setor têm procurado
adaptar-se a estas mudanças, investindo em
novas estratégias de negócio e inovação
tecnológica, com o objetivo de melhorar a Resumindo, o comércio e a distribuição são atividades
eficiência e a competitividade. fundamentais para o desenvolvimento económico e
social, proporcionando aos consumidores acesso a uma
ampla variedade de bens e serviços, ao mesmo tempo
que contribuem para a criação de emprego e para o
crescimento das empresas.
Requisitos da atividade comercial
O Código Comercial estabelece que atos de comércio são
aqueles que têm uma natureza objetivamente comercial,
independentemente de quem os pratica. Empresas
comerciais são aquelas que se dedicam à transformação
de matérias-primas em novos produtos, fornecimento de
bens mediante pagamento, intermediação de negócios ou
leilões, exploração de espetáculos públicos, publicação ou
venda de obras científicas, literárias ou artísticas,
construção de casas para terceiros e transporte de
pessoas ou mercadorias. Todas essas operações
acrescentam valor aos produtos ao longo do canal de
distribuição. A empresa pode ser vista de duas maneiras: como o
comerciante em si (sentido subjetivo) ou como a
atividade do empresário (sentido objetivo), que é
realizada por meio da organização que serve como
instrumento para a realização de atos de comércio - o
estabelecimento comercial, que é o conjunto de bens
ou serviços organizados pelo empresário com o objetivo
de exercer sua atividade.
Obrigações dos comerciantes
Os comerciantes têm várias obrigações que devem
cumprir. Em primeiro lugar, devem adotar uma firma, que
tem como objetivo distinguir um comerciante dos outros.
Além disso, devem manter uma escritura, dar balanço e
prestar contas, com o objetivo de fornecer informações
sobre a situação financeira do comerciante a terceiros
interessados, como o Estado, credores, fornecedores,
funcionários e investidores. Outra obrigação importante é a de efetuar o registo de
determinados atos, com o objetivo de publicitar as
atividades do comerciante. Além da firma, existem outros
sinais distintivos no comércio, como a marca, que
individualiza os produtos ou serviços objeto da atividade
do comerciante, e a insígnia e o nome do
estabelecimento, que visam individualizar o
estabelecimento comercial. Enquanto a insígnia
corresponde frequentemente ao logótipo, o nome
corresponde à designação comercial do
estabelecimento.
Obrigações dos comerciantes
As marcas podem ser industriais, ou seja,
identificar o produtor, ou comerciais,
identificando o comerciante. Estes são
aspectos importantes para os comerciantes
se destacarem no mercado e serem
reconhecidos pelos seus clientes. Cumprir
com todas estas obrigações é fundamental
para garantir a legalidade e a transparência
das atividades comerciais.
Serviços
Os serviços referem-se a qualquer atividade ou benefício
que uma parte pode oferecer a outra, intangível e não
resultante na propriedade. O desenvolvimento dos
serviços tem vindo a aumentar devido a diversos fatores,
nomeadamente o papel que desempenham no sistema
económico, a deslocação da mão-de-obra da indústria
para setores que adicionam novos atributos e valor aos
produtos, o desenvolvimento das tecnologias,
especialmente as Novas Tecnologias de Informação e
Comunicação, e o aumento da concorrência.

É importante destacar a diferença entre um produto e


um serviço: um produto é um objeto ou um artigo, com
existência física, enquanto um serviço é uma ação ou
um desempenho. A prestação de serviços pode ser
muito diversa, desde serviços de consultoria,
financeiros, de saúde, de transporte, de entretenimento,
entre outros. Devido à sua intangibilidade, a qualidade
dos serviços é frequentemente medida pela satisfação
do cliente e pela perceção da sua experiência durante a
prestação do serviço.
Caracterização e classificação

do Comércio
O comércio pode ser classificado de
diferentes formas, sendo que as principais
são o comércio grossista e o comércio
retalhista. O comércio grossista é aquele
que compra grandes quantidades de
produtos diretamente dos produtores ou
associações de produtores, armazena e
conserva as mercadorias e vende
posteriormente quantidades menores ao
retalhista. Já o comércio retalhista compra
quantidades menores ao grossista e vende
diretamente ao consumidor final.
Caracterização e classificação do

Comércio
Dentro do comércio retalhista, podemos encontrar
diferentes formas de atuação, como o comércio
independente, que geralmente é constituído por
empresas familiares de pequenas dimensões,
empregando um número reduzido de trabalhadores e
operando em um único ponto de venda. O comércio
associado é composto por empresas independentes que
se associam em uma ou mais atividades com o objetivo
de obter vantagens e competir com o comércio
integrado. Por fim, o comércio integrado é aquele que
reúne as funções de grossista e retalhista, explorando
cadeias de distribuição em pontos de vendas
identificados pela mesma insígnia e aplicando políticas
comuns de gestão. Exemplo a Sonae.
Caracterização e classificação do

Comércio

O desenvolvimento do comércio está relacionado com


o papel que este exerce no sistema económico, bem
como com a deslocação da mão-de-obra da indústria
para setores que conferem novos atributos e valor
acrescentado aos produtos. Além disso, o
desenvolvimento das novas tecnologias da informação
e comunicação tem sido fundamental para o setor do
comércio, bem como o aumento da concorrência, o
que torna mais difícil patentear um serviço. Vale
destacar que, ao contrário dos produtos, que têm
existência física, os serviços são ações ou
desempenhos intangíveis que não resultam na
propriedade.
Classificação dos serviços
A classificação dos serviços pode ser feita em dois tipos Por outro lado, os serviços industriais são aqueles que
principais: serviços de consumo e serviços industriais. são prestados a instituições e podem ser classificados
em três categorias principais. Os serviços de
Os serviços de consumo são aqueles que são equipamentos são aqueles que envolvem a instalação,
prestados diretamente ao consumidor final e podem montagem e manutenção de equipamentos. Por
ser classificados em três categorias principais. Os exemplo, serviços de instalação de ar condicionado ou
serviços de conveniência são aqueles em que o serviços de manutenção de equipamentos industriais.
consumidor não quer perder tempo a encontrar o Os serviços de facilidades são aqueles que incluem
prestador do serviço. Por exemplo, serviços de entrega serviços financeiros e/ou de seguros, entre outros. Por
ao domicílio ou serviços de limpeza. Os serviços de fim, os serviços de consultoria são aqueles que auxiliam
escolha são aqueles em que o consumidor seleciona as instituições na tomada de decisão. Por exemplo,
com base nos preços e na qualidade. Por exemplo, a serviços de consultoria financeira ou serviços de
escolha de um hotel para umas férias ou a escolha de consultoria em gestão.
uma empresa para a reparação de um carro. Já os
serviços de especialidade são aqueles em que o
consumidor deseja obter serviços de especialistas. Por
exemplo, serviços médicos ou serviços jurídicos.
Caracterização do sector do comércio

e serviços
O setor do comércio em Portugal é composto por cerca
de 200 mil empresas, que geram um volume de negócios
de cerca de 125 mil milhões de euros, representando
mais de 35% do volume de negócios total do país. O
comércio por grosso é responsável por cerca de 50% do
volume de negócios do setor, seguido pelo comércio a
retalho com cerca de 35% e o comércio automóvel com
cerca de 15%.
Caracterização do sector do

comércio e serviços
As empresas de comércio em nome individual são a
maioria, cerca de 55%, mas as sociedades comerciais
são responsáveis por 95% do total do volume de
negócios do setor e asseguram cerca de 80% do
emprego. O setor emprega cerca de 750 mil
trabalhadores, representando cerca de 20% do
emprego total nas empresas não financeiras. O
comércio por grosso emprega cerca de 225 mil
trabalhadores e o comércio a retalho emprega cerca
de 425 mil trabalhadores.
Caracterização do sector

do comércio e serviços
Os principais produtos comercializados
no comércio por grosso são produtos
alimentares, bebidas e tabaco;
combustíveis, materiais de construção,
produtos químicos e produtos
intermédios e bens de consumo
doméstico. Já no comércio a retalho, os
principais produtos são produtos
alimentares, bebidas e tabaco, seguidos
por vestuário, produtos médicos e
farmacêuticos, artigos de higiene e
combustíveis para veículos e outros
produtos.
Caracterização do sector do

comércio e serviços
Existem cerca de 4.000 estabelecimentos de dimensão
relevante, mais de metade direcionados
essencialmente ao comércio a retalho alimentar ou
com predominância alimentar, empregando mais de
110 mil trabalhadores, dos quais cerca de 30% em
regime de part-time, sobretudo mulheres. Nos
estabelecimentos predominantemente alimentares,
destacam-se as vendas de arroz, massas e cereais;
carne e produtos à base de carne e o leite, seus
derivados e ovos, assim como as vendas de
combustível, cosmética e higiene pessoal e produtos
de limpeza para uso doméstico. Os produtos de marca
própria representam 1/3 das vendas.
Caracterização do sector do comércio e serviços

Do lado dos estabelecimentos não alimentares,


destacam-se as vendas de vestuário e acessórios;
computadores, equipamentos de telecomunicações e
mobiliário de uso doméstico. Os produtos de marca
própria representam 1/2 das vendas.
Caracterização do sector do comércio

e serviços
Entre as tendências do setor, destacam-se a
preocupação crescente em conhecer o cliente, a
valorização do serviço de venda e pós-venda, a
proximidade e comodidade, a associação do ato da
compra ao lazer e prazer, a integração do comércio em
espaços de outra amplitude, o crescimento do comércio
de marcas e do low cost, o aumento do número de
supermercados de média dimensão e grandes
superfícies especializadas, a preocupação com a
segurança e a saúde das pessoas, a concentração
económica, a expansão das empresas comerciais para o
exterior, a crescente utilização das novas tecnologias, o
desenvolvimento e integração da atividade logística e a
cooperação entre produtores e distribuidores.
Entidades internacionais
As entidades internacionais
desempenham um papel crucial na
gestão das relações comerciais entre
países membros, visando a
promoção do desenvolvimento
econômico global e a redução das
disparidades socioeconômicas. Entre
as principais organizações mundiais
voltadas para esses objetivos,
destacam-se a Organização Mundial
do Comércio (OMC) e a Conferência
das Nações Unidas para o Comércio
e o Desenvolvimento (UNCTAD).
Entidades internacionais
A OMC tem como principal missão a
negociação da redução de barreiras
aduaneiras e não-aduaneiras ao
comércio internacional, assim como a
resolução de diferendos comerciais
entre países membros. A organização
busca estabelecer regras claras e justas
para o comércio global, promovendo a
transparência e a segurança jurídica
nas transações comerciais
internacionais. Por meio de acordos e
tratados internacionais, a OMC
contribui para a ampliação do comércio
internacional e para o crescimento
econômico global.
Entidades internacionais

Já a UNCTAD, por sua vez, tem como objetivo


principal integrar os países em desenvolvimento
na economia mundial e contribuir para a
erradicação da pobreza. A organização promove
políticas de desenvolvimento econômico e
social que levam em consideração as
necessidades específicas dos países em
desenvolvimento, com o intuito de garantir que
os benefícios do comércio internacional sejam
amplamente compartilhados. A UNCTAD
também se dedica à elaboração de pesquisas e
análises sobre o comércio e o desenvolvimento,
bem como ao fortalecimento das capacidades
dos países membros em áreas como
negociação comercial, políticas de investimento
e desenvolvimento de tecnologia.
Entidades internacionais

Resumindo, as entidades internacionais como a


OMC e a UNCTAD desempenham um papel
fundamental na promoção do comércio
internacional e do desenvolvimento econômico
global, trabalhando em estreita colaboração
com países membros para alcançar objetivos
comuns. Suas atividades são voltadas para a
busca de soluções justas e equilibradas para os
desafios econômicos globais, sempre visando à
construção de um mundo mais justo e próspero
para todos.
Entidades nacionais

As entidades nacionais são organizações A DGAE tem como principal missão


que desempenham um papel importante promover a competitividade e a inovação
no desenvolvimento econômico e na empresarial em Portugal, através do apoio
promoção do comércio e serviços em a políticas de comércio e serviços e do
Portugal. Entre as principais entidades fomento das relações internacionais do
nacionais, destacam-se a Direção-Geral das Ministério da Economia. A organização tem
Atividades Económicas (DGAE), a um papel fundamental na regulação e
Confederação de Comércio e Serviços de fiscalização do mercado português,
Portugal e a Confederação Empresarial de garantindo a proteção dos direitos dos
Portugal (CIP). consumidores e a integridade do mercado.
Entidades nacionais

Já a Confederação de Comércio e Serviços Por fim, a CIP é uma entidade que


de Portugal é uma entidade que tem representa as empresas nacionais,
como objetivo dinamizar o associativismo contribuindo para o progresso da
e o empreendedorismo no comércio e economia de mercado em Portugal. A
nos serviços em Portugal. A organização confederação apoia as empresas
participa ativamente no Conselho portuguesas e defende seus interesses e
Económico e Social e em sede de propostas junto ao Estado e aos parceiros
sociais, com o objetivo de criar um
Concertação Social, representando os
ambiente favorável aos negócios e ao
interesses das empresas do setor e
investimento no país. A CIP tem ainda um
intercedendo em nome destas junto ao
papel relevante na promoção da formação
Estado. A Confederação de Comércio e
profissional e na defesa dos direitos dos
Serviços de Portugal tem também um
trabalhadores e empresários.
papel relevante na promoção da
formação profissional e no fomento da
inovação empresarial.
Entidades nacionais

Em resumo, as entidades nacionais


desempenham um papel fundamental na
promoção do desenvolvimento econômico
e na regulação do mercado em Portugal.
Através do apoio a políticas de comércio e
serviços, da defesa dos interesses das
empresas e do fomento da inovação
empresarial, estas organizações
contribuem para o crescimento e a
competitividade da economia portuguesa,
garantindo ao mesmo tempo a proteção
dos direitos dos consumidores e dos
trabalhadores.
Legislação fundamental
Afixação de preços de venda
O Decreto-Lei n.º 162/99
Indicação dos preços de venda a retalho

O Decreto-Lei n.º 162/99, de 13 de Além disso, o Decreto-Lei n.º 162/99 As entidades que comercializam
maio, estabelece a obrigatoriedade estabelece que os preços devem ser produtos ou serviços são
de indicação dos preços de venda a expressos em euros, incluindo todos responsáveis pela correta indicação
retalho dos bens e serviços, com o os impostos e taxas aplicáveis, e que dos preços de venda a retalho,
objetivo de garantir a transparência e devem ser exibidos de forma clara e estando sujeitas a sanções em caso
a proteção dos consumidores no objetiva, sem omissões ou enganos. de incumprimento. Os
momento da compra. consumidores podem denunciar
eventuais irregularidades na
De acordo com este diploma legal, afixação dos preços junto das
todos os produtos ou serviços entidades fiscalizadoras, como a
expostos ou colocados à venda Autoridade de Segurança Alimentar
devem ter o preço de venda a retalho e Económica (ASAE).
afixado de forma visível e legível, junto
ao produto ou em local próximo, de
forma a permitir que o consumidor
possa conhecer o preço antes de
efetuar a compra.
Afixação de preços de venda
O Decreto-Lei n.º 138/90
Obrigação de exibição de preço na venda a
retalho

O Decreto-Lei n.º 138/90 estabelece a Além disso, o decreto-lei estabelece O objetivo deste decreto-lei é
obrigatoriedade da exibição de que os preços devem incluir todos garantir que os consumidores
preços na venda a retalho em os impostos e taxas aplicáveis, bem tenham acesso a informações claras
Portugal. como qualquer desconto ou redução e precisas sobre os preços dos
de preço que possa ser oferecido. produtos, permitindo-lhes fazer
De acordo com este decreto-lei, Os comerciantes são também escolhas informadas e evitar
todos os produtos expostos para obrigados a fornecer aos práticas comerciais desleais ou
venda ao consumidor final devem ter consumidores informações claras e enganosas. A violação desta lei pode
o respetivo preço afixado de forma precisas sobre o preço total a pagar, levar a sanções e multas para os
clara, legível e visível. A apresentação incluindo o valor dos impostos e comerciantes, bem como ações
do preço deve ser feita através de outras despesas adicionais. judiciais por parte dos
etiquetas, marcadores ou outro meio consumidores lesados.
que permita ao consumidor
identificar facilmente o valor do
produto.
Atendimento prioritário
Decreto-Lei n.º 58/2016 O atendimento prioritário deve ser
Obrigação de prestar atendimento prioritário prestado de forma ágil e eficaz, sem
a pessoas com deficiência, idosos, grávidas e
que seja exigido qualquer tipo de
acompanhantes de crianças de colo.
comprovativo por parte da pessoa
que solicita o atendimento prioritário.
O Decreto-Lei n.º 58/2016 estabelece Este deve ser realizado em condições
a obrigação de prestar atendimento de conforto e com a devida
prioritário a pessoas com deficiência, privacidade, de modo a garantir o
idosos, grávidas e acompanhantes de respeito pelos direitos e dignidade
crianças de colo em estabelecimentos das pessoas com deficiência, idosos,
públicos e privados, bem como em grávidas e acompanhantes de
serviços de atendimento ao público. crianças de colo.

Esta medida tem como objetivo Caso não seja cumprida a obrigação
garantir a igualdade de acesso aos de prestar atendimento prioritário,
serviços e prevenir a discriminação, estão previstas sanções e multas para
facilitando o acesso a serviços os estabelecimentos públicos e
essenciais como saúde, transportes, privados que não cumprirem esta
educação, entre outros. disposição legal.
Atendimento prioritário
Decreto-Lei n.º 58/2016
Obrigação de prestar atendimento prioritário a pessoas com deficiência, idosos,

grávidas e acompanhantes de crianças de colo.

O atendimento prioritário deve ser Caso não seja cumprida a obrigação


prestado de forma ágil e eficaz, sem de prestar atendimento prioritário,
que seja exigido qualquer tipo de estão previstas sanções e multas
comprovativo por parte da pessoa para os estabelecimentos públicos e
que solicita o atendimento prioritário. privados que não cumprirem esta
Este deve ser realizado em condições disposição legal.
de conforto e com a devida
privacidade, de modo a garantir o
respeito pelos direitos e dignidade
das pessoas com deficiência, idosos,
grávidas e acompanhantes de
crianças de colo.
Comércio eletrónico
Lei n.º 46/2012
Regula o tratamento de dados pessoais e A lei define que o tratamento de dados pessoais só
protege a privacidade nas comunicações pode ser realizado com base em consentimento
eletrónicas. expresso do titular dos dados, ou quando este for
Lei n.º 46/2012 tem como objetivo necessário para a execução de um contrato,
regular o tratamento de dados pessoais cumprimento de uma obrigação legal ou proteção
e proteger a privacidade nas de interesses vitais do titular dos dados. Os
comunicações eletrónicas em Portugal. prestadores de serviços de comunicações
eletrónicas estão também obrigados a garantir que
De acordo com esta lei, os prestadores os dados pessoais dos utilizadores sejam
de serviços de comunicações armazenados de forma segura e protegidos contra
eletrónicas estão obrigados a proteger acessos não autorizados.
a privacidade dos utilizadores, Além disso, a lei estabelece que os utilizadores têm
assegurando a confidencialidade dos o direito de aceder, retificar ou eliminar os seus
seus dados pessoais e das suas dados pessoais, bem como o direito de se opor ao
comunicações. Os utilizadores têm tratamento dos mesmos para fins de marketing
direito a ser informados sobre as direto. Os prestadores de serviços de comunicações
condições de tratamento dos seus eletrónicas devem garantir que estes direitos sejam
dados pessoais e a dar ou não o seu respeitados e implementar medidas de segurança
consentimento para o seu uso. para proteger os dados pessoais dos utilizadores.
Comércio eletrónico
Decreto-Lei n.º 62/2009
Aspetos legais dos serviços da sociedade de informação no comércio
eletrónico.

O Decreto-Lei n.º 62/2009 estabelece as regras e O decreto-lei estabelece ainda que os consumidores
aspetos legais dos serviços da sociedade de têm o direito de receber informações completas e
informação no comércio eletrónico em Portugal. claras sobre os serviços prestados, incluindo as suas
características, preços, condições de pagamento,
Este decreto-lei define os princípios que regem a entrega e devolução. Também é reconhecido o
oferta de serviços da sociedade de informação, tais direito de livre resolução do contrato pelo
como a livre prestação de serviços, a proteção dos consumidor, dentro do prazo estabelecido por lei.
direitos dos consumidores e a liberdade de expressão.
O objetivo deste decreto-lei é garantir a confiança e
Os prestadores de serviços da sociedade de segurança nas transações eletrónicas, protegendo os
informação são obrigados a disponibilizar informações interesses dos consumidores e promovendo o
claras e precisas sobre a sua identidade, atividades, desenvolvimento do comércio eletrónico em
preços e condições de prestação de serviços. Também Portugal. A violação deste decreto-lei pode levar a
são obrigados a respeitar as regras de proteção de sanções e multas para os prestadores de serviços da
dados pessoais e a garantir a segurança das sociedade de informação, bem como ações judiciais
transações eletrónicas. por parte dos consumidores lesados.
Legislação fundamental
-- Importante consultar. Link aqui --

Horários dos Estabelecimentos Práticas Individuais Restritivas

Decreto-Lei nº 10/2015 - Regime dos horários de funcionamento dos Decreto-Lei nº 220/2015 - Práticas individuais restritivas do comércio.
estabelecimentos comerciais.

Lei do Tabaco
Regulamentação da venda à distância
Lei nº 63/2017 - Proteção da exposição involuntária ao fumo do tabaco e medidas
de redução da procura. Lei n.º 47/2014 - Contratos à distância e/ou fora dos estabelecimentos.

Portaria nº 135/2016 - Normas para cigarros eletrónicos e recargas.

Crédito ao Consumo
Livro de Reclamações

Decreto-Lei n.º 74-A/2017 - Crédito relativos a imóveis destinados a


Decreto-Lei n.º 74/2017 - Livro de reclamações on-line, Livro de reclamações
habitação, garantidos por hipoteca ou outro direito sobre o imóvel.
amarelo e Atendimento Público avaliado.

Práticas Comerciais Desleais

Decreto-Lei nº 205/2015 - Práticas comerciais desleais das empresas nas relações


com os consumidores, antes, durante ou após uma transação.
Legislação fundamental
-- Importante consultar. Link aqui --

Acesso e exercício de atividades de comércio, serviços e restauração Defesa dos consumidores

Decreto-Lei n.º 102/2017 - Informação ao consumidor. Lei n.º 47/2014 - Regime legal aplicável à defesa dos consumidores.

Portaria n.º 370/2015 - Informação empresarial simplificada (IES).


Resolução Alternativa de Litígios de Consumo
Portaria n.º 365/2015 - Balcão do Empreendedor.
Decreto-Lei nº 102/2017 - Mecanismos de resolução extrajudicial de
Portaria n.º 206-B/2015 e Portaria n.º 206-C/2015 - Acesso e exercício a litígios.
atividades de comércio, serviços e restauração.

Portaria n.º 116-A/2015 - Grandes superfícies comerciais. Restrição à venda e Consumo de Bebidas Alcoólicas

Portaria n.º 60-B/2015 - Taxas para instalação e/ou alteração de grandes Decreto-Lei nº 102/2017 - Obrigações de afixação de informação.
superfícies comerciais com área bruta igual ou superior a 8000 m2.
Portaria nº 390/2002 - Venda de bebidas alcoólicas nos locais de trabalho
Portaria n.º 57-D/2015 - Instrução de autorização de grandes superfícies da administração pública.
comerciais com área bruta igual ou superior a 8 000 m ².

DL n.º 10/2015 - Acesso e exercício de atividades de comércio, serviços e Rotulagem e Instruções em Português
restauração e respetivo regime contraordenacional.
Decreto-Lei n.º 42/88 – Características, instruções e garantias de Bens ou
serviços comercializados no mercado nacional.
Legislação fundamental
-- Importante consultar. Link aqui --

Segurança Geral de Produtos

Decreto Regulamentar n.º 38/2012 - Direção-Geral do Consumidor.

Vendas com redução de preços

Decreto-Lei nº 10/2015 – Saldos, Reduções, Promoções, Liquidação Total.

Vendas de Bens de Consumo e Garantias

Decreto-Lei n.º 84/2008 - Venda de bens de consumo e respetivas


garantias.
Modelos organizacionais
//Modelos organizacionais das empresas de comércio e serviços //

Estruturas
Uma organização é um conjunto de recursos
(humanos, materiais, financeiros, informacionais e
energéticos) que trabalham em conjunto para
alcançar objetivos comuns. A estrutura
organizacional, frequentemente representada por
meio de organigramas, compreende o conjunto de
diferentes órgãos que integram a organização, bem
como a representação gráfica das relações de
dependência que existem entre eles.

A diversidade das formas de comércio e as diversas


dimensões das organizações que as praticam
originam vários modelos de organização. No mercado
português, predominam dois tipos de estruturas: as
microempresas e as grandes estruturas comerciais.
Modelos organizacionais
//Modelos organizacionais das empresas de comércio e serviços //

Estruturas Simples
As estruturas simples são caracterizadas por apresentarem um
número reduzido de níveis hierárquicos, geralmente dois.
Nesse modelo, o empresário concentra em si todo o poder de
decisão, não havendo uma distribuição formal de poder na
empresa. Os colaboradores desse tipo de estrutura são
predominantemente executantes, desempenhando funções
como vendas e reposição de produtos, muitas vezes em
regime de polivalência.

A venda tradicional, mais personalizada, é predominante nas


estruturas simples. Para atividades mais técnicas, como
contabilidade e apoio jurídico, é comum que as empresas
subcontratem profissionais especializados. Em empresas que
operam em regime de franchising, algumas funções mais
técnicas podem ser asseguradas pela empresa franqueadora.
Modelos organizacionais
//Modelos organizacionais das empresas de comércio e serviços //

Estruturas Funcionais
À medida que as organizações crescem, aumenta o número e
a complexidade das questões a tratar, o que exige a criação de
áreas técnicas de intervenção diferenciadas, também
conhecidas como Funções. Dessa forma, surge a necessidade
de criar um órgão ou departamento para cada Função, onde
se contrata especialistas para liderar cada área.

Com o desenvolvimento das Funções, surgem vários níveis


hierárquicos dentro da organização. As áreas funcionais mais
comuns incluem a financeira, responsável por gerir os recursos
financeiros da empresa, a área de recursos humanos,
responsável pela gestão dos colaboradores e das políticas de
RH, a área de marketing, responsável por promover a marca e
os produtos da empresa, e a área de logística, responsável por
gerir o fluxo de materiais e produtos na cadeia de
suprimentos.
Estratégias
A definição de estratégia envolve diversos elementos, incluindo a
imagem da empresa, a sua dimensão, posicionamento no mercado e
escolha do sortido de produtos. Com isso, surgem diferentes tipologias
de estabelecimentos comerciais, tais como:

Grandes superfícies: que oferecem uma grande variedade de


famílias de artigos e de referências por família.
Médias superfícies: que possuem uma grande variedade de famílias de
artigos, mas uma escassa variedade de referências por família.

Power Boxes: que são grandes lojas especializadas em uma família de


artigos, com grande diversidade de referências.
Lojas de conveniência: que oferecem pouca variedade de famílias de
artigos e de referências por família.

Comércio tradicional: que possui uma grande diversidade de


estratégias, dependendo do ramo de negócio, mas que atualmente
tem cada vez mais focado na criação de valor acrescentado para o
cliente.
Estratégias
No setor de distribuição, a loja desempenha um papel
fundamental, sendo responsável por proporcionar o encontro
entre a oferta (produção e distribuidores) e a procura
(consumidor). Todos os agentes envolvidos no transporte e na
comercialização dos produtos são considerados distribuidores.
Quanto mais agentes envolvidos em uma cadeia de distribuição,
maior é o risco de encarecer excessivamente o produto. Por isso,
atualmente há um desafio latente de agregar valor ao produto e,
ao mesmo tempo, reduzir seus custos.

Por um lado, os consumidores tomam decisões de compra com


base em fatores culturais, sociais, econômicos, hábitos de
consumo, entre outros. Por outro lado, produtores e
distribuidores frequentemente unem esforços para conquistar e
fidelizar clientes. Os lojistas assumem responsabilidades na
organização da loja e seu layout, além de participar na colocação
de publicidade, nas promoções, na definição do ambiente da loja,
na estratégia de preço e na escolha do sortido de produtos.
Estratégias
Atualmente, algumas tendências têm se destacado, como:

Sofisticação: Simplificação:
Os consumidores são cada vez Redução do sortido de produtos,
mais exigentes e buscam canais de distribuição e pontos de
diversidade, comodidade e prazer venda no fabricante.
nas compras que realizam. Personalização: o cliente valoriza o
Especialização: por produto, bom atendimento, eficiência e
cliente, preço, entre outros preocupação pelo seu bem-estar.
critérios.
Mercado
Consumidores

Envelhecimento do consumidor - oportunidades


de negócio emergentes.
Nível educacional mais elevado - consumidor
mais informado e exigente.
Maior preocupação com qualidade, meio
ambiente e sustentabilidade.
Crescimento da prática de desporto.
Crescimento do trabalho feminino - mudanças
no comportamento de compra e aumento da
procura de artigos para o lar.
Importância dos meios de comunicação -
influência nas preferências.
Mercado
Concorrência
Concorrência mais agressiva
mudanças rápidas nos mercados e estratégias.

Oferta segmentada e diferenciada.

Aumento de lojas de marcas


aumento de franchisings.
Mercado
Produtos
Maior diversidade de produtos
aumento de produtos estrangeiros.

Aumento do consumo de produtos de marca


qualidade e imagem.
Mercado
Cadeia de distribuição
Aumento da competitividade
necessidade de reduzir margens de comercialização.

Aumento do volume de compras


acesso a campanhas e condições mais vantajosas.
Fontes de informação para a elaboração dos textos Ferramentas

Ikipédia
Onenote - Materia da UFCD Google Chrome
Formador Marco Romão Microsoft Edge

Fonte de imagens Processador de texto Canva

Google Docs

Google Drive

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