Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1 Os problemas de terminologia
................................................ ................................................ ......................
.......................... .........................................
Construir um estudo das relações entre “teoria política” e “história” —
como fenômenos conceituados ou como disciplinas que praticamos - é
necessário estude esses termos e, se possível, reduza-os a formas
administráveis. O termo “teoria política” é impreciso; tem sido usado de
diversas maneiras, e os colaboradores deste manual provavelmente não
concordam com nenhum uso único. Do ponto de vista a partir do qual este
capítulo foi escrito, é observável que A “teoria política” é frequentemente
usada como se fosse intercambiável com “teoria política”. pensamento”,
um termo igualmente inexato. Na primeira metade do século XX, foram
escritas várias “histórias do pensamento político” ou de “políticas teoria'',
da qual o assunto e o método eram praticamente indistinguíveis. Por
“pensamento político” (e, portanto, “teoria”), entende-se um número de
disciplinas intelectuais - ou alternativamente, modos de retórica – que de
tempos em tempos foi aplicado a um assunto ou assuntos que foi
acordado formou o da “política”. A “história” desses modos de discurso foi
concordaram em formar a “história do pensamento político” ou “teoria”.
muito disso equivalia a um tratamento “teórico” de um conceito abstrato
de ‘‘política’’, e cada uma delas – pelo menos em princípio – gerou um
discurso que examinou criticamente sua conduta, e assim ascendeu a
“teoria” em um sentido mais amplo do termo.
Essas “histórias” do pensamento/teoria política foram
canonicamente construídas; isto é, eles organizaram modos de discurso -
e acima de tudo, os principais textos que adquiriu status clássico e
autoridade em cada um - em uma ordem que havia chegaram a ser
acordados formaram a ‘‘história’’ que está sendo apresentada.
Classicamente - e, devem ser enfatizados, por razões históricas, muitas
das quais eram boas – elas começaram com a invenção na Atenas do
século IV do que foi denominado “filosofia política”, de modo que
“filosofia política” tornou-se um termo de igual status (e imprecisão) com
“pensamento político” e “teoria”. emergiu uma grande narrativa, na qual
“a história do pensamento político”, “teoria”, ou “filosofia” moveu-se dos
primórdios platônicos ou aristotélicos através de um período medieval em
que a “filosofia” encontrou a teologia cristã, em aquele em que esse
encontro foi liquidado e substituído por modos de pensamento, teoria e
filosofia foi convencionada a denominar “moderna”.
Outra característica dessas “histórias” era que elas não foram escritas
tanto por historiadores quanto por “teóricos políticos” e “filósofos” que o
estudo desta “história” era de alguma forma propício para o
empreendimento ou inquérito em que eles próprios estavam envolvidos.
Estudar “a história da "teoria política" foi útil para a prática da "teoria
política". em e depois de meados do século XX, para ser atacado em dois
caminhos. Surgiram modos de conduzir tanto o empírico quanto o
normativo estudo da política que afirmava não ter necessidade de
conhecimento histórico – ainda descrito em sua forma canônica - porque
eles possuíam meios de validar, criticando, verificando ou falsificando, as
declarações que fizeram, que dependia do método que praticavam e não
da circunstância histórica ou personagem. Este pode ser considerado um
dos momentos em que o termo “ciência política” fez sua aparição.
Simultaneamente - e em alguns maneiras em resposta a esse
desenvolvimento - surgiram historiadores que propuseram (muitas vezes
de forma agressiva) para reduzir “a história do pensamento político” a um
modo rigorosamente autônomo de investigação histórica. A escrita de
textos, a formação mais lenta de sistemas de crença ou “filosofias”,
deveriam ser reduzidos a performances ou “atos de fala”, as ações de
atores históricos em circunstâncias e com intenções que poderiam ser
verificadas. Eles não faziam parte de uma “teoria da política;'' ou se
fossem, os processos pelos quais eles vieram a ser, e o a própria existência
das próprias “teorias políticas” foram processos históricos na realização de
atos e a formação de linguagens, a serem estudadas como tais.
Afirmações importantes podem ser feitas sobre o aumento e
intensificação do conhecimento histórico que essa revolução nos métodos
traz. o teórico ou filósofo se depara com a questão de saber se a “teoria
política” é ou não reduzida ao conhecimento de sua própria história. Uma
resposta típica tem tratado esta questão como um problema em teoria ou
filosofia, e pode ser observado que mais foi escrito sobre Quentin Skinner
- um líder na revolução histórica - como teórico político ou filósofo do que
como historiador. O autor deste artigo, no entanto, trata o trabalho de
Skinner, e o seu próprio, como a construção de narrativas históricas, nas
quais as coisas acontecem (neste caso a enunciação de afirmações
teóricas sobre política), as condições ou “contextos” em que eles
acontecem existem e mudam, e os processos ocorrem na história dessas
performances que podem ser narradas. A seguir, será pressuposto que um
“historiador”, interessado na pergunta “o que é que estava
acontecendo?”, e um "teórico político", engajado em uma investigação
que possui seus próprios meios de autovalidação, confrontam-se na
leitura de um determinado texto. vou viciar a minha própria investigação,
apontando que o texto será um artefato histórico, mas que o teórico
deseja fazer uso dele para propósitos diferentes de estabelecê-lo como
um fenômeno histórico.
2 História e Teoria: O Encontro
................................................ ................................................ ............
.................................... .........................................
A atividade da mente chamada "teoria política" terá sido definida -
provavelmente, e apropriadamente, em mais de uma maneira - pelos
colaboradores deste volume. Para fins de abreviação, vou supor que eles
definiram como a construção de declarações heurísticas e normativas, ou
sistemas de tais declarações, sobre uma área da experiência e atividade
humana chamada ‘‘política’’ ou ''O político”. também suporá que a
atividade chamada ‘‘teoria política’’ é uma disciplina que possui suas
próprias regras: isto é, as afirmações que ela visa construir reconhecem
certos procedimentos de acordo com os quais eles são construídos e pode
ser validado e criticado. Surgirá instantaneamente, no entanto, uma outra
atividade de questionamento de como tais procedimentos foram e são
construídos, a quais capacidades da mente eles apelam, se suas
reivindicações de validade são ou foram justificáveis e, em resumo, se
como, é possível construir uma disciplina chamada “teoria política”. Essa
atividade de segunda ordem pode ser chamada de “filosofia política” –
embora este termo tenha tido outros significados - e distinguido de
"teoria política" como realizado em níveis suficientemente confiantes de
seus procedimentos para dispensar, em pelo menos provisoriamente, com
o questionamento deles nos níveis chamados ‘‘filosofia’’. Tendo feito essa
distinção, é claro, observamos que as duas atividades continuamente se
cruzam, embora a distinção não desapareça.
É valioso imaginar o “teórico político” – dado que este termo pode
têm mais de um significado – confrontados por um “historiador do
pensamento político”, que considera a “teoria política”, em qualquer um
de seus significados, como uma das muitas maneiras de qual o
“pensamento”, ou melhor, o “discurso” sobre a “política”. Até se
supusermos que nossos agonistas concordam com uma definição da
atividade a ser chamada ‘‘teoria política’’, e concordar que esta atividade
teve uma história contínua de alguma duração, permanecerão muitos
sentidos nos quais eles não e talvez não devem ter muito a dizer um ao
outro. O “teórico” está interessado no fazer declarações (hipóteses?)
obedientes a certos modos de validação; o “filósofo” na questão de como
(e se) é possível construir estes (ou quaisquer) modos de validação (ou
avaliação). O historiador não está interessado principalmente, embora
talvez secundariamente, em qualquer uma dessas questões, mas na
pergunta "o que aconteceu?" (ou estava acontecendo) - mais amplamente
ainda, ‘‘o que foi que estava acontecendo?’’ - quando eventos ou
processos ocorreram no passado sob estudo. O objetivo é caracterizar,
avaliar, explicar (em vez de explicar) e, portanto, em última análise,
narrar, ações realizadas no passado registrado; e se foram realizados de
acordo com, ou mesmo em busca de certos modos de validação, um está
interessado em seu desempenho em vez do que a sua validade, e nas
validações a que recorreram como contexto que os torna os
acontecimentos que eram. As perguntas ‘‘essa afirmação válida?” e “o que
aconteceu quando foi feito?” não são idênticos, a menos que—e esta é a
questão - o teórico que pergunta o primeiro pode obrigar o historiador
que pede a este último que admita que nada está acontecendo, exceto a
prática de um certo modo de validação; e essas são as perguntas feitas
pelo ‘‘filósofo’’ já tornaram algo incerto.
O historiador, então, pode ser pensado como escrutinando as ações
e atividade da teoria política, e fazendo perguntas sobre o que tem sido e
feito, cujas respostas necessariamente assumirão a forma de narrativas de
ações realizadas e suas consequências. A atividade do historiador
claramente não é idêntica ao do teórico político. Antes de prosseguirmos
para definir essas duas atividades em confronto e interação, é desejável
perguntar se “histórias da teoria política” foram ou podem ser
construídas, e o que caráter que possam possuir. Aqui o foco de nossa
investigação muda. Uma ‘‘história de teoria política” iria claramente além
do escrutínio de atos particulares na construção de tal teoria, e suporia a
“teoria política” como e tem sido uma atividade contínua, sobre a qual
generalizações podem ser feitas e que pode ser dito ter sofrido mudanças
em seu caráter geral ao longo o curso do tempo; mudanças que poderiam
ser contadas na forma de uma narrativa história. Existem, no entanto,
poucas dessas histórias; poucos, isto é, que são ou podem ser chamadas
de histórias da “teoria” política em qualquer sentido em que esse termo
possa ser distinguido ou isolado dentro da “história do pensamento
político” como o gênero acadêmico que se tornou. Histórias desse tipo são
indeterminadas, no sentido de que as opções existem e foram exercidas
quanto aos tipos da literatura pode ou deve ser incluída neles, e é uma
consequência que os termos “pensamento político” e “teoria política” têm
sido frequentemente usados intercambiavelmente, ou sem atenção
precisa às diferenças entre eles. O teórico político cuja atenção se volta
para a história, portanto, é frequentemente confrontado com narrativas
históricas cujo conteúdo guarda pouca relação com a atividade da “teoria
política” como pode ter sido definida. não é irracional se tal teórico
pergunta por que tais histórias merecem atenção.