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e Crítica
Introdução:
Estas escolas, por trabalharem em economia pelo ponto de vista positivista, logo,
trabalham a partir da formulação de proposições econômicas hipotéticas que devem ser
continuamente testadas para confirma-las ou invalida-las, ou apenas não invalida-las de
alguma forma. Contudo, não é assim que as coisas funcionam nas ciências sociais,
principalmente na ciência econômica como arranjo lógico da ação humana. A ação
humana, se voltada para o sentido econômico e pragmático, consiste no homem que
valora meios para satisfazer os fins que julgar necessários para elevar seu padrão de vida,
i.e, para sair de um estado de desconforto atual para um estado melhor. No que concerne
a sociedade, neste sentido, vários indivíduos, que escolhem entre meios escassos para
satisfazer seus respectivos fins. A economia, portanto, é um estudo que, em última
instância, trata sobre questões interpessoais, intersubjetivas e dinâmicas. Fica mais do
que claro que este processo gera uma infinidade de variáveis não previsíveis que, por sua
vez, são conjunturas de três princípios inerentes do processo econômico; a Ação, o
Tempo e o Conhecimento.
Logo, é impossível tomar testes empíricos como verdades absolutas tendo em vista que
há limitações para tais testes, pois muito embora tais limitações possam ser contornadas
nas ciências naturais visto que objetividade tornam as observações bastantes próximas a
medida que se fazem mais observações, a ciência econômica não é nada concreta e
objetiva, a atuação econômica hoje, em termos de mudanças, não é a mesma de ontem,
nem será a mesma amanhã, menos que todos os agentes atuassem a ceteris paribus, pelas
mesmas tendências, os mesmos pensamentos e as mesmas ações, sendo evidente que
não, não é assim. Afinal, se classifica ciência naturais X ciências sociais por um motivo,
do contrário, não haveria lógica fazer tal distinção.
Se o empirista for honesto o suficiente e dizer que, não, estas proposições não são
meramente hipóteses passíveis de testes, então ele admite que existem princípios
fundamentalmente lógicos e a priori que não carecem de experiência alguma. Outro
problema do qual tentam se esquivar é: como a proposição de que “o único e correto
método apropriado para estudar economia, é o método empírico”, pode ser verdadeira?
Se absolutamente tudo na economia é hipotético, então eu posso formular o sentido
oposto dessa proposição e exigir um teste. Mas aí que está o problema: o próprio método
empírico não pode ser testado para ser confirmado. Se não o pode, então de duas, uma:
ou o método empírico é tratado pelos próprios empiristas como a única verdade lógica
existente, admitindo, arrogantemente, que o empirismo é a única verdade a priori
defensável, ou o método empírico é completamente impróprio para se portar nos estudos
de economia, no que tange a criação de axiomas e verdades econômicas. Ou seja, se o
empirismo é baseado numa verdade a priori, a medida que afirmam que as proposições
apriorísticas não estão relacionadas à nada na realidade, então o empirismo também
não está. Mas, se a proposição de que o empirismo é o único método apropriado para
trabalhos econômicos é uma proposição empírica, podemos, portanto, dizer que esta
proposição é hipotética, causando dúvidas a credibilidade de tal método, não obstante do
fato da proposição não poder ser comprovada a posteriori. O empirismo acaba caindo
numa completa Petitio Principii.
A Praxeologia, portanto, é o método mais correto para análises econômicas, visto que
suas aplicações exigem que sejam logicamente fatídicas sobre a realidade. Ao basear-se
no axioma de ação para formular uma proposição, esta proposição tenderá a se qualificar
como verdade a medida que tudo o que for contraditório será apenas descartado, como
uma espécie de filtro lógico. É uma mera questão de obedecer a lei da não contradição
de Aristóteles como método para estudar a economia e seus axiomas.