Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
• O fluxo laminar é caracterizado por um perfil parabólico: a velocidade do fluxo é maior no centro do vaso e
menor nas áreas próximas às paredes do vaso;
o Isso ocorre porque a camada mais periférica do sangue adere a parede do vaso e essencialmente não se
move;
o Com isso, a próxima camada em direção ao centro desliza sobre a camada imóvel e se move um pouco
mais rápido, ocorrendo isso sucessivamente até o centro do vaso;
o Assim, a velocidade de fluxo na parede do vaso é zero e a velocidade no centro do fluxo é máxima;
• O fluxo laminar é silencioso;
FLUXO TURBULENTO E NÚMERO DE REYNOLDS
• Quando ocorre uma irregularidade no vaso, o fluxo pode ser tornar turbulento;
• O movimento do fluxo deixa de ser parabólico e passa a se projetar em direção radial e axial, ocorrendo perda
de energia cinética, requerendo mais energia (pressão);
• O fluxo turbulento é audível, por exemplo, nos Sons de Korotkoff, usados na medida auscultatória da pressão
arterial;
Heitor Oliveira – Funções Orgânicas – Tutoria 04 – Medicina Unipam 3
• Pode ser causado por estenose de um vaso sanguíneo ou doenças das valvas cardíacas;
• O Número de Reynolds é um valor usado para prever
ser se o fluxo sanguíneo será laminar ou turbulento,
compreendendo algumas variáveis:
• 𝑵𝑹𝒆𝒚𝒏𝒐𝒍𝒅𝒔 = 𝝆𝒅𝒗/𝜼
o 𝝆 é a densidade do sangue, d é o diâmetro do
vaso sanguíneo, v é a velocidade do fluxo e η
é a viscosidade do sangue;
o Se for menor que 2000, o fluxo é laminar.
Maior que 2000, indica a probabilidade de ser
turbulento e se for maior que 3000, o fluxo será
turbulento;
o Influenciado principalmente pela viscosidade e
pela velocidade do fluxo sanguíneo;
▪ O efeito do estreitamento é confuso
pelo fato de que o raio é utilizado no
numerador e ao mesmo tempo está
embutido no cálculo da velocidade do
fluxo;
▪ Ou seja, com a diminuição do raio/diâmetro, o Nr deveria diminuir pensando na própria
fórmula. Entretanto, ao diminuir o raio, a velocidade iria aumentar ao quadrado;
CISALHAMENTO
VISCOSIDADE
• Ao atingir as vênulas e veias, a pressão do sangue é inferior a 10mmHg, diminuindo mais ainda na veia cava e
no AD;
• A resistência em cada nível da vasculatura sistêmica reduz a pressão;
PRESSÃO NA CIRCULAÇÃO PULMONAR
• A resistência vascular pulmonar é muito menor que a resistência sistêmica, mas o fluxo total das duas
circulações deve ser igual (DC esquerdo = DC direito);
ARTÉRIAS
• Vasos mais numerosos formados a partir das extremidades terminais das arteríolas;
• São classificados de acordo com a sua morfologia;
• Possuem apenas endotélio (células endoteliais unidas por zonas de oclusão) na túnica íntima e lâmina basal;
• Favorecem as trocas metabólicas do sangue com os tecidos;
• Apresentam grande importância na fisiopatologia dos processos inflamatórios;
• Contínuos ou Somáticos
o Destituídos de poros;
o Irrigam nervos periféricos, músculo esquelético, pulmão, timo;
o Transporte mediado por carregadores;
• Fenestrados ou visceral
o Apresentam numerosos poros com a presença de um diafragma regulador na troca de substâncias;
o Irrigam glândulas endócrinas, pâncreas, intestino, rins;
• Sinusoides ou descontínuos
o Tortuosos com lúmen amplo;
o Apresentam grandes fenestras e espaços intercelulares;
o Irrigam fígado, baço, linfonodos, medula óssea, córtex renal;
o Podem ser formadas anastomoses arteriovenosas, um local de ligação direta da arteríola sem a
participação dos capilares;
VEIAS
Heitor Oliveira – Funções Orgânicas – Tutoria 04 – Medicina Unipam 10
• Refere-se às funções dos vasos sanguíneos menores, capilares e vasos linfáticos circunvizinhos;
• Os capilares são o local de troca de nutrientes e resíduos nos tecidos, bem como o local de troca de líquido entre
os compartimentos vascular e intersticial;
o Possuem uma única camada de células endoteliais;
o Se fundem com as vênulas, que transportam sangue para as veias;
Heitor Oliveira – Funções Orgânicas – Tutoria 04 – Medicina Unipam 11
o πi: pressão oncótica intersticial, é a força que favorece a filtração, decorrente da presença de proteínas
no líquido intersticial. Geralmente, assume valores bem baixos;
• Quando a oclusão é desfeita, o fluxo sanguíneo aumenta para até 4x a 7x do normal, persistindo pelo tempo
proporcional à duração do bloqueio;
o A ausência de fluxo estimula a vasodilatação para repor quase exatamente o déficit tecidual de O2 que
ocorreu ao longo da oclusão;
HIPEREMIA ATIVA
• Ocorre quando a taxa metabólica tecidual aumenta;
• Esse aumento metabólico faz com que as células consumam
nutrientes de forma rápida e liberem grande quantidade de
substâncias vasodilatadoras;
o A vasodilatação promove o aumento do fluxo
sanguíneo local, permitindo ao tecido receber os
nutrientes adicionais necessários para manter o
novo nível funcional;
CONTROLE CEREBRAL
• Além do O2, o CO2 e o H+ tem papel proeminente na regulação do fluxo sanguíneo;
• O aumento de qualquer um promove a vasodilatação cerebral, permitindo a eliminação do CO2 e do H+;
CONTROLE TEGUMENTAR
• Está relacionado com a regulação da temperatura corporal;
• Em situações de aquecimento, o fluxo sanguíneo aumenta com a vasodilatação para viabilizar a eliminação de
calor;
• Quando a temperatura é reduzida, o fluxo sanguíneo é reduzido com a vasoconstrição, reduzindo a perda de
calor;
REGULAÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO A LONGO PRAZO
• Ao longo do tempo, a regulação a longo prazo do fluxo se desenvolve sobreposta ao controle agudo, permitindo-
o se adaptar de forma gradual;
• Essencialmente importante quando as demandas metabólicas do tecido se alteram;
o Se o tecido passa a ser cronicamente hiperativo, as arteríolas e os vasos capilares aumentarão em número
e tamanho para suprir as novas necessidades nutricionais;
ALTERAÇÕES NA VASCULARIDADE TECIDUAL
• Se o metabolismo no tecido é aumentado por um período prolongado, a vascularização aumenta no processo de
angiogênese;
• Caso o metabolismo seja reduzido, a vascularização irá diminuir;
• Ocorre uma verdadeira reconstrução física da vasculatura para atender às demandas metabólicas dos tecidos;
• Também permite uma adaptação a longo prazo da pressão arterial;
• Altas concentrações de O2 interrompem esse crescimento vascular, enquanto baixas concentrações a estimulam;
• A vascularização vai ser determinada pela necessidade máxima de fluxo sanguíneo;
o Após o desenvolvimento da vasculatura adicional, os novos vasos permanecem contraídos, só se
abrindo para suprir a demanda nutricional a qual estimulou seu crescimento;
DESENVOLVIMENTO DE CIRCULAÇÃO COLATERAL
• Quando uma artéria ou veia é bloqueada, um novo canal vascular se desenvolve ao redor do bloqueio e permite
uma nova irrigação parcial para o tecido afetado;
• São formados pequenos canais colaterais múltiplos, permitindo o retorno do fluxo sanguíneo aos níveis quase
normais;
CONTROLE HUMORAL DA CIRCULAÇÃO
• Realizado por substâncias secretadas ou absorvidas pelos líquidos corporais, produzidas por glândulas e
transportadas pelo sangue por todo o corpo
AGENTES VASOCONSTRITORES
• Norepinefrina e Epinefrina: liberadas pelo sistema nervoso simpático e pelas glândulas adrenais, excitam o
coração e contraem as veias e arteríolas;
• Angiotensina II: contrai intensamente as pequenas arteríolas, aumentando a resistência periférica total e
reduzindo a excreção de Na+ e água, aumentando a PA;
• Vasopressina: possui um efeito vasoconstritor mais intenso que a angiotensina II, atuando ainda no aumento
da reabsorção de água nos rins e elevando a PA;
• Endotelina: liberado quando o endotélio é lesado, promovendo a vasoconstrição;
• Íons Ca2+: o aumento estimula a contração do músculo liso;
AGENTES VASODILATADORES
• Bradicinina: provoca intensa dilatação arteriolar e aumento da permeabilidade capilar;
• Histamina: mesmos efeitos da bradicinina;
Heitor Oliveira – Funções Orgânicas – Tutoria 04 – Medicina Unipam 15
• Representa uma via acessória, por meio da qual o líquido pode fluir dos espaços intersticiais para o sangue;
• Transportam para fora dos espaços teciduais proteínas e grandes partículas que não podem ser removidas por
absorção direta pelos capilares sanguíneos;
• Funciona também como uma das principais vias de absorção de nutrientes vindos do TGI, principalmente de
lipídios;
• Desempenha função imunológica ao eliminar microrganismos, como bactérias, presentes na linfa ao passar
pelos linfonodos;
• Basicamente, o sistema linfático funciona como um “mecanismo de transbordamento” para devolver à
circulação o excesso de proteína e de líquido nos espaços teciduais;
o Controle da concentração de proteínas, do volume e da pressão do líquido intersticial;
CANAIS LINFÁTICOS DO CORPO
• Cerca de 1/10 do líquido filtrado nos capilares sanguíneos chega aos capilares linfáticos;
o Normalmente, o volume dessa linfa é de 2 a 3 litros por dia;
o Contém substâncias de alto peso molecular, como proteínas que não podem ser absorvidas por outra
via;
• Os capilares linfáticos possuem um mecanismo de válvula que é pressionado pelo líquido intersticial, garantindo
um fluxo unidirecional de linfa;
Heitor Oliveira – Funções Orgânicas – Tutoria 04 – Medicina Unipam 16
• Quando ocorre um aumento do volume sanguíneo, os barorreceptores coordenam uma resposta para
normalizar o volume presente, principalmente pelo aumento da excreção de H20 e Na+;
o Aumento da secreção de FNA e redução de ADH: aumenta a vasodilatação e a filtração renal,
juntamente com a excreção de H2O e Na+;
o Aumento da FC (reflexo de Bainbridge): provoca um aumento do DC, responsável por aumentar a
perfusão renal e a excreção de Na+ e H2O;
QUIMIORRECEPTORES