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DE ANTIMICROBIANOS NA
UNIDADE DE TERAPIA
INTENSIVA
■ “There are only two classes of drugs that, when you give them, have the potential to affect
not only the patient you give them to, but also all of the other patients and providers that
they will contact: radiotherapeutics and antibiotics.”
■ Farmacocinética:
■ Farmacodinâmica:
-Estudo dos mecanismos relacionados a ação do medicamento e suas alterações
bioquímicas ou fisiológicas no organismo (local de ação, mecanismo de ação e os
efeitos do fármaco.
■ Farmacocinética:
-Estudo do movimento que o fármaco realiza no organismo durante sua absorção,
distribuição, metabolismo e excreção.
Conceitos
■ Tolerância:
-Termo utilizado para designar o fato de algumas bactérias mostrarem-se sensíveis às concentrações inibitórias
mínimas de determinados antibióticos, isto é, sofrerem bacteriostase, mas não sofrerem a ação das
concentrações bactericidas mínimas habituais destas mesmas drogas;
■ Persistência:
-O termo é utilizado para significar a sobrevivência do microrganismo nos tecidos ou líquidos orgânicos, apesar da
sensibilidade à droga utilizada para combatê-lo; Pode ser devida à quantidade insuficiente do antibiótico que
chega ao foco de infecção; Pela inativação do antibiótico por enzimas produzidas por outros germes associados
no local;
■ Resistência:
-Diz-se que uma bactéria é resistente a um determinado antibiótico quando o germe é capaz de crescer in vitro
em presença da concentração inibitória que esta droga atinge no sangue.
“CRE Mechanisms and their Importance for Infection Prevention ”
Paul C. Schreckenberger, Ph.D., D(ABMM), F(AAM)
Modo de Ação dos B-Lactâmicos em
bactérias Gram Negativas
SUSCEPTIBILIDADE RESISTÊNCIA
Antibiótico B-Lactâmico ■ Bloqueio de entrada pelas porinas
■ Os dois exemplos mais importantes de resistência mediada por PBPs alteradas são
resistência à meticilina em Staphylococcus aureus (MRSA) e resistência à penicilina em
Streptococcus pneumoniae;
Mecanismos de resistência a
antibióticos β-lactâmicos
A resistência por alteração das PBPs pode ser adquirida por plasmídeo, o que é muito comum
em bacilos Gram - como P. aeruginosa, ou pode ocorrer por mutação. Em ambos os cenários a
alteração do receptor alvo original torna a bactéria mais resistente a acção dos β-lactâmicos.
S. aureus é um exemplo de uma bactéria que por modificação da PBP tornou-se resistente a meticilina
Mecanismos de resistência a
antibióticos β-lactâmicos
■ 1.2. Produção Enzimática
-As bactérias podem igualmente inativar o ATB por ação de enzimas β-lactamases como as
penicilinase, cefalosporinases ou carbapenemases.
-Este é o mecanismo de resistência mais frequentemente usado pela maioria das bactérias
resistentes a esta classe de ATB. A ação enzimática é feita por hidrólise provocando a clivagem
do anel β-lactâmico impedindo a ligação aos alvos bacterianos (PBPs).
-Os β-lactâmicos utilizam as porinas para entrar no espaço periplásmico. A perda de funções
destas proteínas diminui a susceptibilidade ao fármaco.
-As bombas de efluxo, constituídas principalmente por proteínas, são outro mecanismo de
resistência bacteriano usado para diminuir a eficácia dos β-lactâmicos.
O processo é feito pelo transporte ativo do antimicrobiano do meio intracelular para extracelular,
diminuindo assim a ação farmacológica.
■ Estas enzimas são capazes de clivar o anel β-lactâmico de quatro membros que é comum a todos os
antibioticos beta-lactamicos (isto penicilinas, cefalosporinas, carbapenemes e monobactamas) bem
como certos inibidores de β-lactamase (ácido clavulânico, sulbactam e tazobactam).
Degradação Enzimática
■ A classificação de Ambler divide as enzimas β-lactamase em quatro classes distintas (ou seja,
classes Ambler A, B, C e D) com base em suas estrutura molecular.
■ Neste esquema, as classes A, C e D têm bases de serina, enquanto que a classe B tem uma
metalobase.
■ Este sistema pode ser mais simplificado para considerar três tipos de β-lactamases com relevância
para a medicina clínica:
(1) β-lactamases de espectro estendido
(2) AmpC β-lactamases
(3) carbapenemases.
Β-lactamases de espectro estendido
■ A produção de ESBL é mediada por plasmídeos que conferem ampla resistência aos
antimicrobianos que contém o anel beta-Iactâmico em sua estrutura
Β-lactamases de espectro estendido
■ As ESBLs oferecem resistência às penicilinas, todas as cefalosporinas e monobactamas
(incluindo o aztreonam), mas não fornecem resistência às cefamicinas (cefoxitina e cefotetana) e
aos carbapenêmicos (imipenem, meropenem e ertapenem) , mas são inibidas pelo beta -
lactamases, tais como ácido clavulânico, sulbactam e tazobactam.
■ As ESBLs são derivadas de mutações genéticas (temoneira [TEM] e variável sulfidril [SHV]) e
são encontradas principalmente em Escherichia coli e Klebsiella sp., Mas também podem ser
detectadas em Proteus mirabilis, Enterobacter sp., Acinetobacter sp., Pseudomonas sp. e outras
espécies de Enterobacteriaceae.
■ Atualmente, uma grande expansão do tipo ESBL do tipo CTX-M, cujo substrato preferido é a
cefotaxima (l6), tornou este tipo o mais amplamente distribuído, superando a incidência de SHV
e TEM.
Β-lactamases de espectro estendido
■ Atualmente, existem mais de 150 variantes conhecidas de ESBLs;
■ A maioria das ESBLs, atualmente conhecidas, é oriunda das mais antigas β-lactamases tipo TEM-1,
TEM-2, e SHV-115, as quais diferem dos seus progenitores por poucos aminoácidos.
■ Nessa escala evolutiva, pode-se encontrar denominações como SHV-2, OXA-10, PER-1, PER-2, VEB-1,
CTX-M, entre outras.
Β-lactamases de espectro estendido
■ Ao contrário do mediado pelo plasmídeo ESBL, AmpC (por vezes referido como tipo 1) β-lactamases
são mais frequentemente mediada cromossomicamente, com o produto do ampC gene (daí o termo
AmpC β-lactamases) sendo o protótipo enzima.
■ Ocasionalmente, entretanto, a produção de β-lactamase AmpC pode ser mediada por plasmídeo;
AmpC β-Lactamases (tipo 1)
■ MYSPACE
-Morganella
-Yersinia
-Serratia
-Providencia
-Aeromonas
-Citrobacter
-Enterobacter
AmpC β-Lactamases (tipo 1)
■ β-lactamases AmpC não são inibidas pelos inibidores de β-lactamases nem de carbapenemase, como
ácido clavulânico, sulbactam e tazobactam, tampouco por EDTA.
■ Porém, cloxacilina e oxacilina, e também o ácido borônico e seus derivados conseguem inibir a ação
hidrolítica das enzimas AmpC.
AmpC β-Lactamases (tipo 1)
■ A primeira AmpC de espectro estendido foi descrita em Enterobacter cloacae isolada de origem
humana em 1992, no Japão.
- metallo-beta-lactamases( MBLs):
New Delli MBL, carbapenemases plasmídeo mediadas tipo imepenem, MBL Verona
codificada em intergron
■ Para ser estável na presença da maioria das ESBLs e alguns AmpC β-lactamases, o
avibactam, quando adicionado à ceftazidima, tem sido mostrado para aumentar a
atividade contra KPCs.
■ Em 2004, 64,4% das infecções causadas por estafilocos em UTIs americanas eram causadas por MRSA;
■ O conceito de sinergia na terapia antibimicrobiana vem sendo cada vez mais útil e eficaz em
justificar o uso de terapia combinada.
■ Exemplo:
O tratamento da meningite pneumocócica na década de 1950.
A taxa de mortalidade em pacientes que receberam penicilina isolada foi de
21%, enquanto a terapia combinada com penicilina (agente bactericida) mais
clortetraciclina (um agente bacteriostático agente) resultou em uma taxa de
mortalidade de 79%;
Prevenção do surgimento da resistência
(1) deve ser iniciada o mais cedo possível após o início da sepse (com isso geralmente ocorrendo
antes do patógeno causador ser reconhecido);
(2) deve ser suficientemente amplo quando dado empiricamente para cobrir os microrganismos
causadores potenciais;
(3) incorporar a dosagem antimicrobiana apropriada para maximizar morte microbiana, minimizar
o desenvolvimento de resistência antimicrobianos, e evitar reações adversas relacionadas à
concentração das drogas.
Dez pontos-chave para o uso adequado de
antibióticos em pacientes hospitalizados
2- Evitar uso de antibióticos para tratar febre: investigar a raiz da causa da febre e tratar
somente infecções bacterianas significativas
3- Quando indicado, iniciar antibiótico empírico após colher culturas, avaliando o sítio da
infecção, fatores de risco para germes multirresistentes e o padrão local
microbiológico e susceptibilidade
Dez pontos-chave para o uso adequado de
antibióticos em pacientes hospitalizados
9- Parar tratamento antibiótico assim que uma infecção bacteriana seja improvável
Critical Care Medicine: Principles of Diagnosis and Management in the Adult FIFTH EDITION; Joseph E. Parrillo, MD, R. Phillip
Dellinger, MD, MSc, MCCM
Hara et al Internatitional Journal of Antimicrobial Agents 2016;48:239-246
“CRE Mechanisms and their Importance for Infection Prevention ”
Paul C. Schreckenberger, Ph.D., D(ABMM), F(AAM)
Karam, Chastre, Wilcox, Vincent Critical Care 2016;20:136