Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Hematologia
COLETA DE MATERIAIS:
● Usar materiais e técnicas adequadas - visando evitar alteração no resultado do exame.
MATERIAIS:
● Esterilizado, novo;
● Seringas:
- Peq. e grandes: 3ml
- Neonatos: 1ml
● Agulhas:
- Peq. 25x8 ou 30x8 / 25x7 ou 30x7;
- Gra. 40x12 ou 40x16;
● Armazenamento de sangue para hemograma:
- Tubo tampa roxa (contém anticoagulante - EDTA) - quant. ideial máx. 3ml / mín. 1ml;
- Bioquímicos: vermelho - coagulante (ativador de coágulo)
MÉTODO DE COLETA
- Peq. animais:
● Veia cefálica (braço)
- Vantagem: contenção
- Desvantagem: dependendo do tamanho do animal, o calibre do vaso é pequeno, não é possível
coletar sangue.
● Jugular:
- Vantagem: vaso calibroso, fluxo sanguíneo muito grande, é possível coletar independente do
tamanho do animal.
- Desvantagem: contenção, estresse, estruturas anatômicas em volta - risco de encostar no nervo
vago, perfurar esôfago.
- Grandes animais:
● Jugular: (antissepsia com álcool iodato; puncionar só com agulha)
- Vantagem: acesso fácil.
ARMAZENAMENTO: no máx. 24h pois é o tempo que a hemácia leva para fazer a lise - até 30min pode ficar
em temperatura ambiente, +30min deve-se colocar para refrigerar visando diminuir o metabolismo celular e a
amostra durar por mais tempo.
*** Quando não puder fazer o processamento na hora, deve-se fazer o esfregaço para ter a quantidade de
plaquetas ideal, pois a plaqueta é a primeira célula que se degrada.
Formação de Eritrócitos
Função da hemácia: leva O2 pelo organismo
Hemoglobina: substância colocada no interior da hemácia na sua produção que tem função de segurar o O2
no interior da hemácia para fazer o seu transporte, o mesmo com o CO2. Sendo assim, sem a hemoglobina a
hemácia não tem funcionalidade.
GLÓBULOS VERMELHOS:
Tempo de vida: varia de acordo com a espécie
- Cães: 120 dias
- Gatos: 70 dias
- Bovinos: 160 dias
- Equinos: 150 dias
MORFOLOGIA NA DOENÇA
(Poiquilócitos - alteração na forma da hemácia, quando há mais tipos de hemácia alterada)
Esferócitos
- Formas esféricas, intensa coloração
● Anemia hemolítica auto-imune - (sistema imunológico começa a destruir as hemácias em grandes
quantidades) - tratamento paliativo, não há cura.
- Tratamento com imunossupressores - corticoides de alta dose são os mais utilizados em pequenos animais.
Equinócitos
- Hemácias espiculadas
● Amostras velhas
● Uremia - insuficiência renal (excesso de ureia e creatinina no sangue)
● Excesso de EDTA para pouca quantidade de sangue
● CID - coagulação intravascular disseminada - pode acometer animais devido a inúmeras patologias.
- ex: cardiopatas, pacientes em choque…
- Problema: formação de coágulos em várias regiões diferentes
Acantócitos:
- Projeções irregulares e variadas
● Hiperbilirrubinemia - aumento da bilirrubina na circulação - pode acontecer por problemas
pré-hepáticos, hepáticos e pós-hepáticos.
● Hemangiossarcoma - neoplasia de vasos sanguíneos, altera calibre do vaso
● Hemangioma esplênico - neoplasia que acomete o baço; há um fluxo turbulento na região, onde ocorre
a quebra das hemácias liberando bilirrubina.
● Doença hepática difusa
● Dietas altas em colesterol
Esquizócitos
- Fragmentos irregulares das hemácias
● Glomerulonefrite - comum identificar em bovinos
● Deficiência crônica de ferro - difícil acontecer por conta da alimentação baseada em ração que contém
grande quantidade de ferro.
● Fluxo turbulento de sangue - coleta deve ser feita em um lugar tranquilo, devagar, para que a hemácia
não sofra alteração por erro de coleta.
Leptócitos
- Aumento do diâmetro e redução da espessura
● Anemia arregenerativa (aparência em alvo) - só é possível identificar sabendo todas as doenças que
provocam esse tipo de anemia ou através da contagem de reticulócitos (que necessita de uma
coloração especial)
Dacriócitos
- Hemácias em forma de gota
● Desordens mieloproliferativas (alteração medular) - neoplasias regulares como linfomas e leucemias
(mais comum)
● Doenças infecciosas como erlichia - penetra na medula óssea, provocando erlichia medular, parasita e
altera todo o processo de fabricação que ocorre na medula.
- Tratamento em 180 dias
Crenação
- Forma de engrenagem: comum em bovinos
● Artefato de técnica ou desidratação
Policromasia
- Algumas hemácias mais coradas que outras
● Aumento da atividade eritropoiética - medula acelerando para produzir mais hemácia
● Anemia regenerativa
Hipocromia
- Coloração reduzida e área central pálida
● Insuficiência de hemoglobina na célula
● Deficiência de ferro
VG = %
Canino = 37 a 55
Felino = 24 a 45
Equino tração = 24 a 44
Equino PSI (esporte) = 32 a 52
Bovino = 24 a 46
ANORMALIDADES VG
3) Coloração de hemácia:
- Coloração específica e cálculo para contagem
Policitemia: aumento da massa de eritrócitos circulantes - fluxo mais lento, hemácia demora para chegar
Classificação:
1) Relativa
2) Transitória
3) Absoluta
- Paciente com mucosa roxa - cianótico
Anemias e Policitemias
Reticulócito (hemácia jovem)
VCM: volume corpuscular médio
VGM: volume globular médio
CHCM: concentração hemoglobínica corpuscular média
CHGM: concentração hemoglobinica globular média
Insuficiência renal crônica provoca anemia arregenerativa.
Anemia: excessiva perda de sangue (hemorragia), ou destruição (hemólise - babesia, anaplasma, leptospira,
micoplasma), ou diminuição da produção de eritrócito.
- Reticulócito acima de 1% é anemia regenerativa, abaixo de 1% não se regenera.
Regenerativa:
- Organismo tem capacidade de recuperar a quantidade de hemácias que ele perdeu e jogar na corrente
sanguínea.
- Contagem de reticulócito - acima de 1%.
Arregenerativa:
- Não tem capacidade de recuperar as hemácias perdidas.
- Contagem de reticulócito - abaixo de 1%.
Tamanho:
Normocítica / Macrocítica / Microcítica
Cor:
Normocrômica / Hipocrômica
*** NÃO EXISTE HEMÁCIA HIPERCRÔMICA - se injetar mais hemoglobina que o normal a hemácia se
rompe.
ANEMIA REGENERATIVA
- Perda de sangue aguda
● Trauma: rompimento de artérias por exemplo, rompimento de baço
● Cirurgias: algum imprevisto em um procedimento cirúrgico.
● Úlcera do TGI: úlceras em locais com vasos mais calibrosos que causa perdas de muitas hemácias
mas pode ser estancado permitindo a regeneração.
● Distúrbios hemostáticos primários (Dhp)
● Ingestão de substâncias que promovam Dhp: warfarina em veneno de rato, trevo de cheiro mofado,
samambaia.
ANEMIA ARREGENERATIVA
- Hemácias não tem núcleo, então caso apareça núcleo no microscópio significa que é arregenerativa.
Eritropoiese ineficaz - Desordem na síntese do heme - falta de ingredientes importantes para a produção de
hemácias, então a fabricação se torna ineficaz
● Intoxicação por chumbo - interrompe a fabricação de novas hemácias
● Neoplasia de hemácias - não desempenha sua função ou desempenha de maneira incompleta
● Drogas como - estrógeno, cloranfenicol (antibiótico altamente residual, demora muito para sair do
organismo - hoje em dia só encontrado em colírios)
COMO CLASSIFICAR AS ANEMIAS:
- Cálculo de VCM (tamanho da hemácia): hematócrito (%) x 10 / n° de hemácias
Cão = 60 - 777
Felino = 39 - 55
Equino (tração) = 39 - 52
Equino PSI = 34 - 58
Bovino = 40 - 60
> macrocítica
< microcítica
= normocítica
Cão = 32 - 36
Felino = 30 - 36
Equino (tração) = 31 - 35
Equino PSI = 31 - 36
Bovino = 30 - 36
< Hipocrômica
= Normocrômica
POLICITEMIA RELATIVA:
- Relacionado a proporção.
● Diminuição do volume plasmático (desidratação), aumenta relativamente o número de eritrócitos
● Aumento de Ht e PPT
● Quanto mais grave a desidratação mais aparente fisicamente
● Aumento do número de hemácias proporcionalmente ao número de células
POLICITEMIA TRANSITÓRIA:
● Causada por uma contração do baço que gera liberação de eritrócitos na circulação
● Normalmente ocorre em estado de estresse, ansiedade ou atividade, devido ao aumento na
concentração de adrenalina que causa a contração da musculatura consequentemente gerando a
contração do baço
● Em gatos é muito normal acontecer isso devido ao estresse na hora de coleta
● Aumento do hematócrito no paciente hidratado e número de proteínas normal, pois não houve
diminuição de plasma, apenas aumento na quantidade de hemácias devido ao estresse
POLICITEMIA ABSOLUTA:
● Dividida em primárias e secundárias em decorrência ao aumento da eritropoietina
● Causa um distúrbio circulatório e a célula demora mais a chegar nos tecidos com oxigênio devido ao
trânsito de hemácias no vaso sanguíneo
● Aumenta a eritropoiese medular
● Aumento absoluto da massa eritróide
● Musculatura mais fraca devido a diminuição de oxigenação nos tecidos
● Animal apresenta sinais clínicos, como:
- Letargia, intolerância ao exercício, alteração no comportamento, mucosas cianóticas, coriza e
epistaxe
Primária:
- Algo ocorrendo na medula
- Distúrbio mieloproliferativo grave - alteração na medula óssea - de repente passa a produzir mais hemácia
do que o necessário e sem necessidade da eritropoietina
- Causa esplenomegalia - possível detectar na palpação e ultrassom
- Causa hepatomegalia - possível detectar na palpação e ultrassom
- Causa petéquias hemorrágicas na gengiva e na região abdominal em que há ausência de pelo
- Causa convulsões devido a falta de oxigenação
- Ht de 65 - 75% e concentração de eritropoietina pode estar diminuída ou normal
Secundária:
- Algum outro problema influenciando na produção medular
- Causada por uma liberação fisiológica de eritrócitos devido a uma hipóxia crônica
- Pode ser decorrente a uma doença pulmonar crônica
- Causa hipoxemia devido a DPC e cardiopatia
● Pacientes cardiopatas possuem deficiência no fluxo sanguíneo, que dificulta na distribuição de
oxigênio;
- Tratamento paliativo que ajuda a melhorar a circulação por um determinado período de tempo
- Ht aumentado moderadamente a marcante, diminuição de Po2 e concentração normal de eritropoietina
Leucócitos
● Basófilos: é muito comum em grandes animais e menos em pequenos.
● Neutrófilo: é o leucócito encontrado em maior quantidade no organismo.
● Monócitos: núcleo basofílico que ocupa 80% do citoplasma.
● Linfócito: identifica a alteração e mostra para as outras células irem combatê-la.
- Células de defesa, processos alérgicos, cicatrização tecidual, processos inflamatórios, células neoplásicas,
combate a endo e ectoparasitas.
- Exército do organismo, tendência em protegê-lo
- Célula tronco recebe estímulo para se transformar em leucócitos como bastonetes, neutrófilos, basófilos...
- Divididos de acordo com a morfologia, sendo eles:
● Polimorfonucleares (basófilos, eosinófilos e neutrófilo segmentado)
● Mononucleares (monócitos e linfócitos)
NEUTRÓFILO:
● Primeira linha de ataque contra problema
● Formado a partir da célula tronco
● Normalmente segmentado, um neutrófilo bom tem 3 núcleos
● Neutrófilos com mais de 3 núcleos são chamados de hipersegmentados e indicam doença crônica
● Neutrófilo bastonete é antes de ser segmentado, ainda é jovem, jogado na circulação antes de
amadurecer - é comum encontrar mesmo quando o animal não está com nenhuma infecção
● Ficam armazenados no sistema respiratório, digestório e urogenital para proteção contra
microrganismos que queiram entrar
● 4 - 6 dias para maturação completa
● Produção constante, não para, mas conforme a presença de infecção, há aumento na produção
EOSINÓFILO:
● Bactericida
● Parasiticida
● Processos alérgicos
● Destruição de células neoplásicas
● Eosinopenia (baixa de eosinófilos)
BASÓFILO:
● Produzido na medula óssea
● Funções similares a dos mastócitos - reações alérgicas
● Muito comum em grandes animais e raros em pequenos
● Encontrado em grandes animais em maior quantidade quando há processo alérgico
● Dificilmente encontrados circulando, são mais encontrados em tecidos - sistema respiratório…
● Possuem heparina e histamina
● Prepara a região da inflamação e atrai outras células de defesa para o local
MONÓCITOS:
● Segunda linha de defesa do organismo
● Núcleo muito grande que ocupa quase 80% do citoplasma
● Na circulação pode se transformar em 3 tipos de células diferentes dependendo da necessidade do
organismo; é considerada uma célula imatura
● Pode se tornar macrófago, células epitelioides (tecido rosinha do início da cicatrização) e células
inflamatórias.
● Sua função é realizar fagocitose, regular resposta inflamatória, regular estoques de ferro (quebra
hemácia e guarda o ferro para a formação de novas) e efeito citotóxico contra células tumorais e
eritrócitos
Monocitopenia: diminuição
- Sem importância clínica
Monocitose: aumento
- Presença de inflamação, necessidade de fagocitose e necrose tecidual
LINFÓCITO:
● Grande parte produzido na medula óssea
● Pode ser LyB e LyT
● LyT: participa da imunidade celular convocando outras células de defesa para combater os problemas
● LyB: faz parte da imunidade humoral e produz anticorpos contra vírus
● Única célula que tem capacidade de recirculação - sobrevive de meses a anos
● Passeia por todo o organismo - duração de 12h
● Pode morrer por hemoparasita (ehrlichia), virose, idade..
● Quando está ativado não é possível delimitar o problema!
Linfopenia: diminuição
- Níveis elevados de glicocorticóides, reatividade de linfonodo generalizada, neoplasia como linfoma, vírus
recente (cinomose), quimioterapia e parasitas de linfócitos como toxoplasmose, erlichiose e leishmaniose.
Linfocitose: aumento
- Excitação (comum apenas em gatos), estimulação antigênica, linfossarcomas e leucemia linfocítica, FIV e
pós-vacina.
PLAQUETAS:
● Trombopoietina, hormônio que se liga ao receptor da medula e estimula a produção de megacariócitos
que formam as plaquetas - é produzido no fígado
● Liberadas diretamente na circulação venosa
● Durabilidade de 3 a 7 dias no cão/gato
● São fagocitadas pelos macrófagos
Trombocitopenia: diminuição
- Produção anormal de plaquetas (raro)
- Remoção acelerada de plaquetas (imunomediada)
- Distribuição anormal de plaquetas (hiperesplenismo - ficam armazenadas no baço - gera esplenomegalia)
- Fármacos (AINES, diuréticos, antibióticos e vacinas múltiplas V8 e V10).
Trombocitose: aumento
- Doenças crônicas, deficiência de ferro, hiperadrenocorticismo, mobilização esplênica e pulmonar e leucemia
granulocítica megacariocítica (maligna)
- Vincristina aumenta quantidade de plaquetas - é um quimioterápico usado para tratamento de TVT.
- Ehrlichia causa morte de plaquetas pois quando a ehrlichia está dentro do vaso causa uma vasculite
(inflamação dos vasos sanguíneos) que aumenta a permeabilidade vascular (capacidade das moléculas de
atravessar os vasos), e faz com que ocorra uma deposição acelerada de plaquetas na parede do vaso
sanguíneo para manter a integridade do vaso. Sendo assim, o exame aponta trombocitopenia pois as
plaquetas não estão circulando, mas sim paradas no vaso fazendo proteção.
Exames Bioquímicos
● Avalia enzimas e hormônios.
● O ideal é coletar e logo em seguida já realizar a análise.
● Algumas enzimas não podem ultrapassar 12h para serem analisadas pois passam a se deteriorar
- Enzimas hepáticas e renais: 8-10h sem alteração
- Hormônios: 4h
- Glicose: 30 min no máximo
ENZIMAS BIOQUÍMICAS:
● Raramente específicas
● Predominância em alguns órgãos
ENZIMAS HEPÁTICAS:
- Indicação p/ exames hepáticos:
● Hepatopatias primárias
● Hepatopatias secundárias
● Icterícias
● Desvios no metabolismo
● Prognóstico
A maioria dos animais que apresentam hepatite, é hepatite medicamentosa, devido a administração errônea
de medicamentos por parte dos tutores. Também pode ser causada por vírus, bactérias e vermífugos. Podem
ser doenças hepáticas secundárias.
Hepatócito:
- FA (fosfatase alcalina - parede do hepatócito), ALT (alanina amino transferase - está no citoplasma do
hepatócito) e AST (aspartato amino transferase - na mitocôndria do hepatócito)
AST: predomina na parede da hemácia. Não é utilizado para verificação de lesão muscular (exceto clínica
médica grandes animais) - pois o peso que eles têm que sustentar é muito alto e isso causa liberação de AST.
Não indicada para avaliação hepática em equinos - usado para analisar inflamação hepática.
FA: predomina nas células das vilosidades intestinais, células que formam tecidos ósseos (osteócitos,
osteoclastos e osteoblastos) e na parede do hepatócito - usado para analisar inflamação hepática.
● Primeira a cair na corrente sanguínea se houver inflamação no hepatócito
● Doenças hepatobiliares.
● Hiperadrenocorticismo.
● Administração de glicocorticóides.
● Anticonvulsivantes - fenobarbital - pois é hepatotóxico, uma molécula muito difícil de ser metabolizada,
exige muito do fígado e com isso gera uma sobrecarga e o órgão começa a inflamar.
● Fraturas.
● Em animais até 14 meses é normal estar em alta, devido a alta multiplicação celular devido ao
crescimento ósseo, e uma vez que há grande quantidade de FA nas células ósseas vai estar sempre
em grande concentração.
● Patologia óssea.
Albumina: principal proteína do organismo, corresponde a 35-50% das proteínas do organismo.
Exclusivamente produzida pelo fígado e um fígado com insuficiência hepática não produz. Usada para
analisar funcionamento hepático.
● Responsável por 75% da atividade osmótica, então um paciente com hipoalbuminemia entra em
ascite.
● Animais hepatopatas possuem deficiência dessa enzima e por isso também possuem ascite (acúmulo
de líquido anormal na cav. abd.)
ENZIMAS RENAIS:
- Auxilia no diagnóstico de doenças renais
- Associar com exame clínico + urinálise para obter qual tipo de insuficiência renal o animal apresenta.
● Uréia e Creatinina
- Se estão acumulando e não sendo eliminadas indica que o rim não está funcionando como deveria.
Aumento renal:
- Disfunção renal
Aumento pós-renal:
- Obstrução uretral e ruptura de bexiga
Diminuição:
- Fatores alimentares: deficiência proteica
- Fatores metabólicos: idiopático, cirrose, falha no ciclo da uréia, insuficiência hepática
GLICOSE:
● Coleta de sangue com o animal de 8-12h de jejum!!! Janela ideal.
● Tubo de tampa cinza, possui componente fluoreto, que protege a molécula da glicose e previne a
degradação para resultado verdadeiro da amostra.
● 30 minutos no máximo.
● Absorvida em forma de carboidrato no ID vai para fígado, metaboliza, gera glicose e é armazenada no
fígado e musculatura esquelética.
Diabetes tipo I (insulino dependente): ocorre pela diminuição ou interrupção na produção de insulina - por
exemplo o que ocorre na pancreatite imunomediada - fácil descoberta e difícil tratamento.
Diabetes tipo II (insulino não dependente): ocorre devido ao antagonismo hormonal - deve-se remover a
causa de base.
Hiperglicemia
- Sinais clínicos:
● Polidipsia (sede excessiva) poliúria (urina frequente), animal urina muito porque atrai água para dentro
do vaso, aumentando a taxa de filtração
● Dor de cabeça devido a falta de glicose no interior da célula
● Andar cambaleante, cansaço: aumento da glicose na corrente sanguínea, falta de glicose no interior da
célula, ocasionando falta de energia
● Na diabetes há ocorrência de cetose, que gera corpos cetônicos:
- Corpos cetônicos: resultante da quebra de tecido muscular, seu acúmulo é absurdamente tóxico para
o organismo, gerando cetoacidose.
Sinais clínicos:
● Náusea, apatia, prostração
CREATINOCINASE - CK ou CPK
- Enzima que avalia lesão muscular
- Localizada nas fibras internas de tecidos musculares
- Só é dosada de tecido muscular
- 3 formas possíveis: MM (esquelética), MB (cardíaca) e BB.
- É necessário uma lesão muito grave para ser liberada - ex: trombose ilíaca nos gatos e rabdomiólise
(esforço excessivo da musculatura)
Muito utilizada em grandes animais, principalmente equinos.
BILIRRUBINA:
Principal sinal clínico: icterícia (mucosas amareladas)
Hemácia é degradada (final de vida ou rompida por algum motivo); o macrófago pega a hemoglobina presente
dentro da hemácia e quebra em duas partes; uma parte (hemo) é usada para a fabricação de novas hemácias
e a outra (globina) muda sua cadeia química e se transforma em bilirrubina indireta.
Quando vão ser metabolizadas, elas se ligam a albumina, responsável por levar a bilirrubina para o fígado;
encontra uma enzima que se chama lignina, que joga a bilirrubina indireta para dentro do hepatócito, onde
ocorre a mudança para bilirrubina direta.
Para sair do hepatócito, é drenada pelos canalículos biliares, que levam para a vesícula onde ficam
armazenados.
Chegando no duodeno parte dela é utilizada, outra parte continua no intestino, e outra parte volta e cai na
corrente sanguínea como urobilina.
Parte que não é utilizada, quando chega no intestino grosso, encontra as bactérias escherichia coli, que
degradam a bilirrubina direta e transformam em estercobilina, que dá a coloração castanha nas fezes.
Hiperbilirrubinemia pós-hepática: algo ocorrendo nos canalículos biliares, vesícula biliar ou ducto colédoco
(desemboca da vesícula até o ID), algum desses é obstruído, para de drenar, o excesso cai no vaso
sanguíneo - aumento da bilirrubina direta pois está produzindo mas não está sendo liberada e vai para a
corrente sanguínea.
Causas:
- Colangite (inflamação da vesícula e ductos biliares - infecção bacteriana), lama biliar, cálculo biliar,
neoplasia.