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27
Cosit
Fls. 1
Coordenação-Geral de Tributação
DISPOSITIVOS LEGAIS: Decreto nº 70.235, de 1972, art. 16, III, art. 35;
Decreto nº 7.574, de 2011, art. 56, caput e § 2º; ADN Cosit nº 15, de
1996.
Relatório
Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001
Autenticado digitalmente em 30/07/2014 por IRANI PELICIONI ISHIRUJI, Assinado digitalmente em 01/08/
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2014 por FERNANDO MOMBELLI
Impresso em 04/08/2014 por TATIANA DORNELES DE SOUZA CAMPANHA SANTANA
DF COSIT RFB Fl. 28
Solução de Consulta Interna n.º 16 Cosit
Fls. 2
e-processo nº 10104.720019/2013-94
Fundamentos
4. O ADN Cosit nº 15, de 1996, dispõe que “expirado o prazo para impugnação da
exigência, deve ser declarada a revelia e iniciada a cobrança amigável, sendo que eventual
petição, apresentada fora do prazo, não caracteriza impugnação, não instaura a fase litigiosa do
procedimento, não suspende a exigibilidade do crédito tributário nem comporta julgamento de
primeira instância, salvo se caracterizada ou suscitada a tempestividade, como preliminar”.
***
1
As preliminares processuais são questões que devem ser examinadas previamente ao exame da questão principal
do processo, que consiste no mérito. Abrangem toda a matéria dos pressupostos de admissibilidade do
julgamento do mérito.
2
As preliminares de mérito (ou prejudiciais) são também questões prévias ao julgamento do mérito, mas,
diferentemente das preliminares processuais, são regidas pelo direito material.
3
Após o exame das preliminares, o julgador decide sobre as questões de mérito, que constituem a essência do
pedido ou recurso do administrado.
4
“Entende-se por princípio da dialeticidade o ônus de o recorrente motiva o recurso no ato de interposição.
Recurso desprovido de causa hábil para subsidiar o pedido de reforma, de invalidação ou de integração do ato
impugnado, à semelhança da petição que forma o processo, ou através da qual partes e terceiros deduzem
pretensões, in simultaneo processu, revela-se inepto. É inadmissível o recurso desacompanhado das razões.”
ASSIS,
Documento assinado Araken
digitalmente de. Manual
conforme MP nº dos Recursos.
2.200-2 São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007, p. 94-95.
de 24/08/2001
Autenticado digitalmente em 30/07/2014 por IRANI PELICIONI ISHIRUJI, Assinado digitalmente em 01/08/
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2014 por FERNANDO MOMBELLI
Impresso em 04/08/2014 por TATIANA DORNELES DE SOUZA CAMPANHA SANTANA
DF COSIT RFB Fl. 31
Solução de Consulta Interna n.º 16 Cosit
Fls. 5
11.
IA É o que se extrai, dentre outros dispositivos, do art. 16, III, do Decreto nº
70.235, de 1972:
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Ó
13. Nesse contexto processual, não parece ser adequado presumir que a
Administração Tributária e, posteriormente, o Poder Executivo, ao regulamentarem a matéria,
teriam condicionado a recepção de uma impugnação extemporânea, com os efeitos próprios de
uma impugnação tempestiva, a uma mera formalidade, a um simples expediente de referência à
tempestividade do recurso.
16. IA Por último, ressalva-se que o entendimento ora firmado se limita ao recurso
dirigido à unidade julgadora de primeira instância, pois somente este é objeto do art. 56 do
Decreto nº 7.574, de 2011, e do ADN Cosit nº 15, de 19965.
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Ó
C
Conclusão
17. Com base no exposto, conclui-se que: (1) a impugnação, formalizada por escrito,
instruída com os documentos em que se fundamentar e apresentada em unidade da Secretaria da
Receita Federal do Brasil com jurisdição sobre o domicílio tributário do sujeito passivo, bem
como, remetida por via postal, no prazo de trinta dias, contados da data da ciência da intimação
da exigência, instaura a fase litigiosa do procedimento; (2) eventual petição, apresentada fora do
prazo, não caracteriza impugnação, não instaura a fase litigiosa do procedimento, não suspende a
exigibilidade do crédito tributário nem comporta julgamento de primeira instância, salvo se
caracterizada ou suscitada a tempestividade, como preliminar; e (3) ao alegar a preliminar de
tempestividade, o interessado deve expor os motivos de fato ou de direito que a fundamentam e,
se for o caso, juntar a respectiva documentação comprobatória, sob pena de não instauração do
litígio administrativo.
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Além disso, o art. 35 do Decreto nº 70.235, de 1972, ao disciplinar o recurso voluntário ao Conselho
Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), dispõe que o “recurso, mesmo perempto, será encaminhado ao
órgão de segunda instância, que julgará a perempção”.
IA Assinado digitalmente
FERNANDO MOMBELLI
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil
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Coordenador-Geral da Cosit
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SCI minutada por AFRFB Rodrigo Augusto Verly de Oliveira, Chefe da Disit/SRRF01. Revisada pela
Disit/SRRF10 Na Cosit, analisada pelo AFRFB Sérgio Augusto Taufick, com revisão de Eduardo Gabriel de G.
V. F. Fogaça, Chefe da Dinog, e Mirza Mendes Reis, Coordenadora da Copen.