Você está na página 1de 5

Estrutura primária

(dita a estrutura 3d e a função da proteína)

Espécies próximas Resíduos de organismos muito semelhante


Ex: citocromo c (encontra-se nas mitocôndrias de quase todos os eucariotas)

o Grande homologia
o Árvores filogenéticas- evidenciam diferenças evolutivas

- Mutações: mudança de um único resíduo, afetando a estrutura e comprometer a sua


função

Ex:

o Anemia falciforme (troca de GLU para VAL na hemoglobina)

o Fibrose cística (doença genética, incurável) - causada por um distúrbio na


secreção de algumas glândulas, mutação do gene CFTR

Proteína CFTR- canal de transporte de iões cloreto. Localiza-se na membrana celular,


regulando o movimento de água e solutos.

CTR anormal desequilíbrio no transporte de cloretos para dentro da célula

Atividade dos canais de sódio intensifica-se (aumento do transporte de sódio)

Compromete o funcionamento de órgãos e sistemas


(infeções pulmonares crónicas, inflamação da via aéreas, infertilidade masculina)

Glândulas Pulmões Trato gastrointestinal


Segregam líquido com Bloqueiam a A falta de secreção
teor em sal superior passagem de ar e
ao normal retêm bactérias

o Spike protein (SARS-CoV-2) - mutação dão origem a “variantes”

Propriedades dos polipéptidos- determinadas pela natureza do grupo R (cadeias


laterais)

Natureza deste impõe restrições na formação de estrutura de


ordem superior (secundária e terciária)
Exemplos:

Glicina- grupo R muito pequeno (não afeta a estrutura pretendida, mas também não a
estabiliza)

Triptofano- grupo R volumoso (proíbe a formação de estruturas muito compactas)

Prolina- grupo R engloba o carbono alfa (torna sua estrutura bastante rígida). Esta é
incompatível com o elemento da estrutura secundaria (hélice alfa), isto acontece por
não possuir liberdade rotacional no carbono alfa

Estrutura secundária
(arranjo espacial dos resíduos de aminoácidos em segmentos de cadeia polipeptídica)

Tem 2 características principais:

o Ângulo F (C alfa- N) e Y (C alfa- C) (resultado da rotação livre da cadeia em


torno do carbono alfa)

o Ligações de hidrogénio

Elementos da estrutura secundária


(ex: proteína pilina de Neisseria gonorrhoeae (longas hélices alfa e diversas folhas beta
antiparalelas)

Hélices alfa

o Muito estável (devido ao afastamento ótico das cadeias laterais R e á orientação axial favorável dos dipolos C=O e N-H
para estabelecimento de ligações de hidrogénio)
o Mais abundante
o Ligações de hidrogénio (entre os grupos carbonilos e os grupos amida) (afastados 4 posições) (paralelas ao eixo da hélice)
o O esqueleto hidrocarbonado enrola-se segundo uma espiral direita
o Existem outras variantes conformacionais (hélice 310 e hélices II)
o As cadeias laterais estão viradas para o exterior
o Estrutura muito regular
o Cada espiral incorpora 3.6 resíduos de aminoácidos
o Altamente cooperativa
o Prolina- quebra a estrutura helicoidal (a hélice continua a crescer até encontrar a prolina)
o Pode ser muito longa
o Sequencia de aminoácidos afeta a sua estabilidade
o Contem hélices alfa anfipáticas (muito comuns em proteínas de membrana e recetores)
Folhas- b pregueada

o Ligações de hidrogénio (C=O e N-H)


o Padrão totalmente diferente (pode ocorrer entre intra- e intercadeias polipeptídicas)
o Não são extensíveis
o Pontes de hidrogénio (formadas entre segmentos adjacentes da cadeia)
o Estrutura em zig-zag (as cadeias laterais de aminoácidos adjacentes projetam-se em direções
opostas)
o Forma de tira de papel dobrada em pregas
o Podem ser paralelas (mesmo sentido), antiparalelas (mais estáveis) (sentidos opostos) ou
mistas

Ex: seda

COMO SE FORMAM??

Quando 2 ou mais cadeias polipeptídicas praticamente estendidas são colocadas


lado a lado. Assim formam-se regularmente ligações de hidrogénio entre os grupos
carbonilos e amida das duas cadeias

Dobras ou cotovelos

o Permitem á cadeia inverter a direção, conectando segmentos de estruturas secundárias (folhas beta e
hélices alfa)
o O motivo mais comum é a dobra em gancho de cabelo (dobras beta)
o Mais flexíveis e expostos ao solvente
o Envolve 4 ou 3 resíduos de aminoácidos em loop
o Ligação de hidrogénio entre o grupo carbonilo e amida, afastado 3 posições
o Nas dobras tipo II- resíduo GLY
o Nas dobras tipo y- resíduo PRO
o Predominam a prolina (configuração cis- suscetivel a se dobrar) e a glicina (por ser pequeno e flexível)
Motivos ou estruturas supersecundárias:

o Arranjos particularmente estáveis


o Segmentos dentro da cadeia polipeptídica (podem adquirir a sua conformação
correta, independentemente do resto da cadeia)
o Uma estrutura bem definida
o Unidade modelar que forma as proteínas complexas
o Estrutura intermediária (entre e 2 e 3)
o Segmentos que se repelem ao longo da cadeia + hélices alfa ou folhas beta
o Podem surgir em unidades repetidas ou combinações
o Um único motivo pode compreender toda a proteína (como a alfa queratina)

Ex: chaves-gregas e barril beta

Domínios:

Estrutura terciária (3d)


(a informação que define esta estrutura está contida na estrutura 1ª)

Empacotamento de vários elementos de estrutura secundária (interligados por


dobras/cotovelos ou regiões sem estrutura regular)

forças intermoleculares entre átomos ligados não-covalentemente ou ligações


sulfureto- fazem a estabilização e enrolamento da proteína
Estabilidade:
Após a desnaturação conseguem recuperar espontaneamente a forma ativa

Ex de uma proteína terciária: albumina

Estrutura quaternária

Nas proteínas multiméricas (compostas por vários monómeros)

Constituição:

o Várias cadeias polipeptídicas ou subunidades (cada uma corresponde (ou não) a


uma cadeia polipeptídica)
o Geometria bem definida
o Subunidades unidas por ligações não covalentes fracas e por vezes por ligações
dissulfureto (covalentes)
o Extremamente importante na regulação alostérica de algumas proteínas

Ex: hemoglobina (4 subunidades- 2alfa e 2 beta)

RESUMO

Você também pode gostar