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Histórico

Nos EUA, os primeiros sistemas de classificação das perturbações mentais foram


elaborados com o objetivo de serem empregados nos recenseamentos da população, de
modo a se obter um perfil objetivo da administração pública governamental do que por
interesses estritamente clínicos. Havia uma concepção de que melhores estatísticas
proporcionariam um planejamento mais eficaz das abordagens de saúde em geral e saúde
mental.

Nosografia e epidemiologia psiquiátricas estavam intimamente associadas, mas tais


especificações diagnósticas, contudo, não atingiam as práticas médicas em geral
restringindo-se ao âmbito administrativo, e esse panorama é modificado somente no
contexto da II Guerra Mundial.

Os fundamentos racionais do DSM

Objetivo: constituir um sistema de classificação repousando apenas em dados diretamente


observáveis, sem recorrer a concepções teóricas preestabelecidas.

Metodologia: tratar os fatos clínicos com objetividade, descrevendo-os de forma clara,


agrupando-os segundo suas apreciações mais constantes e, idealmente, sem se recorrer a
hipóteses implícitas que não tivessem sido experimentalmente validadas. Os critérios para
o diagnóstico deveriam ser previamente validados do ponto de vista empírico, sendo
testados em diferentes centros de investigação, buscando-se ter um alto grau de de
concordância entre os médicos.

Escolha do termo disorder (transtorno): privilegiar a descrição mais objetiva possível dos
quadros. O preço a ser pago é precisamente o da renúncia a se pronunciar quanto à
natureza dos distúrbios mentais, excluindo do debate todas as disciplinas que tratam dos
fenômenos psicopatológicos a partir de metodologias não experimentais.

Doença: usado para condições que possuem uma causa definida. É possível definir a origem
daqueles sintomas por meio de exames. Um exemplo na área da psiquiatria é a Doença de
Alzheimer". Essas anormalidades no organismo podem provocar sintomas físicos e
psicológicos, como estresse, problemas sociais, dores e disfunções, e dependendo de cada
risco podem levar à morte.

Síndrome: conjunto de sinais e sintomas que definem um determinado estado clínico que
esteja associado a problemas gerais de saúde, que nem sempre possuem a causa clara,
podendo ela ser reconhecida pela ciência ou não, e ainda ter várias possíveis origens. Dois
exemplos dentro da psiquiatria são a Síndrome de Down e a Síndrome do Pânico.
Distúrbio: são anormalidades funcionais de um órgão ou de um sistema, que não
necessariamente fecham em algum diagnóstico. No caso das condições mentais, esses
problemas acabam prejudicando as funções do sistema nervoso central e é preciso
entender o que vem causando este desequilíbrio químico.

Transtorno: síndrome caracterizada por perturbação clinicamente significativa na


cognição, na regulação emocional ou no comportamento de um indivíduo que reflete uma
disfunção nos processos psicológicos, biológicos ou de desenvolvimento do funcionamento
mental. São associados a sofrimento e incapacidade significativa que afetam atividades
sociais, profissionais e outras", completa.

Origem Diagnóstico Sintomas

Doença Definível Fecha diagnóstico Físicos e Psicológicos

Síndrome Não definível (Várias Possíveis) Somente estado clínico Físicos e Psicológicos

Distúrbio Origem em Órgão ou Sistema Não necessariamente Repercussões de desequilíbrio


biológicos fecha diagnóstico químico

Transtorno Não definível; pode ser biológica Perturbações na cognição,


ou psicológica Fecha diagnóstico afetividade e comportamento

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